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Estampagem
O que é: 
 Processo de transformação mecânica que consiste em conformar um disco plano ("blank") à forma de uma matriz, pela aplicação de esforços transmitidos através de um punção. 
Na operação ocorrem : alongamento e contração das dimensões de todos os elementos de volume, em três dimensões. A chapa , originalmente plana, adquire uma nova forma geométrica
Classificação dos processos 
 A Estampagem de chapas metálicas finas pode ser classificada através do tipo de operação empregada . Assim pode-se ter : 
 Estampagem profunda 
 Corte em prensa, 
 Estiramento 
 Dobramento
Métodos de Conformação- Máquinas e Ferramentas 
 Máquinas: A maior parte da produção seriada de partes conformadas a partir de chapas finas é realizada em prensas mecânicas ou hidráulicas. 
Ferramental Acessório 
 As ferramentas básicas utilizadas em uma prensa de conformação de peças metálicas são o punção e a matriz. 
 O punção, normalmente o elemento móvel, é a ferramenta convexa que se acopla com a matriz côncava. 
 Como é necessário um alinhamento acurado entre a matriz e o punção, é comum mantê-los permanentemente montados em uma porta matriz, que pode ser rapidamente inserida na prensa.
Ferramental Acessório 
 Geralmente, para evitar a formação de rugas na chapa a conformar usam-se elementos de fixação ou a ação de grampos para comprimir o "blank" contra a matriz. 
 A fixação é conseguida por meio de um dispositivo denominado anti-rugas ou prensa-chapas
Ferramental de estampagem profunda.
Ferramental para conformação progressiva 
 Freqüentemente, matrizes e punções são projetados para permitir que os estágios sucessivos de conformação de uma peça sejam efetuados na mesma matriz, a cada golpe da prensa. Este procedimento é conhecido como conformação progressiva. 
 Um exemplo é a matriz para recorte e perfuração de arruelas planas.
Ferramental para conformação progressiva 
 A tira metálica é alimentada, deslizando até a primeira posição de corte. O furo da arruela é puncionado . Segue-se um segundo deslizamento, após o que a arruela é recortada. Durante o corte da arruela o punção executa o furo central da próxima peça.
Ferramental para repuxamento 
 O repuxamento é um método empregado para a fabricação de fundos para tanques de aço e outras peças profundas de simetria circular. 
 O "blank" é fixado contra um bloco de modelagem que gira em alta velocidade. O “blank” é conformado progressivamente contra o bloco por intermédio de uma ferramenta manual ou através de roletes
Ferramental para repuxamento
Etapas do corte: 
1- Aparecimento de deformações plásticas em ambos os lados da chapa 
2- Com o aumento da pressão, o material começa a trincar 
3- As trincas se unem e separam a peça da chapa
Corte de Chapas 
Características 
 Destina-se à obtenção de formas geométricas, a partir de chapas submetidas à ação de pressão exercida por um punção ou cunha de corte contra o material e a matriz. 
 Quando o punção ou a lâmina inicia a penetração na chapa, o esforço de compressão converte-se em esforço cisalhante (esforço cortante) provocando a separação brusca de uma porção da chapa. 
 No processo, a chapa é deformada plasticamente e levada até a ruptura nas superfícies em contato com as lâminas
Características 
Corte de Chapas 
A aresta de corte apresenta em geral três regiões: uma rugosa (correspondente à superfície da trinca da fratura), uma lisa (formada pelo atrito da peça com as paredes da matriz) e uma região arredondada (formada pela deformação plástica inicial).
Corte de Chapas 
Características 
 A qualidade das arestas cortadas não é a mesma das usinadas, entretanto quando as lâminas são mantidas afiadas e ajustadas é possível obter arestas aceitáveis para uma grande faixa de aplicações. 
 A qualidade das bordas cortadas geralmente melhora com a redução da espessura da chapa.
 No corte por matriz e punção (“piercing” ou “blanking”) não existe uma regra geral para selecionar o valor da folga, pois são vários os parâmetros de influência. 
 A folga pode ser estabelecida com base em atributos, como: aspecto superficial do corte, imprecisões, operações posteriores e aspectos funcionais. 
 Se não houver nenhum atributo específico desejado para superfície do “blank”, a folga é selecionada em função da força mínima de corte. 
Corte de Chapas 
Características
- Na figura podem ser identificados os parâmetros envolvidos no corte . Admite-se o cálculo simples da força pelo produto da área pela tensão de ruptura em cisalhamento. 
- Observe que a profundidade (s) adotada para este cálculo representa a penetração do punção na chapa no momento da ruptura. 
- A potência necessária para o corte é calculada pelo produto entre a força do punção e a velocidade da lâmina. 
Força e Potência de Corte
Força e Potência de Corte 
OBSERVAÇÃO: 
- A força necessária para o corte pode ser bastante reduzida construindo-se as bordas da ferramenta em plano inclinado em relação ao plano da chapa, de maneira que apenas uma pequena fração do comprimento total do corte seja feita de uma só vez.
- Dependendo do tipo de corte, são definidos diversos grupos de operações da prensa,conforme listagem abaixo: 
Tipos de Corte 
 A operação de corte é usada para preparar o material para posterior estampagem ("blank"). A parte desejada é cortada (removida) da chapa original. 
 A fabricação de furos em prensa (piercing ou punching) caracteriza uma operação de corte em que o metal removido é descartado. 
 A fabricação de entalhes (notching) nas bordas de uma chapa pode ser feita em prensa através do puncionamento destas regiões. 
 O corte por guilhotina é uma operação que não retira material da chapa metálica. 
 A rebarbação (trimming) é uma operação que consiste em aparar o material em excesso (rebarbas) da borda de uma peça conformada. A remoção de rebarbas de forjamento em matriz fechada é uma operação deste tipo.
Dobramento 
Características 
 Nesta operação, a tira metálica é submetida a esforços aplicados em duas direções opostas para provocar a flexão e a deformação plástica, mudando a forma de uma superfície plana para duas superfícies concorrentes, em ângulo, com raio de concordância em sua junção.
 A figura mostra os esforços atuantes e a forma adquirida por uma tira submetida a dobramento 
A fibra neutra não é tracionada nem comprimida 
A determinação de sua posição e do seu raio é importante no desenvolvimento linear da peça
2 
. 
t 
r ri n    360 
2. . . n 
d 
r 
L 
  
 
   
2. . 
360 1 2 L L L 
rn 
  
L = L  1 + Ld + L2 
Comprimento do Blank
Raio de Dobramento 
 Para a operação de dobramento existe um raio de dobramento abaixo do qual o metal trinca na superfície externa. É o raio mínimo de dobramento, expresso geralmente em múltiplos da espessura da chapa. 
 Um raio de dobramento de 3t indica que o metal pode ser dobrado formando um raio de três vezes a espessura da chapa sem que haja o aparecimento de trincas. O raio mínimo de dobramento é portanto um limite de conformação, que varia muito para os diversos metais e sempre aumenta com a prévia deformação a frio do metal. 
 Alguns metais muito dúcteis apresentam raio mínimo de dobramento igual a zero. Isto significa que as peças podem ser achatadas sobre si mesmas, mas geralmente não se utiliza este procedimento para evitar danos no punção ou na matriz.
Retorno elástico -Efeito mola 
 A operação de dobramento exige que se considere a recuperação elástica do material (efeito mola), para que se tenham as dimensões exatas na peça dobrada. 
 A recuperação elástica da peça será tanto maior quanto maior for o limite de escoamento, menor o módulo de elasticidade e maior a deformação plástica. Estabelecidos estes parâmetros, a deformação aumenta com a razão entre as dimensões laterais da chapa e sua espessura.
 O efeito mola ocorre em todos os processos de conformação, mas no dobramento é mais facilmente detectado e estudado. 
 O raio de curvatura antes da liberação da carga ( Ro) é menor do que após a liberação ( Rf ). O efeito mola é representado pelo símbolo K .
Características 
Estiramento 
 É a operação que consiste na aplicação de forças de tração, de modo a esticar o material sobre uma ferramenta ou bloco (matriz). Neste processo, o gradiente de tensões é pequeno, o que garante a quase total eliminação do efeito mola. 
 Como predominam tensões de tração, grandes deformações de estiramento podem ser aplicadas apenas para materiais muito dúcteis.
Ferramental: O equipamento de estiramento consiste basicamente de um pistão hidráulico (usualmente vertical), que movimenta o punção. Duas garras prendem as extremidades da chapa. 
Na operação, não existe uma matriz fêmea. As garras podem ser móveis permitindo que a força de tração esteja sempre em linha com as bordas da chapa (figura). 
Garras fixas devem ser usadas somente para conformação de peças com grandes raios de curvatura, evitando-se com isto o risco de ruptura da chapa na região das garras
Estampagem Profunda ou Embutimento 
Características 
 É o processo utilizado para fazer com que uma chapa plana (“blank”) adquira a forma de uma matriz (fêmea), imposta pela ação de um punção (macho). O processo é empregado na fabricação de peças de uso diário (pára-lamas, portas de carros; banheiras, rodas, etc.). 
 A operação de embutimento consiste em transformar uma chapa plana de espessura “t” num corpo côncavo. 
A Estampagem é o processo de conformação que imprime sobre uma chapa plana formas diversas através de deformações plásticas.
Catalisador - Aço Inox 409 
Tanque combustível - Aço inox 304
–Os aços inox austeníticos se deformam basicamente por estiramento e os ferríticos por embutimento. 
Redução generalizada da espessura 
Estiramento
Embutimento 
Objetiva-se a menor variação possível de espessura
 No embutimento a espessura da chapa varia: 
- No centro do fundo é igual a espessura 
- próximos aos bordos do fundo, a espessura é menor do que a do blank 
- a espessura da paredes laterais aumentam a partir do bordo do fundo e pode chegar a 1,25 da espessura do disco.
Estampagem Profunda ou Embutimento 
Características 
 A distinção entre estampagem rasa (shallow) e profunda é arbitrária. A estampagem rasa geralmente se refere à conformação de um copo com profundidade menor do que a metade do seu diâmetro com pequena redução de parede. 
 Na estampagem profunda o copo é mais profundo do que a metade do seu diâmetro.
 Para melhorar o rendimento do processo, é importante que se tenha boa lubrificação. Com isto reduzem-se os esforços de conformação e o desgaste do ferramental. 
 Os óleos indicados normalmente são para extrema pressão, devendo garantir boa proteção contra a corrosão da chapa, ser de fácil desengraxe e não levar à oxidação do material (devido às reações de subprodutos dos gases formados no aquecimento do metal). 
 Geralmente, são óleos minerais com uma série de aditivos (Cl, Pb, P, gorduras orgânicas, etc.). 
Características
Estampos de Repuxo 
Prensa-chapas: 
- função de manter a chapa sob pressão para fazer com que esta deslize apenas para o interior da cavidade da matriz
Extrator que possibilita a saída da peça pela parte inferior do estampo 
Extrator que possibilita a saída da peça pela parte superior do estampo
Materiais para estampos 
Aço Cr-W com altos teores de carbono e de cromo 
Aço Mn-Cr-V com altos teores de carbono e manganês 
Aço Cr-Mo-V com altos teores de carbono e de cromo
Variáveis importantes 
• Força de sujeição 
Deve-se ainda estudar a pressão a ser aplicada no prensa-chapas: 
- se esta for muito pequena, surgem rugas nas laterais da peça; 
- se, por outro lado, for muito elevada, pode ocorrer a ruptura da peça na prensa. 
SPFs. 22)2( 4mMrdDS  400. .200)1max(20rtdP      
• Força de sujeição 
A força de sujeição é regulada segundo o aspecto da peça embutida: 
- Peça sem rugas e com aspecto brilhante: força correta 
- Superfície lisa e brilhante mas com traços/marcas no bordo da peça: força pequena 
- Estiramento do fundo antes de se completar o embutimento: força excessiva 
- Formação de rugas em um só lado do disco: força distribuída irregularmente sendo menor na região das rugas
Variáveis importantes 
• Folga entre punção e matriz 
 Na fabricação de peças por embutimento, tem que se levar em conta uma folga suficiente entre a matriz e o punção que permita o escoamento do material para o interior da matriz, sem que surjam tensões cisalhantes ocasionadas pelo atrito e que levem à ruptura do metal em prensa. 
 A folga corresponde ao valor da espessura do material mais um coeficiente determinado empiricamente.
Folgas pequenas: o material repuxado tende a estirar-se 
Folgas grandes 
Folga mal distribuída
Variáveis importantes 
• Velocidade de embutimento 
Aço inoxidável: 200 mm/s 
Aço doce: 280 mm/s 
Alumínio e ligas: 500 mm/s
Variáveis importantes 
• Lubrificação 
Aço inoxidável: Água grafitada 
Aço doce: Mistura com 25% grafite, 25% de sebo de boi derretido e 50% de óleo de toucinho 
Alumínio e ligas: Óleo grafitado ou vaselina
Diâmetro do blank - cálculo 
Para calcular o diâmetro do blank de peças cilíndricas simples, sem 
aba, utilizamos a fórmula: 
D d 4.d.h 2   
Para raio interno (ri) menor do que 10 mm 
Para ri  10 mm – Teorema de Guldin
Estágios de repuxo 
 Às vezes, o diâmetro do "blank“ é muito superior ao diâmetro da peça a estampar , sendo que esta deve atingir uma profundidade de copo muito elevada. 
 Nestes casos, a fabricação poderá exigir uma sequência de operações de estampagem, utilizando uma série de ferramentas, com diâmetros decrescentes (da matriz e do punção). 
 O número de operações depende do material da chapa e das relações entre o disco inicial (D) e os diâmetros das peças estampadas (d)
 Às A relação entre o diâmetro do blank (D) e o diâmetro do punção (d) é denominada Severidade do repuxo ou Grau Máximo de Embutimento (β0) 
Estágios de repuxo 
 A severidade máxima (β0 máx.) é a condição limite para determinar se o repuxo pode ser feito numa única operação. 
Se β0 ≤ β0 máx. - Uma operação de repuxo 
Se β0 > β0 máx. - Mais de uma operação de repuxo 
dD 0
Para se determinar o número de estágios, deve-se considerar uma redução de 40% do diâmetro do blank no primeiro estágio 
Nos demais, a redução deve ser de 20% até que se obtenha o diâmetro desejado
Diâmetro do blank - cálculo 
Para calcular o diâmetro do blank de peças cilíndricas simples, sem 
aba, utilizamos a fórmula: 
D d 4.d.h 2   
Para raio interno (ri) menor do que 10 mm 
Para ri  10 mm – Teorema de Guldin
Diâmetro do blank - cálculo 
Para ri  10 mm – Teorema de Guldin  mmSDSSssstt92.4.2113.121422. .7041168,784,18.2.128823.28.22/1' 2' 3' 2' 1                
Posição do centro de gravidade de algumas curvas
Estampabilidade dos Metais 
Estampabilidade é a capacidade que a chapa metálica tem de adquirir à forma de uma matriz, pelo processo de estampagem sem se romper ou apresentar qualquer outro tipo de defeito de superfície ou de forma. 
A capacidade de embutir está ligada diretamente à textura cristalina do material e esta à composição química, à estrutura da placa e às condições de processamento termomecânico (laminação a quente e a frio). 
A avaliação da estampabilidade de uma chapa metálica depende de muitos testes, tais como: ensaios simulativos (tipo Erichsen, Olsen, Fukui, etc.), ensaios de tração (obtendo-se o limite de escoamento e de resistência, o alongamento total até a fratura, o coeficiente de encruamento, os coeficientes de anisotropia normal e planar), ensaios de dureza, medida da rugosidade do material, metalografia, etc.
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DA ESTAMPAGEM 
–Há diferentes formas de se avaliar a capacidade de embutimento, sendo a mais usual e fácil via coeficiente de anisotropia normal médio, R 
Coeficiente de Anisotropia 
Por definição, o coeficiente de anisotropia ou coeficiente de Lankford ( R ) é a razão entre a deformação verdadeira na largura (w) e na espessura (t) de um CP de tração, após determinada deformação longitudinal pré-definida 
R = w / t
onde: r0o, r45o e r90o são os valores de r medidos a 0o , 45o e 90o com a direção de laminação. 
Este parâmetro indica a habilidade de uma certa chapa metálica resistir ao afinamento, quando submetida a forças de tração e/ou compressão, no plano. 
Anisotropia normal R : 
Maior R, melhor embutimento
–Uma forma mais representativa de avaliação é o método chamado LDR (Limit Drawing Ratio - Razão de Estampagem Crítica). 
LDRc = Dmax/dp 
> LDR - > profundidade
Um material isotrópico tem r =1 
Nos materiais para estampagem profunda um alto valor de r é desejado (maior resistência ao afinamento da chapa). 
A relação entre R e o LDR é mostrada no gráfico. Essa é definida como a máxima razão possível entre o diâmetro do ‘blank’ e do copo embutido, sem que ocorra falha.
Estampos de corte
Partes do estampo 
Conjunto superior 
Parte móvel do estampo 
(movimentos de sobe e desce) 
Fixada na prensa pela espiga
Espiga 
- Geralmente cilíndrica de aço 1020 a 1040 
- É presa no alojamento do cabeçote da prensa e sustenta o conjunto superior 
- Sua posição deve coincidir com o centro de todas as solicitações a que está sujeito os punções, evitando o empuxo lateral
Placa superior 
- Feita de aço 1020 a1030 
- Fixa a espiga e une, por meio de parafusos, a placa de choque e a placa porta punção
Placa de choque 
- Feita de aço 1060, temperado e revenido 
- Tem a função de receber os choques produzidos pelas cabeças dos punções no momento da operação, evitando a penetração dos mesmos na placa superior 
- espessura varia conforme o material a ser cortado
Placa porta-punções 
- Feita de aço 1020 a 1030 
- É fixada por parafusos e tem a função de sustentar punções, cortadores e cunhas
Punção 
Faca de avanço 
- Peça de aço com elevado teor de carbono 
- Executa o corte quando introduzido nas cavidades da matriz, dando forma ao produto 
- Pode ser simples ou com peças postiças 
- Punção cuja largura equivale ao passo da matriz 
- Usados em estampos progressivos para obter maior rapidez no trabalho
Conjunto inferior 
Partes do estampo 
Parte imóvel do estampo 
Fixada na base da prensa
Placa- guia 
-Função de guiar os punções e pilotos centradores nas cavidades cortantes da matriz 
- Aço 1020 ou 1030
Guias laterais 
- Função de guiar a tira de material a ser cortado
Placa matriz ou matriz 
- Possui cavidades que tem a mesma seção dos punções 
- Tem a função de reproduzir peças pela ação dos punções 
- Possui uma parte cônica nas arestas internas de corte para facilitar a passagem da peça 
- Podem ser inteiriças ou seccionadas
Placa matriz ou matriz 
- Serve de apoio à placa matriz e é fixada a ela por meio de parafusos e pinos guias 
- Possui cavidades com dimensão maior para facilitar a saída da peça já cortada pela parte inferior
Estampo misto
Prensa dobradeira 
Dobramento de perfis
Dobramento em prensas dobradeiras em várias operações
Dobramento em L - Estampo
Estampo para 
dobramento em U com ângulo
ESTAMPO MISTO
Anéis ou discos 
Punção 
Pré-forma
Exemplo:
Estampagem: Processos e Ferramentas para Conformação de Chapas

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Estampagem: Processos e Ferramentas para Conformação de Chapas

  • 2. O que é:  Processo de transformação mecânica que consiste em conformar um disco plano ("blank") à forma de uma matriz, pela aplicação de esforços transmitidos através de um punção. Na operação ocorrem : alongamento e contração das dimensões de todos os elementos de volume, em três dimensões. A chapa , originalmente plana, adquire uma nova forma geométrica
  • 3. Classificação dos processos  A Estampagem de chapas metálicas finas pode ser classificada através do tipo de operação empregada . Assim pode-se ter :  Estampagem profunda  Corte em prensa,  Estiramento  Dobramento
  • 4. Métodos de Conformação- Máquinas e Ferramentas  Máquinas: A maior parte da produção seriada de partes conformadas a partir de chapas finas é realizada em prensas mecânicas ou hidráulicas. Ferramental Acessório  As ferramentas básicas utilizadas em uma prensa de conformação de peças metálicas são o punção e a matriz.  O punção, normalmente o elemento móvel, é a ferramenta convexa que se acopla com a matriz côncava.  Como é necessário um alinhamento acurado entre a matriz e o punção, é comum mantê-los permanentemente montados em uma porta matriz, que pode ser rapidamente inserida na prensa.
  • 5. Ferramental Acessório  Geralmente, para evitar a formação de rugas na chapa a conformar usam-se elementos de fixação ou a ação de grampos para comprimir o "blank" contra a matriz.  A fixação é conseguida por meio de um dispositivo denominado anti-rugas ou prensa-chapas
  • 7. Ferramental para conformação progressiva  Freqüentemente, matrizes e punções são projetados para permitir que os estágios sucessivos de conformação de uma peça sejam efetuados na mesma matriz, a cada golpe da prensa. Este procedimento é conhecido como conformação progressiva.  Um exemplo é a matriz para recorte e perfuração de arruelas planas.
  • 8. Ferramental para conformação progressiva  A tira metálica é alimentada, deslizando até a primeira posição de corte. O furo da arruela é puncionado . Segue-se um segundo deslizamento, após o que a arruela é recortada. Durante o corte da arruela o punção executa o furo central da próxima peça.
  • 9. Ferramental para repuxamento  O repuxamento é um método empregado para a fabricação de fundos para tanques de aço e outras peças profundas de simetria circular.  O "blank" é fixado contra um bloco de modelagem que gira em alta velocidade. O “blank” é conformado progressivamente contra o bloco por intermédio de uma ferramenta manual ou através de roletes
  • 11. Etapas do corte: 1- Aparecimento de deformações plásticas em ambos os lados da chapa 2- Com o aumento da pressão, o material começa a trincar 3- As trincas se unem e separam a peça da chapa
  • 12. Corte de Chapas Características  Destina-se à obtenção de formas geométricas, a partir de chapas submetidas à ação de pressão exercida por um punção ou cunha de corte contra o material e a matriz.  Quando o punção ou a lâmina inicia a penetração na chapa, o esforço de compressão converte-se em esforço cisalhante (esforço cortante) provocando a separação brusca de uma porção da chapa.  No processo, a chapa é deformada plasticamente e levada até a ruptura nas superfícies em contato com as lâminas
  • 13. Características Corte de Chapas A aresta de corte apresenta em geral três regiões: uma rugosa (correspondente à superfície da trinca da fratura), uma lisa (formada pelo atrito da peça com as paredes da matriz) e uma região arredondada (formada pela deformação plástica inicial).
  • 14. Corte de Chapas Características  A qualidade das arestas cortadas não é a mesma das usinadas, entretanto quando as lâminas são mantidas afiadas e ajustadas é possível obter arestas aceitáveis para uma grande faixa de aplicações.  A qualidade das bordas cortadas geralmente melhora com a redução da espessura da chapa.
  • 15.  No corte por matriz e punção (“piercing” ou “blanking”) não existe uma regra geral para selecionar o valor da folga, pois são vários os parâmetros de influência.  A folga pode ser estabelecida com base em atributos, como: aspecto superficial do corte, imprecisões, operações posteriores e aspectos funcionais.  Se não houver nenhum atributo específico desejado para superfície do “blank”, a folga é selecionada em função da força mínima de corte. Corte de Chapas Características
  • 16. - Na figura podem ser identificados os parâmetros envolvidos no corte . Admite-se o cálculo simples da força pelo produto da área pela tensão de ruptura em cisalhamento. - Observe que a profundidade (s) adotada para este cálculo representa a penetração do punção na chapa no momento da ruptura. - A potência necessária para o corte é calculada pelo produto entre a força do punção e a velocidade da lâmina. Força e Potência de Corte
  • 17. Força e Potência de Corte OBSERVAÇÃO: - A força necessária para o corte pode ser bastante reduzida construindo-se as bordas da ferramenta em plano inclinado em relação ao plano da chapa, de maneira que apenas uma pequena fração do comprimento total do corte seja feita de uma só vez.
  • 18. - Dependendo do tipo de corte, são definidos diversos grupos de operações da prensa,conforme listagem abaixo: Tipos de Corte  A operação de corte é usada para preparar o material para posterior estampagem ("blank"). A parte desejada é cortada (removida) da chapa original.  A fabricação de furos em prensa (piercing ou punching) caracteriza uma operação de corte em que o metal removido é descartado.  A fabricação de entalhes (notching) nas bordas de uma chapa pode ser feita em prensa através do puncionamento destas regiões.  O corte por guilhotina é uma operação que não retira material da chapa metálica.  A rebarbação (trimming) é uma operação que consiste em aparar o material em excesso (rebarbas) da borda de uma peça conformada. A remoção de rebarbas de forjamento em matriz fechada é uma operação deste tipo.
  • 19. Dobramento Características  Nesta operação, a tira metálica é submetida a esforços aplicados em duas direções opostas para provocar a flexão e a deformação plástica, mudando a forma de uma superfície plana para duas superfícies concorrentes, em ângulo, com raio de concordância em sua junção.
  • 20.  A figura mostra os esforços atuantes e a forma adquirida por uma tira submetida a dobramento A fibra neutra não é tracionada nem comprimida A determinação de sua posição e do seu raio é importante no desenvolvimento linear da peça
  • 21. 2 . t r ri n    360 2. . . n d r L       2. . 360 1 2 L L L rn   L = L  1 + Ld + L2 Comprimento do Blank
  • 22. Raio de Dobramento  Para a operação de dobramento existe um raio de dobramento abaixo do qual o metal trinca na superfície externa. É o raio mínimo de dobramento, expresso geralmente em múltiplos da espessura da chapa.  Um raio de dobramento de 3t indica que o metal pode ser dobrado formando um raio de três vezes a espessura da chapa sem que haja o aparecimento de trincas. O raio mínimo de dobramento é portanto um limite de conformação, que varia muito para os diversos metais e sempre aumenta com a prévia deformação a frio do metal.  Alguns metais muito dúcteis apresentam raio mínimo de dobramento igual a zero. Isto significa que as peças podem ser achatadas sobre si mesmas, mas geralmente não se utiliza este procedimento para evitar danos no punção ou na matriz.
  • 23. Retorno elástico -Efeito mola  A operação de dobramento exige que se considere a recuperação elástica do material (efeito mola), para que se tenham as dimensões exatas na peça dobrada.  A recuperação elástica da peça será tanto maior quanto maior for o limite de escoamento, menor o módulo de elasticidade e maior a deformação plástica. Estabelecidos estes parâmetros, a deformação aumenta com a razão entre as dimensões laterais da chapa e sua espessura.
  • 24.  O efeito mola ocorre em todos os processos de conformação, mas no dobramento é mais facilmente detectado e estudado.  O raio de curvatura antes da liberação da carga ( Ro) é menor do que após a liberação ( Rf ). O efeito mola é representado pelo símbolo K .
  • 25. Características Estiramento  É a operação que consiste na aplicação de forças de tração, de modo a esticar o material sobre uma ferramenta ou bloco (matriz). Neste processo, o gradiente de tensões é pequeno, o que garante a quase total eliminação do efeito mola.  Como predominam tensões de tração, grandes deformações de estiramento podem ser aplicadas apenas para materiais muito dúcteis.
  • 26. Ferramental: O equipamento de estiramento consiste basicamente de um pistão hidráulico (usualmente vertical), que movimenta o punção. Duas garras prendem as extremidades da chapa. Na operação, não existe uma matriz fêmea. As garras podem ser móveis permitindo que a força de tração esteja sempre em linha com as bordas da chapa (figura). Garras fixas devem ser usadas somente para conformação de peças com grandes raios de curvatura, evitando-se com isto o risco de ruptura da chapa na região das garras
  • 27. Estampagem Profunda ou Embutimento Características  É o processo utilizado para fazer com que uma chapa plana (“blank”) adquira a forma de uma matriz (fêmea), imposta pela ação de um punção (macho). O processo é empregado na fabricação de peças de uso diário (pára-lamas, portas de carros; banheiras, rodas, etc.).  A operação de embutimento consiste em transformar uma chapa plana de espessura “t” num corpo côncavo. A Estampagem é o processo de conformação que imprime sobre uma chapa plana formas diversas através de deformações plásticas.
  • 28. Catalisador - Aço Inox 409 Tanque combustível - Aço inox 304
  • 29. –Os aços inox austeníticos se deformam basicamente por estiramento e os ferríticos por embutimento. Redução generalizada da espessura Estiramento
  • 30. Embutimento Objetiva-se a menor variação possível de espessura
  • 31.  No embutimento a espessura da chapa varia: - No centro do fundo é igual a espessura - próximos aos bordos do fundo, a espessura é menor do que a do blank - a espessura da paredes laterais aumentam a partir do bordo do fundo e pode chegar a 1,25 da espessura do disco.
  • 32. Estampagem Profunda ou Embutimento Características  A distinção entre estampagem rasa (shallow) e profunda é arbitrária. A estampagem rasa geralmente se refere à conformação de um copo com profundidade menor do que a metade do seu diâmetro com pequena redução de parede.  Na estampagem profunda o copo é mais profundo do que a metade do seu diâmetro.
  • 33.  Para melhorar o rendimento do processo, é importante que se tenha boa lubrificação. Com isto reduzem-se os esforços de conformação e o desgaste do ferramental.  Os óleos indicados normalmente são para extrema pressão, devendo garantir boa proteção contra a corrosão da chapa, ser de fácil desengraxe e não levar à oxidação do material (devido às reações de subprodutos dos gases formados no aquecimento do metal).  Geralmente, são óleos minerais com uma série de aditivos (Cl, Pb, P, gorduras orgânicas, etc.). Características
  • 34. Estampos de Repuxo Prensa-chapas: - função de manter a chapa sob pressão para fazer com que esta deslize apenas para o interior da cavidade da matriz
  • 35. Extrator que possibilita a saída da peça pela parte inferior do estampo Extrator que possibilita a saída da peça pela parte superior do estampo
  • 36. Materiais para estampos Aço Cr-W com altos teores de carbono e de cromo Aço Mn-Cr-V com altos teores de carbono e manganês Aço Cr-Mo-V com altos teores de carbono e de cromo
  • 37. Variáveis importantes • Força de sujeição Deve-se ainda estudar a pressão a ser aplicada no prensa-chapas: - se esta for muito pequena, surgem rugas nas laterais da peça; - se, por outro lado, for muito elevada, pode ocorrer a ruptura da peça na prensa. SPFs. 22)2( 4mMrdDS  400. .200)1max(20rtdP      
  • 38. • Força de sujeição A força de sujeição é regulada segundo o aspecto da peça embutida: - Peça sem rugas e com aspecto brilhante: força correta - Superfície lisa e brilhante mas com traços/marcas no bordo da peça: força pequena - Estiramento do fundo antes de se completar o embutimento: força excessiva - Formação de rugas em um só lado do disco: força distribuída irregularmente sendo menor na região das rugas
  • 39. Variáveis importantes • Folga entre punção e matriz  Na fabricação de peças por embutimento, tem que se levar em conta uma folga suficiente entre a matriz e o punção que permita o escoamento do material para o interior da matriz, sem que surjam tensões cisalhantes ocasionadas pelo atrito e que levem à ruptura do metal em prensa.  A folga corresponde ao valor da espessura do material mais um coeficiente determinado empiricamente.
  • 40.
  • 41. Folgas pequenas: o material repuxado tende a estirar-se Folgas grandes Folga mal distribuída
  • 42. Variáveis importantes • Velocidade de embutimento Aço inoxidável: 200 mm/s Aço doce: 280 mm/s Alumínio e ligas: 500 mm/s
  • 43. Variáveis importantes • Lubrificação Aço inoxidável: Água grafitada Aço doce: Mistura com 25% grafite, 25% de sebo de boi derretido e 50% de óleo de toucinho Alumínio e ligas: Óleo grafitado ou vaselina
  • 44. Diâmetro do blank - cálculo Para calcular o diâmetro do blank de peças cilíndricas simples, sem aba, utilizamos a fórmula: D d 4.d.h 2   Para raio interno (ri) menor do que 10 mm Para ri  10 mm – Teorema de Guldin
  • 45. Estágios de repuxo  Às vezes, o diâmetro do "blank“ é muito superior ao diâmetro da peça a estampar , sendo que esta deve atingir uma profundidade de copo muito elevada.  Nestes casos, a fabricação poderá exigir uma sequência de operações de estampagem, utilizando uma série de ferramentas, com diâmetros decrescentes (da matriz e do punção).  O número de operações depende do material da chapa e das relações entre o disco inicial (D) e os diâmetros das peças estampadas (d)
  • 46.  Às A relação entre o diâmetro do blank (D) e o diâmetro do punção (d) é denominada Severidade do repuxo ou Grau Máximo de Embutimento (β0) Estágios de repuxo  A severidade máxima (β0 máx.) é a condição limite para determinar se o repuxo pode ser feito numa única operação. Se β0 ≤ β0 máx. - Uma operação de repuxo Se β0 > β0 máx. - Mais de uma operação de repuxo dD 0
  • 47.
  • 48. Para se determinar o número de estágios, deve-se considerar uma redução de 40% do diâmetro do blank no primeiro estágio Nos demais, a redução deve ser de 20% até que se obtenha o diâmetro desejado
  • 49. Diâmetro do blank - cálculo Para calcular o diâmetro do blank de peças cilíndricas simples, sem aba, utilizamos a fórmula: D d 4.d.h 2   Para raio interno (ri) menor do que 10 mm Para ri  10 mm – Teorema de Guldin
  • 50. Diâmetro do blank - cálculo Para ri  10 mm – Teorema de Guldin  mmSDSSssstt92.4.2113.121422. .7041168,784,18.2.128823.28.22/1' 2' 3' 2' 1                
  • 51. Posição do centro de gravidade de algumas curvas
  • 52. Estampabilidade dos Metais Estampabilidade é a capacidade que a chapa metálica tem de adquirir à forma de uma matriz, pelo processo de estampagem sem se romper ou apresentar qualquer outro tipo de defeito de superfície ou de forma. A capacidade de embutir está ligada diretamente à textura cristalina do material e esta à composição química, à estrutura da placa e às condições de processamento termomecânico (laminação a quente e a frio). A avaliação da estampabilidade de uma chapa metálica depende de muitos testes, tais como: ensaios simulativos (tipo Erichsen, Olsen, Fukui, etc.), ensaios de tração (obtendo-se o limite de escoamento e de resistência, o alongamento total até a fratura, o coeficiente de encruamento, os coeficientes de anisotropia normal e planar), ensaios de dureza, medida da rugosidade do material, metalografia, etc.
  • 53. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DA ESTAMPAGEM –Há diferentes formas de se avaliar a capacidade de embutimento, sendo a mais usual e fácil via coeficiente de anisotropia normal médio, R Coeficiente de Anisotropia Por definição, o coeficiente de anisotropia ou coeficiente de Lankford ( R ) é a razão entre a deformação verdadeira na largura (w) e na espessura (t) de um CP de tração, após determinada deformação longitudinal pré-definida R = w / t
  • 54. onde: r0o, r45o e r90o são os valores de r medidos a 0o , 45o e 90o com a direção de laminação. Este parâmetro indica a habilidade de uma certa chapa metálica resistir ao afinamento, quando submetida a forças de tração e/ou compressão, no plano. Anisotropia normal R : Maior R, melhor embutimento
  • 55. –Uma forma mais representativa de avaliação é o método chamado LDR (Limit Drawing Ratio - Razão de Estampagem Crítica). LDRc = Dmax/dp > LDR - > profundidade
  • 56. Um material isotrópico tem r =1 Nos materiais para estampagem profunda um alto valor de r é desejado (maior resistência ao afinamento da chapa). A relação entre R e o LDR é mostrada no gráfico. Essa é definida como a máxima razão possível entre o diâmetro do ‘blank’ e do copo embutido, sem que ocorra falha.
  • 58.
  • 59. Partes do estampo Conjunto superior Parte móvel do estampo (movimentos de sobe e desce) Fixada na prensa pela espiga
  • 60. Espiga - Geralmente cilíndrica de aço 1020 a 1040 - É presa no alojamento do cabeçote da prensa e sustenta o conjunto superior - Sua posição deve coincidir com o centro de todas as solicitações a que está sujeito os punções, evitando o empuxo lateral
  • 61. Placa superior - Feita de aço 1020 a1030 - Fixa a espiga e une, por meio de parafusos, a placa de choque e a placa porta punção
  • 62. Placa de choque - Feita de aço 1060, temperado e revenido - Tem a função de receber os choques produzidos pelas cabeças dos punções no momento da operação, evitando a penetração dos mesmos na placa superior - espessura varia conforme o material a ser cortado
  • 63. Placa porta-punções - Feita de aço 1020 a 1030 - É fixada por parafusos e tem a função de sustentar punções, cortadores e cunhas
  • 64. Punção Faca de avanço - Peça de aço com elevado teor de carbono - Executa o corte quando introduzido nas cavidades da matriz, dando forma ao produto - Pode ser simples ou com peças postiças - Punção cuja largura equivale ao passo da matriz - Usados em estampos progressivos para obter maior rapidez no trabalho
  • 65. Conjunto inferior Partes do estampo Parte imóvel do estampo Fixada na base da prensa
  • 66. Placa- guia -Função de guiar os punções e pilotos centradores nas cavidades cortantes da matriz - Aço 1020 ou 1030
  • 67. Guias laterais - Função de guiar a tira de material a ser cortado
  • 68. Placa matriz ou matriz - Possui cavidades que tem a mesma seção dos punções - Tem a função de reproduzir peças pela ação dos punções - Possui uma parte cônica nas arestas internas de corte para facilitar a passagem da peça - Podem ser inteiriças ou seccionadas
  • 69. Placa matriz ou matriz - Serve de apoio à placa matriz e é fixada a ela por meio de parafusos e pinos guias - Possui cavidades com dimensão maior para facilitar a saída da peça já cortada pela parte inferior
  • 70.
  • 73. Dobramento em prensas dobradeiras em várias operações
  • 74. Dobramento em L - Estampo
  • 75. Estampo para dobramento em U com ângulo
  • 77. Anéis ou discos Punção Pré-forma
  • 78.
  • 79.
  • 80.
  • 81.
  • 82.
  • 83.