SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO
Grande é o número de características que marcaram o movimento romântico,
características essas que, centradas sempre na valorização do eu e da liberdade,
vão-se entrelaçando, umas atadas às outras, umas desencadeando outras e
formando um amplo painel de traços reveladores.
Para aqui discuti-las, vamos seguir os aspectos considerados os mais
significativos por Domício Proença Filho em sua análise dos estilos de época na
literatura. 1
[1]
1. Contraste entre os ideais divulgados e a limitação imposta pela realidade
vivida. O universo conhecido se alarga, o Século das Luzes deixa um rastro de
anseios libertários, desloca-se o centro do poder; a dependência social e
econômica, a inconsciência, o desconhecimento estabelecem para a imensa
maioria, no entanto, uma existência marcada por limitações de toda ordem.
2. Imaginação criadora. Num movimento de escapismo, o artista romântico
evade-se para os universos criados em sua imaginação, ambientados no
passado ou no futuro idealizados, em terras distantes envoltas na magia e no
exotismo, nos ideais libertários alimentados nas figuras dos heróis. A fantasia
leva os românticos a criar tanto mundos de beleza que fascinam a
sensibilidade, como universos em que a extrema emoção se realiza no belo
associado ao terrificante (vejam-se as figuras do Drácula, do Frankstein, do
Corcunda de Notre Dame e a ambiência que os rodeia).
3. Subjetivismo. É o mundo pessoal, interior, os sentimentos do autor que se
fazem o espaço central da criação. Com plena liberdade de criar, o artista
romântico não se acanha em expor suas emoções pessoais, em fazer delas a
temática sempre retomada em sua obra.
4. Evasão. O escapismo romântico manifesta-se tanto nos processos de
idealização da realidade circundante como na fuga para mundos imaginários.
Quando acompanhado de desesperança, sucumbe ao chamado da morte,
companheira desejada por muitos e tema recorrente em grande número de
poetas.
5. Senso de mistério. A valorização do mistério, do mágico, do maravilhoso
acompanha a criação romântica. É também esse senso de mistério que leva
grande número de autores românticos a buscar o sobrenatural e o terror.
6. Consciência da solidão. Conseqüência do exacerbado subjetivismo, que dá
ao autor romântico um sentimento de inadequação e o leva a sentir-se
deslocado no mundo real e, muitas vezes, a buscar refúgio no próprio eu.
1
7. Reformismo. Esta característica manifesta-se na participação de autores
românticos em movimentos contestadores e libertários, com grande influência
em sua produção, como foi a campanha abolicionista abraçada por Castro
Alves e o movimento republicano assumido por Sílvio Romero.
8. Sonho. Revela-se na idealização do mundo, na busca por verdades diferentes
daquelas conhecidas, na revelação de anseios.
9. Fé. É a fé que conduz o movimento: crença na própria verdade, crença na
justiça procurada, crença nos sentimentos revelados, crença nos ideais
perseguidos, crença que se revela ainda em diferentes manifestações de
religiosidade cristã – fé. Não se pode esquecer a profunda influência do
medievalismo na construção do mundo romântico, dele fazendo parte a
religiosidade cristã.
10. Ilogismo. Manifestações emocionais que se opõem e contradizem.
11. Culto da natureza. A natureza adquire especial significado no mundo
romântico. Testemunha e companheira das almas sensíveis, é, também,
refúgio, proteção, mãe acolhedora. Costuma-se afirmar que, para os
românticos, a natureza foi também personagem, com papel ativo na trama.
12. Retorno ao passado. Tal retorno deu origem a diversas manifestações:
saudosismo voltado para a infância, o passado individual; medievalismo e
indianismo, na busca pelas raízes históricas, as origens que dignificam a
pátria.
13. Gosto do pitoresco, do exótico. Valorização de terras ainda não exploradas,
do mundo oriental, de países distantes.
14. Exagero. Exagero nas emoções, nos sentimentos, nas figuras do herói e do
vilão, na visão maniqueísta a dividir o bem e o mal, exagero que se manifesta
nas características já listadas.
15. Liberdade criadora. Valorização do gênio criador e renovador do artista,
colocado acima de qualquer regra.
16. Sentimentalismo. A poesia do eu, do amor, da paixão. O amor, mais que
qualquer outro sentimento, é o estado de fruição estética que se manifesta em
extremos de exaltação ou de cinismo e libertinagem, mas sempre o amor.
17. Ânsia de glória. O artista quer ver-se reconhecido e admirado.
18. Importância da paisagem. A paisagem é tecida de acordo com as emoções
dos personagens e a temática das obras literárias.
19. Gosto pelas ruínas. A natureza sobrepõe-se à obra construída.
20. Gosto pelo noturno. Em harmonia com a atmosfera de mistério, tão próxima
do gosto de todos os românticos.
21. Idealização da mulher. Anjo ou prostituta, a figura da mulher é sempre
idealizada.
22. Função sacralizadora da arte. O poeta sente-se como guia da humanidade e
vê na arte uma função redentora
Nota: Para outros significados de Europa, ver Europa (desambiguação).
A Europa no mundo
A Europa é a parte ocidental do supercontinente euroasiático. Embora geograficamente seja
considerada uma península da Eurásia, os povos da Europa têm características culturais e uma
história específica, o que justifica que o território europeu seja geralmente considerado como um
continente separado.
A parte continental é limitada a Norte pelo Oceano Glacial Árctico, a oeste pelo Oceano Atlântico, a
sul pelo Mar Mediterrâneo, pelo Mar Negro, pelas montanhas do Cáucaso e pelo Mar Cáspio, e a
Leste, onde a delimitação é mais artificial, pelos Montes Urais e pelo Rio Ural. A Europa inclui
também as Ilhas Britânicas, a Islândia e várias ilhas e arquipélagos menores, espalhados pelo
Atlântico, Mediterrâneo e Árctico
Segundo a mitologia grega, Europa foi uma mulher muito bonita que despertou os amores de Zeus,
deus-rei do Olimpo.
O continente europeu, que durante as Grandes Navegações foi chamado de Velho Mundo,
estende-se quase que inteiramente na zona temperada, acima de 35º de latitude N, com apenas
uma estreita faixa até o círculo polar Ártico. Devido ao seu litoral muito recortado, a influência
oceânica é grande, e as temperaturas são geralmente amenas (não há extremos acentuados), com
precipitações que oscilam entre 500 e 1 000 mm anuais. Alternam-se em seu relevo extensas
planícies, maciços pré-cambrianos ou palezóicos.
A quase totalidade do continente inclui-se no mundo desenvolvido. A agricultura, mecanizada,
emprega em média apenas 10% da população economicamente ativa, enquanto um terço desta é
ocupado na indústria e a maior parte é absorvida pelo setor terciário. Entretanto, com o surgimento
de novas potências da América e da Ásia no séc. XX, a influência e o poderio europeus
diminuíram, notadamente após as duas guerras mundiais.
A Europa vista do espaço, cortesia NASA
Os recursos de matérias-primas (principalmente combustíveis fósseis) são, em geral, limitados; as
taxas de desemprego encontram-se em ritmo ascendente, e muitos setores da indústria sofrem as
conseqüências da precocidade de seu desenvolvimento (instalações antigas e desatualização
tecnológica), achando-se atrasados em relação aos EUA e o Japão (principalmente as indústrias
de ponta). Essa situação está ligada, em parte, à fragmentação política do continente, cujas
conseqüências econômicas não foram inteiramente atenuadas pela constituição de blocos maiores
(CEE, de inspiração liberal-capitalista, na Europa Ocidental; Comecon, socialista, encabeçada pela
URSS, na Europa Oriental).

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Os Cinco Sentidos, Novo
Os Cinco Sentidos, NovoOs Cinco Sentidos, Novo
Os Cinco Sentidos, NovoJoana Azevedo
 
Romantismo português
Romantismo portuguêsRomantismo português
Romantismo portuguêsKaren Olivan
 
ROMANTISMO
ROMANTISMOROMANTISMO
ROMANTISMODiego
 
Estética Romântica e o Romantismo em Portugal
Estética Romântica e o Romantismo em PortugalEstética Romântica e o Romantismo em Portugal
Estética Romântica e o Romantismo em Portugalelenir duarte dias
 
Realismo; Natualismo; Parnasianismo Português
Realismo; Natualismo; Parnasianismo PortuguêsRealismo; Natualismo; Parnasianismo Português
Realismo; Natualismo; Parnasianismo PortuguêsUiles Martins
 
Os lusiadas - camões
Os lusiadas - camõesOs lusiadas - camões
Os lusiadas - camõesjulykathy
 
Romantismo no Brasil(trabalho 2ºano)
Romantismo no Brasil(trabalho 2ºano)Romantismo no Brasil(trabalho 2ºano)
Romantismo no Brasil(trabalho 2ºano)FOLHA NAZA
 
Ultrarromantismo uma introdução
Ultrarromantismo uma introduçãoUltrarromantismo uma introdução
Ultrarromantismo uma introduçãoSamara Silva
 
Realismo e naturalismo no brasil completo
Realismo e naturalismo no brasil completoRealismo e naturalismo no brasil completo
Realismo e naturalismo no brasil completolucasmota251
 
Folhas caídas características gerais da obra
Folhas caídas  características gerais da obraFolhas caídas  características gerais da obra
Folhas caídas características gerais da obraHelena Coutinho
 
Geração de 1945
Geração de 1945Geração de 1945
Geração de 1945Lourdinas
 

Mais procurados (20)

Os Cinco Sentidos, Novo
Os Cinco Sentidos, NovoOs Cinco Sentidos, Novo
Os Cinco Sentidos, Novo
 
Romantismo português
Romantismo portuguêsRomantismo português
Romantismo português
 
Realismo
RealismoRealismo
Realismo
 
O romantismo
O romantismoO romantismo
O romantismo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
ROMANTISMO
ROMANTISMOROMANTISMO
ROMANTISMO
 
Romantismo em Portugal
Romantismo em PortugalRomantismo em Portugal
Romantismo em Portugal
 
Machado de assis vida e obra
Machado de assis  vida e obraMachado de assis  vida e obra
Machado de assis vida e obra
 
Estética Romântica e o Romantismo em Portugal
Estética Romântica e o Romantismo em PortugalEstética Romântica e o Romantismo em Portugal
Estética Romântica e o Romantismo em Portugal
 
Romantismo resumo
Romantismo resumoRomantismo resumo
Romantismo resumo
 
Realismo; Natualismo; Parnasianismo Português
Realismo; Natualismo; Parnasianismo PortuguêsRealismo; Natualismo; Parnasianismo Português
Realismo; Natualismo; Parnasianismo Português
 
Romantismo I
Romantismo IRomantismo I
Romantismo I
 
Os lusiadas - camões
Os lusiadas - camõesOs lusiadas - camões
Os lusiadas - camões
 
Romantismo no Brasil(trabalho 2ºano)
Romantismo no Brasil(trabalho 2ºano)Romantismo no Brasil(trabalho 2ºano)
Romantismo no Brasil(trabalho 2ºano)
 
Ultrarromantismo uma introdução
Ultrarromantismo uma introduçãoUltrarromantismo uma introdução
Ultrarromantismo uma introdução
 
Realismo e naturalismo no brasil completo
Realismo e naturalismo no brasil completoRealismo e naturalismo no brasil completo
Realismo e naturalismo no brasil completo
 
Folhas caídas características gerais da obra
Folhas caídas  características gerais da obraFolhas caídas  características gerais da obra
Folhas caídas características gerais da obra
 
Realismo em Portugal
Realismo em Portugal Realismo em Portugal
Realismo em Portugal
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Geração de 1945
Geração de 1945Geração de 1945
Geração de 1945
 

Semelhante a Características do romantismo (20)

5. Romantismo
5. Romantismo5. Romantismo
5. Romantismo
 
O Romantismo
O Romantismo O Romantismo
O Romantismo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo geral
Romantismo geralRomantismo geral
Romantismo geral
 
Romantismo geral
Romantismo geralRomantismo geral
Romantismo geral
 
Arte romantica
Arte romanticaArte romantica
Arte romantica
 
Arte romantica
Arte romanticaArte romantica
Arte romantica
 
O Romantismo
O RomantismoO Romantismo
O Romantismo
 
Romantismo i
Romantismo iRomantismo i
Romantismo i
 
A literatura do século xix
A literatura do século xixA literatura do século xix
A literatura do século xix
 
Aula 09 romantismo
Aula 09   romantismoAula 09   romantismo
Aula 09 romantismo
 
Romantismo 1
Romantismo 1Romantismo 1
Romantismo 1
 
Romanticismo base.ppt
Romanticismo base.pptRomanticismo base.ppt
Romanticismo base.ppt
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Gera do roman
Gera do romanGera do roman
Gera do roman
 

Último

8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeitotatianehilda
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdfjacquescardosodias
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 

Último (20)

8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 

Características do romantismo

  • 1. CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO Grande é o número de características que marcaram o movimento romântico, características essas que, centradas sempre na valorização do eu e da liberdade, vão-se entrelaçando, umas atadas às outras, umas desencadeando outras e formando um amplo painel de traços reveladores. Para aqui discuti-las, vamos seguir os aspectos considerados os mais significativos por Domício Proença Filho em sua análise dos estilos de época na literatura. 1 [1] 1. Contraste entre os ideais divulgados e a limitação imposta pela realidade vivida. O universo conhecido se alarga, o Século das Luzes deixa um rastro de anseios libertários, desloca-se o centro do poder; a dependência social e econômica, a inconsciência, o desconhecimento estabelecem para a imensa maioria, no entanto, uma existência marcada por limitações de toda ordem. 2. Imaginação criadora. Num movimento de escapismo, o artista romântico evade-se para os universos criados em sua imaginação, ambientados no passado ou no futuro idealizados, em terras distantes envoltas na magia e no exotismo, nos ideais libertários alimentados nas figuras dos heróis. A fantasia leva os românticos a criar tanto mundos de beleza que fascinam a sensibilidade, como universos em que a extrema emoção se realiza no belo associado ao terrificante (vejam-se as figuras do Drácula, do Frankstein, do Corcunda de Notre Dame e a ambiência que os rodeia). 3. Subjetivismo. É o mundo pessoal, interior, os sentimentos do autor que se fazem o espaço central da criação. Com plena liberdade de criar, o artista romântico não se acanha em expor suas emoções pessoais, em fazer delas a temática sempre retomada em sua obra. 4. Evasão. O escapismo romântico manifesta-se tanto nos processos de idealização da realidade circundante como na fuga para mundos imaginários. Quando acompanhado de desesperança, sucumbe ao chamado da morte, companheira desejada por muitos e tema recorrente em grande número de poetas. 5. Senso de mistério. A valorização do mistério, do mágico, do maravilhoso acompanha a criação romântica. É também esse senso de mistério que leva grande número de autores românticos a buscar o sobrenatural e o terror. 6. Consciência da solidão. Conseqüência do exacerbado subjetivismo, que dá ao autor romântico um sentimento de inadequação e o leva a sentir-se deslocado no mundo real e, muitas vezes, a buscar refúgio no próprio eu. 1
  • 2. 7. Reformismo. Esta característica manifesta-se na participação de autores românticos em movimentos contestadores e libertários, com grande influência em sua produção, como foi a campanha abolicionista abraçada por Castro Alves e o movimento republicano assumido por Sílvio Romero. 8. Sonho. Revela-se na idealização do mundo, na busca por verdades diferentes daquelas conhecidas, na revelação de anseios. 9. Fé. É a fé que conduz o movimento: crença na própria verdade, crença na justiça procurada, crença nos sentimentos revelados, crença nos ideais perseguidos, crença que se revela ainda em diferentes manifestações de religiosidade cristã – fé. Não se pode esquecer a profunda influência do medievalismo na construção do mundo romântico, dele fazendo parte a religiosidade cristã. 10. Ilogismo. Manifestações emocionais que se opõem e contradizem. 11. Culto da natureza. A natureza adquire especial significado no mundo romântico. Testemunha e companheira das almas sensíveis, é, também, refúgio, proteção, mãe acolhedora. Costuma-se afirmar que, para os românticos, a natureza foi também personagem, com papel ativo na trama. 12. Retorno ao passado. Tal retorno deu origem a diversas manifestações: saudosismo voltado para a infância, o passado individual; medievalismo e indianismo, na busca pelas raízes históricas, as origens que dignificam a pátria. 13. Gosto do pitoresco, do exótico. Valorização de terras ainda não exploradas, do mundo oriental, de países distantes. 14. Exagero. Exagero nas emoções, nos sentimentos, nas figuras do herói e do vilão, na visão maniqueísta a dividir o bem e o mal, exagero que se manifesta nas características já listadas. 15. Liberdade criadora. Valorização do gênio criador e renovador do artista, colocado acima de qualquer regra. 16. Sentimentalismo. A poesia do eu, do amor, da paixão. O amor, mais que qualquer outro sentimento, é o estado de fruição estética que se manifesta em extremos de exaltação ou de cinismo e libertinagem, mas sempre o amor. 17. Ânsia de glória. O artista quer ver-se reconhecido e admirado. 18. Importância da paisagem. A paisagem é tecida de acordo com as emoções dos personagens e a temática das obras literárias.
  • 3. 19. Gosto pelas ruínas. A natureza sobrepõe-se à obra construída. 20. Gosto pelo noturno. Em harmonia com a atmosfera de mistério, tão próxima do gosto de todos os românticos. 21. Idealização da mulher. Anjo ou prostituta, a figura da mulher é sempre idealizada. 22. Função sacralizadora da arte. O poeta sente-se como guia da humanidade e vê na arte uma função redentora Nota: Para outros significados de Europa, ver Europa (desambiguação). A Europa no mundo A Europa é a parte ocidental do supercontinente euroasiático. Embora geograficamente seja considerada uma península da Eurásia, os povos da Europa têm características culturais e uma história específica, o que justifica que o território europeu seja geralmente considerado como um continente separado. A parte continental é limitada a Norte pelo Oceano Glacial Árctico, a oeste pelo Oceano Atlântico, a sul pelo Mar Mediterrâneo, pelo Mar Negro, pelas montanhas do Cáucaso e pelo Mar Cáspio, e a Leste, onde a delimitação é mais artificial, pelos Montes Urais e pelo Rio Ural. A Europa inclui também as Ilhas Britânicas, a Islândia e várias ilhas e arquipélagos menores, espalhados pelo Atlântico, Mediterrâneo e Árctico Segundo a mitologia grega, Europa foi uma mulher muito bonita que despertou os amores de Zeus, deus-rei do Olimpo. O continente europeu, que durante as Grandes Navegações foi chamado de Velho Mundo, estende-se quase que inteiramente na zona temperada, acima de 35º de latitude N, com apenas uma estreita faixa até o círculo polar Ártico. Devido ao seu litoral muito recortado, a influência oceânica é grande, e as temperaturas são geralmente amenas (não há extremos acentuados), com precipitações que oscilam entre 500 e 1 000 mm anuais. Alternam-se em seu relevo extensas planícies, maciços pré-cambrianos ou palezóicos. A quase totalidade do continente inclui-se no mundo desenvolvido. A agricultura, mecanizada, emprega em média apenas 10% da população economicamente ativa, enquanto um terço desta é ocupado na indústria e a maior parte é absorvida pelo setor terciário. Entretanto, com o surgimento
  • 4. de novas potências da América e da Ásia no séc. XX, a influência e o poderio europeus diminuíram, notadamente após as duas guerras mundiais. A Europa vista do espaço, cortesia NASA Os recursos de matérias-primas (principalmente combustíveis fósseis) são, em geral, limitados; as taxas de desemprego encontram-se em ritmo ascendente, e muitos setores da indústria sofrem as conseqüências da precocidade de seu desenvolvimento (instalações antigas e desatualização tecnológica), achando-se atrasados em relação aos EUA e o Japão (principalmente as indústrias de ponta). Essa situação está ligada, em parte, à fragmentação política do continente, cujas conseqüências econômicas não foram inteiramente atenuadas pela constituição de blocos maiores (CEE, de inspiração liberal-capitalista, na Europa Ocidental; Comecon, socialista, encabeçada pela URSS, na Europa Oriental).