2. Qualidade em projetos: por que você deve se
preocupar?
A razão de existência de qualquer empresa é o cliente, e, por isso, satisfazê-
lo deve ser o principal objetivo da sua equipe. Para atingir esse resultado, é
fundamental primar pela qualidade em projetos, que nada mais é do que o quanto
a proposta é capaz de atender aos requisitos e satisfazer o usuário final do
produto ou serviço.
3. Não é incomum o projeto estar em conformidade com as exigências levantadas, mas, no
entanto, não suprir as necessidades do cliente. Prezar pela boa qualidade em projetos é importante
não só para satisfazer o seu público-alvo, mas também para melhorar o desenho e diminuir o índice
de retrabalho, a fim de que o resultado seja coerente com as exigências solicitadas.
4. O que é um projeto arquitetônico de
qualidade?
A qualidade de projetos está associada à percepção de cada individuo, e
diversos fatores como necessidade e expectativa influenciam nesta percepção.
Em muitos casos a qualidade percebida na entrega dos projetos arquitetônicos
esta implícita na subjetividade da beleza e de fatores estéticos, entretanto, outros
fatores como escopo, tempo e custo precisam ser balanceados para que o fator
qualidade seja realmente atingido.
5. Atender as necessidades implícitas e explícitas do Cliente (Escopo)
Ser concluído no tempo programado (Prazo)
Ter o preço e custos compatíveis (Custo)
A qualidade do projeto é afetada pelo equilíbrio desses três fatores, cujo
relacionamento é tal, que se um desses fatores muda pelo menos outro fator
provavelmente será afetado.
Afinal de contas, um produto ou serviço de qualidade, segundo a ótica do
gerenciamento de projetos, deve ter os seguintes critérios atendidos
6. Análise dos critérios de Gerenciamento de
Projetos em Pequenos e Médios escritórios de
Arquitetura
Foi com o objetivo de analisar como anda o gerenciamento do tempo, custo e
escopo nos micro e pequenos escritórios de arquitetura de São Paulo e Minas
Gerais que a Alvarenga Neto fez uma pesquisa envolvendo 67 empresas. Para
organizar esta pesquisa separamos os escritórios analisados em três grupos
distintos, conforme o número de funcionários:
Grupo 1 – Escritórios que possuem de 1 a 5 funcionários;
Grupo 2 – Escritórios que possuem de 5 a 15 funcionários;
Grupo 3 – Escritórios que possuem mais de 15 funcionários.
7. Tema: Gerenciamento do Tempo de Projetos
Questão: Consigo entregar o projeto no tempo programado
8. Tema: Gerenciamento do Custo de Projetos
Questão: Consigo obter lucro no final do projeto
9. Tema: Gerenciamento do Escopo de Projetos
Questão: Tenho retrabalho devido ao escopo do projeto mal definido
Observação: Nota-se que o Grupo 3 destaca-se quanto a retrabalhos devido a má
definição e/ou mudanças no escopo. Estes escritórios precisam atentar-se a este ponto,
já que grande parte do insucesso dos projetos está ligada ao escopo mal definido.
10. Conclusões sobre Qualidade e Gerenciamento de
Projetos em escritórios de Arquitetura
Terminar no prazo acordado, com o custo combinado e da forma como o
cliente deseja é o que se espera de qualquer projeto, porém este não é um desafio
fácil de ser cumprido.
Grande parte dos escritórios consultados apresentam falhas quanto ao
gerenciamento do tempo, custo e escopo dos projetos. A falta de organização e
criação de processos são fatores que contribuem para este resultado.
11. Recomendações para melhoria da qualidade de
projetos em escritórios de arquitetura
Um bom gerenciamento do escopo, incluindo tarefas de detalhamento,
execução e controle, para garantir assim a execução tranquila do projeto sem
discussões sobre o que está ou não incluso, culminando então na satisfação
do cliente, uma vez que aumenta a probabilidade de entrega dentro do prazo,
dos custos previstos e com a qualidade acordada;
Gerenciamento dos custos de forma adequada, entendendo os custos dos
projetos, e contabilizando as horas gastas em cada um;
Gerenciamento do tempo (cronograma), planejando , executando e
controlando o cronograma de acordo com os recursos alocados.
Erica Tavares - Alvarenga Neto - SP
12. O que é Programa de Necessidades?
O Programa de Necessidades é o conjunto de informações sociais e funcionais dos
habitantes e usuários de um determinado espaço arquitetônico. Seu objetivo principal é ser o
suporte inicial para o seguimento do projeto arquitetônico.
O programa de necessidades possui importância significativa para começar o projeto, pois é
com base na coleta de informações realizadas nele, que se torna possível elaborar
o anteprojeto que deve considerar desde os gostos e estilos pessoais dos clientes até o
orçamento acessível.
13. Qual a importância de elaborar um
programa de necessidades?
Como já sabemos, o programa de necessidades é primordial para as fases iniciais do projeto,
pois é por meio dele que são tomadas as decisões cruciais para o encaminhamento do projeto.
Assim, o programa de necessidades se estabelece como a demonstração das necessidades dos
clientes e suas expectativas futuras em relação a obra em questão.
14. Qual a diferença entre o Briefing e o
programa de necessidades?
O Briefing e o programa de necessidades são dois termos constantemente
empregados durante o processo de obtenção de informações dos clientes para o
desenvolvimento de algum projeto. Apesar disso, os dois termos não significam
exatamente a mesma coisa.
• Os hábitos dos clientes;
• Número de pessoas que habitam ou usarão o projeto;
• Gostos pessoais e hobbies;
• Desejos e necessidades;
• Dentre outros questionamentos.
O Briefing consiste em uma reunião inicial entre o Arquiteto ou Designer com o
cliente.
15. Programa de Necessidades
Já o programa de necessidades ocorre após a definição do perfil do cliente, que é alcançada a
partir do Briefing. É através do programa de necessidades que serão definidos os ambientes e
outras informações referentes a composição do projeto arquitetônico.
Geralmente ele ocorre em forma de tabelas com descrições dos ambientes e suas dimensões.
Desse modo, é possível perceber que o Briefing e o programa de necessidades estabelecem
uma relação de dependência entre si, pois para que se torne possível o desenvolvimento do
programa de necessidades é necessário que ocorra o Briefing previamente.
16. Quais as informações a se considerar em
um programa de necessidades?
Orçamento disponível
A disponibilidade orçamentaria é uma informação essencial para montar o
programa de necessidades. É a partir do orçamento que o arquiteto pode prever o
que poderá ou não ter no projeto de acordo com os anseios do cliente.
17. Quais as informações a se considerar em
um programa de necessidades?
Prazos para projeto e para execução
Saber do cliente quais são os prazos que ele necessita e espera ter para a
realização de seu projeto é indispensável para a criação de um programa de
necessidades eficiente.
18. Quais as informações a se considerar em
um programa de necessidades?
Dados referentes ao terreno
Nos casos em que o projeto será concebido totalmente do zero, as
informações a respeito do terreno onde ele será construído se fazem primordiais
para a elaboração do programa de necessidades. Informações referentes
ao clima, vegetação existente, topografia, entorno, seus dimensionamentos e
demais aspectos.
19. Quais as informações a se considerar em
um programa de necessidades?
Ambientes que serão desenvolvidos
No programa de necessidades deverão ser identificados obrigatoriamente os ambientes que
serão desenvolvidos no projeto, sendo registradas em uma planilha as informações com seus
dimensionamentos em metros quadrados e tudo o que será inserido em cada um deles.
20. Quais as informações a se considerar em
um programa de necessidades?
Atividades que serão desempenhadas no projeto
Entender quais são as atividades que serão realizadas nos espaços do projeto, é fundamental
para conquistar sua plena funcionalidade, devendo esta informação ser considerada na elaboração
do programa de necessidades.
Por exemplo, ao considerar uma situação na qual um cliente não possua o hábito de cozinhar
em casa, seria desnecessário prever uma cozinha grande com muitos equipamentos.
21. Quais as informações a se considerar em
um programa de necessidades?
Características a serem mantidas (REFORMA)
Informações a respeito de objetos, móveis e revestimentos que serão incluídos no projeto
fazem parte dos gostos pessoais dos clientes, mas em caso de reformas eles podem desejar manter
algumas dessas características.
22. Quais as informações a se considerar em
um programa de necessidades?
Alterações necessárias (REFORMA)
Assim como é preciso registrar características que o cliente queira manter no projeto, é
importante também registar as alterações que deverão ser realizadas de acordo com os desejos e
possibilidades orçamentárias deles.
23.
24. Conclusão
Ao longo desse artigo foi possível entender o que é e qual a importância da elaboração do
programa de necessidades ao iniciar um projeto de arquitetura, entendendo qual a diferença entre
ele e o briefing e quais as informações que devem constar nele.
Projetos que utilizam programas de necessidades, possuem maiores chances de serem bem-
sucedidos facilitando sua execução e atendendo as expectativas e desejos dos clientes.
Referencia
https://www.projetou.com.br/posts/programa-de-necessidades/#3
Escritório Projetou
25. Visita ao local
Essa é a etapa do projeto que o arquiteto vai até o local da obra
para verificar o que é possível fazer, levantando todos os dados
necessários para aferir se é viável a realização da construção.
Nesse momento, começa-se os estudos com as informações
obtidas do levantamento topográfico e planialtimétrico do terreno (que
são os responsáveis por obter diretamente a planta do local),
condições ambientais (como, por exemplo, a orientação do sol para
dar conforto térmico ao cliente), entre outras questões.
26. Construir uma proposta de orçamento
baseada em fatos concretos.
Muitas vezes as fotos não expressam o real estado dos ambientes. Por isso, a visita técnica de
um arquiteto ao local, antes mesmo da elaboração de orçamento, é fundamental para um resultado
satisfatório.
Esse processo também inclui o alinhamento de expectativa com os moradores. Muitas vezes, o
desejo do cliente é melhor expressado quando dito cara a cara. Outra possibilidade que se abre com
a visita é a discussão de ideias e propostas entre o morador e o arquiteto, que é essencial para o
resultado final do trabalho.