1. O Nome da Rosa
O filme o Nome da Rosa, baseado no livro homônimo de Umberto Eco, tem como plano de
fundo um mosteiro beneditino, no norte da Itália, no começo do inverno de 1327.
O mosteiro supracitado foi o palco para um Conferência entre representantes do Papa João
XXII e da Ordem Franciscana.
Os personagens nucleares da história são:
• Adso de Melk, jovem noviço franciscano, o narrador protagonista, pupilo de William de
Baskerville.
• William de Baskerville, padre da ordem franciscana, Sherlock Holmes da história, mestre de
Adso de Melk;
• Jorge de Burks, “venerado Jorge”, um idoso padre espanhol cego.
O contexto histórico do filme é a Idade Média, época de maior poder da Igreja Católica,
mais poderosa do que “estados”. A igreja católica exercia forte influência social, principalmente no
que tangia ao controle do conhecimento. O controle do conhecimento era crucial para a manutenção
do poder da Igreja, pois assim, manteria ditando a conduta social, alienando o povo.
O acontecimento nuclear, embora a Conferência, em tese, fosse o objetivo, é uma série de
assassinatos que acometeu negativamente o ambiente espiritual do mosteiro, classificado como
alguns como obra do diabo.
Dessa sequência de assassinatos pode-se depreender uma análise do contexto histórico. A
época, os dogmas da igreja eram inquestionáveis. A igreja inferiu que os acontecimentos eram obra
do diabo, que estava jogando os jovens rapazes pela janela. Ah, mas os rapazes não poderiam ter
pulado? A janela não tem abertura. Nesse sentido, condenaram o diabo pelas mortes, sustentados
pela ideia de que a fé não poderia ser subordinada a razão. William de Baskerville, embora padre,
era um intelectual com uma postura humanista e racional, procurou solucionar o fato, a luz da
razão, em vez de culpabilizar Lúcifer. Dessa sentença, pode inferir a necessidade e importância de
Asmodeus na fé cristã, já que muitos seguidores não são guiados pela fé, mas pelo medo.