SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
Baixar para ler offline
9
INTRODUÇÃO
Tendo em conta que o termo «pendular» passou a ser
utilizado para indicar o ato de utilizar um pêndulo para
obter uma resposta para uma qualquer pergunta, comecei por
querer chamar a este livro Manual de Pendulogia, apesar de
este termo já ter sido utilizado em 1873, creio que pela pri-
meira e única vez, por Jeremias Hytz Apollon na sua ficção
científica, em que desenvolveu o conceito de que «todo o efei-
to tem a sua causa», com um significado bem diferente da-
quele que eu lhe queria atribuir.
No entanto, para me manter fiel à Tradição, optei por
utilizar o nome que, desde o início do século XX, passou
a designar esta atividade: Radiestesia. Até porque não é a
designação, mas a sua prática, que é importante. Ao lon-
go dos anos em que venho percorrendo o meu Caminho,
tenho encontrado uma ajuda constante na utilização de
Pêndulos, conseguindo obter informações que me permi-
tiram fazer opções mais corretas e não perder tempo com
desvios inúteis.
Mas também aprendi que não nos podemos tornar escravos
do Pêndulo. Ele é apenas uma ferramenta que nos permite
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 9Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 9 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
10
JOSÉ MEDEIROS
caminhar com mais segurança, ajudando-nos a determinar qual
a opção mais indicada para um preciso momento.
Mas viver é ter a capacidade de mudar, construindo, em
cada dia, aquilo a que chamamos futuro. Arranje um Pêndulo,
utilize-o, e verá que o Caminho se torna muito mais fácil de ser
percorrido.
JOSÉ MEDEIROS
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 10Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 10 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
11
A RADIESTESIA
Aradiestesia é uma técnica muito antiga, que permite a
algumas pessoas, com capacidades naturais ou desenvol-
vidas, detetar, sentir e interpretar, com ou sem instrumentos
auxiliares, as energias geradas e irradiadas pelos seres e pela
matéria que constitui o nosso mundo.
Não sendo oficialmente reconhecida como ciência, é no
entanto praticada desde a mais alta Antiguidade. Há notícias
de ser praticada na China há mais de quatro mil anos, assim
como no Antigo Egito e em Roma.
A sua utilização, proibida por ser considerada como bru-
xaria durante a Idade Média, é retomada no Renascimento.
Mas será principalmente durante os séculos XVIII e XIX que a
sua prática será mais divulgada. No entanto, só no início do
século XX o abade francês Alexis Bouly (1865-1958), que se
dedicou apaixonadamente a esta atividade, inventou a desig-
nação «radiestesia», tendo por base dois termos: um em latim,
radius (raio), e outro em grego, aísthesis (sensibilidade ou perce-
ção). Assim, a radiestesia é a sensibilidade ao raio, ou à energia.
Até aí esta atividade era designada por Rabdomancia (do gre-
go rhabdos, vara, e manteía, adivinhação). Depois de terminar
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 11Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 11 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
12
JOSÉ MEDEIROS
a Grande Guerra de 1914-1918, o governo francês contratou o
abade Bouly para que este detetasse bombas e explosivos não
detonados. Como pioneiro mundial de um novo tipo de radies-
tesia, Bouly foi condecorado em 1950, com a Legião de Honra,
em reconhecimento público das suas investigações. Em 1933,
no Congresso Mundial realizado em Avignon, com a presença
de participantes de onze países, foi feita a consagração do ter-
mo «Radiestesia».
A radiestesia era utilizada principalmente na determinação
de bolsas ou correntes de água subterrâneas, na identificação
de jazidas de minérios ou na busca de objetos perdidos. Utili-
zando varas ou forquilhas de madeira, os rabdomantes, ou
radiestesistas, conseguiam captar as energias libertadas pelos
materiais que queriam identificar, descobrindo assim os locais
em que se encontravam. Em Portugal, são designados por ve-
dores aqueles que, por meio de uma vara ou forquilha de ma-
deira, revelam a presença de águas subterrâneas.
Um outro francês, o abade Alexis Mermet (1866-1937), filho
e neto de radiestesistas, que utilizava o seu relógio de bolso
como pêndulo, desenvolveu o uso da radiestesia como método
de diagnóstico médico. Segundo ele, «em radiestesia, uns en-
contram os objetos, outros, as explicações. Isso é, sem dúvida,
muito mais cómodo».
Em 1935, a Maison de la Radiesthésie publicou a obra de
Mermet Comment j’opère, ainda hoje considerada como uma
das mais importantes obras sobre radiestesia.
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 12Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 12 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
13
COMO FUNCIONA A RADIESTESIA
Para que se obtenham resultados em radiestesia, é neces-
sária a existência de três elementos específicos: um emis-
sor, uma antena e um recetor. O emissor será o elemento
ou objeto que se pretende encontrar ou identificar; a ante-
na será o auxiliar de captação que o operador eleger para
a sua atividade; o recetor será o operador. Para que estes
três elementos funcionem em total sintonia, e as respostas
obtidas sejam fidedignas, será necessário que o operador se
encontre num estado neutro de consciência, o que lhe per-
mitirá, sem interferência, aumentar a sua capacidade de
perceção. Cada elemento, objeto ou situação, tem um tipo
específico de energia, diferente de todos os outros. O ele-
mento de pesquisa poderá ser um objeto material, uma
anomalia, uma alteração a um equilíbrio existente, uma
intenção, uma egrégora, ou algo mais abstrato. Se o iden-
tificarmos ou conhecermos, conseguiremos fazer a sintoni-
zação e, através do objeto escolhido como antena, proceder
à sua identificação ou localização. As antenas podem ser
variadas. As mais antigas, ou há mais tempo utilizadas, são
as varas e as forquilhas de madeira, normalmente de avelei-
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 13Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 13 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
14
JOSÉ MEDEIROS
ra ou oliveira, devido à sua sensibilidade na captação de
energias. Mas o uso de pêndulos também é muito antigo.
Os romanos já os usavam, e nos museus do Cairo e de Turim
existem boas coleções de pêndulos do Antigo Egito, de me-
tal ou cerâmica vidrada.
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 14Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 14 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
15
PRINCIPAIS ÁREAS DE ATUAÇÃO DA RADIESTESIA
Na China, durante mais de quatro mil anos, a principal
utilização da radiestesia tem sido na identificação dos
tipos de energias existentes nos locais e nos materiais, permi-
tindo a melhor instalação das pessoas e o aproveitamento mais
racional de espaços e recursos, em função do controlo das
energias telúricas através das técnicas do Feng Shui. Tendo
em conta a posição de árvores, plantas, rochas e outros ele-
mentos naturais, conseguem identificar ou criar espaços ener-
geticamente equilibrados, ou com as energias próprias para
determinados fins ou atividades.
Os etruscos procediam igualmente à determinação anteci-
pada dos locais favoráveis para se instalarem, através dos áu-
gures, que com as suas varas identificavam as energias existen-
tes nos lugares. Essas técnicas foram mantidas pelos romanos,
que as conservaram e transmitiram, sendo utilizadas durante
a Idade Média em toda a Europa para a determinação dos
locais mais indicados para a construção e orientação das gran-
des catedrais góticas.
Mas uma das mais antigas utilizações da radiestesia teve
por finalidade a determinação da existência de nascentes ou
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 15Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 15 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
16
JOSÉ MEDEIROS
veios de águas subterrâneas, sempre necessários à sobrevivên-
cia de homens e animais.
No entanto, num desenho alemão de 1420 está representado
um mineiro segurando numa forquilha, claramente usada para
identificação de recursos minerais. E em 1556, o médico Georg
Bauer, nascido na Alemanha, publicou o livro De re metallica
no qual descrevia as técnicas utilizadas pelos mineiros na pros-
peção de metais e o uso de varetas ou forquilhas de madeira de
diversas árvores para a sua localização: aveleira para a prata,
freixo para o cobre e pinheiro para o chumbo e estanho.
Como já referi, foi o abade Mermet quem, no século XX,
começou a desenvolver a radiestesia terapêutica. Esta técnica
pode ser de grande utilidade no diagnóstico de várias alterações
do equilíbrio físico, mental, emocional ou espiritual, permitin-
do encontrar as soluções mais adequadas para as afeções iden-
tificadas. A radiestesia pode ainda ser utilizada na escolha da
alimentação mais apropriada em função das caraterísticas de
cada pessoa, ou do seu estado de equilíbrio em determinado
momento, podendo indicar-nos carências ou excessos que aju-
dam a determinar esse regime alimentar mais adequado.
Porque todos os corpos e substâncias têm vibrações, ema-
nam energia que varia com a sua forma e constituição. A per-
ceção extrassensorial da energia que nos envolve permite-nos
determinar qual a sua polaridade: se é positiva ou negativa.
O âmbito de aplicação da radiestesia é amplo, indo desde os
assuntos pessoais e as áreas profissionais até à deteção de alte-
rações do equilíbrio corporal e alterações ambientais e tudo
aquilo cujo equilíbrio possa ser alterado devido a uma incor-
reta intervenção humana. Através da prática da radiestesia é
possível determinar as polaridades dos polos energéticos de
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 16Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 16 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
17
O LIVRO DO PÊNDULO
pessoas, animais, objetos, sítios, residências, locais de trabalho
ou ambientes. Se utilizarmos as técnicas apropriadas, podere-
mos introduzir as correções necessárias, restabelecendo o equi-
líbrio ou criando espaços ou ambientes harmonizados.
Anívelambiental,aradiestesiapermite-nosdetetarquaisquer
perturbações ou alterações energéticas existentes em zonas ou
construçõeseajuda-nosaencontrarassoluçõesnecessáriaspara
a sua correção. Por vezes, essas alterações ocorrem em habita-
ções, locais de trabalho, espaços descobertos, ou até locais pú-
blicos,devidoaconfrontos,discussões,másintenções,egrégoras
negativas, invasão de energias incompatíveis com o local ou a
sua utilização, ou alteração do equilíbrio natural. Se a correção
for efetuada numa fase inicial, os efeitos negativos serão facil-
mente dominados e não conseguirão alterar o equilíbrio exis-
tente. Mas se os efeitos negativos se mantêm durante períodos
dilatados, o resultado pode ser destrutivo e de difícil solução.
Essasalteraçõespodemserprovocadasporsituaçõesnaturais,
como falhas geológicas, ou pelo desvio ou eliminação de corren-
tes subterrâneas, esgotos ou condutas de águas contaminadas,
depósitos de materiais nocivos ou lixos, captação ou emissão de
ondas nocivas, locais de reuniões onde sejam criadas egrégoras
negativas, ou modificação do espaço envolvente. Por vezes, ao
iniciar-seumaconstrução,ouaofazer-seautilizaçãodeumlocal,
não se tem em conta a ocupação anterior, por desconhecimento
ou ocultação deliberada tendo em vista lucros incorretos,
e ocupam-se espaços em que existiram situações de sofrimento,
comomatadouros,hospitaisouprisões,ouantigoscemitériosem
queocorrerammortandades.Todasestassituaçõespodemprovo-
carcamposenergéticosnegativosoudedifícilcontroloouneutrali-
zação, com efeitos nocivos sobre pessoas, animais ou plantas.
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 17Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 17 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
18
JOSÉ MEDEIROS
Em espaços habitados ou locais de trabalho podem existir:
alterações do equilíbrio energético, provocadas por objetos,
como quadros, tapetes ou móveis, carregados com energias
negativas; alterações cromáticas ou a utilização de aparelhos
geradores de energias nocivas.
Na construção ou divisão de um espaço devemos ter sempre
em conta a finalidade a que se destina, de maneira a que a
planta para ele realizada se coadune com uma ocupação racio-
nal e equilibrada. Deve haver imenso cuidado na escolha dos
materiais a serem utilizados na construção ou decoração e uma
ocupação correta das divisões, quer se trate de uma habitação
ou de um local de trabalho, para garantir harmonia familiar
ou prosperidade material. A escolha de objetos é muito impor-
tante, pois as energias por eles irradiadas devem ser apropria-
das para o local a que se destinam. Por vezes, uma cor, uma
planta ou um cristal é suficiente para ajudar um espaço a ficar
energeticamente equilibrado.
Nas atividades profissionais, sempre que possível, devemos
averiguar as caraterísticas energéticas das pessoas com quem
trabalhamos ou fazemos negócios, aproximando-nos daquelas
com quem existam mais afinidades e protegendo-nos daquelas
com quem possam existir algumas incompatibilidades energé-
ticas. Essa proteção por vezes é muito simples, bastando o uso
de uma cor ou de uma joia para que a correção necessária seja
efetuada.
Para fazer a correção de um espaço, por vezes basta colocar
nelealgumasplantasouconstruirumpequenojardim.Asplantas
absorvem as energias negativas, transformando-as em positivas.
As rochas, os cristais e a água têm um efeito semelhante, aju-
dando a criar campos energéticos positivos.
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 18Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 18 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
19
O MAGNETISMO
No século XVIII, o médico alemão Franz Anton Mesmer,
nascido em Iznang em 1734, desenvolveu a teoria do
magnetismo animal. Esta teoria, depois designada por Mes-
merismo, consistia na cura de males físicos ou psiquiátricos,
sujeitando os pacientes a «passes magnéticos».
Segundo Mesmer, tudo o que existe no Universo contém um
mesmo tipo de energia, por ele designada por «fluido orgânico»,
sendo as doenças provocadas por uma distribuição desarmó-
nica desse fluido nos corpos. A cura será conseguida através do
reequilíbrio dessa força. Para ele, o magnetismo é o fluido ener-
gético mais ou menos forte que todos os seres vivos possuem.
Considerando que o magnetismo é polarizado, o lado direito
e o eixo mediano anterior do corpo humano emitem um mag-
netismo positivo, enquanto o lado esquerdo e o eixo mediano
posterior emitem um magnetismo negativo. O alto da cabeça
e a base dos pés são zonas neutras.
Essa teoria retoma o antigo conceito egípcio do equilíbrio
energético do Universo refletido em cada ser, o conceito da
Tábua de Esmeralda de Hermes Trismegisto, que se inicia di-
zendo que o que está em baixo é igual ao que está em cima. Os
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 19Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 19 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
20
JOSÉ MEDEIROS
dois polos magnéticos são o Céu e a Terra, onde o Caminho é
feito em ascensão, de baixo para cima, do negativo para o
positivo, das trevas para a luz.
Desta maneira, numa escala evolutiva que se projeta no
infinito, tudo é passageiro e mutável, exceto a Energia Primor-
dial, que se mantém constante entre as duas polaridades, ao
longo de todo o percurso.
Aqueles que, naturalmente, conseguem captar e sentir a vida
oculta do planeta, porque estão sintonizados com as vibrações
que percorrem a terra, os mares, os lagos, os cursos dos rios,
e têm a faculdade de sentir as energias emanadas pelas árvores,
plantas, animais e minerais podem usar o próprio corpo para a
captação e interpretação dessas mesmas energias. Mas se a per-
ceção não estiver suficientemente desenvolvida, ou a sua inter-
pretação for difícil, poderão ser utilizados utensílios específicos
que facilmente nos ajudarão a fazer a sua leitura. A passagem
de uma mão sobre um objeto, ou a passagem por um qualquer
local, será suficiente para transmitir várias informações.
Mas essa captação, normalmente difícil de interpretar,
é facilmente percetível através da utilização de um pêndulo que,
se corretamente utilizado, nos permite determinar a intensida-
de energética dos lugares e situações ou determinar a natureza
das ondas magnéticas. Os pêndulos têm o poder de detetar as
energias e vibrações telúricas, humanas, animais, vegetais ou
minerais, por vezes muito subtis, ou de difícil deteção. Através
de um código de utilização, com facilidade poderemos entender
todas as informações que nos são transmitidas.
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 20Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 20 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
21
OS PÊNDULOS
Os pêndulos são objetos formados por um peso, de forma
variada, suspenso de um fio vegetal ou metálico. Podem ser
demadeira,cristal,quartzo,pedra,cerâmica,marfimouqualquer
metal, e devem pesar de 10 até 60 gramas. Os fios podem ser de
linho, cânhamo, seda, algodão ou de cadeias finas de ouro ou
prata,eoseucomprimentopodevariar,consoanteasensibilidade
do utilizador, entre os 15 e os 20 cm. Em teoria, qualquer objeto
pesado,comoumanel,umapedrapequenaouumaagulha,suspen-
so de um fio, pode servir de pêndulo. No entanto, cada material
temumamaioroumenorcapacidadedecaptaçãooureaçãoperan-
teumtipoespecíficodeenergia.Comaprática,saberemosescolher
os materiais certos para cada situação. A forma dos pêndulos
tambémpodeterinfluêncianasuautilização,sendopossívelencon-
trarnomercadopêndulosdeformasvariadasparafinsespecíficos.
Um dos mais utilizados para a identificação de materiais, objetos
ou locais é o chamado pêndulo de testemunho, dentro do qual
pode ser colocada uma amostra do que se pretende encontrar. Os
pêndulos de cristal devem ser utilizados para questões de saúde.
Ospêndulosmetálicos,principalmentedecobre,bronzeouprata,
sãoosmaisusuais,nãosópelacapacidadedecaptaçãoenergética
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 21Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 21 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
22
JOSÉ MEDEIROS
destesmetais,mastambémpelasuaresistênciaachoquesouque-
das.Ospêndulosemformadebolota,oudelágrimainvertida,são
os mais correntemente utilizados. As suas pontas são ligeiramen-
te afiladas, o que permite uma utilização bastante precisa.
O pêndulo é um dos principais instrumentos da radiestesia,
uma das antenas mais sensíveis e com mais possibilidades de
dar respostas concretas e precisas. Como um radar, capta a
vibração das energias, transformando-as em oscilações.
Embora a sua utilização seja muito antiga, foi o físico Ger-
boin, professor da Faculdade de Medicina de Estrasburgo, que
mais recentemente, em 1789, fez ressurgir o interesse pelos
pêndulos. Casualmente, reparou que uma pequena esfera de
madeira, suspensa de um fio, se movia sem que ninguém lhe
tocasse. Este facto fê-lo tentar encontrar uma explicação, o que
o levou a desenvolver a utilização do pêndulo como o instru-
mento perfeito para a prática da radiestesia.
Para além da sua utilização na identificação de cursos ou
nascentes de água ou filões de minérios, o pêndulo passou a
servir para encontrar respostas para outros tipos de situações,
como as relacionadas com o equilíbrio do corpo, a saúde, diag-
nósticos e indicação de tratamentos e medicamentos, ou para
assuntos pessoais, por vezes de cariz muito íntimo.
É igualmente utilizado para dar indicações sobre assuntos
profissionais, negócios, opções alimentares, para achar objetos
perdidos e numa infinidade de situações com as quais somos
constantemente confrontados. De qualquer maneira, não nos
podemos deixar condicionar pela consulta constante do pêndu-
lo,esquecendoqueonossolivre-arbítrioéfundamentalparanos
ajudaraterconsciênciadaverdadeiradireçãodonossoCaminho,
e de que o futuro é construído em cada momento que se vive.
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 22Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 22 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
23
COMO SEGURAR NO PÊNDULO
Deve-se suspender o pêndulo segurando no fio com os
dedos polegar e indicador da mão diretora, virando o
dorso da mão para cima e mantendo os restantes dedos fe-
chados sobre a palma. A parte do fio não utilizada é guarda-
da na concavidade da mão, evitando qualquer contacto com
a parte suspensa. No início da utilização, deve ser determina-
do o comprimento mais aconselhável para o fio, fixando-se
ou marcando-se o ponto certo em que deverá ser segurado.
Para se determinar esse ponto, deve-se começar com o fio
bastante curto, suspendendo-o sobre a palma da outra mão;
lentamente, vai-se deixando escorregar o fio até que o pêndu-
lo inicie um qualquer movimento.
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 23Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 23 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
24
COMO SE MANIFESTA O PÊNDULO
Émuito fácil utilizar um pêndulo. Quando decidirmos fazê-
-lo, não deveremos ter nenhum receio ou preconceito.
Um pêndulo suspenso de um fio com um comprimento
correto pode efetuar uma série de movimentos variados. No
entanto, para que possa ser estabelecido um contacto entre
nós e o nosso pêndulo, é necessário concentrarmo-nos e
observá-lo com muita atenção. Em geral, quando seguramos
num pêndulo pela primeira vez, ele não efetua nenhum movi-
mento e nós não sentimos nada. É necessário sintonizar as
energias para que a comunicação tenha início. Quando isso
acontece, o pêndulo começa a oscilar, iniciando um movimen-
to pendular ou circular. A partir desse momento, temos de
começar a «adestrar» os movimentos, para criarmos um có-
digo de interpretação.
Habitualmente, são quatro os movimentos do pêndulo: no
sentido circular horário, circular anti-horário, horizontal (ou
da esquerda para a direita) e vertical (afastando-se e aproxi-
mando-se).
Não existe uma maneira rígida para codificar esses movi-
mentos; se, para uns, um movimento circular no sentido solar
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 24Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 24 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
25
O LIVRO DO PÊNDULO
ou dos ponteiros do relógio indica uma afirmação, para ou-
tros, a interpretação desse movimento indica exatamente o
contrário.
No entanto, por serem as mais frequentes, podem ser gene-
ralizadas algumas indicações de utilização:
– Se o pêndulo oscila na direção dos ponteiros do relógio,
indica uma resposta afirmativa.
– Se o pêndulo oscila na direção anti-horária, manifesta
uma resposta negativa.
– Se o pêndulo efetua movimentos da esquerda para a di-
reita, expressa dúvidas sobre a resposta.
– Se o pêndulo efetua um movimento de aproximação e
afastamento, indica uma direção a seguir.
– Quando o pêndulo fica parado, indica que não há res-
posta ou não quer responder, transferindo para o consul-
tante a responsabilidade da escolha.
Para iniciarmos o nosso trabalho com o pêndulo, e criarmos
o nosso código de contacto, devemos estar sentados comoda-
mente, num banco ou cadeira, com as costas afastadas do es-
paldar, os pés bem assentes no chão, os joelhos em ângulo reto,
numa posição hierática. O pêndulo estará suspenso pelos dedos
polegar e indicador da mão diretora, sobre o joelho do mesmo
lado. A outra mão, aberta, estará colocada sobre o outro joelho.
Pediremos ao pêndulo que nos indique o nosso «sim», regis-
tando o movimento que ele fizer. Em seguida pediremos o
«não», registando-o igualmente. Essas indicações serão a base
de todo o nosso trabalho futuro.
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 25Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 25 17-01-2014 11:52:1217-01-2014 11:52:12
26
A ATITUDE MENTAL
Amaior parte das dificuldades encontradas ao iniciarmos
o nosso trabalho com o pêndulo é provocada pela nossa
mente. Muitas vezes, se não conseguirmos manter-nos em
estado neutro, o pêndulo não nos dará nenhuma informação
ou, o que é pior, dará a resposta que a nossa mente lhe impõe.
Nunca devemos querer saber por que motivo o pêndulo nos
dá uma determinada resposta. Devemos, simplesmente,
aceitá-la. Para termos a certeza de que não estamos a influen-
ciar as respostas que nos são dadas, devemos respeitar alguns
princípios:
1 – Afaste da mente todos os pensamentos dominantes e
todos os desejos, atingindo, se possível, um estado de
vazio mental.
2 – Concentre-se unicamente na consulta que quer realizar.
3 – Nunca utilize o pêndulo para ter respostas sobre assun-
tos desnecessários e de caráter pessoal como a obtenção
de lucros, glórias ou prendas.
4 – Nunca utilize o pêndulo sem motivo, em demonstrações
ou espetáculos.
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 26Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 26 17-01-2014 11:52:1217-01-2014 11:52:12
27
O LIVRO DO PÊNDULO
5 – Não utilize o pêndulo para ter respostas sobre o futuro,
seu ou de outras pessoas. O pêndulo só lhe dá respostas
imediatas sobre situações presentes.
6 – As respostas dadas pelo pêndulo têm como base as per-
guntas que nós fazemos. E essas perguntas devem ser
sempre muito simples e concretas, relativas ao que está
a acontecer nesse mesmo instante. Para perguntas im-
precisas teremos respostas imprecisas.
7 – Analise sempre os resultados de forma crítica, nunca os
considerando absolutamente infalíveis. Não se esqueça
de que as respostas dependem das perguntas. Se estas
não forem formuladas de forma correta, as respostas
não poderão ser corretas.
8 – Formule sempre as perguntas na forma afirmativa, evi-
tando sempre interrogações na forma negativa. Quan-
do as fazemos, a resposta é frequentemente negativa,
o que pode deixar-nos em dúvida quanto à interpreta-
ção. Também não devemos fazer perguntas de dupla
escolha, como «Vou ou fico?», pois o pêndulo não con-
segue responder.
9 – Devemos ter consciência de que as respostas se referem
a situações que se podem alterar com o tempo. Nunca
devemos considerar uma resposta como definitiva, mo-
tivo pelo qual devemos repetir perguntas importantes
com alguma frequência. O que hoje é «sim», pode em
função de acontecimentos inesperados passar a ser
«não» amanhã.
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 27Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 27 17-01-2014 11:52:1217-01-2014 11:52:12
28
A POSTURA
Mantenha-se descontraído, segurando no pêndulo de
maneira suave, sem crispação, sempre bem direito, es-
teja de pé ou sentado. Os pés devem estar bem assentes no
chão e se estiver sentado não cruze as pernas e coloque a mão
livre, aberta, sobre a mesa ou o joelho.
Faça um exercício de controlo da respiração até sentir que
está calmo, afastando qualquer pensamento parasita que surja.
Faça as consultas num local calmo, sem ruídos ou movimen-
to, onde se sinta confortável.
Nunca consulte o pêndulo se estiver deprimido ou doente.
O nosso equilíbrio físico é fundamental para que se realize um
bom contacto energético com o nosso pêndulo.
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 28Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 28 17-01-2014 11:52:1217-01-2014 11:52:12
29
PREPARAÇÃO E LIMPEZA DO PÊNDULO
Antes de começarmos a trabalhar com um pêndulo, mes-
mo que seja novo, devemos limpá-lo de qualquer energia
que tenha adquirido durante o seu fabrico ou em manipula-
ções anteriores. Há vários processos de purificação, mas o
mais fácil, e possivelmente o mais usual, consiste em lavá-lo
com água salgada ou deixá-lo envolvido em sal marinho, du-
rante vinte e quatro horas, passando-o depois por água normal
para eliminar todo o sal e enxugando-o muito bem, de segui-
da. Depois da lavagem, e durante três, cinco ou sete dias,
deveremos manter o pêndulo nas nossas mãos, o máximo de
tempo possível, para que fique bem impregnado da nossa
energia.
Para a limpeza, siga a seguinte sequência:
1 – Lave o pêndulo com água e um detergente, para elimi-
nar qualquer tipo de sujidade que contenha.
2 – Se o pêndulo for de cristal ou vidro, mergulhe-o em água
salgada, ou envolva-o em sal marinho, durante vinte e
quatro horas, para neutralizar qualquer tipo de energia
queelecontenha.Sefordemetaloumadeira,embrulhe-o
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 29Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 29 17-01-2014 11:52:1217-01-2014 11:52:12
30
JOSÉ MEDEIROS
num papel fino e envolva-o em sal grosso, ou enterre-o
num vaso ou jardim, igualmente durante vinte e quatro
horas.
3 – Em seguida, passe o pêndulo por água, até eliminar
completamente qualquer vestígio de terra ou de sal, que
pode corroer o metal ou a madeira.
4 – Enxugue bem o pêndulo. Uma das melhores formas de
eliminar toda a água consiste em mergulhá-lo em álcool,
que se evapora facilmente.
5 – Coloque o pêndulo dentro de uma taça de vidro e deixe-o
aoSoleàLua,naruaoupordetrásdeumajanela,durante
sete dias, de preferência com a Lua em quarto crescente.
6 – Coloque o pêndulo entre as mãos e visualize a sua ener-
gia a passar para ele, carregando-o plenamente. Duran-
te esta operação, devemos estar muito concentrados,
para obtermos o máximo efeito.
7 – Depois de preparado, o pêndulo deve ser guardado
numa pequena bolsa ou embrulhado em tecido.
A partir desse momento, mais ninguém, além do seu utili-
zador, lhe poderá tocar, para que as energias existentes não
sejam contaminadas. Se utilizarmos mais de um pêndulo, cada
um deverá ter a sua bolsa. Será aconselhável termos um pên-
dulo para consultas pessoais, e um, ou mais, para outros tipos
de consultas.
Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 30Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 30 17-01-2014 11:52:1217-01-2014 11:52:12
Pendulo

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Doenças ligadas ao desequilíbrio dos chakras
Doenças ligadas ao desequilíbrio dos chakrasDoenças ligadas ao desequilíbrio dos chakras
Doenças ligadas ao desequilíbrio dos chakras
Ana Padrão
 
António rodrigues radiestesia classica e cabalistica
António rodrigues   radiestesia classica e cabalisticaAntónio rodrigues   radiestesia classica e cabalistica
António rodrigues radiestesia classica e cabalistica
geraldo016
 
14 equilibrio chakras_d1 (1)
14 equilibrio chakras_d1 (1)14 equilibrio chakras_d1 (1)
14 equilibrio chakras_d1 (1)
Celia Niza
 

Mais procurados (20)

Doenças ligadas ao desequilíbrio dos chakras
Doenças ligadas ao desequilíbrio dos chakrasDoenças ligadas ao desequilíbrio dos chakras
Doenças ligadas ao desequilíbrio dos chakras
 
Caderno de-radiestesia
Caderno de-radiestesiaCaderno de-radiestesia
Caderno de-radiestesia
 
Os cristais
Os cristaisOs cristais
Os cristais
 
71494558 graficos-radiestesia-e-radionica
71494558 graficos-radiestesia-e-radionica71494558 graficos-radiestesia-e-radionica
71494558 graficos-radiestesia-e-radionica
 
Apostila radiestesia
Apostila radiestesiaApostila radiestesia
Apostila radiestesia
 
Cura quântica avançada apostila - apostila - 004
Cura quântica avançada   apostila - apostila - 004Cura quântica avançada   apostila - apostila - 004
Cura quântica avançada apostila - apostila - 004
 
Radiestesia pratica
Radiestesia praticaRadiestesia pratica
Radiestesia pratica
 
Radiestesia
RadiestesiaRadiestesia
Radiestesia
 
António rodrigues radiestesia classica e cabalistica
António rodrigues   radiestesia classica e cabalisticaAntónio rodrigues   radiestesia classica e cabalistica
António rodrigues radiestesia classica e cabalistica
 
Graficos apometria quantica i
Graficos apometria quantica iGraficos apometria quantica i
Graficos apometria quantica i
 
23315112-MANUAL-TEORICO-E-PRATICO-DE-RADIESTESIA-DR-E-SAEVARIUS.pdf
23315112-MANUAL-TEORICO-E-PRATICO-DE-RADIESTESIA-DR-E-SAEVARIUS.pdf23315112-MANUAL-TEORICO-E-PRATICO-DE-RADIESTESIA-DR-E-SAEVARIUS.pdf
23315112-MANUAL-TEORICO-E-PRATICO-DE-RADIESTESIA-DR-E-SAEVARIUS.pdf
 
Mesa Radiônica Quântica
Mesa Radiônica QuânticaMesa Radiônica Quântica
Mesa Radiônica Quântica
 
29376605 apostila-de-radiestesia
29376605 apostila-de-radiestesia29376605 apostila-de-radiestesia
29376605 apostila-de-radiestesia
 
Antonio rodrigues-os-graficos-em-radiestesia-140331132402-phpapp01
Antonio rodrigues-os-graficos-em-radiestesia-140331132402-phpapp01Antonio rodrigues-os-graficos-em-radiestesia-140331132402-phpapp01
Antonio rodrigues-os-graficos-em-radiestesia-140331132402-phpapp01
 
tecnica-da-apometria-quantica-estelar
 tecnica-da-apometria-quantica-estelar tecnica-da-apometria-quantica-estelar
tecnica-da-apometria-quantica-estelar
 
radiestesia ilustrada- Antonio Rodrigues(1)
radiestesia ilustrada- Antonio Rodrigues(1)radiestesia ilustrada- Antonio Rodrigues(1)
radiestesia ilustrada- Antonio Rodrigues(1)
 
14 equilibrio chakras_d1 (1)
14 equilibrio chakras_d1 (1)14 equilibrio chakras_d1 (1)
14 equilibrio chakras_d1 (1)
 
Lista de Trabalho Radiestesia
Lista de Trabalho RadiestesiaLista de Trabalho Radiestesia
Lista de Trabalho Radiestesia
 
124569312 37672976-apostila-mr-antiga
124569312 37672976-apostila-mr-antiga124569312 37672976-apostila-mr-antiga
124569312 37672976-apostila-mr-antiga
 
conexao
conexaoconexao
conexao
 

Semelhante a Pendulo

Antniorodrigues radiestesiaclassicaecabalistica-130414130341-phpapp02
Antniorodrigues radiestesiaclassicaecabalistica-130414130341-phpapp02Antniorodrigues radiestesiaclassicaecabalistica-130414130341-phpapp02
Antniorodrigues radiestesiaclassicaecabalistica-130414130341-phpapp02
Carlos Quaresma
 
Radiestesia+pratica+ilustrada antonio+rodrigues
Radiestesia+pratica+ilustrada antonio+rodriguesRadiestesia+pratica+ilustrada antonio+rodrigues
Radiestesia+pratica+ilustrada antonio+rodrigues
Adriano Silva
 
apostila-do-curso-de-radiestesia-completo-doc-pdf
  apostila-do-curso-de-radiestesia-completo-doc-pdf  apostila-do-curso-de-radiestesia-completo-doc-pdf
apostila-do-curso-de-radiestesia-completo-doc-pdf
ricardoterapeuta
 
António rodrigues radiestesia prática ilustrada
António rodrigues   radiestesia prática ilustradaAntónio rodrigues   radiestesia prática ilustrada
António rodrigues radiestesia prática ilustrada
geraldo016
 
Curso de-apometria-apostila
Curso de-apometria-apostilaCurso de-apometria-apostila
Curso de-apometria-apostila
lilianehenz
 
A astrologia nas grandes civilizações
A astrologia nas grandes civilizaçõesA astrologia nas grandes civilizações
A astrologia nas grandes civilizações
Fábio Mascarenhas
 

Semelhante a Pendulo (20)

Apostila radiestesia
Apostila radiestesiaApostila radiestesia
Apostila radiestesia
 
radiestesia
radiestesiaradiestesia
radiestesia
 
Caderno de-radiestesia
Caderno de-radiestesiaCaderno de-radiestesia
Caderno de-radiestesia
 
Antniorodrigues radiestesiaclassicaecabalistica-130414130341-phpapp02
Antniorodrigues radiestesiaclassicaecabalistica-130414130341-phpapp02Antniorodrigues radiestesiaclassicaecabalistica-130414130341-phpapp02
Antniorodrigues radiestesiaclassicaecabalistica-130414130341-phpapp02
 
Curso básico de radiestesia práctica
Curso básico de radiestesia prácticaCurso básico de radiestesia práctica
Curso básico de radiestesia práctica
 
FILOSOFIA E CIÊNCIA - 2 ANO
 FILOSOFIA E CIÊNCIA - 2 ANO FILOSOFIA E CIÊNCIA - 2 ANO
FILOSOFIA E CIÊNCIA - 2 ANO
 
Radiestesia+pratica+ilustrada antonio+rodrigues
Radiestesia+pratica+ilustrada antonio+rodriguesRadiestesia+pratica+ilustrada antonio+rodrigues
Radiestesia+pratica+ilustrada antonio+rodrigues
 
apostila-do-curso-de-radiestesia-completo-doc-pdf
  apostila-do-curso-de-radiestesia-completo-doc-pdf  apostila-do-curso-de-radiestesia-completo-doc-pdf
apostila-do-curso-de-radiestesia-completo-doc-pdf
 
47770341 apostilaradiestesia
47770341 apostilaradiestesia47770341 apostilaradiestesia
47770341 apostilaradiestesia
 
António rodrigues radiestesia prática ilustrada
António rodrigues   radiestesia prática ilustradaAntónio rodrigues   radiestesia prática ilustrada
António rodrigues radiestesia prática ilustrada
 
Astronomia e cultura no Ensino Fundamental
Astronomia e cultura no Ensino FundamentalAstronomia e cultura no Ensino Fundamental
Astronomia e cultura no Ensino Fundamental
 
História do Universo
História do UniversoHistória do Universo
História do Universo
 
Experimentos científicos com animais
Experimentos científicos com animaisExperimentos científicos com animais
Experimentos científicos com animais
 
Curso de-apometria-apostila
Curso de-apometria-apostilaCurso de-apometria-apostila
Curso de-apometria-apostila
 
Astro-Cronologia
Astro-CronologiaAstro-Cronologia
Astro-Cronologia
 
A astrologia nas grandes civilizações
A astrologia nas grandes civilizaçõesA astrologia nas grandes civilizações
A astrologia nas grandes civilizações
 
História da ciência
História da ciênciaHistória da ciência
História da ciência
 
7a série história da ciência
7a série   história da ciência7a série   história da ciência
7a série história da ciência
 
Astrologia - Palestra
Astrologia - PalestraAstrologia - Palestra
Astrologia - Palestra
 
ESDE 3 - 2013 - REVISÃO POSTULADOS DOUTRINA ESPÍRITA
ESDE 3 - 2013 - REVISÃO POSTULADOS DOUTRINA ESPÍRITAESDE 3 - 2013 - REVISÃO POSTULADOS DOUTRINA ESPÍRITA
ESDE 3 - 2013 - REVISÃO POSTULADOS DOUTRINA ESPÍRITA
 

Pendulo

  • 1.
  • 2. 9 INTRODUÇÃO Tendo em conta que o termo «pendular» passou a ser utilizado para indicar o ato de utilizar um pêndulo para obter uma resposta para uma qualquer pergunta, comecei por querer chamar a este livro Manual de Pendulogia, apesar de este termo já ter sido utilizado em 1873, creio que pela pri- meira e única vez, por Jeremias Hytz Apollon na sua ficção científica, em que desenvolveu o conceito de que «todo o efei- to tem a sua causa», com um significado bem diferente da- quele que eu lhe queria atribuir. No entanto, para me manter fiel à Tradição, optei por utilizar o nome que, desde o início do século XX, passou a designar esta atividade: Radiestesia. Até porque não é a designação, mas a sua prática, que é importante. Ao lon- go dos anos em que venho percorrendo o meu Caminho, tenho encontrado uma ajuda constante na utilização de Pêndulos, conseguindo obter informações que me permi- tiram fazer opções mais corretas e não perder tempo com desvios inúteis. Mas também aprendi que não nos podemos tornar escravos do Pêndulo. Ele é apenas uma ferramenta que nos permite Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 9Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 9 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
  • 3. 10 JOSÉ MEDEIROS caminhar com mais segurança, ajudando-nos a determinar qual a opção mais indicada para um preciso momento. Mas viver é ter a capacidade de mudar, construindo, em cada dia, aquilo a que chamamos futuro. Arranje um Pêndulo, utilize-o, e verá que o Caminho se torna muito mais fácil de ser percorrido. JOSÉ MEDEIROS Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 10Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 10 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
  • 4. 11 A RADIESTESIA Aradiestesia é uma técnica muito antiga, que permite a algumas pessoas, com capacidades naturais ou desenvol- vidas, detetar, sentir e interpretar, com ou sem instrumentos auxiliares, as energias geradas e irradiadas pelos seres e pela matéria que constitui o nosso mundo. Não sendo oficialmente reconhecida como ciência, é no entanto praticada desde a mais alta Antiguidade. Há notícias de ser praticada na China há mais de quatro mil anos, assim como no Antigo Egito e em Roma. A sua utilização, proibida por ser considerada como bru- xaria durante a Idade Média, é retomada no Renascimento. Mas será principalmente durante os séculos XVIII e XIX que a sua prática será mais divulgada. No entanto, só no início do século XX o abade francês Alexis Bouly (1865-1958), que se dedicou apaixonadamente a esta atividade, inventou a desig- nação «radiestesia», tendo por base dois termos: um em latim, radius (raio), e outro em grego, aísthesis (sensibilidade ou perce- ção). Assim, a radiestesia é a sensibilidade ao raio, ou à energia. Até aí esta atividade era designada por Rabdomancia (do gre- go rhabdos, vara, e manteía, adivinhação). Depois de terminar Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 11Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 11 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
  • 5. 12 JOSÉ MEDEIROS a Grande Guerra de 1914-1918, o governo francês contratou o abade Bouly para que este detetasse bombas e explosivos não detonados. Como pioneiro mundial de um novo tipo de radies- tesia, Bouly foi condecorado em 1950, com a Legião de Honra, em reconhecimento público das suas investigações. Em 1933, no Congresso Mundial realizado em Avignon, com a presença de participantes de onze países, foi feita a consagração do ter- mo «Radiestesia». A radiestesia era utilizada principalmente na determinação de bolsas ou correntes de água subterrâneas, na identificação de jazidas de minérios ou na busca de objetos perdidos. Utili- zando varas ou forquilhas de madeira, os rabdomantes, ou radiestesistas, conseguiam captar as energias libertadas pelos materiais que queriam identificar, descobrindo assim os locais em que se encontravam. Em Portugal, são designados por ve- dores aqueles que, por meio de uma vara ou forquilha de ma- deira, revelam a presença de águas subterrâneas. Um outro francês, o abade Alexis Mermet (1866-1937), filho e neto de radiestesistas, que utilizava o seu relógio de bolso como pêndulo, desenvolveu o uso da radiestesia como método de diagnóstico médico. Segundo ele, «em radiestesia, uns en- contram os objetos, outros, as explicações. Isso é, sem dúvida, muito mais cómodo». Em 1935, a Maison de la Radiesthésie publicou a obra de Mermet Comment j’opère, ainda hoje considerada como uma das mais importantes obras sobre radiestesia. Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 12Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 12 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
  • 6. 13 COMO FUNCIONA A RADIESTESIA Para que se obtenham resultados em radiestesia, é neces- sária a existência de três elementos específicos: um emis- sor, uma antena e um recetor. O emissor será o elemento ou objeto que se pretende encontrar ou identificar; a ante- na será o auxiliar de captação que o operador eleger para a sua atividade; o recetor será o operador. Para que estes três elementos funcionem em total sintonia, e as respostas obtidas sejam fidedignas, será necessário que o operador se encontre num estado neutro de consciência, o que lhe per- mitirá, sem interferência, aumentar a sua capacidade de perceção. Cada elemento, objeto ou situação, tem um tipo específico de energia, diferente de todos os outros. O ele- mento de pesquisa poderá ser um objeto material, uma anomalia, uma alteração a um equilíbrio existente, uma intenção, uma egrégora, ou algo mais abstrato. Se o iden- tificarmos ou conhecermos, conseguiremos fazer a sintoni- zação e, através do objeto escolhido como antena, proceder à sua identificação ou localização. As antenas podem ser variadas. As mais antigas, ou há mais tempo utilizadas, são as varas e as forquilhas de madeira, normalmente de avelei- Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 13Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 13 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
  • 7. 14 JOSÉ MEDEIROS ra ou oliveira, devido à sua sensibilidade na captação de energias. Mas o uso de pêndulos também é muito antigo. Os romanos já os usavam, e nos museus do Cairo e de Turim existem boas coleções de pêndulos do Antigo Egito, de me- tal ou cerâmica vidrada. Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 14Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 14 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
  • 8. 15 PRINCIPAIS ÁREAS DE ATUAÇÃO DA RADIESTESIA Na China, durante mais de quatro mil anos, a principal utilização da radiestesia tem sido na identificação dos tipos de energias existentes nos locais e nos materiais, permi- tindo a melhor instalação das pessoas e o aproveitamento mais racional de espaços e recursos, em função do controlo das energias telúricas através das técnicas do Feng Shui. Tendo em conta a posição de árvores, plantas, rochas e outros ele- mentos naturais, conseguem identificar ou criar espaços ener- geticamente equilibrados, ou com as energias próprias para determinados fins ou atividades. Os etruscos procediam igualmente à determinação anteci- pada dos locais favoráveis para se instalarem, através dos áu- gures, que com as suas varas identificavam as energias existen- tes nos lugares. Essas técnicas foram mantidas pelos romanos, que as conservaram e transmitiram, sendo utilizadas durante a Idade Média em toda a Europa para a determinação dos locais mais indicados para a construção e orientação das gran- des catedrais góticas. Mas uma das mais antigas utilizações da radiestesia teve por finalidade a determinação da existência de nascentes ou Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 15Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 15 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
  • 9. 16 JOSÉ MEDEIROS veios de águas subterrâneas, sempre necessários à sobrevivên- cia de homens e animais. No entanto, num desenho alemão de 1420 está representado um mineiro segurando numa forquilha, claramente usada para identificação de recursos minerais. E em 1556, o médico Georg Bauer, nascido na Alemanha, publicou o livro De re metallica no qual descrevia as técnicas utilizadas pelos mineiros na pros- peção de metais e o uso de varetas ou forquilhas de madeira de diversas árvores para a sua localização: aveleira para a prata, freixo para o cobre e pinheiro para o chumbo e estanho. Como já referi, foi o abade Mermet quem, no século XX, começou a desenvolver a radiestesia terapêutica. Esta técnica pode ser de grande utilidade no diagnóstico de várias alterações do equilíbrio físico, mental, emocional ou espiritual, permitin- do encontrar as soluções mais adequadas para as afeções iden- tificadas. A radiestesia pode ainda ser utilizada na escolha da alimentação mais apropriada em função das caraterísticas de cada pessoa, ou do seu estado de equilíbrio em determinado momento, podendo indicar-nos carências ou excessos que aju- dam a determinar esse regime alimentar mais adequado. Porque todos os corpos e substâncias têm vibrações, ema- nam energia que varia com a sua forma e constituição. A per- ceção extrassensorial da energia que nos envolve permite-nos determinar qual a sua polaridade: se é positiva ou negativa. O âmbito de aplicação da radiestesia é amplo, indo desde os assuntos pessoais e as áreas profissionais até à deteção de alte- rações do equilíbrio corporal e alterações ambientais e tudo aquilo cujo equilíbrio possa ser alterado devido a uma incor- reta intervenção humana. Através da prática da radiestesia é possível determinar as polaridades dos polos energéticos de Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 16Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 16 17-01-2014 11:52:1017-01-2014 11:52:10
  • 10. 17 O LIVRO DO PÊNDULO pessoas, animais, objetos, sítios, residências, locais de trabalho ou ambientes. Se utilizarmos as técnicas apropriadas, podere- mos introduzir as correções necessárias, restabelecendo o equi- líbrio ou criando espaços ou ambientes harmonizados. Anívelambiental,aradiestesiapermite-nosdetetarquaisquer perturbações ou alterações energéticas existentes em zonas ou construçõeseajuda-nosaencontrarassoluçõesnecessáriaspara a sua correção. Por vezes, essas alterações ocorrem em habita- ções, locais de trabalho, espaços descobertos, ou até locais pú- blicos,devidoaconfrontos,discussões,másintenções,egrégoras negativas, invasão de energias incompatíveis com o local ou a sua utilização, ou alteração do equilíbrio natural. Se a correção for efetuada numa fase inicial, os efeitos negativos serão facil- mente dominados e não conseguirão alterar o equilíbrio exis- tente. Mas se os efeitos negativos se mantêm durante períodos dilatados, o resultado pode ser destrutivo e de difícil solução. Essasalteraçõespodemserprovocadasporsituaçõesnaturais, como falhas geológicas, ou pelo desvio ou eliminação de corren- tes subterrâneas, esgotos ou condutas de águas contaminadas, depósitos de materiais nocivos ou lixos, captação ou emissão de ondas nocivas, locais de reuniões onde sejam criadas egrégoras negativas, ou modificação do espaço envolvente. Por vezes, ao iniciar-seumaconstrução,ouaofazer-seautilizaçãodeumlocal, não se tem em conta a ocupação anterior, por desconhecimento ou ocultação deliberada tendo em vista lucros incorretos, e ocupam-se espaços em que existiram situações de sofrimento, comomatadouros,hospitaisouprisões,ouantigoscemitériosem queocorrerammortandades.Todasestassituaçõespodemprovo- carcamposenergéticosnegativosoudedifícilcontroloouneutrali- zação, com efeitos nocivos sobre pessoas, animais ou plantas. Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 17Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 17 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
  • 11. 18 JOSÉ MEDEIROS Em espaços habitados ou locais de trabalho podem existir: alterações do equilíbrio energético, provocadas por objetos, como quadros, tapetes ou móveis, carregados com energias negativas; alterações cromáticas ou a utilização de aparelhos geradores de energias nocivas. Na construção ou divisão de um espaço devemos ter sempre em conta a finalidade a que se destina, de maneira a que a planta para ele realizada se coadune com uma ocupação racio- nal e equilibrada. Deve haver imenso cuidado na escolha dos materiais a serem utilizados na construção ou decoração e uma ocupação correta das divisões, quer se trate de uma habitação ou de um local de trabalho, para garantir harmonia familiar ou prosperidade material. A escolha de objetos é muito impor- tante, pois as energias por eles irradiadas devem ser apropria- das para o local a que se destinam. Por vezes, uma cor, uma planta ou um cristal é suficiente para ajudar um espaço a ficar energeticamente equilibrado. Nas atividades profissionais, sempre que possível, devemos averiguar as caraterísticas energéticas das pessoas com quem trabalhamos ou fazemos negócios, aproximando-nos daquelas com quem existam mais afinidades e protegendo-nos daquelas com quem possam existir algumas incompatibilidades energé- ticas. Essa proteção por vezes é muito simples, bastando o uso de uma cor ou de uma joia para que a correção necessária seja efetuada. Para fazer a correção de um espaço, por vezes basta colocar nelealgumasplantasouconstruirumpequenojardim.Asplantas absorvem as energias negativas, transformando-as em positivas. As rochas, os cristais e a água têm um efeito semelhante, aju- dando a criar campos energéticos positivos. Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 18Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 18 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
  • 12. 19 O MAGNETISMO No século XVIII, o médico alemão Franz Anton Mesmer, nascido em Iznang em 1734, desenvolveu a teoria do magnetismo animal. Esta teoria, depois designada por Mes- merismo, consistia na cura de males físicos ou psiquiátricos, sujeitando os pacientes a «passes magnéticos». Segundo Mesmer, tudo o que existe no Universo contém um mesmo tipo de energia, por ele designada por «fluido orgânico», sendo as doenças provocadas por uma distribuição desarmó- nica desse fluido nos corpos. A cura será conseguida através do reequilíbrio dessa força. Para ele, o magnetismo é o fluido ener- gético mais ou menos forte que todos os seres vivos possuem. Considerando que o magnetismo é polarizado, o lado direito e o eixo mediano anterior do corpo humano emitem um mag- netismo positivo, enquanto o lado esquerdo e o eixo mediano posterior emitem um magnetismo negativo. O alto da cabeça e a base dos pés são zonas neutras. Essa teoria retoma o antigo conceito egípcio do equilíbrio energético do Universo refletido em cada ser, o conceito da Tábua de Esmeralda de Hermes Trismegisto, que se inicia di- zendo que o que está em baixo é igual ao que está em cima. Os Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 19Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 19 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
  • 13. 20 JOSÉ MEDEIROS dois polos magnéticos são o Céu e a Terra, onde o Caminho é feito em ascensão, de baixo para cima, do negativo para o positivo, das trevas para a luz. Desta maneira, numa escala evolutiva que se projeta no infinito, tudo é passageiro e mutável, exceto a Energia Primor- dial, que se mantém constante entre as duas polaridades, ao longo de todo o percurso. Aqueles que, naturalmente, conseguem captar e sentir a vida oculta do planeta, porque estão sintonizados com as vibrações que percorrem a terra, os mares, os lagos, os cursos dos rios, e têm a faculdade de sentir as energias emanadas pelas árvores, plantas, animais e minerais podem usar o próprio corpo para a captação e interpretação dessas mesmas energias. Mas se a per- ceção não estiver suficientemente desenvolvida, ou a sua inter- pretação for difícil, poderão ser utilizados utensílios específicos que facilmente nos ajudarão a fazer a sua leitura. A passagem de uma mão sobre um objeto, ou a passagem por um qualquer local, será suficiente para transmitir várias informações. Mas essa captação, normalmente difícil de interpretar, é facilmente percetível através da utilização de um pêndulo que, se corretamente utilizado, nos permite determinar a intensida- de energética dos lugares e situações ou determinar a natureza das ondas magnéticas. Os pêndulos têm o poder de detetar as energias e vibrações telúricas, humanas, animais, vegetais ou minerais, por vezes muito subtis, ou de difícil deteção. Através de um código de utilização, com facilidade poderemos entender todas as informações que nos são transmitidas. Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 20Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 20 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
  • 14. 21 OS PÊNDULOS Os pêndulos são objetos formados por um peso, de forma variada, suspenso de um fio vegetal ou metálico. Podem ser demadeira,cristal,quartzo,pedra,cerâmica,marfimouqualquer metal, e devem pesar de 10 até 60 gramas. Os fios podem ser de linho, cânhamo, seda, algodão ou de cadeias finas de ouro ou prata,eoseucomprimentopodevariar,consoanteasensibilidade do utilizador, entre os 15 e os 20 cm. Em teoria, qualquer objeto pesado,comoumanel,umapedrapequenaouumaagulha,suspen- so de um fio, pode servir de pêndulo. No entanto, cada material temumamaioroumenorcapacidadedecaptaçãooureaçãoperan- teumtipoespecíficodeenergia.Comaprática,saberemosescolher os materiais certos para cada situação. A forma dos pêndulos tambémpodeterinfluêncianasuautilização,sendopossívelencon- trarnomercadopêndulosdeformasvariadasparafinsespecíficos. Um dos mais utilizados para a identificação de materiais, objetos ou locais é o chamado pêndulo de testemunho, dentro do qual pode ser colocada uma amostra do que se pretende encontrar. Os pêndulos de cristal devem ser utilizados para questões de saúde. Ospêndulosmetálicos,principalmentedecobre,bronzeouprata, sãoosmaisusuais,nãosópelacapacidadedecaptaçãoenergética Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 21Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 21 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
  • 15. 22 JOSÉ MEDEIROS destesmetais,mastambémpelasuaresistênciaachoquesouque- das.Ospêndulosemformadebolota,oudelágrimainvertida,são os mais correntemente utilizados. As suas pontas são ligeiramen- te afiladas, o que permite uma utilização bastante precisa. O pêndulo é um dos principais instrumentos da radiestesia, uma das antenas mais sensíveis e com mais possibilidades de dar respostas concretas e precisas. Como um radar, capta a vibração das energias, transformando-as em oscilações. Embora a sua utilização seja muito antiga, foi o físico Ger- boin, professor da Faculdade de Medicina de Estrasburgo, que mais recentemente, em 1789, fez ressurgir o interesse pelos pêndulos. Casualmente, reparou que uma pequena esfera de madeira, suspensa de um fio, se movia sem que ninguém lhe tocasse. Este facto fê-lo tentar encontrar uma explicação, o que o levou a desenvolver a utilização do pêndulo como o instru- mento perfeito para a prática da radiestesia. Para além da sua utilização na identificação de cursos ou nascentes de água ou filões de minérios, o pêndulo passou a servir para encontrar respostas para outros tipos de situações, como as relacionadas com o equilíbrio do corpo, a saúde, diag- nósticos e indicação de tratamentos e medicamentos, ou para assuntos pessoais, por vezes de cariz muito íntimo. É igualmente utilizado para dar indicações sobre assuntos profissionais, negócios, opções alimentares, para achar objetos perdidos e numa infinidade de situações com as quais somos constantemente confrontados. De qualquer maneira, não nos podemos deixar condicionar pela consulta constante do pêndu- lo,esquecendoqueonossolivre-arbítrioéfundamentalparanos ajudaraterconsciênciadaverdadeiradireçãodonossoCaminho, e de que o futuro é construído em cada momento que se vive. Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 22Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 22 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
  • 16. 23 COMO SEGURAR NO PÊNDULO Deve-se suspender o pêndulo segurando no fio com os dedos polegar e indicador da mão diretora, virando o dorso da mão para cima e mantendo os restantes dedos fe- chados sobre a palma. A parte do fio não utilizada é guarda- da na concavidade da mão, evitando qualquer contacto com a parte suspensa. No início da utilização, deve ser determina- do o comprimento mais aconselhável para o fio, fixando-se ou marcando-se o ponto certo em que deverá ser segurado. Para se determinar esse ponto, deve-se começar com o fio bastante curto, suspendendo-o sobre a palma da outra mão; lentamente, vai-se deixando escorregar o fio até que o pêndu- lo inicie um qualquer movimento. Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 23Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 23 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
  • 17. 24 COMO SE MANIFESTA O PÊNDULO Émuito fácil utilizar um pêndulo. Quando decidirmos fazê- -lo, não deveremos ter nenhum receio ou preconceito. Um pêndulo suspenso de um fio com um comprimento correto pode efetuar uma série de movimentos variados. No entanto, para que possa ser estabelecido um contacto entre nós e o nosso pêndulo, é necessário concentrarmo-nos e observá-lo com muita atenção. Em geral, quando seguramos num pêndulo pela primeira vez, ele não efetua nenhum movi- mento e nós não sentimos nada. É necessário sintonizar as energias para que a comunicação tenha início. Quando isso acontece, o pêndulo começa a oscilar, iniciando um movimen- to pendular ou circular. A partir desse momento, temos de começar a «adestrar» os movimentos, para criarmos um có- digo de interpretação. Habitualmente, são quatro os movimentos do pêndulo: no sentido circular horário, circular anti-horário, horizontal (ou da esquerda para a direita) e vertical (afastando-se e aproxi- mando-se). Não existe uma maneira rígida para codificar esses movi- mentos; se, para uns, um movimento circular no sentido solar Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 24Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 24 17-01-2014 11:52:1117-01-2014 11:52:11
  • 18. 25 O LIVRO DO PÊNDULO ou dos ponteiros do relógio indica uma afirmação, para ou- tros, a interpretação desse movimento indica exatamente o contrário. No entanto, por serem as mais frequentes, podem ser gene- ralizadas algumas indicações de utilização: – Se o pêndulo oscila na direção dos ponteiros do relógio, indica uma resposta afirmativa. – Se o pêndulo oscila na direção anti-horária, manifesta uma resposta negativa. – Se o pêndulo efetua movimentos da esquerda para a di- reita, expressa dúvidas sobre a resposta. – Se o pêndulo efetua um movimento de aproximação e afastamento, indica uma direção a seguir. – Quando o pêndulo fica parado, indica que não há res- posta ou não quer responder, transferindo para o consul- tante a responsabilidade da escolha. Para iniciarmos o nosso trabalho com o pêndulo, e criarmos o nosso código de contacto, devemos estar sentados comoda- mente, num banco ou cadeira, com as costas afastadas do es- paldar, os pés bem assentes no chão, os joelhos em ângulo reto, numa posição hierática. O pêndulo estará suspenso pelos dedos polegar e indicador da mão diretora, sobre o joelho do mesmo lado. A outra mão, aberta, estará colocada sobre o outro joelho. Pediremos ao pêndulo que nos indique o nosso «sim», regis- tando o movimento que ele fizer. Em seguida pediremos o «não», registando-o igualmente. Essas indicações serão a base de todo o nosso trabalho futuro. Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 25Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 25 17-01-2014 11:52:1217-01-2014 11:52:12
  • 19. 26 A ATITUDE MENTAL Amaior parte das dificuldades encontradas ao iniciarmos o nosso trabalho com o pêndulo é provocada pela nossa mente. Muitas vezes, se não conseguirmos manter-nos em estado neutro, o pêndulo não nos dará nenhuma informação ou, o que é pior, dará a resposta que a nossa mente lhe impõe. Nunca devemos querer saber por que motivo o pêndulo nos dá uma determinada resposta. Devemos, simplesmente, aceitá-la. Para termos a certeza de que não estamos a influen- ciar as respostas que nos são dadas, devemos respeitar alguns princípios: 1 – Afaste da mente todos os pensamentos dominantes e todos os desejos, atingindo, se possível, um estado de vazio mental. 2 – Concentre-se unicamente na consulta que quer realizar. 3 – Nunca utilize o pêndulo para ter respostas sobre assun- tos desnecessários e de caráter pessoal como a obtenção de lucros, glórias ou prendas. 4 – Nunca utilize o pêndulo sem motivo, em demonstrações ou espetáculos. Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 26Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 26 17-01-2014 11:52:1217-01-2014 11:52:12
  • 20. 27 O LIVRO DO PÊNDULO 5 – Não utilize o pêndulo para ter respostas sobre o futuro, seu ou de outras pessoas. O pêndulo só lhe dá respostas imediatas sobre situações presentes. 6 – As respostas dadas pelo pêndulo têm como base as per- guntas que nós fazemos. E essas perguntas devem ser sempre muito simples e concretas, relativas ao que está a acontecer nesse mesmo instante. Para perguntas im- precisas teremos respostas imprecisas. 7 – Analise sempre os resultados de forma crítica, nunca os considerando absolutamente infalíveis. Não se esqueça de que as respostas dependem das perguntas. Se estas não forem formuladas de forma correta, as respostas não poderão ser corretas. 8 – Formule sempre as perguntas na forma afirmativa, evi- tando sempre interrogações na forma negativa. Quan- do as fazemos, a resposta é frequentemente negativa, o que pode deixar-nos em dúvida quanto à interpreta- ção. Também não devemos fazer perguntas de dupla escolha, como «Vou ou fico?», pois o pêndulo não con- segue responder. 9 – Devemos ter consciência de que as respostas se referem a situações que se podem alterar com o tempo. Nunca devemos considerar uma resposta como definitiva, mo- tivo pelo qual devemos repetir perguntas importantes com alguma frequência. O que hoje é «sim», pode em função de acontecimentos inesperados passar a ser «não» amanhã. Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 27Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 27 17-01-2014 11:52:1217-01-2014 11:52:12
  • 21. 28 A POSTURA Mantenha-se descontraído, segurando no pêndulo de maneira suave, sem crispação, sempre bem direito, es- teja de pé ou sentado. Os pés devem estar bem assentes no chão e se estiver sentado não cruze as pernas e coloque a mão livre, aberta, sobre a mesa ou o joelho. Faça um exercício de controlo da respiração até sentir que está calmo, afastando qualquer pensamento parasita que surja. Faça as consultas num local calmo, sem ruídos ou movimen- to, onde se sinta confortável. Nunca consulte o pêndulo se estiver deprimido ou doente. O nosso equilíbrio físico é fundamental para que se realize um bom contacto energético com o nosso pêndulo. Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 28Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 28 17-01-2014 11:52:1217-01-2014 11:52:12
  • 22. 29 PREPARAÇÃO E LIMPEZA DO PÊNDULO Antes de começarmos a trabalhar com um pêndulo, mes- mo que seja novo, devemos limpá-lo de qualquer energia que tenha adquirido durante o seu fabrico ou em manipula- ções anteriores. Há vários processos de purificação, mas o mais fácil, e possivelmente o mais usual, consiste em lavá-lo com água salgada ou deixá-lo envolvido em sal marinho, du- rante vinte e quatro horas, passando-o depois por água normal para eliminar todo o sal e enxugando-o muito bem, de segui- da. Depois da lavagem, e durante três, cinco ou sete dias, deveremos manter o pêndulo nas nossas mãos, o máximo de tempo possível, para que fique bem impregnado da nossa energia. Para a limpeza, siga a seguinte sequência: 1 – Lave o pêndulo com água e um detergente, para elimi- nar qualquer tipo de sujidade que contenha. 2 – Se o pêndulo for de cristal ou vidro, mergulhe-o em água salgada, ou envolva-o em sal marinho, durante vinte e quatro horas, para neutralizar qualquer tipo de energia queelecontenha.Sefordemetaloumadeira,embrulhe-o Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 29Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 29 17-01-2014 11:52:1217-01-2014 11:52:12
  • 23. 30 JOSÉ MEDEIROS num papel fino e envolva-o em sal grosso, ou enterre-o num vaso ou jardim, igualmente durante vinte e quatro horas. 3 – Em seguida, passe o pêndulo por água, até eliminar completamente qualquer vestígio de terra ou de sal, que pode corroer o metal ou a madeira. 4 – Enxugue bem o pêndulo. Uma das melhores formas de eliminar toda a água consiste em mergulhá-lo em álcool, que se evapora facilmente. 5 – Coloque o pêndulo dentro de uma taça de vidro e deixe-o aoSoleàLua,naruaoupordetrásdeumajanela,durante sete dias, de preferência com a Lua em quarto crescente. 6 – Coloque o pêndulo entre as mãos e visualize a sua ener- gia a passar para ele, carregando-o plenamente. Duran- te esta operação, devemos estar muito concentrados, para obtermos o máximo efeito. 7 – Depois de preparado, o pêndulo deve ser guardado numa pequena bolsa ou embrulhado em tecido. A partir desse momento, mais ninguém, além do seu utili- zador, lhe poderá tocar, para que as energias existentes não sejam contaminadas. Se utilizarmos mais de um pêndulo, cada um deverá ter a sua bolsa. Será aconselhável termos um pên- dulo para consultas pessoais, e um, ou mais, para outros tipos de consultas. Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 30Livro do pêndulo - 2014_3px.indd 30 17-01-2014 11:52:1217-01-2014 11:52:12