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Rio de Janeiro, 13 de Setembro de 2014 
História da Serra Leoa 
Mapa de Serra Leoa de 1732. 
Isoladahporraakkcle a região em que se localiza Serra Leoa permaneceu 
afastada da influência dos grandes impérios que se estabeleceram no alto 
Níger por volta do ano 1000. Os povos que a habitavam encontravam-se então 
divididos em pequenos Estados independentes. Por volta do século XV, 
migrações de etnias sudanesas deslocaram para ilhas e zonas florestais os 
povos autóctones, entre os quais os bulons, fixados na região desde tempos 
imemoriais. 
O português Pedro de Sintra descobriu as costas do país, que fazia parte do 
reino dos Sapes, em 1460. O nome do país foi dado pelo explorador luso, que 
chamou Serra Leoa a um monte e a toda a costa por ele descoberta. O nome 
deriva da semelhança que a serra tinha com uma leoa ao ser avistada ao longe 
do mar. Para além disso, o trovejar na época das chuvas assemelhava-se ao 
rugido do animal. 
A presença européia no território data de 1462, quando os portugueses 
exploraram o litoral e fundaram as primeiras feitorias. Ainda hoje persistem 
edifícios construídos pelos portugueses. No século XVI, guerreiros mandingas, 
de origem mandé, vindos do interior, invadiram a região e forneceram escravos 
aos negreiros europeus. Em pouco tempo a área se tornou objeto de acirrada 
disputa comercial entre os traficantes de escravos portugueses, franceses, 
ingleses, holandeses, dinamarqueses e prussianos.
Ilustração de 1856 da cidade de Freetown, para onde foram levados os 
primeiros escravos libertos da Nova Inglaterra e das Antilhas. 
No século XVII, os comerciantes ingleses expulsaram os portugueses e em 
1787, após campanha antiescravagista, uma organização abolicionista britânica 
fundou o núcleo que se tornaria a cidade de Freetown, para onde trasladou 
várias centenas de escravos libertos na Nova Inglaterra (EUA) e Antilhas que 
haviam buscado refúgio na Grã-Bretanha. A Companhia de Serra Leoa foi criada 
em 1791 com a finalidade de governar a colônia, tarefa que desempenhou até 
1808. O porto local oferecia grande segurança e quando o Parlamento de 
Londres declarou ilegal o tráfico de escravos, em 1807, o governo britânico ali 
instalou uma base naval para o lançamento de operações contra as atividades 
dos traficantes. 
Em 1808 a região da península de Serra Leoa converteu-se em colônia britânica 
e a população passou a registrar significativo crescimento, em conseqüência da 
chegada dos carregamentos de escravos apreendidos pelos navios de guerra 
britânicos. Em 1896, depois de vencer a resistência armada das tribos do 
interior, a Grã-Bretanha proclamou o protetorado sobre as demais regiões do 
território, distinto da colônia, e as fronteiras com a Libéria e a Guiné são 
fixadas. Em 1924, o país recebe uma Constituição, substituída por outra de 
1947. Em 1951, a Constituição converteu Serra Leoa em Estado unitário. 
Colônia e protetorado foram unificados em 1960.
Efigie de Sir Milton Margai em uma moeda. 
Em 1961, dentro do processo de descolonização, a independência foi 
conquistada e o país passou a integrar a Comunidade Britânica de Nações 
(Commonwealth). A Constituição garantia o direito de voto para as mulheres. 
No entanto, o governo ficou nas mãos de uma oligarquia dirigida por Sir Milton 
Margai, apoiado pelos ingleses. 
Em 1967, depois da realização de eleições em que o vencedor foi Syaka 
Stevens, líder do Congresso de Todo o Povo (All People's Congress - APC), o 
governo eleito foi deposto e o Exército deu um Golpe de Estado, criando o 
Conselho Nacional para a Reforma. Em 1968, ocorreu uma nova revolta militar, 
depois da qual foi restaurado o governo civil. Em 19 de abril de 1971, durante 
as comemorações pelo décimo aniversário da independência, Stevens, 
fortalecido promulga uma nova Constituição. O país, após 10 anos de 
instabilidade política, adotou então o regime republicano, rompendo os vínculos 
com a coroa britânica mas mantendo-se, entretanto, integrado à organização 
britânica. Siaka Stevens assumiu o cargo de primeiro-ministro. Tornou-se, assim, 
o primeiro dirigente oposicionista africano a chegar ao poder por meio de 
eleições. 
Nas eleições de 1973, o único partido que se apresentou foi o Congresso de 
Todo o Povo. Com a promulgação de uma nova Constituição, em junho de 
1978, institucionalizou-se o sistema de partido único, que permitiu a Stevens, 
presidente e primeiro-ministro, manter-se no poder até 1986. Quando desistiu 
de candidatar-se à reeleição, criaram-se as condições para que a oposição 
crescesse. 
Em 1985 Stevens, com oitenta anos de idade, renunciou e foi sucedido pelo 
general Joseph Momoh. Um plebiscito marcou, em 1990, a redemocratização 
do país. No começo de 1991, grupos dissidentes assumiram o controle de 
várias cidades, com ajuda militar da Guiné e da Nigéria. Pouco depois, foi 
aprovada uma Constituição que, entre outras conquistas democráticas, 
decretava a liberdade partidária. O processo de abertura, entretanto, foi 
interrompido em 1992 por um novo golpe, quando o capitão Valentine Strasser 
assumiu o poder. Uma rebelião explode na fronteira da Libéria, no Leste do 
país. Pressionado pelo Reino Unido, que em 1993 suspendeu a ajuda 
econômica ao país, o governo prometeu convocar eleições diretas em 1996.
Ahmed Tejan Kabbah. 
Em 1996, o presidente Valentine Strasser foi deposto por um golpe militar, 
assumindo o governo o brigadeiro Lulius Maada Bio. As urnas levaram à 
presidência Ahmed Tejan Kabbah, do Partido do Povo de Serra Leoa, que 
governara com Margai entre 1961 e 1967. Mas, as atividades de grupos 
guerrilheiros, como a Frente Revolucionária Unida, mantiveram o estado de 
guerra interna que levou ao golpe de Estado do major Paul Koroma, que depôs 
o presidente Kabbah em maio de 1997. Uma intervenção dos vizinhos Guiné e 
Nigéria, que chegaram a bombardear Freetown em junho desse ano, fracassou 
na tentativa de devolver o poder a Kabbah, enquanto Koroma endurecia sua 
posição suspendendo a Constituição e proibindo os partidos políticos. O país foi 
considerado pela ONU, em 1997, o menos desenvolvido do mundo, apesar das 
suas riquezas naturais. 
Em 1998, A. T. Kabbah foi reconduzido ao cargo, mas os conflitos entre 
rebeldes e forças governamentais prosseguiram. Em 2002 firmou-se um acordo 
de paz com os rebeldes e Kabbah foi reeleito presidente. 
A Serra Leoa é também conhecida pela infelicidade de possuir inúmeras minas 
de diamantes, que foram responsáveis por inúmeras mortes e revoluções que 
quase levaram o país ao extremínio. Hoje em dia muitas marcas ficaram, e 
mesmo após o afirmarem o fim do tráfico de diamantes, ainda hoje é possível 
encontrarem-se minas abertas onde ainda se escravizam centanas de pessoas 
(incluindo crianças). 
Política de Serra Leoa 
A política da Serra Leoa é caracterizada por: 
Forma de governo: República presidencialista. 
Divisão administrativa: 4 regiões subdivididas em 12 distritos. 
Principais partidos: do Povo de Serra Leoa (SLPP), Nacional Unido do Povo 
(UNPP), Democrata do Povo (PDP).
Legislativo: unicameral - Parlamento, com 80 membros eleitos por voto direto 
para mandato de 5 anos. 
Constituição em vigor: 1991. 
Este artigo é parte da série: 
Política e governo da 
Serra Leoa. 
· Presidente 
· Ernest Bai Koroma 
· Vice-presidente 
· Sam-Samuel Sumana 
· Gabinete 
· Parlamento 
· Membros do Parlamento 
· Partidos políticos 
· Eleições: 2002, 2007 
· Subdivisões 
· Províncias 
· Distritos 
· Chefias 
· Relações Exteriores 
Economia de Serra Leoa 
Serra Leoa é um dos países mais pobres do mundo, com imensa desigualdade 
na distribuição de renda. Apesar de ser rica em minerais, como diamante, ferro, 
platina, rutilo e bauxita, a infraestrutura física e social não é bem 
desenvolvida, e distúrbios sociais continuam a impedir o desenvolvimento. As 
atividades extrativistas são gerenciadas em grande parte por sociedades 
estrangeiras. As indústrias compreendem instalações para a transformação dos 
produtos agrícolas, florestais, e diamantes. A extração aluvial de diamantes é 
a principal fonte de renda do país, e responde por praticamente metade das
exportações. 
A mortalidade infantil do país é a segunda pior do mundo: 154,43 em cada 
1000 crianças morrem antes de completar um ano (dados de 2009) . 
Agricultura. 
Produto. Toneladas. 
Mandioca 69.666 
Arroz 1.991 
Frutos cítricos 800 
Óleo de palmeira 356 
Batata doce 281 
Cana-de-açúcar 210 
Café 153 
Amendoim 147 
Tomate 120 
Cacau 109 
Milho 89 
Sorgo 81 
Manga 65 
Piaçaba 50 
Alpiste 36 
Coco 25 
Sésamo 19 
Ervilha seca 10
Economia da 
Serra Leoa. 
Mineração de diamantes em Serra Leoa. 
Moeda leone 
Blocos 
comerciais 
OMC, União Africana 
Estatísticas 
PIB 8 376 milhões (2012) (154º lugar) 
Variação do PIB 21,3% (2012) 
PIB per capita 1400 (2012) 
PIB por setor agricultura 43,2%, indústria 37,4%, comércio e serviços 19,3% 
(2012) 
Inflação (IPC) 12,6% (2012) 
População 
70,2% (2004) 
abaixo da linha 
de pobreza 
Coeficiente de 
Gini 
0,629 (1989) 
Força de 
trabalho total 
2 207 000 (2007) 
Força de 
trabalho 
por ocupação 
N/D 
Desemprego N/D
Principais 
indústrias 
extração de diamante, indústria leve (bebidas, têxteis, cigarro, 
calçados), refino de petróleo, reparo de navios comerciais 
Exterior 
Exportações 1 168 milhões (2012) 
Produtos 
exportados 
diamantes, rutilo, cacau, café, peixe 
Principais 
parceiros de 
exportação 
Bélgica 28,8%, Roménia 12,5%, Países Baixos 9,2%, República 
Popular da China 7,3%, EUA 6,9%, Turquia 6%, Reino Unido 
5,8% (2011) 
Importações 1 675 milhões (2012) 
Produtos 
importados 
alimentos, máquinas e equipamentos, combustíveis, produtos 
químicos 
Principais 
parceiros de 
importação 
República Popular da China 16%, África do Sul 11,1%, EUA 
7,3%, Reino Unido 7,1%, Índia 5,7%, Malásia 4,3% (2011) 
Dívida externa 
bruta 
827,6 milhões (2012) 
Finanças 
públicas 
Receitas 527,5 milhões (2012) 
Despesas 685,7 milhões (2012) 
Saúde em Serra Leoa 
A sáude é de responsabilidade do poder público. Desde abril de 2010, o 
governo instituiu a Iniciativa Unidade Livre de Saúde, que se compromete a 
fornecer serviços gratuitos para mulheres grávidas e lactantes, além de crianças 
menores de 5 anos. Esta política tem sido apoiada pelo Reino Unido e é 
reconhecido como um movimento progressivo que outros países africanos 
poderão seguir. A expectativa de vida ao nascer é estimada em 56,55 anos em 
2012, fazendo do país a 196ª nação no quesito expectativa de vida. As 
estimativas para a mortalidade infantil em Serra Leoa estão entre as mais altas 
do mundo: Para cada 1.000 nascidos vivos, cerca de 77 crianças não 
sobrevivem. Assim, o país ocupa a 12ª posição entre as nações com maiores 
índices de mortalidade infantil, lista essa que é liderada pelo Afeganistão
(121,63), Níger (109,98) e Mali (109,08). Entre os países da África 
Ocidental, o país é o 6º com maior taxa de mortalidade infantil. 
Taxas de mortalidade materna também estão entre as mais altas do mundo, 
com 2.000 mortes por 100.000 nascidos vivos. O país sofre de surtos 
epidêmicos de doenças como febre amarela, cólera, febre de Lassa e meningite. 
A prevalência de HIV/AIDS na população é de 1,6%, superior à média mundial 
de 1%, mas inferior à média de 6,1 % na África Subsaariana. 
Doença Ebola chega a Serra Leoa. 
Surto da Doença Ebola em Serra Leoa. O Ebola surgiu na África Central, há 20 
anos. O vírus causa febre e hemorragia interna e é transmitido quando há 
contato com fluidos corporais de pacientes infectados. O governo de Serra Leoa, 
com a ajuda de agências humanitárias, está fazendo o que pode para isolar 
pessoas contaminadas. Mas, no final da semana passada, famílias de vários 
pacientes internados em uma clínica em uma zona rural invadiram o local e os 
removeram à força. 
O correspondente da BBC Mark Doyle diz que muitas famílias querem que seus 
parentes sejam tratados por curandeiros africanos tradicionais, o que estaria 
ajudando a espalhar a doença. Essa Doença é incurável e altamente 
contagiosa. 
Serra Leoa impõe confinamento para tentar conter ebola, 
população terá de ficar em casa por quatro dias seguidos no País.
A Serra Leoa determinou um confinamento de quatro dias para toda sua 
população, como tentativa de conter o surto do vírus ebola no país, que é um 
dos mais afetados pela epidemia na África. A imprensa internacional, citando 
fontes do governo, publicou neste sábado (6) que a população deverá 
permanecer em casa entre os dias 18 e 21 de setembro. 
Aproximadamente 20 mil pessoas, entre policiais e soldados, estão sendo 
recrutadas para ajudar o governo nessa medida. Mas ainda não se sabe se o 
confinamento ajudará a conter o surto e se a população colaborará para seu 
sucesso. 
Desde o mês de março, quase quatro mil pessoas foram infectadas com o vírus 
ebola na África. Em um balanço recente, a Organização Mundial da Saúde 
(OMS) divulgou que a doença já provocou mais de duas mil mortes. A Libéria 
continua sendo o país mais afetado, com 1.089 mortes. 
Outras 517 pessoas morreram na Guiné e 491, em Serra Leoa. Já a Nigéria, 
que não figurava nas estatísticas oficiais, registrou 22 casos com oito mortes. 
OMS faz apelo mundial por vacina contra ebola 
Na sexta-feira (5), a OMS também anunciou que houve um acordo para o uso 
de medicamentos a base de sangue e de soro de pacientes que sobreviveram 
ao ebola. O método nunca foi experimentado em um grupo maior de pessoas, 
mas já foi utilizado para combater outras epidemias, como o tétano.
Educação em Serra Leoa 
A educação em Serra Leoa é legalmente obrigatória para todas as crianças a 
partir dos três anos de idade, no nível primário, e de seis anos de idade no 
ensino secundário geral. Entretanto, a falta de escolas e professores no país 
tem resultado numa educação desigual. O analfabetismo atinge 
aproximadamente dois terços da população adulta do país. Durante a guerra 
civil que desolou o país, 1.270 escolas primárias foram destruídas, o que 
resultou em 67% de crianças em idade escolar vivendo fora das instituições de 
ensino. Desde então, a educação tem atingido resultados consideráveis nos 
últimos anos, com a duplicação das matrículas nas escolas primárias entre 2001 
e 2005, e a reconstrução de muitas escolas, desde o fim da guerra. Os 
estudantes de escolas primárias possuem geralmente, idades entre 6 a 12 
anos, e nas escolas secundárias, a idade escolar varia entre 13 a 18 anos. A 
educação primária é gratuita e obrigatória, sendo oferecida em escolas 
públicas. 
Em Serra Leoa, há três universidades: Fourah Bay College, fundada em 1827 (a 
mais antiga universidade na África Ocidental), a Universidade de Makeni 
(estabelecida inicialmente em setembro de 2005, e o Instituto de Fátima, que 
recebeu o estatuto de universidade em agosto de 2009, e assumiu o nome de 
University Makeni, ou Unimak). Há ainda, a Universidade Njala, localizada no 
distrito de Bo, estabelecida como Estação Agrícola Experimental em 1910 e 
tornando-se uma universidade em 2005. Faculdades de formação de 
professores e seminários religiosos são encontrados em muitas partes do país. 
A Educação é a principal ferramenta de uma mudança em qualquer sociedade. 
Um povo educado, é consequentemente um povo Próspero & Feliz! 
A educação é o Caminho para o Sucesso. :-)
Cultura em Serra Leoa 
Os Mendes, Temnes e outros grupos têm um sistema de sociedades secretas 
que encarregou-se através dos séculos de transmitir a cultura das diferentes 
tribos. Estas são inculcadas aos membros de cada grupo desde a infância. Por 
este secretismo a maioria das atividades culturais estão vedadas ao estranho. 
A língua oficial da Serra Leoa é o inglês, mas a lingua franca de língua krio , 
materna para os Crioulos da Serra Leoa mas falada por 98% da população. 
DADOS CULTURAIS E SOCIAIS: 
Composição da População: mendes (34,6%), temmes (31,7%), limbas (8,4%), conos 
(5,2%), bulones (3,7%), peules (3,7%), corancos (3,5%), ialuncas (3,5%), quisis 
(2,3%), outros (3,4%). 
Idioma: inglês (oficial), crioulo, mende, temme e limba. 
Religiões principais: islamismo (cerca de 46 %) e crenças tradicionais (cerca de 40%) 
- IDH: 0,365 - baixo (2007) 
A Serra Leoa é um pais muito mestiço, conta com uma cultura muito diversa. É um 
pais onde irá encontrar numerosos costumes e tradições... 
Os grupos locais são culturalmente muito interessantes, com as suas danças e as suas 
músicas tradicionais. É um pais com uma grande tradição onde os seus habitantes são 
bastante amáveis. 
Religião de Serra Leoa
A religião muçulmana é a predominante no país, que é classificado como um dos mais 
tolerantes no mundo, no quesito religioso. A população serra-leonesa compreende 
cerca de 16 grupos étnicos, cada um com sua própria língua e dialetos. Os dois 
maiores e mais influentes são os Temnes e os Mendes. Embora o idioma inglês seja o 
oficial do país e o principal usado na educação e na administração do governo, a 
linguagem Krio (derivado do inglês e de várias línguas africanas tribais) é a principal 
língua de comunicação entre os diferentes grupos étnicos de Serra Leoa, sendo falado 
por cerca de 90% dos habitantes do país. 
Em 1462, a área do atual território de Serra Leoa foi visitado pelo explorador 
português Pedro de Sintra, que a nomeou Serra Leoa. O país tornou-se um importante 
centro do comércio transatlântico de escravos até 11 de março de 1792, quando 
Freetown foi fundada pela Companhia de Serra Leoa, como forma de servir como um 
lar para ex-escravos do Império Britânico. Em 1808, tornou-se uma Freetown 
britânica Crown Colony, e em 1896, o interior do país tornou-se um protectorado 
britânico. Entre 1991 e 2002, ocorreu a Guerra Civil de Serra Leoa, que devastou o 
país e resultou na morte de aproximadamente 50.000 mil pessoas. Grande parte da 
infraestrutura do país foi destruída, e mais de dois milhões de pessoas deslocadas em 
países vizinhos como refugiados; principalmente para a Guiné, que recebeu mais de 
600 000 refugiados serra-leoneses 
Ao contrário de outros países africanos, os conflitos religiosos e étnicos em Serra Leoa 
são muito raros, devido a relação geralmente amigável entre as religiões na sociedade 
serra leonesa, que contribuiu para a liberdade religiosa. A constituição do país garante 
a liberdade democrática na fé, em particular, o governo defende a disposição, e reage 
fortemente à natureza religiosa de abusos discriminatórios. 
Não há dados confiáveis sobre o número exato dos que praticam grandes religiões no 
país. No entanto, a maioria das fontes estimam que a população é de 60% de 
muçulmanos, 30% cristã, e 10% dos praticantes de religiões tradicionais indígenas e 
tribais. Não há informações sobre o número de ateus no país. Existem ainda muitas 
práticas sincretistas, com até 20% da população praticante, uma mistura de islamismo 
com as religiões tradicionais indígenas e o cristianismo. 
Historicamente, grande parte dos muçulmanos de Serra Leoa concentram-se nas áreas 
ao norte do país, e os cristãos, em grande parte, localizados ao sul. O casamento inter-religioso 
é comum. No entanto, a guerra civil de onze anos, que foi oficialmente 
declarada encerrada em janeiro de 2002, resultou em movimento por grandes 
segmentos da população. 
A crença no Cristianismo começou a ser difundida no século XVI, quando os 
primeiros missionários católicos chegaram à costa oeste da África. Há ainda, uma 
considerável comunidade hinduísta. A maior comunidade hindu vive em Freetown. 
O Governo não possui requisitos para o reconhecimento, registro ou regulação de 
grupos religiosos e permite a instrução religiosa nas escolas públicas. Os estudantes 
podem optar por participar de classes de orientação muçulmana ou cristã. O Conselho 
Inter-Religioso de Serra Leoa (IRC), composto por líderes cristãos e muçulmanos, 
desempenha um papel importante na sociedade civil e é responsável em promover o 
processo de tolerância religiosa no país.
Professora: Vania 
Alunas: Marcela D. Rodrigues Campos 
& Roberta Karolayne Valentim do Nascimento 
Turma: 804

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Serra Leoa trab. de ciências completo!

  • 1. Rio de Janeiro, 13 de Setembro de 2014 História da Serra Leoa Mapa de Serra Leoa de 1732. Isoladahporraakkcle a região em que se localiza Serra Leoa permaneceu afastada da influência dos grandes impérios que se estabeleceram no alto Níger por volta do ano 1000. Os povos que a habitavam encontravam-se então divididos em pequenos Estados independentes. Por volta do século XV, migrações de etnias sudanesas deslocaram para ilhas e zonas florestais os povos autóctones, entre os quais os bulons, fixados na região desde tempos imemoriais. O português Pedro de Sintra descobriu as costas do país, que fazia parte do reino dos Sapes, em 1460. O nome do país foi dado pelo explorador luso, que chamou Serra Leoa a um monte e a toda a costa por ele descoberta. O nome deriva da semelhança que a serra tinha com uma leoa ao ser avistada ao longe do mar. Para além disso, o trovejar na época das chuvas assemelhava-se ao rugido do animal. A presença européia no território data de 1462, quando os portugueses exploraram o litoral e fundaram as primeiras feitorias. Ainda hoje persistem edifícios construídos pelos portugueses. No século XVI, guerreiros mandingas, de origem mandé, vindos do interior, invadiram a região e forneceram escravos aos negreiros europeus. Em pouco tempo a área se tornou objeto de acirrada disputa comercial entre os traficantes de escravos portugueses, franceses, ingleses, holandeses, dinamarqueses e prussianos.
  • 2. Ilustração de 1856 da cidade de Freetown, para onde foram levados os primeiros escravos libertos da Nova Inglaterra e das Antilhas. No século XVII, os comerciantes ingleses expulsaram os portugueses e em 1787, após campanha antiescravagista, uma organização abolicionista britânica fundou o núcleo que se tornaria a cidade de Freetown, para onde trasladou várias centenas de escravos libertos na Nova Inglaterra (EUA) e Antilhas que haviam buscado refúgio na Grã-Bretanha. A Companhia de Serra Leoa foi criada em 1791 com a finalidade de governar a colônia, tarefa que desempenhou até 1808. O porto local oferecia grande segurança e quando o Parlamento de Londres declarou ilegal o tráfico de escravos, em 1807, o governo britânico ali instalou uma base naval para o lançamento de operações contra as atividades dos traficantes. Em 1808 a região da península de Serra Leoa converteu-se em colônia britânica e a população passou a registrar significativo crescimento, em conseqüência da chegada dos carregamentos de escravos apreendidos pelos navios de guerra britânicos. Em 1896, depois de vencer a resistência armada das tribos do interior, a Grã-Bretanha proclamou o protetorado sobre as demais regiões do território, distinto da colônia, e as fronteiras com a Libéria e a Guiné são fixadas. Em 1924, o país recebe uma Constituição, substituída por outra de 1947. Em 1951, a Constituição converteu Serra Leoa em Estado unitário. Colônia e protetorado foram unificados em 1960.
  • 3. Efigie de Sir Milton Margai em uma moeda. Em 1961, dentro do processo de descolonização, a independência foi conquistada e o país passou a integrar a Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth). A Constituição garantia o direito de voto para as mulheres. No entanto, o governo ficou nas mãos de uma oligarquia dirigida por Sir Milton Margai, apoiado pelos ingleses. Em 1967, depois da realização de eleições em que o vencedor foi Syaka Stevens, líder do Congresso de Todo o Povo (All People's Congress - APC), o governo eleito foi deposto e o Exército deu um Golpe de Estado, criando o Conselho Nacional para a Reforma. Em 1968, ocorreu uma nova revolta militar, depois da qual foi restaurado o governo civil. Em 19 de abril de 1971, durante as comemorações pelo décimo aniversário da independência, Stevens, fortalecido promulga uma nova Constituição. O país, após 10 anos de instabilidade política, adotou então o regime republicano, rompendo os vínculos com a coroa britânica mas mantendo-se, entretanto, integrado à organização britânica. Siaka Stevens assumiu o cargo de primeiro-ministro. Tornou-se, assim, o primeiro dirigente oposicionista africano a chegar ao poder por meio de eleições. Nas eleições de 1973, o único partido que se apresentou foi o Congresso de Todo o Povo. Com a promulgação de uma nova Constituição, em junho de 1978, institucionalizou-se o sistema de partido único, que permitiu a Stevens, presidente e primeiro-ministro, manter-se no poder até 1986. Quando desistiu de candidatar-se à reeleição, criaram-se as condições para que a oposição crescesse. Em 1985 Stevens, com oitenta anos de idade, renunciou e foi sucedido pelo general Joseph Momoh. Um plebiscito marcou, em 1990, a redemocratização do país. No começo de 1991, grupos dissidentes assumiram o controle de várias cidades, com ajuda militar da Guiné e da Nigéria. Pouco depois, foi aprovada uma Constituição que, entre outras conquistas democráticas, decretava a liberdade partidária. O processo de abertura, entretanto, foi interrompido em 1992 por um novo golpe, quando o capitão Valentine Strasser assumiu o poder. Uma rebelião explode na fronteira da Libéria, no Leste do país. Pressionado pelo Reino Unido, que em 1993 suspendeu a ajuda econômica ao país, o governo prometeu convocar eleições diretas em 1996.
  • 4. Ahmed Tejan Kabbah. Em 1996, o presidente Valentine Strasser foi deposto por um golpe militar, assumindo o governo o brigadeiro Lulius Maada Bio. As urnas levaram à presidência Ahmed Tejan Kabbah, do Partido do Povo de Serra Leoa, que governara com Margai entre 1961 e 1967. Mas, as atividades de grupos guerrilheiros, como a Frente Revolucionária Unida, mantiveram o estado de guerra interna que levou ao golpe de Estado do major Paul Koroma, que depôs o presidente Kabbah em maio de 1997. Uma intervenção dos vizinhos Guiné e Nigéria, que chegaram a bombardear Freetown em junho desse ano, fracassou na tentativa de devolver o poder a Kabbah, enquanto Koroma endurecia sua posição suspendendo a Constituição e proibindo os partidos políticos. O país foi considerado pela ONU, em 1997, o menos desenvolvido do mundo, apesar das suas riquezas naturais. Em 1998, A. T. Kabbah foi reconduzido ao cargo, mas os conflitos entre rebeldes e forças governamentais prosseguiram. Em 2002 firmou-se um acordo de paz com os rebeldes e Kabbah foi reeleito presidente. A Serra Leoa é também conhecida pela infelicidade de possuir inúmeras minas de diamantes, que foram responsáveis por inúmeras mortes e revoluções que quase levaram o país ao extremínio. Hoje em dia muitas marcas ficaram, e mesmo após o afirmarem o fim do tráfico de diamantes, ainda hoje é possível encontrarem-se minas abertas onde ainda se escravizam centanas de pessoas (incluindo crianças). Política de Serra Leoa A política da Serra Leoa é caracterizada por: Forma de governo: República presidencialista. Divisão administrativa: 4 regiões subdivididas em 12 distritos. Principais partidos: do Povo de Serra Leoa (SLPP), Nacional Unido do Povo (UNPP), Democrata do Povo (PDP).
  • 5. Legislativo: unicameral - Parlamento, com 80 membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos. Constituição em vigor: 1991. Este artigo é parte da série: Política e governo da Serra Leoa. · Presidente · Ernest Bai Koroma · Vice-presidente · Sam-Samuel Sumana · Gabinete · Parlamento · Membros do Parlamento · Partidos políticos · Eleições: 2002, 2007 · Subdivisões · Províncias · Distritos · Chefias · Relações Exteriores Economia de Serra Leoa Serra Leoa é um dos países mais pobres do mundo, com imensa desigualdade na distribuição de renda. Apesar de ser rica em minerais, como diamante, ferro, platina, rutilo e bauxita, a infraestrutura física e social não é bem desenvolvida, e distúrbios sociais continuam a impedir o desenvolvimento. As atividades extrativistas são gerenciadas em grande parte por sociedades estrangeiras. As indústrias compreendem instalações para a transformação dos produtos agrícolas, florestais, e diamantes. A extração aluvial de diamantes é a principal fonte de renda do país, e responde por praticamente metade das
  • 6. exportações. A mortalidade infantil do país é a segunda pior do mundo: 154,43 em cada 1000 crianças morrem antes de completar um ano (dados de 2009) . Agricultura. Produto. Toneladas. Mandioca 69.666 Arroz 1.991 Frutos cítricos 800 Óleo de palmeira 356 Batata doce 281 Cana-de-açúcar 210 Café 153 Amendoim 147 Tomate 120 Cacau 109 Milho 89 Sorgo 81 Manga 65 Piaçaba 50 Alpiste 36 Coco 25 Sésamo 19 Ervilha seca 10
  • 7. Economia da Serra Leoa. Mineração de diamantes em Serra Leoa. Moeda leone Blocos comerciais OMC, União Africana Estatísticas PIB 8 376 milhões (2012) (154º lugar) Variação do PIB 21,3% (2012) PIB per capita 1400 (2012) PIB por setor agricultura 43,2%, indústria 37,4%, comércio e serviços 19,3% (2012) Inflação (IPC) 12,6% (2012) População 70,2% (2004) abaixo da linha de pobreza Coeficiente de Gini 0,629 (1989) Força de trabalho total 2 207 000 (2007) Força de trabalho por ocupação N/D Desemprego N/D
  • 8. Principais indústrias extração de diamante, indústria leve (bebidas, têxteis, cigarro, calçados), refino de petróleo, reparo de navios comerciais Exterior Exportações 1 168 milhões (2012) Produtos exportados diamantes, rutilo, cacau, café, peixe Principais parceiros de exportação Bélgica 28,8%, Roménia 12,5%, Países Baixos 9,2%, República Popular da China 7,3%, EUA 6,9%, Turquia 6%, Reino Unido 5,8% (2011) Importações 1 675 milhões (2012) Produtos importados alimentos, máquinas e equipamentos, combustíveis, produtos químicos Principais parceiros de importação República Popular da China 16%, África do Sul 11,1%, EUA 7,3%, Reino Unido 7,1%, Índia 5,7%, Malásia 4,3% (2011) Dívida externa bruta 827,6 milhões (2012) Finanças públicas Receitas 527,5 milhões (2012) Despesas 685,7 milhões (2012) Saúde em Serra Leoa A sáude é de responsabilidade do poder público. Desde abril de 2010, o governo instituiu a Iniciativa Unidade Livre de Saúde, que se compromete a fornecer serviços gratuitos para mulheres grávidas e lactantes, além de crianças menores de 5 anos. Esta política tem sido apoiada pelo Reino Unido e é reconhecido como um movimento progressivo que outros países africanos poderão seguir. A expectativa de vida ao nascer é estimada em 56,55 anos em 2012, fazendo do país a 196ª nação no quesito expectativa de vida. As estimativas para a mortalidade infantil em Serra Leoa estão entre as mais altas do mundo: Para cada 1.000 nascidos vivos, cerca de 77 crianças não sobrevivem. Assim, o país ocupa a 12ª posição entre as nações com maiores índices de mortalidade infantil, lista essa que é liderada pelo Afeganistão
  • 9. (121,63), Níger (109,98) e Mali (109,08). Entre os países da África Ocidental, o país é o 6º com maior taxa de mortalidade infantil. Taxas de mortalidade materna também estão entre as mais altas do mundo, com 2.000 mortes por 100.000 nascidos vivos. O país sofre de surtos epidêmicos de doenças como febre amarela, cólera, febre de Lassa e meningite. A prevalência de HIV/AIDS na população é de 1,6%, superior à média mundial de 1%, mas inferior à média de 6,1 % na África Subsaariana. Doença Ebola chega a Serra Leoa. Surto da Doença Ebola em Serra Leoa. O Ebola surgiu na África Central, há 20 anos. O vírus causa febre e hemorragia interna e é transmitido quando há contato com fluidos corporais de pacientes infectados. O governo de Serra Leoa, com a ajuda de agências humanitárias, está fazendo o que pode para isolar pessoas contaminadas. Mas, no final da semana passada, famílias de vários pacientes internados em uma clínica em uma zona rural invadiram o local e os removeram à força. O correspondente da BBC Mark Doyle diz que muitas famílias querem que seus parentes sejam tratados por curandeiros africanos tradicionais, o que estaria ajudando a espalhar a doença. Essa Doença é incurável e altamente contagiosa. Serra Leoa impõe confinamento para tentar conter ebola, população terá de ficar em casa por quatro dias seguidos no País.
  • 10. A Serra Leoa determinou um confinamento de quatro dias para toda sua população, como tentativa de conter o surto do vírus ebola no país, que é um dos mais afetados pela epidemia na África. A imprensa internacional, citando fontes do governo, publicou neste sábado (6) que a população deverá permanecer em casa entre os dias 18 e 21 de setembro. Aproximadamente 20 mil pessoas, entre policiais e soldados, estão sendo recrutadas para ajudar o governo nessa medida. Mas ainda não se sabe se o confinamento ajudará a conter o surto e se a população colaborará para seu sucesso. Desde o mês de março, quase quatro mil pessoas foram infectadas com o vírus ebola na África. Em um balanço recente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que a doença já provocou mais de duas mil mortes. A Libéria continua sendo o país mais afetado, com 1.089 mortes. Outras 517 pessoas morreram na Guiné e 491, em Serra Leoa. Já a Nigéria, que não figurava nas estatísticas oficiais, registrou 22 casos com oito mortes. OMS faz apelo mundial por vacina contra ebola Na sexta-feira (5), a OMS também anunciou que houve um acordo para o uso de medicamentos a base de sangue e de soro de pacientes que sobreviveram ao ebola. O método nunca foi experimentado em um grupo maior de pessoas, mas já foi utilizado para combater outras epidemias, como o tétano.
  • 11. Educação em Serra Leoa A educação em Serra Leoa é legalmente obrigatória para todas as crianças a partir dos três anos de idade, no nível primário, e de seis anos de idade no ensino secundário geral. Entretanto, a falta de escolas e professores no país tem resultado numa educação desigual. O analfabetismo atinge aproximadamente dois terços da população adulta do país. Durante a guerra civil que desolou o país, 1.270 escolas primárias foram destruídas, o que resultou em 67% de crianças em idade escolar vivendo fora das instituições de ensino. Desde então, a educação tem atingido resultados consideráveis nos últimos anos, com a duplicação das matrículas nas escolas primárias entre 2001 e 2005, e a reconstrução de muitas escolas, desde o fim da guerra. Os estudantes de escolas primárias possuem geralmente, idades entre 6 a 12 anos, e nas escolas secundárias, a idade escolar varia entre 13 a 18 anos. A educação primária é gratuita e obrigatória, sendo oferecida em escolas públicas. Em Serra Leoa, há três universidades: Fourah Bay College, fundada em 1827 (a mais antiga universidade na África Ocidental), a Universidade de Makeni (estabelecida inicialmente em setembro de 2005, e o Instituto de Fátima, que recebeu o estatuto de universidade em agosto de 2009, e assumiu o nome de University Makeni, ou Unimak). Há ainda, a Universidade Njala, localizada no distrito de Bo, estabelecida como Estação Agrícola Experimental em 1910 e tornando-se uma universidade em 2005. Faculdades de formação de professores e seminários religiosos são encontrados em muitas partes do país. A Educação é a principal ferramenta de uma mudança em qualquer sociedade. Um povo educado, é consequentemente um povo Próspero & Feliz! A educação é o Caminho para o Sucesso. :-)
  • 12. Cultura em Serra Leoa Os Mendes, Temnes e outros grupos têm um sistema de sociedades secretas que encarregou-se através dos séculos de transmitir a cultura das diferentes tribos. Estas são inculcadas aos membros de cada grupo desde a infância. Por este secretismo a maioria das atividades culturais estão vedadas ao estranho. A língua oficial da Serra Leoa é o inglês, mas a lingua franca de língua krio , materna para os Crioulos da Serra Leoa mas falada por 98% da população. DADOS CULTURAIS E SOCIAIS: Composição da População: mendes (34,6%), temmes (31,7%), limbas (8,4%), conos (5,2%), bulones (3,7%), peules (3,7%), corancos (3,5%), ialuncas (3,5%), quisis (2,3%), outros (3,4%). Idioma: inglês (oficial), crioulo, mende, temme e limba. Religiões principais: islamismo (cerca de 46 %) e crenças tradicionais (cerca de 40%) - IDH: 0,365 - baixo (2007) A Serra Leoa é um pais muito mestiço, conta com uma cultura muito diversa. É um pais onde irá encontrar numerosos costumes e tradições... Os grupos locais são culturalmente muito interessantes, com as suas danças e as suas músicas tradicionais. É um pais com uma grande tradição onde os seus habitantes são bastante amáveis. Religião de Serra Leoa
  • 13. A religião muçulmana é a predominante no país, que é classificado como um dos mais tolerantes no mundo, no quesito religioso. A população serra-leonesa compreende cerca de 16 grupos étnicos, cada um com sua própria língua e dialetos. Os dois maiores e mais influentes são os Temnes e os Mendes. Embora o idioma inglês seja o oficial do país e o principal usado na educação e na administração do governo, a linguagem Krio (derivado do inglês e de várias línguas africanas tribais) é a principal língua de comunicação entre os diferentes grupos étnicos de Serra Leoa, sendo falado por cerca de 90% dos habitantes do país. Em 1462, a área do atual território de Serra Leoa foi visitado pelo explorador português Pedro de Sintra, que a nomeou Serra Leoa. O país tornou-se um importante centro do comércio transatlântico de escravos até 11 de março de 1792, quando Freetown foi fundada pela Companhia de Serra Leoa, como forma de servir como um lar para ex-escravos do Império Britânico. Em 1808, tornou-se uma Freetown britânica Crown Colony, e em 1896, o interior do país tornou-se um protectorado britânico. Entre 1991 e 2002, ocorreu a Guerra Civil de Serra Leoa, que devastou o país e resultou na morte de aproximadamente 50.000 mil pessoas. Grande parte da infraestrutura do país foi destruída, e mais de dois milhões de pessoas deslocadas em países vizinhos como refugiados; principalmente para a Guiné, que recebeu mais de 600 000 refugiados serra-leoneses Ao contrário de outros países africanos, os conflitos religiosos e étnicos em Serra Leoa são muito raros, devido a relação geralmente amigável entre as religiões na sociedade serra leonesa, que contribuiu para a liberdade religiosa. A constituição do país garante a liberdade democrática na fé, em particular, o governo defende a disposição, e reage fortemente à natureza religiosa de abusos discriminatórios. Não há dados confiáveis sobre o número exato dos que praticam grandes religiões no país. No entanto, a maioria das fontes estimam que a população é de 60% de muçulmanos, 30% cristã, e 10% dos praticantes de religiões tradicionais indígenas e tribais. Não há informações sobre o número de ateus no país. Existem ainda muitas práticas sincretistas, com até 20% da população praticante, uma mistura de islamismo com as religiões tradicionais indígenas e o cristianismo. Historicamente, grande parte dos muçulmanos de Serra Leoa concentram-se nas áreas ao norte do país, e os cristãos, em grande parte, localizados ao sul. O casamento inter-religioso é comum. No entanto, a guerra civil de onze anos, que foi oficialmente declarada encerrada em janeiro de 2002, resultou em movimento por grandes segmentos da população. A crença no Cristianismo começou a ser difundida no século XVI, quando os primeiros missionários católicos chegaram à costa oeste da África. Há ainda, uma considerável comunidade hinduísta. A maior comunidade hindu vive em Freetown. O Governo não possui requisitos para o reconhecimento, registro ou regulação de grupos religiosos e permite a instrução religiosa nas escolas públicas. Os estudantes podem optar por participar de classes de orientação muçulmana ou cristã. O Conselho Inter-Religioso de Serra Leoa (IRC), composto por líderes cristãos e muçulmanos, desempenha um papel importante na sociedade civil e é responsável em promover o processo de tolerância religiosa no país.
  • 14. Professora: Vania Alunas: Marcela D. Rodrigues Campos & Roberta Karolayne Valentim do Nascimento Turma: 804