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Rua Tamoio, 3393-Canoas – RS. Fone: (51) 3472-1722 / 3472-1502
Disciplina de Ciências Naturais
Prof.ª. Adriana Caetano Sarmento
REINO ANIMALIA OU METAZOA – 7º ano
FILO DO CHORDATOS (Cordados)
Constituem um grupo zoológico bastante heterogêneo, abrangendo animais adaptados para a vida na
água doce e salgados, na terra e no ar.
São divididos em:
Protocordados - os cordados mais primitivos, destituídos de coluna vertebral e caixa craniana.
Subfilos: Hemichordata; Urochordata ou Tunicata; Cephalochordata.
Eucordados ou vertebrados – os mais evoluídos, pois, além de dotados de coluna vertebral, têm
crânio com encéfalo.
As características diferenciais e exclusivas, que permitem o encaixe de um animal no grupo dos
cordados, e que estão presentes pelo menos nos primeiros estágios de desenvolvimento, são:
*Notocorda ou corda dorsal: consiste num bastão fibroso que confere sustentação ao corpo; nos
vertebrados a notocorda é substituída pela espinha dorsal ou coluna vertebral.
*Fendas branquiais: são pequenos orifícios encontrados na faringe e que se prestam à filtração de
alimento a de alimentos ou à respiração; permanecem nos protocordados e peixes adultos; em outros grupos
elas estão presentes apenas nos embriões, fechando-se no decorrer do desenvolvimento do animal.
*Tubo nervoso dorsal: o sistema nervoso ocupa posição dorsal e apresenta-se como um tubo nervoso
longitudinal e único.
Os vertebrados ou eucordados podem ser divididos em dois grupos:
*Agnatos ou ciclostomados: animais que não possuem mandíbulas; possuem a boca circular. Ex.:
feiticeira e lampréia.
*Gnatostomados: formado por animais com mandíbula. Apresenta duas superclasses:
-Pisces, que compreende a classe Chondrichthyes ou peixes cartilaginosos, e a classe
Osteichthyes ou peixes ósseos.
-Ostetrápodos, que compreende as classes Amphibia, Reptilia, Aves e Mammalia, todos os
animais portadores de dois pares de membros; nas aves, os membros anteriores são transformados em asas.
A transição para a vida
A história evolutiva dos vertebrados está diretamente ligada à conquista do ambiente terrestre.
Inicialmente no planeta havia apenas vertebrados aquáticos e com o passar do tempo foram surgindo variadas
formas de vida terrestre. Esse ambiente impõe restrições diferentes daquelas impostas pela água. O surgimento
de patas, por exemplo, foi fundamental por permitir a sustentação do corpo. Assim é provável que o surgimento
dos primeiros tetrápodes (seres que possuem quatro membros) tenha facilitado a exploração do ambiente
terrestre. Além da sustentação, suportar as bruscas variações na temperatura do ar, bem como a garantir a
reprodução na impossibilidade de promover o encontro dos gametas no meio externo são outras dificuldades
encontradas nesse ambiente.
De forma didática pode-se dividir o processo de colonização do ambiente terrestre em três etapas:
1- a transição para vida terrestre, feita pelos répteis;
2- a colonização do ambiente terrestre, feita pelos répteis;
3- a diversificação da vida terrestre, com o surgimento da aves e mamíferos a partir dos répteis.
AVES
PEIXES ANFIBIOS RÉPTEIS
MAMIFEROS
A.Pisces (peixes)
Agnatha: Representam os vertebrados mais primitivos, tem dois representantes típicos: a lampreia e a
feiticeira. Não tem mandíbulas; a caixa craniana e as vértebras são cartilaginosas; vivem em água doce ou
salgada; tem o corpo alongado e cilíndrico; a boca dotada de dentes córneos; apresentam respiração branquial,
possuindo de 6 a 14 braquiais; possuem 10 pares de nervos branquiais; as lampreias possuem fecundação
externa e desenvolvimento indireto; as feiticeiras têm fecundação externa e desenvolvimento direto; são animais
parasitas; o coração é formado por duas cavidades e a circulação é simples e venosa.
Chondrichtyes: São representados pelos tubarões, arraias e quimeras, são todos marinhos. São
utilizados na produção de óleos e bolsas e calçados. As arrais podem ser venenosas, e podem produzir fortes
descargas elétricas. Possuem nadareiras pares e impares. A epiderme é estratificada com glândulas mucosas
e escamas de origem mista; o esqueleto é cartilaginoso; a boca é ventral, com uma fileira de dentes
pontiagudos e mandíbulas; o intestino termina numa cloaca; possuem cinco a sete pares de brânquias; o
sistema circulatório, urinário, o sistema nervoso e os órgãos sensoriais tem duas narinas com bolsas olfativas; a
fecundação geralmente é interna e as nadadeiras do macho são modificadas, formando órgãos copuladores; a
maioria das espécies são ovíparas ou ovovivíparas; tem o desenvolvimento direto sem formação de larvas.
Osteichthyes: Forma a classe dos peixes mais conhecidos e também mais numerosa. A epiderme é
estratificada, com glândulas mucosas e escamas dérmicas; o esqueleto é ósseo; a boca é terminal; o intestino
não tem válvula espiral, possuindo pâncreas e terminando num ânus, em vez de cloaca; há 4 pares de
branquias; possuem um órgão chamado bexiga natatória ligada a faringe e cheia de gás; o sistema circulatório,
urinário e nervoso, assim como os órgãos dos sentidos são semelhantes ao dos condrictes; geralmente a
fecundação; tem a fecundação e o desenvolvimento embrionários são externos.
B. Amphibia (anfíbios)
Os anfíbios (latim científico: Amphibia) constituem uma classe de animais vertebrados, pecilotérmicos
que não possuem bolsa amniótica agrupados na classe Amphibia. A característica mais marcante dos seres
vivos da classe é o seu ciclo de vida dividido em duas fases: uma aquática e outra terrestre, apesar de haverem
exceções.
Quando jovens, a maioria das espécies de anfíbios vivem exclusivamente em ambiente aquático
dulcícola, e sua estrutura corpórea é semelhante a de um alevino, realizando respiração branquial. A fase
jovem, também conhecida como larval, é determinada do nascimento até a metamorfose do anfíbio, que lhe
permitirá sair do ambiente aquático e fazer parte do ambiente terrestre. As larvas possuem cauda e até mesmo
linha lateral como os peixes.
Já adultos, a dependência da água dos anfíbios jovens é superada parcialmente, e após a
metamorfose estes animais podem deixar a água e viver em habitat terrestre. Apesar de pulmonados, os
representantes dessa classe possuem uma superfície alveolar muito pequena, incapaz de suprir toda a
demanda gasosa do animal. Portanto, como complemento à respiração pulmonar, os anfíbios realizam a
respiração cutânea (trocas de gases através da pele), e para tanto possuem a pele bastante vascularizada e
sempre umedecida.
A circulação nos anfíbios é dita fechada (o sangue sempre permanece em vasos), dupla (há o circuito
corpóreo e o circuito pulmonar) e incompleta (já que há mistura do sangue venoso e artérial no coração). O
coração do anfíbio apresenta apenas três cavidades: dois átrios, nos quais há chegada de sangue ao coração; e
um ventrículo, no qual o sangue é direcionado ao pulmão ou ao corpo do animal.
O seu sistema excretor apresenta rins mesonéfricos que são ligados por ureteres à bexiga, que por sua
vez está ligada à cloaca. Quando no estado larval o produto de sua excreção é a amônia, porém no estado
adulto excretam uréia. Quanto a locomoção, os membros da ordem Anura são, em sua maioria, saltadores, as
salamandras caminham e as cobras-cegas arrastam-se por contrações musculares. Na água são nadadores,
sendo que quando na fase larval utilizam a cauda e quando adultos utilizam as patas, que possuem membranas
interdigitais. As pererecas apresentam ventosas nos dedos.
O sistema nervoso dos anfíbios tem como principal orgão o encéfalo. Apresentam boa visão, com
exceção das cobras-cegas, e tato em toda superfície corporal. O seu sistema olfativo apresenta narinas e os
orgãos de Jacobson, no teto da cavidade nasal. Em sua língua se encontram botões gustativos.
Alguns anfíbios podem ser venenosos, sendo que alguns deles estão inclusive entre os animais mais
venenosos. Os sapos possuem uma glândula parotóide que produz veneno. Entretanto, este veneno é
eliminado apenas quando a glândula é apertada.
Ordem Caudata: tetrápodos com cauda e aspecto de lagarto. Ex.: Salamandras.
Ordem Anura: corpos curtos sem cauda. São tetrápodos com adaptação para o salto, a maioria
apresenta metamorfose completa, mas alguns já saem dos ovos com a forma adulta, não apresentando
metamorfose. Ex.:sapos, pererecas e rãs.
Ordem Gymnophiona: anfíbios sem patas. Ex.: Cobras-cegas.
No modo mais comum, a reprodução dos anfíbios está ligada à água doce, e ocorre sexuadamente por
fecundação externa, na qual a fêmea libera óvulos (ainda não fecundados) envoltos em uma massa gelatinosa e
o macho então lança seus gametas sobre eles para que ocorra a fecundação. Os ovos formados ficarão em
ambiente aquático lêntico (lagos, lagoas e represas) até o nascimento do girino, que captura seu alimento no
meio ambiente.
Formas mais especializadas de reprodução incluem: girinos que possuem saco vitelínico, ovos
colocados sobre a vegetação a vários metros do chão, ovos embebidos no dorso de fêmeas exclusivamente
aquáticas, ovos carregados no dorso de machos ou de fêmeas até o nascimento dos girinos, girinos se
desenvolvendo no interior do estômago das fêmeas, desenvolvimento direto, ovoviviparidade e viviparidade,
entre outros.
C.Répteis
Os répteis (latim científico: Reptilia) constituem uma classe de animais vertebrados tetrápodes e
ectotérmicos, ou seja, não possuem temperatura corporal constante. São todos amniotas (animais cujos
embriões são rodeados por uma membrana aminiótica). Os répteis atuais são representados por quatro ordens:
-Ordem Crocodilia - crocodilos, gaviais e jacarés: 23 espécies
-Ordem Rhynchocephalia - tuataras da Nova Zelândia): 2 espécies
-Ordem Squamata - lagartos (como o camaleão e cobras): aproximadamente 7.600 espécies
-Ordem Testudinata - (tartarugas): aproximadamente 300 espécies
Os dinossauros, extintos no final do Mesozóico, pertencem à super-ordem Dinosauria, também
integrada na classe dos répteis. Outros répteis pré-históricos são os membros das ordens Pterosauria,
Plesiosauria e Ichthyosauria.
Os répteis são encontrados em todos os continentes exceto na Antártica, apesar de suas principais
distribuições compreenderem os trópicos e subtrópicos. Não possuem uma temperatura corporal constante.
Conseguem até um certo ponto regular ativamente a temperatura corporal, que é altamente dependente da
temperatura ambiente. A maioria das espécies de répteis são carnívoras e ovíparas (botam ovos). Algumas
espécies são ovovivíparas, e algumas poucas espécies são realmente vivíparas.
Os répteis possuem:
*um corpo coberto com pele seca queratinizada (não mucosa) geralmente com escamas ou escudos e possuem
poucas glândulas superficiais;
*dois pares de extremidades, cada uma tipicamente com cinco dedos terminando em garras córneas e
adaptadas para correr, rastejar ou trepar; pernas semelhantes a remos nas tartarugas marinhas, reduzidas em
alguns lagartos, ausentes em alguns outros lagartos e em todas as cobras;
*esqueleto completamente ossificado; crânio com um côndilo occipital;
*coração imperfeitamente dividido em quatro câmaras, duas aurículas e um ventrículo parcialmente dividido
(ventrículos separados nos crocodilianos), o que lhes confere realmente 3 câmaras; um par de arcos aórticos;
glóbulos vermelhos nucleados, biconvexos e ovais;
*respiração pulmonar; As tartarugas podem permanecer algumas horas embaixo d'água, prendendo a
respiração. Para isso, o organismo funciona lentamente, o coração bate devagar, num fenômeno chamado
bradicardia, em que o fornecimento de oxigênio é auxiliado por um tipo de respiração acessória, feita pelas vias
faríngica e cloacal.
*doze pares de nervos cranianos;
*temperatura corporal variável (pecilotermos), de acordo com o ambiente;
*fecundação interna, geralmente por órgãos copuladores; ovos grandes, com grandes vitelos, em cascas
córneas ou calcárias geralmente libertados, mas retidos pela fêmea para o desenvolvimento em alguns lagartos
e cobras;
*segmentação meroblástica; envoltórios embrionários (âmnio, cório, saco vitelino e alantóide) presentes durante
o desenvolvimento; filhotes quando eclodem (nascem) assemelham-se aos adultos (sem metamorfoses).
D.Aves
As aves descendem de répteis Diapsida Theropoda, ao passo que os mamíferos fazem parte da
linhagem Sinapsida.
O archaeopteryx é o mais antigo fóssil conhecido de ave e data de aproximadamente 140 milhões de
anos atrás, do período Jurássico. Era um pouco maior que uma pomba e possuía cauda longa, percorrida pela
coluna vertebral, como os répteis, além de dentes, dedos individualizados com garras e, como característica
mais marcante, penas do corpo e penas de vôo assimétricas (indícios de que esse animal era capaz de voar).
As aves pertencem ao mesmo grupo dos dinossauros, sendo que já foram descobertas penas (ou estruturas
semelhantes, mais primitivas) em outros grupos de Dinosauria. Portanto, atualmente aceita-se o grupo aves não
como Classe (a exemplo de Mammalia), mas um grupo bastante diversificado e atual de Dinosauria.
Há cerca de 65 milhões de anos, com a extinção da maioria dos grandes grupos de répteis ocorreu
uma grande radiação adaptativa e consequente diversificação das aves, que passaram a povoar praticamente
todos ambientes terrestres.
A filogenia dos grupos atuais de aves ainda está pouco elucidado, sendo difícil afirmar quais os grupos
ancestrais e quais os mais derivados e de quem descendem.
Atualmente aceitam-se dois grandes grupos de aves: Paleornithes (ratitas) e Neornithes (carinatas).
Constituem uma classe de animais vertebrados, tetrápodes, endotérmicos, ovíparos, caracterizados
principalmente por possuirem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e
ossos pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo.
Do ponto de vista morfológico, as aves constituem um grupo um tanto particular e uniforme dentro dos
tetrapodes (Tetrapoda) atuais. Particular porque se distiguem facilmente de outros grupos de animais vivos e
uniformes porque, apesar do grande número de espécies e adaptações das mais variadas para diferentes
nichos ecológicos, o grupo como um todo mantém sua morfologia bastante semelhante (diferentemente, p. ex.,
dos mamíferos).
Entre as características morfológicas de grande importância ecológica e evolutiva, estão o formato do
bico e dos pés e a proporção área alar/tamanho corporal.
Do ponto de vista sistemático, a estrutura da siringe é de particular interesse, tendo sido de
fundamental importância na divisão da ordem Passeriformes em Tyranni (Suboscines, ou "aves gritadoras") e
Passeri (Oscines, ou "aves canoras, que cantam"). Mais recentemente, a estrutura da siringe também tem sido
usada para estudos filogenéticos em grupos de aves não-Passeriformes (p. ex. os Falconiformes).
No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o vôo
ao animal. Entre estas podemos citar:
1. Endotermia
2. Desenvolvimento das penas
3. Aquisição de ossos pneumáticos
4. Perda, atrofia ou fusão de ossos e órgãos
5. Aquisição de um sistema de sacos aéreos
6. Postura de ovos
7. Presença de quilha, expansão do osso esterno, na qual se prendem os músculos que movimentam as
asas
8. Ausência de bexiga urinária.
Quanto a outros órgãos, as aves perderam os dentes (redução do peso total do animal) e as bexigas, e
a grande maioria dos grupos de aves perderam o ovário direito. O sistema de sacos aéreos funciona em
conjunto com o sistema respiratório (por isso a respiração em aves é diferente dos outros grupos de
tetrapodes). Ainda tem função de diminuir a densidade do animal, facilitando o vôo e a natação (no caso de
aves que mergulham).
E.Mamiferos
Os mamíferos são tetrápodes de sangue quente, cobertos de pêlos e dotados de glândulas mamárias.
São também características deste grupo:
-a formação de uma placenta, um anexo que permite as trocas respiratórias e nutritivas entre o feto e a mãe,
contribuindo para que aquele passe todo o seu período de desenvolvimento no interior do útero materno, livre
dos perigos do meio exterior;
-a caixa craniana (exceto nos mamíferos mais primitivos) é comparativamente maior;
-o crânio tem dois côndilos ocipitais, o que não permite uma rotação tão ampla da cabeça sobre o pescoço,
como se sucede com as aves;
-o quadrado e ossos articulares servem à articulação nessa classe pelos ossículos do ouvido médio;
-circulação ampla e completa, com o coração apresentando 4 cavidades distintas.
-respiração pulmonar.
-presença de diafragma separando a cavidade toráxica da cavidade abdominal;
-encéfalo altamente desenvolvido, mostrando numerosas circunvoluções que dão maior extensão à superfície
ou córtex cerebral, onde se aloja a massa cinzenta;
-os dentes são diferenciados em caninos, molares e incisivos;
-o seu crescimento é limitado;
-o metabolismo dos mamíferos é mais elevado que o dos répteis, mas inferior ao das aves;
-a coluna vertebral divide-se em cinco zonas específicas (cervical, toráxica, lombar, sagrada e caudal),
permitindo movimentos de flexão e extensão no plano (vertical) de simetria do corpo, em vez de ondulações
laterais, como nos anfíbios e répteis. Portanto, através das características descritas acima, vimos que os
mamíferos atuais são facilmente definidos, mas a história torna-se mais difícil se tivermos em conta todas as
formas fósseis. Um Cinodonte evoluído é ainda um réptil ou já um mamífero? Desta forma designou-se só falar
de mamíferos fósseis no caso de formas com articulação mandibular mamaliana. Os primeiros mamíferos
assemelhavam-se a musaranhos, não conservando o porte imponente dos seus antepassados, os répteis
mamalianos, que dominaram os ecossistemas terrestres durante milhões de anos. Apareceram no princípio do
Jurássico e mantiveram dimensões reduzidas durante 130 milhões de anos. Contemporâneos dos Dinossauros
supõe-se que ocupavam nichos ecológicos especiais, onde não entravam em concorrência com os répteis. A
sua fisiologia devia, aliás, favorecer uma atividade noturna.
Os mamíferos dividem-se em dois grupos distintos: os não-térios (agrupamento artificial, parafilético) e
os térios (grupo natural, monofilético). Os térios: são representados pelos placentários e marsupiais.
Chave classificatória dos mamíferos viventes (simplificado):
Classe Mammalia
Subclasse Prototheria
Ordem Monotremata (ornitorrinco, equidna)
Subclasse Theria
Infraclasse Marsupialia (nome anterior Metatheria)
Ordem Didelphimorphia (gambá, cuícas)
Ordem Paucituberculata (cuíca-musaranho)
Ordem Microbiotheria (monito-del-monte)
Ordem Notoryctemorphia (toupeira-marsupial)
Ordem Dasyuromorphia (diabo-da-tasmânia, gatos-marsupiais)
Ordem Peramelemorphia (bandicotos)
Ordem Diprotodontia (coala, wombat, canguru)
Infraclasse Placentalia (nome anterior Eutheria)
Superordem Afrotheria:
Ordem Afrosoricida (tenrecos)
Ordem Macroscelidea (musaranho-elefante)
Ordem Tubulidentata (aardvarks)
Ordem Hyracoidea (dassies)
Ordem Proboscidea (elefantes)
Ordem Sirenia (peixe-boi)
Superordem Xenarthra
Ordem Cingulata* (tatu)
Ordem Pilosa* (preguiça, tamanduá)
Superordem Euarchontoglires:
Ordem Scandentia (Tupaias)
Ordem Dermoptera (colugos)
Ordem Primates (lémur/lêmure, macaco, chimpanzé, homem)
Ordem Rodentia (camundongo, rato, hamster, esquilo, castor)
Ordem Lagomorpha (lebre, coelho, pika)
Superordem Laurasiatheria
Ordem Erinaceomorpha*(ouriço)
Ordem Soricomorpha* (musaranho, toupeira)
Ordem Chiroptera (morcego)
Ordem Pholidota (pangolim)
Ordem Carnivora (cão, gato, urso, doninha, foca, morsa)
Ordem Perissodactyla (cavalo, rinocerontes e anta )
Ordem Artiodactyla (porco, veado, boi, ovelha, camelo)
Ordem Cetacea (baleia, golfinho).
**Três consideraçõs devem ser levantadas:
1. As ordens Afrosoricida, Erinaceomorpha e Soricomorpha formavam a antiga ordem
Insectivora, ainda utilizada por alguns correntes sistemáticas.
2. As ordens Cingulata e Pilosa compunham a antiga ordem Edentata, cujo termo atualmente foi
elevado a superordem.
3. Em algums publicações os artiodáctilos e os cetáceos aparecem formando uma única ordem,
a Cetartiodactyla.
BOSCHILIA, C. Minimanual Compacto de Biologia Teoria e Prática. Editora Rideel. SP.
1ªedição. 2001.
Prof. Tozetti. Resumo – Biologia. Conteúdo exclusivo Unificado. Caderno Vestibular-Zero Hora. P.05. 17 de
outubro de 2007. POA.
http://www.webvestibular.com.br/revisao_detalhe.aspx?r=1&cod=166
http://pt.wikipedia.org/
http://www.saudeanimal.com.br/mami.htm
Para ver algumas imagens acessar:
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Filo dos Chordados e suas classes

  • 1. Colégio Espírito Santo Rua Tamoio, 3393-Canoas – RS. Fone: (51) 3472-1722 / 3472-1502 Disciplina de Ciências Naturais Prof.ª. Adriana Caetano Sarmento REINO ANIMALIA OU METAZOA – 7º ano FILO DO CHORDATOS (Cordados) Constituem um grupo zoológico bastante heterogêneo, abrangendo animais adaptados para a vida na água doce e salgados, na terra e no ar. São divididos em: Protocordados - os cordados mais primitivos, destituídos de coluna vertebral e caixa craniana. Subfilos: Hemichordata; Urochordata ou Tunicata; Cephalochordata. Eucordados ou vertebrados – os mais evoluídos, pois, além de dotados de coluna vertebral, têm crânio com encéfalo. As características diferenciais e exclusivas, que permitem o encaixe de um animal no grupo dos cordados, e que estão presentes pelo menos nos primeiros estágios de desenvolvimento, são: *Notocorda ou corda dorsal: consiste num bastão fibroso que confere sustentação ao corpo; nos vertebrados a notocorda é substituída pela espinha dorsal ou coluna vertebral. *Fendas branquiais: são pequenos orifícios encontrados na faringe e que se prestam à filtração de alimento a de alimentos ou à respiração; permanecem nos protocordados e peixes adultos; em outros grupos elas estão presentes apenas nos embriões, fechando-se no decorrer do desenvolvimento do animal. *Tubo nervoso dorsal: o sistema nervoso ocupa posição dorsal e apresenta-se como um tubo nervoso longitudinal e único. Os vertebrados ou eucordados podem ser divididos em dois grupos: *Agnatos ou ciclostomados: animais que não possuem mandíbulas; possuem a boca circular. Ex.: feiticeira e lampréia. *Gnatostomados: formado por animais com mandíbula. Apresenta duas superclasses: -Pisces, que compreende a classe Chondrichthyes ou peixes cartilaginosos, e a classe Osteichthyes ou peixes ósseos. -Ostetrápodos, que compreende as classes Amphibia, Reptilia, Aves e Mammalia, todos os animais portadores de dois pares de membros; nas aves, os membros anteriores são transformados em asas. A transição para a vida A história evolutiva dos vertebrados está diretamente ligada à conquista do ambiente terrestre. Inicialmente no planeta havia apenas vertebrados aquáticos e com o passar do tempo foram surgindo variadas formas de vida terrestre. Esse ambiente impõe restrições diferentes daquelas impostas pela água. O surgimento de patas, por exemplo, foi fundamental por permitir a sustentação do corpo. Assim é provável que o surgimento dos primeiros tetrápodes (seres que possuem quatro membros) tenha facilitado a exploração do ambiente terrestre. Além da sustentação, suportar as bruscas variações na temperatura do ar, bem como a garantir a reprodução na impossibilidade de promover o encontro dos gametas no meio externo são outras dificuldades encontradas nesse ambiente. De forma didática pode-se dividir o processo de colonização do ambiente terrestre em três etapas: 1- a transição para vida terrestre, feita pelos répteis; 2- a colonização do ambiente terrestre, feita pelos répteis; 3- a diversificação da vida terrestre, com o surgimento da aves e mamíferos a partir dos répteis. AVES PEIXES ANFIBIOS RÉPTEIS MAMIFEROS A.Pisces (peixes) Agnatha: Representam os vertebrados mais primitivos, tem dois representantes típicos: a lampreia e a feiticeira. Não tem mandíbulas; a caixa craniana e as vértebras são cartilaginosas; vivem em água doce ou salgada; tem o corpo alongado e cilíndrico; a boca dotada de dentes córneos; apresentam respiração branquial, possuindo de 6 a 14 braquiais; possuem 10 pares de nervos branquiais; as lampreias possuem fecundação externa e desenvolvimento indireto; as feiticeiras têm fecundação externa e desenvolvimento direto; são animais parasitas; o coração é formado por duas cavidades e a circulação é simples e venosa. Chondrichtyes: São representados pelos tubarões, arraias e quimeras, são todos marinhos. São utilizados na produção de óleos e bolsas e calçados. As arrais podem ser venenosas, e podem produzir fortes descargas elétricas. Possuem nadareiras pares e impares. A epiderme é estratificada com glândulas mucosas e escamas de origem mista; o esqueleto é cartilaginoso; a boca é ventral, com uma fileira de dentes pontiagudos e mandíbulas; o intestino termina numa cloaca; possuem cinco a sete pares de brânquias; o sistema circulatório, urinário, o sistema nervoso e os órgãos sensoriais tem duas narinas com bolsas olfativas; a
  • 2. fecundação geralmente é interna e as nadadeiras do macho são modificadas, formando órgãos copuladores; a maioria das espécies são ovíparas ou ovovivíparas; tem o desenvolvimento direto sem formação de larvas. Osteichthyes: Forma a classe dos peixes mais conhecidos e também mais numerosa. A epiderme é estratificada, com glândulas mucosas e escamas dérmicas; o esqueleto é ósseo; a boca é terminal; o intestino não tem válvula espiral, possuindo pâncreas e terminando num ânus, em vez de cloaca; há 4 pares de branquias; possuem um órgão chamado bexiga natatória ligada a faringe e cheia de gás; o sistema circulatório, urinário e nervoso, assim como os órgãos dos sentidos são semelhantes ao dos condrictes; geralmente a fecundação; tem a fecundação e o desenvolvimento embrionários são externos. B. Amphibia (anfíbios) Os anfíbios (latim científico: Amphibia) constituem uma classe de animais vertebrados, pecilotérmicos que não possuem bolsa amniótica agrupados na classe Amphibia. A característica mais marcante dos seres vivos da classe é o seu ciclo de vida dividido em duas fases: uma aquática e outra terrestre, apesar de haverem exceções. Quando jovens, a maioria das espécies de anfíbios vivem exclusivamente em ambiente aquático dulcícola, e sua estrutura corpórea é semelhante a de um alevino, realizando respiração branquial. A fase jovem, também conhecida como larval, é determinada do nascimento até a metamorfose do anfíbio, que lhe permitirá sair do ambiente aquático e fazer parte do ambiente terrestre. As larvas possuem cauda e até mesmo linha lateral como os peixes. Já adultos, a dependência da água dos anfíbios jovens é superada parcialmente, e após a metamorfose estes animais podem deixar a água e viver em habitat terrestre. Apesar de pulmonados, os representantes dessa classe possuem uma superfície alveolar muito pequena, incapaz de suprir toda a demanda gasosa do animal. Portanto, como complemento à respiração pulmonar, os anfíbios realizam a respiração cutânea (trocas de gases através da pele), e para tanto possuem a pele bastante vascularizada e sempre umedecida. A circulação nos anfíbios é dita fechada (o sangue sempre permanece em vasos), dupla (há o circuito corpóreo e o circuito pulmonar) e incompleta (já que há mistura do sangue venoso e artérial no coração). O coração do anfíbio apresenta apenas três cavidades: dois átrios, nos quais há chegada de sangue ao coração; e um ventrículo, no qual o sangue é direcionado ao pulmão ou ao corpo do animal. O seu sistema excretor apresenta rins mesonéfricos que são ligados por ureteres à bexiga, que por sua vez está ligada à cloaca. Quando no estado larval o produto de sua excreção é a amônia, porém no estado adulto excretam uréia. Quanto a locomoção, os membros da ordem Anura são, em sua maioria, saltadores, as salamandras caminham e as cobras-cegas arrastam-se por contrações musculares. Na água são nadadores, sendo que quando na fase larval utilizam a cauda e quando adultos utilizam as patas, que possuem membranas interdigitais. As pererecas apresentam ventosas nos dedos. O sistema nervoso dos anfíbios tem como principal orgão o encéfalo. Apresentam boa visão, com exceção das cobras-cegas, e tato em toda superfície corporal. O seu sistema olfativo apresenta narinas e os orgãos de Jacobson, no teto da cavidade nasal. Em sua língua se encontram botões gustativos. Alguns anfíbios podem ser venenosos, sendo que alguns deles estão inclusive entre os animais mais venenosos. Os sapos possuem uma glândula parotóide que produz veneno. Entretanto, este veneno é eliminado apenas quando a glândula é apertada. Ordem Caudata: tetrápodos com cauda e aspecto de lagarto. Ex.: Salamandras. Ordem Anura: corpos curtos sem cauda. São tetrápodos com adaptação para o salto, a maioria apresenta metamorfose completa, mas alguns já saem dos ovos com a forma adulta, não apresentando metamorfose. Ex.:sapos, pererecas e rãs. Ordem Gymnophiona: anfíbios sem patas. Ex.: Cobras-cegas. No modo mais comum, a reprodução dos anfíbios está ligada à água doce, e ocorre sexuadamente por fecundação externa, na qual a fêmea libera óvulos (ainda não fecundados) envoltos em uma massa gelatinosa e o macho então lança seus gametas sobre eles para que ocorra a fecundação. Os ovos formados ficarão em ambiente aquático lêntico (lagos, lagoas e represas) até o nascimento do girino, que captura seu alimento no meio ambiente. Formas mais especializadas de reprodução incluem: girinos que possuem saco vitelínico, ovos colocados sobre a vegetação a vários metros do chão, ovos embebidos no dorso de fêmeas exclusivamente aquáticas, ovos carregados no dorso de machos ou de fêmeas até o nascimento dos girinos, girinos se desenvolvendo no interior do estômago das fêmeas, desenvolvimento direto, ovoviviparidade e viviparidade, entre outros. C.Répteis Os répteis (latim científico: Reptilia) constituem uma classe de animais vertebrados tetrápodes e ectotérmicos, ou seja, não possuem temperatura corporal constante. São todos amniotas (animais cujos embriões são rodeados por uma membrana aminiótica). Os répteis atuais são representados por quatro ordens: -Ordem Crocodilia - crocodilos, gaviais e jacarés: 23 espécies -Ordem Rhynchocephalia - tuataras da Nova Zelândia): 2 espécies -Ordem Squamata - lagartos (como o camaleão e cobras): aproximadamente 7.600 espécies -Ordem Testudinata - (tartarugas): aproximadamente 300 espécies Os dinossauros, extintos no final do Mesozóico, pertencem à super-ordem Dinosauria, também integrada na classe dos répteis. Outros répteis pré-históricos são os membros das ordens Pterosauria, Plesiosauria e Ichthyosauria. Os répteis são encontrados em todos os continentes exceto na Antártica, apesar de suas principais distribuições compreenderem os trópicos e subtrópicos. Não possuem uma temperatura corporal constante.
  • 3. Conseguem até um certo ponto regular ativamente a temperatura corporal, que é altamente dependente da temperatura ambiente. A maioria das espécies de répteis são carnívoras e ovíparas (botam ovos). Algumas espécies são ovovivíparas, e algumas poucas espécies são realmente vivíparas. Os répteis possuem: *um corpo coberto com pele seca queratinizada (não mucosa) geralmente com escamas ou escudos e possuem poucas glândulas superficiais; *dois pares de extremidades, cada uma tipicamente com cinco dedos terminando em garras córneas e adaptadas para correr, rastejar ou trepar; pernas semelhantes a remos nas tartarugas marinhas, reduzidas em alguns lagartos, ausentes em alguns outros lagartos e em todas as cobras; *esqueleto completamente ossificado; crânio com um côndilo occipital; *coração imperfeitamente dividido em quatro câmaras, duas aurículas e um ventrículo parcialmente dividido (ventrículos separados nos crocodilianos), o que lhes confere realmente 3 câmaras; um par de arcos aórticos; glóbulos vermelhos nucleados, biconvexos e ovais; *respiração pulmonar; As tartarugas podem permanecer algumas horas embaixo d'água, prendendo a respiração. Para isso, o organismo funciona lentamente, o coração bate devagar, num fenômeno chamado bradicardia, em que o fornecimento de oxigênio é auxiliado por um tipo de respiração acessória, feita pelas vias faríngica e cloacal. *doze pares de nervos cranianos; *temperatura corporal variável (pecilotermos), de acordo com o ambiente; *fecundação interna, geralmente por órgãos copuladores; ovos grandes, com grandes vitelos, em cascas córneas ou calcárias geralmente libertados, mas retidos pela fêmea para o desenvolvimento em alguns lagartos e cobras; *segmentação meroblástica; envoltórios embrionários (âmnio, cório, saco vitelino e alantóide) presentes durante o desenvolvimento; filhotes quando eclodem (nascem) assemelham-se aos adultos (sem metamorfoses). D.Aves As aves descendem de répteis Diapsida Theropoda, ao passo que os mamíferos fazem parte da linhagem Sinapsida. O archaeopteryx é o mais antigo fóssil conhecido de ave e data de aproximadamente 140 milhões de anos atrás, do período Jurássico. Era um pouco maior que uma pomba e possuía cauda longa, percorrida pela coluna vertebral, como os répteis, além de dentes, dedos individualizados com garras e, como característica mais marcante, penas do corpo e penas de vôo assimétricas (indícios de que esse animal era capaz de voar). As aves pertencem ao mesmo grupo dos dinossauros, sendo que já foram descobertas penas (ou estruturas semelhantes, mais primitivas) em outros grupos de Dinosauria. Portanto, atualmente aceita-se o grupo aves não como Classe (a exemplo de Mammalia), mas um grupo bastante diversificado e atual de Dinosauria. Há cerca de 65 milhões de anos, com a extinção da maioria dos grandes grupos de répteis ocorreu uma grande radiação adaptativa e consequente diversificação das aves, que passaram a povoar praticamente todos ambientes terrestres. A filogenia dos grupos atuais de aves ainda está pouco elucidado, sendo difícil afirmar quais os grupos ancestrais e quais os mais derivados e de quem descendem. Atualmente aceitam-se dois grandes grupos de aves: Paleornithes (ratitas) e Neornithes (carinatas). Constituem uma classe de animais vertebrados, tetrápodes, endotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuirem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo. Do ponto de vista morfológico, as aves constituem um grupo um tanto particular e uniforme dentro dos tetrapodes (Tetrapoda) atuais. Particular porque se distiguem facilmente de outros grupos de animais vivos e uniformes porque, apesar do grande número de espécies e adaptações das mais variadas para diferentes nichos ecológicos, o grupo como um todo mantém sua morfologia bastante semelhante (diferentemente, p. ex., dos mamíferos). Entre as características morfológicas de grande importância ecológica e evolutiva, estão o formato do bico e dos pés e a proporção área alar/tamanho corporal. Do ponto de vista sistemático, a estrutura da siringe é de particular interesse, tendo sido de fundamental importância na divisão da ordem Passeriformes em Tyranni (Suboscines, ou "aves gritadoras") e Passeri (Oscines, ou "aves canoras, que cantam"). Mais recentemente, a estrutura da siringe também tem sido usada para estudos filogenéticos em grupos de aves não-Passeriformes (p. ex. os Falconiformes). No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o vôo ao animal. Entre estas podemos citar: 1. Endotermia 2. Desenvolvimento das penas 3. Aquisição de ossos pneumáticos 4. Perda, atrofia ou fusão de ossos e órgãos 5. Aquisição de um sistema de sacos aéreos 6. Postura de ovos 7. Presença de quilha, expansão do osso esterno, na qual se prendem os músculos que movimentam as asas 8. Ausência de bexiga urinária. Quanto a outros órgãos, as aves perderam os dentes (redução do peso total do animal) e as bexigas, e a grande maioria dos grupos de aves perderam o ovário direito. O sistema de sacos aéreos funciona em conjunto com o sistema respiratório (por isso a respiração em aves é diferente dos outros grupos de
  • 4. tetrapodes). Ainda tem função de diminuir a densidade do animal, facilitando o vôo e a natação (no caso de aves que mergulham). E.Mamiferos Os mamíferos são tetrápodes de sangue quente, cobertos de pêlos e dotados de glândulas mamárias. São também características deste grupo: -a formação de uma placenta, um anexo que permite as trocas respiratórias e nutritivas entre o feto e a mãe, contribuindo para que aquele passe todo o seu período de desenvolvimento no interior do útero materno, livre dos perigos do meio exterior; -a caixa craniana (exceto nos mamíferos mais primitivos) é comparativamente maior; -o crânio tem dois côndilos ocipitais, o que não permite uma rotação tão ampla da cabeça sobre o pescoço, como se sucede com as aves; -o quadrado e ossos articulares servem à articulação nessa classe pelos ossículos do ouvido médio; -circulação ampla e completa, com o coração apresentando 4 cavidades distintas. -respiração pulmonar. -presença de diafragma separando a cavidade toráxica da cavidade abdominal; -encéfalo altamente desenvolvido, mostrando numerosas circunvoluções que dão maior extensão à superfície ou córtex cerebral, onde se aloja a massa cinzenta; -os dentes são diferenciados em caninos, molares e incisivos; -o seu crescimento é limitado; -o metabolismo dos mamíferos é mais elevado que o dos répteis, mas inferior ao das aves; -a coluna vertebral divide-se em cinco zonas específicas (cervical, toráxica, lombar, sagrada e caudal), permitindo movimentos de flexão e extensão no plano (vertical) de simetria do corpo, em vez de ondulações laterais, como nos anfíbios e répteis. Portanto, através das características descritas acima, vimos que os mamíferos atuais são facilmente definidos, mas a história torna-se mais difícil se tivermos em conta todas as formas fósseis. Um Cinodonte evoluído é ainda um réptil ou já um mamífero? Desta forma designou-se só falar de mamíferos fósseis no caso de formas com articulação mandibular mamaliana. Os primeiros mamíferos assemelhavam-se a musaranhos, não conservando o porte imponente dos seus antepassados, os répteis mamalianos, que dominaram os ecossistemas terrestres durante milhões de anos. Apareceram no princípio do Jurássico e mantiveram dimensões reduzidas durante 130 milhões de anos. Contemporâneos dos Dinossauros supõe-se que ocupavam nichos ecológicos especiais, onde não entravam em concorrência com os répteis. A sua fisiologia devia, aliás, favorecer uma atividade noturna. Os mamíferos dividem-se em dois grupos distintos: os não-térios (agrupamento artificial, parafilético) e os térios (grupo natural, monofilético). Os térios: são representados pelos placentários e marsupiais. Chave classificatória dos mamíferos viventes (simplificado): Classe Mammalia Subclasse Prototheria Ordem Monotremata (ornitorrinco, equidna) Subclasse Theria Infraclasse Marsupialia (nome anterior Metatheria) Ordem Didelphimorphia (gambá, cuícas) Ordem Paucituberculata (cuíca-musaranho) Ordem Microbiotheria (monito-del-monte) Ordem Notoryctemorphia (toupeira-marsupial) Ordem Dasyuromorphia (diabo-da-tasmânia, gatos-marsupiais) Ordem Peramelemorphia (bandicotos) Ordem Diprotodontia (coala, wombat, canguru) Infraclasse Placentalia (nome anterior Eutheria) Superordem Afrotheria: Ordem Afrosoricida (tenrecos) Ordem Macroscelidea (musaranho-elefante) Ordem Tubulidentata (aardvarks) Ordem Hyracoidea (dassies) Ordem Proboscidea (elefantes) Ordem Sirenia (peixe-boi) Superordem Xenarthra Ordem Cingulata* (tatu) Ordem Pilosa* (preguiça, tamanduá) Superordem Euarchontoglires: Ordem Scandentia (Tupaias) Ordem Dermoptera (colugos) Ordem Primates (lémur/lêmure, macaco, chimpanzé, homem) Ordem Rodentia (camundongo, rato, hamster, esquilo, castor) Ordem Lagomorpha (lebre, coelho, pika) Superordem Laurasiatheria Ordem Erinaceomorpha*(ouriço)
  • 5. Ordem Soricomorpha* (musaranho, toupeira) Ordem Chiroptera (morcego) Ordem Pholidota (pangolim) Ordem Carnivora (cão, gato, urso, doninha, foca, morsa) Ordem Perissodactyla (cavalo, rinocerontes e anta ) Ordem Artiodactyla (porco, veado, boi, ovelha, camelo) Ordem Cetacea (baleia, golfinho). **Três consideraçõs devem ser levantadas: 1. As ordens Afrosoricida, Erinaceomorpha e Soricomorpha formavam a antiga ordem Insectivora, ainda utilizada por alguns correntes sistemáticas. 2. As ordens Cingulata e Pilosa compunham a antiga ordem Edentata, cujo termo atualmente foi elevado a superordem. 3. Em algums publicações os artiodáctilos e os cetáceos aparecem formando uma única ordem, a Cetartiodactyla. BOSCHILIA, C. Minimanual Compacto de Biologia Teoria e Prática. Editora Rideel. SP. 1ªedição. 2001. Prof. Tozetti. Resumo – Biologia. Conteúdo exclusivo Unificado. Caderno Vestibular-Zero Hora. P.05. 17 de outubro de 2007. POA. http://www.webvestibular.com.br/revisao_detalhe.aspx?r=1&cod=166 http://pt.wikipedia.org/ http://www.saudeanimal.com.br/mami.htm Para ver algumas imagens acessar: http://www.animalshow.hpg.ig.com.br/fotos.htm