O autor descreve como não se sente seguro vivendo em sua cidade natal devido à violência e criminalidade. Ele questiona onde estavam os políticos durante um recente tiroteio que matou três pessoas e afirma que o aumento da vigilância policial não tem resolvido o problema da insegurança. O autor expressa o desejo de voltar ao ventre de sua mãe, o único lugar onde se sentia seguro, e a necessidade de acabar com a complacência do governo em relação à criminalidade.
1. Do ventre à prisão urbana
Moro até hoje em minha cidade natal, mas é necessário estar
realmente preparado para viver nessas circunstâncias arrebatadoras.
Literalmente não estou preso do ponto de vista judiciário, mas quem
pensa que grades protegem o povo, estão muito enganados. As
grades verdadeiras são as que estão na frente de nossas casas, o
medo se espalha pela vizinhança, os portões mostram que tipo de
segurança a população desfruta.
Em acontecimentos recentes como a tragédia onde ocorreu um
assalto em que três pessoas foram baleadas várias vezes e morreram
recebendo socorro do resgate. Me pergunto nessas épocas de
eleição, onde estão as pessoas em que confio meu voto quando
necessitamos mais?
Mas nem todos dividem essa crença na insegurança. Acreditam que
isso é normal e que o governo tenta solucionar aumentando a
vigilância e policiais pelas ruas com a sua atenção focada na
população e seu bem-estar.
Mas esse "suposto" esforço serviu para salvar essas pessoas do
assassinato a sangue frio? Onde estavam os "benditos" na hora
crítica? Insegurança, medo e outros sentimentos rondam todos os
vizinhos e não só os meus, mas muitos da população brasileira
sofrem com esse mal comutativo.
Do ventre da minha mãe à insegurança aqui neste mundo. Gostaria
de voltar ao único local onde me sentia seguro, o lugar de onde
nunca deveria ter saído, do amor que me acolhia do medo e da
desigualdade, o lugar onde fui fecundado, o ventre de minha mãe
querida. Mas já que esse não é o remédio, não podemos nos
acostumar, temos de acabar com o comodismo do governo que nos
cerca, temos de fazer a diferença.
Anderson Gama – 3º A
EE BRAZÍLIA TONDI DE LIMA