O documento discute diferentes concepções de natureza ao longo da história do pensamento ocidental, desde visões mágicas e teológicas até abordagens racionalistas mecanicistas e organicistas. Também aborda a influência de pensadores como Sócrates, Platão, Aristóteles, Galileu e Darwin na formação de ideias sobre a natureza.
2. “ Se temos apenas um planeta Terra, em compensação temos muitas maneiras de o habitar. E esta diversidade não é somente economica: em cada área de povoamento existe uma sensibilidade à natureza, específica e dominante.” Dominique Bourg.
3. “ A questão que se colocam os filósofos é a de distinguir entre uma natureza mágica e uma natureza racional.” Milton Santos Isto é possivel, mas é útil buscar essa transição no pensamento?
5. O advento da Ciência Natural (século XVIII) ou o triunfo da ciências das máquinas (Capel, 1985 p. 19) não suprime, na visão da Natureza pelo Homem, a mistura entre crenças, mitigadas ou cegas, e esquemas lógicos de Interpretação. IDÉIA DE NATUREZA Que mitos? Que lógica?
6. Sismo no Japão poderá ser catást rofe mais cara de sempre, diz seguradora Japão é castigado por Terremotos e Tsunamis. Será um castigo da natureza? Terremoto atinge costa do Japão, gera tsunami e mata ao menos 2000
7. A relação entre Teologia e Ciência , marcante na idade média, ganha novos contornos. “A magia , o poder de fabulação (Berguson) é uma necessidade psicológica, tal como a razão” Os sistema lógicos evoluem e mudam, os sistemas de crenças religiosas são recriados paralelamente à evolução da materialidade e das relações humanas e é sob essas leis que a Natureza vai se transformando. IDÉIA DE NATUREZA
13. Da natureza amiga a natureza hostil ONTEM o homem escolhia em torno do seu quinhão de natureza, o que lhe podia ser útil para a renovação de sua vida: espécies animais e vegetais , rochas, floresas, rios feições geológicas, etc. A história do homem sobre a Terra é a historia de uma ruptura progressiva entre o homem e o seu entorno (meio).
14. Da natureza amiga a natureza hostil Já conhecermos a criação humana de tempestades, cataclismos, fantasticamente artificiais, fantasticamente incompreesíveis.
15. Da natureza amiga a natureza hostil A condições de mundialização atuais unificam a natureza. Suas diversas frações são postas ao alcance dos mais diversos capitais, que as individualizam, hierarquizam segundo lógicas com escalas diversas. Um modelo técnico uniforme. Uma natureza mundializada uma natureza apartada do homem. Robert Lenoble
18. Idéia de Causa e Efeito Francis Bacon Definiu a ciência como a “ busca das causas” Toda gente procura a causa, o mágico tem mesmo o privilégio de a encontrar com muito mais facilidade que o verdadeiro sábio, porque o seu determinismo é mais vasto e o seu critério menos estrito.
19. CAUSA TIPOS ACEITÁVEIS TIPOS FICTÍCIOS Farmacop é ia renascentista ensi na que a orelha direita encon t ra-se sob a influência de Saturno, e a esquerda em Marte. “ Esta ser á” curada por pimenta, gengibre, mostarda e de outras plantas marcianas e a primeira por plantas saturninas. Representam a racionalidade d e uma é poca. Uma visão de Natureza!
20. Simpatia e antipatia s á o temos que at é o s é culo XVII, definem tipos de a ç ão causal, “ testemunham o desejo de reencontrar no mundo, o prolongamento da sociedade humana”. Brunschvicg demonstrou que... ...”s ó o reconhecimento da subjetividade inerente as nossas representa ç ões pode separar objetividade verdadeira do medonnho subjetivismo da objetividade integral.”
21. O que é conhecimento objetivo da natureza? O que é conhecimento subjetivo da natureza?
31. Geóide - Superfície redonda da Terra sem os oceanos Blog do Professor* Armando Heilmann M.Sc;
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35. Arist ó teles Dentre os seres (...) uns são por natureza, os outros por outras causas; pela natureza: os animais e suas partes, as plantas e os corpos simples, como terra, água, ar.
36. Arist ó teles HOMEM COISAS COM EXISTÊNCIA SEPARADA NATUREZA PRIMEIRA DICOTOMIA HOMEM X NATUREZA
39. Arist ó teles PESQUISA A NATUREZA EM CADA COISA DISSECA E DESCREVE ANIMAIS E SUA FISIOLOGIA
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41. “ Mas se os rios surgem e perecem e se as mesmas partes da Terra não são sempre úmidas, o mar também deveria, necessariamente, secar. E se em alguns lugares o mar recua, enquanto em outros invade, evidentemente as mesmas partes da Terra como um todo não seriam sempre mar, nem sempre terra, mas no processo do tempo tudo muda. “ Aristóteles. Meteorológica, ca. 355 a.C Desenho:Anakari
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49. COMO A VARIAÇÃO É HERDADA? Existe variação entre os indivíduos de cada espécie Existe herança da variação individual Existe sobrevivência diferencial (Seleção natural) Através de várias gerações ocorrem mudanças na espécie. TEORIA DA EVOLUÇÃO
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56. A morte de Socrates por Jacques Louis David (1748-1825) Medicina alopática: trata o corpo pelas partes Maquete: modelagem das partes
58. A análise do fenômeno deve ser realizada em seu próprio nível hierárquico, e não em função do conhecimento adquirido dos componentes de nível inferior. Procura entender o conjunto (a totalidade), mais do que suas partes, pois há propriedades que só se manifestam no todo. Holismo e reducionismo Holismo conceito proposto por Jan Smuts em 1926.
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61. Referências Bibliográficas CAPEL, Horacio. La Física Sagrada, creencias religiosas y teorias científicas en los origenes de la geomorfologia espanola. Barcelona: Ediciones del Serbal, 1985. LENOBLE, Robert. História da Ideia de Natureza. Lisboa: Edições 70, 1990. Santos, Milton. 1992: A redescoberta da Natureza. São Paulo: Humanitas, 1998. Bourg, Dominique. Os sentimentos da Natureza. Lisboa: Instituto Piaget, 1993.