1. A congregação quer ouvir a história de Cristo e como ela é relevante para trazer luz às trevas e conselho aos necessitados.
2. Eles querem saber que o pastor ama esta história e é fascinado por ela, assim como desejam ser.
3. Desejam ver o amor puro e forte de Deus revelado através da história do Natal.
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A HISTÓRIA DE CRISTO.
(NC 226)
Conta-me a história de Cristo,
Grava-a no meu coração!
Conta-me a história inaudita
De graça, paz e perdão.
Conta como ele, encarnado,
Veio no mundo morar;
Aos pecadores indignos,
De Deus o amor revelar.
Conta como ele, bondoso,
Nunca a ninguém rejeitou!
Como, de mãos estendidas,
Todos a si convidou!
Como não pode o bom Mestre
Seja a quem for rejeitar,
Se, convencido e contrito,
O seu convite aceitar!
Conta-me quando, no monte,
Sobre a cidade chorou,
Pois, orgulhosa e rebelde,
O seu amor rejeitou.
Conta como ele ainda chora
Sobre os que seguem o mal,
E, endurecidos, resistem
Ao seu amor divinal.
Conta-me as duras afrontas
Que mansamente sofreu!
Como na cruz, levantado,
Ele por ímpios morreu!
Dá-me o viver na certeza
De que foi mesmo por mim,
Que seu amor inefável
Não tem mudança nem fim.
(F. J. Crosby – H. M. Wright)
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Eu amo o Natal. Eu gosto das músicas e da pompa, do espírito no ar, dos
alimentos e das decorações, da alegria, e acima de tudo, como ministro do
Evangelho, eu amo a oportunidade de contar a velha história mais uma vez.
Não importa o quanto gostamos da história do Natal, nesta época ela
parece retornar com maior força.
Quanto aos ministros, depois de algumas séries de sermões de todos os
aspectos do que você possa pensar sobre o Natal – a aparição do anjo a
Maria, os pastores, a história de José, os Reis Magos e Herodes, até mesmo
Simeão e Ana – você corre o risco de ficar sem assunto.
E agora? O que fazer? Reciclar algum sermão antigo? Assistir algum filme
sobre o Natal? Procurar um estudo na internet em busca de algum ponto
de vista que você não tenha mostrado antes ou de algumas dicas para
produzir um sermão novo? A máquina de ouvir sermões tem um apetite
voraz, tal qual uma forrageira!
Às vezes fazemos isso nem tanto pelo povo, mas por nós mesmos. Sentimos
uma necessidade de trazer mais animação sobre a mesma história crendo que
perspectivas inovadoras vão nos ajudar a prender a atenção do auditório.
Há uma maneira melhor. Saia do seu escritório.
Vá a um abrigo. Visite uma casa para mulheres maltratadas e filhos
dependentes. Seja voluntário numa ONG que distribua sopa. Ajude
adolescentes problemáticos. Visite uma prisão, uma casa de recuperação.
Passe uma hora na presença de pessoas que sofrem de desânimo. E sim,
desânimo, é doença.
Antes de sair, sente-se no seu carro por meia hora e reflita sobre as palavras
do anjo que disse a um grupo de pastores numa noite: “...trago boa-nova
de grande alegria, que o será para todo o povo...”. Entendeu? Grande
alegria, que será para todas as pessoas.
Que boa notícia você tem a oferecer as pessoas que você irá conhecer? “É
que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”.
Há um Salvador, Seu nome é Jesus, e Ele está aqui, agora, neste lugar. Não
há melhor notícia.
Você só precisava vê-la através de outros olhos.
As pessoas que compõem a sua congregação não exigem nada de novo de
você sobre a história do Natal nesta época ou qualquer outra. Eles se
contentam em ouvir a velha história em toda a sua magnificência. E você
pode fazer isso.
Aqui está o que eles querem, juntamente com uma ou duas sugestões de
como fazê-lo:
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1. ELES QUEREM SABER MAIS UMA VEZ QUE ESTA HISTÓRIA É RELEVANTE, que é
realmente uma boa notícia do céu.
Quando o famoso compositor alemão Georg Friedrich Händel (1685 – 1759) foi
reunir as várias facetas dessa história gloriosa no que se tornou seu “Messias”
(1741), para dar-lhe contexto ele sabiamente retornou ao Antigo Testamento:
“O povo que andava em trevas viu grande luz”. Ele estava citando Isaías 9:2.
Conhece alguém em trevas? Então, brilhe a luz de Cristo, pastor.
“Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro...” (Isaías 9:6). Você conhece alguém
precisando de um maravilhoso conselho em sua vida? Jesus é o remédio do
céu para o desânimo.
“Conta-me as duras afrontas
Que mansamente sofreu!
Como na cruz, levantado,
Ele por ímpios morreu!
De que foi mesmo por mim,
Que seu amor inefável
Não tem mudança nem fim”.
2. AS PESSOAS NOS BANCOS QUEREM SABER QUE VOCÊ AMA ESTA HISTÓRIA e é tão
fascinada por ela como quer que eles sejam.
Olhe para a mulher chorando que banha os pés do Senhor em suas lágrimas e
unge a Sua cabeça com fragrância cara. Por que ela o ama assim? (A história e
a resposta são encontradas em Lucas 7:36-50). Só quem conhece a resposta
dela e vê seu reflexo em sua própria vida pode apreciar o que Deus fez por nós
em Cristo começando naquela noite em Belém.
Outraformadedizeristoé:amenosquevocêsevejacomoumpecador,merecedor
do inferno, que foi pego, resgatado e regado com o amor e a misericórdia de Deus,
você não tem nada a dizer sobre o Natal. Se você se vê assim, então tem muito a
dizer.
Conta-me quando, no monte,
Sobre a cidade chorou,
Pois, orgulhosa e rebelde,
O seu amor rejeitou.
Conta como ele ainda chora
Sobre os que seguem o mal,
E, endurecidos, resistem
Ao seu amor divinal.
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3. AS PESSOAS NOS BANCOS QUEREM VER O AMOR DE DEUS em toda a sua pureza
e força original. Mostre a elas.
Algo neles quer ver o amor de Deus como algo sentimental, mas nem sempre
você tem permitido.
Cabe a você, ministro do Evangelho, descascar as camadas de trivialidades em
que o amor de Deus foi enterrado e mostrar as pessoas nos bancos que tal
amor de nosso Criador é a maior força do mundo e única esperança da
humanidade.
Para conseguir isso você vai ter de recuperar a força e a doçura da história
original.
Para isso, não há substituto de ir ao Salvador e sentado aos Seus pés e esperar
n’Ele em adoração e amor.
“Conta como ele, bondoso,
Nunca a ninguém rejeitou!
Como, de mãos estendidas,
Todos a si convidou!
Como não pode o bom Mestre
Seja a quem for rejeitar,
Se, convencido e contrito,
O seu convite aceitar!”
4. ELES QUEREM OUVIR TODOS OS ASPECTOS DESTA HISTÓRIA – pastores, magos e
manjedoura – como se nunca a tivessem ouvido antes.
Torne-a atual. Torne a vivê-la novamente.
Como se faz isso? Sei apenas uma maneira.
Volte-se para o Pai em seu estudo, com as portas trancadas e o telefone
desligado, e adore-o. Leia esta Palavra e ore sobre ela, em seguida, sente-se
em silêncio diante d’Ele. Leia um pouco mais, ore, em seguida, fique quieto.
Tente não olhar para o seu relógio ou celular. Perca a noção do tempo com o
seu Senhor, pastor.
Mais uma coisa. Quando você subir ao púlpito, no dia da pregação, não tente
recriar a emoção que você sentiu em seu estudo quando você orou e chorou,
quando você se sentiu profundamente diante do Senhor e talvez até mesmo
agonizou. Isso era algo particular entre você e o Mestre. Tente manter-se fora
do caminho para que os adoradores sentados diante de você possam vê-Lo e
amá-Lo também.
Assim, apenas conte a história.
Ame-o, mas respeite a história.
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5. ELES QUEREM SABER SE VOCÊ REVERENCIA ESSA HISTÓRIA, se você a vê como
mais verdadeira e mais santa do que qualquer outra coisa em todo o mundo.
Eles saberão. Eles percebem através de tudo o que você faz e diz, nos seus
maneirismos, na maneira de olhar e falar, e, claro, nas suas próprias palavras.
Proteja-se contra a tolice de querer sempre tentar insinuar que esta história é
para as crianças. Não podemos cometer esse absurdo. Precisamos contar a
história. Ela é forte o suficiente para converter o coração da criança, mas
também do adulto.
Ame a história, e ajude seu povo a amá-la.
Conte como os anjos em coro cantaram, como eles se alegraram com o
nascimento de Cristo:
Conta-me a história de Cristo,
Grava-a no meu coração!
Conta-me a história inaudita
De graça, paz e perdão.
Conta como ele, encarnado,
Veio no mundo morar;
Aos pecadores indignos,
De Deus o amor revelar.
Pastor, sua congregação não está procurando ou esperando nada de novo de
você neste ano para o Natal. Será o suficiente mostrar-lhes a preciosidade do
que eles já possuem em Jesus Cristo.
Feliz Natal!
Rev. Giovanni M. Guimarães
Igreja Presbiteriana do Brasil