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RAÇA HOLANDESA MODERNIZA E ATUALIZA SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA
       CONFORMAÇÃO DAS VACAS (Classificação para Tipo )

Por: Altair Antonio Valloto; Méd.Vet.; Superintendente da APCBRH
                             Presidente do Conselho Deliberativo Técnico da ABCBRH
                             Classificador Oficial ABCBRH

Pedro Guimarães Ribas Neto; Méd.Vet.; Superintendente do SRG/ABCBRH
                           Classificador Oficial ABCBRH



No dia 01 de julho 2010, a Raça Holandesa no Brasil atualizou o seu Sistema de
avaliação das vacas para a Classificação Para Tipo, também conhecido como Avaliação
da Conformação Ideal. Essa ferramenta é muito importante para os produtores
fazerem uma boa gestão na seleção e melhoramento, passando a conhecer com
detalhes os pontos fracos e fortes de seus animais, ajudando os produtores a
mensurar qual tipo de animal possui e onde deve trabalhar intensamente para ter
animais funcionais, com mais saúde, altas produções vitalícia e adequada ao seu
sistema de produção.

Os classificadores oficiais da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça
Holandesa já estão trabalhando nos rebanhos com a nova planilha (Relatório).
O objetivo principal é acompanhar as tendências mundiais na análise da conformação
de vacas leiteiras, com intuito de avaliar os animais buscando as características
principais para que a vaca produza muito leite, tenha saúde e maior vida produtiva
(Longevidade).

Os extremos biológicos para as características individuais não mudam, ou seja:
continua de “1” a “9” pontos para as características descritivas, sendo que, para
algumas o escore “5” pontos é o ideal. Exemplo: cumprimento dos tetos e nivelamento
de garupa. Outras o “7” é o ideal. Exemplo: Estatura, ângulo de casco e profundidade
corporal. Para a grande maioria o escore “9” pontos é o ideal. Exemplo: Largura e
altura de úbere posterior, inserção anterior do úbere, etc.

As principais modificações ocorreram nas secções, que diminuíram para quatro e seus
pesos também foram alterados (ver abaixo). Ao mesmo tempo, algumas novas
características foram inseridas como: característica posição das pernas vistas de trás
(posterior) e profundidade de talão. Outras foram suprimidas, a exemplo do tamanho.
Outra modificação é que, estas secções agora passam a receber uma pontuação e não
mais letras. Ex: Uma vaca que tinha muito bom (MB) pernas e pés, recebia na secção
letras como: MB1, MB2 ou MB3, agora passa a receber pontuações que varia de 85 a
89 pontos. Neste novo sistema a raça esta buscando características que possam ser
mensuradas.

Na pontuação final das vacas também ocorreram modificações: no sistema anterior a
pontuação final máxima era 90 pontos, neste novo modelo as vacas EXcelentes passam
a receber pontuações acima de 90 pontos, podendo chegar até 97 pontos na
pontuação final.
NOVO MODELO:

   1- As secções (compostos) e os respectivos pesos passam a ser:

                       FORÇA LEITEIRA: (22%)
                       GARUPA (10%)
                       PERNAS E PÉS (26%)
                       SISTEMA MÁMÁRIO (42%)




 FORÇA LEITEIRA (22%)
Representa o balanço, equilíbrio entre força e as características leiteiras, para que uma
vaca tenha predisposição e condições para maiores produções de leite. Um ponto
importante é avaliar a estrutura do animal, sem levar em consideração a condição
corporal, que passa a ser incorporado na avaliação do animal. Costelas bem abertas,
arqueadas com uma largura de peito adequada (Força).

      Capacidade adequada ao consumo de uma dieta alta em forragens;
      Condição corporal adequada para sustentar as altas produções e reproduzir;
      Vaca saudável, com espaço para os órgãos vitais funcionarem adequadamente.

Nesta secção (composto) são avaliadas 6 (seis) características individuais:

     Estatura: Avalia a altura do animal, classificador utiliza uma tabela,
       correlacionando idade com a estatura em cm. Desejavel “7“ pontos

     Nivelamento de Linha Superior: Avalia a relação entre a estatura no posterior,
       relacionada com o anterior do animal, na linha dorso, lombar Ideal “5”, ”6” “7”
       pontos. Correlacionado idade/partos.

     Largura de Peito: Abertura do peito, avaliado na região entre os membros
       anteriores dos animais. Ideal “7” pontos.

     Profundidade corporal: Linha mediana, avaliada do ponto inserção dorso e
       lombo até o osso esterno (abdômen do animal). Ideal “7”pontos.

     Angulosidade: Abertura das costelas anteriores e posteriores, quanto maior
       espaçamento, mais anguloso é o animal. Ideal “9” pontos.

     Condição corporal: Avaliado em uma escala de escores de “1” a “5” pontos,
       sendo: Escore 1 (um) animal extremamente magro e o escore 5 (cinco) animal
       extremamente gordo.
GARUPA (10%)
Bom nivelamento, larga, comprida e combinada com um forte lombo. Sendo que: 40%
do úbere inserem na garupa e 60% na parede do corpo (abdômen) (Dr.Gordon Atkins.
Ca). Relação com a locomoção dos animais, inserção na garupa da articulação
coxofemoral.

      Impactos na posição do aparelho reprodutor a ser posicionada na cavidade
       abdominal;
      Melhoria da fertilidade;
      Melhor facilidade de parto e recuperação saudáveis após o parto;
      Mobilidade do animal.

   Nesta secção (composto) são avaliadas 3 ( três) características individuais:

      Ângulo de garupa: Nivelamento entre as pontas dos íleos e ísquios.
       Desejável desnível de cinco cm. Ideal escore “5” e 6” pontos. Correlação
       número de partos.
      Largura da garupa: Largura entre os ísquios. Ideal escore “9” pontos.
      Força de lombo: Avaliado nas vértebras lombares. Ideal escore “9” pontos.


 PERNAS E PÉS (26%)

Umas das secções (composto) que foi dado maior ênfase no peso (26%). Fácil de
compreender o motivo de tal valorização, pois Pernas Vista de Trás (posterior) é a
característica de maior importância, altas correlações com a vida útil das vacas e
produção vitalícia, pernas com curvaturas intermediárias com moderado ângulo e
talão alto, ossos planos e fortes.

      Maior resistência as doenças do pé e claudicação;
      Locomoção com a liberdade de movimentos;
      Mobilidade para chegar ao pasto, cocho de alimentação, sala de ordenha e
       saúde para demonstrar o cio.

   Nesta secção (composto) são avalidas 5 (cinco ) características individuais:

    Ângulo de casco: Avaliado nas pernas posteriores. Na frente do casco, ângulo
     formado muralha com a sola. Escore ideal “7” pontos.

    Profundidade de talão: Avaliado no talão. Região posterior do casco. Ideal
     escore “9”pontos.

    Qualidade óssea: Avaliado nos principalmente nos membros posteriores na
     região do jarrete, ossos planos e chatos. Escore ideal “9” pontos.

    Pernas posteriores- vista lateral: Avaliado nos membros posteriores, visão
     lateral ideal é curvatura intermediária. Escore ideal “5” pontos.
 Pernas posteriores- vista posterior: Visão posterior dos aprumos, membros
     paralelos. Escore ideal “9” pontos.

 SISTEMA MAMÁRIO (42%)

Alto, largo e fortemente inserido ao abdomem da vaca, com textura macia, com
profundidade adequada, comprimento e posição de tetos corretos.

      Úberes saudáveis que sejam resistentes;
      Fácil descida do leite e eficaz na retirada;
      Capaz de suportar altos volumes de leite;
      Ligamentos e inserções fortes para manter livre de infecções.

Nesta secção (composto) são avalidas 9 (nove) características individuais:

    Inserção úbere anterior: Avaliada a inserção dos quartos anteriores com o
     abdomem do animal . Escore ideal “9” pontos.

    Colocação de tetos anteriores: Posição dos tetos nos quartos anteriores,
     centralizado nos quartos mamários. Escore ideal “5” pontos.

    Comprimento de tetos: Forma cilíndrica com 5 cm de comprimento, escore
     ideal “5 pontos”

    Profundidade de úbere: Avaliada a distância entre a ponta do jarrete e piso do
     úbere. Escore desejável “ 5 e 6” pontos, correlacionado número de partos.

    Textura de úbere: Avaliado quartos anteriores e posteriores macio, e quando
     vazio bem pregueado. Escore ideal “9” pontos.

    Ligamento médio: Avaliado principalmente na visão posterior, separação entre
     os quartos mamários. Escore ideal “9”pontos.

    Altura do úbere posterior: Visão posterior do úbere (quarto posterior),
     distância da vulva até onde a glândula termina. Escore ideal “9”pontos.

    Largura do úbere posterior: Visão posterior do úbere (quarto posterior), onde
     termina a glândula mamária. Escore ideal “9” pontos.

    Colocação tetos posteriores: Centralizado nos quartos mamários posteriores.
     Escore ideal “ 5 e 6” pontos.
CLASSIFICAÇÃO FINAL (CATEGORIAS)

Observadas as características, os animais analisados passam a ter uma soma de
pontuação e são classificados de acordo com a tabela abaixo:

                CLASSE DAS VACAS           PONTUAÇÃO FINAL
            FRACA                F      50 a 64 pontos
            REGULAR                R    65 a 74 pontos
            BOA                    B    75 a 79 pontos
            BOA PARA MAIS         B+    80 a 84 pontos
            MUITO BOA             MB    85 a 89 pontos
            EXCELENTE             EX    90 a 97 pontos

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Sistema de avaliação da raça holandesa atualizado

  • 1. RAÇA HOLANDESA MODERNIZA E ATUALIZA SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA CONFORMAÇÃO DAS VACAS (Classificação para Tipo ) Por: Altair Antonio Valloto; Méd.Vet.; Superintendente da APCBRH Presidente do Conselho Deliberativo Técnico da ABCBRH Classificador Oficial ABCBRH Pedro Guimarães Ribas Neto; Méd.Vet.; Superintendente do SRG/ABCBRH Classificador Oficial ABCBRH No dia 01 de julho 2010, a Raça Holandesa no Brasil atualizou o seu Sistema de avaliação das vacas para a Classificação Para Tipo, também conhecido como Avaliação da Conformação Ideal. Essa ferramenta é muito importante para os produtores fazerem uma boa gestão na seleção e melhoramento, passando a conhecer com detalhes os pontos fracos e fortes de seus animais, ajudando os produtores a mensurar qual tipo de animal possui e onde deve trabalhar intensamente para ter animais funcionais, com mais saúde, altas produções vitalícia e adequada ao seu sistema de produção. Os classificadores oficiais da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa já estão trabalhando nos rebanhos com a nova planilha (Relatório). O objetivo principal é acompanhar as tendências mundiais na análise da conformação de vacas leiteiras, com intuito de avaliar os animais buscando as características principais para que a vaca produza muito leite, tenha saúde e maior vida produtiva (Longevidade). Os extremos biológicos para as características individuais não mudam, ou seja: continua de “1” a “9” pontos para as características descritivas, sendo que, para algumas o escore “5” pontos é o ideal. Exemplo: cumprimento dos tetos e nivelamento de garupa. Outras o “7” é o ideal. Exemplo: Estatura, ângulo de casco e profundidade corporal. Para a grande maioria o escore “9” pontos é o ideal. Exemplo: Largura e altura de úbere posterior, inserção anterior do úbere, etc. As principais modificações ocorreram nas secções, que diminuíram para quatro e seus pesos também foram alterados (ver abaixo). Ao mesmo tempo, algumas novas características foram inseridas como: característica posição das pernas vistas de trás (posterior) e profundidade de talão. Outras foram suprimidas, a exemplo do tamanho. Outra modificação é que, estas secções agora passam a receber uma pontuação e não mais letras. Ex: Uma vaca que tinha muito bom (MB) pernas e pés, recebia na secção letras como: MB1, MB2 ou MB3, agora passa a receber pontuações que varia de 85 a 89 pontos. Neste novo sistema a raça esta buscando características que possam ser mensuradas. Na pontuação final das vacas também ocorreram modificações: no sistema anterior a pontuação final máxima era 90 pontos, neste novo modelo as vacas EXcelentes passam a receber pontuações acima de 90 pontos, podendo chegar até 97 pontos na pontuação final.
  • 2. NOVO MODELO: 1- As secções (compostos) e os respectivos pesos passam a ser:  FORÇA LEITEIRA: (22%)  GARUPA (10%)  PERNAS E PÉS (26%)  SISTEMA MÁMÁRIO (42%) FORÇA LEITEIRA (22%) Representa o balanço, equilíbrio entre força e as características leiteiras, para que uma vaca tenha predisposição e condições para maiores produções de leite. Um ponto importante é avaliar a estrutura do animal, sem levar em consideração a condição corporal, que passa a ser incorporado na avaliação do animal. Costelas bem abertas, arqueadas com uma largura de peito adequada (Força).  Capacidade adequada ao consumo de uma dieta alta em forragens;  Condição corporal adequada para sustentar as altas produções e reproduzir;  Vaca saudável, com espaço para os órgãos vitais funcionarem adequadamente. Nesta secção (composto) são avaliadas 6 (seis) características individuais:  Estatura: Avalia a altura do animal, classificador utiliza uma tabela, correlacionando idade com a estatura em cm. Desejavel “7“ pontos  Nivelamento de Linha Superior: Avalia a relação entre a estatura no posterior, relacionada com o anterior do animal, na linha dorso, lombar Ideal “5”, ”6” “7” pontos. Correlacionado idade/partos.  Largura de Peito: Abertura do peito, avaliado na região entre os membros anteriores dos animais. Ideal “7” pontos.  Profundidade corporal: Linha mediana, avaliada do ponto inserção dorso e lombo até o osso esterno (abdômen do animal). Ideal “7”pontos.  Angulosidade: Abertura das costelas anteriores e posteriores, quanto maior espaçamento, mais anguloso é o animal. Ideal “9” pontos.  Condição corporal: Avaliado em uma escala de escores de “1” a “5” pontos, sendo: Escore 1 (um) animal extremamente magro e o escore 5 (cinco) animal extremamente gordo.
  • 3. GARUPA (10%) Bom nivelamento, larga, comprida e combinada com um forte lombo. Sendo que: 40% do úbere inserem na garupa e 60% na parede do corpo (abdômen) (Dr.Gordon Atkins. Ca). Relação com a locomoção dos animais, inserção na garupa da articulação coxofemoral.  Impactos na posição do aparelho reprodutor a ser posicionada na cavidade abdominal;  Melhoria da fertilidade;  Melhor facilidade de parto e recuperação saudáveis após o parto;  Mobilidade do animal. Nesta secção (composto) são avaliadas 3 ( três) características individuais:  Ângulo de garupa: Nivelamento entre as pontas dos íleos e ísquios. Desejável desnível de cinco cm. Ideal escore “5” e 6” pontos. Correlação número de partos.  Largura da garupa: Largura entre os ísquios. Ideal escore “9” pontos.  Força de lombo: Avaliado nas vértebras lombares. Ideal escore “9” pontos. PERNAS E PÉS (26%) Umas das secções (composto) que foi dado maior ênfase no peso (26%). Fácil de compreender o motivo de tal valorização, pois Pernas Vista de Trás (posterior) é a característica de maior importância, altas correlações com a vida útil das vacas e produção vitalícia, pernas com curvaturas intermediárias com moderado ângulo e talão alto, ossos planos e fortes.  Maior resistência as doenças do pé e claudicação;  Locomoção com a liberdade de movimentos;  Mobilidade para chegar ao pasto, cocho de alimentação, sala de ordenha e saúde para demonstrar o cio. Nesta secção (composto) são avalidas 5 (cinco ) características individuais:  Ângulo de casco: Avaliado nas pernas posteriores. Na frente do casco, ângulo formado muralha com a sola. Escore ideal “7” pontos.  Profundidade de talão: Avaliado no talão. Região posterior do casco. Ideal escore “9”pontos.  Qualidade óssea: Avaliado nos principalmente nos membros posteriores na região do jarrete, ossos planos e chatos. Escore ideal “9” pontos.  Pernas posteriores- vista lateral: Avaliado nos membros posteriores, visão lateral ideal é curvatura intermediária. Escore ideal “5” pontos.
  • 4.  Pernas posteriores- vista posterior: Visão posterior dos aprumos, membros paralelos. Escore ideal “9” pontos. SISTEMA MAMÁRIO (42%) Alto, largo e fortemente inserido ao abdomem da vaca, com textura macia, com profundidade adequada, comprimento e posição de tetos corretos.  Úberes saudáveis que sejam resistentes;  Fácil descida do leite e eficaz na retirada;  Capaz de suportar altos volumes de leite;  Ligamentos e inserções fortes para manter livre de infecções. Nesta secção (composto) são avalidas 9 (nove) características individuais:  Inserção úbere anterior: Avaliada a inserção dos quartos anteriores com o abdomem do animal . Escore ideal “9” pontos.  Colocação de tetos anteriores: Posição dos tetos nos quartos anteriores, centralizado nos quartos mamários. Escore ideal “5” pontos.  Comprimento de tetos: Forma cilíndrica com 5 cm de comprimento, escore ideal “5 pontos”  Profundidade de úbere: Avaliada a distância entre a ponta do jarrete e piso do úbere. Escore desejável “ 5 e 6” pontos, correlacionado número de partos.  Textura de úbere: Avaliado quartos anteriores e posteriores macio, e quando vazio bem pregueado. Escore ideal “9” pontos.  Ligamento médio: Avaliado principalmente na visão posterior, separação entre os quartos mamários. Escore ideal “9”pontos.  Altura do úbere posterior: Visão posterior do úbere (quarto posterior), distância da vulva até onde a glândula termina. Escore ideal “9”pontos.  Largura do úbere posterior: Visão posterior do úbere (quarto posterior), onde termina a glândula mamária. Escore ideal “9” pontos.  Colocação tetos posteriores: Centralizado nos quartos mamários posteriores. Escore ideal “ 5 e 6” pontos.
  • 5. CLASSIFICAÇÃO FINAL (CATEGORIAS) Observadas as características, os animais analisados passam a ter uma soma de pontuação e são classificados de acordo com a tabela abaixo: CLASSE DAS VACAS PONTUAÇÃO FINAL FRACA F 50 a 64 pontos REGULAR R 65 a 74 pontos BOA B 75 a 79 pontos BOA PARA MAIS B+ 80 a 84 pontos MUITO BOA MB 85 a 89 pontos EXCELENTE EX 90 a 97 pontos