O documento resume as principais notícias de um jornal escolar, incluindo a reforma da biblioteca, um projeto sobre sexualidade responsável com estudantes do 9o ano e a Escola Estadual São José conquistando o primeiro lugar em produtividade no prêmio do governo estadual.
1. São José: 1º lugar em produ! vidade
Balanço
Geral
Fala José mostra os melhores
momentos do ano de 2009.
Biblioteca
reformada
Mais livros e ambiente harmonizado.
Boa leitura para todos!
Jovem e
alcoolismo
A prevenção deve começar
desde cedo
Painel
Cultural
Produções variadas de nossos
alunos-escritores.
Projeto debate
Sexualidade Responsável
Foi com muito entusiasmo e cooperação que os alunos do 9º ano
do Ensino Fundamental cuidaram de um pintinho: símbolo do pro-jeto
Sexualidade Responsável que tem como objetivo conscientizar
os adolescentes para a sexualidade consciente e promover um alerta
para os desafios enfrentados com a gravidez na adolescência.
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Páginas 03 e 07
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A Escola Estadual São José ter-minou
o ano de 2009 em festa. A
instituição conquistou o primeiro
lugar no Prêmio Produtividade do
Governo do Estado, na jurisdição
da Superintendência Regional
de Ensino de Passos. Gestão
inovadora, comprometida e com
projetos que abrangem o bem-estar
social de toda a comunidade
– esses foram os motivos desta
vitória comemorada com alegria
por toda a escola e comunidade
representadas na foto pelo diretor
Caetano Ingraci e a vice-diretora
Maria Cândida Brandão Farjalla.
Arquivo E.E. São José
Danilo Vizibeli
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2. QUEM SOMOS NÓS
Está em suas mãos a segunda edição do
jornal “Fala José”. Em clima de retrospecti-va
do ano de 2009, o segundo número está
inteiramente pautado na palavra “respeito”.
A comunidade da Escola Estadual São José
é uma escola que procura desenvolver este
sentimento. Mesmo com o sistema educacional
público brasileiro tão sacrificado, no São José a
palavra miséria não tem lugar. Com o mínimo
que recebemos buscamos fazer o máximo. Foi
pensando assim que desenvolvemos todo o
trabalho deste informativo procurando cons-cientizar
os estudantes e toda
a população de Passos.
É importante refletir te-mas
difíceis de serem traba-lhados,
mas que são funda-mentais
para que realmente
a escola passe a ter o respeito
que merece. Nossos alunos-repórteres
foram a campo
e escreveram matérias inte-ressantes
sobre a gravidez na adolescência e
o alcoolismo. Não deixamos também de dire-cionar
os olhares para a comunicação, objetivo
principal do projeto Jornalismo na Escola, uma
iniciativa da Fundação de Ensino Superior de
Passos (FESP/UEMG), por meio da Faculdade
de Comunicação Social de Passos (Facomp).
Desta vez, diferente da primeira edição,
que foi um trabalho experimental, as atividades
foram intensas e os próprios alunos da escola
redigiram os textos que seguem publicados. A
edição procurou ser a mais democrática possí-vel,
visando sempre conservar a originalidade,
a autoria do aluno-repórter-escritor.
Nossa homenagem da editoria “Perfil” é
direcionada ao Professor Armando Righetto,
personalidade passense que trabalhou a Mate-mática
como ninguém e que foi tema de pes-quisas
dos alunos do São José.
Queremos agradecer
nossos patrocinadores que
acreditaram no nosso projeto
inusitado. A segunda edição
do Fala José está sendo publi-cada
após 1 ano da primeira
edição, por motivos diversos.
Queremos contar com os
nossos colaboradores para
que ao invés de edições anuais possamos fazer
edições semestrais. O “Fala José” deseja que
uma escola que se respeita, comunique sempre
lições de dignidade, amor e principalmente,
cultura e cidadania.
Boa Leitura!
Com muita paciência e boa von-tade,
o Professor Armando Righetto
recebeu a reportagem do jornal “Fala
José” em uma tarde de sábado e nas
próximas linhas segue um pouco do
que descobrimos dessa personalida-de
sublime de Passos.
Armando Righetto, nasceu em
Campinas (SP), no dia 1º de abril de
1924. Filho de francês e uma italiana
dos quais herdou os traços fortes e
firmes de seu caráter. É casado com
Lourdes Oliveira Maia Righetto e pai
de José Armando (médico) e Ângela
(advogada).
Dos 14 irmãos é o caçula. Ele se
diverte com o nome curioso da irmã
que nasceu antes dele e que recebera
o nome de “Última”. “Eu falava pra
minha mãe porque não colocou o
nome em mim de Atrevido? Se ela
era a ‘Última’ eu fui atrevido de vir
depois dela!”, brinca o professor.
Estudou na Universidade de Campi-nas
e meses depois em Lavras (MG) na
Escola de Agronomia onde permaneceu e
era um ótimo aluno e dedicado ao estudo.
Devido à sua competência foi convidado
a trabalhar e ficou por lá por dois anos.
Veio para Passos em
1947. Apreciado pelo Dr.
Breno Soares Maia, foi con-vidado
a lecionar no Colégio
de Passos e chegou até a ser
diretor. Lá fundou os cursos
comércio e científico e cursos
técnicos.
No período da Ditadura
Militar, estava voltando tran-quilo
do trabalho para casa e foi sequestrado
e preso. Sofreu perseguições, torturas e julga-mentos.
Foi acusado na época de comunista.
Mas era puro engano. Contou com pessoas que
foram grandes amigos, os quais testemunharam
e deram um pouco de si em prol de sua pessoa.
2
PERFIL
Com seu colega Sergio Ferrauda escreveu
livros didáticos: Cálculos Diferencial e Integral
I, II, III e IV e outros. “Meu objetivo sempre
foi familiarizar o aluno com o pensamento
matemático e desenvolver a capacidade na
arte de ensinar matemática”, destaca. Para ele,
a Matémática tem uma linguagem rigorosa e é
preciso saber interpretá-la.
Os olhos de Righetto
brilham ao dizer da satisfa-ção
de ser professor. “Todo
mundo deveria ser professor,
mas por vocação”. Em sua
jornada de magistério con-quistou
não só a confiança
dos alunos, mas também
fez boas amizades. “Lembro
da preparação para o vestibular e de pessoas
importantes em Passos hoje, que estudaram
comigo como o Dr. Talmo e o Paulo Pimenta
(arquiteto, hoje falecido). Sou satisfeito com o
que pude ensinar”.
Armando Righetto traz em sua bagagem
grandes títulos recebidos por sua dedicação e
empenho. Dentre eles estão: Título Benemé-rita
Persona, outorgado pela Fafipa (Faculdade
de Filosofia de Passos) em 1995, e o Título
de Cidadão Passense, outorgado pela Câmara
Municipal de Passos. Outro título com o qual
o professor se sente satisfeito é o que foi re-cebido
pela Fundação de Ensino Superior de
Passos (FESP), tendo seu nome cedido para o
Auditório do Bloco 8. “Fiquei muito satisfeito
e agradecido”.
EXPEDIENTE
FALA JOSÉ é uma publicação experimental da Escola Estadual São José, sob a orien-
tação da Faculdade de Comunicação Social de Passos (FACOMP), unidade da Funda-
ção de Ensino Superior de Passos (FESP/UEMG) – Projeto “Jornalismo na Escola”
Professor Armando Righe" o
Um dos maiores matemá! cos brasileiros
ESCOLA ESTADUAL SÃO JOSÉ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Caetano Ingraci – Diretor
Maria Cândida Brandão Farjalla – Vice-diretora
Durce Vânia da Silva Villaça – Vice-diretora
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE PASSOS
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DE PASSOS
Conselho Curador
Fábio Pimenta Esper Kallas – Presidente
Manoel Reginaldo Ferreira – Vice-presidente
Frank Lemos Freire – Membro
Facomp
Vanessa Braz Cassoli – Diretora
Selma Cris! na Tomé Pina – Vice-diretora
EQUIPE JORNAL FALA JOSÉ
Danilo Vizibeli – Editor e Jornalista Responsável (MTb 14312/MG)
Gilza Mendes de Oliveira – Professora responsável
Marcelo Silva Coimbra – Diagramação e Projeto Gráfi co
Heloise Leão – Diagramação
Ivan Dib Barros – Design Gráfi co
Heliza Faria – Orientação do Projeto Gráfi co
Vanessa Cassoli – Orientação do Projeto e Redação
Luciana Grilo Ricardino – Colaboração
Marcos Paulo Anard Botrel Sarno – Colaboração
Turmas par! cipantes: 9º ano Ensino Fundamental – 3º ano Ensino Médio – 2009
Impressão: Gráfi ca Letrícia - Tiragem: 2000 exemplares
Danilo Vizibeli
Danilo Vizibeli
Com o mínimo que
recebemos buscamos
fazer o máximo
“Todo mundo deveria
ser professor, mas por
vocação”
Escola que se respeita
Reportagem: Lourdes Gonçalves
(Aluna Educação de Jovens e Adultos - EJA)
3. COTIDIANO
Escola conquista prêmio com
trabalho sério e dinâmico
Por atingir todas as metas estabelecidas pela Secretaria de Estado da Educação de Minas Ge-rais
(SEE-MG), a Escola Estadual São José foi a primeira colocada no Prêmio Produtividade do
Governo do Estado em 2009, na jurisdição da Superintendência Regional de Ensino de Passos,
que atende a 16 municípios e 52 escolas.
O prêmio foi criado na gestão do governador Aécio Neves e da secretária de Educação Vanessa
Guimarães com o objetivo de incentivar a melhora dos resultados nas escolas de Minas.
A escola, que foi inaugurada no ano de 1965, além do ensino regular e da educação de jovens
e adultos (EJA), oferece à comunidade praticamente todos os projetos disponibilizados pelo Go-verno
Estadual entre eles, a Rede Escola Viva – Comunidade Ativa, cursos de Formação Inicial
para o Trabalho (FIT), curso profissionalizante de gestão empresarial, o PEP EJA e o Projeto
Aluno Tempo Integral. Este último visa melhorar o desempenho dos alunos, apoiando também
as famílias que confiam na escola, deixando seus filhos passarem um longo período na escola,
onde são atendidos com muito carinho e respeito.
O crescimento da procura por vagas levou a gestão atual, que tem como diretor Caetano
Ingraci e como vice-diretoras Durce Vânia da Silva Vilaça e Maria Cândida Brandão Farjalla, a
solicitar a construção de mais quatro salas de aulas, as quais já estão em pleno funcionamento.
As obras incluíram ainda a reforma dos banheiros e o alteamento dos muros. A cozinha também
passou por reforma.
“A construção de tais obras só foi possível graças ao apoio da Secretaria de Estado da
Educação, representada em Passos pela superintendente Lázara Idalina de Pádua”, comenta o
diretor. “O primeiro lugar no prêmio de produtividade se deve ao empenho da nossa equipe,
que tem na educação um motivo para lutar por um mundo melhor, mais justo e mais solidário”,
destaca Caetano Ingraci.
A biblioteca foi reinaugurada na mes-ma
ocasião do lançamento do jornal
Fala José em junho de 2009. Devido
ao aumento do número de alunos e à
execução de projetos que incentivam a
leitura, o espaço foi totalmente reestru-turado.
A bibliotecária Helga Krakauer,
filha da benemérita que dá nome ao
espaço, esteve presente na solenidade.
A sala ganhou um toque a mais com a
pintura de uma paisagem do voluntário
Junio Francisco de Oliveira, irmão do
professor Jean Francisco de Oliveira.
Maria Augusta Krakauer foi quem
tornou possível a criação da escola em
1965, pois na ocasião era necessário
haver uma biblioteca para que as insti-tuições
de ensino funcionassem. Maria
Augusta, então sensibilizada pela falta de
uma escola no bairro Coimbras, fez uma
campanha entre amigos e familiares para
a arrecadação de livros.
3
Fala José é lançado com festa
Uma solenidade cívica marcou o lançamento do jornal Fala José no dia 09 de julho de 2009.
Estiveram presentes a diretora da Faculdade de Comunicação Social de Passos (FACOMP),
Vanessa Cassoli, a professora do curso de Publicidade e Propaganda e colaboradora da diagra-mação
do jornal, Heliza Faria e o jornalista e editor Danilo Vizibeli. Para prestigiar o evento a
Superintendência Regional de Ensino enviou a representante Josiane Queiroz, a pedagoga técnica
Ilva Ferreira Tavares, e a inspetora da escola Ieda Sousa Canto Ferreira.
O Fala José é o resultado final da intervenção pedagógica “O jornal na sala de aula”. A ativi-dade
teve continuidade com a realização da oficininha do jornal nas turmas do 6º ano e contou
com a coordenação da professora Gilza Mendes. Fala Zezinho foi o nome que o 6º Ano V3,
após conhecer a organização e alguns gêneros textuais que compõem o jornal, escolheram para
o jornal-mural que produziram.
Biblioteca Maria Krakauer é
reinaugurada
Meio Ambiente
A Escola Estadual São José, na semana do dia 05 de junho,
data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente elaborou
uma programação especial com a coordenação da professora de Ciên-
cias Diana Carolina Souza e com a colaboração do professores Manoe-
lino Júnior e Vanusa Ponciano. A coreografi a da música Planeta Água,
de Guilherme Arantes, apresentada pelos alunos do turno vesper! -
no, sob a coordenação da professora voluntária de Educação Física,
Polyana Silveira Silva, foi o destaque e deu origem a esta bonita foto.
Junio Francisco de Oliveira e sua obra na Biblioteca
Arquivo E.E. São José
Arquivo E.E. São José
ETEP
ESCOLA TÉCNICA DE PASSOS
Fone:
(35) 35227722
Rua Coronel João de
Barros 447
TECTRONIC
INFORMÁTICA
Fone:
(35) 3521-9448
Rua Olegário
Maciel, 528
4. 4
Mesmo com difi culdades o Cine Roxy sobrevive na cidade que tem diversas
personalidades atuando na indústria cinematográfi ca nacional e internacional
Inspirados pela mostra de cinema Selton
Mello, que aconteceu na última semana de
julho de 2009, em Passos, alunos do 9º ano
M1, M2 e M4 da Escola Estadual São José
realizaram uma pesquisa sobre a cultura do
cinema. O objetivo do trabalho é valorizar
o cinema na cidade e incentivar as pessoas a
prestigiarem a sétima arte.
Os alunos assistiram “Cinema Paradiso”,
filme italiano escrito e dirigido por Giuseppe
Tornatore, cujo enredo tem início na Segunda
Guerra com um garoto fascinado pela magia
do cinema, chamado Salvatore di Vitto, mais
conhecido como Totó, um menino travesso
que fugia para o cinema sempre que podia.
Apesar da falta de interesse, a cultura do
cinema sobrevive em Passos. Existem pessoas
fascinadas que se dedicam ao universo mágico
do cinema. A arte é enaltecida ainda mais
com a presença de artistas naturais de Passos
fazendo sucesso nas telas. É o caso de Selton
Mello, Rúbria Negrão, Guilherme Toledo e
Ezequias Marques.
Uma destas pessoas que lutam para o que
o cinema continue vivo em Passos é Itamar
Bonfim, cinegrafista profissional e idealizador
do Projeto Pipoca e Bala Pipper, em parceria
com a Fundação de Ensino Superior de Pas-sos
(FESP/UEMG). “Gosto do cinema desde
Em Passos, o Cine Roxy, cinema fundado
em 22 de novembro de 1949 por José Figuei-redo,
deu origem à Empresa Figueiredo de
Cinema, que chegou a ter mais de 100 salas
espalhadas em todo o país.
O Cine Roxy tem a estrutura de cinemas
de grandes cidades. Passou por uma reforma
e foi reinaugurado em 2008, ocasião em que a
atriz passense Rúbria Negrão esteve em Passos
para o lançamento do filme em que atuou “O
amor nos tempos do cólera”, uma produção
de Hoolywood.
Átila Figueiredo Piassi, neto de José Figuei-redo,
foi o responsável por essa reforma, que
de acordo com ele merecia esse investimento.
criança quando consegui montar em minha
casa um cineminha com uma caixa de papelão
e uma lâmpada. Às vezes a gente encontrava
no lixo do Roxy filmes que eram descartados
por algum defeito e eu pegava e utilizava-os
no cineminha”, explica Itamar Bonfim como
nasceu sua paixão pelo cinema.
O Pipoca e Bala Pipper é uma sessão de ci-nema
gratuita que acontece todas as terças-feiras
no auditório do Bloco 8 da FESP. Segundo
Itamar Bonfim Passos possui a tradição de
cinema. “Tanto que no passado existiram ao
mesmo tempo três cinemas em Passos: o Cine
Rex, Cine Recreio e o Cine Roxy”, afirma o
cinegrafista.
O cinéfilo também destaca os nomes que
contribuíram para enaltecer o cinema de Passos
tais quais Ezequias Marques e Selton Mello.
Entre curtas e longas metragens Selton Mello
atuou em 26 filmes. Estreou ainda adolescente
com Renan, de “Uma escola atrapalhada”,
infantil de 1990. A partir de 2000 integrou o
elenco de 20 produções. Em 2008 com “Feliz
Natal” o ator se aventurou na direção, como
roteirista.
Outro ator que tem se destacado em pro-duções
audiovisuais é o passense Guilherme
Toledo. Ele teve sua primeira experiência
com o cinema com o longa-metragem “Vida de
CULTURA
Cine Roxy
“É com muito carinho que a gente cuida do
Roxy, que foi de uma importância muito grande
na época em que foi fundado, porque depois
deu origem a Empresa Figueiredo de Cinema.
A raiz foi aqui”, afirma Átila.
Hoje não só em Passos, mas no Brasil todo
falta valorização do cinema. De acordo com
Átila, a pirataria não deixa de interferir, visto
que tais filmes perdem em qualidade. “São duas
horas que você passa aqui, que provavelmente
são as mais sábias. Você desliga”. Ainda acres-centa:
“Ensinem as crianças a irem ao cinema
e elas irão a vida inteira. Se cada pessoa viesse
uma vez ao ano ao cinema, não caberia gente
aqui”.
Selton Melo em sua visita à Passos, em cole! va na FESP
Á! la Figueiredo na sala de projeção do Cine Roxy com alunos da Escola São José
Menina” em 2003. Depois disso, participou de
alguns curtas-metragens, entre eles: “Francina,
Angra, Genuína” e “Indústria da Morte”. Este
último foi uma produção da Faculdade de Co-municação
Social de Passos (Facomp), realiza-da
no ano passado “Tenho me descoberto cada
vez mais dentro deste universo cinematográfico.
E essa descoberta vai além da atuação, tenho
também procurado entender um pouco mais
sobre a técnica de se fazer cinema. O cinema
te ensina a trabalhar no coletivo. São artistas de
diferentes categorias atuando para um mesmo
fim. Cada um com a sua função”, considera
Guilherme.
O filme “Vida de Menina” foi uma adapta-ção
do livro “Minha Vida de Menina” que é um
diário da brasileira Helena Morley. O enredo
enfoca a cidade de Diamantina no final do sé-culo
XIX. Sobre o curta “Indústria da Morte”
Guilherme conta que foi um trabalho que abriu
muitos canais de sensações e emoções extra-cotidianas.
“O tempo todo havia um diálogo
entre a ficção e a “realidade bruta”, diz.
O ator vê com bons olhos o cinema bra-sileiro
e destaca que existem produções inte-ressantes
surgindo. “Existe gente com novas
idéias, com vontade de trabalhar e criar um
espaço de produção audiovisual que fuja dos
arcaicos e estereotipados padrões que vemos
nas telenovelas”, completa.
Reportagem: Camila A# lio (9º M1); Augusto Lafaete (9º M2); Guilherme Lara (9º M4);
Janaína Kimberly (9º M2). Colaborou: Walber Guimarães (ex-aluno da escola)
Gilza Mendes
Departamento de Comunicação FESP/San Andradae
Passos também é terra de cinema
Rua Deputado Lourenço de Andrade, 102 - Fone: 3521-9339
5. 5
ESPECIAL
Sexualidade: O não tão mágico
mundo dos adolescentes
Alunos do 9º ano da Escola Estadual São
José, desenvolveram um trabalho sobre “Se-xualidade
Responsável”. O projeto teve início
com a leitura do livro “A Ovelha Blue Jeans”,
de Marco Túlio Costa e com a exibição do
filme “Juno”. Ambos abordam a gravidez na
adolescência.
A professora responsável pelo projeto,
Gilza Mendes, propôs em seguida que os alu-nos
cuidassem de um pintinho durante duas
semanas, sendo um menino para representar
o pai e uma menina para representar a mãe..
O objetivo desta simulação foi para que os
alunos percebessem as dificuldades de ser
pai ou mãe na adolescência. Depois disso os
alunos passaram por uma etapa de entrevistas
com profissionais que entendem o assunto. O
trabalho teve o apoio da professora de Ciências
Vanusa Ponciano
De acordo com o médico ginecologista Fa-bian
Silveira Lemos, a gravidez na adolescência
é um dos principais fatores ou causa de evasão
escolar e muitas vezes, ela acontece devido a um
certo pensamento mágico comum aos jovens.
“As adolescentes acreditam que ficando grávi-das
algo de bom vai acontecer em suas vidas.
Muitas conhecem os métodos contraceptivos
e quando perguntamos por que aconteceu a
gravidez elas respondem que queriam engra-vidar
mesmo”. O ginecologista destaca que
com a gravidez na adolescência o processo
educativo da menina fica prejudicado e con-sequentemente
a vida profissional. O médico
esclarece a importância da dupla proteção que
é o uso da camisinha juntamente com a pílula
anticoncepcional. “É importante a informação
sobre esses métodos”.
Normalmente, o perfil das adolescentes
grávidas apresenta a maioria de meninas com
baixo poder aquisitivo, mas o médico afirma:
“É um problema que está presente em todas
as classes sociais”. As práticas clínicas demons-tram,
porém que a probabilidade de engravidar
está relacionada à escolaridade, ou seja, quanto
maior o número de anos que uma adolescente
frequenta a escola menores são as chances
dela engravidar na adolescência. Outro fato
importante é que na maioria das vezes adoles-centes
grávidas são filhas de mães que também
engravidaram na adolescência. “É também uma
questão sócio-cultural”, diz o médico.
Adolescente em oitavo mês de gestação: mudança de hábitos com a chegada do bebê
PROMAI Difi culdades
É pensando no cuidado e no amparo
das adolescentes grávidas e gestantes de
alto-risco que a Santa Casa de Passos
mantém o PROMAI. Na unidade, a gran-de
maioria das adolescentes grávidas tem
entre 14 e 17 anos. São normalmente de
baixo poder aquisitivo. E existem casos
de meninas com 12 anos que estão sendo
acompanhadas pelo PROMAI. “O obje-tivo
do PROMAI é fornecer à mulher e
à criança uma atenção integral tendo em
vista prevenir a mortalidade e a morbidade
materno-infantil”, explica a psicóloga e uma
das coordenadoras do PROMAI, Maria
Cristina Maia.
A vice-diretora e professora de História
Maria Cândida Brandão Farjalla observa
que o preconceito com as adolescentes grá-vidas
ainda é grande e que elas precisam de
atenção redobrada. “A adolescente grávida
muitas vezes sai da escola e se permanece
acaba sofrendo um certo constrangimento”,
frisou.
O cenário é observado também pelo
professor de Biologia, Manoelino Pereira
do Nascimento Júnior. Ele diz que acom-panhou
muitos casos de adolescentes
grávidas ao longo de sua carreira e que a
gravidez precoce é muito comum nas escolas
onde trabalhou inclusive no São José. “Acredito
que os principais fatores que levam à gravidez
na adolescência seja a iniciação precoce da
vida sexual, a falta de informação, influências
de amigos e da mídia e o medo de perder o
namorado”, destacou o professor.
Esse não tão mágico mundo dos adolescen-tes
foi percebidos pelas adolescentes Juliana
e Ingrid (nomes fictícios). “Eu engravidei aos
meus 14 anos quando tinha ido a uma festa e
mantive relação sexual com um rapaz que eu
nem conhecia direito, depois quando eu contei
para ele que estava grávida ele sumiu e eu
nunca mais vi ele. Tive que criar meu filho
sozinha. No começo fui até excluída da
sociedade. Eu pensei em deixar os estudos
quando ainda estava na 8ª série, mas depois
da gestação eu pensei melhor e continuei”,
conta Juliana hoje com 18 anos. Já Ingrid
pensava que tudo ia acontecer diferente.
“Nunca pensei que meu namorado fosse
me abandonar num momento desses”,
desabafa a adolescente de 16 anos que
trabalha durante o dia e termina seus
estudos à noite.-
Danilo Vizibeli
Reportagem: Alunos do 9 ano
do Ensino Fundamental
Pça. Blandina de Andrade, 16 - Tel: 3521 6808
6. 6
ESCOLA EM AÇÃO
Índice de alcoolismo cresce
entre jovens em idade escolar
Um estudo realizado pelos alunos do 3º ano
do Ensino Médio da Escola Estadual São José
aponta que jovens entre 16 e 19 anos procuram
bebida alcoólica para se distrair, para se encai-xar
em um determinado grupo de pessoas ou
para esquecer problemas e traumas.
A pesquisa confirmou que 62% dos jovens
que consomem bebida alcoólica com regula-ridade
possuem membros da família que são
dependentes do álcool. “Na minha infância
meu pai e minha mãe bebiam muito e havia
muitas brigas entre eles”, afirma um jovem
alcoólatra de 18 anos.
A convivência com pessoas dependentes do
álcool e os traumas adquiridos ao decorrer da
vida, são apontados como as principais causas
do alcoolismo entre jovens. “O primeiro passo
para vencer o vício é a consciência de assumir
que é um dependente do álcool”, alerta a
psicóloga Sérgia da Silveira. No entanto, a
pesquisa mostra que apenas 40% dos jovens
que consomem bebida alcoólica se consideram
alcoólatras. A especialista ainda diz que se a
pessoa se conscientizar que é alcoólatra e aceitar
ajuda, buscando melhorar sua saúde mental, a
chance de recuperação é alta.
Prova disso é o senhor J.A.M., 49 anos que
diz: “Eu estava cansado de ver minha esposa e
meus filhos sofrerem por causa dos problemas
que eu causava quando estava bêbado. Decidi
que iria frequentar as reuniões do A.A. (Alco-
Os jovens consomem bebida alcoólica cada vez mais cedo
Alcoolismo em Passos
A nutricionista e professora da Fundação de
Ensino Superior de Passos (FESP/UEMG),
Jussara de Castro Almeida, apresentou o tra-balho
“Consumo de álcool entre estudantes do
ensino médio do município de Passos – MG”,
como conclusão do mestrado na Universida-de
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
(UNESP), campus de Araraquara. A pesquisa
de Jussara mostrou o perfil do jovem usuário
de bebida alcoólica em Passos. Eles são do sexo
masculino, possuem um relacionamento ruim
com a mãe e trabalham.
Para a nutricionista o alcoolismo envolve
um conjunto de sinais e sintomas. Ele está
relacionado com a pessoa que não consegue
controlar a quantidade de bebida ingerida. “O
álcool provoca grandes danos para o corpo tais
como: danos hepáticos, hipertensão arterial,
obesidade, câimbras e síndrome de abstinên-cia”,
constata Jussara..
O álcool é uma droga depressora do sistema
nervoso central, provoca sono e em doses
acentuadas pode provocar coma. O consumo
de álcool provoca prejuízos na aprendizagem,
déficit de memória, conflitos sociais, acidentes
de trânsito e uma provável dependência de
bebidas no futuro.
“Uma das causas do uso de bebida alcoólica
entre os adolescentes é a influência da mídia. As
propagandas diminuíram, mas ainda mostram
pessoas bonitas, criam certa ilusão e ninguém se
torna alcoólatras de um dia para outro. Existe
uma história de vida que vai desencadear o
alcoolismo. A escola é muito importante no
papel da prevenção”, conclui Jussara.
ólicos Anônimos) e com a ajuda das reuniões
e com o apoio da minha família alcancei meu
objetivo de sair do vício”. Pessoas como ele
são exemplos de superação. J.A.M afirma que
quando era dependente do álcool perdia todos
os empregos que conseguia, seus filhos sofriam
críticas dos colegas e ainda diz que quando
estava bêbado brigava com sua esposa e filhos
e causava vergonha aos seus familiares. Estes
foram os principais motivos que fizeram com
que ele buscasse ajuda.
Outra história interessante é a de O.S, 41
anos, técnico em contabilidade. Ele conta que
o que o levou a beber foram as influências de
amigos e festas de fim de semana. O.S superou
o vício e o principal motivo foram os problemas
de saúde. “Fui para a Santa Casa e o médico me
disse: ou você para de beber ou você morre”.
Ele deixa uma mensagem para os jovens: “não
bebam, porque a bebida só traz desunião na
família e problemas de saúde futuramente”.
O relatório feito pelos alunos mostra que ape-nas
30,8% dos jovens entrevistados apresentam
o desejo de parar de beber. Por esse motivo é
essencial que as famílias que possuem membros
alcoólatras, forneçam ajuda. “Em primeiro lu-gar
a família precisa dar o exemplo do não uso
abusivo do álcool e também frequentar grupos
de apoio e saberem mais sobre o assunto, para
tomar atitudes adequadas”, relata Sandra Eliane
da Silva, assistente social.
Reportagem:
Alunos do 3º ano do Ensino Médio com par! cipação especial de: Bianca Ferreira (3º M1); Jéssica
Fernandes (3º M1); Matheus Santos (3º M2); Nájila Medeiros (3º M1); Rafael Oliveira (3º M2)
Pesquisa realizada por alunos do 3º ano do Ensino
Médio aponta que 73% dos jovens entrevistados
consomem bebida alcoólica com regularidade
- 62% dos jovens que consomem bebida alcoólica com regularidade pos-suem
membros da família que são dependentes do álcool.
- São do sexo masculino, possuem um relacionamento ruim com a mãe e
trabalham.
- Provoca danos hepáticos, hipertensão arterial, obesidade, câimbras e sín-drome
de abstinência.
- O álcool é uma droga depressora do sistema nervoso central, provoca sono
e em doses acentuadas pode provocar coma.
- O consumo de álcool provoca prejuízos na aprendizagem, déficit de me-mória,
conflitos sociais, acidentes de trânsito e uma provável dependência
de bebidas no futuro.
PESQUISA
JOVENS QUE CONSOMEM BEBIDA ALCOÓLICA EM PASSOS
OS PREJUÍZOS DO ÁLCOOL
Danilo Vizibeli
- Jovens entre 16 e 19 anos procuram bebida alcoólica para se distrair, para
se encaixarem em um determinado grupo de pessoas para esquecer proble-mas
e traumas.
7. COMUNIDADE ATIVA
7
O São José des-tacou
mais uma
vez no segundo
semestre de
2009 no que diz respeito ao esporte. Foram
dois eventos importantes com a participação
de alunos: o Jojuninho e o TICO. Os alunos
Breno de Sá (8º Ano M2), Bruno Ferreira,
Gustavo Henrique, Guilherme Marques (9º
Ano M1), Jeferson Lopes (9º Ano M3) e Le-tícia
Cintra (1º M1) participaram da fase de
pré-jogos de handebol do Jojuninho (Jogos
da Juventude Infantis), na última semana de
outubro em Poços de Caldas.
“O emprego
da Lua”, peça
teatral de Vic-tor
Louis Stutz
foi apresenta-da
no dia 30 de outubro de 2009. O profes-sor
de língua portuguesa Antonino Borges da
Fonseca foi o diretor da peça. “Foi a primeira
experiência e o resultado me inspirou a dar
continuidade ao projeto em 2010”, destaca.
Participaram da peça alunos do 7º e 6º Ano.
““Quem não
lê, não escre-ve”,
esse é o
nome do proje-to
de leitura do turno vespertino, coordenado
pela orientadora pedagógica Lúcia Maria de
Oliveira, que conta com o apoio da pedago-ga
Vera Siqueira, da bibliotecária Maria Rita
Santos e de todos os professores de Língua
Portuguesa desse turno. O desafio foi lançado
em agosto de 2009 e teve sua divulgação com
a contação de histórias do professor Antoni-no
Borges da Fonseca.
Banda Órion em apresentação no Canta FESP
CIRE - FESP
Alunos se divertem no CIRE-FESP
Alunos colaboram com a prevenção da Gripe Suína
Fes! val Canta FESP
“Será”, do compositor Renato Russo foi a música interpretada pela banda Órion, que
representou a Escola Estadual São José no V Canta FESP -Festival de Interpretação de MPB
da Fundação de Ensino Superior de Passos. A apresentação foi no dia 25 de maio de 2009. A
banda Órion tem no vocal Vilson Júnior, na guitarra, João Pedro Honório; ambos do 3º M1; no
baixo, Luiz Gustavo Assis do 2º M1; no teclado, Breno Lopes do 1º M1 e William na bateria. A
banda sempre colabora com os eventos da escola e dá um show, especialmente quando o ritmo
é o Rock Nacional.
A Escola São
José ofereceu
suas instalações
para o projeto
Costurando Sonhos, uma parceria da FESP
com as profissionais Vera Lúcia Alves Oli-veira,
bióloga , Luciana Pereira da Costa,
historiadora, as assistentes sociais Edna Maria
Ferreira, Eleuza Sousa de Oliveira, Fabiana
Nascimento Marques e a secretária da asso-ciação
de bairros Lílian Shorreyla da Silva
Pereira. As aulas aconteceram aos sábados de
janeiro a junho e com a participação de 11
adolescentes.
A Fundação de
Ensino Supe-rior
de Passos
(FESP) criou
em 2009 o prê-mio
Professor Nota 10. A Escola Estadual
São José elegeu o professor de Biologia Ma-noelino
Pereira do Nascimento Júnior, 37, no
dia 26 de setembro para representar a escola
na homenagem realizada pela FESP. O pro-fissional
eleito está na instituição desde 1980,
pois foi aluno da escola.
“ A c o r -
dando para a
realidade”, ví-deo
produzido
pelos alunos
Jean Borges, Matheus Damasceno, Luís Gus-tavo
Assis, Aline Rolim, Thaís Porto e Bru-na,
do 2º M1 representou a Escola Estadual
São José no festival de vídeo da Fundação de
Ensino Superior de Passos (FESP) que presta
homenagem ao ator passense que esteve na
cidade na última semana de julho de 2009.
A Escola Estadual São José programou uma comemoração diferente em 2009 para o
“Dia das Crianças” e para isso agendou no dia 08 de outubro, quinta-feira, um passeio ao CIRE-FESP
(Centro Integrado de Recreação e Esportes).
Na ocasião, acompanhados pelos professores e equipe administrativa, alunos do Ves-pertino
puderam desfrutar das piscinas, quadras esportivas e campo de futebol. Logo após as ati-vidades
de lazer, foi oferecido um lanche. “É importante que nossos alunos participem também
de atividades fora das instalações da unidade escolar, pois isso promove uma integração social”,
comenta a vice-diretora Maria Cândida Brandão Farjalla.
Saúde
No dia 05 de agosto de 2009 a Escola Estadual
São José recebeu duas enfermeiras do Ambu-latório
Coimbras para ministrar palestra sobre
o vírus A-H1N1. O objetivo foi preparar a
Escola para esclarecer os funcionários sobre
as formas de contágio e os principais sintomas
da gripe suína. Com esta iniciativa foi possí-vel
receber os alunos para a volta às aulas, no
dia 10 de agosto, com maior segurança. A es-cola
passou pelo período de maior risco de
contaminação sem incidentes, pois os alunos
colaboraram tanto na higienização das mãos
como com a atitude de evitar o fechamento
das janelas e portas das salas de aula.
O sargento
Flávio Antônio
de Oliveira, do
Batalhão da
Polícia Militar
de Passos coordenou a implantação do JCC
(Jovens Construindo a Cidadania). Esse pro-jeto
visa resgatar a valorização dos grêmios
estudantis e conscientizar os alunos quanto
à importância dos mesmos na participação e
coordenação de melhorias nas escolas. A elei-ção
do grêmio aconteceu no dia 25 de junho
de 2009 e a chapa vencedora foi “Tudo é pos-sível”,
que tem como presidente Guilherme
Marques e Camila Aparecida Rufino Araújo,
alunos do 9º Ano M1.
Pe r t e n c e n t e
ao Modernis-mo
português,
Florbela Espan-ca
foi a poetisa
portuguesa, que Joyce Mariano e Débora Ma-riano
do 1º N1 interpretaram representando
a Escola São José no Festival de Interpretação
de Poesia, outro evento promovido pela Fun-dação
de Ensino Superior de Passos (FESP).
No dia 11 de
julho de 2009,
os alunos do 1º
Ano do Ensino
Médio foram
até Brodowski (SP) para conhecer acervos
de obras do pintor brasileiro Cândido Porti-nari.
Na volta, uma parada em Batatais para
uma visita à Matriz Bom Jesus de Cana Verde
onde está o maior acervo sacro de Portinari.
Arquivo E.E. São José
Arquivo E.E. São José
Arquivo E.E. São José
8. PAINEL CULTURAL
SIMPLESMENTE AMOR
Amor é ardente, mexe
No coração da gente.
Ainda na fase adolescente
Arde e faz ficar contente.
Outrora, menina moça
Não discerne, mas sente.
Amor puro verdadeiro
É pra quem sabe esperar
Na hora certa chegar.
E chega sem avisar,
Invadindo os corações,
Que não para de saltar.
Alegra, encanta e faz
O SAPO
Se eu fosse um sapo, eu iria dormir no meio do mato durante o dia. À
noite eu iria brincar com os outros sapos e depois eu iria dar muitos pulos,
faria muita sapice e teria de encontrar o meu alimento, os mosquitos. Logo
depois eu iria pular no meio do mato até encontrar uma árvore ou um lugar
para me aconchegar. E depois eu iria rezar para Deus para que eu tivesse sapi-nhos
para que eles fizessem sapices junto comigo. Porque ser sapo, eu acho, é fazer alegria.
Gilberto Júnior Firmino Barbosa
6º Ano V3
AMO
Amo teus olhos tristes,
Amo teu meigo e doce sorriso,
Amo o sol que teu corpo bronzeia,
Amo o dia que te dá a vida.
Amo a lua que teu corpo clareia,
Quando cansado
descansa da lida.
Amo o ar que tu respiras,
Mas amo acima de tudo,
Deus que te colocou
na minha vida.
Fátima Fernandes
3° EFC Noturno
Coordenação: Profa. Cristina Carvalho
RECICLAR, UM BEM PARA TODOS
8
Um dos trunfos que a sociedade possui atualmente para ajudar o
planeta é a reciclagem. A frase dita por Lavoisier, “Na natureza, nada se per-de,
nada se cria, tudo se transforma”, resume o significado do termo e mos-tra
a importância vital da reciclagem para o desenvolvimento sustentável.
O crescimento populacional acelerado pede uma maior demanda
de alimentos, serviços, como transporte, saúde e educação, além de matérias-primas
para a produção de bens de consumo duráveis. O planeta, em algum
momento, não conseguirá suportar essa grande demanda ou até mesmo não
conseguirá fornecer os suprimentos necessários ao consumo populacional.
Reciclar, além de ajudar o planeta, reduz custos. Muitas empresas já utilizam o pro-cesso
de reaproveitamento da água, fazem uso de coleta seletiva, investem em progra-mas
ambientais, pois sabem que obterão um bom marketing, porque isso melhorará
a imagem da empresa através da preservação ambiental, além da redução de custos.
A coleta seletiva ainda não possui muita adesão da população, porque as
pessoas não têm conhecimento do que é a coleta ou por terem preguiça de separar
o lixo. O fato é que a coleta seletiva facilitaria o trabalho dos principais agentes da
reciclagem: os catadores.
Ainda não nos demos conta do importante papel dos catadores. Não os
vemos como profissionais, mas sim como excluídos da sociedade. E são. Geralmente
são pessoas não alfabetizadas, pobres, vítimas do desemprego, que sem opção pas-sam
a exercer uma atividade digna e benéfica ao meio ambiente.
Talvez com a valorização desse profissional, pos-samos
aumentar os índices da reciclagem do lixo no Brasil.
Reciclar deve ser uma prática adotada por cada um. A simples separação do lixo em
papel, plástico, vidro, metal e orgânico já representaria uma importante vitória.
Campanhas educativas são importantes, mas nem tão eficazes. Incen-tivos
para a coleta poderiam ser aplicados, como dedução de impostos fiscais
para empresas que fazem coleta seletiva. Esse é o caminho, basta apenas segui-lo.
João Marcos Nogueira
3º M1
A PRÓXIMA VÍTIMA
Numa noite de domingo, um casal de namorados estava
passando na rua quando viram uma coisa estranha. Havia uma
mulher sentada na esquina da praça com um homem loiro e
alto que vestia uma capa enorme e preta que parecia vigiar um
casarão.
O casal que passava naquela noite de domingo decidiu ir
à polícia de Nova York falar o que eles tinham visto naquela
noite. Então os policiais foram lá perto do casarão, mas para
não levantar suspeitas, eles foram disfarçados de varredor de
rua, entregador de pizza e de mendigo. Foi a maior piada. Eles
ficaram lindos, mas não podiam esquecer que estavam numa
investigação.
Eles conseguiram entrar no casarão e descobriram o que
estava acontecendo. Tudo não passava de uma farsa. Estava
acontecendo um baile à fantasia e aquele casal que estava sentado
na esquina da praça estava esperando o baile começar.
O homem estava de Batmam e a mulher estava de Mulher
Gata. E como os policiais estavam também de fantasia, decidiram
curtir a festa também.
Bruno Ferreira dos Santos
9º Ano M1
Os olhos brilhar.
Joana D’arc Faria Faustino
3° EFC Noturno
QUANDO FLORESCEM OS IPÊS
Ganymedes José
Editora Brasiliense
SINOPSE:
Neide, Toninho, Ovídio e Cláudia sempre foram muito amigos. Estavam todos muito felizes brincan-do
perto dos ipês que floresciam. Toninho teve a ideia de cada um escrever a inicial de seu nome nos
ipês para todos lembrarem da amizade. Neide foi a última e pôs o N; depois sorriu e disse que quan-do
crescesse seria rica, compraria um carro e um lindo vestido vermelho. Depois disso foi embora.
Passaram anos e todos eles cresceram. Toninho tinha o sonho de arranjar um emprego em São Paulo e ir embora.
Neide era apaixonada por Toninho. Sua vida era dura, mas nem por isso ela desistia de lutar. Cláudia namorava Cid,
um garoto que todos da cidade falavam mal. Ovídio morava com seus pais e era apaixonado pela empregada negra.
Neide sempre fica tossindo. Sua mãe sempre lhe dizia para ela procurar um médico, mas Neide nem li-gava.
Sua mãe começou a beber demais e Neide ficava muito triste. Toninho gostava de Darlene, uma ga-rota
muito metida. A cada dia Neide ia piorando e até chegou a tossir sangue. Cláudia iria se casar
com Cid! Mas uma tragédia aconteceu: no dia do casamento Cid faleceu em um acidente de carro.
Raul sempre gostou de Cláudia, mas ela só o considerava como amigo. Raul foi consolá-la. Neide ficou
de cama. Estava com tuberculose. Toninho foi visitá-la. Neide disse uma coisa que deixou Tonin-ho
meio triste: disse que quando ela morresse queria que seu caixão estivesse coberto por flores de ipês.
Chegou a notícia de que Neide faleceu. Toninho ficou muito triste. Na hora do enterro, decidiu fazer a vontade de Neide. No final
Toninho foi embora para São Paulo. Ovídio também. E Toninho sempre se lembrava de Neide, sua grande e eterna amiga.
Maira Cristina Rosa, 9º Ano M2
DICA DE LEITURA
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