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Apresentação
Nova ortografia da língua portuguesa
VOCÊ SABIA?
Em 1o de janeiro de 2009, entrou em
vigor o Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa.
É um acordo meramente ortográfico, ou
seja, restringe-se à língua
escrita, não afetando em nada a língua
falada.
Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos
países
que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo
em
direção à pretendida unificação ortográfica desses países. Até
dezembro de 2012, a forma como as palavras eram escritas será
aceita. Assim, por algum tempo, as duas grafias (o antes e o
depois
do Acordo) irão conviver.
Quais foram os países que assinaram o Acordo?
Angola
Brasil
Cabo Verde
Guiné-Bissau
Moçambique
Portugal
São Tomé e Príncipe
Timor-Leste
Vejamos, então, as principais mudanças na ortografia.
O alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras, pois foram
introduzidas as letras k, w e y.
Na verdade, essas letras já eram utilizadas em várias
situações, como:
a) grafia de símbolos de unidades de medida: km
(quilômetro), kg (quilograma), W (vatt);
b) grafia de palavras e nomes estrangeiros (e seus
derivados): kung fu, show, playground, Kafka, kafkiano,
Byron, byroniano, Kuwait, kuwaitiano.
Uso do trema
Não se usa mais o trema, sinal gráfico colocado em cima da letra u
para indicar que ela deveria ser pronunciada nos grupos
gue, gui, que,
qui.
Observação:
O trema permanece apenas
nas palavras estrangeiras e
em suas derivadas: Müller,
mülleriano.
Verdadeiro ou falso?
Segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa:
o alfabeto passa a ter 26 letras, pois foram introduzidas as letras
k, w e y. (V)
Os países que assinaram o Acordo são: Angola, Brasil, Cabo
Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. (V)
o trema continuará a ser usado, como era antes do Acordo. (F)
haverá alterações não somente na língua escrita, mas também na
língua oral. (F)
até dezembro de 2012, a forma como as palavras eram escritas
será aceita.(V)
Regras de acentuação
Para compreender as mudanças nas regras de
acentuação, vamos
relembrar a posição da sílaba tônica (a sílaba forte).
Na língua portuguesa, a sílaba tônica pode aparecer em três
posições diferentes. Consequentemente, as palavras podem
receber
três classificações quanto a esse aspecto:
A) proparoxítonas: aquelas cuja sílaba tônica é a antepenúltima,
como em: lá-gri-ma; trân-si-to; mé-di-co
B) paroxítonas: aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima, como
em:
tó-rax; am-bu-lân-cia; ví-rus
C) oxítonas: aquelas cuja sílaba tônica é a última, como em: você;
Mudanças nas regras de acentuação
Com o Acordo, perderam acento:
os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas; lembremos
que ditongo
é o nome dado à união de duas vogais:
Mudanças nas regras de acentuação
Com o Acordo, perderam acento:
os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas:
Atenção
A regra que acabamos de ver é válida somente para
palavras paroxítonas. Então, continuam a ser acentuadas
as palavras oxítonas terminadas em:
éis, éu, éus, ói, óis. É o caso de:
papéis, pastéis, troféu, troféus, constrói, herói, heróis.
Mudanças nas regras de acentuação
Com o Acordo, perderam acento:
o i e u tônicos quando vierem depois de ditongo nas
palavras paroxítonas:
Observação: Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em
posição
final, ou seguidos de s, o acento permanece. Como em:
Piauí, tuiuiú,
tuiuiús.
Mudanças nas regras de acentuação
Com o Acordo, perderam acento:
as palavras terminadas em ôo(s) e as formas verbais
terminadas em –
êem:
Mudanças nas regras de acentuação
Com o Acordo, deixa de ser usado o acento que diferenciava:
pára [verbo parar] de para [preposição];
pélo(s) [verbo pelar] de pêlo(s) [substantivo] de pelo(s)
[preposição + artigo];
péla(s) [verbo pelar] de pela(s) [preposição + artigo].
Atenção
Permanece o acento diferencial em:
pôde (verbo “poder”, 3a pessoa do singular do pretérito perfeito do
indicativo) e pode (verbo “´poder”, 3a pessoa do singular do
presente do
indicativo). Veja:
Ele pôde comprar um carro novo porque tinha dinheiro.
Ele pode comprar um carro novo porque tem dinheiro.
pôr (verbo) e por (preposição). Veja:
Gostaria de pôr aquele quadro na parede.
Caminhou por muitas ruas até chegar onde queria.
Atenção
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do
plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados,
como: conter, deter, intervir, provir e outros.
Exemplos:
ele tem / eles têm
ele contém / eles contêm / ele detém / eles detêm
ele vem / eles vêm
ele intervém / eles intervêm / ele provém / eles provêm
Atenção
O uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras
forma/fôrma é opcional. Indica-se usar esse acento para
conferir maior clareza à frase. Observe:
A forma daquela fôrma não está de acordo com o padrão.
O Acordo não alterou a acentuação das palavras
proparoxítonas. Assim, todas continuam a receber acento:
flácido, pêndulo, xícara, quilômetro, lúcido.
Mudanças no uso do hífen
O Acordo alterou algumas regras do uso do hífen. Porém, como
ainda se
trata de assunto controverso em muitos aspectos, vamos ver um
resumo
das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais
comuns, assim
como as novas orientações estabelecidas.
As informações a seguir
referem-se ao uso do hífen em
palavras formadas por prefixos
ou por elementos que podem
funcionar como prefixos. Os
mais comuns são:
Apresentação nova ortografia
Emprega-se o hífen
Com prefixos que estejam diante de palavra iniciada por h. Por
exemplo:

Observação: Não se usa hífen em formações que contêm os
prefixos “des-” e “in-” e nas quais o segundo elemento perdeu o
“h” inicial, como:
Emprega-se o hífen
Quando o prefixo termina pela mesma vogal com que se inicia
o
segundo elemento. Por exemplo:

Observação: O prefixo co aglutina-se, em geral, com o segundo
elemento, mesmo quando este se inicia por o. Veja:
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação.
Somente haverá hífen com o prefixo co quando o segundo
elemento
for iniciado por h: co-herdeiro
Emprega-se o hífen
Nas formações com prefixos terminados pela mesma
consoante
com que se inicia o segundo elemento. Por exemplo:

Atenção: Nos demais casos, não se usa o hífen. Exemplos:
hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
Emprega-se o hífen
Com o prefixo sub, diante de palavra iniciada por r. Exemplo:
sub-região, sub-raça, sub-reino.
Com os prefixos circum e pan, diante de palavra iniciada por m, n
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Exemplo: circum-murado, circum-navegação, pan-africano, panamericano,
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Exemplos:

Com os sufixos de origem tupi-guarani açu, guaçu e mirim.
Exemplos:
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Emprega-se o hífen
Nas palavras compostas que designam espécies botânicas e
zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer
outro
elemento. Exemplo:
Emprega-se o hífen
Nos nomes geográficos compostos:
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b) por forma verbal: Passa-Quatro;
c) ligados por artigo: Baía de Todos-os-Santos, Trás-os-Montes.
Atenção: Os outros nomes geográficos compostos são escritos
com os
elementos separados, sem o hífen. Exemplo: América do Sul, Belo
Horizonte, Cabo Verde.
Exceções: Guiné-Bissau e Timor-Leste
Emprega-se o hífen
Quando o primeiro elemento da palavra composta for bem ou mal
eo
segundo elemento começar por vogal ou h. Exemplo:
bem-apanhado, bem-humorado, mal-estar, mal-habituado.
Para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se
combinam,
formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos
vocabulares. Exemplos:
ponte Rio-Niterói , eixo Rio-São Paulo.
Permanece o uso do hífen
Nos compostos sem elemento de ligação quando o primeiro
termo, por extenso ou reduzido, está representado por forma
substantiva, adjetiva, numeral ou verbal. Exemplos: cine-jornal,
médico-cirurgião, econômico-financeiro, quarta-feira, guardachuva.
Se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de
palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha
seguinte.
Exemplo:
No trabalho, dizia-se que ele era muito eficaz.
Não se emprega o hífen
Quando o prefixo termina em vogal diferente daquela com que
se
inicia o segundo elemento. Por exemplo:
Não se emprega-se o hífen
Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento
começa por
consoante diferente de r ou s. Exemplo:

Atenção: Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Veja:
vice-presidente, vice-governador, vice-prefeito.
Não se emprega-se o hífen
Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento
começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos:
Não se emprega-se o hífen
Nas formações com prefixos terminados por consoante e o
segundo
elemento é iniciado por vogal. Exemplo:

Em palavras que perderam a noção de composição e passaram a
ser escritas
de forma aglutinada. Exemplos:
girassol, madresilva, mandachuva, pontapé,
paraquedas, paraquedistas, paraquedismo.
Atenção: Outras palavras compostas com a forma verbal parapermanecerão
separadas por hífen: para-brisa(s), para-choque, para-lama(s).
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  • 2. VOCÊ SABIA? Em 1o de janeiro de 2009, entrou em vigor o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. É um acordo meramente ortográfico, ou seja, restringe-se à língua escrita, não afetando em nada a língua falada.
  • 3. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países. Até dezembro de 2012, a forma como as palavras eram escritas será aceita. Assim, por algum tempo, as duas grafias (o antes e o depois do Acordo) irão conviver.
  • 4. Quais foram os países que assinaram o Acordo? Angola Brasil Cabo Verde Guiné-Bissau Moçambique Portugal São Tomé e Príncipe Timor-Leste
  • 5. Vejamos, então, as principais mudanças na ortografia. O alfabeto O alfabeto passa a ter 26 letras, pois foram introduzidas as letras k, w e y. Na verdade, essas letras já eram utilizadas em várias situações, como: a) grafia de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (vatt); b) grafia de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): kung fu, show, playground, Kafka, kafkiano, Byron, byroniano, Kuwait, kuwaitiano.
  • 6. Uso do trema Não se usa mais o trema, sinal gráfico colocado em cima da letra u para indicar que ela deveria ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Observação: O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas: Müller, mülleriano.
  • 7. Verdadeiro ou falso? Segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa: o alfabeto passa a ter 26 letras, pois foram introduzidas as letras k, w e y. (V) Os países que assinaram o Acordo são: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. (V) o trema continuará a ser usado, como era antes do Acordo. (F) haverá alterações não somente na língua escrita, mas também na língua oral. (F) até dezembro de 2012, a forma como as palavras eram escritas será aceita.(V)
  • 8. Regras de acentuação Para compreender as mudanças nas regras de acentuação, vamos relembrar a posição da sílaba tônica (a sílaba forte). Na língua portuguesa, a sílaba tônica pode aparecer em três posições diferentes. Consequentemente, as palavras podem receber três classificações quanto a esse aspecto: A) proparoxítonas: aquelas cuja sílaba tônica é a antepenúltima, como em: lá-gri-ma; trân-si-to; mé-di-co B) paroxítonas: aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima, como em: tó-rax; am-bu-lân-cia; ví-rus C) oxítonas: aquelas cuja sílaba tônica é a última, como em: você;
  • 9. Mudanças nas regras de acentuação Com o Acordo, perderam acento: os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas; lembremos que ditongo é o nome dado à união de duas vogais:
  • 10. Mudanças nas regras de acentuação Com o Acordo, perderam acento: os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas:
  • 11. Atenção A regra que acabamos de ver é válida somente para palavras paroxítonas. Então, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em: éis, éu, éus, ói, óis. É o caso de: papéis, pastéis, troféu, troféus, constrói, herói, heróis.
  • 12. Mudanças nas regras de acentuação Com o Acordo, perderam acento: o i e u tônicos quando vierem depois de ditongo nas palavras paroxítonas: Observação: Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final, ou seguidos de s, o acento permanece. Como em: Piauí, tuiuiú, tuiuiús.
  • 13. Mudanças nas regras de acentuação Com o Acordo, perderam acento: as palavras terminadas em ôo(s) e as formas verbais terminadas em – êem:
  • 14. Mudanças nas regras de acentuação Com o Acordo, deixa de ser usado o acento que diferenciava: pára [verbo parar] de para [preposição]; pélo(s) [verbo pelar] de pêlo(s) [substantivo] de pelo(s) [preposição + artigo]; péla(s) [verbo pelar] de pela(s) [preposição + artigo].
  • 15. Atenção Permanece o acento diferencial em: pôde (verbo “poder”, 3a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) e pode (verbo “´poder”, 3a pessoa do singular do presente do indicativo). Veja: Ele pôde comprar um carro novo porque tinha dinheiro. Ele pode comprar um carro novo porque tem dinheiro. pôr (verbo) e por (preposição). Veja: Gostaria de pôr aquele quadro na parede. Caminhou por muitas ruas até chegar onde queria.
  • 16. Atenção Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados, como: conter, deter, intervir, provir e outros. Exemplos: ele tem / eles têm ele contém / eles contêm / ele detém / eles detêm ele vem / eles vêm ele intervém / eles intervêm / ele provém / eles provêm
  • 17. Atenção O uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma é opcional. Indica-se usar esse acento para conferir maior clareza à frase. Observe: A forma daquela fôrma não está de acordo com o padrão. O Acordo não alterou a acentuação das palavras proparoxítonas. Assim, todas continuam a receber acento: flácido, pêndulo, xícara, quilômetro, lúcido.
  • 18. Mudanças no uso do hífen O Acordo alterou algumas regras do uso do hífen. Porém, como ainda se trata de assunto controverso em muitos aspectos, vamos ver um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas. As informações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos. Os mais comuns são:
  • 20. Emprega-se o hífen Com prefixos que estejam diante de palavra iniciada por h. Por exemplo: Observação: Não se usa hífen em formações que contêm os prefixos “des-” e “in-” e nas quais o segundo elemento perdeu o “h” inicial, como:
  • 21. Emprega-se o hífen Quando o prefixo termina pela mesma vogal com que se inicia o segundo elemento. Por exemplo: Observação: O prefixo co aglutina-se, em geral, com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o. Veja: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação. Somente haverá hífen com o prefixo co quando o segundo elemento for iniciado por h: co-herdeiro
  • 22. Emprega-se o hífen Nas formações com prefixos terminados pela mesma consoante com que se inicia o segundo elemento. Por exemplo: Atenção: Nos demais casos, não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
  • 23. Emprega-se o hífen Com o prefixo sub, diante de palavra iniciada por r. Exemplo: sub-região, sub-raça, sub-reino. Com os prefixos circum e pan, diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplo: circum-murado, circum-navegação, pan-africano, panamericano, Com os prefixos além, aquém, ex, pós, pré, pró, recém, sem. Exemplos: Com os sufixos de origem tupi-guarani açu, guaçu e mirim. Exemplos: capim-açu, amoré-guaçu, anajá-mirim.
  • 24. Emprega-se o hífen Nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento. Exemplo:
  • 25. Emprega-se o hífen Nos nomes geográficos compostos: a) pelas formas grã, grão: Grã-Bretanha, Grão-Pará ; b) por forma verbal: Passa-Quatro; c) ligados por artigo: Baía de Todos-os-Santos, Trás-os-Montes. Atenção: Os outros nomes geográficos compostos são escritos com os elementos separados, sem o hífen. Exemplo: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde. Exceções: Guiné-Bissau e Timor-Leste
  • 26. Emprega-se o hífen Quando o primeiro elemento da palavra composta for bem ou mal eo segundo elemento começar por vogal ou h. Exemplo: bem-apanhado, bem-humorado, mal-estar, mal-habituado. Para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói , eixo Rio-São Paulo.
  • 27. Permanece o uso do hífen Nos compostos sem elemento de ligação quando o primeiro termo, por extenso ou reduzido, está representado por forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal. Exemplos: cine-jornal, médico-cirurgião, econômico-financeiro, quarta-feira, guardachuva. Se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplo: No trabalho, dizia-se que ele era muito eficaz.
  • 28. Não se emprega o hífen Quando o prefixo termina em vogal diferente daquela com que se inicia o segundo elemento. Por exemplo:
  • 29. Não se emprega-se o hífen Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplo: Atenção: Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Veja: vice-presidente, vice-governador, vice-prefeito.
  • 30. Não se emprega-se o hífen Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:
  • 31. Não se emprega-se o hífen Nas formações com prefixos terminados por consoante e o segundo elemento é iniciado por vogal. Exemplo: Em palavras que perderam a noção de composição e passaram a ser escritas de forma aglutinada. Exemplos: girassol, madresilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedistas, paraquedismo. Atenção: Outras palavras compostas com a forma verbal parapermanecerão separadas por hífen: para-brisa(s), para-choque, para-lama(s).
  • 33. Modelo fornecido por www.animationfactory.com 500.000 modelos do PowerPoint, clip-art animado, planos de fundo e vídeos para download