SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
Torneio Leiteiro Agroleite 2010

Eficiência biológica em vacas de alta produção

Por: Junio Fabiano dos Santos
     Claudinei Risden
     Juliana Rodrigues
    Gustavo Berwing
*Cooperativa Agropecuária Castrolanda


Eficiência biológica em vacas de alta produção

       Durante os dias 10 a 14 de agosto de 2010, no parque de exposição Dario Macedo em
Castro ocorreu a décima edição da Agroleite, umas das principais feiras do setor leiteiro do
país. Dentre as principais programações tivemos a quinta edição do torneio leiteiro.
        A quinta edição do torneio leiteiro da Agroleite 2010 teve quatorze animais inscritos,
ambas da raça holandesa, divididas em três categorias conforme a cronologia dentária (dentes
incisivos permanentes na borda da mandíbula): novilha primeiro parto até dois dentes
permanentes; categoria vaca jovem, vacas de primeiro ou segundo parto com até quatro
dentes permanentes e categoria vaca adulta, vacas com mais de três dentes permanentes.
       Apesar de idade cronologia dentária não ser uma medida exata da idade dos animais é o
principal critério de categorização de animais em torneio leiteiro. O nosso objetivo de possuir
uma categoria de apenas dois dentes, incomum na maioria das feiras e exposições é
demonstrar a precocidade e produtividade destes animais. Além disto, a categoria vaca jovem
permite eventualmente a participação de vacas de até dois partos, devido à eficiência
zootécnica da fazenda.
       O torneiro da Agroleite é referência em produtividade nas feiras e exposições da
pecuária leiteira nacional. Em destaque a produtividade dos animais, nível técnico dos
produtores, organização interna e não permissão de qualquer tipo de medicamento, injeção
ou drogas durante o torneio.
       O torneio leiteiro é uma ótima oportunidade para expressão da capacidade máxima de
produção de leite, pela interação de fatores como: genética, nutrição, condições ideais de
manejo e conforto que permitem a expressão da máxima eficiência biológica na conversão de
nutrientes consumidos em leite
       A busca por máxima eficiência é meta para qualquer segmento produtivo,
principalmente na atividade leiteira que se caracteriza por economia de escala de produção e
racionalização dos custos. A exigência de mantença se baseia na quantidade de nutrientes
necessárias para manter atividade metabólica basal mínima, sem que haja produção de leite
e/ou crescimento, baseada no peso vivo elevado a mesma constante. Assemelha-se com os
custos fixos que independe da produção de leite, como: serviços de administração e
consultoria, impostos, juros, depreciações de máquinas e equipamentos e instalações, etc.
       A média de produção diária do torneio Agroleite 2010 considerando todas as categorias
foi de 72,2 kg, com a produção média de sólidos por dia, 2,2 kg de gordura, 2,0 kg de proteína
e 3,3 kg de lactose. O acréscimo de produção de leite foi de 2,4 kg e a produção total de
sólidos foi de 0,3 kg por dia comparativamente a média da edição anterior Agroleite 2009.
       O total de energia média secretada no leite foi de 44,6 Mcal por dia (Tabela 2). O peso
vivo foi determinado no último dia do torneio com uma fita de pesagem, baseado no
perímetro torácico. Os teores de sólidos médios de gordura, proteína e lactose foram: 3,07%,
2,75% 4,63% (Tabela 1) foram determinados na APCBRH. A secreção de energia no leite foi
calculada individualmente para cada vaca pela equação do NRC (2001). A energia no leite é
dependente        da      composição     do      leite    e     da     produção.     EL     em
(Mcal/d)=[(0,0929*%Gordura)+(0,0547*%Proteína)+(0,0395*%Lactose)]* Produção de leite
(kg/d). A secreção média de energia no leite foi 4,4 múltiplos da exigência da mantença (Efic2 ,
Tabela 2), o que é altamente eficiente ao se julgar que vacas de alta produção secretam cerca
de 3,0 vezes a exigência de mantença.
       Outra forma de avaliar a eficiência biológica seria o mérito leiteiro. Vacas com alto
mérito leiteiro possuem menor peso vivo e alta capacidade de produção de leite e sólidos,
portanto capazes de diluir o custo energético de mantença (Tabela2). O mérito leiteiro foi
menor nas novilhas que nas vacas, apesar do menor peso corporal, devido incompleta
maturação fisiológica, principalmente do sistema mamário. O mérito leiteiro médio foi 0,36,
0,03 a mais que a média no torneio Agroleite 2009. A vaca adulta recordista de produção
obteve o mérito leiteiro de 0,43, ou seja, 19% superior a média do torneio (Tabela 2).
       O maior determinante na secreção de energia no leite foi a produção de leite r=0,89. A
correlação entre produção de leite com mérito leiteiro e peso vivo são positivas, 0,80 e 0,78,
respectivamente (Gráfico 1 e 3). Entretanto, a correlação entre produção de leite e teor de
sólidos é negativa, -0,36. As correlações entre produção de leite e teor de gordura (-0,17),
proteína (-0,07) e lactose (-0,43) são negativas. Já, a correlação entre mérito leiteiro e a
produção em quilogramas dos componentes no leite é altamente positiva, sólidos totais (0,91),
gordura (0,89), proteína (0,71) e lactose (0,79). Outra forma de avaliar a secreção de energia
no leite seria a correção do volume de produção para 4% de gordura (Tabela 2), correlação de
0,98. LCG4% = 0,4*Produção (kg/dia) + (0,15*%Gordura * Produção Kg/dia) (NRC, 2001).
       O consumo de matéria seca (CMS) é operacionalmente difícil de ser monitorado durante
o torneio. Portanto, o CMS foi estimado para cada vaca pelo modelo NRC, 2001 (Tabela 2).
Estes valores foram utilizados para calcular a eficiência alimentar, leite produzido por CMS
(Efic1, Tabela 2). A eficiência alimentar média predita do torneio foi de 2,2. Teoricamente, para
cada 1 kg de CMS haveria produção de 2,2 litros de leite. Eficiência alimentar superior a 1,6 é
considerado um parâmetro de vacas eficientes em converter alimento em leite.
       O ordenamento das vacas do torneio foi baseado na categoria e por produção de leite
por onze ordenhas consecutivas (Tabela 3). O resultado final da classificação por produção de
leite não seria idêntico ao ordenamento por produção de quilogramas de sólidos (Tabela-3).
         Nesta edição premiamos a vaca de maior produção de sólidos no leite do torneio, uma
forma de congregar altas produções de sólidos no leite com a forma de bonificação pelo leite
adotada pelas principais indústrias do Brasil, não basta termos um leite de alto teor de sólidos
sem que haja volume de produção na propriedade.

        A existência da vaca leiteira no futuro não dependerá somente da eficiência financeira
da atividade leiteira, mas da eficiência na conversão de nutrientes em leite com menor
impacto ambiental possível, seja pela redução na emissão de metano e/ou menores perdas de
nitrogênio e fósforo nas excretas. Maximizar a eficiência biológica da vaca leiteira é um
caminho para sustentabilidade da atividade leiteira, vacas mais produtivas são desejáveis,
possui menor custo alimentar por litro de leite produzido, utilizam recursos da fazenda que
independem da produção de forma mais econômica que vacas de baixa produção, como: cama
no free-stall, pré e pós-dipping, papel toalha, etc. A qualidade alimentícia do leite na saúde
humana é inquestionável. A valorização do leite depende da sua qualidade microbiológica e da
composição em quilos de sólidos. Entretanto, o consumo da fonte protéica de origem animal
no futuro dependerá da eficiência animal, e a vaca não é o mamífero que mais produz leite por
unidade de peso corporal.



Tabela 1 – Produção de leite e sólidos em quilograma por dia torneio leiteiro Agroleite 2010.
 Vaca    Cat   %Gord    %Prot   %Lact    %Sól    Uréia     Kg     Kg     Kg     Kg     Kg de
                                                 mg/dl    Gord   Prot   Lact   Leite    Sól.
Nov 1     N     3,05     2,55    4,36    10,65   19,04    2,17   1,81   3,10   71,04    7,08
Nov 2     N     3,12     2,63    4,51    11,05   16,79    2,06   1,74   2,99   66,12    6,78
Nov3      N     3,80     2,70    4,82    12,30   15,99    2,28   1,61   2,89   59,90    6,78
Nov4      N     3,29     2,88    4,73    11,85   15,33    1,90   1,66   2,73   57,76    6,29
VJ 1     VJ     3,82     2,68    4,51    11,81   17,25    2,70   1,90   3,19   70,71    7,79
VJ 2     VJ     2,30     2,87    4,81    10,97   21,99    1,43   1,78   2,99   62,12    6,20
V1       VA     3,33     2,67    4,48    11,27   15,19    3,04   2,44   4,10   91,36    9,58
V2       VA     2,63     2,90    4,67    11,14   15,92    2,22   2,44   3,93   84,20    8,59
V3       VA     3,16     2,83    4,71    11,65   16,70    2,53   2,27   3,78   80,23    8,59
V4       VA     2,74     2,62    4,47    10,58   21,21    2,18   2,09   3,56   79,70    7,83
V5       VA     2,45     2,87    4,65    10,88   14,41    1,80   2,11   3,42   73,59    7,34
V6       VA    2,88     2,84    4,73   11,41   21,06    2,10   2,08   3,46   73,04   7,64
V7       VA    3,33     2,71    4,69   11,64   19,09    2,31   1,88   3,26   69,46   7,45
Média          3,07     2,75    4,63   11,32   17,69    2,2    2,0    3,3    72,2    7,5
Nov: Novilhas primeiro parto, VJ: Vaca jovem, primeiro ou segundo parto e V: Vaca adulta,
acima do terceiro parto; Gord: Gordura; Prot: Proteína; Lact: Lactose e Sól: Sólidos
Tabela 2 – Eficiência energética e alimentar das vacas do torneio leiteiro Agroleite 2010.
                   1                              1         1                   1           1          2
VACA       Cat   EL      LCG        Peso     ML       EM        Gord/    CMS        Efic1       Efic
                                                                     1
                         4%         vivo                        Prot
Nov1       N      42,3    60,9      607      0,35     9,8       1,2      31,7       2,2         4,3

Nov2       N      40,4     57,4     600      0,33     9,7       1,2      30,4       2,2         4,2

Nov3       N      41,4     58,1     540      0,37     9,0       1,4      29,8       2,0         4,6

Nov4       N      37,5     51,6     607      0,31     9,8       1,1      28,5       2,0         3,8

VJ 1       VJ     48,1     68,8     659      0,37     10,4      1,4      35,2       2,0         4,6

VJ2        VJ     34,8     46,3     585      0,29     9,5       0,8      26,4       2,4         3,7

V1         VA     57,8     82,2     688      0,43     10,7      1,2      40,0       2,3         5,4

V2         VA     49,5     66,9     651      0,38     10,3      0,9      34,4       2,4         4,8

V3         VA     50,9     70,1     688      0,38     10,7      1,1      36,0       2,2         4,7

V4         VA     45,8     64,7     637      0,36     10,1      1,0      33,4       2,4         4,5

V5         VA     41,8     56,5     622      0,34     10,0      0,9      30,4       2,4         4,2

V6         VA     44,5     60,8     600      0,37     9,7       1,0      31,6       2,3         4,6

V7         VA     44,7     62,5     644      0,35     10,2      1,2      32,8       2,1         4,4

Média            44,6    62,1       625      0,36     10,0      1,1      32,4       2,2         4,4
1
  – EL: Secreção de energia no leite (Mcal); LCG4,0%: Leite corrigido para gordura a 4%; ML:
Mérito Leiteiro (EL/PV^0,75); EM: Energia de mantença: 0,080 x PV^0,75 (Mcal); Gord/Prot:
relação gordura e proteína; CMS: Consumo de matéria seca predito pelo NRC, 2001; Efic1:
Eficiência alimentar (Leite/CMS predito) e Efic2: Energia no leite/Energia de mantença;.

Tabela – 3 Ordenamento das vacas do torneio leiteiro, conforme a produção de leite e a
produção de sólidos totais.
Vaca             Cat.       Prod.  Prod.          Classificação       Classificação
                            Leite sólidos          produção           Kg de sólidos
Novilha1           N        71,04          7,08                 1º                              1º

Novilha2           N        66,12          6,78                 2º                              3º

Novilha3           N        59,90          6,78                 3º                              2º

Novilha4           N        57,76          6,29                 4º                              4º

VJ1               VJ        70,71          7,79                 1º                              1º

VJ2               VJ        62,12          6,20                 2º                              2º

V1                VA        91,36          9,58                 1º                              1º

V2                VA        84,20          8,59                 2º                              2º

V3                VA        80,23          8,59                 3º                              3º

V4                VA        79,70          7,83                 4º                              4º

V5                VA        73,59          7,64                 5º                              7º

V6                VA        73,04          7,45                 6º                              5º
V7                VA        69,46         7,34                7º                     6º



Gráfico-1 Correlação entre produção de leite e mérito leiteiro, torneio leiteiro 2010.




Gráfico-2 Correlação entre produção de leite e mérito leiteiro, torneio leiteiro 2009.
Gráfico-3 Correlação entre produção de leite e peso vivo.




                      Clique aqui e confira a Classificação Final do Torneio Leiteiro.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a C:\Fakepath\Artigotorneio2010

Apresentação Camargo, Jcm 2° Workshop
Apresentação Camargo, Jcm 2° WorkshopApresentação Camargo, Jcm 2° Workshop
Apresentação Camargo, Jcm 2° WorkshopAgricultura Sao Paulo
 
Eficiência Alimentar - Sr. Luciano Ribeiro - Rancho da Matinha
Eficiência Alimentar - Sr. Luciano Ribeiro - Rancho da MatinhaEficiência Alimentar - Sr. Luciano Ribeiro - Rancho da Matinha
Eficiência Alimentar - Sr. Luciano Ribeiro - Rancho da MatinhaANCP Ribeirão Preto
 
Girolando_de_alta_produccion_Una_alternativa_viable_para_la_produccion_de_lec...
Girolando_de_alta_produccion_Una_alternativa_viable_para_la_produccion_de_lec...Girolando_de_alta_produccion_Una_alternativa_viable_para_la_produccion_de_lec...
Girolando_de_alta_produccion_Una_alternativa_viable_para_la_produccion_de_lec...INTA
 
ICC$ - Índice da Vaca Ideal, o mais moderno e completo índice de seleção e co...
ICC$ - Índice da Vaca Ideal, o mais moderno e completo índice de seleção e co...ICC$ - Índice da Vaca Ideal, o mais moderno e completo índice de seleção e co...
ICC$ - Índice da Vaca Ideal, o mais moderno e completo índice de seleção e co...Rural Pecuária
 
Apresentação terceira 2016
Apresentação terceira 2016 Apresentação terceira 2016
Apresentação terceira 2016 Jose Ferrão
 
Estudo somatotropina boostin
Estudo somatotropina boostinEstudo somatotropina boostin
Estudo somatotropina boostinAgriPoint
 
Efeito da suplementação de duas formas comerciais de somatotropina bovina (bS...
Efeito da suplementação de duas formas comerciais de somatotropina bovina (bS...Efeito da suplementação de duas formas comerciais de somatotropina bovina (bS...
Efeito da suplementação de duas formas comerciais de somatotropina bovina (bS...AgriPoint
 
A trajetória do Nelore Matinha
A trajetória do Nelore MatinhaA trajetória do Nelore Matinha
A trajetória do Nelore MatinhaABS Pecplan
 
[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...
[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...
[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...AgroTalento
 
Manual de Confinamento de Bovinos de Corte da Guabi
Manual de Confinamento de Bovinos de Corte da GuabiManual de Confinamento de Bovinos de Corte da Guabi
Manual de Confinamento de Bovinos de Corte da GuabiSérgio Amaral
 
Tecnologias para aumentar a produtividade da pecuária de corte com rentabilidade
Tecnologias para aumentar a produtividade da pecuária de corte com rentabilidadeTecnologias para aumentar a produtividade da pecuária de corte com rentabilidade
Tecnologias para aumentar a produtividade da pecuária de corte com rentabilidadebuzzcp
 
G-Tag: Marcadores Moleculares do Nelore
G-Tag: Marcadores Moleculares do NeloreG-Tag: Marcadores Moleculares do Nelore
G-Tag: Marcadores Moleculares do NeloreCampos e Carrer
 
G-Tag: Marcadores moleculares do Nelore
G-Tag: Marcadores moleculares do NeloreG-Tag: Marcadores moleculares do Nelore
G-Tag: Marcadores moleculares do NeloreCampos e Carrer
 
Redução do impacto ambiental da pecuária pelo aumento da produtividade
Redução do impacto ambiental da pecuária pelo aumento da produtividadeRedução do impacto ambiental da pecuária pelo aumento da produtividade
Redução do impacto ambiental da pecuária pelo aumento da produtividadeBeefPoint
 
BPA - Manual de boas práticas bovino de corte da Embrapa
BPA - Manual de boas práticas bovino de corte da EmbrapaBPA - Manual de boas práticas bovino de corte da Embrapa
BPA - Manual de boas práticas bovino de corte da Embrapaprobarra
 

Semelhante a C:\Fakepath\Artigotorneio2010 (20)

Apresentação Camargo, Jcm 2° Workshop
Apresentação Camargo, Jcm 2° WorkshopApresentação Camargo, Jcm 2° Workshop
Apresentação Camargo, Jcm 2° Workshop
 
Eficiência Alimentar - Sr. Luciano Ribeiro - Rancho da Matinha
Eficiência Alimentar - Sr. Luciano Ribeiro - Rancho da MatinhaEficiência Alimentar - Sr. Luciano Ribeiro - Rancho da Matinha
Eficiência Alimentar - Sr. Luciano Ribeiro - Rancho da Matinha
 
Girolando_de_alta_produccion_Una_alternativa_viable_para_la_produccion_de_lec...
Girolando_de_alta_produccion_Una_alternativa_viable_para_la_produccion_de_lec...Girolando_de_alta_produccion_Una_alternativa_viable_para_la_produccion_de_lec...
Girolando_de_alta_produccion_Una_alternativa_viable_para_la_produccion_de_lec...
 
ICC$ - Índice da Vaca Ideal, o mais moderno e completo índice de seleção e co...
ICC$ - Índice da Vaca Ideal, o mais moderno e completo índice de seleção e co...ICC$ - Índice da Vaca Ideal, o mais moderno e completo índice de seleção e co...
ICC$ - Índice da Vaca Ideal, o mais moderno e completo índice de seleção e co...
 
Apresentação terceira 2016
Apresentação terceira 2016 Apresentação terceira 2016
Apresentação terceira 2016
 
Ricardo slide
Ricardo slideRicardo slide
Ricardo slide
 
Estudo somatotropina boostin
Estudo somatotropina boostinEstudo somatotropina boostin
Estudo somatotropina boostin
 
Efeito da suplementação de duas formas comerciais de somatotropina bovina (bS...
Efeito da suplementação de duas formas comerciais de somatotropina bovina (bS...Efeito da suplementação de duas formas comerciais de somatotropina bovina (bS...
Efeito da suplementação de duas formas comerciais de somatotropina bovina (bS...
 
A trajetória do Nelore Matinha
A trajetória do Nelore MatinhaA trajetória do Nelore Matinha
A trajetória do Nelore Matinha
 
[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...
[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...
[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...
 
Manual de Confinamento de Bovinos de Corte da Guabi
Manual de Confinamento de Bovinos de Corte da GuabiManual de Confinamento de Bovinos de Corte da Guabi
Manual de Confinamento de Bovinos de Corte da Guabi
 
Tecnologias para aumentar a produtividade da pecuária de corte com rentabilidade
Tecnologias para aumentar a produtividade da pecuária de corte com rentabilidadeTecnologias para aumentar a produtividade da pecuária de corte com rentabilidade
Tecnologias para aumentar a produtividade da pecuária de corte com rentabilidade
 
Cri leite europeu 2015
Cri leite europeu 2015Cri leite europeu 2015
Cri leite europeu 2015
 
G-Tag: Marcadores Moleculares do Nelore
G-Tag: Marcadores Moleculares do NeloreG-Tag: Marcadores Moleculares do Nelore
G-Tag: Marcadores Moleculares do Nelore
 
G-Tag: Marcadores moleculares do Nelore
G-Tag: Marcadores moleculares do NeloreG-Tag: Marcadores moleculares do Nelore
G-Tag: Marcadores moleculares do Nelore
 
Redução do impacto ambiental da pecuária pelo aumento da produtividade
Redução do impacto ambiental da pecuária pelo aumento da produtividadeRedução do impacto ambiental da pecuária pelo aumento da produtividade
Redução do impacto ambiental da pecuária pelo aumento da produtividade
 
Pesquisas em Gado de Corte
Pesquisas em Gado de CortePesquisas em Gado de Corte
Pesquisas em Gado de Corte
 
Bovinos2008 2009
Bovinos2008 2009Bovinos2008 2009
Bovinos2008 2009
 
Triacilgliceróis
TriacilgliceróisTriacilgliceróis
Triacilgliceróis
 
BPA - Manual de boas práticas bovino de corte da Embrapa
BPA - Manual de boas práticas bovino de corte da EmbrapaBPA - Manual de boas práticas bovino de corte da Embrapa
BPA - Manual de boas práticas bovino de corte da Embrapa
 

Mais de APCBRH

Palestra sobre Mercado de Leite –Walter Galan –Milkpoint Mercado
Palestra sobre Mercado de Leite –Walter Galan –Milkpoint MercadoPalestra sobre Mercado de Leite –Walter Galan –Milkpoint Mercado
Palestra sobre Mercado de Leite –Walter Galan –Milkpoint MercadoAPCBRH
 
100 touros mais_utilizados_jan_mai_17052011[1]
100 touros mais_utilizados_jan_mai_17052011[1]100 touros mais_utilizados_jan_mai_17052011[1]
100 touros mais_utilizados_jan_mai_17052011[1]APCBRH
 
Modernizacao sistemaclassificacao
Modernizacao sistemaclassificacaoModernizacao sistemaclassificacao
Modernizacao sistemaclassificacaoAPCBRH
 
Folder Registro Genealógico
Folder Registro GenealógicoFolder Registro Genealógico
Folder Registro GenealógicoAPCBRH
 
Folder Apcbrh
Folder ApcbrhFolder Apcbrh
Folder ApcbrhAPCBRH
 
Nitrogênio ureico no leite e seu impacto nas variáveis produtivas de rebanhos...
Nitrogênio ureico no leite e seu impacto nas variáveis produtivas de rebanhos...Nitrogênio ureico no leite e seu impacto nas variáveis produtivas de rebanhos...
Nitrogênio ureico no leite e seu impacto nas variáveis produtivas de rebanhos...APCBRH
 

Mais de APCBRH (6)

Palestra sobre Mercado de Leite –Walter Galan –Milkpoint Mercado
Palestra sobre Mercado de Leite –Walter Galan –Milkpoint MercadoPalestra sobre Mercado de Leite –Walter Galan –Milkpoint Mercado
Palestra sobre Mercado de Leite –Walter Galan –Milkpoint Mercado
 
100 touros mais_utilizados_jan_mai_17052011[1]
100 touros mais_utilizados_jan_mai_17052011[1]100 touros mais_utilizados_jan_mai_17052011[1]
100 touros mais_utilizados_jan_mai_17052011[1]
 
Modernizacao sistemaclassificacao
Modernizacao sistemaclassificacaoModernizacao sistemaclassificacao
Modernizacao sistemaclassificacao
 
Folder Registro Genealógico
Folder Registro GenealógicoFolder Registro Genealógico
Folder Registro Genealógico
 
Folder Apcbrh
Folder ApcbrhFolder Apcbrh
Folder Apcbrh
 
Nitrogênio ureico no leite e seu impacto nas variáveis produtivas de rebanhos...
Nitrogênio ureico no leite e seu impacto nas variáveis produtivas de rebanhos...Nitrogênio ureico no leite e seu impacto nas variáveis produtivas de rebanhos...
Nitrogênio ureico no leite e seu impacto nas variáveis produtivas de rebanhos...
 

C:\Fakepath\Artigotorneio2010

  • 1. Torneio Leiteiro Agroleite 2010 Eficiência biológica em vacas de alta produção Por: Junio Fabiano dos Santos Claudinei Risden Juliana Rodrigues Gustavo Berwing *Cooperativa Agropecuária Castrolanda Eficiência biológica em vacas de alta produção Durante os dias 10 a 14 de agosto de 2010, no parque de exposição Dario Macedo em Castro ocorreu a décima edição da Agroleite, umas das principais feiras do setor leiteiro do país. Dentre as principais programações tivemos a quinta edição do torneio leiteiro. A quinta edição do torneio leiteiro da Agroleite 2010 teve quatorze animais inscritos, ambas da raça holandesa, divididas em três categorias conforme a cronologia dentária (dentes incisivos permanentes na borda da mandíbula): novilha primeiro parto até dois dentes permanentes; categoria vaca jovem, vacas de primeiro ou segundo parto com até quatro dentes permanentes e categoria vaca adulta, vacas com mais de três dentes permanentes. Apesar de idade cronologia dentária não ser uma medida exata da idade dos animais é o principal critério de categorização de animais em torneio leiteiro. O nosso objetivo de possuir uma categoria de apenas dois dentes, incomum na maioria das feiras e exposições é demonstrar a precocidade e produtividade destes animais. Além disto, a categoria vaca jovem permite eventualmente a participação de vacas de até dois partos, devido à eficiência zootécnica da fazenda. O torneiro da Agroleite é referência em produtividade nas feiras e exposições da pecuária leiteira nacional. Em destaque a produtividade dos animais, nível técnico dos produtores, organização interna e não permissão de qualquer tipo de medicamento, injeção ou drogas durante o torneio. O torneio leiteiro é uma ótima oportunidade para expressão da capacidade máxima de produção de leite, pela interação de fatores como: genética, nutrição, condições ideais de manejo e conforto que permitem a expressão da máxima eficiência biológica na conversão de nutrientes consumidos em leite A busca por máxima eficiência é meta para qualquer segmento produtivo, principalmente na atividade leiteira que se caracteriza por economia de escala de produção e racionalização dos custos. A exigência de mantença se baseia na quantidade de nutrientes necessárias para manter atividade metabólica basal mínima, sem que haja produção de leite e/ou crescimento, baseada no peso vivo elevado a mesma constante. Assemelha-se com os custos fixos que independe da produção de leite, como: serviços de administração e consultoria, impostos, juros, depreciações de máquinas e equipamentos e instalações, etc. A média de produção diária do torneio Agroleite 2010 considerando todas as categorias foi de 72,2 kg, com a produção média de sólidos por dia, 2,2 kg de gordura, 2,0 kg de proteína e 3,3 kg de lactose. O acréscimo de produção de leite foi de 2,4 kg e a produção total de sólidos foi de 0,3 kg por dia comparativamente a média da edição anterior Agroleite 2009. O total de energia média secretada no leite foi de 44,6 Mcal por dia (Tabela 2). O peso vivo foi determinado no último dia do torneio com uma fita de pesagem, baseado no perímetro torácico. Os teores de sólidos médios de gordura, proteína e lactose foram: 3,07%, 2,75% 4,63% (Tabela 1) foram determinados na APCBRH. A secreção de energia no leite foi calculada individualmente para cada vaca pela equação do NRC (2001). A energia no leite é dependente da composição do leite e da produção. EL em (Mcal/d)=[(0,0929*%Gordura)+(0,0547*%Proteína)+(0,0395*%Lactose)]* Produção de leite (kg/d). A secreção média de energia no leite foi 4,4 múltiplos da exigência da mantença (Efic2 , Tabela 2), o que é altamente eficiente ao se julgar que vacas de alta produção secretam cerca de 3,0 vezes a exigência de mantença. Outra forma de avaliar a eficiência biológica seria o mérito leiteiro. Vacas com alto mérito leiteiro possuem menor peso vivo e alta capacidade de produção de leite e sólidos,
  • 2. portanto capazes de diluir o custo energético de mantença (Tabela2). O mérito leiteiro foi menor nas novilhas que nas vacas, apesar do menor peso corporal, devido incompleta maturação fisiológica, principalmente do sistema mamário. O mérito leiteiro médio foi 0,36, 0,03 a mais que a média no torneio Agroleite 2009. A vaca adulta recordista de produção obteve o mérito leiteiro de 0,43, ou seja, 19% superior a média do torneio (Tabela 2). O maior determinante na secreção de energia no leite foi a produção de leite r=0,89. A correlação entre produção de leite com mérito leiteiro e peso vivo são positivas, 0,80 e 0,78, respectivamente (Gráfico 1 e 3). Entretanto, a correlação entre produção de leite e teor de sólidos é negativa, -0,36. As correlações entre produção de leite e teor de gordura (-0,17), proteína (-0,07) e lactose (-0,43) são negativas. Já, a correlação entre mérito leiteiro e a produção em quilogramas dos componentes no leite é altamente positiva, sólidos totais (0,91), gordura (0,89), proteína (0,71) e lactose (0,79). Outra forma de avaliar a secreção de energia no leite seria a correção do volume de produção para 4% de gordura (Tabela 2), correlação de 0,98. LCG4% = 0,4*Produção (kg/dia) + (0,15*%Gordura * Produção Kg/dia) (NRC, 2001). O consumo de matéria seca (CMS) é operacionalmente difícil de ser monitorado durante o torneio. Portanto, o CMS foi estimado para cada vaca pelo modelo NRC, 2001 (Tabela 2). Estes valores foram utilizados para calcular a eficiência alimentar, leite produzido por CMS (Efic1, Tabela 2). A eficiência alimentar média predita do torneio foi de 2,2. Teoricamente, para cada 1 kg de CMS haveria produção de 2,2 litros de leite. Eficiência alimentar superior a 1,6 é considerado um parâmetro de vacas eficientes em converter alimento em leite. O ordenamento das vacas do torneio foi baseado na categoria e por produção de leite por onze ordenhas consecutivas (Tabela 3). O resultado final da classificação por produção de leite não seria idêntico ao ordenamento por produção de quilogramas de sólidos (Tabela-3). Nesta edição premiamos a vaca de maior produção de sólidos no leite do torneio, uma forma de congregar altas produções de sólidos no leite com a forma de bonificação pelo leite adotada pelas principais indústrias do Brasil, não basta termos um leite de alto teor de sólidos sem que haja volume de produção na propriedade. A existência da vaca leiteira no futuro não dependerá somente da eficiência financeira da atividade leiteira, mas da eficiência na conversão de nutrientes em leite com menor impacto ambiental possível, seja pela redução na emissão de metano e/ou menores perdas de nitrogênio e fósforo nas excretas. Maximizar a eficiência biológica da vaca leiteira é um caminho para sustentabilidade da atividade leiteira, vacas mais produtivas são desejáveis, possui menor custo alimentar por litro de leite produzido, utilizam recursos da fazenda que independem da produção de forma mais econômica que vacas de baixa produção, como: cama no free-stall, pré e pós-dipping, papel toalha, etc. A qualidade alimentícia do leite na saúde humana é inquestionável. A valorização do leite depende da sua qualidade microbiológica e da composição em quilos de sólidos. Entretanto, o consumo da fonte protéica de origem animal no futuro dependerá da eficiência animal, e a vaca não é o mamífero que mais produz leite por unidade de peso corporal. Tabela 1 – Produção de leite e sólidos em quilograma por dia torneio leiteiro Agroleite 2010. Vaca Cat %Gord %Prot %Lact %Sól Uréia Kg Kg Kg Kg Kg de mg/dl Gord Prot Lact Leite Sól. Nov 1 N 3,05 2,55 4,36 10,65 19,04 2,17 1,81 3,10 71,04 7,08 Nov 2 N 3,12 2,63 4,51 11,05 16,79 2,06 1,74 2,99 66,12 6,78 Nov3 N 3,80 2,70 4,82 12,30 15,99 2,28 1,61 2,89 59,90 6,78 Nov4 N 3,29 2,88 4,73 11,85 15,33 1,90 1,66 2,73 57,76 6,29 VJ 1 VJ 3,82 2,68 4,51 11,81 17,25 2,70 1,90 3,19 70,71 7,79 VJ 2 VJ 2,30 2,87 4,81 10,97 21,99 1,43 1,78 2,99 62,12 6,20 V1 VA 3,33 2,67 4,48 11,27 15,19 3,04 2,44 4,10 91,36 9,58 V2 VA 2,63 2,90 4,67 11,14 15,92 2,22 2,44 3,93 84,20 8,59 V3 VA 3,16 2,83 4,71 11,65 16,70 2,53 2,27 3,78 80,23 8,59 V4 VA 2,74 2,62 4,47 10,58 21,21 2,18 2,09 3,56 79,70 7,83 V5 VA 2,45 2,87 4,65 10,88 14,41 1,80 2,11 3,42 73,59 7,34
  • 3. V6 VA 2,88 2,84 4,73 11,41 21,06 2,10 2,08 3,46 73,04 7,64 V7 VA 3,33 2,71 4,69 11,64 19,09 2,31 1,88 3,26 69,46 7,45 Média 3,07 2,75 4,63 11,32 17,69 2,2 2,0 3,3 72,2 7,5 Nov: Novilhas primeiro parto, VJ: Vaca jovem, primeiro ou segundo parto e V: Vaca adulta, acima do terceiro parto; Gord: Gordura; Prot: Proteína; Lact: Lactose e Sól: Sólidos
  • 4. Tabela 2 – Eficiência energética e alimentar das vacas do torneio leiteiro Agroleite 2010. 1 1 1 1 1 2 VACA Cat EL LCG Peso ML EM Gord/ CMS Efic1 Efic 1 4% vivo Prot Nov1 N 42,3 60,9 607 0,35 9,8 1,2 31,7 2,2 4,3 Nov2 N 40,4 57,4 600 0,33 9,7 1,2 30,4 2,2 4,2 Nov3 N 41,4 58,1 540 0,37 9,0 1,4 29,8 2,0 4,6 Nov4 N 37,5 51,6 607 0,31 9,8 1,1 28,5 2,0 3,8 VJ 1 VJ 48,1 68,8 659 0,37 10,4 1,4 35,2 2,0 4,6 VJ2 VJ 34,8 46,3 585 0,29 9,5 0,8 26,4 2,4 3,7 V1 VA 57,8 82,2 688 0,43 10,7 1,2 40,0 2,3 5,4 V2 VA 49,5 66,9 651 0,38 10,3 0,9 34,4 2,4 4,8 V3 VA 50,9 70,1 688 0,38 10,7 1,1 36,0 2,2 4,7 V4 VA 45,8 64,7 637 0,36 10,1 1,0 33,4 2,4 4,5 V5 VA 41,8 56,5 622 0,34 10,0 0,9 30,4 2,4 4,2 V6 VA 44,5 60,8 600 0,37 9,7 1,0 31,6 2,3 4,6 V7 VA 44,7 62,5 644 0,35 10,2 1,2 32,8 2,1 4,4 Média 44,6 62,1 625 0,36 10,0 1,1 32,4 2,2 4,4 1 – EL: Secreção de energia no leite (Mcal); LCG4,0%: Leite corrigido para gordura a 4%; ML: Mérito Leiteiro (EL/PV^0,75); EM: Energia de mantença: 0,080 x PV^0,75 (Mcal); Gord/Prot: relação gordura e proteína; CMS: Consumo de matéria seca predito pelo NRC, 2001; Efic1: Eficiência alimentar (Leite/CMS predito) e Efic2: Energia no leite/Energia de mantença;. Tabela – 3 Ordenamento das vacas do torneio leiteiro, conforme a produção de leite e a produção de sólidos totais. Vaca Cat. Prod. Prod. Classificação Classificação Leite sólidos produção Kg de sólidos Novilha1 N 71,04 7,08 1º 1º Novilha2 N 66,12 6,78 2º 3º Novilha3 N 59,90 6,78 3º 2º Novilha4 N 57,76 6,29 4º 4º VJ1 VJ 70,71 7,79 1º 1º VJ2 VJ 62,12 6,20 2º 2º V1 VA 91,36 9,58 1º 1º V2 VA 84,20 8,59 2º 2º V3 VA 80,23 8,59 3º 3º V4 VA 79,70 7,83 4º 4º V5 VA 73,59 7,64 5º 7º V6 VA 73,04 7,45 6º 5º
  • 5. V7 VA 69,46 7,34 7º 6º Gráfico-1 Correlação entre produção de leite e mérito leiteiro, torneio leiteiro 2010. Gráfico-2 Correlação entre produção de leite e mérito leiteiro, torneio leiteiro 2009.
  • 6. Gráfico-3 Correlação entre produção de leite e peso vivo.  Clique aqui e confira a Classificação Final do Torneio Leiteiro.