2. O instante Decisivo
• Henri Cartier-Bresson
• Grandes filmes ampliam o olhar;
• Conjunto máximo de referências;
• D.W. Griffith e Eisenstein
“Eles me ensinaram a ver”
• Eugene Atget
5. O Espírito Alerta
• Descoberta da Leica e a oportunidade de fotografar tal qual “flagrantes
delitos”;
• Capturar em uma só imagem o essencial da cena;
• 1947 –Funda a Magnum Photos, uma das mais influentes agências de
imagens do mundo
8. A Reportagem
• Às vezes uma única foto cuja forma e rigor sejam suficientes (Cujo conteúdo
tenha bastante ressonância); Fato raro.
• Elementos de tema que fazem “Brotar a centelha”, geralmente são esparsos;
• Encená-los seria uma trapaça e não se pode reuni-los à força;
• “A reportagem é uma operação progressiva da cabeça, olho e coração para
exprimir um problema, fixar um evento ou impressões”
9. A Espera
• A solução vem em segundos ou em horas e dias;
• Não existe padrão, não há uma receita, mas é preciso estar pronto, tal como
o tênis.
• Cortar o tempo. Tentar captar o efêmero. Ou não cortar?
10. O Tema
• Não há como negar, o tema se impõe;
• “Basta ser lúcido ao que se passa, e honesto ao que sentimos”; Situar-se em
relação ao que se percebe;
• E não apenas coletar fatos, mas escolher entre eles (e daí se faz a criação
artística);
• “Na fotografia, a menor das coisas pode ser um grande tema!”
11.
12. A aproximação entre a Pintura e a Fotografia:
O retrato
• Todo o aparato do pintor, reveste-se no aparato do
fotógrafo
• O desejo de um souvenir de si mesmo
• Reconhecimento de si no momento e na posteridade;
• O bom retrato pressupõe naturalidade e esquecer o que se
circunda;
• “Existe algo mais fugaz que a expressão de um rosto”?
13. Lewis Payne – Por Alexander Gardner
• Extremamente difícil de exprimir a natureza
do outro através da expressão e do retrato.
• “Parece-me bastante perigoso, ser um
retratista que trabalha sob encomenda”
• A naturalidade da captura, pressupõe a
naturalidade de relação entre fotógrafo e
fotografado.
14. A composição
• Disposição de elementos rigorosa;
• Reconhecimento, na realidade, de um ritmo de sequências, formas, superfície, linhas
e valores (Simetria);
• O olho faz o recorte;
• “Composição é uma organização simultânea, Coordenação orgânica de elementos
visuais”.
• Trabalha-se no movimento “pressentimento de vida”, “equilíbrio expressivo”;
• Esperar a captura, mudar a perspectiva e angulação...
18. Isto foi “encenado” – A estética da fotografia
Soulages
• A encenação da fotografia é de um tipo de retrato ou todos os retratos são
encenados?
• Soulages inicia o texto remetendo aos retratos que Julia Margaret Cameron
fazia de Hattie Campbell
• Estaria Campbell “representando” mesmo nos retratos de si mesma?
22. O retrato é uma representação
• “O retrato de uma mulher com o turbante, não designa a mulher
especificamente, mas um tipo de mulher a ser representado”;
• “Imortalização do ser – sujeito/objeto de adoração”;
• Cameron desejava fotografar com a mesma “qualidade artística” do
Rembrandt;
• “Cameron é, antes de tudo, uma artista” – pelo poder da criação fotográfica
23. Isso foi encenado
• Cameron apesar de considerada tecnicamente mediada, era criativamente influente;
• Abandona o “isso-existiu”, para o “isso foi encenado”
• “Pode-se fotografar o “eu” de uma pessoa?”
Verdadeiro não só para o “Id” fotografado, mas também para o “Id” que fotografa;
Relações intrínsecas entre fotógrafo, ambiente e “objeto”* = Pessoa
“Isso é encenado” porque ela ocorreu ou ocorre num cenário diferente daquele que se
pronuncia = Sempre. -> Recorte da realidade, escolha.
26. Isso foi encenado
• Página 24 – “Isso é pertinente para quem sabe que é fotografado e para
quem é fotografado às escondidas”
• “Toda fotografia é teatralizante”
27. Referências
• CARTIER-BRESSON, Henri. O imaginário segundo a
natureza; tradução de Renato Aguiar. Barcelona: Editorial Gustavo Gili SA,
2004.
• SOULAGES, François. Estética da Fotografia: Perda e Permanência;
Tradução: Iraci Poleti e Regina Salgado Campos. São Paulo: Editora Senac,
2010.