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TURMA: 34MP
COMPONENTES: Gabriel Z, Jeferson, Leandro,
Liliana e William L.
 O pós-modernismo pode ser definido como as
características de natureza sociocultural e estética,
que marcam o capitalismo da era contemporânea,
portanto esta expressão pode designar todas as
profundas modificações que se desenrolam nas
esferas científica, artística e social, dos anos 50 até
os dias atuais.
 Este movimento, que também pode ser chamado de
pós-industrial ou financeiro, predomina
mundialmente desde o fim do Modernismo. Ele é,
sem dúvida, caracterizado pela avalanche recente de
inovações tecnológicas, pela subversão dos meios de
comunicação e da informática, com a crescente
influência do universo virtual, e pelo desmedido
apelo consumista que seduz o homem pós-moderno.
 Não é fácil definir exatamente o sentido deste termo,
pois os pesquisadores carecem justamente do
imprescindível distanciamento histórico para melhor
analisá-lo, o que é muito difícil, já que o Pós-
Modernismo é um processo ainda em
desenvolvimento no contexto histórico em que
vivemos.
 Alguns pesquisadores, como o francês Jean-François
Lyotard, consideram que a Ciência perdeu muito de
seu crédito como geradora da verdade absoluta,
portanto este processo contemporâneo é qualificado
igualmente como o sepulcro de todas as justificativas
e assertivas imperativas. Nada mais é certo, tudo é
relativo e impreciso. Já o marxista Fredric Jameson
crê que este período histórico nada mais é que a
terceira etapa do capitalismo.
 O Homem pós-moderno habita em um universo
imagético, a simulação substitui a realidade, e elege-
se o hiper-realismo - também conhecido como foto-
realismo, e que pretende transpor para o universo
das imagens uma realidade objetiva.
 O hiper-realismo é uma condição ilusória, entra em
choque com a existência cotidiana concreta, o que
provoca na psique do Homem uma certa perturbação.
Esta técnica pode, facilmente, driblar a vigilância
tanto do emissor da mensagem, quanto de seu
receptor. Este é o universo da espetacularização do
noticiário, o qual é, muitas vezes, distorcido em
benefício do show protagonizado pela mídia.
 Tudo é fluido na pós-modernidade, daí o termo preferido
pelo polonês Zygmunt Bauman, que tornou popular esta
expressão ‘modernidade líquida’, uma vez que nada mais é
realmente concreto na era atual. Tempo e espaço são
reduzidos a fragmentos; a individualidade predomina sobre
o coletivo e o ser humano é guiado pela ética do prazer
imediato como objetivo prioritário, denominado
hedonismo.
 A humanidade é induzida a levar sua liberdade ao extremo,
colocada diante de uma opção infinita de probabilidades,
desde que sua escolha recaia sempre no circuito perverso
do consumismo. Daí a subjetividade também ser
incessantemente fracionada. Resta saber por quais
caminhos se desdobrará o Pós-Modernismo, se ele também
sofrerá uma ruptura inevitável, se será, enfim, substituído
por outro movimento sociocultural.
 “As luzes que descobriram as liberdades
inventaram também as disciplinas”
 Michel Foucault nasceu em 1926 em Poitiers, sul
da França, cresceu em uma rica família de
médicos. Aos 20 anos foi estudar psicologia e
filosofia na École Normale Superieure, em Paris,
período de uma passagem relâmpago pelo
Partido Comunista. Obteve o diploma em
psicopatologia em 1952, passando a lecionar na
Universidade de Lille. Dois anos depois, publicou
o primeiro livro, Doença Mental e Personalidade.
Entre suas principais obras estão História
da Sexualidade e Vigiar e Punir. Foucault morreu
de AIDS, em 1984.
 Poucos pensadores da segunda metade do século 20
alcançaram repercussão tão rápida e ampla quanto o
francês Michel Foucault. Por ter proposto abordagens
inovadoras para entender as instituições e os
sistemas de pensamento, a obra de Foucault tornou-
se referência em uma grande abrangência de campos
do conhecimento. “Foi Foucault quem pela primeira
vez mostrou que, antes de reproduzir, a escola
moderna produziu, e continua produzindo, um
determinado tipo de sociedade”, diz Alfredo Veiga-
Neto, professor da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.
 Em vez de tentar responder ou discutir as questões
filosóficas tradicionais, Foucault desenvolveu critérios
de questionamento e crítica ao modo como elas são
encaradas. A primeira conseqüência desse
procedimento é mostrar que categorias como razão,
método científico e até mesmo a noção de homem
não são eternas, mas vinculadas a sistemas
circunscritos historicamente.
 Foucault concluiu, no entanto, que a concepção do homem
como objeto foi necessária na emergência e manutenção
da Idade Moderna, porque dá às instituições a
possibilidade de modificar o corpo e a mente. Entre essas
instituições se inclui a educação. O conceito definidor da
modernidade, segundo o francês, a disciplina – um
instrumento de dominação e controle destinado a suprimir
ou domesticar os comportamentos divergentes. Portanto,
ao mesmo tempo que o iluminismo consolidou um grande
número de instituições de assistência e proteção aos
cidadãos – como família, hospitais, prisões e escolas –,
também inseriu nelas mecanismos que os controlam e os
mantêm na iminência da punição. Esses mecanismos
formariam o que Focault chamou de tecnologia política.
 O filósofo não acreditava que a dominação e
o poder sejam originários de uma única fonte
– como o Estado ou as classes dominantes –,
mas que são exercidos em várias direções,
em escala múltipla. Esse exercício também
não era necessariamente opressor, podendo
estar a serviço, por exemplo, da criação.
 A contestação e a revisão de conceitos operadas
por Foucault criaram a necessidade de refazer
percursos históricos. Não é sobre os governos e
as nações que ele concentra seus estudos, mas
sobre os sistemas prisionais, a sexualidade, a
loucura, a medicina etc. Três fases se sucederam
em sua obra. A da arqueologia do conhecimento
é marcada pela análise dos discursos ao longo do
tempo. A genealógica corresponde a um
conjunto de investigações das correlações de
forças que permitem a emergência de um
discurso. Finalmente, a fase ética centra o foco
nas práticas por meio das quais os seres
humanos exercem a dominação e a subjetivação.
 Para Foucault, a escola é uma das "instituições de seqüestro",
como o hospital, o quartel e a prisão. "São aquelas instituições
que retiram compulsoriamente os indivíduos do espaço familiar
ou social mais amplo e os internam, durante um período longo,
para moldar suas condutas, disciplinar seus comportamentos,
formatar aquilo que pensam etc.", diz Alfredo Veiga-Neto. Com
o advento da Idade Moderna, tais instituições deixam de ser
lugares de suplício, como castigos corporais, para se tornarem
locais de criação de "corpos dóceis". A docilização do corpo tem
uma vantagem social e política sobre o suplício, porque este
enfraquece ou destrói os recursos vitais. Uma das muitas
"vantagens" apresentadas pelo aparelho para o funcionamento
da disciplina é que as pessoas distribuídas no círculo não têm
como ver se há alguém ou não na torre. Por isso, internalizam a
disciplina. Ampliada a situação para o âmbito social, a disciplina
se exerce por meio de redes invisíveis e acaba ganhando
aparência de naturalidade.

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  • 1. TURMA: 34MP COMPONENTES: Gabriel Z, Jeferson, Leandro, Liliana e William L.
  • 2.  O pós-modernismo pode ser definido como as características de natureza sociocultural e estética, que marcam o capitalismo da era contemporânea, portanto esta expressão pode designar todas as profundas modificações que se desenrolam nas esferas científica, artística e social, dos anos 50 até os dias atuais.  Este movimento, que também pode ser chamado de pós-industrial ou financeiro, predomina mundialmente desde o fim do Modernismo. Ele é, sem dúvida, caracterizado pela avalanche recente de inovações tecnológicas, pela subversão dos meios de comunicação e da informática, com a crescente influência do universo virtual, e pelo desmedido apelo consumista que seduz o homem pós-moderno.
  • 3.  Não é fácil definir exatamente o sentido deste termo, pois os pesquisadores carecem justamente do imprescindível distanciamento histórico para melhor analisá-lo, o que é muito difícil, já que o Pós- Modernismo é um processo ainda em desenvolvimento no contexto histórico em que vivemos.  Alguns pesquisadores, como o francês Jean-François Lyotard, consideram que a Ciência perdeu muito de seu crédito como geradora da verdade absoluta, portanto este processo contemporâneo é qualificado igualmente como o sepulcro de todas as justificativas e assertivas imperativas. Nada mais é certo, tudo é relativo e impreciso. Já o marxista Fredric Jameson crê que este período histórico nada mais é que a terceira etapa do capitalismo.
  • 4.  O Homem pós-moderno habita em um universo imagético, a simulação substitui a realidade, e elege- se o hiper-realismo - também conhecido como foto- realismo, e que pretende transpor para o universo das imagens uma realidade objetiva.  O hiper-realismo é uma condição ilusória, entra em choque com a existência cotidiana concreta, o que provoca na psique do Homem uma certa perturbação. Esta técnica pode, facilmente, driblar a vigilância tanto do emissor da mensagem, quanto de seu receptor. Este é o universo da espetacularização do noticiário, o qual é, muitas vezes, distorcido em benefício do show protagonizado pela mídia.
  • 5.  Tudo é fluido na pós-modernidade, daí o termo preferido pelo polonês Zygmunt Bauman, que tornou popular esta expressão ‘modernidade líquida’, uma vez que nada mais é realmente concreto na era atual. Tempo e espaço são reduzidos a fragmentos; a individualidade predomina sobre o coletivo e o ser humano é guiado pela ética do prazer imediato como objetivo prioritário, denominado hedonismo.  A humanidade é induzida a levar sua liberdade ao extremo, colocada diante de uma opção infinita de probabilidades, desde que sua escolha recaia sempre no circuito perverso do consumismo. Daí a subjetividade também ser incessantemente fracionada. Resta saber por quais caminhos se desdobrará o Pós-Modernismo, se ele também sofrerá uma ruptura inevitável, se será, enfim, substituído por outro movimento sociocultural.
  • 6.  “As luzes que descobriram as liberdades inventaram também as disciplinas”
  • 7.  Michel Foucault nasceu em 1926 em Poitiers, sul da França, cresceu em uma rica família de médicos. Aos 20 anos foi estudar psicologia e filosofia na École Normale Superieure, em Paris, período de uma passagem relâmpago pelo Partido Comunista. Obteve o diploma em psicopatologia em 1952, passando a lecionar na Universidade de Lille. Dois anos depois, publicou o primeiro livro, Doença Mental e Personalidade. Entre suas principais obras estão História da Sexualidade e Vigiar e Punir. Foucault morreu de AIDS, em 1984.
  • 8.  Poucos pensadores da segunda metade do século 20 alcançaram repercussão tão rápida e ampla quanto o francês Michel Foucault. Por ter proposto abordagens inovadoras para entender as instituições e os sistemas de pensamento, a obra de Foucault tornou- se referência em uma grande abrangência de campos do conhecimento. “Foi Foucault quem pela primeira vez mostrou que, antes de reproduzir, a escola moderna produziu, e continua produzindo, um determinado tipo de sociedade”, diz Alfredo Veiga- Neto, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.  Em vez de tentar responder ou discutir as questões filosóficas tradicionais, Foucault desenvolveu critérios de questionamento e crítica ao modo como elas são encaradas. A primeira conseqüência desse procedimento é mostrar que categorias como razão, método científico e até mesmo a noção de homem não são eternas, mas vinculadas a sistemas circunscritos historicamente.
  • 9.  Foucault concluiu, no entanto, que a concepção do homem como objeto foi necessária na emergência e manutenção da Idade Moderna, porque dá às instituições a possibilidade de modificar o corpo e a mente. Entre essas instituições se inclui a educação. O conceito definidor da modernidade, segundo o francês, a disciplina – um instrumento de dominação e controle destinado a suprimir ou domesticar os comportamentos divergentes. Portanto, ao mesmo tempo que o iluminismo consolidou um grande número de instituições de assistência e proteção aos cidadãos – como família, hospitais, prisões e escolas –, também inseriu nelas mecanismos que os controlam e os mantêm na iminência da punição. Esses mecanismos formariam o que Focault chamou de tecnologia política.
  • 10.  O filósofo não acreditava que a dominação e o poder sejam originários de uma única fonte – como o Estado ou as classes dominantes –, mas que são exercidos em várias direções, em escala múltipla. Esse exercício também não era necessariamente opressor, podendo estar a serviço, por exemplo, da criação.
  • 11.  A contestação e a revisão de conceitos operadas por Foucault criaram a necessidade de refazer percursos históricos. Não é sobre os governos e as nações que ele concentra seus estudos, mas sobre os sistemas prisionais, a sexualidade, a loucura, a medicina etc. Três fases se sucederam em sua obra. A da arqueologia do conhecimento é marcada pela análise dos discursos ao longo do tempo. A genealógica corresponde a um conjunto de investigações das correlações de forças que permitem a emergência de um discurso. Finalmente, a fase ética centra o foco nas práticas por meio das quais os seres humanos exercem a dominação e a subjetivação.
  • 12.  Para Foucault, a escola é uma das "instituições de seqüestro", como o hospital, o quartel e a prisão. "São aquelas instituições que retiram compulsoriamente os indivíduos do espaço familiar ou social mais amplo e os internam, durante um período longo, para moldar suas condutas, disciplinar seus comportamentos, formatar aquilo que pensam etc.", diz Alfredo Veiga-Neto. Com o advento da Idade Moderna, tais instituições deixam de ser lugares de suplício, como castigos corporais, para se tornarem locais de criação de "corpos dóceis". A docilização do corpo tem uma vantagem social e política sobre o suplício, porque este enfraquece ou destrói os recursos vitais. Uma das muitas "vantagens" apresentadas pelo aparelho para o funcionamento da disciplina é que as pessoas distribuídas no círculo não têm como ver se há alguém ou não na torre. Por isso, internalizam a disciplina. Ampliada a situação para o âmbito social, a disciplina se exerce por meio de redes invisíveis e acaba ganhando aparência de naturalidade.