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O Mercador 
de 
Veneza
Grupo: 
Bruna Hadje 
Caroline Goulart 
Gabriela Cafrune 
Rosemeri Andrade
A usura foi o único meio que os judeus 
acharam para SOBREVIVER, a esta 
sociedade tão cruel, e individualista. 
Os judeus não tinham direito à propriedade, 
mesmo que tenham garantido a 
propriedade própria, mas em guetos. 
A usura nesse caso não entra questão. 
Shylock, não agiu de má-fé, visto que, por 
ser judeu, foi maltratado, humilhado, 
desprezado, pelos cristãos, inclusive por 
Antonio. E mesmo assim em um ato de boa 
fé, compaixão e piedade, emprestou a 
Antonio os ducados necessários.
O contrato foi estabelecido entre Shylock e Antônio 
de livre e espontânea vontade, tendo Antônio aceito 
as condições de garantia para o pagamento da 
dívida. 
Posto que Contrato é o acordo de duas ou mais 
vontades, na conformidade da ordem jurídica, 
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Foi no Código Civil Francês, o Código de Napoleão 
de 1804 que a teoria jurídica dos contratos consagra-se 
em toda sua plenitude o dogma da autonomia 
privada, ou seja, qualquer contrato aceito pela 
vontade individual seria dotado de ação e garantia, 
criando, desta maneira, lei entre os contratantes. 
O referido contrato, foi feito dentro das 
conformidades civis cabíveis para que o mesmo 
exista, esse contrato, é possível, determinado e 
determinável, e há o vinculo jurídico entre as duas 
partes, sendo assim o devedor não poderá libertar-se 
da obrigação sem cumpri-la.
Antonio, não cumpre o que foi dito e tratado, 
desrespeitando a moral e a legislação, 
colocando em risco a segurança jurídica de 
Veneza. 
No momento que Antonio aceita o contrato 
ele sabe de suas conseqüências e do que 
causaria isso a Veneza, se ele aceitou o 
contrato ele mesmo não estaria colocando 
em risco a segurança jurídica de Veneza? 
Dizer que Antonio não quis ofender a 
segurança jurídica de Veneza é o mesmo 
que dizer que ele não conhecia as leis, e por 
mais que seja leigo em Direito, todos sabem 
que ninguém pode alegar desconhecimento 
das leis. 
Não permitir que Shylock cobre de seu 
devedor a multa, seria como desgraçar a lei, 
assim as leis de Veneza perdem sua força e 
eficácia
Se na lei Veneziana fica dito: 
que quando um estrangeiro, por caminhos 
frontais ou indiretos, buscou privar de vida 
um cidadão, aquele contra quem ele tramou, 
ficará com a metade de seus bens, 
revertendo ao Estado a outra metade, 
enquanto que a vida do culpado, só será 
salva por mercê do duque;
Requerer: 
Cobrança a Antonio por danos morais a Shylock, pela humilhação e 
desrespeito que Antonio teve com Shylock, e ainda pelo 
descumprimento do contrato. 
Nulidade do contrato
Os Judeus eram considerados 
homens abomináveis apenas 
por não seguir alguns preceitos 
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Mercador de Veneza

  • 1. O Mercador de Veneza
  • 2. Grupo: Bruna Hadje Caroline Goulart Gabriela Cafrune Rosemeri Andrade
  • 3.
  • 4. A usura foi o único meio que os judeus acharam para SOBREVIVER, a esta sociedade tão cruel, e individualista. Os judeus não tinham direito à propriedade, mesmo que tenham garantido a propriedade própria, mas em guetos. A usura nesse caso não entra questão. Shylock, não agiu de má-fé, visto que, por ser judeu, foi maltratado, humilhado, desprezado, pelos cristãos, inclusive por Antonio. E mesmo assim em um ato de boa fé, compaixão e piedade, emprestou a Antonio os ducados necessários.
  • 5.
  • 6. O contrato foi estabelecido entre Shylock e Antônio de livre e espontânea vontade, tendo Antônio aceito as condições de garantia para o pagamento da dívida. Posto que Contrato é o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesses entre as partes. Foi no Código Civil Francês, o Código de Napoleão de 1804 que a teoria jurídica dos contratos consagra-se em toda sua plenitude o dogma da autonomia privada, ou seja, qualquer contrato aceito pela vontade individual seria dotado de ação e garantia, criando, desta maneira, lei entre os contratantes. O referido contrato, foi feito dentro das conformidades civis cabíveis para que o mesmo exista, esse contrato, é possível, determinado e determinável, e há o vinculo jurídico entre as duas partes, sendo assim o devedor não poderá libertar-se da obrigação sem cumpri-la.
  • 7. Antonio, não cumpre o que foi dito e tratado, desrespeitando a moral e a legislação, colocando em risco a segurança jurídica de Veneza. No momento que Antonio aceita o contrato ele sabe de suas conseqüências e do que causaria isso a Veneza, se ele aceitou o contrato ele mesmo não estaria colocando em risco a segurança jurídica de Veneza? Dizer que Antonio não quis ofender a segurança jurídica de Veneza é o mesmo que dizer que ele não conhecia as leis, e por mais que seja leigo em Direito, todos sabem que ninguém pode alegar desconhecimento das leis. Não permitir que Shylock cobre de seu devedor a multa, seria como desgraçar a lei, assim as leis de Veneza perdem sua força e eficácia
  • 8.
  • 9. Se na lei Veneziana fica dito: que quando um estrangeiro, por caminhos frontais ou indiretos, buscou privar de vida um cidadão, aquele contra quem ele tramou, ficará com a metade de seus bens, revertendo ao Estado a outra metade, enquanto que a vida do culpado, só será salva por mercê do duque;
  • 10. Requerer: Cobrança a Antonio por danos morais a Shylock, pela humilhação e desrespeito que Antonio teve com Shylock, e ainda pelo descumprimento do contrato. Nulidade do contrato
  • 11.
  • 12. Os Judeus eram considerados homens abomináveis apenas por não seguir alguns preceitos cristãos. DISCRIMINAÇÃO DESIGUALDADE DESRESPEITO INJUSTO IMORAL