1) O documento descreve a história da Serra Leoa, desde a descoberta da costa pelo português Pedro de Sintra em 1460 até a independência em 1961.
2) A região foi alvo de disputa entre potências europeias que traficavam escravos dos séculos XVI ao XIX.
3) Após a independência em 1961, o país enfrentou instabilidade política e guerras civis até firmar um acordo de paz em 2002.
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Serra Leoa trab. de ciências completo!
1. Rio de Janeiro, 13 de Setembro de 2014
História da Serra Leoa
Mapa de Serra Leoa de 1732.
Isoladahporraakkcle a região em que se localiza Serra Leoa permaneceu
afastada da influência dos grandes impérios que se estabeleceram no alto
Níger por volta do ano 1000. Os povos que a habitavam encontravam-se então
divididos em pequenos Estados independentes. Por volta do século XV,
migrações de etnias sudanesas deslocaram para ilhas e zonas florestais os
povos autóctones, entre os quais os bulons, fixados na região desde tempos
imemoriais.
O português Pedro de Sintra descobriu as costas do país, que fazia parte do
reino dos Sapes, em 1460. O nome do país foi dado pelo explorador luso, que
chamou Serra Leoa a um monte e a toda a costa por ele descoberta. O nome
deriva da semelhança que a serra tinha com uma leoa ao ser avistada ao longe
do mar. Para além disso, o trovejar na época das chuvas assemelhava-se ao
rugido do animal.
A presença européia no território data de 1462, quando os portugueses
exploraram o litoral e fundaram as primeiras feitorias. Ainda hoje persistem
edifícios construídos pelos portugueses. No século XVI, guerreiros mandingas,
de origem mandé, vindos do interior, invadiram a região e forneceram escravos
aos negreiros europeus. Em pouco tempo a área se tornou objeto de acirrada
disputa comercial entre os traficantes de escravos portugueses, franceses,
ingleses, holandeses, dinamarqueses e prussianos.
2. Ilustração de 1856 da cidade de Freetown, para onde foram levados os
primeiros escravos libertos da Nova Inglaterra e das Antilhas.
No século XVII, os comerciantes ingleses expulsaram os portugueses e em
1787, após campanha antiescravagista, uma organização abolicionista britânica
fundou o núcleo que se tornaria a cidade de Freetown, para onde trasladou
várias centenas de escravos libertos na Nova Inglaterra (EUA) e Antilhas que
haviam buscado refúgio na Grã-Bretanha. A Companhia de Serra Leoa foi criada
em 1791 com a finalidade de governar a colônia, tarefa que desempenhou até
1808. O porto local oferecia grande segurança e quando o Parlamento de
Londres declarou ilegal o tráfico de escravos, em 1807, o governo britânico ali
instalou uma base naval para o lançamento de operações contra as atividades
dos traficantes.
Em 1808 a região da península de Serra Leoa converteu-se em colônia britânica
e a população passou a registrar significativo crescimento, em conseqüência da
chegada dos carregamentos de escravos apreendidos pelos navios de guerra
britânicos. Em 1896, depois de vencer a resistência armada das tribos do
interior, a Grã-Bretanha proclamou o protetorado sobre as demais regiões do
território, distinto da colônia, e as fronteiras com a Libéria e a Guiné são
fixadas. Em 1924, o país recebe uma Constituição, substituída por outra de
1947. Em 1951, a Constituição converteu Serra Leoa em Estado unitário.
Colônia e protetorado foram unificados em 1960.
3. Efigie de Sir Milton Margai em uma moeda.
Em 1961, dentro do processo de descolonização, a independência foi
conquistada e o país passou a integrar a Comunidade Britânica de Nações
(Commonwealth). A Constituição garantia o direito de voto para as mulheres.
No entanto, o governo ficou nas mãos de uma oligarquia dirigida por Sir Milton
Margai, apoiado pelos ingleses.
Em 1967, depois da realização de eleições em que o vencedor foi Syaka
Stevens, líder do Congresso de Todo o Povo (All People's Congress - APC), o
governo eleito foi deposto e o Exército deu um Golpe de Estado, criando o
Conselho Nacional para a Reforma. Em 1968, ocorreu uma nova revolta militar,
depois da qual foi restaurado o governo civil. Em 19 de abril de 1971, durante
as comemorações pelo décimo aniversário da independência, Stevens,
fortalecido promulga uma nova Constituição. O país, após 10 anos de
instabilidade política, adotou então o regime republicano, rompendo os vínculos
com a coroa britânica mas mantendo-se, entretanto, integrado à organização
britânica. Siaka Stevens assumiu o cargo de primeiro-ministro. Tornou-se, assim,
o primeiro dirigente oposicionista africano a chegar ao poder por meio de
eleições.
Nas eleições de 1973, o único partido que se apresentou foi o Congresso de
Todo o Povo. Com a promulgação de uma nova Constituição, em junho de
1978, institucionalizou-se o sistema de partido único, que permitiu a Stevens,
presidente e primeiro-ministro, manter-se no poder até 1986. Quando desistiu
de candidatar-se à reeleição, criaram-se as condições para que a oposição
crescesse.
Em 1985 Stevens, com oitenta anos de idade, renunciou e foi sucedido pelo
general Joseph Momoh. Um plebiscito marcou, em 1990, a redemocratização
do país. No começo de 1991, grupos dissidentes assumiram o controle de
várias cidades, com ajuda militar da Guiné e da Nigéria. Pouco depois, foi
aprovada uma Constituição que, entre outras conquistas democráticas,
decretava a liberdade partidária. O processo de abertura, entretanto, foi
interrompido em 1992 por um novo golpe, quando o capitão Valentine Strasser
assumiu o poder. Uma rebelião explode na fronteira da Libéria, no Leste do
país. Pressionado pelo Reino Unido, que em 1993 suspendeu a ajuda
econômica ao país, o governo prometeu convocar eleições diretas em 1996.
4. Ahmed Tejan Kabbah.
Em 1996, o presidente Valentine Strasser foi deposto por um golpe militar,
assumindo o governo o brigadeiro Lulius Maada Bio. As urnas levaram à
presidência Ahmed Tejan Kabbah, do Partido do Povo de Serra Leoa, que
governara com Margai entre 1961 e 1967. Mas, as atividades de grupos
guerrilheiros, como a Frente Revolucionária Unida, mantiveram o estado de
guerra interna que levou ao golpe de Estado do major Paul Koroma, que depôs
o presidente Kabbah em maio de 1997. Uma intervenção dos vizinhos Guiné e
Nigéria, que chegaram a bombardear Freetown em junho desse ano, fracassou
na tentativa de devolver o poder a Kabbah, enquanto Koroma endurecia sua
posição suspendendo a Constituição e proibindo os partidos políticos. O país foi
considerado pela ONU, em 1997, o menos desenvolvido do mundo, apesar das
suas riquezas naturais.
Em 1998, A. T. Kabbah foi reconduzido ao cargo, mas os conflitos entre
rebeldes e forças governamentais prosseguiram. Em 2002 firmou-se um acordo
de paz com os rebeldes e Kabbah foi reeleito presidente.
A Serra Leoa é também conhecida pela infelicidade de possuir inúmeras minas
de diamantes, que foram responsáveis por inúmeras mortes e revoluções que
quase levaram o país ao extremínio. Hoje em dia muitas marcas ficaram, e
mesmo após o afirmarem o fim do tráfico de diamantes, ainda hoje é possível
encontrarem-se minas abertas onde ainda se escravizam centanas de pessoas
(incluindo crianças).
Política de Serra Leoa
A política da Serra Leoa é caracterizada por:
Forma de governo: República presidencialista.
Divisão administrativa: 4 regiões subdivididas em 12 distritos.
Principais partidos: do Povo de Serra Leoa (SLPP), Nacional Unido do Povo
(UNPP), Democrata do Povo (PDP).
5. Legislativo: unicameral - Parlamento, com 80 membros eleitos por voto direto
para mandato de 5 anos.
Constituição em vigor: 1991.
Este artigo é parte da série:
Política e governo da
Serra Leoa.
· Presidente
· Ernest Bai Koroma
· Vice-presidente
· Sam-Samuel Sumana
· Gabinete
· Parlamento
· Membros do Parlamento
· Partidos políticos
· Eleições: 2002, 2007
· Subdivisões
· Províncias
· Distritos
· Chefias
· Relações Exteriores
Economia de Serra Leoa
Serra Leoa é um dos países mais pobres do mundo, com imensa desigualdade
na distribuição de renda. Apesar de ser rica em minerais, como diamante, ferro,
platina, rutilo e bauxita, a infraestrutura física e social não é bem
desenvolvida, e distúrbios sociais continuam a impedir o desenvolvimento. As
atividades extrativistas são gerenciadas em grande parte por sociedades
estrangeiras. As indústrias compreendem instalações para a transformação dos
produtos agrícolas, florestais, e diamantes. A extração aluvial de diamantes é
a principal fonte de renda do país, e responde por praticamente metade das
6. exportações.
A mortalidade infantil do país é a segunda pior do mundo: 154,43 em cada
1000 crianças morrem antes de completar um ano (dados de 2009) .
Agricultura.
Produto. Toneladas.
Mandioca 69.666
Arroz 1.991
Frutos cítricos 800
Óleo de palmeira 356
Batata doce 281
Cana-de-açúcar 210
Café 153
Amendoim 147
Tomate 120
Cacau 109
Milho 89
Sorgo 81
Manga 65
Piaçaba 50
Alpiste 36
Coco 25
Sésamo 19
Ervilha seca 10
7. Economia da
Serra Leoa.
Mineração de diamantes em Serra Leoa.
Moeda leone
Blocos
comerciais
OMC, União Africana
Estatísticas
PIB 8 376 milhões (2012) (154º lugar)
Variação do PIB 21,3% (2012)
PIB per capita 1400 (2012)
PIB por setor agricultura 43,2%, indústria 37,4%, comércio e serviços 19,3%
(2012)
Inflação (IPC) 12,6% (2012)
População
70,2% (2004)
abaixo da linha
de pobreza
Coeficiente de
Gini
0,629 (1989)
Força de
trabalho total
2 207 000 (2007)
Força de
trabalho
por ocupação
N/D
Desemprego N/D
8. Principais
indústrias
extração de diamante, indústria leve (bebidas, têxteis, cigarro,
calçados), refino de petróleo, reparo de navios comerciais
Exterior
Exportações 1 168 milhões (2012)
Produtos
exportados
diamantes, rutilo, cacau, café, peixe
Principais
parceiros de
exportação
Bélgica 28,8%, Roménia 12,5%, Países Baixos 9,2%, República
Popular da China 7,3%, EUA 6,9%, Turquia 6%, Reino Unido
5,8% (2011)
Importações 1 675 milhões (2012)
Produtos
importados
alimentos, máquinas e equipamentos, combustíveis, produtos
químicos
Principais
parceiros de
importação
República Popular da China 16%, África do Sul 11,1%, EUA
7,3%, Reino Unido 7,1%, Índia 5,7%, Malásia 4,3% (2011)
Dívida externa
bruta
827,6 milhões (2012)
Finanças
públicas
Receitas 527,5 milhões (2012)
Despesas 685,7 milhões (2012)
Saúde em Serra Leoa
A sáude é de responsabilidade do poder público. Desde abril de 2010, o
governo instituiu a Iniciativa Unidade Livre de Saúde, que se compromete a
fornecer serviços gratuitos para mulheres grávidas e lactantes, além de crianças
menores de 5 anos. Esta política tem sido apoiada pelo Reino Unido e é
reconhecido como um movimento progressivo que outros países africanos
poderão seguir. A expectativa de vida ao nascer é estimada em 56,55 anos em
2012, fazendo do país a 196ª nação no quesito expectativa de vida. As
estimativas para a mortalidade infantil em Serra Leoa estão entre as mais altas
do mundo: Para cada 1.000 nascidos vivos, cerca de 77 crianças não
sobrevivem. Assim, o país ocupa a 12ª posição entre as nações com maiores
índices de mortalidade infantil, lista essa que é liderada pelo Afeganistão
9. (121,63), Níger (109,98) e Mali (109,08). Entre os países da África
Ocidental, o país é o 6º com maior taxa de mortalidade infantil.
Taxas de mortalidade materna também estão entre as mais altas do mundo,
com 2.000 mortes por 100.000 nascidos vivos. O país sofre de surtos
epidêmicos de doenças como febre amarela, cólera, febre de Lassa e meningite.
A prevalência de HIV/AIDS na população é de 1,6%, superior à média mundial
de 1%, mas inferior à média de 6,1 % na África Subsaariana.
Doença Ebola chega a Serra Leoa.
Surto da Doença Ebola em Serra Leoa. O Ebola surgiu na África Central, há 20
anos. O vírus causa febre e hemorragia interna e é transmitido quando há
contato com fluidos corporais de pacientes infectados. O governo de Serra Leoa,
com a ajuda de agências humanitárias, está fazendo o que pode para isolar
pessoas contaminadas. Mas, no final da semana passada, famílias de vários
pacientes internados em uma clínica em uma zona rural invadiram o local e os
removeram à força.
O correspondente da BBC Mark Doyle diz que muitas famílias querem que seus
parentes sejam tratados por curandeiros africanos tradicionais, o que estaria
ajudando a espalhar a doença. Essa Doença é incurável e altamente
contagiosa.
Serra Leoa impõe confinamento para tentar conter ebola,
população terá de ficar em casa por quatro dias seguidos no País.
10. A Serra Leoa determinou um confinamento de quatro dias para toda sua
população, como tentativa de conter o surto do vírus ebola no país, que é um
dos mais afetados pela epidemia na África. A imprensa internacional, citando
fontes do governo, publicou neste sábado (6) que a população deverá
permanecer em casa entre os dias 18 e 21 de setembro.
Aproximadamente 20 mil pessoas, entre policiais e soldados, estão sendo
recrutadas para ajudar o governo nessa medida. Mas ainda não se sabe se o
confinamento ajudará a conter o surto e se a população colaborará para seu
sucesso.
Desde o mês de março, quase quatro mil pessoas foram infectadas com o vírus
ebola na África. Em um balanço recente, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) divulgou que a doença já provocou mais de duas mil mortes. A Libéria
continua sendo o país mais afetado, com 1.089 mortes.
Outras 517 pessoas morreram na Guiné e 491, em Serra Leoa. Já a Nigéria,
que não figurava nas estatísticas oficiais, registrou 22 casos com oito mortes.
OMS faz apelo mundial por vacina contra ebola
Na sexta-feira (5), a OMS também anunciou que houve um acordo para o uso
de medicamentos a base de sangue e de soro de pacientes que sobreviveram
ao ebola. O método nunca foi experimentado em um grupo maior de pessoas,
mas já foi utilizado para combater outras epidemias, como o tétano.
11. Educação em Serra Leoa
A educação em Serra Leoa é legalmente obrigatória para todas as crianças a
partir dos três anos de idade, no nível primário, e de seis anos de idade no
ensino secundário geral. Entretanto, a falta de escolas e professores no país
tem resultado numa educação desigual. O analfabetismo atinge
aproximadamente dois terços da população adulta do país. Durante a guerra
civil que desolou o país, 1.270 escolas primárias foram destruídas, o que
resultou em 67% de crianças em idade escolar vivendo fora das instituições de
ensino. Desde então, a educação tem atingido resultados consideráveis nos
últimos anos, com a duplicação das matrículas nas escolas primárias entre 2001
e 2005, e a reconstrução de muitas escolas, desde o fim da guerra. Os
estudantes de escolas primárias possuem geralmente, idades entre 6 a 12
anos, e nas escolas secundárias, a idade escolar varia entre 13 a 18 anos. A
educação primária é gratuita e obrigatória, sendo oferecida em escolas
públicas.
Em Serra Leoa, há três universidades: Fourah Bay College, fundada em 1827 (a
mais antiga universidade na África Ocidental), a Universidade de Makeni
(estabelecida inicialmente em setembro de 2005, e o Instituto de Fátima, que
recebeu o estatuto de universidade em agosto de 2009, e assumiu o nome de
University Makeni, ou Unimak). Há ainda, a Universidade Njala, localizada no
distrito de Bo, estabelecida como Estação Agrícola Experimental em 1910 e
tornando-se uma universidade em 2005. Faculdades de formação de
professores e seminários religiosos são encontrados em muitas partes do país.
A Educação é a principal ferramenta de uma mudança em qualquer sociedade.
Um povo educado, é consequentemente um povo Próspero & Feliz!
A educação é o Caminho para o Sucesso. :-)
12. Cultura em Serra Leoa
Os Mendes, Temnes e outros grupos têm um sistema de sociedades secretas
que encarregou-se através dos séculos de transmitir a cultura das diferentes
tribos. Estas são inculcadas aos membros de cada grupo desde a infância. Por
este secretismo a maioria das atividades culturais estão vedadas ao estranho.
A língua oficial da Serra Leoa é o inglês, mas a lingua franca de língua krio ,
materna para os Crioulos da Serra Leoa mas falada por 98% da população.
DADOS CULTURAIS E SOCIAIS:
Composição da População: mendes (34,6%), temmes (31,7%), limbas (8,4%), conos
(5,2%), bulones (3,7%), peules (3,7%), corancos (3,5%), ialuncas (3,5%), quisis
(2,3%), outros (3,4%).
Idioma: inglês (oficial), crioulo, mende, temme e limba.
Religiões principais: islamismo (cerca de 46 %) e crenças tradicionais (cerca de 40%)
- IDH: 0,365 - baixo (2007)
A Serra Leoa é um pais muito mestiço, conta com uma cultura muito diversa. É um
pais onde irá encontrar numerosos costumes e tradições...
Os grupos locais são culturalmente muito interessantes, com as suas danças e as suas
músicas tradicionais. É um pais com uma grande tradição onde os seus habitantes são
bastante amáveis.
Religião de Serra Leoa
13. A religião muçulmana é a predominante no país, que é classificado como um dos mais
tolerantes no mundo, no quesito religioso. A população serra-leonesa compreende
cerca de 16 grupos étnicos, cada um com sua própria língua e dialetos. Os dois
maiores e mais influentes são os Temnes e os Mendes. Embora o idioma inglês seja o
oficial do país e o principal usado na educação e na administração do governo, a
linguagem Krio (derivado do inglês e de várias línguas africanas tribais) é a principal
língua de comunicação entre os diferentes grupos étnicos de Serra Leoa, sendo falado
por cerca de 90% dos habitantes do país.
Em 1462, a área do atual território de Serra Leoa foi visitado pelo explorador
português Pedro de Sintra, que a nomeou Serra Leoa. O país tornou-se um importante
centro do comércio transatlântico de escravos até 11 de março de 1792, quando
Freetown foi fundada pela Companhia de Serra Leoa, como forma de servir como um
lar para ex-escravos do Império Britânico. Em 1808, tornou-se uma Freetown
britânica Crown Colony, e em 1896, o interior do país tornou-se um protectorado
britânico. Entre 1991 e 2002, ocorreu a Guerra Civil de Serra Leoa, que devastou o
país e resultou na morte de aproximadamente 50.000 mil pessoas. Grande parte da
infraestrutura do país foi destruída, e mais de dois milhões de pessoas deslocadas em
países vizinhos como refugiados; principalmente para a Guiné, que recebeu mais de
600 000 refugiados serra-leoneses
Ao contrário de outros países africanos, os conflitos religiosos e étnicos em Serra Leoa
são muito raros, devido a relação geralmente amigável entre as religiões na sociedade
serra leonesa, que contribuiu para a liberdade religiosa. A constituição do país garante
a liberdade democrática na fé, em particular, o governo defende a disposição, e reage
fortemente à natureza religiosa de abusos discriminatórios.
Não há dados confiáveis sobre o número exato dos que praticam grandes religiões no
país. No entanto, a maioria das fontes estimam que a população é de 60% de
muçulmanos, 30% cristã, e 10% dos praticantes de religiões tradicionais indígenas e
tribais. Não há informações sobre o número de ateus no país. Existem ainda muitas
práticas sincretistas, com até 20% da população praticante, uma mistura de islamismo
com as religiões tradicionais indígenas e o cristianismo.
Historicamente, grande parte dos muçulmanos de Serra Leoa concentram-se nas áreas
ao norte do país, e os cristãos, em grande parte, localizados ao sul. O casamento inter-religioso
é comum. No entanto, a guerra civil de onze anos, que foi oficialmente
declarada encerrada em janeiro de 2002, resultou em movimento por grandes
segmentos da população.
A crença no Cristianismo começou a ser difundida no século XVI, quando os
primeiros missionários católicos chegaram à costa oeste da África. Há ainda, uma
considerável comunidade hinduísta. A maior comunidade hindu vive em Freetown.
O Governo não possui requisitos para o reconhecimento, registro ou regulação de
grupos religiosos e permite a instrução religiosa nas escolas públicas. Os estudantes
podem optar por participar de classes de orientação muçulmana ou cristã. O Conselho
Inter-Religioso de Serra Leoa (IRC), composto por líderes cristãos e muçulmanos,
desempenha um papel importante na sociedade civil e é responsável em promover o
processo de tolerância religiosa no país.
14. Professora: Vania
Alunas: Marcela D. Rodrigues Campos
& Roberta Karolayne Valentim do Nascimento
Turma: 804