Este documento descreve a trajetória do fisioterapeuta Eduardo Santana de Araújo e seu trabalho com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Ele se formou em fisioterapia em 2000 e fez especializações em diferentes áreas. Atualmente é mestre e doutorando em saúde pública e trabalha para implantar a CIF no Brasil, publicando artigos e ministrando cursos sobre o tema. A CIF traz uma abordagem mais humanizada ao tratamento, considerando diversos fatores biopsicoss
1. TRAJETÓRIA DE VIDA DE UM FISIOTERAPEUTA DE SUCESSO:
EDUARDO SANTANA DE ARAÚJO.
Alessandra Façanha Bezerra
Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC
Débora Carlos de Andrade
Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC
Isabel Oliveira Monteiro
Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC
Lidiany da Silva Venâncio*
Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC
Taiane Maria Rodrigues de Almeida
Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC
Thércia Girão Rodrigues
Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC
Orientador: Rodrigo Ribeiro de Oliveira
Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará - UFC
*Autor Correspondente
Universidade Federal do Ceará
Rua Alexandre Baraúna, 949
CEP: 60430160
Fortaleza-CE-Brasil
tel: (85) 87098834
e-mail: lidiany_sv@hotmail.com
2. RESUMO
O fisioterapeuta Eduardo Santana de Araújo, mestre em saúde pública pela
Universidade de São Paulo (USP) – 2008, é um dos principais responsáveis pela
implantação e divulgação da Classificação Internacional de Funcionalidades,
Incapacidades e Saúde (CIF) no Brasil. Esse modelo de classificação influencia no
tratamento do usuário, promovendo uma maior facilidade de comunicação entre ele e o
profissional, visto que leva em consideração os aspectos biopsicossociais. O indivíduo
passa a ser visto de forma mais humanizada, como resultado da interação de diversos
fatores, deixando de lado a antiga metodologia de apenas diagnosticar a doença e tratá-
la da forma mais objetiva. Este artigo tem por objetivo relatar a trajetória de vida de
Eduardo Santana de Araújo, destacando suas conquistas profissionais e de que maneira
elas influenciam na evolução da profissão. Essas informações foram obtidas através de
questionário e estudos acerca do tema, e servirão como fonte de informação para
graduandos, graduados em fisioterapia e outros interessados nessa área.
Palavras-chave: Fisioterapia, Eduardo Santana de Araújo, CIF.
ABSTRACT
The physiotherapist Eduardo Santana de Araújo, master in public health
from the University of São Paulo (USP) - 2008 is one of the main responsible for the
implementation and dissemination of the International Classification of functions,
Disability and Health (ICF) in Brazil. This model of classification influence in the
treatment of user, promoting a greater ease of communication between him and the
professional, because it takes into account the biopsychosocial aspects, the individual is
seen more humanized, as a result of the interaction of several factors, leaving aside the
old methodology of only diagnose the disease and treat it the way more objective. This
article aims to relate the life trajectory of Eduardo Santana de Araújo, highlighting their
professional achievement and how they influence the evolution of the profession. These
informations were obtained through questionnaires and studies about the topic, and will
serve as a source of information for undergraduate students, graduated in physiotherapy
and others interested in this area.
Key words: Physiotherapy, Eduardo Santana de Araújo, ICF.
2
3. INTRODUÇÃO
A Fisioterapia é uma ciência aplicada, cujo objeto de estudo é o movimento
humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades, quer nas suas
alterações patológicas, quer nas suas repercussões psíquicas e orgânicas, com objetivos
de preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgão, sistema ou
função.1
Falaremos sobre a trajetória de vida de Eduardo Santana de Araújo,
fisioterapeuta, Mestre em Saúde Pública, USP/2008. Doutorando em Saúde Pública,
USP, "Fellow Senior" da Ordem dos Hospitaleiros Ortodoxos e Chefe de admissão e
Coordenador do Programa HODU-CIF Brasil.2
É importante discorrer sobre a trajetória de vida para que acadêmicos
possam conhecer a prática da profissão, seus aspectos e suas vertentes, o que vai
contribuir para sua formação profissional.3 Esses conhecimentos ajudam a compreender
a história da profissão e auxiliam os discentes a criar identidade profissional.
O professor Eduardo Santana de Araújo trabalha diretamente com a
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), que foi
criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2001 com a participação de 65
países, que estudaram durante sete anos para que esse modelo se tornasse uma avaliação
completa, onde é levada em consideração a “vida”, ou seja, engloba todos os aspectos
que possam afetar a saúde das pessoas (físico, mental, social e político). A CIF traz o
olhar para a funcionalidade do indivíduo para com o meio em que está inserido, o que se
reflete na coletividade. Políticas Públicas em saúde e educação, por exemplo, podem ser
tomadas através da utilização da CIF, por estudos de seus dados.4
A CIF hoje é considerada referência em relação à humanização no
atendimento. Ela traz uma visão renovada e ampliada acerca do conceito de saúde e das
condições necessárias para manter-se a qualidade de vida dos indivíduos. Seu formato
integra avaliação e gestão, de forma a interligar esses itens, tornando-se um ótimo meio
para serem trabalhadas políticas públicas em saúde.
O Prof. Eduardo Santana de Araújo tem hoje um papel fundamental no
estudo, implantação e divulgação da CIF no Brasil. Ele tem dedicado seu tempo a
estudar a aplicação da CIF dentro do sistema único de saúde (SUS) e em como a
fisioterapia pode utilizá-la. Faz ainda palestras e cursos a fim de orientar as pessoas
sobre sua utilização correta. Em 2011 foi convidado e recebido pelo ministro da saúde
1
BRASIL. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Resolução COFFITO-80 de 09 de maio de 1987.
Disponível em: < http://coffito.org.br/conteudo/con_view.asp?secao=27>. Acesso em 14 maio 2012.
2
(LATTES, 2012) Plataforma Lattes. Eduardo Santana de Araujo. Jan, 2012. Disponível em:<
http://lattes.cnpq.br/2639340029038470 > Acesso em: 14 maio 2012.
3
História de Vida: Trajetória de Uma Professora de Educação Física. Betti, Irene C. Rangel ; Mizukami, Maria da
Graça Nicoletti. MOTRIZ - Volume 3, Número 2, Dezembro/1997. Disponível em:
<www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/03n2/3n2_ART07.pdf>. Acesso em: 14 maio 2012.
4
Programas e Projetos da Organização Mundial da Saúde. HODU-CIF, 2010. Disponível em: <
http://hoducif.webs.com/cif.htm>. Acesso em: 14 maio 2012.
3
4. Alexandre Padilha a apresentar a CIF em seu gabinete, o que representou um importante
passo para a implantação desse modelo de classificação no Brasil.
Esse artigo vem reforçar o papel da CIF no Brasil e no mundo, bem como a
sua importância. Ainda é um modelo muito recente e pouco conhecido, o que gera
dificuldade no seu entendimento principalmente por profissionais da área da saúde que
não sabem como lidar com essa ferramenta, sendo esta a principal barreira enfrentada
pelo estudo. Vale ressaltar que essa nova classificação só vem a acrescentar aos
conhecimentos pré-existentes e apesar de tão detalhado e bem elaborado, não descarta o
uso, por exemplo, da CID.
Assim, esse artigo tem o objetivo de relatar a trajetória de vida do
fisioterapeuta Eduardo Santana de Araújo, a fim de auxiliar na formação profissional
em fisioterapia e outras áreas relacionadas, tendo em vista o trabalho dele junto a
classificação.
4
5. MATERIAIS E METÓDOS
2.1 Amostra:
O fisioterapeuta Eduardo Santana de Araújo, doutorando e mestre em Saúde
Pública pela Universidade de São Paulo, chefe de admissão e coordenador do Programa
HODU-CIF Brasil, que foi escolhido pelo seu sucesso profissional e, sobretudo devido
sua relevância no processo de implantação da CIF no Brasil.
2.2 Instrumentos para obtenção de dados:
Foi elaborado um questionário com enfoque na sua formação acadêmica e
seu trabalho com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
(CIF), enviado e recebido por e-mail e seu currículo Lattes.
2.3 Caracterizações do questionário e da entrevista:
Foi elaborado um questionário com 13 perguntas e enviadas por e-mail ao
entrevistado, que as respondeu em 5 dias.
2.4 Organizações de dados:
Após a entrevista, foi feita a análise de seu conteúdo e, com o conhecimento
do currículo Lattes e revisões de literatura sobre o assunto, foi produzido o estudo.
5
6. DISCUSSÕES E RESULTADOS
Eduardo Santana de Araújo formou-se em fisioterapia no ano 2000 na
Universidade Santa Cecília (UNISANTA). Sua opção inicial era educação física.
Contudo, após ver a descrição do curso de Fisioterapia em um folheto da faculdade
interessou-se pela área. Em seu o primeiro ano de graduação participou do XIII
Congresso Nacional de Fisioterapia o que despertou ainda mais seu interesse pela
profissão. Outro fator que o incentivou a seguir a carreira foi perceber a autonomia que
a área oferece, de poder trabalhar sozinho em um emprego liberal, não necessariamente
formal.
Acerca das experiências obtidas durante a graduação afirma: “Foram as
experiências reais as que mais contribuíram para o aprendizado. Acho que modifiquei
reações. Aprendi a esperar mais e a jamais duvidar da capacidade de alguém. Aprendi
que todos somos capazes de qualquer coisa e tudo na vida só depende de treinamento.”
Em 2001 ingressou na especialização de fisioterapia traumato-ortopédica na
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). A Fisioterapia traumato-ortopédica
atua na prevenção e tratamento das doenças dos ossos, músculos, articulações e
ligamentos. Trabalha na recuperação de pós-fraturas, entorses, luxações, traumas ou
contusões musculares, amputações, distúrbios mecânicos da coluna vertebral, pós-
cirurgias, dentre outras, utilizando recursos objetivando alívio de quadro álgico,
eliminação de processo inflamatório, melhora na circulação sangüínea, fortalecimento
muscular, recuperação de movimentos, equilíbrio, propriocepção e reeducação postural.
Em 2002 passou por extensão universitária em Reeducação Postural Global
(RPG) no Centro Científico e Cultural Brasileiro de Fisioterapia. A RPG busca, através
das queixas e da avaliação postural do indivíduo, visto que a postura é a responsável
pela estatística e dinâmica do corpo, tratar algias e suas repercussões nas práticas
diárias, baseando-se não somente na postura, mas também na organização e tensão
musculares.
Em 2003 fez especialização em fisioterapia respiratória no Hospital do
Câncer de São Paulo, uma área nova da profissão, contudo, considerada de grande
importância, por se fazer indispensável em indivíduos acometidos por agravos no
sistema respiratório que, devido a sua complexidade mecânica, poderia trazer risco à
manutenção da vida.
A fisioterapia sempre esteve muito ligada à reabilitação, entretanto, com a
evolução e a mudança de objeto de estudo da profissão, o profissional abandonou o
caráter reabilitador e passou a abranger novas áreas de atuação, como as de prevenção e
promoção da saúde ampliando-se, dessa forma, o campo de atuação do fisioterapeuta.
Sobre essa transição, Eduardo acredita que as mudanças são meros fatos naturais do
desenvolvimento de uma profissão. Essa evolução exige do profissional uma formação
continuada, onde coisas ficam para trás e novas aparecem, existindo a necessidade de se
manter atualizado; informa ainda que seu processo de inserção no mercado esteve
6
7. distante dessa influência do desenvolvimento ou identidade da profissão. Eduardo
começou suas atividades profissionais na academia Play Sports em Mogi Mirim-SP,
teve ainda seu consultório particular e trabalhou em hospitais como Hospital Modelo,
Santa Casa de Misericórdia de Santos-SP, Hospital Israelita Albert Einstein.
No mês de lançamento da CIF (Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde) no Brasil (dezembro de 2003), Eduardo leu
sobre o assunto. Na época trabalhava no Hospital Albert Einstein e enfrentava
diariamente situações onde precisava relacionar assistência e administração. Isso fez
com que enxergasse a CIF como possível comunicante entre essas áreas, mas apesar dos
seus esforços não conseguiu fazer essa correlação sozinho e buscou ajuda, ingressando
no mestrado em 2006 na Faculdade de Saúde Pública, USP, que concluiu em 2008 com
o título “A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF)
em Fisioterapia: uma revisão bibliográfica.”
A partir daí seus trabalhos passaram a ser direcionados para o estudo da
CIF. Além de seu mestrado, Eduardo publicou capítulos de livros, ministrou cursos e
palestras, publicou artigos em periódicos. Publicou um livro intitulado “Manual de
Utilização da CIF em Saúde Funcional”. Hoje faz doutorado na Universidade de São
Paulo-USP com o projeto de pesquisa: “Utilização da Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde na prática da Fisioterapia: Uma contribuição para
a geração de dados epidemiológicos sobre funcionalidade”.
A CIF vem como um manual de instrução para facilitar o trabalho do
profissional com técnicas bem elaboradas, políticas bem estruturadas e estudadas. Traz
uma linguagem unificada, objetiva e padronizada, com uma série de aplicabilidades, por
exemplo: funciona como uma ferramenta investigativa, isto é, medindo resultados
acerca da qualidade de vida das pessoas; como ferramenta pedagógica, permitindo a
elaboração de programas sociais; e, sobretudo, como uma ferramenta de política social,
pois a partir dos dados coletados pode-se comparar a saúde das populações e então
elaborar as políticas públicas de acordo com as necessidades observadas em cada uma
delas; em relação a isso Eduardo diz: “Tanto acredito quanto luto por isso. Vejo
movimentos e fico feliz. O tempo será o necessário e o correto. Temos que trabalhar
muito. ''
Com uma proposta mais humanizada, a CIF leva em consideração o
indivíduo, suas funcionalidades e o ambiente no qual este está inserido, relacionando
componentes da saúde e do bem-estar, dividindo-os em duas listas de domínios:
Funções e estruturas do corpo e Atividades e Participação. Vale ressaltar que ela não
classifica os fatores pessoais devido à grande variedade social e cultural, entretanto isso
não irá comprometer a qualidade e a compreensão dos dados obtidos, visto que eles têm
seu impacto previsto no qualificador de desempenho em Atividades e Participação. Essa
proposta mais humanizada representa um avanço significativo na abordagem
profissional e no decorrente tratamento oferecido ao paciente que em caso de
deficiência pode ser reinserido na sociedade. Num paciente diabético que teve sua perna
amputada, por exemplo, a CIF vai procurar meios para que o paciente continue com
suas atividades diárias, fazendo com que este desempenhe suas funções normalmente,
seja no trabalho, em casa ou em qualquer outro ambiente.
7
8. Vários países fazem uso dessa classificação. Segundo Eduardo em países
como a Alemanha, a literatura afirma que os objetivos desse modelo têm sido
alcançados, e que a OMS tem observado e investido nesse aspecto, mas que ainda há
necessidade de um uso mais abrangente para se efetivar o alcance desses objetivos.
Em 2001, a OMS recomendou que os profissionais utilizassem a CIF. E em
2009, o COFFITO regularizou o uso dessa classificação no Brasil, sendo mais rápido
dos conselhos profissionais nessa regulamentação, levando em conta que nenhum outro
manifestou-se com relação a esse caso, essa atitude do COFFITO não obriga, mas
reforça a recomendação da OMS de utilização desse modelo de classificação.
Apesar de todos os benefícios, a CIF enfrenta dificuldade na sua
implantação, devido sua complexidade, tamanho e falta de treinamento dos
profissionais; ciente disso Eduardo escreveu o livro Manual de utilização da CIF em
Saúde Funcional, a fim de ajudar profissionais a compreender e utilizar essa ferramenta
de forma adequada.
Atualmente, Eduardo tem seu consultório em Cotia-SP, é professor da
Faculdade Mario Schenberg, e coordenador do Departamento Nacional de Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) que funciona no Centro de
Pesquisas da Ordem dos Hospitaleiros Ortodoxos (HODU).
8
9. CONCLUSÃO
Com a presente elaboração deste artigo podemos observar um pouco sobre a
trajetória de vida de Eduardo Santana de Araujo, concluindo que a experiência e a
prática foram suas maiores aliadas rumo a uma carreira brilhante e que, muitas vezes, é
necessário saber esperar e confiar na capacidade das pessoas, a fim de podermos obter
os melhores resultados.
A partir da análise da vida de Eduardo, percebemos que ele sempre esteve
numa busca constante pelo aperfeiçoamento profissional. As especializações em
traumato-ortopédica e em fisioterapia respiratória só demonstram que ele procura
conhecer as diversas aplicabilidades da fisioterapia, além de tentar acompanhar a
evolução que essa profissão vem sofrendo ao longo dos anos. Afinal, ela tende a se
afastar da idéia de reabilitação e se aproxima, cada vez mais, da idéia de prevenção, o
que nos permiti concluir que o profissional da área da saúde necessita de uma formação
continuada.
A vida profissional de Eduardo foi fortemente marcada pelo lançamento da
CIF no Brasil, do seu desenvolvimento e de sua implantação. Ele demonstra a ligação
dela com a fisioterapia e como essa profissão, no sentido de prevenção, contribui
grandemente para que os objetivos da CIF possam ser alcançados. Portanto, ele nos
permitiu concluir a importância do desenvolvimento por parte dos profissionais de
saúde de projetos e programas sociais, para que, dessa forma, possamos melhor executar
nossa profissão.
Através deste artigo podemos perceber a importância do conhecimento da
historia de vida de outros profissionais bem sucedidos, assim como o impacto que estas
informações possuem dentro do âmbito profissional, pois elas nos fornecem uma base
sólida para melhor desenvolver a profissão e para uma maior valorização da fisioterapia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo foi importante para a construção da identidade
profissional, mostrando potencial de crescimento da fisioterapia a partir do relato da
história de sucesso do doutor Eduardo Santana de Araújo. Ele é a prova de que uma
educação continuada, aliada a responsabilidade profissional são os principais
mecanismos de desenvolvimento tanto da profissão como de todos os meios os quais
venha a trabalhar. Acerca da CIF ficou comprovada a importância histórica que
Eduardo assume como colaborador na inserção, estudo e divulgação da mesma em
âmbito nacional.
9
10. REFERÊNCIAS
1. OMS, Nov 2001. disponível em:
<http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/SPP_Arquivos/PessoascomDeficienc
ia/ClassificacaoInternacionaldeFuncionalidades.pdf>. Acesso em: 10 maio 2012.
2. História de Vida: Trajetória de Uma Professora de Educação Física. Betti,
Irene C. Rangel; Mizukami, Maria da Graça Nicoletti. MOTRIZ - Volume 3,
Número 2, Dezembro/1997. Disponível em:
<www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/03n2/3n2_ART07.pdf>. Acesso em: 14
maio 2012.
3. AMORIM FILHO, Mário Lucio de ; RAMOS, Glauco Nunes Souto. Trajetória
de vida e construção dos saberes de professoras de educação física. Rev. bras.
educ. fís. esporte (Impr.) [online]. 2010, vol.24, n.2, pp. 223-238. ISSN 1807-
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Acesso em: 14 maio 2012.
4. Eduardo Santana de Araujo é recepcionado em Brasília. Site da granja, 22 dez.
2011. Disponível em:
<www.granjaviana.com.br/noticias.asp?cn=1&scn=0&id=1344>. Acesso em: 14
maio 2012.
5. Gava, Marcus Vinicius. Fisioterapia: história, reflexões e perspectivas. São
Bernardo do Campo: UMESP, 2004.
6. Deliberato, Paulo César Porto. Fisioterapia preventiva em saúde geral. In:
.Fisioterapia preventiva.1. ed. Manole, 2002. cap. 1.
7. Gobbi, Fátima Cristina Mortorano; Carvalheiro, Leny Vieira. Avaliação em
Reeducação Postural Global. In: .Fisioterapia Hospitalar: Avaliação e
planejamento ao tratamento fisioterapêutico. São Paulo: atheneu, 2009. cap. 18.
8. Azevedo, Carlos Alberto. Fisioterapia Respiratória Básica. In: . Fisioterapia
Respiratória Moderna. 2. ed. São Paulo: Manole, 1993. cap. 1.
9. Britto, Raquel Rodrigues; Brant, Tereza Cristina; Pereira, Veronica Franco.
Recursos Manuais e Instrumentais em Fisioterapia Respiratória. 1. ed. Barueri:
Manole, 2009.
10. Araujo, Eduardo Santana de. A classificação internacional de funcionalidade,
incapacidade e saúde (CIF) em fisioterapia: uma revisão bibliográfica. [S.I]:
Biblioteca digital USP, 2012. Disponível em:
<www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-03102008-112435/>. Acesso
em: 14 maio 2012.
11. Organización Mundial de la Salud, Classificación Internacional del
Funcionamiento, de la Discapacidad y de la Salud. 2001.
10
11. APÊNDICE
1. Porque escolheu a fisioterapia como profissão? O que foi fundamental para a sua
escolha?
2. Quando você iniciou a graduação em fisioterapia, o que mais despertou seu interesse
dentro da profissão?
3. Nas últimas décadas ocorreram mudanças significativas nas áreas de conhecimento e
atuação dos fisioterapeutas. Qual a sua opinião acerca dessas modificações? Esse
processo de construção de identidade da profissão acarretou algum tipo de dificuldade
durante a sua formação e a sua inserção inicial no mercado de trabalho?
4. Ao começar em uma profissão, os profissionais costumam levar experiências pessoais
para entender e/ou atuar em sua área especifica. Algum fator pessoal interferiu na
maneira como você lida e/ou enxerga a profissão?
5. Durante sua formação você deve ter passado por diversas experiências. Até que ponto
essas experiências modificaram sua vida e como elas contribuíram para o seu
desenvolvimento pessoal e profissional?
6. A CIF é uma forma de avaliação mais humanizada, que leva em consideração o
individuo, suas funcionalidades e o ambiente no qual este está inserido; representando
um avanço significativo na abordagem profissional e no decorrente tratamento oferecido
ao paciente, quando comparada à outros modelos de avaliação. Qual motivação o levou
a trabalhar com esse modelo de classificação?
7. Em sua opinião, quais seriam os aspectos negativos e os principais empecilhos na
implantação da CIF?
8. A CIF foi regulamentada em 2001 pela OMS, mas apenas em 2009 o COFFITO
regularizou seu uso no Brasil. O que você acha que foi responsável por essa demora?
Essa regulamentação tardia pode ter alguma consequência ruim a longo ou até mesmo a
curto prazo?
9. Levando em consideração a relevância do uso da CIF na interdisciplinaridade e até
mesmo no processo de humanização do atendimento, qual a importância da CIF para
fisioterapeutas, pacientes e até mesmo para outros profissionais da área da saúde?
10. Você acredita que a não classificação de fatores pessoais na CIF, ocasionado devido
à grande variação social e cultural, pode comprometer a qualidade, a compreensão e o
uso dos dados obtidos com esse modelo?
11. Com base no conceito e abordagem da CIF, você acredita no sucesso de um
provável uso dos dados obtidos com esse modelo no Brasil, para servirem de base na
implantação de políticas públicas assistenciais que atendessem as necessidades
observadas no país?
11
12. 12. Atualmente, os objetivos propostos por esse novo modelo de classificação foram
alcançados?
13. Você fez especialização em fisioterapia traumato-ortopédica e respiratória, mas hoje
seu foco é a CIF, tanto que seu mestrado e agora seu doutorado são em saúde pública e
ambos voltados para a mesma. Com esse projeto você conseguiu realização
profissional?
12