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Artigo: Fotografia - do vidro ao filme, do papel ao pixel


Fotografia: do vidro ao filme, do papel ao pixel

A fotografia é uma jovem senhora de múltiplas nacionalidades: francesa, inglesa, americana e
brasileira. Nasceu em uma câmera escura no século XIX, cresceu em um daguerreótipo (lâmina
coberta de fina camada de prata polida, aplicada sobre uma placa de cobre e sensibilizada em
vapor de iodo), envolveu-se em acetato, ampliou-se em papel, coloriu-se, transpareceu e
digitalizou-se. Tudo isso em pouco mais de 170 anos.

Assim como era para o fotógrafo francês Cartier-Bresson em 1932, ainda hoje - segunda
década do sec. XXI - podemos considerar o ato de fotografar como o escrever em um caderno
de rascunhos um esboço iluminado e colorido. Como o tocar de um instrumento
transformador do efêmero intuitivo em devaneio concreto. Como o manipular de uma
ferramenta singular, capaz de congelar o tempo e descontinuar o instante preciso.

Mais que regular sensibilidades, ajustar velocidades de obturadores e combinar diafragmas,
fotografar é viajar na fração do segundo; é prender a respiração, direcionar a câmera, focar e
convergir energia para capturar a realidade fugidia e transformá-la em imagem. Fotografar é,
segundo Bresson, num mesmo instante, reconhecer um fato e colocar na mesma linha de mira
a cabeça, o olho e o coração. Fotografar é manter um diálogo equilibrado entre o objeto-alvo e
como este é percebido pelo fotógrafo; é sustentar uma conversação harmônica entre a luz, o
espaço, o tempo, a forma e o conteúdo; é manter próximo o negativo do positivo, o passado
do presente, o onírico do palpável, o latente do concreto.
                                                                                                    1
Para dar significado ao momento eternizado pela câmera fotográfica é necessário que o
fotógrafo - principal agente da transformação - esteja plenamente inserido naquilo que é
recortado do universo contemplado através do visor de seu equipamento. Este agente deve
estar atento, equilibrado, concentrado em sua ação de registrar intencionalmente, dentre
incontáveis temas apresentados diante de suas objetivas, um privilegiado fragmento da
história. Deve conhecer e dominar conceitos, processos e técnicas, sensivelmente embalado
pelo senso estético, ético e compositivo. Porém, acima de tudo, deve ser movido pela emoção,
pelo olhar contemplativo, apaixonado e criativo, ao mesmo tempo que crítico e racional.
Embora inserido no contexto ampliado, aconselhável se desprover de amarras do complexo e
buscar o simples, a síntese, o exato, a foto única, ainda que reprodutível, produto de satisfação
física e intelectual.

Houve o tempo de considerar a fotografia - obra de técnica simples e potencial massificação -
como ameaça à arte - em especial à pintura. Hoje, não mais. Mesmo popularizada pelo
advento das máquinas digitais de fácil manejo e preços acessíveis, a fotografia pode ser
considerada como importante mecanismo de registro do mundo, das sociedades e dos
indivíduos: o cotidiano da cidade, a paisagem urbana, o retrato, o encontro de amigos, as
etapas de construção da arena, o lance esportivo, a arquitetura incrível, os detalhes da viagem,
a cena do espetáculo, o acaso!




Wagner Cipriano - jan/2013
Artigo: Fotografia - do vidro ao filme, do papel ao pixel


Entretanto, não por acaso falamos aqui sobre fotografia. Foi ato intencional para difundir o
amor pela arte de fotografar; propor o exercício de um olhar mais criterioso dos mesmos
lugares, das mesmas coisas, das mesmas pessoas, e perceber que um outro ângulo, uma luz
mais difusa, um enquadramento inédito pode descortinar um novo plano; que uma simples
folha pode revelar uma nova textura; uma simples pedra pode despertar novas estéticas
construtivas.

Então, exercite, construa o novo, veja diferente, fotografe!

Wagner Cipriano

jan/2013




Referências:

CLAIR, Jean. Henri Cartier-Bresson. São Paulo: Cosac Naify, 2011.

SCHISLER, Millard W.L.. Revelação em preto-e-branco: a imagem com qualidade. São Paulo:
Martins Fontes, 1995.

SOULAGES, François. Estética da fotografia: perda e permanência. São Paulo: Editora Senac      2
São Paulo, 2010.




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  • 2. Artigo: Fotografia - do vidro ao filme, do papel ao pixel Entretanto, não por acaso falamos aqui sobre fotografia. Foi ato intencional para difundir o amor pela arte de fotografar; propor o exercício de um olhar mais criterioso dos mesmos lugares, das mesmas coisas, das mesmas pessoas, e perceber que um outro ângulo, uma luz mais difusa, um enquadramento inédito pode descortinar um novo plano; que uma simples folha pode revelar uma nova textura; uma simples pedra pode despertar novas estéticas construtivas. Então, exercite, construa o novo, veja diferente, fotografe! Wagner Cipriano jan/2013 Referências: CLAIR, Jean. Henri Cartier-Bresson. São Paulo: Cosac Naify, 2011. SCHISLER, Millard W.L.. Revelação em preto-e-branco: a imagem com qualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1995. SOULAGES, François. Estética da fotografia: perda e permanência. São Paulo: Editora Senac 2 São Paulo, 2010. Wagner Cipriano - jan/2013