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Exportação, Pensando 2016
Diante da crise política e econômica que o Brasil tem passado durante o ano de 2015, juros
altos, taxas de inflação altas, forte queda no consumo interno e interrupções de contratos na
construção civil, e queda nos preços dos principais produtos brasileiros no mercado
internacional, queda acentuada da produção industrial e comercio, achamos que uma das
saídas a curto prazo é o pais planejar ações estratégicas para exportação de seus produtos.
Mesmo com um horizonte promissor para exportação considerando taxa atual do cambio
favorável a em torno de R$ 4,00, sabemos que não será fácil, pois todos nós conhecemos os
problemas e condições para os produtos brasileiros terem espaço nos mercados
internacionais. Pensando nos seguimentos de produtos manufaturados, não possuímos
competitividade, qualidade e preços internacionais, nossos preços são inchados com altas
cargas tributarias, preços administrados, como energia elétrica e custos e gargalos de logística
de transporte, processos ineficientes e burocráticos, falta de profissionais experientes para
atuar no mercado internacional, comerciantes, participação adequadas em feiras e exposições
internacionais, a situação do produto brasileiro é tão grave, que a meu ver, não conseguimos
competir em nosso próprio mercado com os produtos chineses, por outro lado precisamos
comprar produtos de melhor qualidade com melhores preços, já que não conseguimos
produzir aqui estes produtos, como eletrônicos, telefonia, maquinas etc, , assim como a
pratica de restrições técnicas e certificações em excessos, não contribui para o
desenvolvimento do mercado . Em grande parte estes problemas teriam sido equacionados se
a décadas tivéssemos implantados eficazmente as ZPE – Zonas de Processamento de
Exportação, com benefícios e foco na exportação, que não vingou até o momento por
protecionismos de setores empresarias contrários a competição das ZPEs e principalmente
para não incomodar a posição confortável isolada da Zona Franca de Manaus, que na verdade
atualmente é uma zona importadora.
Os políticos brasileiros precisam pensar e agir com consciência econômica, em sincronia com
os ensejos e necessidades da população brasileira, os reflexos da corrupção que assistimos
neste anos, ou como não dizer em décadas, que esta pratica somente deteriora e atrofia o
desenvolvimento de nossa sociedade econômica nacional, é uma vergonha nacional.
O mundo é global e interligados, com tecnologias a tempo real e simultânea, precisamos
melhor aproveitar o momento atual e colocar a disposição do mercado internacional nossos
produtos, trabalhando com planejamento para médio e longo prazo, mas é necessário aplicar
ações efetivas de imediato, precisamos expandir o leque de produtos exportáveis,
evidentemente também precisamos continuar exportando os produtos primários, como o
Minério de Ferro, Soja, Açucar, Milho, Carne Bovina e Frango, suco de laranja, papel & polpa,
e reconhecer ao percentual do agronegócio nas exportações brasileiras, todavia temos que
aproveitar este leque de produtos já consagrados na exportação, agregando valor aos
produtos básicos. A exemplo da queda dos preços do Petróleo no mercado internacional, seria
adequado pensarmos no desenvolvimentos de produtos desta cadeia de mercados para
exportar resinas plásticas, ou fomentar produção de matérias primas destinadas a produtos a
serem exportados, mas aqui precisamos de maquinas modernas encontradas em grande parte
na China, este tema é complexo, ou seja o mercado de petróleo, pois temos o Pre-sal.
È necessário que seja equacionado e alinhado tudo que influencia nossos produtos
manufaturados, para sermos competitivos no mercado internacional. Temos que definir fortes
estratégias para determinar mercados para nossos produtos como principalmente como
China, que por sinal quebrou a política de filho único, ampliando de imediato o mercado
potencial a curto prazo. Temos que encontrar espaços nos mercados como os Estados Unidos,
Mexico, Canada, Russia, estes mercados são de grande potencial de expansão dos nossos
produtos, todavia acho que podemos tentar encontrar caminhos para fornecer nossos
produtos para os países que estão sob migração política e econômica na Europa, esta
comprovado que países do Oriente Médio também possuem grande interesses nos produtos
brasileiros, assim como criar atuação eficaz na Argentina para aproveitar as mudanças políticas
econômicas naquele mercado atualmente.
Precisamos pensar e agir fora do quadrante determinado pelas relações regionais, onde o pais
fica restrito a negociações pouco dinâmicas em trocas comerciais, e fora dos grandes centros
comerciais. Acho que o pais possui todos os recursos econômicos e sociais para atingir um
status mais digno do que vem obtendo ate o momento, a insatisfação é notória da população,
não podemos ficar satisfeitos apenas com os novos Transatlânticos que estão aportando em
nosso pais ensolarado, belas praias, carnaval, e até mesmo com o futebol, que pelos
resultado da copa do mundo mostrou que precisamos melhorar e muito.
No médio prazo o Brasil precisa pensar em uma política industrial para exportação,
consequentemente melhora na política industrial regular, do contrario vamos perder nossos
mercados como os da siderurgia, estamos aumentando as importações de aços da China,
reduzindo a produção local e perdendo mercados, e desequilibrando os mercados de
construção naval e civil. Podemos perder mercados e desestruturar outros como o do açúcar e
álcool, e biodiesel, com o fechamento de usinas registradas, e o mercado de serviços e geração
de energia elétrica, este ultimo essencial para suportar uma nova política industrial. Não
adianta se iludir atualmente já compramos da China todo tipo de produto manufaturado, e a
tendência é aumentar ainda mais os volumes e tipos de produtos, dificultando ainda mais a
venda dos produtos nacionais, mas não para por ai, pois competir com a China nos mercados
internacionais faz parte de nossos desafios para venda lá fora dos produtos brasileiros.
Conquistar mercados internacionais para exportação brasileiras é imperativo no momento, e
posteriormente mantê-los, o pais possui uma grande quantidade de empresas multinacionais
centenárias que podem contribuir com estes objetivos, considerando que podem alinhar suas
compras internacionais de nossos produtos em diversos mercados difíceis de penetrar pelos
caminhos normais, neste sentido é necessário criar política de alinhamento de interesses com
associações de classes, governo e estas multinacionais, equação difícil, mas não impossível .
Sds. SP 28/12/15.
Anderson Sina
Trader & Consultor em Comercio Exterior.
Email: sina@sinatrader.com.br
Skype: sinatrader
Tel/whatsapp: +55 11 982901303

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Exportação, Pensando 2016

  • 1. Exportação, Pensando 2016 Diante da crise política e econômica que o Brasil tem passado durante o ano de 2015, juros altos, taxas de inflação altas, forte queda no consumo interno e interrupções de contratos na construção civil, e queda nos preços dos principais produtos brasileiros no mercado internacional, queda acentuada da produção industrial e comercio, achamos que uma das saídas a curto prazo é o pais planejar ações estratégicas para exportação de seus produtos. Mesmo com um horizonte promissor para exportação considerando taxa atual do cambio favorável a em torno de R$ 4,00, sabemos que não será fácil, pois todos nós conhecemos os problemas e condições para os produtos brasileiros terem espaço nos mercados internacionais. Pensando nos seguimentos de produtos manufaturados, não possuímos competitividade, qualidade e preços internacionais, nossos preços são inchados com altas cargas tributarias, preços administrados, como energia elétrica e custos e gargalos de logística de transporte, processos ineficientes e burocráticos, falta de profissionais experientes para atuar no mercado internacional, comerciantes, participação adequadas em feiras e exposições internacionais, a situação do produto brasileiro é tão grave, que a meu ver, não conseguimos competir em nosso próprio mercado com os produtos chineses, por outro lado precisamos comprar produtos de melhor qualidade com melhores preços, já que não conseguimos produzir aqui estes produtos, como eletrônicos, telefonia, maquinas etc, , assim como a pratica de restrições técnicas e certificações em excessos, não contribui para o desenvolvimento do mercado . Em grande parte estes problemas teriam sido equacionados se a décadas tivéssemos implantados eficazmente as ZPE – Zonas de Processamento de Exportação, com benefícios e foco na exportação, que não vingou até o momento por protecionismos de setores empresarias contrários a competição das ZPEs e principalmente para não incomodar a posição confortável isolada da Zona Franca de Manaus, que na verdade atualmente é uma zona importadora. Os políticos brasileiros precisam pensar e agir com consciência econômica, em sincronia com os ensejos e necessidades da população brasileira, os reflexos da corrupção que assistimos neste anos, ou como não dizer em décadas, que esta pratica somente deteriora e atrofia o desenvolvimento de nossa sociedade econômica nacional, é uma vergonha nacional. O mundo é global e interligados, com tecnologias a tempo real e simultânea, precisamos melhor aproveitar o momento atual e colocar a disposição do mercado internacional nossos produtos, trabalhando com planejamento para médio e longo prazo, mas é necessário aplicar ações efetivas de imediato, precisamos expandir o leque de produtos exportáveis, evidentemente também precisamos continuar exportando os produtos primários, como o Minério de Ferro, Soja, Açucar, Milho, Carne Bovina e Frango, suco de laranja, papel & polpa, e reconhecer ao percentual do agronegócio nas exportações brasileiras, todavia temos que aproveitar este leque de produtos já consagrados na exportação, agregando valor aos produtos básicos. A exemplo da queda dos preços do Petróleo no mercado internacional, seria adequado pensarmos no desenvolvimentos de produtos desta cadeia de mercados para exportar resinas plásticas, ou fomentar produção de matérias primas destinadas a produtos a serem exportados, mas aqui precisamos de maquinas modernas encontradas em grande parte na China, este tema é complexo, ou seja o mercado de petróleo, pois temos o Pre-sal.
  • 2. È necessário que seja equacionado e alinhado tudo que influencia nossos produtos manufaturados, para sermos competitivos no mercado internacional. Temos que definir fortes estratégias para determinar mercados para nossos produtos como principalmente como China, que por sinal quebrou a política de filho único, ampliando de imediato o mercado potencial a curto prazo. Temos que encontrar espaços nos mercados como os Estados Unidos, Mexico, Canada, Russia, estes mercados são de grande potencial de expansão dos nossos produtos, todavia acho que podemos tentar encontrar caminhos para fornecer nossos produtos para os países que estão sob migração política e econômica na Europa, esta comprovado que países do Oriente Médio também possuem grande interesses nos produtos brasileiros, assim como criar atuação eficaz na Argentina para aproveitar as mudanças políticas econômicas naquele mercado atualmente. Precisamos pensar e agir fora do quadrante determinado pelas relações regionais, onde o pais fica restrito a negociações pouco dinâmicas em trocas comerciais, e fora dos grandes centros comerciais. Acho que o pais possui todos os recursos econômicos e sociais para atingir um status mais digno do que vem obtendo ate o momento, a insatisfação é notória da população, não podemos ficar satisfeitos apenas com os novos Transatlânticos que estão aportando em nosso pais ensolarado, belas praias, carnaval, e até mesmo com o futebol, que pelos resultado da copa do mundo mostrou que precisamos melhorar e muito. No médio prazo o Brasil precisa pensar em uma política industrial para exportação, consequentemente melhora na política industrial regular, do contrario vamos perder nossos mercados como os da siderurgia, estamos aumentando as importações de aços da China, reduzindo a produção local e perdendo mercados, e desequilibrando os mercados de construção naval e civil. Podemos perder mercados e desestruturar outros como o do açúcar e álcool, e biodiesel, com o fechamento de usinas registradas, e o mercado de serviços e geração de energia elétrica, este ultimo essencial para suportar uma nova política industrial. Não adianta se iludir atualmente já compramos da China todo tipo de produto manufaturado, e a tendência é aumentar ainda mais os volumes e tipos de produtos, dificultando ainda mais a venda dos produtos nacionais, mas não para por ai, pois competir com a China nos mercados internacionais faz parte de nossos desafios para venda lá fora dos produtos brasileiros. Conquistar mercados internacionais para exportação brasileiras é imperativo no momento, e posteriormente mantê-los, o pais possui uma grande quantidade de empresas multinacionais centenárias que podem contribuir com estes objetivos, considerando que podem alinhar suas compras internacionais de nossos produtos em diversos mercados difíceis de penetrar pelos caminhos normais, neste sentido é necessário criar política de alinhamento de interesses com associações de classes, governo e estas multinacionais, equação difícil, mas não impossível . Sds. SP 28/12/15. Anderson Sina Trader & Consultor em Comercio Exterior. Email: sina@sinatrader.com.br Skype: sinatrader Tel/whatsapp: +55 11 982901303