SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Baixar para ler offline
PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA
PROVAS DE CARGA ESTÁTICA (IN SITU)
PROVA DE CARGA ESTÁTICA (Normatizada pela NBR 12.131/92)
O tipo de ensaio mais comum envolve a aplicação de carregamentos de
compressão à estaca, em estágios crescentes da ordem de 20% da carga de
trabalho, registrando-se os deslocamentos correspondentes. A medição dos
esforços com uma célula de carga, posicionada no topo da estaca, traz uma
maior precisão e qualidade ao ensaio.
Na prova de carga estática o elemento de fundação é solicitado por um ou mais
macacos hidráulicos, empregando-se um sistema de reação estável, sendo
comum o uso de vigas metálicas e ancoragens embutidas no terreno.
                                      A NBR 12.131/92 prescreve que as estacas
                                      sejam solicitadas a até duas vezes a carga
                                      de trabalho.
                                      Informações determinadas pelo ensaio:
                                      - Carga de Ruptura
                                      - Curva carga x deslocamento
                                      - Capacidade de carga da estaca
                                      - Recalque associado à carga de trabalho
                                      - Parcelas de resistência de ponta e atrito lateral
                                      - Coeficiente de segurança do estaqueamento
PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA
ENSAIO DE INTEGRIDADE (PIT – Pile Integrity Test)
A qualidade de estacas moldadas in loco pode ser prejudicada devido à
contaminação do concreto com solo e água, ocorrência de reduções de seção ou
mesmo de interrupções dos fustes. No caso de estacas pré-fabricadas, danos
podem ocorrer durante a cravação, como conseqüência da geração de tensões para
as quais o elemento não foi dimensionado.
A integridade de uma fundação profunda pode ainda ser prejudicada após sua
execução - por exemplo, nas operações de arrasamento, nos trabalhos do canteiro
de obras (tráfego de veículos pesados) ou ainda devido a movimentações do
terreno.




      Estrangulamento           Segregação e Efeito      Estacas Danificadas
   Significativo Próximo ao   'Gaiola' com Criação de    Exumação do Fuste e
   Topo da Estaca Junto ao    Espaço Vazio em Estaca       Confirmação do
        Contato Aterro           Moldada 'In Loco'.          Diagnóstico
PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA
ENSAIO DE INTEGRIDADE (PIT – Pile Integrity Test)
E uma metodologia extremamente simples e de baixo custo, que permite verificar a
qualidade de estacas moldadas in loco ou cravadas.
Quando fundações profundas são executadas, é fundamental garantir
comprimentos e seções efetivamente executadas, sua continuidade e sua
integridade. Em estacas cravadas, o principal defeito que pode ocorrer durante o
processo executivo é a quebra não detectada do elemento. Já no caso de estacas
escavadas, é fundamental assegurar que todo o fuste seja integralmente
preenchido por concreto ou argamassa, não havendo falhas, estrangulamentos ou
ponta descontínua.
Metodologia do Ensaio de integridade
Posicionando-se um acelerômetro no topo
da estaca, é possível identificar a presença
de eventuais danos e sua localização, a
partir da aplicação de golpes com um
martelo de mão instrumentado. As ondas de
força geradas pelos golpes do martelo se
propagam ao longo da estaca, e suas
reflexões na geometria da fundação e
resistência do solo são detectadas através
da instrumentação.
PATOLOGIA DE EDIFICIOS – P I T

                       PIT – Pile Integrity Test
PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA
ENSAIO DE CARGA DINAMICA
PROVA DE CARGA DINAMICA (Normatizada pela NBR 13.208/94 )
A prova de carga dinâmica é uma técnica rápida e econômica que consiste
num ensaio que objetiva principalmente determinar a capacidade de ruptura da
interação estaca-solo, para carregamentos estáticos axiais. A prova de carga
dinâmica pode ser realizada tanto em estacas cravadas como em elementos
moldados in loco. O ensaio consiste na instrumentação do fuste da estaca com
transdutores e acelerômetros, que permitem monitorar a propagação das
ondas decorrentes do golpe de um martelo (bate-estacas). As informações que
os sensores fornecem (também chamadas de sinais) são condicionadas e
processadas por um equipamento específico - o Pile Driving Analyzer (PDA).
PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA
ENSAIO DE CARGA DINAMICA (continuação)
O ensaio difere das tradicionais provas de carga estáticas pelo fato do
carregamento ser aplicado dinamicamente, através de golpes de um sistema de
percussão adequado. A medição é feita através da instalação de sensores no fuste
da estaca, em uma seção situada pelo menos duas vezes o diâmetro abaixo do topo
da mesma. O sinal dos sensores são enviados por cabo ao equipamento PDA.

São usados dois pares de sensores como os mostrados ao lado.
O sensor da direita é um transdutor de deformação específica.
Ele gera uma tensão proporcional à deformação sofrida pelo
material da estaca durante o golpe. O sensor da esquerda é um
acelerômetro, que gera uma tensão proporcional à aceleração
das partículas da estaca.
O sinal de cada um dos transdutores de deformação é
multiplicado pelo módulo de elasticidade do material da estaca e
pela área de seção na região dos sensores, para obtenção da
evolução da força em relação ao tempo. Por isso esses
transdutores as vezes são chamados de sensores de força. O
PDA tira a média dos dois sinais de força assim obtidos, a fim de
detectar e compensar os efeitos da excentricidade do golpe.
PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA
ENSAIO DE CARGA DINAMICA (continuação)
O principal objetivo do ECD é o de obter a capacidade de ruptura do solo.
Entretanto, paralelamente muitos outros dados podem ser obtidos pelo ensaio.
Alguns dos mais importantes são:

1. Tensões máximas de compressão e de tração no material da estaca durante os golpes.
2. Nível de flexão sofrido pela estaca durante o golpe.
3. Informações sobre a integridade da estaca, com localização de eventual dano, e
estimativa de sua intensidade.
4. Energia efetivamente transferida para a estaca, permitindo estimar a eficiência do
sistema de cravação.
5. Deslocamento máximo da estaca durante o golpe.
6. Velocidade de aplicação dos golpes, e estimativa de altura de queda para martelos
Diesel de ação simples.
PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA
ENSAIO DE CARGA DINAMICA (continuação)
Existem duas maneiras básicas de fazer o ECD em estacas cravadas:
Na primeira é possível instalar os sensores no início da cravação, e ir registrando
os golpes à medida que a estaca penetra no solo. Esse tipo de ensaio visa obter
informações como desempenho do sistema de cravação, riscos de quebra, etc. A
capacidade de carga de uma estaca ao final da cravação geralmente é diferente
daquela após um período de repouso, devido a fenômenos como dissipação de
poropressão, relaxação, etc. Portanto, a capacidade medida ao final da cravação
não pode ser comparada diretamente com o resultado de uma prova estática.
Na segunda para determinação da correta capacidade de carga de longo prazo da
estaca cravada é recomendável fazer-se o ensaio em uma recravação, realizada
alguns dias após o término da cravação. O intervalo de tempo entre o final da
cravação e a realização do ensaio deverá ser o maior possível, principalmente em
solos argilosos ou que exibam relaxação. O bate-estacas é reposicionado na
estaca, os sensores são instalados e em seguida são aplicados alguns poucos
golpes. Quando é possível controlar a altura de queda do martelo, é usual começar-
se com uma altura baixa, e ir-se aumentando gradualmente a energia aplicada, até
que se verifique a ruptura do solo, ou se o PDA indicar tensões que ponham em
risco a integridade do material da estaca. A ruptura do solo geralmente é
caracterizada quando a resistência deixa de aumentar (ou as vezes até diminui)
com o aumento da altura de queda.
    Relaxação: diminuição gradual do estado de tensão de um corpo sob deformação constante.
PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA
ENSAIO DE CARGA DINAMICA (continuação)
Existem um modo básico para se fazer o ECD em estacas moldadas “in loco”:
Em estacas moldadas "in loco", é necessário fazer um preparo prévio, que consiste
na execução de um bloco de concreto armado (fck>30 MPa) para receber os
impactos. O bloco deverá ter seção transversal parecida com a da estaca, e altura
de cerca de 1,0 m. Os sensores devem ser instalados no fuste da estaca, e não no
bloco. Os golpes são aplicados por qualquer sistema capaz de liberar um peso em
queda livre. O pilão a ser utilizado deverá ter um peso correspondente a de 2% a 3%
da carga de trabalho prevista para a estaca. Deve-se usar chapas de madeira
compensada, as vezes em cima das estacas por uma chapa metálica, para
amortecimento dos golpes.
O ensaio é executado da mesma maneira que o ensaio de carga estática, exceto
que geralmente nesses casos é necessário cautela para que a estaca não entre em
regime de cravação.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cálculo da carga do vento em guindaste
Cálculo da carga do vento em guindasteCálculo da carga do vento em guindaste
Cálculo da carga do vento em guindaste
Emílio Becker
 
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concretoGalerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Jupira Silva
 

Mais procurados (20)

Concreto i aula 01 - rev. 01
Concreto i   aula 01 - rev. 01Concreto i   aula 01 - rev. 01
Concreto i aula 01 - rev. 01
 
Resistência
ResistênciaResistência
Resistência
 
cargas em pontes
cargas em pontescargas em pontes
cargas em pontes
 
Manual No.16 - Análise da capacidade de suporte horizontal de uma estaca isolada
Manual No.16 - Análise da capacidade de suporte horizontal de uma estaca isoladaManual No.16 - Análise da capacidade de suporte horizontal de uma estaca isolada
Manual No.16 - Análise da capacidade de suporte horizontal de uma estaca isolada
 
Manual No.29 - Estabilidade de rochas – superfície de deslizamento plana
Manual No.29 - Estabilidade de rochas – superfície de deslizamento planaManual No.29 - Estabilidade de rochas – superfície de deslizamento plana
Manual No.29 - Estabilidade de rochas – superfície de deslizamento plana
 
Aula de Abertura de Vala
Aula de Abertura de ValaAula de Abertura de Vala
Aula de Abertura de Vala
 
Concreto para dutos terrestres
Concreto para dutos terrestresConcreto para dutos terrestres
Concreto para dutos terrestres
 
18 torcao
18 torcao18 torcao
18 torcao
 
Manual No.13 - Análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada
Manual No.13 - Análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isoladaManual No.13 - Análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada
Manual No.13 - Análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada
 
Aula de Abertura de Pista
Aula de Abertura de PistaAula de Abertura de Pista
Aula de Abertura de Pista
 
Fundações
FundaçõesFundações
Fundações
 
Cálculo da carga do vento em guindaste
Cálculo da carga do vento em guindasteCálculo da carga do vento em guindaste
Cálculo da carga do vento em guindaste
 
Gf06 cap cargaprof-estáticodinâmico-2009
Gf06 cap cargaprof-estáticodinâmico-2009Gf06 cap cargaprof-estáticodinâmico-2009
Gf06 cap cargaprof-estáticodinâmico-2009
 
Ensaio de compressão de corpos de-prova
Ensaio de compressão de corpos de-provaEnsaio de compressão de corpos de-prova
Ensaio de compressão de corpos de-prova
 
Trabalho final 189
Trabalho final 189Trabalho final 189
Trabalho final 189
 
NBR sismo
NBR sismoNBR sismo
NBR sismo
 
FLEXÕES
FLEXÕESFLEXÕES
FLEXÕES
 
Manual No.03 - Verificação de um muro de gravidade
Manual No.03 - Verificação de um muro de gravidadeManual No.03 - Verificação de um muro de gravidade
Manual No.03 - Verificação de um muro de gravidade
 
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concretoGalerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
 
Roteiro DIMENSIONAMENTO DE AÇOS
Roteiro DIMENSIONAMENTO DE AÇOSRoteiro DIMENSIONAMENTO DE AÇOS
Roteiro DIMENSIONAMENTO DE AÇOS
 

Destaque (11)

Patologias mais comuns associadas à tecnologia de estabilização de solos, com...
Patologias mais comuns associadas à tecnologia de estabilização de solos, com...Patologias mais comuns associadas à tecnologia de estabilização de solos, com...
Patologias mais comuns associadas à tecnologia de estabilização de solos, com...
 
Patologia das fundações
Patologia das fundaçõesPatologia das fundações
Patologia das fundações
 
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho StorteImpermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
 
Patologia das fundaçõe desafios para melhoria - jarbas milititsky
Patologia das fundaçõe  desafios para melhoria - jarbas milititskyPatologia das fundaçõe  desafios para melhoria - jarbas milititsky
Patologia das fundaçõe desafios para melhoria - jarbas milititsky
 
Artigo patologias e tratamento de fachadas
Artigo patologias e tratamento de fachadas Artigo patologias e tratamento de fachadas
Artigo patologias e tratamento de fachadas
 
Apostila fundacoes
Apostila fundacoesApostila fundacoes
Apostila fundacoes
 
Check list Retroescavadeira
Check list RetroescavadeiraCheck list Retroescavadeira
Check list Retroescavadeira
 
Check list - veículos - máquinas - equipamentos
Check list - veículos - máquinas - equipamentosCheck list - veículos - máquinas - equipamentos
Check list - veículos - máquinas - equipamentos
 
Apostila fundações ifpa
Apostila fundações ifpaApostila fundações ifpa
Apostila fundações ifpa
 
Recalque (Fundações)
Recalque (Fundações)Recalque (Fundações)
Recalque (Fundações)
 
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
 

Semelhante a 3d prova de carga

MARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-05-Resistência-ao-Cisalhamento-dos-Solos.pdf
MARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-05-Resistência-ao-Cisalhamento-dos-Solos.pdfMARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-05-Resistência-ao-Cisalhamento-dos-Solos.pdf
MARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-05-Resistência-ao-Cisalhamento-dos-Solos.pdf
AnaPaulaMagalhesMach
 
Galerias de drenagem de guas pluviais com tubos
Galerias de drenagem de guas pluviais com tubosGalerias de drenagem de guas pluviais com tubos
Galerias de drenagem de guas pluviais com tubos
Jupira Silva
 
Nbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concreto
Nbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concretoNbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concreto
Nbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concreto
Fabiana Cunha Consultare
 
52213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-1
52213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-152213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-1
52213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-1
Barto Freitas
 
Nbr 14321-1999-paredes-de-alvenaria-estrutural-determinacao-da-resistencia-ao...
Nbr 14321-1999-paredes-de-alvenaria-estrutural-determinacao-da-resistencia-ao...Nbr 14321-1999-paredes-de-alvenaria-estrutural-determinacao-da-resistencia-ao...
Nbr 14321-1999-paredes-de-alvenaria-estrutural-determinacao-da-resistencia-ao...
Valéria Lima
 

Semelhante a 3d prova de carga (20)

CAPÍTULO 6- BASES DE DIMENSIONAMENTO.pdf
CAPÍTULO 6- BASES DE DIMENSIONAMENTO.pdfCAPÍTULO 6- BASES DE DIMENSIONAMENTO.pdf
CAPÍTULO 6- BASES DE DIMENSIONAMENTO.pdf
 
Resistência
ResistênciaResistência
Resistência
 
MARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-05-Resistência-ao-Cisalhamento-dos-Solos.pdf
MARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-05-Resistência-ao-Cisalhamento-dos-Solos.pdfMARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-05-Resistência-ao-Cisalhamento-dos-Solos.pdf
MARANGON-M.-Dez-2018-Capítulo-05-Resistência-ao-Cisalhamento-dos-Solos.pdf
 
APRESENTAÇÃO DE RESULTADO RECORDE EM ENSAIO BIDIRECIONAL, PROVA DE CARGA COM ...
APRESENTAÇÃO DE RESULTADO RECORDE EM ENSAIO BIDIRECIONAL, PROVA DE CARGA COM ...APRESENTAÇÃO DE RESULTADO RECORDE EM ENSAIO BIDIRECIONAL, PROVA DE CARGA COM ...
APRESENTAÇÃO DE RESULTADO RECORDE EM ENSAIO BIDIRECIONAL, PROVA DE CARGA COM ...
 
Galerias de drenagem de guas pluviais com tubos
Galerias de drenagem de guas pluviais com tubosGalerias de drenagem de guas pluviais com tubos
Galerias de drenagem de guas pluviais com tubos
 
Artigo de Revista - Ensaio Bidirecional
Artigo de Revista - Ensaio Bidirecional Artigo de Revista - Ensaio Bidirecional
Artigo de Revista - Ensaio Bidirecional
 
Pontes construçaõ trabelho cientifico
Pontes construçaõ trabelho cientificoPontes construçaõ trabelho cientifico
Pontes construçaõ trabelho cientifico
 
Aula 7 ações e segurança
Aula 7   ações e segurançaAula 7   ações e segurança
Aula 7 ações e segurança
 
Conc11
Conc11Conc11
Conc11
 
Nbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concreto
Nbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concretoNbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concreto
Nbr 14827-2002-chumbadores-instalados-em-elementos-de-concreto
 
Fapac imprimir
Fapac imprimir Fapac imprimir
Fapac imprimir
 
Notas de aula da pós graduação em estruturas - Fundações
Notas de aula da pós graduação em estruturas - FundaçõesNotas de aula da pós graduação em estruturas - Fundações
Notas de aula da pós graduação em estruturas - Fundações
 
Aula 2.pdf
Aula 2.pdfAula 2.pdf
Aula 2.pdf
 
52213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-1
52213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-152213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-1
52213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-1
 
Patologia das fundações profundas artigo
Patologia das fundações profundas artigoPatologia das fundações profundas artigo
Patologia das fundações profundas artigo
 
Aula 4 muros-de_arrimo
Aula 4 muros-de_arrimoAula 4 muros-de_arrimo
Aula 4 muros-de_arrimo
 
Tqs
TqsTqs
Tqs
 
Trabalho final pontes.doc
Trabalho final pontes.docTrabalho final pontes.doc
Trabalho final pontes.doc
 
Nbr 14321-1999-paredes-de-alvenaria-estrutural-determinacao-da-resistencia-ao...
Nbr 14321-1999-paredes-de-alvenaria-estrutural-determinacao-da-resistencia-ao...Nbr 14321-1999-paredes-de-alvenaria-estrutural-determinacao-da-resistencia-ao...
Nbr 14321-1999-paredes-de-alvenaria-estrutural-determinacao-da-resistencia-ao...
 
Instrumentação de Barragens.pptx
Instrumentação de Barragens.pptxInstrumentação de Barragens.pptx
Instrumentação de Barragens.pptx
 

Mais de Jho05

Apostila basica-de-conforto-ambiental
Apostila basica-de-conforto-ambientalApostila basica-de-conforto-ambiental
Apostila basica-de-conforto-ambiental
Jho05
 
Estrut concreto texto(calcvigas)02
Estrut concreto texto(calcvigas)02Estrut concreto texto(calcvigas)02
Estrut concreto texto(calcvigas)02
Jho05
 
Estrut concreto texto(calcvigas)01
Estrut concreto texto(calcvigas)01Estrut concreto texto(calcvigas)01
Estrut concreto texto(calcvigas)01
Jho05
 
Estrut concreto texto(vigalu)
Estrut concreto texto(vigalu)Estrut concreto texto(vigalu)
Estrut concreto texto(vigalu)
Jho05
 
Desenh estrut apostila02(texto)alvestrut
Desenh estrut apostila02(texto)alvestrutDesenh estrut apostila02(texto)alvestrut
Desenh estrut apostila02(texto)alvestrut
Jho05
 
Desenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturais
Desenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturaisDesenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturais
Desenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturais
Jho05
 
Desenh estrut apostila00(texto)capa
Desenh estrut apostila00(texto)capaDesenh estrut apostila00(texto)capa
Desenh estrut apostila00(texto)capa
Jho05
 
Desenh estrut apostila04(texto)concretoarmado
Desenh estrut apostila04(texto)concretoarmadoDesenh estrut apostila04(texto)concretoarmado
Desenh estrut apostila04(texto)concretoarmado
Jho05
 
Desenh estrut apostila03(texto)estrmetalic
Desenh estrut apostila03(texto)estrmetalicDesenh estrut apostila03(texto)estrmetalic
Desenh estrut apostila03(texto)estrmetalic
Jho05
 
3e estudos de casos acidentes
3e  estudos de casos acidentes3e  estudos de casos acidentes
3e estudos de casos acidentes
Jho05
 
2 pat e acidentes
2  pat e acidentes2  pat e acidentes
2 pat e acidentes
Jho05
 
1 pat e arg-alv_cer
1  pat e arg-alv_cer1  pat e arg-alv_cer
1 pat e arg-alv_cer
Jho05
 
1 pat e arg-alv_cer
1  pat e arg-alv_cer1  pat e arg-alv_cer
1 pat e arg-alv_cer
Jho05
 
1 pat e arg-alv_cer
1  pat e arg-alv_cer1  pat e arg-alv_cer
1 pat e arg-alv_cer
Jho05
 
1 recuperação
1   recuperação1   recuperação
1 recuperação
Jho05
 
1e conc submerso
1e   conc submerso1e   conc submerso
1e conc submerso
Jho05
 
3g biodeterioração
3g   biodeterioração3g   biodeterioração
3g biodeterioração
Jho05
 
Planejamento trabalhos tcc111_u
Planejamento trabalhos tcc111_uPlanejamento trabalhos tcc111_u
Planejamento trabalhos tcc111_u
Jho05
 
1d vazios concreto
1d   vazios concreto1d   vazios concreto
1d vazios concreto
Jho05
 
1c groutes
1c   groutes1c   groutes
1c groutes
Jho05
 

Mais de Jho05 (20)

Apostila basica-de-conforto-ambiental
Apostila basica-de-conforto-ambientalApostila basica-de-conforto-ambiental
Apostila basica-de-conforto-ambiental
 
Estrut concreto texto(calcvigas)02
Estrut concreto texto(calcvigas)02Estrut concreto texto(calcvigas)02
Estrut concreto texto(calcvigas)02
 
Estrut concreto texto(calcvigas)01
Estrut concreto texto(calcvigas)01Estrut concreto texto(calcvigas)01
Estrut concreto texto(calcvigas)01
 
Estrut concreto texto(vigalu)
Estrut concreto texto(vigalu)Estrut concreto texto(vigalu)
Estrut concreto texto(vigalu)
 
Desenh estrut apostila02(texto)alvestrut
Desenh estrut apostila02(texto)alvestrutDesenh estrut apostila02(texto)alvestrut
Desenh estrut apostila02(texto)alvestrut
 
Desenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturais
Desenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturaisDesenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturais
Desenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturais
 
Desenh estrut apostila00(texto)capa
Desenh estrut apostila00(texto)capaDesenh estrut apostila00(texto)capa
Desenh estrut apostila00(texto)capa
 
Desenh estrut apostila04(texto)concretoarmado
Desenh estrut apostila04(texto)concretoarmadoDesenh estrut apostila04(texto)concretoarmado
Desenh estrut apostila04(texto)concretoarmado
 
Desenh estrut apostila03(texto)estrmetalic
Desenh estrut apostila03(texto)estrmetalicDesenh estrut apostila03(texto)estrmetalic
Desenh estrut apostila03(texto)estrmetalic
 
3e estudos de casos acidentes
3e  estudos de casos acidentes3e  estudos de casos acidentes
3e estudos de casos acidentes
 
2 pat e acidentes
2  pat e acidentes2  pat e acidentes
2 pat e acidentes
 
1 pat e arg-alv_cer
1  pat e arg-alv_cer1  pat e arg-alv_cer
1 pat e arg-alv_cer
 
1 pat e arg-alv_cer
1  pat e arg-alv_cer1  pat e arg-alv_cer
1 pat e arg-alv_cer
 
1 pat e arg-alv_cer
1  pat e arg-alv_cer1  pat e arg-alv_cer
1 pat e arg-alv_cer
 
1 recuperação
1   recuperação1   recuperação
1 recuperação
 
1e conc submerso
1e   conc submerso1e   conc submerso
1e conc submerso
 
3g biodeterioração
3g   biodeterioração3g   biodeterioração
3g biodeterioração
 
Planejamento trabalhos tcc111_u
Planejamento trabalhos tcc111_uPlanejamento trabalhos tcc111_u
Planejamento trabalhos tcc111_u
 
1d vazios concreto
1d   vazios concreto1d   vazios concreto
1d vazios concreto
 
1c groutes
1c   groutes1c   groutes
1c groutes
 

3d prova de carga

  • 1. PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA PROVAS DE CARGA ESTÁTICA (IN SITU) PROVA DE CARGA ESTÁTICA (Normatizada pela NBR 12.131/92) O tipo de ensaio mais comum envolve a aplicação de carregamentos de compressão à estaca, em estágios crescentes da ordem de 20% da carga de trabalho, registrando-se os deslocamentos correspondentes. A medição dos esforços com uma célula de carga, posicionada no topo da estaca, traz uma maior precisão e qualidade ao ensaio. Na prova de carga estática o elemento de fundação é solicitado por um ou mais macacos hidráulicos, empregando-se um sistema de reação estável, sendo comum o uso de vigas metálicas e ancoragens embutidas no terreno. A NBR 12.131/92 prescreve que as estacas sejam solicitadas a até duas vezes a carga de trabalho. Informações determinadas pelo ensaio: - Carga de Ruptura - Curva carga x deslocamento - Capacidade de carga da estaca - Recalque associado à carga de trabalho - Parcelas de resistência de ponta e atrito lateral - Coeficiente de segurança do estaqueamento
  • 2. PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA ENSAIO DE INTEGRIDADE (PIT – Pile Integrity Test) A qualidade de estacas moldadas in loco pode ser prejudicada devido à contaminação do concreto com solo e água, ocorrência de reduções de seção ou mesmo de interrupções dos fustes. No caso de estacas pré-fabricadas, danos podem ocorrer durante a cravação, como conseqüência da geração de tensões para as quais o elemento não foi dimensionado. A integridade de uma fundação profunda pode ainda ser prejudicada após sua execução - por exemplo, nas operações de arrasamento, nos trabalhos do canteiro de obras (tráfego de veículos pesados) ou ainda devido a movimentações do terreno. Estrangulamento Segregação e Efeito Estacas Danificadas Significativo Próximo ao 'Gaiola' com Criação de Exumação do Fuste e Topo da Estaca Junto ao Espaço Vazio em Estaca Confirmação do Contato Aterro Moldada 'In Loco'. Diagnóstico
  • 3. PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA ENSAIO DE INTEGRIDADE (PIT – Pile Integrity Test) E uma metodologia extremamente simples e de baixo custo, que permite verificar a qualidade de estacas moldadas in loco ou cravadas. Quando fundações profundas são executadas, é fundamental garantir comprimentos e seções efetivamente executadas, sua continuidade e sua integridade. Em estacas cravadas, o principal defeito que pode ocorrer durante o processo executivo é a quebra não detectada do elemento. Já no caso de estacas escavadas, é fundamental assegurar que todo o fuste seja integralmente preenchido por concreto ou argamassa, não havendo falhas, estrangulamentos ou ponta descontínua. Metodologia do Ensaio de integridade Posicionando-se um acelerômetro no topo da estaca, é possível identificar a presença de eventuais danos e sua localização, a partir da aplicação de golpes com um martelo de mão instrumentado. As ondas de força geradas pelos golpes do martelo se propagam ao longo da estaca, e suas reflexões na geometria da fundação e resistência do solo são detectadas através da instrumentação.
  • 4. PATOLOGIA DE EDIFICIOS – P I T PIT – Pile Integrity Test
  • 5. PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA ENSAIO DE CARGA DINAMICA PROVA DE CARGA DINAMICA (Normatizada pela NBR 13.208/94 ) A prova de carga dinâmica é uma técnica rápida e econômica que consiste num ensaio que objetiva principalmente determinar a capacidade de ruptura da interação estaca-solo, para carregamentos estáticos axiais. A prova de carga dinâmica pode ser realizada tanto em estacas cravadas como em elementos moldados in loco. O ensaio consiste na instrumentação do fuste da estaca com transdutores e acelerômetros, que permitem monitorar a propagação das ondas decorrentes do golpe de um martelo (bate-estacas). As informações que os sensores fornecem (também chamadas de sinais) são condicionadas e processadas por um equipamento específico - o Pile Driving Analyzer (PDA).
  • 6. PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA ENSAIO DE CARGA DINAMICA (continuação) O ensaio difere das tradicionais provas de carga estáticas pelo fato do carregamento ser aplicado dinamicamente, através de golpes de um sistema de percussão adequado. A medição é feita através da instalação de sensores no fuste da estaca, em uma seção situada pelo menos duas vezes o diâmetro abaixo do topo da mesma. O sinal dos sensores são enviados por cabo ao equipamento PDA. São usados dois pares de sensores como os mostrados ao lado. O sensor da direita é um transdutor de deformação específica. Ele gera uma tensão proporcional à deformação sofrida pelo material da estaca durante o golpe. O sensor da esquerda é um acelerômetro, que gera uma tensão proporcional à aceleração das partículas da estaca. O sinal de cada um dos transdutores de deformação é multiplicado pelo módulo de elasticidade do material da estaca e pela área de seção na região dos sensores, para obtenção da evolução da força em relação ao tempo. Por isso esses transdutores as vezes são chamados de sensores de força. O PDA tira a média dos dois sinais de força assim obtidos, a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade do golpe.
  • 7. PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA ENSAIO DE CARGA DINAMICA (continuação) O principal objetivo do ECD é o de obter a capacidade de ruptura do solo. Entretanto, paralelamente muitos outros dados podem ser obtidos pelo ensaio. Alguns dos mais importantes são: 1. Tensões máximas de compressão e de tração no material da estaca durante os golpes. 2. Nível de flexão sofrido pela estaca durante o golpe. 3. Informações sobre a integridade da estaca, com localização de eventual dano, e estimativa de sua intensidade. 4. Energia efetivamente transferida para a estaca, permitindo estimar a eficiência do sistema de cravação. 5. Deslocamento máximo da estaca durante o golpe. 6. Velocidade de aplicação dos golpes, e estimativa de altura de queda para martelos Diesel de ação simples.
  • 8. PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA ENSAIO DE CARGA DINAMICA (continuação) Existem duas maneiras básicas de fazer o ECD em estacas cravadas: Na primeira é possível instalar os sensores no início da cravação, e ir registrando os golpes à medida que a estaca penetra no solo. Esse tipo de ensaio visa obter informações como desempenho do sistema de cravação, riscos de quebra, etc. A capacidade de carga de uma estaca ao final da cravação geralmente é diferente daquela após um período de repouso, devido a fenômenos como dissipação de poropressão, relaxação, etc. Portanto, a capacidade medida ao final da cravação não pode ser comparada diretamente com o resultado de uma prova estática. Na segunda para determinação da correta capacidade de carga de longo prazo da estaca cravada é recomendável fazer-se o ensaio em uma recravação, realizada alguns dias após o término da cravação. O intervalo de tempo entre o final da cravação e a realização do ensaio deverá ser o maior possível, principalmente em solos argilosos ou que exibam relaxação. O bate-estacas é reposicionado na estaca, os sensores são instalados e em seguida são aplicados alguns poucos golpes. Quando é possível controlar a altura de queda do martelo, é usual começar- se com uma altura baixa, e ir-se aumentando gradualmente a energia aplicada, até que se verifique a ruptura do solo, ou se o PDA indicar tensões que ponham em risco a integridade do material da estaca. A ruptura do solo geralmente é caracterizada quando a resistência deixa de aumentar (ou as vezes até diminui) com o aumento da altura de queda. Relaxação: diminuição gradual do estado de tensão de um corpo sob deformação constante.
  • 9. PATOLOGIA DE EDIFICIOS – PROVA DE CARGA ENSAIO DE CARGA DINAMICA (continuação) Existem um modo básico para se fazer o ECD em estacas moldadas “in loco”: Em estacas moldadas "in loco", é necessário fazer um preparo prévio, que consiste na execução de um bloco de concreto armado (fck>30 MPa) para receber os impactos. O bloco deverá ter seção transversal parecida com a da estaca, e altura de cerca de 1,0 m. Os sensores devem ser instalados no fuste da estaca, e não no bloco. Os golpes são aplicados por qualquer sistema capaz de liberar um peso em queda livre. O pilão a ser utilizado deverá ter um peso correspondente a de 2% a 3% da carga de trabalho prevista para a estaca. Deve-se usar chapas de madeira compensada, as vezes em cima das estacas por uma chapa metálica, para amortecimento dos golpes. O ensaio é executado da mesma maneira que o ensaio de carga estática, exceto que geralmente nesses casos é necessário cautela para que a estaca não entre em regime de cravação.