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43 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010
Aplicação de modelo de tutoria proativa na modalidade
semipresencial de ensino a distância utilizando ferramentas
de interatividade e personalização
Juliana Aguiar | juliana.aguiar@gmail.com
Mestre em Biociências e Biotecnologia pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF. UENF/CEDERJ/UAB
Cristina Ferreira | cristtina_sf@yahoo.com.br
Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF. UENF/CEDERJ/UAB.
Ana Beatriz Garcia | garcia.anabeatriz@gmail.com
Doutora em Genética Molecular de Plantas, pela Reiksuniversiteit Gent, Bélgica. Professora Associada da Universidade Estadual do
Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF. UENF/CEDERJ/UAB.
Resumo
A Educação a Distância (EAD) é a modalidade educacional em que o processo de ensino-aprendizagem ocorre
com auxílio de meios e tecnologias de informação e comunicação (TICs) permitindo a alunos e professores de-
senvolverem atividades educacionais em lugares ou tempos diversos.
Durante os anos de 2008 e 2009, a disciplina Instrumentação para o Ensino em Genética, do curso de Licencia-
tura em Ciências Biológicas do Consórcio CEDERJ, foi utilizada como alvo de estudo. O objetivo do presente
trabalho é apresentar um modelo de tutoria proativa utilizando ferramentas de interatividade e personalização
do processo de ensino-aprendizagem na modalidade semipresencial buscando a maior interação e motivação
do aprendiz, além de estreitar os laços afetivos entre aprendiz e tutoria.
Ações presenciais e a distância foram propostas ao diagnosticar o perfil dos aprendizes. O estímulo, a interativi-
dade e a personalização do processo de ensino-aprendizagem permitiram uma diminuição no índice de abando-
no no período avaliado. A participação nos encontros presenciais contribuiu para aumentar a afetividade. Além
disso, observou-se um aumento da participação em encontros virtuais apresentada em número de aprendizes
presentes nos encontros virtuais e a melhora no desempenho, apresentada em média de notas.
Considerou-se que o aprendiz deve se sentir parte ativa, buscando, com auxílio da tutoria, a melhor forma de
utilizar suas habilidades e competências para um maior aproveitamento.
Palavras-chave
Interatividade. Afetividade. Tutoria proativa. Personalização. EAD.
Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010
Aplicação de modelo de tutoria proativa na modalidade semipresencial de ensino a distância utilizando ferramentas de interatividade e personalização
44 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br
APPLICATION OF THE PROACTIVE TUTO-
RIAL MODEL IN THE SEMIPRESENTIAL DIS-
TANCE LEARNING MODALITY USING INTER-
ACTIVITY AND PERSONALIZATION TOOLS
Abstract
Distance Education (DE) is the educational modali-
ty whereby the teaching-learning process occurs with
the aid of media and information and communication
technologies (ICTs), enabling students and teachers to
carry out educational activities in different places or ti-
mes. During 2008 and 2009 the subject Instrumenta-
tion for Teaching Genetics, part of the CEDERJ Con-
sortium Teacher Training in Biological Sciences course,
was used as a study target. The aim of this paper is to
present a model of proactive tutoring using interactive
and personalization tools of the teaching-learning pro-
cess in a semi-distance educational modality, seeking a
greater interaction with and motivation of the learner, in
addition to strengthening the emotional bonds between
pupil and tutor. Face-to-face and long distance appro-
aches were proposed as learners’ profiles were diagno-
sed. Positive stimulus, interactivity and personalization
of the teaching-learning process led to a reduction in
student dropout rates during the period analyzed. At-
tendance in face-to-face encounters helped to increase
affectivity. Furthermore, there was an increase in virtual
meeting attendance reflected by the number of learners
attending virtual encounters, and improved performan-
ce, shown by a higher grade average. It was considered
that the learner should feel that he is an active part of
the process, employing tutoring to find the best way to
use his skills and talents to maximize learning.
Keywords
Interactivity. Affectivity. Proactive tutoring. Person-
alization. DE.
Resumen
La Educaccion a Distancia (EAD) es la modalidad
educacional en que el proceso enseñanza-aprendizaje
ocurre con el auxilio de medios y tecnologías de infor-
mación y comunicación (TICs) permitiendo a alum-
nos y profesores desarrollar actividades educacionales
en lugares o tiempos diversos.
Durante los años 2008 y 2009 la asignatura Instru-
mentación para la Enseñanza de Genética, del curso
de Profesorado en Ciencias Biológicas del consorcio
CEDERJ, fue utilizada como objeto de estudio. El ob-
jetivo del presente trabajo es presentar un modelo de
tutoría proactiva utilizando herramientas de interacti-
vidad y personalización del proceso enseñanza-apren-
dizaje en la modalidad semipresencial, buscando una
mayor interacción y motivación del aprendiz, así como
estrechar los lazos afectivos entre aprendiz y tutoría.
Acciones presenciales y a distancia fueron propuestas
al diagnosticar el perfil de los estudiantes. El estímulo,
la interactividad y la personalización del proceso en-
señanza-aprendizaje permitieron una disminución del
índice de abandono en el período evaluado. La par-
ticipación en los encuentros presenciales contribuyó
para aumentar la afectividad. Además se observó un
aumento de la participación en encuentros virtuales
observada en el número de estudiantes presentes en
los encuentros virtuales, y la mejoría en el desempeño,
a través del promedio de las notas.
Se considera que el aprendiz debe sentirse parte ac-
tiva, buscando con el auxilio de la tutoría, la mejor
forma de utilizar sus habilidades y competencias para
un mayor rendimiento.
Palavras-Clave
Interactividad. Afectividad. Tutoria proactiva. Perso-
nalización. EAD.
1. Introdução
1.1. Considerações gerais sobre EAD
De acordo com o Decreto 5.622, publicado em de-
zembro de 2005, a Educação a Distância (EAD) é a
modalidade educacional na qual a mediação didático-
pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem
ocorre com a utilização de meios e Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs), em que o desen-
volvimento de atividades educativas é realizado em
lugares ou tempos diversos.
Nesse sentido, a EAD pôde ser dividida em modelos
nos quais as aulas são aplicadas em regime semipresen-
cial ou a completa distância. Esses modelos incluem as
aulas por correspondência, teleaula, videoaula e aula
Web (BASTOS, 2003). Dessa forma, podemos visu-
Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010
Aguiar, Juliana; FERREIRA, Cristina; GARCIA, Ana Beatriz
45 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br
alizar a evolução de EAD de acordo com os avanços
tecnológicos obtidos ao longo do tempo. Atualmente,
os meios mais utilizados em EAD são: impresso, te-
leconferência, chat, fóruns de discussão, correio ele-
trônico, além de plataformas de ambientes virtuais de
aprendizagem (FLORIANO et al., 2005).
Os avanços em EAD seguem parâmetros tec-
nológicos, culturais e sociais. A tecnologia ocupa
papel essencial na influência sobre a EAD, sendo
a internet o instrumento que propicia uma maior
interação entre alunos/aprendizes e professores/tu-
tores (DAHMER, 2006). Culturalmente, o ensino a
distância é visto muitas vezes de forma negativa,
sendo considerado insatisfatório quando compara-
do com a modalidade presencial. O papel social da
EAD como uma política pública é visto muitas ve-
zes como uma medida paliativa no que diz respeito
a levar ensino a regiões distantes dos centros urba-
nos, recebendo muitas críticas no que diz respeito
ao efetivo aprendizado do estudante (BELLONI,
1999; RIOS e PIMENTEL, 2007).
Entretanto, os resultados apresentados por alunos de
EAD quando comparados aos alunos da modalidade
presencial mostram a evolução dessa modalidade de
ensino permitindo uma maior aceitação cultural e so-
cial. No cenário atual, a EAD vem sofrendo transfor-
mações a partir de mudanças de valores nos quais a di-
versidade cultural é presente, em sua contextualização,
de saberes e conhecimentos. A EAD, além de propiciar
uma contextualização social variada, permite uma refle-
xão sobre a aprendizagem (CLOSS et al., 2008)
A EAD é tida como uma modalidade que possui
maior alcance, razão custo/benefício mais favorável e
maior flexibilidade (para os tutores e aprendizes), além
da personalização da EAD em nível tal que algumas
vezes chega à individualização (CHAVES, 1999).
A educação, seja ela presencial ou a distância, deve
propiciar ao estudante alguns aspectos fundamentais
como: consciência crítica, criativa e participativa; for-
mação sólida e vinculação da teoria com a prática,
contextualizada nos aspectos social, econômico, políti-
co e cultural (RIOS e PIMENTEL, 2007). O processo
de ensino-aprendizagem necessita de um espaço inte-
rativo, confiável, onde a reciprocidade na construção
do conhecimento é fundamental.
Nesse contexto a Educação a Distância tem como
base o compartilhamento do conhecimento, a prática
pedagógica dialógica, a autonomia, a autoaprendiza-
gem, a interatividade, o trabalho colaborativo e a ava-
liação com foco na formação. Processos que valorizam
as potencialidades do aprendiz.
A Comunicação Mediada por Computador (CMC)
permitiu a exploração de novas abordagens de ensino-
aprendizagem em EAD, diferentes da abordagem tradi-
cional baseada na transmissão passiva de informações
ao aprendiz. Com os recursos introduzidos pela CMC
tornou-se possível explorar abordagens baseadas na
colaboração, na construção de conhecimentos e na
avaliação formativa do aprendiz. Dessa forma, a EAD
passa a ser vista como uma oportunidade de mudança
no quadro educacional existente (VALENTE, 2000).
Assim, as inovações no âmbito da Educação a Dis-
tância podem contribuir com os sistemas tradicionais
de educação, fazendo com que ocorra uma inovação
não só tecnológica como metodológica (BELLONI,
1999; MORAN, 2009c).
Não há, porém, uma discussão sobre a substitui-
ção de uma modalidade de ensino pela outra. Moran
(2003) afirma que a inserção de elementos tecnológi-
cos na educação presencial para que o aprendiz bus-
que mais a aprendizagem na ausência do professor
possibilita uma visão de autonomia e valorização da
aprendizagem. Por outro lado, Moran (2004) tam-
bém apresenta a necessidade de encontros presen-
ciais em cursos de EAD para aumentar os laços de
confiança entre tutor e aprendiz além de motivar e
aumentar a interação do aprendiz. Assim, verifica-se
a necessidade de um equilíbrio para a educação com
propostas pedagógicas que fortaleça o processo de
ensino-aprendizagem (CALABRI, 2009).
Nesse sentido, estratégias metodológicas foram de-
senvolvidas a fim de permitir a presença temporal do
tutor em cursos de EAD, caracterizando a educação
semipresencial. Segundo Voigt (2007), essa modalida-
de de EAD pode ser considerada como uma ponte
que liga a modalidade presencial clássica com a mo-
derna Educação a Distância, possibilitando usufruir
das vantagens das duas modalidades.
Na modalidade semipresencial, estudantes e pro-
fessores estão separados fisicamente em determina-
Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010
Aplicação de modelo de tutoria proativa na modalidade semipresencial de ensino a distância utilizando ferramentas de interatividade e personalização
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dos momentos da disciplina, mas interligados por
meio de comunicação, interação e nas aulas presen-
ciais (MORAN, 2009a). Esta interligação permite a
retomada dos conteúdos estudados nos momentos
não presenciais nas aulas presenciais, estimulando
os processos de ensino e aprendizagem (OLIVEIRA,
2007). Por tais especificidades, a semipresenciali-
dade torna-se um elemento a mais de flexibilização
curricular, no que diz respeito às condições indivi-
duais de cada estudante, ao ritmo de aprendizagem,
ao local e ao tempo de dedicação aos estudos (PE-
TERS, 2004; MORAN, 2009b).
O sucesso da modalidade semipresencial é dado em
grande parte pelo desempenho do professor/tutor du-
rante o encontro (tutoria) presencial. Assim, é essencial
que o professor/tutor possua, entre outras qualidades,
facilidade de comunicação, dinamismo, criatividade,
liderança e iniciativa para atuar como facilitador, junto
ao grupo de aprendizes, sendo caracterizado como um
“orientador” da aprendizagem, com tarefas distintas
do professor convencional (SOUZA, 2004).
Ao tutor não cabe a tarefa de transmitir conteúdos
de forma passiva, mas a de reforçar o processo de
autoaprendizagem indicando os possíveis caminhos
para que o aprendiz alcance os objetivos, verificando
os problemas de aprendizagem, explorando as po-
tencialidades individuais e estabelecendo uma rela-
ção de confiança (SOUZA, 2004).
Dessa forma, à medida que o processo de apren-
dizagem se efetiva, a relação do aluno com o tutor
muda. Estreitam-se e aprofundam-se os laços afeti-
vos, o que propicia a permeabilidade educativa em
direção a uma maior autonomia, liberdade e dife-
renciação (SOUZA, 2004)
A permanência do discente em cursos EAD deman-
da uma postura proativa, com estudos que apontem
o perfil individualizado dos estudantes ingressantes, as
suas interações com a estrutura de ensino e com os
colegas, permitindo monitorar e melhorar o desempe-
nho acadêmico dos discentes a partir, principalmente,
da ação tutorial motivadora (GAIOSO, 2005).
A educação proativa tem como característica uma
amplitude de visão e um imediatismo de ação focado
na constante análise da metodologia empregada, nas
dificuldades dos aprendizes e nos pontos que podem
ser aperfeiçoados, estando ligados ao contínuo aper-
feiçoamento (CRIVELARO, 2009). No conceito de
proatividade pode-se incluir: prontidão, antecipação,
perspicácia, senso de urgência, iniciativa, agilidade,
responsabilidade e consistência, termos que levam
ao comprometimento com o objeto de trabalho (NA-
VARRO, 2008). A tutoria proativa tenta propiciar o
máximo de conhecimento aos aprendizes, permitin-
do que esses possuam uma visão ampla e crítica do
processo de ensino-aprendizagem.
Em cursos a distância, o professor-tutor é aquele
que faz a mediação entre os conteúdos e os aprendi-
zes (BENETTI et al., 2008) favorecendo a autonomia
da aprendizagem, e a consciência da necessidade de
desenvolver sua autoaprendizagem. Essa consciência
permite uma construção dinâmica do conhecimento,
na qual a interação tutor-aprendiz e aprendiz-aprendiz
ocorra, estabelecendo uma rede colaborativa de sabe-
res (RIOS e PIMENTEL, 2007)
Além da construção do conhecimento individual, a
construção coletiva de conhecimento é de grande im-
portância para o processo de ensino-aprendizagem em
EAD. A formação de grupos para o desenvolvimento
de atividades, as discussões em fóruns e salas de en-
contros virtuais desenvolvem o conhecimento coletivo
pelo exercício da aprendizagem colaborativa (PRATT
e PALLOFF, 2004; BARBOSA, 2008).
A aprendizagem colaborativa apresenta caracte-
rísticas e elementos que favorecem a troca de in-
formações e a negociação de conflitos com a troca
de ideias, a argumentação e a reflexão oferecendo
recursos para a aprendizagem individual e coletiva
(ALCÂNTARA, SIQUEIRA e VALASKI, 2004). Es-
pera-se que além de adquirir conhecimento consi-
gam se relacionar, compartilhar opiniões e compre-
ender a diversidade de ideias e de interpretações
(JOHNSON e JOHNSON, 1997). A aprendizagem
colaborativa deve prover meios que possibilitem e
estimulem a participação ativa dos aprendizes na
construção de novos conhecimentos e que os mes-
mos tomem consciência da importância da contri-
buição individual no sucesso coletivo (ALCÂNTA-
RA, SIQUEIRA e VALASKI, 2004).
O desempenho do aluno em atividades colabo-
rativas pode ser usado como base para a avaliação
Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010
Aguiar, Juliana; FERREIRA, Cristina; GARCIA, Ana Beatriz
47 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br
individual e do grupo. Dessa forma, no processo
avaliativo os professores/tutores consideram a cons-
trução individual de conhecimento como, também,
o trabalho coletivo, relatórios de autoavaliação, ava-
liação coletiva e individual, expressão oral e escrita
dos aprendizes no desenvolvimento das atividades e
níveis de interação com as ferramentas de interação
(VASCONCELOS et al., 2008).
A avaliação no ambiente virtual de aprendizagem
(AVA) deve considerar as oportunidades oferecidas
aos aprendizes para discussão e trabalho em grupo,
a organização e o acesso ao conteúdo, e a facilidade
de navegação do aprendiz (LAGUARDIA, PORTELA
e VASCONCELLOS, 2007).
Segundo Vasconcelos e colaboradores (2008), a
avaliação não deve medir apenas a quantidade de
conhecimentos adquiridos pelo aluno e sim conside-
rar seu histórico durante o curso sendo feita uma ava-
liação constante que permita traçar estratégias para
ajudá-lo a construir seus conhecimentos, focando na
formação do indivíduo como profissional e cidadão,
contemplando as funções diagnóstica e formativa.
Apesar dos variados recursos disponíveis em AVAs,
a avaliação da aprendizagem ainda é um desafio a ser
superado. O MEC (1998) fala em avaliações presen-
ciais, o que contradiz os projetos pedagógicos de mui-
tos cursos construtivistas e interacionistas, mas a ava-
liação presencial não necessariamente precisa ser uma
prova com ação verificacionista (VASCONCELOS et
al., 2008; MORAN, 2009c). Poderiam ser realizadas
diferentes atividades como seminários, apresentação
de resultados de projetos desenvolvidos em grupos,
discussões orais, sendo mais um exercício da constru-
ção coletiva do conhecimento. Bassani e Behar (2006)
destacam que a avaliação da aprendizagem em AVAs
deve levar em consideração a avaliação por meio de
testes online, a produção individual dos aprendizes e
a análise das interações entre aprendizes a partir de
mensagens postadas/trocadas no ambiente virtual.
Dessa forma, a avaliação formativa pode ser efe-
tuada utilizando-se ferramentas síncronas (chat) e
assíncronas (lista de discussão, fórum). O chat possi-
bilita a avaliação da capacidade de resposta imedia-
ta a questões propostas, e as habilidades de síntese,
análise, avaliação e senso crítico. A avaliação via fó-
rum, avalia a capacidade de autoaprendizagem, pois
essa ferramenta permite que os aprendizes leiam as
respostas de seus colegas, pesquisem com maior cui-
dado o assunto e elaborem suas respostas (BASSANI
e BEHAR, 2006; SILVA e SILVA, 2008).
O processo avaliativo deve, além de contribuir para
o processo de formação do indivíduo (SILVA e SIL-
VA, 2008), servir de orientação para que o professor
realize ajustes em suas estratégias didáticas, a fim de
adequar melhor sua metodologia e aumentar a re-
posta do aluno ao processo de ensino-aprendizagem
(LAGUARDIA, PORTELA e VASCONCELLOS, 2007;
VASCONCELOS et al., 2008).
1.2. Consórcio CEDERJ
Após a adoção da EAD em unidade universitária,
começam a surgir consórcios entre universidades,
assim como propostas de parcerias entre universi-
dades e governos estaduais e municipais para viabi-
lizar cursos a distância com apoio interinstitucional
(MARTINS, 2006).
A criação, em 2000, de grandes consórcios nacionais
e estaduais de universidades públicas (UniRede, CE-
DERJ e o Projeto Veredas em Minas Gerais) é exem-
plo bem-sucedidos de colaboração interinstitucional,
importante para o Ensino Superior a Distância
O Consórcio CEDERJ reúne seis universidades do
estado do Rio de Janeiro, UERJ, UENF, UNIRIO,
UFRJ, UFF e UFRRJ, a fim de levar a diversas re-
giões do estado Ensino Superior para formação de
profissionais qualificados.
O CEDERJ conta com um modelo de EAD basea-
do na educação semipresencial associado ao modelo
Web que permite a permanência da figura do profes-
sor-tutor em tutorias presenciais favorecendo o pro-
cesso de autoaprendizagem. No modelo adotado, os
alunos/aprendizes são organizados em polos, o que
aproxima a universidade de regiões mais distantes.
O Ambiente de Aprendizagem a Distância dos cursos
de graduação do Consórcio CEDERJ é desenvolvido
na concepção de uma abordagem construtivista e é
viabilizado na Web através da Plataforma CEDERJ1.
Costa e Franco (2005) destacam como aspectos im-
portantes de uma AVA a autonomia do estudante, a
interatividade e a aprendizagem colaborativa.
Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010
Aplicação de modelo de tutoria proativa na modalidade semipresencial de ensino a distância utilizando ferramentas de interatividade e personalização
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O objetivo do Consórcio CEDERJ é a formação in-
tegral dos alunos/aprendizes, para que se transformem
em produtores de conhecimento e não em meros re-
ceptores de informações. A proposta é realizar cursos
de nível superior a distância que ofereçam essa auto-
nomia de estudo, utilizando-se a experiência educati-
va das universidades consorciadas.
No Consórcio CEDERJ, a competência acadêmica
dos cursos está a cargo dos docentes das universida-
des. São eles que preparam o projeto político e peda-
gógico dos cursos, o conteúdo do material didático,
cuidam da tutoria e da avaliação.
1.3. Alvo de estudo
Instrumentação para o Ensino de Genética (Instru-
gen) é uma das disciplinas obrigatórias oferecidas pelo
curso de Licenciatura em Ciências Biológicas no âm-
bito do Consórcio CEDERJ.
A disciplina Instrugen foi proposta como um mo-
mento de reflexão e criação para um melhor aprovei-
tamento da maneira como os conteúdos serão traba-
lhados durante a prática pedagógica do professor de
Ciências e Biologia na Educação Básica e não como
uma disciplina de didática específica para Genética.
Nesta disciplina os assuntos são apresentados grada-
tivamente à medida que os trabalhos são realizados e
entregues. Não é uma disciplina estanque com módu-
los e aulas, mas sim um conjunto de atividades que
são construídas tendo como base a troca de informa-
ções e as discussões decorrentes da interatividade en-
tre tutores/mediadores e aprendizes.
A disciplina foi desenhada como modelo para o esta-
belecimento de uma metodologia em EAD que visa à
construção do conhecimento e à formação de um edu-
cador com uma visão ampla, capaz de aplicar o conte-
údo de Genética e Biologia Molecular de forma clara e
adequada ao seu público-alvo, capaz ainda de pensar em
situações cotidianas aplicadas ao contexto da disciplina.
A metodologia utilizou um modelo de tutoria proativa, a
qual estimulou ampla participação dos aprendizes. Estes
utilizaram a plataforma CEDERJ como “sala de aula”,
que dispõe de diversas ferramentas de interatividade as-
síncronas – e-mail, Sala de Tutoria, Fórum e Atividades
– e síncronas – Salas de Conferência (chat), ambiente
online usado para plantões de tutoria, encontros virtuais
com convidados e de grupos de aprendizes interpolos.
O uso de ferramentas da AVA (plataforma CEDERJ)
permite o desenvolvimento de atividades individuais
ou em grupo, fazendo uso de ferramentas de interação
como chat e fóruns, estimulando a construção coletiva
do conhecimento. Além da AVA a disciplina utiliza o tele-
fone 0800 e o e-mail como ferramentas de interação.
As ferramentas são usadas para incentivar a intera-
ção tutor/aprendiz e aprendiz/aprendiz, fazendo com
que, através da aprendizagem colaborativa, contribu-
am uns com os outros. Assim estimulou-se a constru-
ção do saber coletivo. Utilizou-se também a avaliação
formativa em cada uma das atividades propostas, sen-
do uma avaliação contínua na qual o aprendiz conse-
gue visualizar sua evolução na disciplina.
O objetivo do presente trabalho é apresentar um
modelo de tutoria proativa utilizando ferramentas de
interatividade e personalização do processo ensino-
aprendizagem na modalidade semipresencial buscan-
do a maior interação e motivação do aprendiz, além
de estreitar os laços afetivos entre aprendiz e tutoria.
2. Metodologia
O modelo pedagógico da disciplina, baseado na
proposta de tutoria proativa, na aprendizagem cola-
borativa, no incentivo à interatividade e na avaliação
formativa, visa a que o processo de ensino aprendi-
zagem seja satisfatório.
Para isso, foram disponibilizados, semestralmente, no
ambiente virtual de aprendizagem (AVA – http://nova-
plataforma.cederj.edu.br/mailmarketing/files/livroguia-
daplataforma.pdf), os calendários (atividades, encontro
presencial,) e o guia da disciplina (objetivos, propostas
e método avaliativo). As ações presenciais e a distân-
cia utilizadas no modelo de tutoria proativa (Figura
1) foram realizadas através de encontro presencial e
de ferramentas assíncronas e síncronas. Em todas as
ações realizadas a tutoria atuou como mediadora, além
de personalizar o atendimento a fim de se aproximar
do aprendiz de forma a atender suas necessidades. A
tutoria sempre se colocou também como aprendiz em
situações determinantes. O tratamento individualizado
valorizou as competências e habilidades de cada apren-
diz sempre com linguagem incentivadora, motivadora,
aproximando o mesmo da disciplina e da tutoria.
Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010
Aguiar, Juliana; FERREIRA, Cristina; GARCIA, Ana Beatriz
49 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br
Ação presencial: encontro presencial – O encontro
entre tutores e aprendizes foi programado nos polos
regionais para realização da ação presencial. Neste
momento a proposta era estreitar laços através do
contato pessoal com os tutores, conhecer os colegas
do polo que faziam a mesma disciplina, tirar as dúvi-
das sobre a metodologia utilizada na disciplina além
de discutir a proposta da atividade “Ludoteca”.
Ações a distância: ferramentas assíncronas – Fórum:
Com o objetivo de promover a integração entre apren-
dizes e tutores foram realizados dois fóruns a cada se-
mestre. No fórum inicial, cada aluno teve a oportuni-
dade de falar um pouco de si e conhecer os tutores e
outros aprendizes. O fórum “Ludoteca” teve como fi-
nalidade a formação dos grupos e a sugestão de temas
para o desenvolvimento da atividade “Ludoteca”. Sala
de tutoria: Nesta ferramenta, os aprendizes podiam
deixar dúvidas ou solicitar que um dos tutores entrasse
em contato por telefone no horário em que pudessem
interagir. e-mail: O e-mail foi utilizado para o primeiro
contato com a disciplina. Neste momento os aprendi-
zes encaminhavam seus telefones de contato e horários
em que teriam maior disponibilidade de tempo. Tam-
bém foi uma ferramenta usada pelos aprendizes para
justificar ausências e tirar dúvidas. Através do e-mail,
os tutores também informavam a disponibilização das
atividades e encaminhavam próximo à data de entrega
das atividades um e-mail de alerta.
Ferramentas síncronas – “Sala de Conferências”. Na
plataforma, um encontro virtual, agendado desde o iní-
cio do semestre, foi realizado através desta ferramenta. A
mesma conferência foi disponibilizada em dois dias e dois
horários diferentes para facilitar a participação de todos os
aprendizes. O tema desse encontro variou de acordo com
os interesses dos aprendizes no decorrer do semestre.
Atendimento telefônico: Pelo 0800, os aprendizes
puderam entrar em contato nos horários de plantão
fixo da tutoria a distância sempre que julgaram neces-
sário. Caso os horários disponibilizados para contato
telefônico não fossem compatíveis com o do apren-
diz, o mesmo pôde informar, através das ferramentas
assíncronas, horários em que o contato fosse mais
conveniente. A tutoria utilizou nestes casos o plantão
de tutoria ativo com horários alternativos para atendi-
mento telefônico.
Atividades Desenvolvidas – Atividades complementa-
res e sequenciais foram propostas. Estas foram divididas
em atividades individuais e colaborativas (Figura 2).
Figura 1: Esquema apresentando as ferramentas utilizadas para realização de tutoria proativa em ações presenciais e a distância.
TUTORIA PROATIVA
Ação Presencial Ações a Distância
Encontro Presencial
Telefone 0800 AVA - Plataforma CEDERJ
Plantão de Tutoria
Ferramentas
Síncronas
Ferramentas
Assíncronas
Horário Alternativo
Horário Fixo
Ativo
Receptivo
“Sala de
Conferências”
Ferramentas
“Atividades”
Encontros Virtuais
Sala de Tutoria
Fórum
E-mail
Blog
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Figura 2: Esquema demonstrativo das atividades propostas pela disciplina.
Ordem cronológica de realização das atividades:
A disciplina foi iniciada com fóruns, como men-
cionado anteriormente, porém apenas no intuito
de aproximar aprendizes/aprendizes e aprendizes/
tutoria. Atividades individuais foram propostas
utilizando a ferramenta “Atividades”. A ativida-
de 1 (Figura 2) foi proposta pela necessidade
constante de atualização dos aprendizes e futuros
professores além da ausência de material didáti-
co impresso. Um material complementar foi pre-
parado e indicado. O mesmo explicou como uti-
lizar sites de ferramentas de busca de informação
científica como Portal CAPES, Google acadêmi-
co, Scirus, Scielo, além de normas de citação bi-
bliográfica. A atividade 2 propôs que os alunos/
aprendizes idealizassem o conteúdo programático
de Biologia para o Ensino Médio, selecionando os
assuntos que considerassem relevantes dentro do
conteúdo de genética e biologia molecular. Pré-
requisitos necessários para cada um dos assuntos
deveriam ser identificados assim como o momento
em que ele deveria ser abordado, justificando o
motivo da escolha do assunto. A atividade 4 foi
feita por aprendizes que não cumpriram alguma
das atividades individuais ou não puderam parti-
cipar dos encontros e justificaram esta ausência.
Os aprendizes deveriam escolher um assunto den-
tro do conteúdo de Genética e Biologia Molecular,
buscar artigos relacionados a este assunto e pre-
parar uma aula teórica e um texto com referências
sobre o tema. As atividades colaborativas (Figura
2) foram realizadas para valorizar a troca de ex-
periência e conhecimento entre os aprendizes. Na
atividade 3, os tutores expuseram em fórum situ-
ações do cotidiano da sala de aula, como dúvidas
atuais de alunos sobre assuntos que foram divul-
gados na mídia. Assim, de forma colaborativa, os
aprendizes deveriam discutir formas de esclarecer
o aluno sem prejudicar o andamento do assunto
abordado no momento. Já a atividade “Ludote-
ca” foi proposta logo no início e desenvolvida pe-
los aprendizes paralelamente às outras atividades
propostas. O objetivo desta era desenvolver uma
atividade lúdica sobre um tema de genética para
um público-alvo determinado. Foi necessária a for-
mação de grupos de 2 a 4 aprendizes, previamen-
te organizado em um fórum. Foi sorteado o tema
e o público alvo a que a aula lúdica se destina. A
aula sempre deveria ser direcionada a alunos do
Ensino Médio, porém poderia ser específica para
EJA (Educação de Jovens e Adultos) ou Educação
Inclusiva. Além da atividade lúdica, os aprendizes
ATIVIDADES PROPOSTAS
Atividades
Individuais
Atividades
Colaborativas
Busca e referência (1)
Planejamento de
conteúdo
programático (2)
Atividade de
reposição (4)
Simulação de
cotidiano (3)
Atividade Ludoteca
Estrutura Material desenvolvido
Grupos Publico alvo Tema
Kit de aula lúdica
Plano de aula
Roteiro para
o aluno
EM regular2 a 4 alunos
Interpolo
Mesmo polo
EJA
Educação
Inclusiva
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Aguiar, Juliana; FERREIRA, Cristina; GARCIA, Ana Beatriz
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também deveriam preparar uma aula base e um
roteiro para alunos e professores de Biologia, ma-
terial este a ser entregue no polo regional.
Avaliação: Em contraponto à avaliação somativa,
proposta pelo consórcio, neste trabalho foi utilizada a
avaliação formativa, em que foram utilizados concei-
tos Satisfatório (8,0 a 10,0), regular (5,0 a 7,9) e não
satisfatório (0,0 a 4,9). Neste modelo, onde buscou-
se valorizar as potencialidades do aprendiz por meio
da autoaprendizagem, foram avaliadas as atividades,
a participação nos fóruns e nos encontros virtuais e
presenciais. Sendo que, em relação ao trabalho desen-
volvido, o aluno teve direito a duas revisões de nota.
3. Resultados e discussão
Este trabalho analisou dados obtidos após obser-
vação de quatro turmas (2008.1, 2008.2, 2009.1 e
2009.2) da disciplina Instrugen num total de 391 alu-
nos matriculados, sendo 174 no ano de 2008 e 217
em 2009. Neste período o total de aluno que abando-
naram a disciplina foi de 12,5 % (18,4% em 2008 e
7,8% em 2009) (Tabela 1).
A diminuição, em 58%, do índice de abandono en-
tre 2008 e 2009 foi atribuída à metodologia de tuto-
ria proativa. Para que esse resultado fosse alcançado,
além das análises do perfil dos aprendizes obtidos após
a interação no fórum, considerou-se utilização de es-
tratégias para melhorar a comunicação, incluindo um
estímulo a interação após o encontro presencial.
As discussões nos fóruns, além de permitir diagnos-
ticar um perfil dos aprendizes inscritos, também foram
usadas para incentivar a permanência do aprendiz na
disciplina como mais uma tentativa de estreitar os laços
afetivos entre os aprendizes e entre aprendiz e tutoria.
A importância da realização de fóruns online é descri-
ta por Batista e Gobara (2008) quando discutem que
essa ferramenta é fundamental para aumentar o inte-
resse do aprendiz pela disciplina, e que o comprometi-
mento dos tutores e aprendizes na organização do uso
desta torna essa ferramenta relevante para o estímulo
da interatividade. Segundo Pratt e Palloff (2004), o
estímulo à participação dos aprendizes em ambientes
online, que estimulam a aprendizagem colaborativa
coletiva, é importante para sustentar a interatividade
Tabela 1: Relação do número de alunos que abandonaram a disciplina
durante todo o curso. Em 2009, os contatos telefôni-
cos e a proposta do encontro presencial alcançaram
aprendizes que não interagiam no fórum.
Aos que interagiram, os fóruns possibilitaram que
os aprendizes se conhecessem e se identificassem
com outros aprendizes verificando fatos relevantes
da vida pessoal e acadêmica e as experiências, além
de dificuldades em comum. Essa discussão permitiu
a formação de um vínculo entre aprendizes e a pro-
posta, pelos próprios, de várias soluções para superar
as dificuldades em comum. Essa troca de experiências
também foi observada por González e colaboradores
(2009), ao analisar que a interação pôde ser facilitada
pela similaridade de problemas vivenciados entre os
aprendizes, além da compreensão do problema alheio
e o planejamento de estratégia para vencer as dificul-
dades encontradas na realidade de cada um. O fórum
permitiu que os aprendizes percebessem a importân-
cia da possibilidade de colaborar uns com os outros e
interagir com tutores mais informalmente. A participa-
ção nos fóruns foi de 6,2 e 6,1 (participações em mé-
dia por aprendiz em 2008 e 2009, respectivamente).
Quantidade de alunos
Matriculados
Abandonos
Abandono com matrícula trancada no CEDERJ
Matriculados 1 vez e com 1 abandono
Abandonos consecutivos
Abandono com aprovação após 1 ano
2008
174
32
6
4
9
13
2009
217
17
2
12
3
-
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A análise do perfil dos aprendizes também possi-
bilitou adequar a proatividade da tutoria às neces-
sidades dos aprendizes de forma personalizada a
fim de manter a qualidade da troca de experiências
e conhecimento. As variáveis modificadas incluem
maior incentivo ao grupo de alunos/aprendizes com
facilidade para uso de Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs). O objetivo foi aumentar a fre-
quência do acesso à plataforma e ao e-mail. Aqueles
com dificuldades para uso de TICs foram estimula-
dos a usar o contato por telefone.
Os grupos que moram distante do polo ou que traba-
lham e possuem pouca disponibilidade de tempo rece-
bem uma maior atenção através do atendimento telefô-
nico ativo. Assim, estes recebem telefonemas de apoio
e/ou incentivo dos tutores. Essa última estratégia em
especial é apoiada por Lopes e Xavier (2007) quando
afirmam que o tutor deve ter uma postura que desper-
te no aprendiz confiança e esperança em suas próprias
capacidades, tornando o aprendiz confiante e capaz.
A individualização da proatividade baseada no perfil
do grupo de alunos matriculados permitiu uma maior
aproximação entre aprendiz e tutoria. Moran (2003) fala
sobre a importância de estabelecer laços de confiança e
um clima de apoio, incentivo e afeto com os aprendizes
para que estes compreendam que a participação é fun-
damental. Isso resultou num maior aproveitamento em
relação ao desempenho final dos aprendizes, como será
apresentado ainda neste trabalho.
A inclusão do encontro presencial semestral no ca-
lendário da disciplina em 2009 favoreceu o contato
entre tutor e aprendiz. Com este encontro a neces-
sidade do tutor “buscar” o aprendiz foi reforçada.
Essa atuação proativa da tutoria busca aumentar o
“feedback” do aluno, incentivando a interatividade
além de criar um laço afetivo entre tutor aprendiz.
Conhecer os aprendizes pessoalmente permitiu sa-
ber como motivá-lo de maneira mais adequada. De
acordo com Bonatto et al. (2008), o fortalecimento
dos laços de afetividade e cumplicidade auxilia na
superação de desafios de aprendizagem pessoal e
coletiva. Neste encontro foi possível esclarecer me-
lhor as propostas da disciplina, assim como a es-
trutura formativa de avaliação e a importância da
aprendizagem colaborativa.
De uma forma geral o encontro presencial minimi-
zou dificuldades do contato virtual. Fato exposto por
Oliveira (2007), o contato presencial tende a preen-
cher lacunas que continuam em aberto após os estu-
dos individuais, além de permitir uma liberdade nas
próximas interações virtuais. O número de alunos
que participaram do encontro está apresentado na
Tabela 3. Foi registrada a participação de 67,2% dos
alunos matriculados nos encontros e um reflexo posi-
tivo nas atividades e na interatividade após o encon-
tro, demonstrada tanto através do desempenho dos
mesmos quanto na participação no encontro virtual
proposto (Tabela 2).
Tabela 2: Relação entre a presença dos aprendizes nos encontros propostos na disciplina, a quantidade de aprovação na disciplina, as médias das notas
obtidas e o aumento da participação e do rendimento em notas
2008 2009 (%) Aumento de 2008 para 2009
nº de alunos (%) nº de alunos (%) Presença de alunos
Encontro presencial
Encontro virtual
Alunos aprovados
Alunos regulares
Alunos matriculados
-
81
117
138
174
-
59%
85%
79,3%
100%
117
124
164
174
217
67,2%
72%
94%
80,2%
100%
-
22%
10,1%
1,1%
-
Média das notas Rendimentos em notas
Atividade “Ludoteca”
Nota final
7,7
8,3
-
-
8,5
9,8
-
-
10,4%
18%
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Em relação as atividades propostas pela disciplina,
estas são uma opção de aprimorar o conhecimento
dos aprendizes acerca dos temas abordados, exer-
citando a autoaprendizagem (responsabilidade pela
condução da própria aprendizagem). Os conceitos
obtidos pelos aprendizes após as orientações e revi-
sões, quando necessárias, foram em sua maioria sa-
tisfatórios. Assim, as notas em atividades individuais
permaneceram, em média, acima de 8,0. Além do
dado somativo apresentado, um resultado satisfató-
rio foi observado quanto a capacidade do aprendiz
discutir sobre os temas abordados nas atividades em
conferências virtuais propostas.
Duas das atividades propostas tinham como foco
a aprendizagem colaborativa a partir da proposta
da formação de grupos, a fim de permitir a transfor-
mação do saber coletivo através da interação, refle-
xão, discussão, crítica e ponderação, mais facilmen-
te compreendidas quando partilhadas (BARBOSA,
2008). A atividade “Ludoteca”, realizada em grupo,
permitiu um aumento na percepção do aprendiz em
relação a necessidade de incluir atividades lúdicas
no ambiente de ensino. Segundo Muniz (2006), as
atividades lúdicas são uma forma de buscar alterna-
tivas para novos métodos de estudo, criando situa-
ções estimuladoras e eficazes de aprendizagem. Esta
opinião também foi reforçada por Souza (2009), ao
afirmar que quando a prática pedagógica é traba-
lhada com o lúdico, os educadores são conduzidos a
pensar em mudanças significativas para o meio edu-
cacional. A necessidade de formação de um gru-
po nessa atividade também incentivou a interação
entre os aprendizes de um mesmo polo que muitas
vezes nem se conhecem, além da interação entre
aprendizes de polos diferentes.
Os resultados de 2008 apresentados na Tabela 3
mostram que a colaboração e interação entre alunos
de polos diferentes se mostrou eficaz, independente
da distância e falta de contato presencial entre eles.
Em 2009 houve um aumento na quantidade de gru-
pos de mesmo polo quando comparado com 2008.
Esse fato foi atribuído à oportunidade que os apren-
dizes tiveram para formar os grupos entre os parti-
cipantes no encontro presencial. Entretanto a média
das notas dos grupos de mesmo polo e grupos in-
terpolo não apresentou diferença significativa. Esse
fato pode estar associado à maior interação com a
tutoria, pois após o encontro presencial os aprendi-
zes compreenderam a necessidade da interatividade.
Segundo Moran (2004), o encontro físico entre tutor
e aprendiz facilita o conhecimento mútuo estimulan-
do a confiança entre as partes e com essa conquista
fica mais fácil motivar os aprendizes e encaminhá-los
para os pontos específicos que devem ser abordados.
Quando comparado o rendimento em média de nota
dos aprendizes que formaram grupos com aqueles
que desenvolveram a atividade individualmente, ob-
servou-se que com o trabalho em grupo os aprendi-
zes conseguiram alcançar notas mais elevadas. O fato
de pertencer a um grupo como no caso apresentado
é motivador para desencadear um processo signifi-
cativo de aprendizagem (BARBOSA, 2008). Em um
panorama final, o desempenho dos aprendizes em
relação às notas na atividade “Ludoteca” após o en-
contro presencial foi 10,4% melhor em 2009, quando
comparado a 2008.
A disciplina ofereceu um espaço para discussão em
grupo nos encontros virtuais. De acordo com Ferrei-
ra e Santos (2008), na aprendizagem colaborativa em
ambientes virtuais é esperado que aprendizes con-
Tabela 3: Relação entre a classe de grupos formados e sua nota média na atividade “Ludoteca” em dois anos consecutivos
2008 2009
Número de grupos Média das notas Número de grupos Média das notas
Número de grupos
Grupos de mesmo polo
Grupos interpolo
11
11
23
7,4
7,6
8,2
12
32
6
8,1
8,8
8,7
Média geral Ludoteca  7,7 8,5
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tribuam com suas perspectivas para assuntos propos-
tos e comentem as opiniões dos outros, o que acaba
propiciando um conhecimento mais profundo e estru-
turado em comparação ao conhecimento adquirido
individualmente. Corroborando a afirmativa anterior,
os encontros desta disciplina estimularam a troca de
conhecimentos e experiências de forma síncrona apre-
sentando um resultado direto nos conhecimentos ad-
quiridos pelos aprendizes ao longo da disciplina. A
oportunidade de exercitar os conhecimentos adquiri-
dos principalmente na atividade de “busca” estimu-
lou os aprendizes a participar com mais intensidade
e qualidade dos encontros virtuais. Muitas das discus-
sões propostas nesse ambiente induziram o aprendiz
a uma visão crítica do processo de ensino-aprendiza-
gem, diminuindo equívocos e opiniões pré-moldadas
intrínsecos de um ambiente formal de ensino. Os índi-
ces de participação podem ser observados na Tabela
3. A porcentagem de participação no encontro virtual
foi de 59% em 2008 e 72% em 2009. Foi possível
verificar um aumento de 22,03% na participação dos
aprendizes de 2009 em relação a 2008, fato este que
pode estar relacionado ao estímulo dado aos aprendi-
zes nos encontros presenciais ocorridos em 2009. Esse
incentivo teve como objetivo aumentar a interativida-
de e favoreceu o esclarecimento sobre a importância
da aprendizagem colaborativa.
Ao final da disciplina a média geral atribuída aos
alunos/aprendizes foi de 8,3 em 2008 e 9,8 em 2009.
O desempenho dos aprendizes foi 18% melhor em
2009 quando comparado a 2008. De acordo com
a Tabela 3, que resume os principais aspectos ob-
servados em relação à disciplina, fica claro que esta
teve um crescimento em 2009 quando comparado a
2008. Os pontos relevantes a serem destacados fo-
ram o aumento da participação, apresentada em nú-
mero de alunos, e a melhora do desempenho, apre-
sentado em média de notas. Todas essas melhoras
apresentadas em 2009 são resultados das mudanças
implementadas na disciplina de acordo com as difi-
culdades observadas nos aprendizes e/ou resultados
avaliativos obtidos em 2008, como apresentado por
Vasconcelos e colaboradores (2008) que discutem o
uso da avaliação como orientação para ajustes nas
estratégias didáticas da disciplina.
Os resultados positivos observados na disciplina são
também considerados pelos aprendizes ao responder
o questionário “avaliativo” livre sobre a disciplina. As
respostas apresentadas pelos aprendizes são unifor-
mes e cerca de 88% dos aprendizes em 2008 e 99%
em 2009 atribuíram notas máximas (4 e 5) para os
quesitos avaliados.
4. Considerações finais
Analisando os dados obtidos neste trabalho podem-
se destacar alguns pontos relevantes. O principal deles
é a importância da proatividade e personalização da
tutoria a fim de atender as necessidades de cada apren-
diz. Ao traçar o perfil do aprendiz utilizando recursos
disponíveis na plataforma ou através do contato por te-
lefone, foi possível tratá-lo de forma menos impessoal e
verificar suas principais dificuldades, procurando sem-
pre ajudá-lo a superá-las. A individualização da tutoria
também minimizou o índice de abandono da disciplina
já que o conhecimento das características de cada aluno
permitiu adotar formas de interações mais adequadas.
A proatividade da tutoria estimulou constante-
mente a interatividade, estreitando relações, além
de “buscar” o aluno incentivando-o, acabando por
torná-lo mais participativo. Uma maior humaniza-
ção através de encontros presenciais foi outro fator
considerado importante para a criação e o fortale-
cimento de vínculos de afetividade entre aprendiz/
aprendiz e entre tutor/aprendiz. Através de ações,
presenciais e a distância, verificou-se um aumento
nos índices de participação em atividades colabo-
rativas propostas utilizando ferramentas síncronas,
como os encontros virtuais. Também foi constatada
uma melhora no desempenho nas atividades cola-
borativas desenvolvidas em grupo e, por fim, no de-
sempenho geral do aprendiz.
Após a experiência adquirida com o desenvolvimen-
to deste trabalho, foi possível concluir que a tutoria
proativa deve considerar, além do estímulo da intera-
tividade através das TICs, o lado humano para que o
processo de ensino-aprendizagem utilizando a tutoria
proativa tenha êxito. O aprendiz deve se sentir par-
te ativa deste processo, buscando, com auxílio o da
tutoria, a melhor forma de utilizar suas habilidades e
competências para um maior aproveitamento.
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Aguiar, Juliana; FERREIRA, Cristina; GARCIA, Ana Beatriz
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Aplicação de modelo de tutoria proativa na modalidade semipresencial de ensino a distância utilizando ferramentas de interatividade e personalização

  • 1. 43 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aplicação de modelo de tutoria proativa na modalidade semipresencial de ensino a distância utilizando ferramentas de interatividade e personalização Juliana Aguiar | juliana.aguiar@gmail.com Mestre em Biociências e Biotecnologia pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF. UENF/CEDERJ/UAB Cristina Ferreira | cristtina_sf@yahoo.com.br Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF. UENF/CEDERJ/UAB. Ana Beatriz Garcia | garcia.anabeatriz@gmail.com Doutora em Genética Molecular de Plantas, pela Reiksuniversiteit Gent, Bélgica. Professora Associada da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF. UENF/CEDERJ/UAB. Resumo A Educação a Distância (EAD) é a modalidade educacional em que o processo de ensino-aprendizagem ocorre com auxílio de meios e tecnologias de informação e comunicação (TICs) permitindo a alunos e professores de- senvolverem atividades educacionais em lugares ou tempos diversos. Durante os anos de 2008 e 2009, a disciplina Instrumentação para o Ensino em Genética, do curso de Licencia- tura em Ciências Biológicas do Consórcio CEDERJ, foi utilizada como alvo de estudo. O objetivo do presente trabalho é apresentar um modelo de tutoria proativa utilizando ferramentas de interatividade e personalização do processo de ensino-aprendizagem na modalidade semipresencial buscando a maior interação e motivação do aprendiz, além de estreitar os laços afetivos entre aprendiz e tutoria. Ações presenciais e a distância foram propostas ao diagnosticar o perfil dos aprendizes. O estímulo, a interativi- dade e a personalização do processo de ensino-aprendizagem permitiram uma diminuição no índice de abando- no no período avaliado. A participação nos encontros presenciais contribuiu para aumentar a afetividade. Além disso, observou-se um aumento da participação em encontros virtuais apresentada em número de aprendizes presentes nos encontros virtuais e a melhora no desempenho, apresentada em média de notas. Considerou-se que o aprendiz deve se sentir parte ativa, buscando, com auxílio da tutoria, a melhor forma de utilizar suas habilidades e competências para um maior aproveitamento. Palavras-chave Interatividade. Afetividade. Tutoria proativa. Personalização. EAD.
  • 2. Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aplicação de modelo de tutoria proativa na modalidade semipresencial de ensino a distância utilizando ferramentas de interatividade e personalização 44 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br APPLICATION OF THE PROACTIVE TUTO- RIAL MODEL IN THE SEMIPRESENTIAL DIS- TANCE LEARNING MODALITY USING INTER- ACTIVITY AND PERSONALIZATION TOOLS Abstract Distance Education (DE) is the educational modali- ty whereby the teaching-learning process occurs with the aid of media and information and communication technologies (ICTs), enabling students and teachers to carry out educational activities in different places or ti- mes. During 2008 and 2009 the subject Instrumenta- tion for Teaching Genetics, part of the CEDERJ Con- sortium Teacher Training in Biological Sciences course, was used as a study target. The aim of this paper is to present a model of proactive tutoring using interactive and personalization tools of the teaching-learning pro- cess in a semi-distance educational modality, seeking a greater interaction with and motivation of the learner, in addition to strengthening the emotional bonds between pupil and tutor. Face-to-face and long distance appro- aches were proposed as learners’ profiles were diagno- sed. Positive stimulus, interactivity and personalization of the teaching-learning process led to a reduction in student dropout rates during the period analyzed. At- tendance in face-to-face encounters helped to increase affectivity. Furthermore, there was an increase in virtual meeting attendance reflected by the number of learners attending virtual encounters, and improved performan- ce, shown by a higher grade average. It was considered that the learner should feel that he is an active part of the process, employing tutoring to find the best way to use his skills and talents to maximize learning. Keywords Interactivity. Affectivity. Proactive tutoring. Person- alization. DE. Resumen La Educaccion a Distancia (EAD) es la modalidad educacional en que el proceso enseñanza-aprendizaje ocurre con el auxilio de medios y tecnologías de infor- mación y comunicación (TICs) permitiendo a alum- nos y profesores desarrollar actividades educacionales en lugares o tiempos diversos. Durante los años 2008 y 2009 la asignatura Instru- mentación para la Enseñanza de Genética, del curso de Profesorado en Ciencias Biológicas del consorcio CEDERJ, fue utilizada como objeto de estudio. El ob- jetivo del presente trabajo es presentar un modelo de tutoría proactiva utilizando herramientas de interacti- vidad y personalización del proceso enseñanza-apren- dizaje en la modalidad semipresencial, buscando una mayor interacción y motivación del aprendiz, así como estrechar los lazos afectivos entre aprendiz y tutoría. Acciones presenciales y a distancia fueron propuestas al diagnosticar el perfil de los estudiantes. El estímulo, la interactividad y la personalización del proceso en- señanza-aprendizaje permitieron una disminución del índice de abandono en el período evaluado. La par- ticipación en los encuentros presenciales contribuyó para aumentar la afectividad. Además se observó un aumento de la participación en encuentros virtuales observada en el número de estudiantes presentes en los encuentros virtuales, y la mejoría en el desempeño, a través del promedio de las notas. Se considera que el aprendiz debe sentirse parte ac- tiva, buscando con el auxilio de la tutoría, la mejor forma de utilizar sus habilidades y competencias para un mayor rendimiento. Palavras-Clave Interactividad. Afectividad. Tutoria proactiva. Perso- nalización. EAD. 1. Introdução 1.1. Considerações gerais sobre EAD De acordo com o Decreto 5.622, publicado em de- zembro de 2005, a Educação a Distância (EAD) é a modalidade educacional na qual a mediação didático- pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), em que o desen- volvimento de atividades educativas é realizado em lugares ou tempos diversos. Nesse sentido, a EAD pôde ser dividida em modelos nos quais as aulas são aplicadas em regime semipresen- cial ou a completa distância. Esses modelos incluem as aulas por correspondência, teleaula, videoaula e aula Web (BASTOS, 2003). Dessa forma, podemos visu-
  • 3. Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aguiar, Juliana; FERREIRA, Cristina; GARCIA, Ana Beatriz 45 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br alizar a evolução de EAD de acordo com os avanços tecnológicos obtidos ao longo do tempo. Atualmente, os meios mais utilizados em EAD são: impresso, te- leconferência, chat, fóruns de discussão, correio ele- trônico, além de plataformas de ambientes virtuais de aprendizagem (FLORIANO et al., 2005). Os avanços em EAD seguem parâmetros tec- nológicos, culturais e sociais. A tecnologia ocupa papel essencial na influência sobre a EAD, sendo a internet o instrumento que propicia uma maior interação entre alunos/aprendizes e professores/tu- tores (DAHMER, 2006). Culturalmente, o ensino a distância é visto muitas vezes de forma negativa, sendo considerado insatisfatório quando compara- do com a modalidade presencial. O papel social da EAD como uma política pública é visto muitas ve- zes como uma medida paliativa no que diz respeito a levar ensino a regiões distantes dos centros urba- nos, recebendo muitas críticas no que diz respeito ao efetivo aprendizado do estudante (BELLONI, 1999; RIOS e PIMENTEL, 2007). Entretanto, os resultados apresentados por alunos de EAD quando comparados aos alunos da modalidade presencial mostram a evolução dessa modalidade de ensino permitindo uma maior aceitação cultural e so- cial. No cenário atual, a EAD vem sofrendo transfor- mações a partir de mudanças de valores nos quais a di- versidade cultural é presente, em sua contextualização, de saberes e conhecimentos. A EAD, além de propiciar uma contextualização social variada, permite uma refle- xão sobre a aprendizagem (CLOSS et al., 2008) A EAD é tida como uma modalidade que possui maior alcance, razão custo/benefício mais favorável e maior flexibilidade (para os tutores e aprendizes), além da personalização da EAD em nível tal que algumas vezes chega à individualização (CHAVES, 1999). A educação, seja ela presencial ou a distância, deve propiciar ao estudante alguns aspectos fundamentais como: consciência crítica, criativa e participativa; for- mação sólida e vinculação da teoria com a prática, contextualizada nos aspectos social, econômico, políti- co e cultural (RIOS e PIMENTEL, 2007). O processo de ensino-aprendizagem necessita de um espaço inte- rativo, confiável, onde a reciprocidade na construção do conhecimento é fundamental. Nesse contexto a Educação a Distância tem como base o compartilhamento do conhecimento, a prática pedagógica dialógica, a autonomia, a autoaprendiza- gem, a interatividade, o trabalho colaborativo e a ava- liação com foco na formação. Processos que valorizam as potencialidades do aprendiz. A Comunicação Mediada por Computador (CMC) permitiu a exploração de novas abordagens de ensino- aprendizagem em EAD, diferentes da abordagem tradi- cional baseada na transmissão passiva de informações ao aprendiz. Com os recursos introduzidos pela CMC tornou-se possível explorar abordagens baseadas na colaboração, na construção de conhecimentos e na avaliação formativa do aprendiz. Dessa forma, a EAD passa a ser vista como uma oportunidade de mudança no quadro educacional existente (VALENTE, 2000). Assim, as inovações no âmbito da Educação a Dis- tância podem contribuir com os sistemas tradicionais de educação, fazendo com que ocorra uma inovação não só tecnológica como metodológica (BELLONI, 1999; MORAN, 2009c). Não há, porém, uma discussão sobre a substitui- ção de uma modalidade de ensino pela outra. Moran (2003) afirma que a inserção de elementos tecnológi- cos na educação presencial para que o aprendiz bus- que mais a aprendizagem na ausência do professor possibilita uma visão de autonomia e valorização da aprendizagem. Por outro lado, Moran (2004) tam- bém apresenta a necessidade de encontros presen- ciais em cursos de EAD para aumentar os laços de confiança entre tutor e aprendiz além de motivar e aumentar a interação do aprendiz. Assim, verifica-se a necessidade de um equilíbrio para a educação com propostas pedagógicas que fortaleça o processo de ensino-aprendizagem (CALABRI, 2009). Nesse sentido, estratégias metodológicas foram de- senvolvidas a fim de permitir a presença temporal do tutor em cursos de EAD, caracterizando a educação semipresencial. Segundo Voigt (2007), essa modalida- de de EAD pode ser considerada como uma ponte que liga a modalidade presencial clássica com a mo- derna Educação a Distância, possibilitando usufruir das vantagens das duas modalidades. Na modalidade semipresencial, estudantes e pro- fessores estão separados fisicamente em determina-
  • 4. Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aplicação de modelo de tutoria proativa na modalidade semipresencial de ensino a distância utilizando ferramentas de interatividade e personalização 46 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br dos momentos da disciplina, mas interligados por meio de comunicação, interação e nas aulas presen- ciais (MORAN, 2009a). Esta interligação permite a retomada dos conteúdos estudados nos momentos não presenciais nas aulas presenciais, estimulando os processos de ensino e aprendizagem (OLIVEIRA, 2007). Por tais especificidades, a semipresenciali- dade torna-se um elemento a mais de flexibilização curricular, no que diz respeito às condições indivi- duais de cada estudante, ao ritmo de aprendizagem, ao local e ao tempo de dedicação aos estudos (PE- TERS, 2004; MORAN, 2009b). O sucesso da modalidade semipresencial é dado em grande parte pelo desempenho do professor/tutor du- rante o encontro (tutoria) presencial. Assim, é essencial que o professor/tutor possua, entre outras qualidades, facilidade de comunicação, dinamismo, criatividade, liderança e iniciativa para atuar como facilitador, junto ao grupo de aprendizes, sendo caracterizado como um “orientador” da aprendizagem, com tarefas distintas do professor convencional (SOUZA, 2004). Ao tutor não cabe a tarefa de transmitir conteúdos de forma passiva, mas a de reforçar o processo de autoaprendizagem indicando os possíveis caminhos para que o aprendiz alcance os objetivos, verificando os problemas de aprendizagem, explorando as po- tencialidades individuais e estabelecendo uma rela- ção de confiança (SOUZA, 2004). Dessa forma, à medida que o processo de apren- dizagem se efetiva, a relação do aluno com o tutor muda. Estreitam-se e aprofundam-se os laços afeti- vos, o que propicia a permeabilidade educativa em direção a uma maior autonomia, liberdade e dife- renciação (SOUZA, 2004) A permanência do discente em cursos EAD deman- da uma postura proativa, com estudos que apontem o perfil individualizado dos estudantes ingressantes, as suas interações com a estrutura de ensino e com os colegas, permitindo monitorar e melhorar o desempe- nho acadêmico dos discentes a partir, principalmente, da ação tutorial motivadora (GAIOSO, 2005). A educação proativa tem como característica uma amplitude de visão e um imediatismo de ação focado na constante análise da metodologia empregada, nas dificuldades dos aprendizes e nos pontos que podem ser aperfeiçoados, estando ligados ao contínuo aper- feiçoamento (CRIVELARO, 2009). No conceito de proatividade pode-se incluir: prontidão, antecipação, perspicácia, senso de urgência, iniciativa, agilidade, responsabilidade e consistência, termos que levam ao comprometimento com o objeto de trabalho (NA- VARRO, 2008). A tutoria proativa tenta propiciar o máximo de conhecimento aos aprendizes, permitin- do que esses possuam uma visão ampla e crítica do processo de ensino-aprendizagem. Em cursos a distância, o professor-tutor é aquele que faz a mediação entre os conteúdos e os aprendi- zes (BENETTI et al., 2008) favorecendo a autonomia da aprendizagem, e a consciência da necessidade de desenvolver sua autoaprendizagem. Essa consciência permite uma construção dinâmica do conhecimento, na qual a interação tutor-aprendiz e aprendiz-aprendiz ocorra, estabelecendo uma rede colaborativa de sabe- res (RIOS e PIMENTEL, 2007) Além da construção do conhecimento individual, a construção coletiva de conhecimento é de grande im- portância para o processo de ensino-aprendizagem em EAD. A formação de grupos para o desenvolvimento de atividades, as discussões em fóruns e salas de en- contros virtuais desenvolvem o conhecimento coletivo pelo exercício da aprendizagem colaborativa (PRATT e PALLOFF, 2004; BARBOSA, 2008). A aprendizagem colaborativa apresenta caracte- rísticas e elementos que favorecem a troca de in- formações e a negociação de conflitos com a troca de ideias, a argumentação e a reflexão oferecendo recursos para a aprendizagem individual e coletiva (ALCÂNTARA, SIQUEIRA e VALASKI, 2004). Es- pera-se que além de adquirir conhecimento consi- gam se relacionar, compartilhar opiniões e compre- ender a diversidade de ideias e de interpretações (JOHNSON e JOHNSON, 1997). A aprendizagem colaborativa deve prover meios que possibilitem e estimulem a participação ativa dos aprendizes na construção de novos conhecimentos e que os mes- mos tomem consciência da importância da contri- buição individual no sucesso coletivo (ALCÂNTA- RA, SIQUEIRA e VALASKI, 2004). O desempenho do aluno em atividades colabo- rativas pode ser usado como base para a avaliação
  • 5. Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aguiar, Juliana; FERREIRA, Cristina; GARCIA, Ana Beatriz 47 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br individual e do grupo. Dessa forma, no processo avaliativo os professores/tutores consideram a cons- trução individual de conhecimento como, também, o trabalho coletivo, relatórios de autoavaliação, ava- liação coletiva e individual, expressão oral e escrita dos aprendizes no desenvolvimento das atividades e níveis de interação com as ferramentas de interação (VASCONCELOS et al., 2008). A avaliação no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) deve considerar as oportunidades oferecidas aos aprendizes para discussão e trabalho em grupo, a organização e o acesso ao conteúdo, e a facilidade de navegação do aprendiz (LAGUARDIA, PORTELA e VASCONCELLOS, 2007). Segundo Vasconcelos e colaboradores (2008), a avaliação não deve medir apenas a quantidade de conhecimentos adquiridos pelo aluno e sim conside- rar seu histórico durante o curso sendo feita uma ava- liação constante que permita traçar estratégias para ajudá-lo a construir seus conhecimentos, focando na formação do indivíduo como profissional e cidadão, contemplando as funções diagnóstica e formativa. Apesar dos variados recursos disponíveis em AVAs, a avaliação da aprendizagem ainda é um desafio a ser superado. O MEC (1998) fala em avaliações presen- ciais, o que contradiz os projetos pedagógicos de mui- tos cursos construtivistas e interacionistas, mas a ava- liação presencial não necessariamente precisa ser uma prova com ação verificacionista (VASCONCELOS et al., 2008; MORAN, 2009c). Poderiam ser realizadas diferentes atividades como seminários, apresentação de resultados de projetos desenvolvidos em grupos, discussões orais, sendo mais um exercício da constru- ção coletiva do conhecimento. Bassani e Behar (2006) destacam que a avaliação da aprendizagem em AVAs deve levar em consideração a avaliação por meio de testes online, a produção individual dos aprendizes e a análise das interações entre aprendizes a partir de mensagens postadas/trocadas no ambiente virtual. Dessa forma, a avaliação formativa pode ser efe- tuada utilizando-se ferramentas síncronas (chat) e assíncronas (lista de discussão, fórum). O chat possi- bilita a avaliação da capacidade de resposta imedia- ta a questões propostas, e as habilidades de síntese, análise, avaliação e senso crítico. A avaliação via fó- rum, avalia a capacidade de autoaprendizagem, pois essa ferramenta permite que os aprendizes leiam as respostas de seus colegas, pesquisem com maior cui- dado o assunto e elaborem suas respostas (BASSANI e BEHAR, 2006; SILVA e SILVA, 2008). O processo avaliativo deve, além de contribuir para o processo de formação do indivíduo (SILVA e SIL- VA, 2008), servir de orientação para que o professor realize ajustes em suas estratégias didáticas, a fim de adequar melhor sua metodologia e aumentar a re- posta do aluno ao processo de ensino-aprendizagem (LAGUARDIA, PORTELA e VASCONCELLOS, 2007; VASCONCELOS et al., 2008). 1.2. Consórcio CEDERJ Após a adoção da EAD em unidade universitária, começam a surgir consórcios entre universidades, assim como propostas de parcerias entre universi- dades e governos estaduais e municipais para viabi- lizar cursos a distância com apoio interinstitucional (MARTINS, 2006). A criação, em 2000, de grandes consórcios nacionais e estaduais de universidades públicas (UniRede, CE- DERJ e o Projeto Veredas em Minas Gerais) é exem- plo bem-sucedidos de colaboração interinstitucional, importante para o Ensino Superior a Distância O Consórcio CEDERJ reúne seis universidades do estado do Rio de Janeiro, UERJ, UENF, UNIRIO, UFRJ, UFF e UFRRJ, a fim de levar a diversas re- giões do estado Ensino Superior para formação de profissionais qualificados. O CEDERJ conta com um modelo de EAD basea- do na educação semipresencial associado ao modelo Web que permite a permanência da figura do profes- sor-tutor em tutorias presenciais favorecendo o pro- cesso de autoaprendizagem. No modelo adotado, os alunos/aprendizes são organizados em polos, o que aproxima a universidade de regiões mais distantes. O Ambiente de Aprendizagem a Distância dos cursos de graduação do Consórcio CEDERJ é desenvolvido na concepção de uma abordagem construtivista e é viabilizado na Web através da Plataforma CEDERJ1. Costa e Franco (2005) destacam como aspectos im- portantes de uma AVA a autonomia do estudante, a interatividade e a aprendizagem colaborativa.
  • 6. Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aplicação de modelo de tutoria proativa na modalidade semipresencial de ensino a distância utilizando ferramentas de interatividade e personalização 48 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br O objetivo do Consórcio CEDERJ é a formação in- tegral dos alunos/aprendizes, para que se transformem em produtores de conhecimento e não em meros re- ceptores de informações. A proposta é realizar cursos de nível superior a distância que ofereçam essa auto- nomia de estudo, utilizando-se a experiência educati- va das universidades consorciadas. No Consórcio CEDERJ, a competência acadêmica dos cursos está a cargo dos docentes das universida- des. São eles que preparam o projeto político e peda- gógico dos cursos, o conteúdo do material didático, cuidam da tutoria e da avaliação. 1.3. Alvo de estudo Instrumentação para o Ensino de Genética (Instru- gen) é uma das disciplinas obrigatórias oferecidas pelo curso de Licenciatura em Ciências Biológicas no âm- bito do Consórcio CEDERJ. A disciplina Instrugen foi proposta como um mo- mento de reflexão e criação para um melhor aprovei- tamento da maneira como os conteúdos serão traba- lhados durante a prática pedagógica do professor de Ciências e Biologia na Educação Básica e não como uma disciplina de didática específica para Genética. Nesta disciplina os assuntos são apresentados grada- tivamente à medida que os trabalhos são realizados e entregues. Não é uma disciplina estanque com módu- los e aulas, mas sim um conjunto de atividades que são construídas tendo como base a troca de informa- ções e as discussões decorrentes da interatividade en- tre tutores/mediadores e aprendizes. A disciplina foi desenhada como modelo para o esta- belecimento de uma metodologia em EAD que visa à construção do conhecimento e à formação de um edu- cador com uma visão ampla, capaz de aplicar o conte- údo de Genética e Biologia Molecular de forma clara e adequada ao seu público-alvo, capaz ainda de pensar em situações cotidianas aplicadas ao contexto da disciplina. A metodologia utilizou um modelo de tutoria proativa, a qual estimulou ampla participação dos aprendizes. Estes utilizaram a plataforma CEDERJ como “sala de aula”, que dispõe de diversas ferramentas de interatividade as- síncronas – e-mail, Sala de Tutoria, Fórum e Atividades – e síncronas – Salas de Conferência (chat), ambiente online usado para plantões de tutoria, encontros virtuais com convidados e de grupos de aprendizes interpolos. O uso de ferramentas da AVA (plataforma CEDERJ) permite o desenvolvimento de atividades individuais ou em grupo, fazendo uso de ferramentas de interação como chat e fóruns, estimulando a construção coletiva do conhecimento. Além da AVA a disciplina utiliza o tele- fone 0800 e o e-mail como ferramentas de interação. As ferramentas são usadas para incentivar a intera- ção tutor/aprendiz e aprendiz/aprendiz, fazendo com que, através da aprendizagem colaborativa, contribu- am uns com os outros. Assim estimulou-se a constru- ção do saber coletivo. Utilizou-se também a avaliação formativa em cada uma das atividades propostas, sen- do uma avaliação contínua na qual o aprendiz conse- gue visualizar sua evolução na disciplina. O objetivo do presente trabalho é apresentar um modelo de tutoria proativa utilizando ferramentas de interatividade e personalização do processo ensino- aprendizagem na modalidade semipresencial buscan- do a maior interação e motivação do aprendiz, além de estreitar os laços afetivos entre aprendiz e tutoria. 2. Metodologia O modelo pedagógico da disciplina, baseado na proposta de tutoria proativa, na aprendizagem cola- borativa, no incentivo à interatividade e na avaliação formativa, visa a que o processo de ensino aprendi- zagem seja satisfatório. Para isso, foram disponibilizados, semestralmente, no ambiente virtual de aprendizagem (AVA – http://nova- plataforma.cederj.edu.br/mailmarketing/files/livroguia- daplataforma.pdf), os calendários (atividades, encontro presencial,) e o guia da disciplina (objetivos, propostas e método avaliativo). As ações presenciais e a distân- cia utilizadas no modelo de tutoria proativa (Figura 1) foram realizadas através de encontro presencial e de ferramentas assíncronas e síncronas. Em todas as ações realizadas a tutoria atuou como mediadora, além de personalizar o atendimento a fim de se aproximar do aprendiz de forma a atender suas necessidades. A tutoria sempre se colocou também como aprendiz em situações determinantes. O tratamento individualizado valorizou as competências e habilidades de cada apren- diz sempre com linguagem incentivadora, motivadora, aproximando o mesmo da disciplina e da tutoria.
  • 7. Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aguiar, Juliana; FERREIRA, Cristina; GARCIA, Ana Beatriz 49 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br Ação presencial: encontro presencial – O encontro entre tutores e aprendizes foi programado nos polos regionais para realização da ação presencial. Neste momento a proposta era estreitar laços através do contato pessoal com os tutores, conhecer os colegas do polo que faziam a mesma disciplina, tirar as dúvi- das sobre a metodologia utilizada na disciplina além de discutir a proposta da atividade “Ludoteca”. Ações a distância: ferramentas assíncronas – Fórum: Com o objetivo de promover a integração entre apren- dizes e tutores foram realizados dois fóruns a cada se- mestre. No fórum inicial, cada aluno teve a oportuni- dade de falar um pouco de si e conhecer os tutores e outros aprendizes. O fórum “Ludoteca” teve como fi- nalidade a formação dos grupos e a sugestão de temas para o desenvolvimento da atividade “Ludoteca”. Sala de tutoria: Nesta ferramenta, os aprendizes podiam deixar dúvidas ou solicitar que um dos tutores entrasse em contato por telefone no horário em que pudessem interagir. e-mail: O e-mail foi utilizado para o primeiro contato com a disciplina. Neste momento os aprendi- zes encaminhavam seus telefones de contato e horários em que teriam maior disponibilidade de tempo. Tam- bém foi uma ferramenta usada pelos aprendizes para justificar ausências e tirar dúvidas. Através do e-mail, os tutores também informavam a disponibilização das atividades e encaminhavam próximo à data de entrega das atividades um e-mail de alerta. Ferramentas síncronas – “Sala de Conferências”. Na plataforma, um encontro virtual, agendado desde o iní- cio do semestre, foi realizado através desta ferramenta. A mesma conferência foi disponibilizada em dois dias e dois horários diferentes para facilitar a participação de todos os aprendizes. O tema desse encontro variou de acordo com os interesses dos aprendizes no decorrer do semestre. Atendimento telefônico: Pelo 0800, os aprendizes puderam entrar em contato nos horários de plantão fixo da tutoria a distância sempre que julgaram neces- sário. Caso os horários disponibilizados para contato telefônico não fossem compatíveis com o do apren- diz, o mesmo pôde informar, através das ferramentas assíncronas, horários em que o contato fosse mais conveniente. A tutoria utilizou nestes casos o plantão de tutoria ativo com horários alternativos para atendi- mento telefônico. Atividades Desenvolvidas – Atividades complementa- res e sequenciais foram propostas. Estas foram divididas em atividades individuais e colaborativas (Figura 2). Figura 1: Esquema apresentando as ferramentas utilizadas para realização de tutoria proativa em ações presenciais e a distância. TUTORIA PROATIVA Ação Presencial Ações a Distância Encontro Presencial Telefone 0800 AVA - Plataforma CEDERJ Plantão de Tutoria Ferramentas Síncronas Ferramentas Assíncronas Horário Alternativo Horário Fixo Ativo Receptivo “Sala de Conferências” Ferramentas “Atividades” Encontros Virtuais Sala de Tutoria Fórum E-mail Blog
  • 8. Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aplicação de modelo de tutoria proativa na modalidade semipresencial de ensino a distância utilizando ferramentas de interatividade e personalização 50 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br Figura 2: Esquema demonstrativo das atividades propostas pela disciplina. Ordem cronológica de realização das atividades: A disciplina foi iniciada com fóruns, como men- cionado anteriormente, porém apenas no intuito de aproximar aprendizes/aprendizes e aprendizes/ tutoria. Atividades individuais foram propostas utilizando a ferramenta “Atividades”. A ativida- de 1 (Figura 2) foi proposta pela necessidade constante de atualização dos aprendizes e futuros professores além da ausência de material didáti- co impresso. Um material complementar foi pre- parado e indicado. O mesmo explicou como uti- lizar sites de ferramentas de busca de informação científica como Portal CAPES, Google acadêmi- co, Scirus, Scielo, além de normas de citação bi- bliográfica. A atividade 2 propôs que os alunos/ aprendizes idealizassem o conteúdo programático de Biologia para o Ensino Médio, selecionando os assuntos que considerassem relevantes dentro do conteúdo de genética e biologia molecular. Pré- requisitos necessários para cada um dos assuntos deveriam ser identificados assim como o momento em que ele deveria ser abordado, justificando o motivo da escolha do assunto. A atividade 4 foi feita por aprendizes que não cumpriram alguma das atividades individuais ou não puderam parti- cipar dos encontros e justificaram esta ausência. Os aprendizes deveriam escolher um assunto den- tro do conteúdo de Genética e Biologia Molecular, buscar artigos relacionados a este assunto e pre- parar uma aula teórica e um texto com referências sobre o tema. As atividades colaborativas (Figura 2) foram realizadas para valorizar a troca de ex- periência e conhecimento entre os aprendizes. Na atividade 3, os tutores expuseram em fórum situ- ações do cotidiano da sala de aula, como dúvidas atuais de alunos sobre assuntos que foram divul- gados na mídia. Assim, de forma colaborativa, os aprendizes deveriam discutir formas de esclarecer o aluno sem prejudicar o andamento do assunto abordado no momento. Já a atividade “Ludote- ca” foi proposta logo no início e desenvolvida pe- los aprendizes paralelamente às outras atividades propostas. O objetivo desta era desenvolver uma atividade lúdica sobre um tema de genética para um público-alvo determinado. Foi necessária a for- mação de grupos de 2 a 4 aprendizes, previamen- te organizado em um fórum. Foi sorteado o tema e o público alvo a que a aula lúdica se destina. A aula sempre deveria ser direcionada a alunos do Ensino Médio, porém poderia ser específica para EJA (Educação de Jovens e Adultos) ou Educação Inclusiva. Além da atividade lúdica, os aprendizes ATIVIDADES PROPOSTAS Atividades Individuais Atividades Colaborativas Busca e referência (1) Planejamento de conteúdo programático (2) Atividade de reposição (4) Simulação de cotidiano (3) Atividade Ludoteca Estrutura Material desenvolvido Grupos Publico alvo Tema Kit de aula lúdica Plano de aula Roteiro para o aluno EM regular2 a 4 alunos Interpolo Mesmo polo EJA Educação Inclusiva
  • 9. Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aguiar, Juliana; FERREIRA, Cristina; GARCIA, Ana Beatriz 51 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br também deveriam preparar uma aula base e um roteiro para alunos e professores de Biologia, ma- terial este a ser entregue no polo regional. Avaliação: Em contraponto à avaliação somativa, proposta pelo consórcio, neste trabalho foi utilizada a avaliação formativa, em que foram utilizados concei- tos Satisfatório (8,0 a 10,0), regular (5,0 a 7,9) e não satisfatório (0,0 a 4,9). Neste modelo, onde buscou- se valorizar as potencialidades do aprendiz por meio da autoaprendizagem, foram avaliadas as atividades, a participação nos fóruns e nos encontros virtuais e presenciais. Sendo que, em relação ao trabalho desen- volvido, o aluno teve direito a duas revisões de nota. 3. Resultados e discussão Este trabalho analisou dados obtidos após obser- vação de quatro turmas (2008.1, 2008.2, 2009.1 e 2009.2) da disciplina Instrugen num total de 391 alu- nos matriculados, sendo 174 no ano de 2008 e 217 em 2009. Neste período o total de aluno que abando- naram a disciplina foi de 12,5 % (18,4% em 2008 e 7,8% em 2009) (Tabela 1). A diminuição, em 58%, do índice de abandono en- tre 2008 e 2009 foi atribuída à metodologia de tuto- ria proativa. Para que esse resultado fosse alcançado, além das análises do perfil dos aprendizes obtidos após a interação no fórum, considerou-se utilização de es- tratégias para melhorar a comunicação, incluindo um estímulo a interação após o encontro presencial. As discussões nos fóruns, além de permitir diagnos- ticar um perfil dos aprendizes inscritos, também foram usadas para incentivar a permanência do aprendiz na disciplina como mais uma tentativa de estreitar os laços afetivos entre os aprendizes e entre aprendiz e tutoria. A importância da realização de fóruns online é descri- ta por Batista e Gobara (2008) quando discutem que essa ferramenta é fundamental para aumentar o inte- resse do aprendiz pela disciplina, e que o comprometi- mento dos tutores e aprendizes na organização do uso desta torna essa ferramenta relevante para o estímulo da interatividade. Segundo Pratt e Palloff (2004), o estímulo à participação dos aprendizes em ambientes online, que estimulam a aprendizagem colaborativa coletiva, é importante para sustentar a interatividade Tabela 1: Relação do número de alunos que abandonaram a disciplina durante todo o curso. Em 2009, os contatos telefôni- cos e a proposta do encontro presencial alcançaram aprendizes que não interagiam no fórum. Aos que interagiram, os fóruns possibilitaram que os aprendizes se conhecessem e se identificassem com outros aprendizes verificando fatos relevantes da vida pessoal e acadêmica e as experiências, além de dificuldades em comum. Essa discussão permitiu a formação de um vínculo entre aprendizes e a pro- posta, pelos próprios, de várias soluções para superar as dificuldades em comum. Essa troca de experiências também foi observada por González e colaboradores (2009), ao analisar que a interação pôde ser facilitada pela similaridade de problemas vivenciados entre os aprendizes, além da compreensão do problema alheio e o planejamento de estratégia para vencer as dificul- dades encontradas na realidade de cada um. O fórum permitiu que os aprendizes percebessem a importân- cia da possibilidade de colaborar uns com os outros e interagir com tutores mais informalmente. A participa- ção nos fóruns foi de 6,2 e 6,1 (participações em mé- dia por aprendiz em 2008 e 2009, respectivamente). Quantidade de alunos Matriculados Abandonos Abandono com matrícula trancada no CEDERJ Matriculados 1 vez e com 1 abandono Abandonos consecutivos Abandono com aprovação após 1 ano 2008 174 32 6 4 9 13 2009 217 17 2 12 3 -
  • 10. Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aplicação de modelo de tutoria proativa na modalidade semipresencial de ensino a distância utilizando ferramentas de interatividade e personalização 52 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br A análise do perfil dos aprendizes também possi- bilitou adequar a proatividade da tutoria às neces- sidades dos aprendizes de forma personalizada a fim de manter a qualidade da troca de experiências e conhecimento. As variáveis modificadas incluem maior incentivo ao grupo de alunos/aprendizes com facilidade para uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). O objetivo foi aumentar a fre- quência do acesso à plataforma e ao e-mail. Aqueles com dificuldades para uso de TICs foram estimula- dos a usar o contato por telefone. Os grupos que moram distante do polo ou que traba- lham e possuem pouca disponibilidade de tempo rece- bem uma maior atenção através do atendimento telefô- nico ativo. Assim, estes recebem telefonemas de apoio e/ou incentivo dos tutores. Essa última estratégia em especial é apoiada por Lopes e Xavier (2007) quando afirmam que o tutor deve ter uma postura que desper- te no aprendiz confiança e esperança em suas próprias capacidades, tornando o aprendiz confiante e capaz. A individualização da proatividade baseada no perfil do grupo de alunos matriculados permitiu uma maior aproximação entre aprendiz e tutoria. Moran (2003) fala sobre a importância de estabelecer laços de confiança e um clima de apoio, incentivo e afeto com os aprendizes para que estes compreendam que a participação é fun- damental. Isso resultou num maior aproveitamento em relação ao desempenho final dos aprendizes, como será apresentado ainda neste trabalho. A inclusão do encontro presencial semestral no ca- lendário da disciplina em 2009 favoreceu o contato entre tutor e aprendiz. Com este encontro a neces- sidade do tutor “buscar” o aprendiz foi reforçada. Essa atuação proativa da tutoria busca aumentar o “feedback” do aluno, incentivando a interatividade além de criar um laço afetivo entre tutor aprendiz. Conhecer os aprendizes pessoalmente permitiu sa- ber como motivá-lo de maneira mais adequada. De acordo com Bonatto et al. (2008), o fortalecimento dos laços de afetividade e cumplicidade auxilia na superação de desafios de aprendizagem pessoal e coletiva. Neste encontro foi possível esclarecer me- lhor as propostas da disciplina, assim como a es- trutura formativa de avaliação e a importância da aprendizagem colaborativa. De uma forma geral o encontro presencial minimi- zou dificuldades do contato virtual. Fato exposto por Oliveira (2007), o contato presencial tende a preen- cher lacunas que continuam em aberto após os estu- dos individuais, além de permitir uma liberdade nas próximas interações virtuais. O número de alunos que participaram do encontro está apresentado na Tabela 3. Foi registrada a participação de 67,2% dos alunos matriculados nos encontros e um reflexo posi- tivo nas atividades e na interatividade após o encon- tro, demonstrada tanto através do desempenho dos mesmos quanto na participação no encontro virtual proposto (Tabela 2). Tabela 2: Relação entre a presença dos aprendizes nos encontros propostos na disciplina, a quantidade de aprovação na disciplina, as médias das notas obtidas e o aumento da participação e do rendimento em notas 2008 2009 (%) Aumento de 2008 para 2009 nº de alunos (%) nº de alunos (%) Presença de alunos Encontro presencial Encontro virtual Alunos aprovados Alunos regulares Alunos matriculados - 81 117 138 174 - 59% 85% 79,3% 100% 117 124 164 174 217 67,2% 72% 94% 80,2% 100% - 22% 10,1% 1,1% - Média das notas Rendimentos em notas Atividade “Ludoteca” Nota final 7,7 8,3 - - 8,5 9,8 - - 10,4% 18%
  • 11. Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aguiar, Juliana; FERREIRA, Cristina; GARCIA, Ana Beatriz 53 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br Em relação as atividades propostas pela disciplina, estas são uma opção de aprimorar o conhecimento dos aprendizes acerca dos temas abordados, exer- citando a autoaprendizagem (responsabilidade pela condução da própria aprendizagem). Os conceitos obtidos pelos aprendizes após as orientações e revi- sões, quando necessárias, foram em sua maioria sa- tisfatórios. Assim, as notas em atividades individuais permaneceram, em média, acima de 8,0. Além do dado somativo apresentado, um resultado satisfató- rio foi observado quanto a capacidade do aprendiz discutir sobre os temas abordados nas atividades em conferências virtuais propostas. Duas das atividades propostas tinham como foco a aprendizagem colaborativa a partir da proposta da formação de grupos, a fim de permitir a transfor- mação do saber coletivo através da interação, refle- xão, discussão, crítica e ponderação, mais facilmen- te compreendidas quando partilhadas (BARBOSA, 2008). A atividade “Ludoteca”, realizada em grupo, permitiu um aumento na percepção do aprendiz em relação a necessidade de incluir atividades lúdicas no ambiente de ensino. Segundo Muniz (2006), as atividades lúdicas são uma forma de buscar alterna- tivas para novos métodos de estudo, criando situa- ções estimuladoras e eficazes de aprendizagem. Esta opinião também foi reforçada por Souza (2009), ao afirmar que quando a prática pedagógica é traba- lhada com o lúdico, os educadores são conduzidos a pensar em mudanças significativas para o meio edu- cacional. A necessidade de formação de um gru- po nessa atividade também incentivou a interação entre os aprendizes de um mesmo polo que muitas vezes nem se conhecem, além da interação entre aprendizes de polos diferentes. Os resultados de 2008 apresentados na Tabela 3 mostram que a colaboração e interação entre alunos de polos diferentes se mostrou eficaz, independente da distância e falta de contato presencial entre eles. Em 2009 houve um aumento na quantidade de gru- pos de mesmo polo quando comparado com 2008. Esse fato foi atribuído à oportunidade que os apren- dizes tiveram para formar os grupos entre os parti- cipantes no encontro presencial. Entretanto a média das notas dos grupos de mesmo polo e grupos in- terpolo não apresentou diferença significativa. Esse fato pode estar associado à maior interação com a tutoria, pois após o encontro presencial os aprendi- zes compreenderam a necessidade da interatividade. Segundo Moran (2004), o encontro físico entre tutor e aprendiz facilita o conhecimento mútuo estimulan- do a confiança entre as partes e com essa conquista fica mais fácil motivar os aprendizes e encaminhá-los para os pontos específicos que devem ser abordados. Quando comparado o rendimento em média de nota dos aprendizes que formaram grupos com aqueles que desenvolveram a atividade individualmente, ob- servou-se que com o trabalho em grupo os aprendi- zes conseguiram alcançar notas mais elevadas. O fato de pertencer a um grupo como no caso apresentado é motivador para desencadear um processo signifi- cativo de aprendizagem (BARBOSA, 2008). Em um panorama final, o desempenho dos aprendizes em relação às notas na atividade “Ludoteca” após o en- contro presencial foi 10,4% melhor em 2009, quando comparado a 2008. A disciplina ofereceu um espaço para discussão em grupo nos encontros virtuais. De acordo com Ferrei- ra e Santos (2008), na aprendizagem colaborativa em ambientes virtuais é esperado que aprendizes con- Tabela 3: Relação entre a classe de grupos formados e sua nota média na atividade “Ludoteca” em dois anos consecutivos 2008 2009 Número de grupos Média das notas Número de grupos Média das notas Número de grupos Grupos de mesmo polo Grupos interpolo 11 11 23 7,4 7,6 8,2 12 32 6 8,1 8,8 8,7 Média geral Ludoteca 7,7 8,5
  • 12. Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aplicação de modelo de tutoria proativa na modalidade semipresencial de ensino a distância utilizando ferramentas de interatividade e personalização 54 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br tribuam com suas perspectivas para assuntos propos- tos e comentem as opiniões dos outros, o que acaba propiciando um conhecimento mais profundo e estru- turado em comparação ao conhecimento adquirido individualmente. Corroborando a afirmativa anterior, os encontros desta disciplina estimularam a troca de conhecimentos e experiências de forma síncrona apre- sentando um resultado direto nos conhecimentos ad- quiridos pelos aprendizes ao longo da disciplina. A oportunidade de exercitar os conhecimentos adquiri- dos principalmente na atividade de “busca” estimu- lou os aprendizes a participar com mais intensidade e qualidade dos encontros virtuais. Muitas das discus- sões propostas nesse ambiente induziram o aprendiz a uma visão crítica do processo de ensino-aprendiza- gem, diminuindo equívocos e opiniões pré-moldadas intrínsecos de um ambiente formal de ensino. Os índi- ces de participação podem ser observados na Tabela 3. A porcentagem de participação no encontro virtual foi de 59% em 2008 e 72% em 2009. Foi possível verificar um aumento de 22,03% na participação dos aprendizes de 2009 em relação a 2008, fato este que pode estar relacionado ao estímulo dado aos aprendi- zes nos encontros presenciais ocorridos em 2009. Esse incentivo teve como objetivo aumentar a interativida- de e favoreceu o esclarecimento sobre a importância da aprendizagem colaborativa. Ao final da disciplina a média geral atribuída aos alunos/aprendizes foi de 8,3 em 2008 e 9,8 em 2009. O desempenho dos aprendizes foi 18% melhor em 2009 quando comparado a 2008. De acordo com a Tabela 3, que resume os principais aspectos ob- servados em relação à disciplina, fica claro que esta teve um crescimento em 2009 quando comparado a 2008. Os pontos relevantes a serem destacados fo- ram o aumento da participação, apresentada em nú- mero de alunos, e a melhora do desempenho, apre- sentado em média de notas. Todas essas melhoras apresentadas em 2009 são resultados das mudanças implementadas na disciplina de acordo com as difi- culdades observadas nos aprendizes e/ou resultados avaliativos obtidos em 2008, como apresentado por Vasconcelos e colaboradores (2008) que discutem o uso da avaliação como orientação para ajustes nas estratégias didáticas da disciplina. Os resultados positivos observados na disciplina são também considerados pelos aprendizes ao responder o questionário “avaliativo” livre sobre a disciplina. As respostas apresentadas pelos aprendizes são unifor- mes e cerca de 88% dos aprendizes em 2008 e 99% em 2009 atribuíram notas máximas (4 e 5) para os quesitos avaliados. 4. Considerações finais Analisando os dados obtidos neste trabalho podem- se destacar alguns pontos relevantes. O principal deles é a importância da proatividade e personalização da tutoria a fim de atender as necessidades de cada apren- diz. Ao traçar o perfil do aprendiz utilizando recursos disponíveis na plataforma ou através do contato por te- lefone, foi possível tratá-lo de forma menos impessoal e verificar suas principais dificuldades, procurando sem- pre ajudá-lo a superá-las. A individualização da tutoria também minimizou o índice de abandono da disciplina já que o conhecimento das características de cada aluno permitiu adotar formas de interações mais adequadas. A proatividade da tutoria estimulou constante- mente a interatividade, estreitando relações, além de “buscar” o aluno incentivando-o, acabando por torná-lo mais participativo. Uma maior humaniza- ção através de encontros presenciais foi outro fator considerado importante para a criação e o fortale- cimento de vínculos de afetividade entre aprendiz/ aprendiz e entre tutor/aprendiz. Através de ações, presenciais e a distância, verificou-se um aumento nos índices de participação em atividades colabo- rativas propostas utilizando ferramentas síncronas, como os encontros virtuais. Também foi constatada uma melhora no desempenho nas atividades cola- borativas desenvolvidas em grupo e, por fim, no de- sempenho geral do aprendiz. Após a experiência adquirida com o desenvolvimen- to deste trabalho, foi possível concluir que a tutoria proativa deve considerar, além do estímulo da intera- tividade através das TICs, o lado humano para que o processo de ensino-aprendizagem utilizando a tutoria proativa tenha êxito. O aprendiz deve se sentir par- te ativa deste processo, buscando, com auxílio o da tutoria, a melhor forma de utilizar suas habilidades e competências para um maior aproveitamento.
  • 13. Revista EAD em Foco - nº 1 - vol.1 - Rio de Janeiro - abril/outubro 2010 Aguiar, Juliana; FERREIRA, Cristina; GARCIA, Ana Beatriz 55 - 158www.eademfoco.cecierj.edu.br Referências bibliográficas ALCÂNTARA, P. R.; SIQUEIRA, L. M. M.; VALASZI, S. Vivenciando a aprendizagem colaborativa em sala de aula: experiências no ensino superior. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 4, n. 12, maio/ago. 2004. BARBOSA, Ana Cristina Lima Santos. Estratégias metodológicas inerentes a dinâmicas colaborativas on line. Disponível em: http://www.abed.org.br/ congresso2008/tc/511200852108PM.pdf. Acesso em: 05 jan. 2010. BASSANI. Patrícia Scherer.; BEARH, Patricia Alejandra. Análisedasinteraçõesemambientesvirtuaisdeaprendizagem: uma possibilidade para avaliação da aprendizagem em EAD. Novas Tecnologias na Educação, Porto Alegre, v. 4, n. 1, p. 01 – 10, jul. 2006. BASTOS, Luis Eduardo Marques. Avaliação do E-learning corporativo no Brasil. 2003. 264 f. Dissertação (Mestrado Profissionalizante em Administração), Universidade Federal da Bahia, Salvador-Ba, 2003. Disponível em: http://www. adm.ufba.br/pub/publicacao/5/MPA/2003/409/luis_ eduardo2.pdf. Acesso em: 22 dez. 2009. BATISTA,ErlindaMartins;GOBARA,ShirleyTakeco.Ofórum on-line e a interação em um curso a distância. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo9/artigos/8cErlinda.pdf.. Acesso em: 28 dez. 2009. BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. Campinas, SP: Autores Associados, 1999. BENETTI, Kelly Cristina; MELO, Pedro Antônio; VASQUES, Andressa Sasaki; NAKAYAMA, Marina Keiko; SPANHOL, Fernando José; DALMAU, Marcos Baptista Lopez; GIRARDI, Dante; TOSTA, Humberto Tonani. Atuação docente na Educação a Distância: uma análise das competências requeridas. Novas Tecnologias na Educação, Porto Alegre, v. 6 n. 1, jul. 2008. Disponível em:http://www.cinted. ufrgs.br/renote/jul2008/artigos/3d_kelly.pdf. Acesso em: 06 jan. 2010. BONATTO, Benedito D.; MARTINS, Ronei X.; RAMOS, Luiz; SANTOS, Gamariel C., SILVA, Wanise W. E. A Importância da Afetividade nas Interações no Contexto da EaD. In: ESUD, 5., 2008. Disponível em:http://200.169.53.89/download/CD%20 congressos/2008/V%20ESUD/trabs/t38647.pdf. Acesso em: 05 jan. 2010. CALABRI, Suely Brito de Souza. Novas perspectivas da EAD: um novo paradigma educacional. P@ rtes, São Paulo, v. 00 p. eletrônica, maio 2009. Disponível em: http://www.partes.com.br/educacao/ EADnovasperspecticas.asp. Acesso em: 04 jan. 2010. CHAVES, Eduardo. Ensino a distância: conceitos básicos, 1999. Disponível em: http://www. edutec.net/Tecnologia%20e%20Educacao/edconc. htm#Ensino a Distância. Acesso em: jan. 2010. CLOSS, Lisiane Quadrado; BESSI, Vânia; ARAMBURU, Juliane; RUAS, Roberto Lima. Análise de Aspectos Relacionados à Aprendizagem em um Curso a Distância. Revista de Negócios, Blumenau, v. 13, n. 2, p. 48–57, abr./ jun. 2008. Disponível em: http://proxy.furb.br/ojs/index. php/rn/article/view/969/838. Acesso em: 04 jan. 2010. COSTA,LucianoAndreattaCarvalho;FRANCO,Sérgio Roberto Kieling. Ambientes virtuais de aprendizagem e suas possibilidades construtivistas. Novas Tecnologias na Educação, v. 3, n. 1. 2005. Disponível em: http:// www.cinted.ufrgs.br/renote/maio2005/artigos/a25_ ambientesvirtuais.pdf. Acesso em: 02 jan. 2010. CRIVELARO, Marisa. É preciso que sejamos proativos, não reativos: pensando a educação: o ser humano em formação.2009.Disponívelem:http://marisacrivelaro. blogspot.com/2009/06/e-preciso-que-sejamos- proativos-nao.html. Acesso em: 27 dez. 2009. DAHMER, Alessandra. (2006). Um modelo para processo de curso. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre-RS, 132p. Disponível em http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/ handle/10183/7365/000542837.pdf?sequence=1. Acessado em: 03 de Janeiro de 2010.
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