SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Baixar para ler offline
ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS>>>>>
70 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – FEVEREIRO 2007
>>>>> ALVENARIA DE BLOCOS
DE CONCRETO CELULAR
AUTOCLAVADOS
>>>>> ALVENARIA DE BLOCOS
DE CONCRETO
>>>>> ALVENARIA DE BLOCOS
CERÂMICOS
>>>>> PAREDES DE CHAPAS
DE GESSO ACARTONADO
(DRYWALL)
>>>>> ALVENARIA DE BLOCOS
SÍLICO-CALCÁRIOS
>>>>> ALVENARIA DE BLOCOS
E TIJOLOS DE SOLO-
CIMENTO
>>>>> ALVENARIA DE TIJOLOS
CERÂMICOS MACIÇOS
Bloco de concreto celular
autoclavadosemfunção
estrutural
OPÇÕES
Veja abaixo os tipos
de parede sem
função estrutural
(paredes de vedação)
CHECK-LIST
Verifique os itens a
serem considerados
no momento da
especificação
Absorção de água
Aspecto
Características
específicas do projeto
Consumo
Controle do serviço
Desempenho
Dimensões e tolerâncias
Disponibilidade
Pagamento/medição
Interfaces alvenaria–
estrutura
Juntas de controle
Massa da parede
Modulação
Preços
Produtos qualificados
Recebimento em obra e
armazenamento
Resistênciaàcompressão
Retração na secagem
MATERIAL
PRODUTO
Bloco de concreto celular autoclavado para alvenaria sem função
estrutural (BCCA para vedação).
DEFINIÇÃO
De acordo com a NBR 13438, de agosto de 1995, define-se o Bloco de concreto
celular autoclavado sem função estrutural como componente maciço de edificações
utilizado em paredes externas e internas como elemento de vedação.
PRODUÇÃO ANUAL ESTIMADA
Conforme informações da Precon de junho de 2006, anualmente são produzidos cerca de 144.000 m³ de
BCCA no País (vedação e estrutural): 46,7% em São Paulo, cerca de 23,3% em Minas Gerais, 10,1%
em Santa Catarina, 6,3% no Rio de Janeiro, 4,5% na Bahia e o restante distribuído entre Goiás, Paraná,
Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Piauí.
TIPO (NBR 13438/1995)
Blocos de concreto celular autoclavados do tipo vedação
São os blocos que atendem aos requisitos dimensionais, classe de resistência à
compressão e densidade de massa aparente seca, definidas na respectiva especificação.
Blocos de concreto celular autoclavados do tipo especial
São os blocos fabricados em formatos, dimensões e especificações de comum acordo
entre fornecedor e comprador.
DIMENSÕES
Dimensões nominais e modulação dos blocos (mm)
ESPESSURA ALTURA (2)
COMPRIMENTO(2)
≥ 75(1)
≥ 200(1)
≥ 200(1)
120e170 ≥ 200(1)
≥ 200(1)
Notas:
(1)
Modulação de 25 em 25 mm.
(2)
A altura mais usual é de 300 mm e o comprimento de 600 mm.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS (NBR 13438/1995)
Resistência à compressão e densidade de massa aparente seca
Classe típica de resistência à compressão e densidade de massa aparente seca
CLASSE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO NO ESTADO SECO (MPa) DENSIDADE APARENTE SECA (kg/m³)
VALOR MÉDIO MÍNIMO VALOR MÍNIMO POR BLOCO VALOR MÉDIO
C12 1,2 1,0 ≤ 450
C15 1,5 1,2 ≤ 500
C25 2,5 2,0 ≤ 550
alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5870
FEVEREIRO 2007 – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – 71
Característicasvisuais
A norma em questão recomenda que os blocos não apresentem defeitos como trincas,
quebras e superfícies irregulares.
Tolerânciasdimensionais
Tolerâncias de fabricação
DIMENSÕES TOLERÂNCIAS (mm)
ASSENTAMENTO DOS BLOCOS COM ARGAMASSA ASSENTAMENTO DOS BLOCOS COM
DE CIMENTO, CAL HIDRATADA E AREIA ARGAMASSA COLANTE (1)
Espessura 3 2
Altura 3 2
Comprimento 3 2
Nota: (1)
A argamassa é especialmente desenvolvida para juntas de 10 mm.
Designação
Os blocos de concreto celular autoclavados devem conter as seguintes informações: tipo
de bloco (bloco de CCA), número da norma técnica correspondente (NBR 13438) e
dimensões nominais (largura x altura x comprimento).
Retraçãonasecagem
Não há referência na NBR 13438, porém é um aspecto importante a ser observado.
Na ausência de informações, poderá ser considerada a especificação de blocos de
concreto, NBR 6136.
FORMA DE COMERCIALIZAÇÃO
A forma ideal de entrega é com paletes protegidos, com os blocos protegidos
mecanicamente e da água de chuva. No momento da cotação de preços, o comprador
deve informar o local de entrega do material, as dimensões, a classe de resistência
à compressão, a densidade de massa aparente seca e outras características particulares
de projeto.
CONSUMO DE MATERIAL
Consumomédiodeblocos
O valor adotado nas composições do TCPO (Tabelas de Composições de Preços para
Orçamentos) 12a
edição para blocos de concreto celular autoclavados, considerando-se
perda de 2%, é de 1,02 m²/m², para as peças de dimensões de 30 cm de altura e 60 cm de
comprimento. Já segundo o fabricante Precon, o consumo de BCCA é de 5,55 blocos/m²
de alvenaria, adotando-se blocos de mesmas medidas.
Consumomédiodeargamassa
Conforme o TCPO, o consumo médio de argamassa mista de cimento, cal hidratada e
areia sem peneirar, traço 1:2:9, tipo 4, é de:
Dimensõesdobloco(cm) 10x30x60 12,5x30x60 15x30x60
Consumodeargamassa(m³/m²) 0,0060 0,0075 0,0090
Normas técnicas diretamente relacionadas
NÚMERO DATA DA ÚLTIMA DESCRIÇÃO DA NORMA TIPO DE NORMA
DA NORMA ATUALIZAÇÃO
NBR13438 ago/95 Blocosdeconcretocelularautoclavado Especificação
NBR13439 ago/95 Blocosdeconcretocelularautoclavado–Verificaçãodaresistênciaàcompressão Métododeensaio
NBR13440 ago/95 Blocosdeconcretocelularautoclavado–Verificaçãodadensidadedemassaaparenteseca Métododeensaio
QUESTÃO
AMBIENTAL
Classificação do
resíduo: conforme
resolução 307 do
Conama (Conselho
Nacional do Meio
Ambiente) de 05 de
julho de 2002, os
resíduos de BCCA e
argamassas podem ser
considerados de
classe A.
Nota: verificar se não
houve incorporação de
outro resíduo ao
processo de produção
dos blocos e da
argamassa, que
alterem a classificação.
Destinação do
resíduo: são
destinados a aterros
de resíduos da
construção civil. Não
há estudos no Brasil
sobre a utilização de
agregados reciclados
de BCCA.
alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5871
ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS>>>>>
72 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – FEVEREIRO 2007
Entretanto, de acordo com o fabricante, o consumo estipulado – adotando densidade de
massa aparente seca de 500 kg/m³ é:
Dimensõesdobloco(cm) 12,5x30x60 15x30x60 20x30x60
Consumodeargamassa(m³/m²) 0,0180a0,0240 0,0240a0,0300 0,0300a0,0360
Consumovariáveldeblocos
Conforme os valores apresentados nas réguas de produtividade do TCPO, em virtude da
maior ou menor racionalização dos processos construtivos das empresas construtoras,
apresentam-se os valores.
Consumodeblocos(un/m²)
Consumovariáveldeargamassa
Conforme os valores apresentados nas réguas de produtividade do TCPO, em virtude da
maior ou menor racionalização dos processos construtivos das empresas construtoras,
apresentam-se os valores.
Consumodeargamassa(m³/m²)
Mínimo Mediana Máximo
5,29 5,39
5,55
0,0036
Mínimo
0,0062
Mediana
0,0104
Máximo
ARMAZENAGEM
(NBR 13438/1995)
A norma técnica
brasileira recomenda
que os blocos sejam
armazenados em locais
limpos, planos, secos,
arejados e protegidos
de intempéries.
De acordo com o DAU
(Documento de
Adequação ao Uso) 03/
012 de 7 de novembro
de 2003, da fabricante
francesa Xella
Thermopierre AS, os
paletes devem estar
protegidos em plástico
e o empilhamento
máximo é de três
paletes.
Caso os blocos sejam
molhados, mesmo se
estiverem embalados, é
necessário deixá-los
secar antes de serem
assentados, pois são
aplicados secos. Os
BCCA são
considerados
suficientemente secos
quando forem
utilizados pelo menos
após 15 dias de sua
data de fabricação.
PREÇOS UNITÁRIOS
Para fins de comercialização adota-se a unidade, o m³ ou o m².
Preço (R$):
LARGURA (MM) ALTURA (MM) COMPRIMENTO (MM) UN SP RJ MG PR
100 300 600 m² 18,64 23,10 19,79 23,00
125 300 600 m² 24,21 28,88 24,74 28,75
150 300 600 m² 27,95 34,65 29,69 34,50
200 300 600 m² 37,27 46,20 39,59 46,00
Dados referenciais de material data-base novembro/2006.
ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO (NBR 13438/1995)
A amostra deve atender aos requisitos de características visuais, dimensões e tolerâncias,
resistência à compressão e densidade de massa aparente seca. Os números de peças
para aceitação e rejeição seguem na tabela abaixo:
Número de aceitação e rejeição na inspeção por medição direta e por ensaio
LOTE (NO
DE BLOCOS) AMOSTRAGEM UNIDADESDEFEITUOSAS
PRIMEIRA SEGUNDA PRIMEIRA AMOSTRAGEM SEGUNDA AMOSTRAGEM
NÚMERO DE NÚMERO DE
ACEITAÇÃO (AC) REJEIÇÃO (RE) ACEITAÇÃO (AC) REJEIÇÃO (RE)
501a3.200 8 8 1 4 4 5
3.201a35.000 13 13 2 5 6 7
alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5872
FEVEREIRO 2007 – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – 73
DESEMPENHO
Valores de Isolação sonora e Classe de resistência ao fogo
REFERÊNCIA LARGURA DO LARGURA DA REVESTIMENTO ISOLAÇÃO SONORA CLASSE DE RESISTÊNCIA
BLOCO (mm) PAREDE (mm) Rw
EM dB AO FOGO (mín.)
ISOLAÇÃO TÉRMICA INTEGRIDADE
Hebel(1)
75 75 Sem revestimento - 60 60
Hebel(1)
>100 >100 Sem revestimento 38a43 240 240
DAU (2)
100 100 Sem revestimento - 180 180
Xella/Ytong 100 100 Sem revestimento 36 - -
Revista 100 >100 Comrevestimento 34 - -
Téchne(3)
DAU (2)
150 150 Sem revestimento - 240 240
Xella/Ytong 150 150 Sem revestimento 38 - -
DAU (2)
200 200 Sem revestimento - 360 360
DAU (2)
200 220 Com revestimento 42 (-1,-4) - -
Xella/Ytong 200 200 Sem revestimento 40 - -
Referências:
1)
ManualTécnico da fabricante australiana Hebel, CSR HebelTechnical Manual, jan/2006. A classe de resistência ao fogo, relativamente à
integridade, foi determinada de acordo com norma australiana AS3700.
2)
DAU (Documento de Adequação ao Uso) 03/012 de 7 de novembro de 2003, da fabricante francesa XellaThermopierre SA.
3)
Revista Téchne, artigo “A qualidade acústica dos edifícios e a contribuição das paredes de gesso acartonado”, Editora PINI, pág. 69.
Segundo a revista Téchne, edição 107, na matéria Painéis Termoisolantes apresentada à
pág. 26, a condutividade térmica do concreto celular autoclavado é de 0,1032 kcal/h x m x ºC,
sem definição de densidade.
Conforme o DAU 03/012, os valores abaixo dizem respeito ao BCCA de 200 mm de largura,
sem especificação se é para uso em alvenaria de vedação ou estrutural.
BCCA de 200 mm de largura
DENSIDADE(kg/m³) COEFICIENTEDECONDUTIVIDADE COEFICIENTEDEDILATAÇÃO MÓDULO DE ELASTICIDADE A
TÉRMICA (W/m x K) TÉRMICA (K-1
) COMPRESSÃO (MPa)
400 0,120 8x10-6
1400
550 0,165 8x10-6
2300
Referência: DAU (Documento de Adequação ao Uso) 03/012 de 7 de novembro de 2003, da fabricante francesa XellaThermopierre S.A.
Ainda de acordo com o DAU 03/012, os BCCA empregados em alvenarias externas terão de
ser revestidos para proteção em relação à água de chuva.
Conforme o Boletim Técnico BT/PCC/161, Método construtivo de alvenaria de vedação de
blocos de concreto celular autoclavado, da Escola Politécnica da USP, 1996, de Marienne
do Rocio de Mello Maron da Costa e Luiz Sérgio Franco, “a fixação de cargas suspensas
nas paredes de alvenaria de BCCA deve ser executada com o auxílio de buchas especiais.
A colocação direta de pregos ou de parafusos com buchas comuns não permite a
estabilidade das cargas suspensas, devido às características de porosidade (que
determina baixa aderência com o metal) e baixa resistência às cargas concentradas do
concreto celular autoclavado”.
Em consonância com informações de fabricante nacional, são normalmente utilizadas
buchas tipo S8 e parafusos de rosca soberba parcial com dimensões de 6 x 60 mm, em furo
de 8 mm. Tais fixações, entretanto, variam em função do tipo de carga a ser aplicada nas
paredes de BCCA sem função estrutural, sendo necessário, portanto, consultar um
fabricante para que ele verifique a necessidade de cada projeto.
Vidaútildeprojeto
As alvenarias externas e
internas, bem como seus
componentes constituintes,
devem manter sua
funcionabilidade durante
toda a vida útil de projeto,
desde que sejam respeitadas
as condições de uso
conforme previsto em
projeto e submetidas a
manutenções periódicas e
conservação especificada
pelos respectivos
fornecedores.
No caso de paredes
expostas às intempéries,
devem ser limitados os
deslocamentos, fissurações
e falhas, inclusive nos seus
revestimentos, como
conseqüência da exposição
ao calor e resfriamentos
periódicos.
As manutenções preventivas
e as de caráter corretivo,
que visam não permitir o
progresso de pequenas
falhas, que poderiam
resultar em extensas
patologias, devem ser
realizadas de acordo com o
“Manual de Operação, Uso e
Manutenção” fornecido pelo
incorporador e/ou
construtora.
O Projeto de Norma 02:136.01-
001/1 de 15 de maio de 2006,
Edifícios habitacionais de
até cinco pavimentos –
Desempenho, Parte 1:
Requisitos gerais, Anexo E,
indica o valor mínimo de 15
anos para a vida útil de
projeto de paredes de
vedação.
Ainda conforme a
publicação acima
mencionada, as alvenarias
de vedação têm prazo de
garantia mínimo de cinco
anos no que diz respeito à
segurança e integridade.
Os BCCA para vedação,
conforme o DAU 03/012,
deterioram-se na presença
de ácidos ou soluções
ácidas de sais, como
cloretos ou sulfatos, e as
concentrações máximas
admitidas são de 600 mg/l no
caso de águas e 3.000 mg/kg
no caso de solos.
Entretanto, os BCCA para
vedação são resistentes a
soluções alcalinas.
alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5873
ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS>>>>>
74 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – FEVEREIRO 2007
DEFINIÇÃO
Execução de alvenaria sem função estrutural com blocos de concreto celular autoclavados.
ESPECIFICAÇÃO DOS PRODUTOS
Blocos, argamassa de assentamento e telas metálicas de ligação ou ferros cabelo.
DIRETRIZES PARA EXECUÇÃO DO SERVIÇO
> A elevação da alvenaria pode ocorrer após a execução da estrutura de pelo menos
quatro pavimentos (livres de escoramentos).
> O início da alvenaria pode se dar do 4o
pavimento para o 1o
pavimento, sem que se faça
a fixação da alvenaria à viga.
> Os procedimentos se repetem até que se tenha 50% de toda a alvenaria executada e a
incorporação de toda a carga permanente possível, como contrapisos. Nesse momento, pode-
se iniciar a fixação desta à estrutura. A alvenaria só será fixada após 14 dias de sua execução.
> No último pavimento, a fixação da alvenaria à estrutura poderá ocorrer após 30 dias da
elevação da parede, desde que o telhado e o isolamento térmico já tenham sido executados.
> Em paredes com mais de 10,00 m, dividir o vão com inclusão de pilarete.
> No caso de paredes com alturas superiores a 4,50 m, dividir o vão com a utilização de
cinta de concreto armado.
> Quando do encontro de paredes com BCCA e paredes de tijolos de barro, deve-se
utilizar vergalhões de aço engastados à alvenaria de tijolos de barro a cada duas fiadas de
blocos de concreto celular autoclavado.
> Caso as paredes com BCCA sejam amarradas às paredes com blocos de concreto,
deve-se recorrer ao uso de vergalhões de aço engastados na alvenaria de blocos de
concreto a cada duas fiadas.
> Quando do encontro de paredes com BCCA e elementos de concreto, sugere-se que
seja aplicado chapisco com antecedência mínima de 8 horas para posterior assentamento
com argamassa.
Referências:
1) “Diretrizes para o projeto de alvenarias de vedação”, dissertação de mestrado de
Margarete Maria de Araújo Silva, Epusp, São Paulo, 2003.
2) NBR 14956-1 de maio de 2003.
3) NBR 14956-2 de maio de 2003.
INTERFACE ALVENARIA X PILAR
Em geral são empregados ferros cabelo, constituídos de barras de aço ou telas metálicas
fixadas com pinos ou parafusos.
No caso de panos de alvenaria relativamente grandes ou consideravelmente deformáveis,
a colocação de ferros cabelo não conseguirá impedir o destacamento das paredes junto
aos pilares. Nesses casos, recomenda-se o uso de tela metálica na argamassa de
revestimento ou o uso de selantes elastoméricos nas juntas.
Para mais detalhes, consulte as NBR 14956-1 e NBR 14956-2.
> Locação da alvenaria
> Locação e execução da
1a
e 2a
fiadas
> Elevação das paredes
> Juntas de controle
> Vergas e contravergas
> Cintas de amarração
(eventualmente)
ETAPAS
DO SERVIÇO
A execução divide-se
nas seguintes fases
SERVIÇO
Alvenariasemfunção
estrutural com blocos de
concretocelular
autoclavados
DADOS DE PROJETO
Para atender às
necessidades da
produção, o projeto de
alvenaria deve
contemplar:
> Plantas de locação da
primeira e segunda fiada.
> Elevação (paginação)
das paredes, contendo
blocos inteiros e
cortados, singularidades,
embutimento de
instalações e vãos ou
aberturas.
> Características das
juntas entre blocos.
> Detalhes típicos de
cintas, vergas e
contravergas com
respectivas armaduras.
> Detalhes típicos das
interfaces entre
alvenaria e estrutura.
> Juntas de controle ou
de movimentação
(importantes no caso de
BCCA estruturais, em
razão de movimentação
higroscópica).
> Especificação do bloco,
da argamassa de
assentamento e dos
produtos responsáveis
pela interface alvenaria x
estrutura.
alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5874
FEVEREIRO 2007 – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – 75
JUNTAS DE CONTROLE OU MOVIMENTAÇÃO
Conforme a NBR 14956-2, as juntas de movimentação devem ser previstas sempre que o
comprimento da parede de BCCA exceder 6 m, e a espessura dessas juntas pode variar de
10 a 12 mm.
Para tanto, pode-se utilizar um conector (vergalhão de aço) reto, liso e com diâmetro de 4
mm a 5 mm, posicionado paralelamente ao eixo da alvenaria, nas juntas horizontais
ímpares, a partir da terceira, sendo a primeira a de marcação.
O conector deve transpassar 30 cm para cada lado da junta e ser envolvido com material
que evite o atrito com a argamassa de assentamento.
FORMA DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO (GARANTIAS)
Quando a execução é conduzida diretamente pela empresa construtora, com mão-de-obra
própria ou terceirizada, contratando-se também o projeto de produção e especificando-se
os materiais, normalmente a responsabilidade técnica é compartilhada com a empresa
projetista. Nessa situação, a empresa construtora define e gerencia os fornecedores de
mão-de-obra, o processo de produção, o controle da qualidade dos serviços e a
administração dos materiais (especificação, negociação, compra e perdas).
Por outro lado, quando a empresa construtora contrata outra empresa especializada, que
comercializa o pacote de serviço, pode incluir no contrato o fornecimento de materiais
(blocos, argamassa, acessórios) e mão-de-obra para o serviço de alvenaria, além da:
> Definição do sistema a ser adotado, incluindo especificação de materiais,
equipamentos e métodos construtivos para a execução dos serviços;
> Administração dos materiais fornecidos, com levantamentos quantitativos, elaboração
de pedidos, recebimento e controle das perdas;
> Projeto de produção com planta de 1a
fiada e elevações das paredes;
> Equipamentos de execução, carrinhos de transporte e EPIs;
> Gestão dos serviços, com elaboração de cronogramas detalhados, planejamento do
canteiro e proposição de soluções logísticas para o serviço.
A mão-de-obra para execução da alvenaria deve contemplar também transporte horizontal
e vertical dos materiais, dosagem dos materiais para argamassa e confecção das vergas e
contravergas, além da própria alvenaria.
Na contratação de empresas especializadas pode ser exigida a ART (Anotação de
Responsabilidade Técnica) para os serviços executados, incluindo o fornecimento de materiais.
Pode ser feita retenção, em geral de 5%, de cada medição, a ser paga posteriormente,
normalmente 90 dias após a conclusão de todos os serviços contratados. O valor poderá
ser usado para eventuais correções de falhas verificadas ou até mesmo para alguma
despesa administrativa não paga e de responsabilidade do empreiteiro como impostos,
encargos sociais e possíveis causas trabalhistas.
Em qualquer dos casos é importante que a construtora aplique a sua metodologia de
controle na aceitação dos serviços, antes de efetuar a liberação do pagamento, pois que
muitas construtoras já dispõem de fichas de verificação de serviços incluindo os itens a
serem conferidos, ferramentas de verificação e tolerâncias, como:
> Desvios ou tolerâncias para marcação, prumo, nível e alinhamento;
> Desvios de espessura incluindo revestimento;
> Acabamento de juntas no caso de alvenaria aparente;
> Verificação do preenchimento das juntas entre blocos;
> Verificação de vergas e contravergas;
> Verificação dimensional do posicionamento de singularidades como tomadas,
interruptores, papeleiras etc.
Normas técnicas diretamente relacionadas
NÚMERO DATA DA ÚLTIMA DESCRIÇÃO DA NORMA TIPO DE NORMA
DA NORMA ATUALIZAÇÃO
NBR14956-1 mai/03 Blocosdeconcretocelularautoclavado–Execuçãodealvenariasemfunçãoestrutural-
Parte1:Procedimentocomargamassacolanteindustrializada Procedimento
NBR14956-2 mai/03 Blocodeconcretocelularautoclavado-Execuçãodealvenariasemfunçãoestrutural-
Parte2:Procedimentocomargamassaconvencional Procedimento
FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS
NECESSÁRIOS
PARA A EXECUÇÃO
DO SERVIÇO
> “Gambiarra” para
iluminação
> Andaime metálico ou
de madeira
> Betoneira ou
argamassadeira
> Bisnaga aplicadora
ou colher especial
(concha dentada)
aplicadora de
argamassa de
assentamento
> Brocha ou trincha
> Caixa ou caixote para
argamassa
(argamassadeira
manual)
> Carrinho de mão ou
jerica
> Colher de pedreiro
> Desempenadeira de
aço dentada
> Escada de sete
degraus
> Escantilhão
> Esquadros de 45º e 90º
> Fio de prumo
> Gabarito para vão de
porta (opcional)
> Lápis de carpinteiro e
giz de cera
> Linha de náilon
> Martelo de borracha
> Nível de bolha
> Nível de mangueira
> Nível laser (opcional)
> Rasgador
> Régua de alumínio de
2 m
> Rolo de espuma
> Serrote
> Trena metálica de 3, 5
e 20 m
alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5875
ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS>>>>>
76 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – FEVEREIRO 2007
FORMA DE PAGAMENTO
Em geral, os pagamentos ou medições são feitos considerando-se a quantidade de serviço concluído
por área de alvenaria. Dependendo do caso, a medição pode ser feita considerando a área de alvenaria
executada no andar ou no meio-andar, em função das dimensões da obra e quantidades de serviço.
As medições normalmente são feitas quinzenalmente, uma no início do mês (em torno do dia 5) e
outra no final do mês (em torno do dia 20).
No caso de empresa que comercializa o pacote de serviço, incluindo fornecimento de materiais e
mão-de-obra, a contratação é feita normalmente em regime de preços unitários. As medições são
realizadas quinzenalmente e o pagamento é feito segundo a quantidade de serviço executado no
período, conforme os critérios de medição definidos na contratação.
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA
O livro NR-18 Manual de Aplicação, de abril de 1999, escrito por José Carlos de Arruda
Sampaio e publicado pela Editora PINI, caracteriza o trabalho de alvenaria como um
serviço de cuidados simples no que diz respeito ao uso de ferramentas.
O início dos serviços de assentamento dos blocos deve ocorrer após a instalação de
proteções em todas as aberturas de pisos, paredes e fachadas, evitando, dessa forma, a
queda de pessoas ou materiais.
Nas bordas das lajes ou nas aberturas de piso faz-se necessária a instalação de
proteções coletivas, como guarda-corpos, plataformas etc. e os operários devem utilizar
sempre cintos de segurança.
O uso de EPIs se faz necessário quando forem executados os seguintes serviços:
> Aplicação de chapisco: utilização de óculos de segurança;
> Preparo da argamassa e assentamento dos blocos: uso de luvas impermeáveis;
> Trabalhos em alturas superiores a 2,00 m: é necessário o uso do cinturão de segurança
tipo pára-quedista.
No que diz respeito ao armazenamento de materiais, esse deverá ser feito de forma a não
obstruir as passagens e acessos.
Quando do içamento dos blocos, esse poderá ser feito por meio de gruas ou guinchos,
no caso de materiais paletizados, ou por meio de elevadores de materiais. Em qualquer
situação, a carga máxima suportada pelo equipamento tem de ser respeitada, além de
serem tomadas todas as cautelas necessárias para que não haja queda de materiais.
Além dos já citados, veja uma relação dos equipamentos de proteção coletiva necessários
à execução do serviço:
> Bandejas primárias e secundárias
> Cancelas para bloqueio de circulação
> Tela de proteção para fachadas
> Telas de proteção do andar
MANUTENÇÃO
Conforme DAU 03/012, a manutenção do sistema concentra-se fundamentalmente na
garantia de estanqueidade à água das paredes e nos elementos de proteção contra água
de chuva. Fissuras em revestimentos externos ou paredes externas devem ser reparadas,
de modo a evitar a penetração de água de chuva.
RELAÇÃO DE EPIs
UTILIZADOS
> Bota de segurança
com bico de aço
> Capacete de
segurança
> Cinto de segurança
com trava-quedas
(preso em cabo de aço
ou corda de segurança
auxiliar)
> Luva de proteção
(vinílica, de raspa)
> Óculos de segurança
> Protetor auricular
PREÇOS MÉDIOS DO SERVIÇO
Preços de mão-de-obra (R$)
DESCRIÇÃO DO SERVIÇODESCRIÇÃO DO SERVIÇODESCRIÇÃO DO SERVIÇODESCRIÇÃO DO SERVIÇODESCRIÇÃO DO SERVIÇO UNUNUNUNUN EQUIPETERCEIRIZADA(R$)EQUIPETERCEIRIZADA(R$)EQUIPETERCEIRIZADA(R$)EQUIPETERCEIRIZADA(R$)EQUIPETERCEIRIZADA(R$) EQUIPE PRÓPRIA (R$)EQUIPE PRÓPRIA (R$)EQUIPE PRÓPRIA (R$)EQUIPE PRÓPRIA (R$)EQUIPE PRÓPRIA (R$)
Alvenariasemfunçãoestruturalcomblocosdeconcretocelular
autoclavados,12,5x30x60cm m2
9,00 4,99
Alvenariasemfunçãoestruturalcomblocosdeconcretocelular
autoclavados,15x30x60cm m2
9,00 5,08
Alvenariasemfunçãoestruturalcomblocosdeconcretocelular
autoclavados,20x30x60cm m2
9,50 5,27
Dados referenciais para São Paulo, data-base dezembro/2006.Taxa de leis sociais para equipe própria é de 126,68%.
ÁGUA E ENERGIA
Não é comum a
apropriação do
consumo de água e
energia elétrica.
Entretanto, é
importante a verificação
do perfil de consumo
para cada obra ou
serviço, do ponto de
vista da
sustentabilidade da
construção.
alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5876

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Folder cimenticios-2012
Folder cimenticios-2012Folder cimenticios-2012
Folder cimenticios-2012Hilrocha
 
Manual tecnico trevo_drywall_2016
Manual tecnico trevo_drywall_2016Manual tecnico trevo_drywall_2016
Manual tecnico trevo_drywall_2016Marta Tessaro
 
Cortina de vidro
Cortina de vidroCortina de vidro
Cortina de vidroLeo Borges
 
Tubulação industrial
Tubulação industrialTubulação industrial
Tubulação industrialPaulo Zanetti
 
46468277 procedimento-de-tubulacao
46468277 procedimento-de-tubulacao46468277 procedimento-de-tubulacao
46468277 procedimento-de-tubulacaoalexromfx
 
Tubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
Tubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOSTubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
Tubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOSMário Sérgio Mello
 
Escolha da borracha
Escolha da borrachaEscolha da borracha
Escolha da borrachaBorrachas
 
Nbr 7215 cimento portland - determinação da resistencia a compressão
Nbr 7215   cimento portland - determinação da resistencia a compressãoNbr 7215   cimento portland - determinação da resistencia a compressão
Nbr 7215 cimento portland - determinação da resistencia a compressãoprofNICODEMOS
 
Apresentação fechamento de sacada
Apresentação fechamento de sacadaApresentação fechamento de sacada
Apresentação fechamento de sacadaInnovarevidros
 
Nbr 15575 3-2013_final sistemas de pisos
Nbr 15575 3-2013_final sistemas de pisosNbr 15575 3-2013_final sistemas de pisos
Nbr 15575 3-2013_final sistemas de pisosejfelix
 
Tabela comparativa entre algumas propriedades de diversos tipos de borrachas
Tabela comparativa entre algumas propriedades de diversos tipos de borrachasTabela comparativa entre algumas propriedades de diversos tipos de borrachas
Tabela comparativa entre algumas propriedades de diversos tipos de borrachasBorrachas
 

Mais procurados (19)

Nbr 13281 2005
Nbr 13281 2005Nbr 13281 2005
Nbr 13281 2005
 
Tubulações industriais
Tubulações industriais Tubulações industriais
Tubulações industriais
 
Tubulações
TubulaçõesTubulações
Tubulações
 
Nbr 13279 2005
Nbr 13279 2005Nbr 13279 2005
Nbr 13279 2005
 
00 apresentação tubulações industriais
00 apresentação tubulações industriais00 apresentação tubulações industriais
00 apresentação tubulações industriais
 
Nbr 09575-2010
Nbr 09575-2010Nbr 09575-2010
Nbr 09575-2010
 
Detalhamento de projeto de estruturas de aço
Detalhamento de projeto de estruturas de açoDetalhamento de projeto de estruturas de aço
Detalhamento de projeto de estruturas de aço
 
Folder cimenticios-2012
Folder cimenticios-2012Folder cimenticios-2012
Folder cimenticios-2012
 
Manual tecnico trevo_drywall_2016
Manual tecnico trevo_drywall_2016Manual tecnico trevo_drywall_2016
Manual tecnico trevo_drywall_2016
 
Cores de Tubulações Industriais
Cores de Tubulações IndustriaisCores de Tubulações Industriais
Cores de Tubulações Industriais
 
Cortina de vidro
Cortina de vidroCortina de vidro
Cortina de vidro
 
Tubulação industrial
Tubulação industrialTubulação industrial
Tubulação industrial
 
46468277 procedimento-de-tubulacao
46468277 procedimento-de-tubulacao46468277 procedimento-de-tubulacao
46468277 procedimento-de-tubulacao
 
Tubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
Tubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOSTubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
Tubulações e Dutos - Estudante do curso INSPETOR DE EQUIPAMENTOS
 
Escolha da borracha
Escolha da borrachaEscolha da borracha
Escolha da borracha
 
Nbr 7215 cimento portland - determinação da resistencia a compressão
Nbr 7215   cimento portland - determinação da resistencia a compressãoNbr 7215   cimento portland - determinação da resistencia a compressão
Nbr 7215 cimento portland - determinação da resistencia a compressão
 
Apresentação fechamento de sacada
Apresentação fechamento de sacadaApresentação fechamento de sacada
Apresentação fechamento de sacada
 
Nbr 15575 3-2013_final sistemas de pisos
Nbr 15575 3-2013_final sistemas de pisosNbr 15575 3-2013_final sistemas de pisos
Nbr 15575 3-2013_final sistemas de pisos
 
Tabela comparativa entre algumas propriedades de diversos tipos de borrachas
Tabela comparativa entre algumas propriedades de diversos tipos de borrachasTabela comparativa entre algumas propriedades de diversos tipos de borrachas
Tabela comparativa entre algumas propriedades de diversos tipos de borrachas
 

Destaque

Dissertação de mestrado
Dissertação de mestradoDissertação de mestrado
Dissertação de mestradorpandolfato
 
As plantas no telhado pdf
 As plantas no telhado pdf As plantas no telhado pdf
As plantas no telhado pdfPeter Webb
 
Telhado verde casos2
Telhado verde casos2Telhado verde casos2
Telhado verde casos2Peter Webb
 
Terrara - Casas de Alto Padrão em condomínio fechado.
Terrara - Casas de Alto Padrão em condomínio fechado. Terrara - Casas de Alto Padrão em condomínio fechado.
Terrara - Casas de Alto Padrão em condomínio fechado. Kelvi Dias
 
Artur Pereira - International Green Roof Association
Artur Pereira - International Green Roof AssociationArtur Pereira - International Green Roof Association
Artur Pereira - International Green Roof AssociationConstrução Sustentável
 
New urbanismo + condominios fechados
New urbanismo + condominios fechadosNew urbanismo + condominios fechados
New urbanismo + condominios fechadosTaynah Castro
 
Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado
Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo FuradoDeterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado
Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo FuradoPequicho , Filomeno
 
COMO UM HACKER DESCOBRE SENHAS...
COMO UM HACKER DESCOBRE SENHAS... COMO UM HACKER DESCOBRE SENHAS...
COMO UM HACKER DESCOBRE SENHAS... vaniasampa2012
 
Atrizes do século passado em 2012
Atrizes do século passado em 2012Atrizes do século passado em 2012
Atrizes do século passado em 2012vaniasampa2012
 
Nbr 17240-substituindo-nbr-9441 manutenção spcip
Nbr 17240-substituindo-nbr-9441 manutenção spcipNbr 17240-substituindo-nbr-9441 manutenção spcip
Nbr 17240-substituindo-nbr-9441 manutenção spcipLaerte Bessa
 
Aula revestimentos
Aula   revestimentos Aula   revestimentos
Aula revestimentos wendellnml
 

Destaque (20)

Construções em alvenaria
Construções em alvenariaConstruções em alvenaria
Construções em alvenaria
 
Paredes de blocos de cimento
Paredes de blocos de cimentoParedes de blocos de cimento
Paredes de blocos de cimento
 
Dissertação de mestrado
Dissertação de mestradoDissertação de mestrado
Dissertação de mestrado
 
Fm isolamento térmico 2011
Fm isolamento térmico 2011 Fm isolamento térmico 2011
Fm isolamento térmico 2011
 
As plantas no telhado pdf
 As plantas no telhado pdf As plantas no telhado pdf
As plantas no telhado pdf
 
Telhado verde casos2
Telhado verde casos2Telhado verde casos2
Telhado verde casos2
 
Terrara - Casas de Alto Padrão em condomínio fechado.
Terrara - Casas de Alto Padrão em condomínio fechado. Terrara - Casas de Alto Padrão em condomínio fechado.
Terrara - Casas de Alto Padrão em condomínio fechado.
 
Artur Pereira - International Green Roof Association
Artur Pereira - International Green Roof AssociationArtur Pereira - International Green Roof Association
Artur Pereira - International Green Roof Association
 
New urbanismo + condominios fechados
New urbanismo + condominios fechadosNew urbanismo + condominios fechados
New urbanismo + condominios fechados
 
Telhado Verde
Telhado VerdeTelhado Verde
Telhado Verde
 
Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado
Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo FuradoDeterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado
Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado
 
Bloco de alvenaria sical cca
Bloco de alvenaria sical ccaBloco de alvenaria sical cca
Bloco de alvenaria sical cca
 
Revestimentos em argamassa
Revestimentos em argamassaRevestimentos em argamassa
Revestimentos em argamassa
 
COMO UM HACKER DESCOBRE SENHAS...
COMO UM HACKER DESCOBRE SENHAS... COMO UM HACKER DESCOBRE SENHAS...
COMO UM HACKER DESCOBRE SENHAS...
 
Atrizes do século passado em 2012
Atrizes do século passado em 2012Atrizes do século passado em 2012
Atrizes do século passado em 2012
 
Nbr 17240-substituindo-nbr-9441 manutenção spcip
Nbr 17240-substituindo-nbr-9441 manutenção spcipNbr 17240-substituindo-nbr-9441 manutenção spcip
Nbr 17240-substituindo-nbr-9441 manutenção spcip
 
Positivo - Feiras
Positivo - FeirasPositivo - Feiras
Positivo - Feiras
 
Telhados verdes
Telhados verdesTelhados verdes
Telhados verdes
 
Abnt nbr 17240 2010 completa
Abnt nbr 17240 2010 completaAbnt nbr 17240 2010 completa
Abnt nbr 17240 2010 completa
 
Aula revestimentos
Aula   revestimentos Aula   revestimentos
Aula revestimentos
 

Semelhante a Bcca para alvenaria sem função estrutural

Catalogo tecnico telhas
Catalogo tecnico telhasCatalogo tecnico telhas
Catalogo tecnico telhasJames Clauberg
 
Belmetal catalogo tecnico telhas
Belmetal catalogo tecnico telhasBelmetal catalogo tecnico telhas
Belmetal catalogo tecnico telhasAilton Soares
 
Manual tecnico trevo_drywall_2016
Manual tecnico trevo_drywall_2016Manual tecnico trevo_drywall_2016
Manual tecnico trevo_drywall_2016Pricila Correali
 
Estruturas mistas-e-hibridas-pannoni-2012-sao-paulo
Estruturas mistas-e-hibridas-pannoni-2012-sao-pauloEstruturas mistas-e-hibridas-pannoni-2012-sao-paulo
Estruturas mistas-e-hibridas-pannoni-2012-sao-pauloMarcio Macario
 
07 normas astm d 2000
07   normas astm d 200007   normas astm d 2000
07 normas astm d 2000Borrachas
 
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE VERNIZ ACRÍLICO E VERNIZ POLIURETANO ANTIPICHAÇÃO ...
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE VERNIZ ACRÍLICO E VERNIZ POLIURETANO ANTIPICHAÇÃO ...AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE VERNIZ ACRÍLICO E VERNIZ POLIURETANO ANTIPICHAÇÃO ...
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE VERNIZ ACRÍLICO E VERNIZ POLIURETANO ANTIPICHAÇÃO ...Adriana de Araujo
 
SCAC - DURABILIDADE
SCAC - DURABILIDADESCAC - DURABILIDADE
SCAC - DURABILIDADESCAC
 
Capítulo 2 b equipamentos de troca térmica
Capítulo 2 b equipamentos de troca térmicaCapítulo 2 b equipamentos de troca térmica
Capítulo 2 b equipamentos de troca térmicaJorge Almeida
 
Apostila parte ii_cap_2_blocos_padrao
Apostila parte ii_cap_2_blocos_padraoApostila parte ii_cap_2_blocos_padrao
Apostila parte ii_cap_2_blocos_padraoXXgreiceXX
 
Memorial de cálculo e materiais projeto de acústica arquitetônica tce ac arq....
Memorial de cálculo e materiais projeto de acústica arquitetônica tce ac arq....Memorial de cálculo e materiais projeto de acústica arquitetônica tce ac arq....
Memorial de cálculo e materiais projeto de acústica arquitetônica tce ac arq....Josivaldo Rodrigues
 
08 escolha da borracha
08   escolha da borracha08   escolha da borracha
08 escolha da borrachaBorrachas
 
Nbr 8953 concreto para fins estruturais
Nbr 8953   concreto para fins estruturaisNbr 8953   concreto para fins estruturais
Nbr 8953 concreto para fins estruturaisFábio Salvador
 
Material manutenção
Material manutençãoMaterial manutenção
Material manutençãoCarlos Martim
 
Ciser informacoes Inox.pdf
Ciser informacoes Inox.pdfCiser informacoes Inox.pdf
Ciser informacoes Inox.pdfcasolmo
 

Semelhante a Bcca para alvenaria sem função estrutural (20)

Catalogo tecnico telhas
Catalogo tecnico telhasCatalogo tecnico telhas
Catalogo tecnico telhas
 
Belmetal catalogo tecnico telhas
Belmetal catalogo tecnico telhasBelmetal catalogo tecnico telhas
Belmetal catalogo tecnico telhas
 
Fios cordoalhas
Fios cordoalhasFios cordoalhas
Fios cordoalhas
 
Manual tecnico trevo_drywall_2016
Manual tecnico trevo_drywall_2016Manual tecnico trevo_drywall_2016
Manual tecnico trevo_drywall_2016
 
Estruturas mistas-e-hibridas-pannoni-2012-sao-paulo
Estruturas mistas-e-hibridas-pannoni-2012-sao-pauloEstruturas mistas-e-hibridas-pannoni-2012-sao-paulo
Estruturas mistas-e-hibridas-pannoni-2012-sao-paulo
 
Catálogo construção civil
Catálogo construção civilCatálogo construção civil
Catálogo construção civil
 
placas.pdf
placas.pdfplacas.pdf
placas.pdf
 
Elaspur
ElaspurElaspur
Elaspur
 
07 normas astm d 2000
07   normas astm d 200007   normas astm d 2000
07 normas astm d 2000
 
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE VERNIZ ACRÍLICO E VERNIZ POLIURETANO ANTIPICHAÇÃO ...
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE VERNIZ ACRÍLICO E VERNIZ POLIURETANO ANTIPICHAÇÃO ...AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE VERNIZ ACRÍLICO E VERNIZ POLIURETANO ANTIPICHAÇÃO ...
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE VERNIZ ACRÍLICO E VERNIZ POLIURETANO ANTIPICHAÇÃO ...
 
SCAC - DURABILIDADE
SCAC - DURABILIDADESCAC - DURABILIDADE
SCAC - DURABILIDADE
 
Capítulo 2 b equipamentos de troca térmica
Capítulo 2 b equipamentos de troca térmicaCapítulo 2 b equipamentos de troca térmica
Capítulo 2 b equipamentos de troca térmica
 
Apostila parte ii_cap_2_blocos_padrao
Apostila parte ii_cap_2_blocos_padraoApostila parte ii_cap_2_blocos_padrao
Apostila parte ii_cap_2_blocos_padrao
 
Memorial de cálculo e materiais projeto de acústica arquitetônica tce ac arq....
Memorial de cálculo e materiais projeto de acústica arquitetônica tce ac arq....Memorial de cálculo e materiais projeto de acústica arquitetônica tce ac arq....
Memorial de cálculo e materiais projeto de acústica arquitetônica tce ac arq....
 
GuiadoBetao2022.PDF
GuiadoBetao2022.PDFGuiadoBetao2022.PDF
GuiadoBetao2022.PDF
 
08 escolha da borracha
08   escolha da borracha08   escolha da borracha
08 escolha da borracha
 
Nbr 8953 concreto para fins estruturais
Nbr 8953   concreto para fins estruturaisNbr 8953   concreto para fins estruturais
Nbr 8953 concreto para fins estruturais
 
Material manutenção
Material manutençãoMaterial manutenção
Material manutenção
 
Ciser informacoes Inox.pdf
Ciser informacoes Inox.pdfCiser informacoes Inox.pdf
Ciser informacoes Inox.pdf
 
Manualdo especificador porto belo fachada
Manualdo especificador porto belo fachadaManualdo especificador porto belo fachada
Manualdo especificador porto belo fachada
 

Mais de Eduardo Abreu

dimensionamento_de_armadura_longitudinal.pdf
dimensionamento_de_armadura_longitudinal.pdfdimensionamento_de_armadura_longitudinal.pdf
dimensionamento_de_armadura_longitudinal.pdfEduardo Abreu
 
9. Fundação Profunda.pdf
9. Fundação Profunda.pdf9. Fundação Profunda.pdf
9. Fundação Profunda.pdfEduardo Abreu
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 6 implantação de horta
2014   setembro - curso mudas teresina - 6 implantação de horta2014   setembro - curso mudas teresina - 6 implantação de horta
2014 setembro - curso mudas teresina - 6 implantação de hortaEduardo Abreu
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 5 instalações
2014   setembro - curso mudas teresina - 5 instalações2014   setembro - curso mudas teresina - 5 instalações
2014 setembro - curso mudas teresina - 5 instalaçõesEduardo Abreu
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 4a produçãodemudas
2014   setembro - curso mudas teresina - 4a produçãodemudas2014   setembro - curso mudas teresina - 4a produçãodemudas
2014 setembro - curso mudas teresina - 4a produçãodemudasEduardo Abreu
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 4 produção de mudas
2014   setembro - curso mudas teresina - 4 produção de mudas2014   setembro - curso mudas teresina - 4 produção de mudas
2014 setembro - curso mudas teresina - 4 produção de mudasEduardo Abreu
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 3 produção de sementes
2014   setembro - curso mudas teresina - 3 produção de sementes2014   setembro - curso mudas teresina - 3 produção de sementes
2014 setembro - curso mudas teresina - 3 produção de sementesEduardo Abreu
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 2 propagação
2014   setembro - curso mudas teresina - 2 propagação2014   setembro - curso mudas teresina - 2 propagação
2014 setembro - curso mudas teresina - 2 propagaçãoEduardo Abreu
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 1 conceitos básicos
2014   setembro - curso mudas teresina - 1 conceitos básicos2014   setembro - curso mudas teresina - 1 conceitos básicos
2014 setembro - curso mudas teresina - 1 conceitos básicosEduardo Abreu
 
Biologia euripedes janeiro12
Biologia euripedes janeiro12Biologia euripedes janeiro12
Biologia euripedes janeiro12Eduardo Abreu
 

Mais de Eduardo Abreu (10)

dimensionamento_de_armadura_longitudinal.pdf
dimensionamento_de_armadura_longitudinal.pdfdimensionamento_de_armadura_longitudinal.pdf
dimensionamento_de_armadura_longitudinal.pdf
 
9. Fundação Profunda.pdf
9. Fundação Profunda.pdf9. Fundação Profunda.pdf
9. Fundação Profunda.pdf
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 6 implantação de horta
2014   setembro - curso mudas teresina - 6 implantação de horta2014   setembro - curso mudas teresina - 6 implantação de horta
2014 setembro - curso mudas teresina - 6 implantação de horta
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 5 instalações
2014   setembro - curso mudas teresina - 5 instalações2014   setembro - curso mudas teresina - 5 instalações
2014 setembro - curso mudas teresina - 5 instalações
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 4a produçãodemudas
2014   setembro - curso mudas teresina - 4a produçãodemudas2014   setembro - curso mudas teresina - 4a produçãodemudas
2014 setembro - curso mudas teresina - 4a produçãodemudas
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 4 produção de mudas
2014   setembro - curso mudas teresina - 4 produção de mudas2014   setembro - curso mudas teresina - 4 produção de mudas
2014 setembro - curso mudas teresina - 4 produção de mudas
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 3 produção de sementes
2014   setembro - curso mudas teresina - 3 produção de sementes2014   setembro - curso mudas teresina - 3 produção de sementes
2014 setembro - curso mudas teresina - 3 produção de sementes
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 2 propagação
2014   setembro - curso mudas teresina - 2 propagação2014   setembro - curso mudas teresina - 2 propagação
2014 setembro - curso mudas teresina - 2 propagação
 
2014 setembro - curso mudas teresina - 1 conceitos básicos
2014   setembro - curso mudas teresina - 1 conceitos básicos2014   setembro - curso mudas teresina - 1 conceitos básicos
2014 setembro - curso mudas teresina - 1 conceitos básicos
 
Biologia euripedes janeiro12
Biologia euripedes janeiro12Biologia euripedes janeiro12
Biologia euripedes janeiro12
 

Bcca para alvenaria sem função estrutural

  • 1. ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS>>>>> 70 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – FEVEREIRO 2007 >>>>> ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO CELULAR AUTOCLAVADOS >>>>> ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO >>>>> ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS >>>>> PAREDES DE CHAPAS DE GESSO ACARTONADO (DRYWALL) >>>>> ALVENARIA DE BLOCOS SÍLICO-CALCÁRIOS >>>>> ALVENARIA DE BLOCOS E TIJOLOS DE SOLO- CIMENTO >>>>> ALVENARIA DE TIJOLOS CERÂMICOS MACIÇOS Bloco de concreto celular autoclavadosemfunção estrutural OPÇÕES Veja abaixo os tipos de parede sem função estrutural (paredes de vedação) CHECK-LIST Verifique os itens a serem considerados no momento da especificação Absorção de água Aspecto Características específicas do projeto Consumo Controle do serviço Desempenho Dimensões e tolerâncias Disponibilidade Pagamento/medição Interfaces alvenaria– estrutura Juntas de controle Massa da parede Modulação Preços Produtos qualificados Recebimento em obra e armazenamento Resistênciaàcompressão Retração na secagem MATERIAL PRODUTO Bloco de concreto celular autoclavado para alvenaria sem função estrutural (BCCA para vedação). DEFINIÇÃO De acordo com a NBR 13438, de agosto de 1995, define-se o Bloco de concreto celular autoclavado sem função estrutural como componente maciço de edificações utilizado em paredes externas e internas como elemento de vedação. PRODUÇÃO ANUAL ESTIMADA Conforme informações da Precon de junho de 2006, anualmente são produzidos cerca de 144.000 m³ de BCCA no País (vedação e estrutural): 46,7% em São Paulo, cerca de 23,3% em Minas Gerais, 10,1% em Santa Catarina, 6,3% no Rio de Janeiro, 4,5% na Bahia e o restante distribuído entre Goiás, Paraná, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Piauí. TIPO (NBR 13438/1995) Blocos de concreto celular autoclavados do tipo vedação São os blocos que atendem aos requisitos dimensionais, classe de resistência à compressão e densidade de massa aparente seca, definidas na respectiva especificação. Blocos de concreto celular autoclavados do tipo especial São os blocos fabricados em formatos, dimensões e especificações de comum acordo entre fornecedor e comprador. DIMENSÕES Dimensões nominais e modulação dos blocos (mm) ESPESSURA ALTURA (2) COMPRIMENTO(2) ≥ 75(1) ≥ 200(1) ≥ 200(1) 120e170 ≥ 200(1) ≥ 200(1) Notas: (1) Modulação de 25 em 25 mm. (2) A altura mais usual é de 300 mm e o comprimento de 600 mm. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS (NBR 13438/1995) Resistência à compressão e densidade de massa aparente seca Classe típica de resistência à compressão e densidade de massa aparente seca CLASSE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO NO ESTADO SECO (MPa) DENSIDADE APARENTE SECA (kg/m³) VALOR MÉDIO MÍNIMO VALOR MÍNIMO POR BLOCO VALOR MÉDIO C12 1,2 1,0 ≤ 450 C15 1,5 1,2 ≤ 500 C25 2,5 2,0 ≤ 550 alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5870
  • 2. FEVEREIRO 2007 – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – 71 Característicasvisuais A norma em questão recomenda que os blocos não apresentem defeitos como trincas, quebras e superfícies irregulares. Tolerânciasdimensionais Tolerâncias de fabricação DIMENSÕES TOLERÂNCIAS (mm) ASSENTAMENTO DOS BLOCOS COM ARGAMASSA ASSENTAMENTO DOS BLOCOS COM DE CIMENTO, CAL HIDRATADA E AREIA ARGAMASSA COLANTE (1) Espessura 3 2 Altura 3 2 Comprimento 3 2 Nota: (1) A argamassa é especialmente desenvolvida para juntas de 10 mm. Designação Os blocos de concreto celular autoclavados devem conter as seguintes informações: tipo de bloco (bloco de CCA), número da norma técnica correspondente (NBR 13438) e dimensões nominais (largura x altura x comprimento). Retraçãonasecagem Não há referência na NBR 13438, porém é um aspecto importante a ser observado. Na ausência de informações, poderá ser considerada a especificação de blocos de concreto, NBR 6136. FORMA DE COMERCIALIZAÇÃO A forma ideal de entrega é com paletes protegidos, com os blocos protegidos mecanicamente e da água de chuva. No momento da cotação de preços, o comprador deve informar o local de entrega do material, as dimensões, a classe de resistência à compressão, a densidade de massa aparente seca e outras características particulares de projeto. CONSUMO DE MATERIAL Consumomédiodeblocos O valor adotado nas composições do TCPO (Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos) 12a edição para blocos de concreto celular autoclavados, considerando-se perda de 2%, é de 1,02 m²/m², para as peças de dimensões de 30 cm de altura e 60 cm de comprimento. Já segundo o fabricante Precon, o consumo de BCCA é de 5,55 blocos/m² de alvenaria, adotando-se blocos de mesmas medidas. Consumomédiodeargamassa Conforme o TCPO, o consumo médio de argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar, traço 1:2:9, tipo 4, é de: Dimensõesdobloco(cm) 10x30x60 12,5x30x60 15x30x60 Consumodeargamassa(m³/m²) 0,0060 0,0075 0,0090 Normas técnicas diretamente relacionadas NÚMERO DATA DA ÚLTIMA DESCRIÇÃO DA NORMA TIPO DE NORMA DA NORMA ATUALIZAÇÃO NBR13438 ago/95 Blocosdeconcretocelularautoclavado Especificação NBR13439 ago/95 Blocosdeconcretocelularautoclavado–Verificaçãodaresistênciaàcompressão Métododeensaio NBR13440 ago/95 Blocosdeconcretocelularautoclavado–Verificaçãodadensidadedemassaaparenteseca Métododeensaio QUESTÃO AMBIENTAL Classificação do resíduo: conforme resolução 307 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) de 05 de julho de 2002, os resíduos de BCCA e argamassas podem ser considerados de classe A. Nota: verificar se não houve incorporação de outro resíduo ao processo de produção dos blocos e da argamassa, que alterem a classificação. Destinação do resíduo: são destinados a aterros de resíduos da construção civil. Não há estudos no Brasil sobre a utilização de agregados reciclados de BCCA. alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5871
  • 3. ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS>>>>> 72 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – FEVEREIRO 2007 Entretanto, de acordo com o fabricante, o consumo estipulado – adotando densidade de massa aparente seca de 500 kg/m³ é: Dimensõesdobloco(cm) 12,5x30x60 15x30x60 20x30x60 Consumodeargamassa(m³/m²) 0,0180a0,0240 0,0240a0,0300 0,0300a0,0360 Consumovariáveldeblocos Conforme os valores apresentados nas réguas de produtividade do TCPO, em virtude da maior ou menor racionalização dos processos construtivos das empresas construtoras, apresentam-se os valores. Consumodeblocos(un/m²) Consumovariáveldeargamassa Conforme os valores apresentados nas réguas de produtividade do TCPO, em virtude da maior ou menor racionalização dos processos construtivos das empresas construtoras, apresentam-se os valores. Consumodeargamassa(m³/m²) Mínimo Mediana Máximo 5,29 5,39 5,55 0,0036 Mínimo 0,0062 Mediana 0,0104 Máximo ARMAZENAGEM (NBR 13438/1995) A norma técnica brasileira recomenda que os blocos sejam armazenados em locais limpos, planos, secos, arejados e protegidos de intempéries. De acordo com o DAU (Documento de Adequação ao Uso) 03/ 012 de 7 de novembro de 2003, da fabricante francesa Xella Thermopierre AS, os paletes devem estar protegidos em plástico e o empilhamento máximo é de três paletes. Caso os blocos sejam molhados, mesmo se estiverem embalados, é necessário deixá-los secar antes de serem assentados, pois são aplicados secos. Os BCCA são considerados suficientemente secos quando forem utilizados pelo menos após 15 dias de sua data de fabricação. PREÇOS UNITÁRIOS Para fins de comercialização adota-se a unidade, o m³ ou o m². Preço (R$): LARGURA (MM) ALTURA (MM) COMPRIMENTO (MM) UN SP RJ MG PR 100 300 600 m² 18,64 23,10 19,79 23,00 125 300 600 m² 24,21 28,88 24,74 28,75 150 300 600 m² 27,95 34,65 29,69 34,50 200 300 600 m² 37,27 46,20 39,59 46,00 Dados referenciais de material data-base novembro/2006. ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO (NBR 13438/1995) A amostra deve atender aos requisitos de características visuais, dimensões e tolerâncias, resistência à compressão e densidade de massa aparente seca. Os números de peças para aceitação e rejeição seguem na tabela abaixo: Número de aceitação e rejeição na inspeção por medição direta e por ensaio LOTE (NO DE BLOCOS) AMOSTRAGEM UNIDADESDEFEITUOSAS PRIMEIRA SEGUNDA PRIMEIRA AMOSTRAGEM SEGUNDA AMOSTRAGEM NÚMERO DE NÚMERO DE ACEITAÇÃO (AC) REJEIÇÃO (RE) ACEITAÇÃO (AC) REJEIÇÃO (RE) 501a3.200 8 8 1 4 4 5 3.201a35.000 13 13 2 5 6 7 alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5872
  • 4. FEVEREIRO 2007 – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – 73 DESEMPENHO Valores de Isolação sonora e Classe de resistência ao fogo REFERÊNCIA LARGURA DO LARGURA DA REVESTIMENTO ISOLAÇÃO SONORA CLASSE DE RESISTÊNCIA BLOCO (mm) PAREDE (mm) Rw EM dB AO FOGO (mín.) ISOLAÇÃO TÉRMICA INTEGRIDADE Hebel(1) 75 75 Sem revestimento - 60 60 Hebel(1) >100 >100 Sem revestimento 38a43 240 240 DAU (2) 100 100 Sem revestimento - 180 180 Xella/Ytong 100 100 Sem revestimento 36 - - Revista 100 >100 Comrevestimento 34 - - Téchne(3) DAU (2) 150 150 Sem revestimento - 240 240 Xella/Ytong 150 150 Sem revestimento 38 - - DAU (2) 200 200 Sem revestimento - 360 360 DAU (2) 200 220 Com revestimento 42 (-1,-4) - - Xella/Ytong 200 200 Sem revestimento 40 - - Referências: 1) ManualTécnico da fabricante australiana Hebel, CSR HebelTechnical Manual, jan/2006. A classe de resistência ao fogo, relativamente à integridade, foi determinada de acordo com norma australiana AS3700. 2) DAU (Documento de Adequação ao Uso) 03/012 de 7 de novembro de 2003, da fabricante francesa XellaThermopierre SA. 3) Revista Téchne, artigo “A qualidade acústica dos edifícios e a contribuição das paredes de gesso acartonado”, Editora PINI, pág. 69. Segundo a revista Téchne, edição 107, na matéria Painéis Termoisolantes apresentada à pág. 26, a condutividade térmica do concreto celular autoclavado é de 0,1032 kcal/h x m x ºC, sem definição de densidade. Conforme o DAU 03/012, os valores abaixo dizem respeito ao BCCA de 200 mm de largura, sem especificação se é para uso em alvenaria de vedação ou estrutural. BCCA de 200 mm de largura DENSIDADE(kg/m³) COEFICIENTEDECONDUTIVIDADE COEFICIENTEDEDILATAÇÃO MÓDULO DE ELASTICIDADE A TÉRMICA (W/m x K) TÉRMICA (K-1 ) COMPRESSÃO (MPa) 400 0,120 8x10-6 1400 550 0,165 8x10-6 2300 Referência: DAU (Documento de Adequação ao Uso) 03/012 de 7 de novembro de 2003, da fabricante francesa XellaThermopierre S.A. Ainda de acordo com o DAU 03/012, os BCCA empregados em alvenarias externas terão de ser revestidos para proteção em relação à água de chuva. Conforme o Boletim Técnico BT/PCC/161, Método construtivo de alvenaria de vedação de blocos de concreto celular autoclavado, da Escola Politécnica da USP, 1996, de Marienne do Rocio de Mello Maron da Costa e Luiz Sérgio Franco, “a fixação de cargas suspensas nas paredes de alvenaria de BCCA deve ser executada com o auxílio de buchas especiais. A colocação direta de pregos ou de parafusos com buchas comuns não permite a estabilidade das cargas suspensas, devido às características de porosidade (que determina baixa aderência com o metal) e baixa resistência às cargas concentradas do concreto celular autoclavado”. Em consonância com informações de fabricante nacional, são normalmente utilizadas buchas tipo S8 e parafusos de rosca soberba parcial com dimensões de 6 x 60 mm, em furo de 8 mm. Tais fixações, entretanto, variam em função do tipo de carga a ser aplicada nas paredes de BCCA sem função estrutural, sendo necessário, portanto, consultar um fabricante para que ele verifique a necessidade de cada projeto. Vidaútildeprojeto As alvenarias externas e internas, bem como seus componentes constituintes, devem manter sua funcionabilidade durante toda a vida útil de projeto, desde que sejam respeitadas as condições de uso conforme previsto em projeto e submetidas a manutenções periódicas e conservação especificada pelos respectivos fornecedores. No caso de paredes expostas às intempéries, devem ser limitados os deslocamentos, fissurações e falhas, inclusive nos seus revestimentos, como conseqüência da exposição ao calor e resfriamentos periódicos. As manutenções preventivas e as de caráter corretivo, que visam não permitir o progresso de pequenas falhas, que poderiam resultar em extensas patologias, devem ser realizadas de acordo com o “Manual de Operação, Uso e Manutenção” fornecido pelo incorporador e/ou construtora. O Projeto de Norma 02:136.01- 001/1 de 15 de maio de 2006, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho, Parte 1: Requisitos gerais, Anexo E, indica o valor mínimo de 15 anos para a vida útil de projeto de paredes de vedação. Ainda conforme a publicação acima mencionada, as alvenarias de vedação têm prazo de garantia mínimo de cinco anos no que diz respeito à segurança e integridade. Os BCCA para vedação, conforme o DAU 03/012, deterioram-se na presença de ácidos ou soluções ácidas de sais, como cloretos ou sulfatos, e as concentrações máximas admitidas são de 600 mg/l no caso de águas e 3.000 mg/kg no caso de solos. Entretanto, os BCCA para vedação são resistentes a soluções alcalinas. alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5873
  • 5. ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS>>>>> 74 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – FEVEREIRO 2007 DEFINIÇÃO Execução de alvenaria sem função estrutural com blocos de concreto celular autoclavados. ESPECIFICAÇÃO DOS PRODUTOS Blocos, argamassa de assentamento e telas metálicas de ligação ou ferros cabelo. DIRETRIZES PARA EXECUÇÃO DO SERVIÇO > A elevação da alvenaria pode ocorrer após a execução da estrutura de pelo menos quatro pavimentos (livres de escoramentos). > O início da alvenaria pode se dar do 4o pavimento para o 1o pavimento, sem que se faça a fixação da alvenaria à viga. > Os procedimentos se repetem até que se tenha 50% de toda a alvenaria executada e a incorporação de toda a carga permanente possível, como contrapisos. Nesse momento, pode- se iniciar a fixação desta à estrutura. A alvenaria só será fixada após 14 dias de sua execução. > No último pavimento, a fixação da alvenaria à estrutura poderá ocorrer após 30 dias da elevação da parede, desde que o telhado e o isolamento térmico já tenham sido executados. > Em paredes com mais de 10,00 m, dividir o vão com inclusão de pilarete. > No caso de paredes com alturas superiores a 4,50 m, dividir o vão com a utilização de cinta de concreto armado. > Quando do encontro de paredes com BCCA e paredes de tijolos de barro, deve-se utilizar vergalhões de aço engastados à alvenaria de tijolos de barro a cada duas fiadas de blocos de concreto celular autoclavado. > Caso as paredes com BCCA sejam amarradas às paredes com blocos de concreto, deve-se recorrer ao uso de vergalhões de aço engastados na alvenaria de blocos de concreto a cada duas fiadas. > Quando do encontro de paredes com BCCA e elementos de concreto, sugere-se que seja aplicado chapisco com antecedência mínima de 8 horas para posterior assentamento com argamassa. Referências: 1) “Diretrizes para o projeto de alvenarias de vedação”, dissertação de mestrado de Margarete Maria de Araújo Silva, Epusp, São Paulo, 2003. 2) NBR 14956-1 de maio de 2003. 3) NBR 14956-2 de maio de 2003. INTERFACE ALVENARIA X PILAR Em geral são empregados ferros cabelo, constituídos de barras de aço ou telas metálicas fixadas com pinos ou parafusos. No caso de panos de alvenaria relativamente grandes ou consideravelmente deformáveis, a colocação de ferros cabelo não conseguirá impedir o destacamento das paredes junto aos pilares. Nesses casos, recomenda-se o uso de tela metálica na argamassa de revestimento ou o uso de selantes elastoméricos nas juntas. Para mais detalhes, consulte as NBR 14956-1 e NBR 14956-2. > Locação da alvenaria > Locação e execução da 1a e 2a fiadas > Elevação das paredes > Juntas de controle > Vergas e contravergas > Cintas de amarração (eventualmente) ETAPAS DO SERVIÇO A execução divide-se nas seguintes fases SERVIÇO Alvenariasemfunção estrutural com blocos de concretocelular autoclavados DADOS DE PROJETO Para atender às necessidades da produção, o projeto de alvenaria deve contemplar: > Plantas de locação da primeira e segunda fiada. > Elevação (paginação) das paredes, contendo blocos inteiros e cortados, singularidades, embutimento de instalações e vãos ou aberturas. > Características das juntas entre blocos. > Detalhes típicos de cintas, vergas e contravergas com respectivas armaduras. > Detalhes típicos das interfaces entre alvenaria e estrutura. > Juntas de controle ou de movimentação (importantes no caso de BCCA estruturais, em razão de movimentação higroscópica). > Especificação do bloco, da argamassa de assentamento e dos produtos responsáveis pela interface alvenaria x estrutura. alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5874
  • 6. FEVEREIRO 2007 – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – 75 JUNTAS DE CONTROLE OU MOVIMENTAÇÃO Conforme a NBR 14956-2, as juntas de movimentação devem ser previstas sempre que o comprimento da parede de BCCA exceder 6 m, e a espessura dessas juntas pode variar de 10 a 12 mm. Para tanto, pode-se utilizar um conector (vergalhão de aço) reto, liso e com diâmetro de 4 mm a 5 mm, posicionado paralelamente ao eixo da alvenaria, nas juntas horizontais ímpares, a partir da terceira, sendo a primeira a de marcação. O conector deve transpassar 30 cm para cada lado da junta e ser envolvido com material que evite o atrito com a argamassa de assentamento. FORMA DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO (GARANTIAS) Quando a execução é conduzida diretamente pela empresa construtora, com mão-de-obra própria ou terceirizada, contratando-se também o projeto de produção e especificando-se os materiais, normalmente a responsabilidade técnica é compartilhada com a empresa projetista. Nessa situação, a empresa construtora define e gerencia os fornecedores de mão-de-obra, o processo de produção, o controle da qualidade dos serviços e a administração dos materiais (especificação, negociação, compra e perdas). Por outro lado, quando a empresa construtora contrata outra empresa especializada, que comercializa o pacote de serviço, pode incluir no contrato o fornecimento de materiais (blocos, argamassa, acessórios) e mão-de-obra para o serviço de alvenaria, além da: > Definição do sistema a ser adotado, incluindo especificação de materiais, equipamentos e métodos construtivos para a execução dos serviços; > Administração dos materiais fornecidos, com levantamentos quantitativos, elaboração de pedidos, recebimento e controle das perdas; > Projeto de produção com planta de 1a fiada e elevações das paredes; > Equipamentos de execução, carrinhos de transporte e EPIs; > Gestão dos serviços, com elaboração de cronogramas detalhados, planejamento do canteiro e proposição de soluções logísticas para o serviço. A mão-de-obra para execução da alvenaria deve contemplar também transporte horizontal e vertical dos materiais, dosagem dos materiais para argamassa e confecção das vergas e contravergas, além da própria alvenaria. Na contratação de empresas especializadas pode ser exigida a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) para os serviços executados, incluindo o fornecimento de materiais. Pode ser feita retenção, em geral de 5%, de cada medição, a ser paga posteriormente, normalmente 90 dias após a conclusão de todos os serviços contratados. O valor poderá ser usado para eventuais correções de falhas verificadas ou até mesmo para alguma despesa administrativa não paga e de responsabilidade do empreiteiro como impostos, encargos sociais e possíveis causas trabalhistas. Em qualquer dos casos é importante que a construtora aplique a sua metodologia de controle na aceitação dos serviços, antes de efetuar a liberação do pagamento, pois que muitas construtoras já dispõem de fichas de verificação de serviços incluindo os itens a serem conferidos, ferramentas de verificação e tolerâncias, como: > Desvios ou tolerâncias para marcação, prumo, nível e alinhamento; > Desvios de espessura incluindo revestimento; > Acabamento de juntas no caso de alvenaria aparente; > Verificação do preenchimento das juntas entre blocos; > Verificação de vergas e contravergas; > Verificação dimensional do posicionamento de singularidades como tomadas, interruptores, papeleiras etc. Normas técnicas diretamente relacionadas NÚMERO DATA DA ÚLTIMA DESCRIÇÃO DA NORMA TIPO DE NORMA DA NORMA ATUALIZAÇÃO NBR14956-1 mai/03 Blocosdeconcretocelularautoclavado–Execuçãodealvenariasemfunçãoestrutural- Parte1:Procedimentocomargamassacolanteindustrializada Procedimento NBR14956-2 mai/03 Blocodeconcretocelularautoclavado-Execuçãodealvenariasemfunçãoestrutural- Parte2:Procedimentocomargamassaconvencional Procedimento FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA A EXECUÇÃO DO SERVIÇO > “Gambiarra” para iluminação > Andaime metálico ou de madeira > Betoneira ou argamassadeira > Bisnaga aplicadora ou colher especial (concha dentada) aplicadora de argamassa de assentamento > Brocha ou trincha > Caixa ou caixote para argamassa (argamassadeira manual) > Carrinho de mão ou jerica > Colher de pedreiro > Desempenadeira de aço dentada > Escada de sete degraus > Escantilhão > Esquadros de 45º e 90º > Fio de prumo > Gabarito para vão de porta (opcional) > Lápis de carpinteiro e giz de cera > Linha de náilon > Martelo de borracha > Nível de bolha > Nível de mangueira > Nível laser (opcional) > Rasgador > Régua de alumínio de 2 m > Rolo de espuma > Serrote > Trena metálica de 3, 5 e 20 m alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5875
  • 7. ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS>>>>> 76 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – CONSTRUÇÃO MERCADO 67 – FEVEREIRO 2007 FORMA DE PAGAMENTO Em geral, os pagamentos ou medições são feitos considerando-se a quantidade de serviço concluído por área de alvenaria. Dependendo do caso, a medição pode ser feita considerando a área de alvenaria executada no andar ou no meio-andar, em função das dimensões da obra e quantidades de serviço. As medições normalmente são feitas quinzenalmente, uma no início do mês (em torno do dia 5) e outra no final do mês (em torno do dia 20). No caso de empresa que comercializa o pacote de serviço, incluindo fornecimento de materiais e mão-de-obra, a contratação é feita normalmente em regime de preços unitários. As medições são realizadas quinzenalmente e o pagamento é feito segundo a quantidade de serviço executado no período, conforme os critérios de medição definidos na contratação. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA O livro NR-18 Manual de Aplicação, de abril de 1999, escrito por José Carlos de Arruda Sampaio e publicado pela Editora PINI, caracteriza o trabalho de alvenaria como um serviço de cuidados simples no que diz respeito ao uso de ferramentas. O início dos serviços de assentamento dos blocos deve ocorrer após a instalação de proteções em todas as aberturas de pisos, paredes e fachadas, evitando, dessa forma, a queda de pessoas ou materiais. Nas bordas das lajes ou nas aberturas de piso faz-se necessária a instalação de proteções coletivas, como guarda-corpos, plataformas etc. e os operários devem utilizar sempre cintos de segurança. O uso de EPIs se faz necessário quando forem executados os seguintes serviços: > Aplicação de chapisco: utilização de óculos de segurança; > Preparo da argamassa e assentamento dos blocos: uso de luvas impermeáveis; > Trabalhos em alturas superiores a 2,00 m: é necessário o uso do cinturão de segurança tipo pára-quedista. No que diz respeito ao armazenamento de materiais, esse deverá ser feito de forma a não obstruir as passagens e acessos. Quando do içamento dos blocos, esse poderá ser feito por meio de gruas ou guinchos, no caso de materiais paletizados, ou por meio de elevadores de materiais. Em qualquer situação, a carga máxima suportada pelo equipamento tem de ser respeitada, além de serem tomadas todas as cautelas necessárias para que não haja queda de materiais. Além dos já citados, veja uma relação dos equipamentos de proteção coletiva necessários à execução do serviço: > Bandejas primárias e secundárias > Cancelas para bloqueio de circulação > Tela de proteção para fachadas > Telas de proteção do andar MANUTENÇÃO Conforme DAU 03/012, a manutenção do sistema concentra-se fundamentalmente na garantia de estanqueidade à água das paredes e nos elementos de proteção contra água de chuva. Fissuras em revestimentos externos ou paredes externas devem ser reparadas, de modo a evitar a penetração de água de chuva. RELAÇÃO DE EPIs UTILIZADOS > Bota de segurança com bico de aço > Capacete de segurança > Cinto de segurança com trava-quedas (preso em cabo de aço ou corda de segurança auxiliar) > Luva de proteção (vinílica, de raspa) > Óculos de segurança > Protetor auricular PREÇOS MÉDIOS DO SERVIÇO Preços de mão-de-obra (R$) DESCRIÇÃO DO SERVIÇODESCRIÇÃO DO SERVIÇODESCRIÇÃO DO SERVIÇODESCRIÇÃO DO SERVIÇODESCRIÇÃO DO SERVIÇO UNUNUNUNUN EQUIPETERCEIRIZADA(R$)EQUIPETERCEIRIZADA(R$)EQUIPETERCEIRIZADA(R$)EQUIPETERCEIRIZADA(R$)EQUIPETERCEIRIZADA(R$) EQUIPE PRÓPRIA (R$)EQUIPE PRÓPRIA (R$)EQUIPE PRÓPRIA (R$)EQUIPE PRÓPRIA (R$)EQUIPE PRÓPRIA (R$) Alvenariasemfunçãoestruturalcomblocosdeconcretocelular autoclavados,12,5x30x60cm m2 9,00 4,99 Alvenariasemfunçãoestruturalcomblocosdeconcretocelular autoclavados,15x30x60cm m2 9,00 5,08 Alvenariasemfunçãoestruturalcomblocosdeconcretocelular autoclavados,20x30x60cm m2 9,50 5,27 Dados referenciais para São Paulo, data-base dezembro/2006.Taxa de leis sociais para equipe própria é de 126,68%. ÁGUA E ENERGIA Não é comum a apropriação do consumo de água e energia elétrica. Entretanto, é importante a verificação do perfil de consumo para cada obra ou serviço, do ponto de vista da sustentabilidade da construção. alternativas tecnologicas 67.p65 17/1/2007, 15:5876