2. AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
• “Desde que nascemos, começamos a aprender as
regras e os procedimentos que devemos seguir na vida
em sociedade. À medida que a criança cresce e passa a
entender melhor o mundo em que vive, percebe que
em todos os grupos de que participa existem certas
regras importantes, certos padrões de comportamento
que a sociedade considera fundamentais. Essas regras,
instituídas pelos nossos antepassados, sofreram
modificações ao longo do tempo. A sociedade exerce
pressão sobre cada indivíduo para que todas elas sejam
cumpridas”.
3. 1- O que é INSTITUIÇÃO SOCIAL
• todas aquelas estruturas sociais ou formas de
São
organização estáveis como a Família, a Igreja, a Escola ou
uma Empresa, que são baseadas em regras e
procedimentos padronizados, socialmente reconhecidos,
aceitos, sancionados e seguidos pela sociedade.
• Em outras palavras, poderíamos dizer também que são os
modos de pensar, de sentir e agir que a pessoa, ao nascer,
já encontra estabelecidos e cuja mudança se faz muitas
vezes com dificuldades. E mais, elas existem para satisfazer
necessidades e servem como formas de controle social.
4. 2- Grupo Social e Instituição Social
• Não é difícil de entender, veja só:
• grupos sociais são reuniões de indivíduos
Os
com objetivos comuns, em processo de
interação. Enquanto as instituições sociais se
referem às regras e procedimentos que se
aplicam a diversos grupos.
5. 3- Interdependência entre as
Instituições
• Nenhuma instituição existe isolada das
outras. Há sempre uma relação de
interdependência, no sentido de que qualquer
alteração em determinada instituição pode
acarretar mudanças maiores ou menores nas
outras. Ex: a libertação dos escravos, a mulher
no trabalho fora de casa, a Internet, a questão
salarial, etc.
6. 4- Principais tipos de Instituições
• Não descartando as demais, consideramos
que as principais instituições sociais são: a
Família, o Estado, as instituições Educacionais,
e Igreja e as instituições Econômicas.
7. 4.1 – A Família
• É aquele tipo de agrupamento social cuja
estrutura varia em alguns aspectos no tempo
e no espaço. Essa variação pode se referir ao
número e à forma de casamento, ao tipo de
família e aos papéis familiares.
8. Números de casamentos
• Neste caso, a família pode ser monogâmica ou
poligâmica.
• A família monogâmica é aquela em cada marido e cada
mulher tem apenas um cônjuge.
• A família poligâmica é aquela em que cada esposo
pode ter dois ou mais cônjuges. Entre os esquimós e
algumas tribos do Tibet ocorre a poliandria (casamento
de uma mulher com dois ou mais homens). Já em
certas tribos africanas, entre os mórmons e os
muçulmanos, ocorre a poliginia (casamento de um
homem com várias mulheres).
9. Formas de casamento
• Temos a endogamia e a exogamia.
• Endogamia quer dizer casamento permitido apenas
dentro do mesmo grupo, da mesma tribo. Esta era uma
forma muito comum entre os povos primitivos, e
encontrada ainda hoje no sistema de castas da Índia e
curiosamente em algumas famílias do Nordeste
brasileiro.
• Exogamia trata-se da união com alguém fora do grupo,
entre pessoas de religião, raça ou classe social
diferentes. É encontrado na maioria das sociedades
modernas.
10. Tipos de famílias e suas funções
• Entre várias possibilidades, vamos classificar a família em dois tipos
básicos:
• Conjugal ou nuclear – é o grupo que reúne marido, mulher e
filhos;
• Consangüínea ou extensa – além do casal e seus filhos, reúne
outros parentes, como avós, netos, genros, noras, primos e
sobrinhos.
• Entre as principais funções da família podem ser destacadas:
• Sexual ou reprodutiva – satisfação dos impulsos sexuais dos
cônjuges e a perpetuação da espécie humana;
• Econômica – assegurar os meios de subsistência e bem-estar de
seus membros;
• Educacional – transmissão dos valores e padrões culturais da
sociedade.
11. Papéis familiares
• Nos últimos anos percebeu-se uma transformação profunda quanto aos
papéis familiares. O pai já não é mais o “chefe da família” e nem a mãe a
“rainha do lar”. Ou seja, os filhos são criados por pai e mãe que trocam
constantemente de papéis entre si.
• Da mesma forma, os índices de divórcio cresceram acentuadamente. Nos
EUA, por exemplo, a proporção de divórcio em relação ao número de
casados quadruplicou em apenas trinta anos.
• Ao mesmo tempo, o número de filhos de mães solteiras subiu bastante
também. Por outro lado a função nuclear reprodutiva está igualmente
ameaçada: a fertilidade caiu tão drasticamente na Itália, Espanha e
Alemanha que esses países estão em via de perder 30% da população em
cada geração.
• A nova família é também monoparental. Em muitos casos, os filhos
moram só com o pai ou só com a mãe.
• Uma curiosidade, no entanto. Apesar das transformações verificadas
especialmente nos últimos trinta anos, o modelo de família nuclear parece
continuar predominando.
12. A instituição familiar no Brasil
• Em primeiro lugar devemos destacar que as mudanças ocorridas nos
últimos anos estão relacionadas com o tipo de vida característico da
sociedade industrial. Outro ponto a considerar, agora do ponto de vista
legal, é a aprovação da Lei do Divórcio em 1977. Tanto é que o objetivo do
casamento deixa de ser apenas a constituição de um lar, com muitos
filhos, de preferência, e passa a ser o estabelecimento de uma comunhão
de vida entre os cônjuges.
• Outra inovação é o fato da responsabilidade da família passar a caber
igualmente aos dois integrantes do casal, com os mesmos direitos, e não
mais apenas ao pai como “chefe da família”. Bem como, em caso de
separação, a guarda dos filhos não cabe mais exclusivamente à mãe, mas
ao cônjuge que estiver em melhores condições.
• Com toda justiça, cabe destacar que todas essas mudanças apenas dão
cunho legal às transformações que estão ocorrendo na sociedade
brasileira, na qual a mulher vem assumindo um papel destacado na
estrutura familiar.
13. 4.2 – A Igreja
• Uma coisa é fato, todas as sociedades conheceram e conhecem alguma
forma de religião. E enquanto a origem de todas as outras instituições
pode ser encontrada nas necessidades físicas do homem, a religião não
corresponde a nenhuma necessidade material específica. De certa forma,
cada povo tem nas crenças religiosas um fator de estabilidade social e de
obediência às normas sociais da sociedade. Por isso, dizemos que a
religião sempre desempenhou uma função importante e indispensável.
• Bom, geralmente, todas as religiões têm seu lugar de culto: igrejas,
templos, mesquitas, sinagogas, etc. E assim como a família, a religião, ou
as religiões também sofreram muitas mudanças.
• As religiões ocidentais sofreram profundas mudanças com o
desenvolvimento da economia industrial, sendo que o progresso da
ciência e da arte deu ao homem uma nova visão de si mesmo e da vida em
geral. De certa forma, a partir desta nova situação, as várias religiões no
mundo têm procurado conciliar suas doutrinas com o conhecimento
científico.
14. • Outra tendência é dar mais ênfase aos valores sociais do que aos
dogmas religiosos. Prova disso é o surgimento, na Igreja Católica, da
doutrina da Teologia da Libertação.
• Por outro lado, há também grupos conservadores que defendem o
apego à tradição, como a TFP, algumas igrejas “renovadas”
(Evangélicas), entre eles o movimento da Renovação Carismática
(Igreja Católica) etc.
• Percebe-se também um crescimento exagerado das mais diferentes
seitas religiosas. Tal crescimento, possivelmente deve-se a fatores
como: instabilidade social, dificuldades econômicas, crescimento
demográfico, miséria e insegurança. Tais incertezas acentuam as
crises existenciais dos seres humanos, que se voltam para a religião,
na tentativa de encontrar uma saída para seu desamparo e sua
angústia.
• Devido à situação do mundo atual citada acima, percebe-se
também diversas formas de renovação religiosa no cristianismo, no
islamismo e no judaísmo nas últimas duas décadas.
• Enfim, é inegável que a Religião continua sendo uma das principais
instituições a influir no comportamento humano. Porém, ela não
constitui condição imprescindível da ordem social.
• Uma curiosidade: das grandes religiões, o islamismo é a que mais
cresce no mundo.
15. 4.3 – O Estado
• Todos os recursos recolhidos pelo Estado,
teoricamente deveriam ser investidos em
investimentos de infraestrutura e preste os
serviços sociais básicos à população, além, claro,
manter a máquina administrativa do Estado.
• Para retirar estes recursos da população, o Estado
se baseia numa qualidade que é a essência dele
mesmo: seu poder de coerção. Esse poder
autoriza o Estado e recorrer a várias formas de
pressão para fazer valer seu direito de cobrar
impostos.
16. Direito e poder do Estado
• Em qualquer sociedade, apenas o Estado tem o direito de
recorrer à coação para obrigar os indivíduos a cumprir suas
leis.
• É inegável que o Estado é o mais importante agente de
controle social de uma sociedade. Ele exerce essas funções
por meio de leis e, em última instância, pelo uso da força e
da violência legítima, desde que baseado na lei.
• Nas democracias representativas, como já sabemos, o
poder do Estado se distribui pelos poderes Executivo
(governo, administração pública, forças armadas),
Legislativo (Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e
Câmaras de Vereadores) e Judiciário (órgãos da Justiça).
17. Alguns componentes do Estado
• O Estado é essencialmente um agente de controle
social. Difere de outras instituições como a família e a
Igreja, que também exercem controle, na medida em
que tem poder para regular as relações entre todos os
membros da sociedade.
• Os três componentes mais importantes do Estado são:
• Território;
• População;
• Instituições políticas (principalmente os três poderes
e os diversos órgãos administrativos que compõe o
governo).
18. Estado, nação e governo
• Veja: a NAÇÃO é um conjunto de pessoas ligadas entre si por
vínculos permanentes de idioma, religião, tradições, costumes e
valores; é anterior ao Estado, podendo até existir sem ele (Ex:
Ciganos, Palestinos e os Judeus antes da criação do Estado de
Israel). Já um ESTADO pode compreender várias nações, como é o
caso do Reino Unido ou Grã-Bretanha, formada pela Escócia,
Irlanda do Norte, País de Gales e Inglaterra. Logo o Estado é uma
nação com um conjunto de instituições políticas, entre as quais
um GOVERNO que é um componente transitório do Estado que é
permanente.
• Interessante lembrar que nas democracias, a base da organização
do Estado é sua Constituição, que estabelece as normas referentes
aos poderes públicos e afirma os direitos e deveres dos cidadãos.
19. Estado e formas de governo
• O governo pode adotar as seguintes formas:
monarquia ou república. Há, no entanto,
variações nestas formas de governo. Em
países da Europa (Grã-Bretanha, Espanha,
Suécia e Noruega) existem as chamadas
monarquias institucionais (que também
podem ser parlamentaristas). E em outros
países a república parlamentarista e ainda a
presidencialista.
20. 4.4 - Escola
• Em um país onde o analfabetismo ainda assusta, o
processo seletivo para a universidade é excludente,
falar das instituições educacionais e da própria escola,
é muito sério.
• A Escola pode ser vista como um grupo social ou como
instituição. Ou seja, por um lado ela é uma reunião de
indivíduos com objetivos comuns e em contínua
interação. Mas é também uma estrutura mais ou
menos permanente que reúne normas e
procedimentos padronizados, altamente valorizados
pela sociedade, cujo objetivo principal é a socialização
do indivíduo e a transmissão de determinados aspectos
da cultura e do conhecimento.
21. Objetivos da Educação
• É por meio da educação que os povos
transmitem às gerações mais jovens sua
herança cultural, seus conhecimentos, seu
modo de vida e suas regras e valores. Ao
passar por ela, os indivíduos adquirem as
informações e condições necessárias para
uma vida ativa (inclusive econômica) em
sociedade e são preparados para conviver com
os outros de acordo com as normas dos
grupos sociais a que pertencem.
22. O processo educativo
• Já vimos que a educação pode ser:
• ¬ Informal (assistemática ou difusa);
• ¬ Formal (sistemática)
• A educação formal tem recebido uma atenção
especial dos governos (ou deveria) pelo fato de
não ser mais possível pessoas com pouca ou sem
nenhuma instrução progredir profissionalmente.
A educação (formal) passa a ser cada vez mais um
instrumento vital para que o indivíduo possa
enfrentar os desafios da sociedade
contemporânea.
23. A Escola e as novas tecnologias
• Um ponto que merece muita atenção e reflexão é
o uso de novas tecnologias na educação. A
Internet e os diversos meios de comunicação
vieram para provocar mudanças na educação. Ao
mesmo tempo em que traz inúmeras vantagens,
e isto é indiscutível, traz o problema da
socialização, da falta de contato físico e a
pesquisa direto nas fontes. Ou seja, a educação
não poderá em hipótese alguma se reduzir a
estes novos equipamentos. É preciso reforçar a
socialização dos alunos, procurando preservar as
relações humanas e evitar o individualismo.