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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL - UNIJUÍ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS
RAFAEL BOUFLEUR
UMA APLICAÇÃO MÓVEL DE REGISTRO DE INFORMAÇÕES DE
SAÚDE REALIZADO POR AGENTES COMUNITÁRIOS
Santa Rosa, RS - Brasil
2012
RAFAEL BOUFLEUR
UMA APLICAÇÃO MÓVEL DE REGISTRO DE INFORMAÇÕES DE
SAÚDE REALIZADO POR AGENTES COMUNITÁRIOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso da Computação, do departamento de
Ciências Exatas e Engenharias, da Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande
do Sul, como requisito parcial para obtenção do
grau de Bacharel em Ciência da Computação.
Orientador: Me. Professor Vinícius Maran
Santa Rosa – RS
2012
Dedicatória
Em primeiro lugar à minha mãe Anita pelo
apoio, incentivo e ajuda para a conquista deste
sonho. Em segundo lugar em memória de meu tio
Cláudio Telfeut que sempre acreditou e me
apoiou nesta jornada.
Em terceiro e não menos importante lugar
à Eliane que compartilha os meus sonhos e que
pacientemente tem me ajudado a superar os
desafios ajudando-me para a obtenção deste
conquista.
Dedico à Deus, por ter tido saúde e
capacidade de realizar este trabalho e que espero
de alguma forma poder contribuir com a
sociedade.
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar à minha mãe que sempre fez o possível e impossível
para me auxiliar na obtenção desta conquista, pelas vezes em que passamos dificuldades e
pelas muitas vezes que abriu mão de suas prioridades para me auxiliar. Mãe sem você teria
sido impossível!
Agradeço de coração todos os professores da instituição que foram à fonte do
conhecimento e o ponto norte para a realização desta caminhada.
Agradeço ao meu orientador, Professor Vinícius Maran, que teve a paciência para
me auxiliar no desafio de realizar este trabalho. Obrigado pela orientação e esforço dedicado,
pelas horas que me auxiliou, pela disponibilidade e cobranças que foram de fundamental
importância.
RESUMO
O processo de coleta de informações realizado pelos Agentes Comunitários da
Saúde (ACS) é fundamental para o funcionamento do Programa de Agentes Comunitários da
Saúde (PACS), executado pelo Governo Federal. O Departamento de Atenção Básica (DAB),
estrutura vinculada á Secretaria de Atenção Básica, do Ministério da Saúde, tem a missão
institucional de operacionalizar essa política no âmbito da gestão federal do Sistema Único de
Saúde (SUS). Através de entrevista informal realizado com o coordenador de agentes
comunitários da cidade de Santa Rosa, foi possível identificar pontos à melhorar neste
processo, como o tratamento das informações coletadas principalmente a redundância, o
controle sobre as visitas realizadas através de visibilidade diária e registro que comprove à
visita, a coleta manual de informações, a etapa de inserção dos dados coletados no sistema
com a necessidade de possuir os dados inseridos no sistema de forma automática para evitar
retrabalho. Através da identificação destas necessidades, foi possível propor a criação de uma
aplicação móvel que auxilie neste processo de registro das informações. Este trabalho propõe
a criação de uma aplicação móvel para auxiliar os ACS na realização de suas tarefas diárias
através do uso de tecnologias provenientes das áreas de computação pervasiva e computação
móvel. Foi possível observar através dos resultados alcançados neste trabalho à otimização do
processo de coleta de informações nas visitas realizadas pelos agentes comunitários, bem
como, uma aplicação móvel que atenda às necessidades de coleta de informações e que esteja
inserido no ambiente dos envolvidos no processo.
Palavras-chave: Computação Pervasiva, Computação Móvel, Aplicativos para a
Saúde, Agentes Comunitários Saúde, Aplicação Móvel.
ABSTRACT
The process of gathering information held by Community Health Agents (CHA) is
fundamental to the functioning of the Community Agents Program (PACS), run by the Federal
Government. The Department of Primary Care (DAB), the structure will be linked Secretary
of Primary Care, Ministry of Health, has the institutional mission to operationalize this policy
within the federal management of the Unified Health System (SUS). Through informal
interview conducted with the coordinator of community of the city of Santa Rosa, was
identified points to improve this process, as the treatment of information collected primarily
redundancy, control over the visits through visibility and daily log attesting the visit, the
manual collection of information, the step of inserting the data collected in the system with
the need to have data entered into the system automatically to avoid rework. By identifying
these needs, it was possible to propose the creation of a mobile application that assists in the
process of recording information. This paper proposes the creation of a mobile application to
assist ACS in performing their daily tasks through the use of technologies from the areas of
pervasive computing and mobile computing. It was observed by the results achieved in this
work to optimize the process of collecting information on visits by community workers, as
well as a mobile application that meets the needs of data collection and is inserted in the
environment of those involved in the process.
Keywords: Pervasive Computing, Mobile Computing, Applications for Health,
Community Health Agents, Mobile Application.
LISTA DE SIGLAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ACS - Agente Comunitário de Saúde
ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações
ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar
API - Application Programming Interface
CCR - Continuity Care of Record
CDMA - Code Division Multiplexing Access
CID - Classificação Internacional de Doenças
COPISS - Comitê de Padronização de Informações na Saúde Suplementar
CRM - Conselho Regional de Medicina
DAB - Departamento de Atenção Básica
DATASUS - Departamento de Informática SUS/MS
EHR - Electronic Health Record
GPRS - General Packet Radio Service
GPS – Global Position System
GSM - Global System for Mobile Communications
HTML - Hypertext Markup Language
IBM - International Business Machines
IDE – Integrated Development Environment
ISO/TR - International Organization for Standardization/Technical Report
J2EE - Java 2 Enterprise Edition
JBEANS - Java Beans
JRE - Java Runtime Environment
JSP - Java Server Pages
MS - Ministério da Saúde
OHA - Open Handset Alliance
PACS - Programa de Agentes Comunitários de Saúde
PEP - Prontuário Eletrônico do Paciente
PRC - Comitê de Padronização do Registro Clínico
RES - Registro Eletrônico em Saúde
SDK - Software Development Kit
SGIU - Sistemas Gerenciadores de Interfaces de Usuário
SIAB - Sistema de Informação de Atenção Básica
SUS - Sistema Único de Saúde
TIC - Tecnologia de Informação e Comunicação
TIS - Tecnologia de Informação na Saúde
TISS - Troca de Informação em Saúde Suplementar
UBS - Unidade Básica Saúde
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - PLATAFORMA ANDROID (ANDROID, 2012)...............................................................17
FIGURA 2 - FICHA CADASTRO (SIAB, 2012). ............................................................................25
FIGURA 3 - FICHA ACOMPANHAMENTO B-GES (SIAB, 2012). .................................................26
FIGURA 4 – TELA APLICATIVO CLINIC WEB (MARTHA, 2008). ...............................................28
FIGURA 5 - TELA APLICATIVO EINSTEIN-MOBILE (EINSTEN-MOBILE, 2012). .......................29
FIGURA 6 - DIAGRAMA ENTIDADE-RELACIONAMENTO .............................................................32
FIGURA 7 - CONEXÃO BANCO DE DADOS ..................................................................................35
FIGURA 8 - DIAGRAMA DE CLASSES ..........................................................................................35
FIGURA 9 - VISÃO GERAL ..........................................................................................................36
FIGURA 10 – DEFINIÇÃO DE MAPAS ..........................................................................................36
FIGURA 11 - TELA INICIAL APLICAÇÃO .....................................................................................39
FIGURA 12 - TELA DE CADASTRO ..............................................................................................39
FIGURA 13 - TRECHO DE CÓDIGO SALVAR ................................................................................40
FIGURA 14 - BANCO DE DADOS .................................................................................................40
FIGURA 15 - TELA DE ACOMPANHAMENTOS..............................................................................41
FIGURA 16 - ACOMPANHAMENTO DE HIPERTENSOS ..................................................................42
FIGURA 17 - MAPA COM AS FAMÍLIAS CADASTRADAS................................................................43
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - TESTE DE DESEMPENHO..........................................................................................44
TABELA 2 - RESULTADO DOS TESTES DE USABILIDADE.............................................................45
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................12
1.1. Problemas e Objetivos................................................................................................12
1.2. Organização do Texto ................................................................................................13
2. COMPUTAÇÃO MÓVEL E PERVASIVA ....................................................................14
2.1. Computação Móvel ....................................................................................................14
2.2. Linguagem de Programação Java...............................................................................16
2.3. Plataforma Android ....................................................................................................17
2.3.1. APIs....................................................................................................................18
2.4. Computação Pervasiva ...............................................................................................19
3. COMPUTAÇÃO APLICADA NA ÁREA DA SAÚDE..................................................21
3.1. Sistemas de Saúde ......................................................................................................21
3.2. Padrões para a Representação de Informações de Saúde ...........................................23
3.2.1. OpenEHR ...........................................................................................................23
3.2.3. Padrão SIAB.......................................................................................................24
3.3. Aplicação da Representação de Informações de Saúde .............................................27
3.3.1. Prontuário Eletrônico do Paciente......................................................................27
4. TRABALHOS RELACIONADOS ...................................................................................28
4.1. Clinic Web..................................................................................................................28
4.2. Einstein Mobile ..........................................................................................................29
5. UMA FERRAMENTA PARA O AUXÍLIO NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA
30
5.1. Levantamento de Requisitos ......................................................................................30
5.2. Modelagem de Dados.................................................................................................31
5.3. Arquitetura de Software .............................................................................................33
5.3.1. Comunicação......................................................................................................37
6. CENÁRIO DE USO E TESTES........................................................................................38
6.1. Cenário de Uso ...........................................................................................................38
6.2. Realização de Testes ..................................................................................................44
7. CONCLUSÕES...................................................................................................................46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................47
12
1. INTRODUÇÃO
O programa Saúde da Família é uma das estratégias para o modelo assistencial com
a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde (UBS). Cabe a
estas equipes a realização do acompanhamento de uma quantidade definida de famílias em
uma área geográfica definida, onde são responsáveis por atuar através de ações, na promoção
da saúde. Esta equipe é composta por agentes comunitários, além de médicos, enfermeiros e
auxiliares.
O Ministério da Saúde (MS) é responsável por conduzir as ações direcionadas ao
melhoramento da atenção básica no país através das equipes de atenção básica de saúde,
seguindo princípios fundamentais de atenção básica (SANTOS, 2011).
Neste cenário de prestação de serviços, as aplicações de telemedicina surgem como
um grande aliado na busca de soluções técnica e economicamente viáveis para aperfeiçoarem
o trabalho desenvolvido pelos agentes de saúde. Portanto a opção pela utilização da
telemedicina pode ser entendida como um fator importante para melhorar consideravelmente
este tipo de atendimento à população (LUNA, 2008).
1.1. Problemas e Objetivos
Atualmente, as ferramentas e métodos disponíveis para realizar o trabalho dos ACS
possuem problemas em relação aos processos utilizados e em relação às informações
coletadas por estes agentes. Soma-se ainda, o cansaço físico que é agregado pela realização da
coleta de informações a pé e o preenchimento de formulários e registros manuais de visita,
que pôde ser observado em entrevistas realizadas com agentes comunitários.
Estes relatórios são entregues nos postos de saúde aos quais o ACS está vinculado e
posteriormente, entregues na secretaria de saúde municipal. A partir daí, todo o registro no
sistema deve ser refeito, pois há a necessidade que alguém esteja fazendo a inserção dos
dados contidos no formulário no sistema do posto de saúde.
Além do retrabalho da digitação, a partir do momento que se faz alguma alteração ou
atualização das informações, todo o trabalho precisa ser refeito, impactando diretamente na
produtividade.
13
Estes processos geram: (i) a necessidade da realização de trabalho redundante,
através do relançamento manual de informações, podendo gerar inconsistências entre os
dados registrados pelos agentes comunitários de saúde e os dados recadastrados nos postos de
saúde, e (ii) a incompatibilidade dos dados em relação a padrões para a representação
eletrônica de informações do prontuário de saúde dos pacientes, utilizados em larga escala nos
hospitais.
Por isso, faz-se necessária a construção de uma aplicação móvel, que utilizando
tecnologias provenientes da computação pervasiva e móvel, auxilie os agentes comunitários
de saúde na realização de suas tarefas diárias tanto em municípios com alto grau de
urbanização e também periferias urbanas quanto em localidades rurais.
1.2. Organização do Texto
O texto está organizado da seguinte forma. No Capítulo 2 é apresentado um estudo
sobre as áreas de computação móvel e computação pervasiva. No Capítulo 3 é apresentado
um estudo sobre aplicação de tecnologias pervasivas em aplicação na área da saúde, sistemas
de saúde e sobre padrões utilizados para a representação de informações de saúde e CCR.
No Capítulo 4 é realizada uma comparação entre os trabalhos relacionados e a
proposta deste trabalho. No Capítulo 5, é descrita a proposta para a Modelagem de Dados,
Arquitetura de Software, Interfaces, Armazenamento de Banco de Dados, Sincronização e
Comunicação. No Capítulo 6, descrevemos os testes realizados nos protótipos desenvolvidos
e realizamos um cenário de uso, por fim, no Capítulo 8 apresentamos as considerações finais
deste trabalho.
14
2. COMPUTAÇÃO MÓVEL E PERVASIVA
Neste capítulo é apresentada a revisão bibliográfica das áreas da computação
envolvidas na execução deste projeto. Os resultados obtidos através da integração das recentes
tecnologias existentes da Computação Móvel em consonância com os conceitos
computacionais de pervasividade têm apresentado ganhos consideráveis no auxílio e busca
constante pela evolução de serviços bem como propicia o surgimento de outros novos.
Para que seja mais fácil compreender os trabalhos resultantes dos avanços
tecnológicos decorrentes da utilização da computação móvel, é necessário que tenhamos por
base alguns conceitos fundamentais, que irão orientar e nortear este estudo. Desta forma,
veremos a seguir alguns conceitos de fundamental importância para que tal objetivo seja
atingido.
2.1. Computação Móvel
Partindo-se do contexto atual, fazendo-se a análise da crescente evolução nos
indicadores de acessos móveis na última década, é que percebemos surgir cada vez mais à
oportunidade de desenvolvimento de serviços e recursos para estes dispositivos.
Soma-se a estes dados a evolução tecnológica que estes dispositivos portáteis vêm
agregando, tornando possível acessar informações onde quer que se esteja desde que haja
meio para conexão à internet sem fio, pois ela é necessária e permite essa funcionalidade,
somado a isso temos as questões de processamento e mobilidade que estes dispositivos
incorporaram.
Essa integração de dispositivos móveis à rede permite que ocorra a comunicação
entre eles e qualquer outro equipamento que esteja conectado à rede e isto é que definimos
como computação móvel um novo paradigma decorrente de avanços tecnológicos nos
dispositivos portáteis (ROCHA, 2007).
Esta crescente evolução da quantidade de dispositivos móveis torna a computação
móvel mais presente a cada dia na vida das pessoas desta forma os aplicativos móveis passam
a ter maior relevância e, portanto utilizados para diversas finalidades, aplicações empresariais,
15
pessoais, entretenimento, medicina e até mesmo com a utilização de serviços que utilizam
localização.
Dentro da área da saúde podemos citar diversas aplicações que servem para proceder
com o monitoramento da saúde em um nível primário, pois se trata de soluções importantes
que ajudam a diminuir os atendimentos hospitalares, evitando-se um colapso na rede
hospitalar através da utilização de computação móvel (BARROS, 2011).
A elevada taxa de crescimento da faixa de população com
necessidades de cuidados médicos em ambulatório e assistência
domiciliária potencia a necessidade de multiplicação de espaços
inteligentes com capacidade para monitorização e assistência remota
à população (FERRAZ, 2010).
Algumas características que temos que ressalvar dos dispositivos móveis é questões
de autonomia, comunicação, processamento e interface limitada, isto se deve pelo fato do
atendimento da mobilidade destes equipamentos e que, portanto possuem certa restrição.
Possíveis soluções para aumentar a autonomia dos dispositivos devem vir integradas na
própria arquitetura utilizada, como hardware, software por exemplo.
As infraestruturas para a computação móvel também possuem grande importância e
tem um papel fundamental na funcionalidade destes equipamentos, dentre as utilizadas
atualmente podemos citar: redes infraestruturadas que possuem estrutura fixa, redes Ad hocs
com a utilização de sensores e redes tipo Mesh que unem as redes infraestruturadas e
elementos ad hoc.
No entanto, ao mesmo tempo em que as novas tecnologias eliminam
fronteiras e fortalece a chamada “comunidade global”, elas também
aumentam a distância que separa regiões mais pobres e menos
favorecidas – sem acesso ao conhecimento e às facilidades
proporcionadas pelo uso das modernas tecnologias – daquelas onde
os avanços científicos e tecnológicos estão cada vez mais presentes.
(PESSOA, 2006).
A computação móvel trouxe maior comodidade, pois permite maior liberdade na
obtenção e manipulação de informações a qualquer instante em função da necessidade da
mobilidade que temos no dia-a-dia e com a propagação de infraestruturas disponíveis
permitindo que sejam criadas formas novas de se trabalhar.
Para compreender um pouco mais sobre a computação móvel, devem-se citar as
principais tecnologias que estes dispositivos utilizam para se conectar a rede, dentre eles
CDMA (Code Division Multiplexing Access), GSM (Global System for Mobile
communications), 3G, GPRS (General Packet Radio Service), cada qual possui uma série de
especificações e finalidades permitindo acesso mais rápido e possibilitando maior largura de
banda para troca de informações (MATEUS, 1998).
16
Portanto a partir do conhecimento dos vários tipos de redes disponíveis é que os
desenvolvedores de aplicações móveis devem ter o cuidado para estabelecer a aplicabilidade
dos programas que são desenvolvidos para os dispositivos, uma vez que é preciso ter o aporte
de rede para que muitos deles possam funcionar de forma adequada e satisfatória, pois a
comunicação sem fio normalmente possui um custo maior com largura de banda e
confiabilidade menor.
No Brasil, aos poucos, começa-se a despertar para a infinidade de benefícios que a
computação móvel tem trazido, e com o passar do tempo diversas aplicações estão surgindo e
cada vez mais sendo utilizadas trazendo benefícios à sociedade nas mais diversas áreas
(ROGÉRI, 2004).
A Computação Móvel tornou-se popular a partir da grande disponibilidade de
dispositivos portáteis, sendo esta a peça fundamental para a popularização dos sistemas para
computação móvel, desta forma, é possível expandir a capacidade e utilização dos serviços
independentes para o usuário (AUGUSTIN, 2004).
As linguagens de programação têm sido um dos principais fatores que contribuíram
para o aumento das funcionalidades dos dispositivos portáteis por permitem que aplicativos
sejam criados para manipular o hardware, disponibilizando assim uma maior capacidade de
utilização de novos recursos.
2.2. Linguagem de Programação Java
Java é uma linguagem orientada a objetos, e possui uma vasta biblioteca que
possibilita serem criados programas portáteis que não levam em consideração os sistemas
operacionais nativos dos dispositivos. Desta forma é possível o desenvolvimento de
programas e a posterior execução nos mais diversos tipos de dispositivos e com as mais
diversas finalidades (GOODRICH, 2007).
Por se tratar de uma linguagem de programação open source o Java tornou-se
mundialmente conhecido, hoje são mais de nove milhões de desenvolvedores de software
utilizando esta linguagem, características como eficiência, versatilidade, portabilidade e
segurança a transformaram numa das tecnologias mais presentes em dispositivos, cerca de 4,5
bilhões em todo o mundo. O fato de ter a possibilidade de se criar um software em uma
determinada plataforma e executá-la em qualquer outra se torna o principal atrativo para os
desenvolvedores (Java, 2012).
Desta forma, um dentre vários benefícios do Java é a possibilidade de estar
desenvolvendo aplicativos para dispositivos que contenham a plataforma Android.
17
2.3. Plataforma Android
A Google lançou em 2005 a plataforma Android desenvolvida em Linux, para ser
utilizado pelos usuários, pois além de vir embarcado nos dispositivos gerenciando diversas
funcionalidades de hardware e software ainda permite que o próprio usuário seja capaz de
estar desenvolvendo software utilizando múltiplas funcionalidades, conforme suas reais
necessidades ou para resolver problemas que passam a existir, com a ajuda de um ambiente de
desenvolvimento completo (LECHETA, 2010).
A plataforma Android, como pode ser vista na Figura 1, está presente nos
dispositivos fabricados pelas maiores empresas de tecnologia existentes na atualidade, pois é
uma plataforma completa contendo Sistema Operacional, Middleware, aplicações, um kit de
desenvolvimento de software (SDK) e interface de programação de aplicativos (API), que
auxiliam no desenvolvimento de software utilizando a linguagem JAVA (SCHEMBERGER,
2009).
Figura 1 - Plataforma Android (Android, 2012).
A plataforma Android é dividida em quatro camadas: Kernel GNU Linux, bibliotecas,
framework para aplicações e as próprias aplicações completando-se pela porção runtime,
necessária para que ocorra a execução dos aplicativos no dispositivo móvel. Na camada de
arquitetura, Kernel Linux, é que ocorre o gerenciamento dos processos, threads, arquivos,
18
pastas, memória, drivers. A base para o desenvolvimento do Android é Java, desta forma está
contido em seu sistema operacional a máquina virtual Dalvik que está otimizada para
interpretar códigos nos dispositivos móveis, ao compilar o bytecod (.class) este é convertido
para o formato da máquina virtual Dalvik chamado .dex (Dalvik Executable), que representa a
aplicação Android depois de ser compilada. Após ter sido compilada a aplicação Android gera
um arquivo único com a extensão .apk (Android Package File) que refere-se a aplicação que
deverá ser instalada (SCHEMBERGER, 2009) .
Um dos passos fundamentais para o desenvolvimento de novos projetos no Android é
a configuração do ambiente de desenvolvimento, pois se faz necessário escolhermos a versão
mínima de Android, uma vez que cada versão corresponde a uma API Level que corresponde
a todas funcionalidades e features implementadas, ou seja, a cada nova versão do SDK
Platform Android é lançado uma versão nova do SDK de APIs do Google que dá acesso aos
serviços do Google.
2.3.1. APIs
A Application Programming Interface (API) ou Interfaces de Programação dos
Aplicativos como é mais conhecida, trata-se do conjunto das classes disponíveis a serem
utilizadas durante o processo de desenvolvimento de software, é nela que estão contidas toda
e quaisquer funções disponíveis que podem ser chamadas e de que forma funcionam.
Em relação à disponibilidade das APIs da Google em aplicativos que utilizem
serviços de mapas, por exemplo, podemos citar algumas que servem para utilizar os recursos
de visibilidade de cidades, ruas, imagens no mapa. A maioria delas está localizada no pacote
com.google.android.maps e no mínimo duas são necessárias para disponibilizar as
ferramentas de mapeamento, sendo elas MapActivity e MapView. A MapActivity é
responsável por gerenciar o ciclo de vida das atividades e serviços que funcionam por trás da
MapView que exibe o mapa. Além destas APIs há a MapController que é responsável por
fornecer os recursos de zoom e a MyLocationOverlay e também Overlay utilizadas para
desenhar objetos e informações do usuário no mapa (LECHETA, 2010).
O núcleo Android APIs está disponível em todos os telefones Android e para que seja
possível a utilização destas APIs os dispositivos móveis devem possuir recursos que permitem
a utilização, podemos citar ainda os serviços baseados na localização que permitem o
software obter a localização do telefone através do GPS (Global Position System), as APIs de
mídia para reproduzir arquivos de mídia, a API para gráficos 3D ou ainda as APIs para que
seja possível acessar baixo nível de hardware (LECHETA, 2010).
19
Embora se tenha o conhecimento da variedade de funções, a API não deve ser
confundida com o conceito de biblioteca, pois ela determina através da utilização de interface
apenas os recursos disponíveis que podem ser chamados como se comportam e funcionam,
portanto é de extrema importância possuir o conhecimento prévio das diversas API
disponíveis para obter-se melhor resultado.
Através da utilização da API que permite acessar os serviços de localização com a
utilização de mapas da Google é possível que o aplicativo trabalhe de forma automática em
qualquer local que esteja através da utilização de conexão à internet e aos serviços da Google
e que possa ser utilizado para implementar novos paradigmas de programação que sirvam
para resolver problemas antigos ou novos nas mais diversas áreas.
2.4. Computação Pervasiva
A Computação Pervasiva é um paradigma computacional que trabalha com a ideia de
estar disponível em qualquer lugar, representado por qualquer dispositivo independente de
mobilidade, permitindo que estes façam as conexões necessárias para atender as requisições
do usuário.
O objetivo primário da Computação Pervasiva é fornecer aos
usuários um acesso uniforme e imediato a informações e,
transparentemente, suportar a execução de suas tarefas. A sua
essência é um ambiente saturado com capacidade de computação e de
comunicação integradas com as atividades do usuário (AUGUSTIN,
2004).
O termo Computação Ubíqua e Computação Pervasiva é facilmente confundido em
função de serem semelhantes ou até mesmo considerados sinônimos. Enquanto na
Computação Ubíqua temos uma alta relação entre número de CPUs e usuários, na
Computação Pervasiva não ocorre à preocupação com as aplicações ou a forma como deveria
ocorrer esta interação entre usuário e computador, busca-se na verdade tornar presente a
disponibilidade de poder computacional ao usuário em qualquer parte que ele esteja
(VASSÃO, 2008).
O surgimento do termo Computação Pervasiva ficou associada à IBM quando esta
publicou a edição Pervasive Computing no IBM System Journal (PERVASIVE, 1999), onde
nesta edição foram narrados os principais aspectos da Computação Pervasiva. Segundo
YAMIN (2004), este cenário é composto pela junção de mobilidade física de usuários e
software, permitindo ao usuário acessar um determinado ambiente computacional indiferente
de tempo e localização.
20
Entende-se por ambiente pervasivo o espaço físico em que a computação esteja
aplicada e funcionando de maneira invisível ou onipresente a perceptividade de usuários,
interagindo com estes. Este ambiente é composto por vários atores tais como, usuários,
dispositivos, redes e aplicações (RIES, 2007).
21
3. COMPUTAÇÃO APLICADA NA ÁREA DA SAÚDE
A área da saúde possui uma vasta variedade de áreas, e assim torna-se um grande
campo de aplicação do desenvolvimento de softwares que permitem ajudar a resolver velhos e
novos problemas, portanto é possível aliar tecnologia com demandas necessárias na prestação
de serviços aos usuários do sistema de saúde.
3.1. Sistemas de Saúde
Com a efetiva evolução tecnológica aplicada na área da saúde, bons resultados têm-
se atingido com o aumento na propagação de informações através da computação. Dentre os
principais responsáveis por essa conquista está à computação ubíqua/pervasiva que torna
possível a cada dia o surgimento de novos dispositivos computacionais que auxiliam nos
cuidados da saúde (GOULART, 2006).
Devido à importância das áreas com as quais a Saúde está relacionada é possível
aplicar a computação pervasiva, pois se faz necessário à inclusão das informações do meio ao
banco de dados dos sistemas informatizados de forma automática, estas informações
obedecem a um padrão de registro eletrônico (MACHADO, 2010).
Conforme determina o padrão ABNT ISO/TR 20514, os registros eletrônicos devem
seguir um padrão de arquivamento, que serve de modelo para armazenar e registrar as
informações que competem à saúde. Este padrão serve para padronizar a coleta das
informações para que possam ser arquivadas e posteriormente acessadas (NEIRA, 2011).
Conforme (LOUREIRO, 2009) a Computação Pervasiva/Ubíqua na Saúde está sendo
considerada a próxima etapa da Web-based Healthcare Computing que oferece vantagens
competitivas aos provedores de serviços de Saúde, com isso obtém-se melhores resultados na
execução do serviço.
A área de Cuidados Clínicos (Healthcare) (CPH, 2007), é uma das
principais áreas de atuação da Computação Pervasiva e muitas
pesquisas estão sendo desenvolvidas tanto pela indústria quanto pela
academia. Pesquisas nesta área objetivam o desenvolvimento de
sistemas para ambientes hospitalares e também a extensão dos
cuidados médicos aos pacientes em seus próprios lares (KOMNIOS;
STAMOU, 2006) (SILVA, 2009).
22
Segundo (MORAES, 2009) o objetivo da Pervasive Healthcare, é disponibilizar um
modelo distribuído para gerenciar a saúde com a utilização de Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC), tornando o cuidado da saúde disponível em qualquer lugar, momento e
para qualquer pessoa ou sistema.
Ressalta-se também que em conjunto aos avanços tecnológicos na área da
computação, a internet vem possibilitando um maior compartilhamento da informação, desta
forma surgiu a e-health que passou a ser uma área emergente integrando saúde, informação e
serviços através das tecnologias relacionadas e a internet (GOULART, 2006).
O uso de tecnologias para a assistência domiciliar tem sido um aliado para preencher
a lacuna da demanda atual dos serviços de saúde num cenário em que o sistema de saúde tem
tido aumento nas requisições deste novo tipo de atendimento. É fato que a assistência
domiciliar tornou-se reconhecida pela diminuição no número de internações através da
utilização de tecnologias que passam a monitorar o paciente em seu domicílio com a
utilização de sensores (CARVALHO, 2011).
Dentro da área de tecnologia da informação há um segmento denominado Tecnologia
da Informação na Saúde (TIS), que se propõe em atender as solicitações que fazem parte da
gestão de informações da área de saúde. Este setor trabalha com três grupos que se classifica
quanto à sua aplicação, destacando-se a interoperabilidade de informações, colaboração entre
equipes a distância e processamento de alto desempenho (RIES, 2008).
O volume de informações que estes sistemas têm gerado somado à quantidade de
pessoas/usuários que possuem acesso a elas, também cria uma preocupação em relação à
segurança dos dados. Num âmbito geral o paciente é dono dos dados que compõem o seu
prontuário médico, podendo ser acessado somente pelos profissionais que o estejam tratando
ou em casos excepcionais serem acessados em atendimentos de urgência, para tanto há a
necessidade dos sistemas serem dotados de arquitetura para gerenciar os privilégios de acesso
à informação nos sistemas da área da saúde (CUSTÓDIO, 2010).
São as seguintes áreas de atuação da Informática em Saúde:
“Sistemas de Informação em Saúde, Prontuário Eletrônico do
Paciente, Telemedicina, Sistemas de Apoio à Decisão, Processamento
de sinais biológicos, Processamento de Imagens Médicas, Internet em
Saúde, Padronização da Informação em Saúde” (ROSÁRIO, 2010).
A importância que a computação assumiu em relação a sua aplicação na área da
Saúde é imensurável, visto que seria difícil imaginarmos nos dias atuais o seu não
envolvimento com esta área. É evidente que a saúde não teria atingido os patamares atuais em
avanços tecnológicos sem o auxílio desta área das ciências exatas, o que cabe é ressaltar que a
23
computação tem sido a principal aliada, interagindo seja de forma presente ou onipresente,
atuando como um dos principais propulsores para a melhoria contínua da saúde (SILVA,
2007).
3.2. Padrões para a Representação de Informações de Saúde
As possíveis formas de representação das informações de saúde têm sido alvo de
estudos, que em virtude de sua importância, buscam o melhor método para representar as
informações. Em virtude disto, torna-se necessário conhecer os tipos e suas características o
que impactará na decisão e influenciará a busca de se obter melhores resultados.
Para que se possa construir um sistema de registro eletrônico em saúde (RES), se faz
necessário incorporar os conhecimentos clínicos no desenvolvimento de tais aplicações, e isto
tem sido um dos maiores desafios. Desta forma a ABNT ISO/TR 20514:2005, define que o
registro eletrônico das informações em saúde deve obrigatoriamente seguir um modelo de
referência (NEIRA, 2008).
A inexistência de padrões e pré-requisitos que compõem a troca de dados entre as
diversas instituições que prestam algum tipo de serviço relacionado à saúde, foi o fomento
para que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) toma-se a atitude de normatizar a
interoperabilidade eletrônica dos dados através do padrão TISS (Troca de Informação em
Saúde Suplementar) (MENDES, 2009).
No Brasil, para que fosse possível padronizar a transmissão e armazenamento das
informações médicas criaram-se comissões formadas pelas instituições que possuem vínculo
com a saúde surgindo assim o Comitê de Padronização do Registro Clínico (PRC) e Comitê
de Padronização de Informações na Saúde Suplementar (COPISS), onde se definem padrões
para o uso da telemedicina a nível nacional (GONÇALVES, 2010).
3.2.1. OpenEHR
A Fundação OpenEHR (OpenEHR), a partir da utilização e união de diversos
arquétipos propôs a criação de sistemas onde seja possível realizar a integração destes,
adotando um padrão de representação que possibilite a troca de informações, desta forma
podendo-se integrar diversos sistemas compartilhando informações em saúde em larga escala
(NARDON, 2008).
Conceitualmente o Registro Eletrônico de Saúde (RES), proposto pelo modelo
OpenEHR, está baseado na modelagem de dois níveis: primeiramente o modelo de referência
que possui conotação genérica no domínio da saúde que tendo uma relação de classes pré-
24
definidas moldam a estrutura do registro. No segundo nível encontram-se os conceitos
específicos organizados na formatação de arquétipos mais templates (DIAS, 2010).
Basicamente têm-se a ocorrência de um modelo dual dividido em modelo de
referência e um modelo de arquétipo. O modelo de referência se compõe de classes
representando uma estrutura padrão de registros eletrônicos que permitem um maior controle
de acesso às informações. Já o modelo de arquétipos é mais rígido fazendo que os dados
possuam restrição quanto ao conteúdo representado e as possíveis modificações permitidas no
modelo de referência (FREIRE, 2008).
A vantagem de poder separar o modelo OpenEHR em dois níveis é ter a liberdade de
poder utilizar o modelo de arquétipos para uso exclusivo de especialistas permitindo que os
desenvolvedores estejam focados exclusivamente no modelo de referência. Dessa forma o
padrão OpenEHR conceitua que arquétipos devam expressar formalmente os níveis de
conhecimento através de declarações que não permitam determinadas estruturas de
informações (SANTOS, 2010).
Em síntese, a modelagem distingue uma estrutura de referência utilizada para
compor o modelo padrão para coleta e armazenamento de informações de ordem genérica
contendo as propriedades comuns do registro de informações de saúde em contraposição de
um modelo especializado em conhecimento específico que satisfaça um conjunto
determinístico de dados clínicos (SANTOS, 2010).
O modelo de referência OpenEHR descreve o conteúdo clínico a
partir de uma ontologia de conceitos em saúde. Trata-se de um
sofisticado modelo orientado a objetos que incorpora tipagem forte
com tipos de dados muito robustos para representar a informação em
saúde, como duração, período e datas parciais, medidas e dado
qualitativos (NEIRA, 2008).
3.2.3. Padrão SIAB
O padrão atual de coleta e processamento de informações segue as premissas
constantes do Manual do Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB), pertencente ao
Departamento de Atenção Básica que rege todo este processo. O modelo de Atenção Básica,
constante do Programa de Agentes Comunitários (PACS), trata da união de ferramentas e
tecnologias disponíveis utilizadas para assistir à saúde da população.
Para entendermos como ocorre a estratégia de todo este trabalho se faz necessário o
entendimento de alguns conceitos. Área corresponde ao conjunto geográfico de Microáreas
que são atendidas por uma equipe PACS (1 supervisor com uma equipe de 30 agentes
comunitários). Microárea é o local de atuação do agente comunitário, sendo esta um espaço
25
geográfico onde resida a escala de no mínimo 400 e no máximo 750 pessoas e o conjunto das
Áreas contíguas formam o Segmento Territorial (SIAB, 2012).
Atualmente os municípios que possuem o programa de agentes comunitários em
vigor já possuem todos os segmentos territoriais definidos com suas respectivas abrangências
e cada equipe do PACS tem um número sequencial de três números já definido. Todas as
informações coletadas pelos agentes são posteriormente consolidadas no sistema chamado
SIAB, que se trata de um sistema exclusivo desenvolvido pelo DATASUS a pedido da
Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde.
Todas as informações recolhidas nas fichas de cadastramento e também de
acompanhamento são agregadas e processadas no sistema para que posteriormente se possam
analisar os resultados consolidados. Os instrumentos atuais de coletas de dados são compostos
pela ficha de cadastramento de família – Ficha-A, acompanhamento de gestantes – Ficha B-
GES, acompanhamento de hipertensos – Ficha B-HA, acompanhamento de diabéticos – Ficha
B-DIA, acompanhamento de pacientes com tuberculose – Ficha B-TB, acompanhamento de
pacientes com hanseníase – Ficha B-HAN, acompanhamento de crianças – Ficha C (cartão da
criança) e registro de atividades, procedimentos e notificações – Ficha D (SIAB, 2012).
Nesta rotina são utilizados alguns instrumentos para a consolidação das informações
tais como relatórios de consolidado anual das famílias cadastradas e relatórios de situação de
saúde e acompanhamento das famílias. A Figura 2 é a ficha de cadastro utilizada atualmente
pelos agentes comunitários.
Figura 2 - Ficha Cadastro (SIAB, 2012).
26
As informações são coletadas na Ficha-A – Figura 2 - quando ocorre a primeira
visita às famílias da comunidade, sendo este preenchimento único e unitário por família. Nela
são coletadas as seguintes informações: dados de identificação da família, cadastro de todos
os membros e informações que posteriormente permitem à equipe de saúde conhecer as reais
condições de vida que servirão para ajudar a planejar as possíveis intervenções futuras
naquela família/localidade. Também é utilizada quando é necessário atualizar quando ocorrem
alterações.
As Fichas de Acompanhamento são utilizadas no acompanhamento domiciliar
naqueles grupos que possuem uma prioridade maior para monitoramento. Uma vez por mês,
na visita mensal os dados desta ficha devem ser atualizados, para tanto, o agente comunitário
fica de posse das fichas de acompanhamento. É importante ressaltar que todas as fichas de
acompanhamento possuem os campos de cabeçalho iguais, e são utilizados para identificar a
microárea onde está ocorrendo o acompanhamento.
O processo de cadastro e acompanhamento realizado pelo agente comunitário ocorre
dentro do mês todos os meses. Este possui a relação das famílias e os espaços geográficos que
são de sua responsabilidade. É nelas que ele fará as visitas, ficando a cargo do próprio agente
gerenciar quem ele irá visitar, bem como os dias e horários, desde que ele as realize dentro do
mês e as apresente ao seu supervisor. A Figura 3 trata-se da atual ficha de acompanhamento
de gestantes.
Figura 3 - Ficha Acompanhamento B-GES (SIAB, 2012).
27
De posse do material coletado e levantado durante o mês, o agente comunitário tem
por tarefa ainda digitá-las no SIAB, isto pode ocorrer ou ao longo do mês ou como e quando
for necessário. Esta fase ocorre na unidade básica de saúde da área ao qual ele pertence e
posteriormente o seu supervisor analisa e debate com ele os dados levantados sempre na
busca da retroalimentação do sistema.
3.3. Aplicação da Representação de Informações de Saúde
Com o surgimento dos padrões de representação das informações de saúde se fez
necessário regulamentar no Brasil a aplicação da representação de informações de saúde,
desta forma torna-se possível à interoperabilidade das informações.
3.3.1. Prontuário Eletrônico do Paciente
As diversas demandas requeridas pela saúde como qualidade, eficiência e segurança
na tomada de decisão partem da correta consulta aos registros eletrônicos dos pacientes que
com o passar do tempo tem servido de referência. Desde o surgimento dos primeiros registros
médicos provenientes dos pioneiros sistemas eletrônicos para armazenamento de informações
hospitalares a informática médica ajudou a evoluir as práticas médicas (REIS, 2011).
O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), ou como também é conhecido Eletronic
Health Record (EHR), neste âmbito tornou-se rapidamente relevante no compartilhamento de
registros de dados clínicos devido a portabilidade dos dados, utilizado no compartilhamento
das informações pois permite que através da pesquisa clínica seja possível aprimorar os
cuidados aos pacientes bem como gerar novos conhecimentos.
No Brasil a extrema importância adquirida pelo EHR tem servido como um imenso
repositório de informações que são armazenadas eletronicamente contendo o histórico
formado ao longo da vida do indivíduo. Os benefícios provenientes do levantamento destas
informações a partir da disponibilidade dos dados é um dos diversos fatores que auxiliam na
melhoria do cuidado da saúde (REIS, 2011).
28
4. TRABALHOS RELACIONADOS
Neste capítulo serão apresentados dois exemplos de aplicativos que estão
relacionados ao tema de utilização de dispositivos móveis na área da saúde. Estes aplicativos
possuem a função de estar auxiliando o acesso às informações através da substituição do
prontuário em papel por um meio eletrônico.
4.1. Clinic Web
O Clinic Web é um projeto que unifica as tecnologias disponíveis de prontuário
eletrônico com dispositivos móveis. Através da disponibilização de um Prontuário Eletrônico
do Paciente na Web, que permite consultar as agendas através da utilização de um celular bem
como as informações inseridas numa prancheta eletrônica resultantes da transcrição destes
dados que antes eram inseridos em prontuários de papel.
O sistema foi desenvolvido para um ambiente WEB em J2EE (Java 2 Enterprise
Edition) projetado em três camadas, na apresentação: JSP (Java Server Pages), HTML e
Javascript, na camada de negócios: JBeans (Java Beans) e na camada de dados MySQL. Na
figura 4, é apresentada a tela do aplicativo.
Figura 4 – Tela Aplicativo Clinic Web (MARTHA, 2008).
29
Na próxima seção será apresentado o segundo aplicativo utilizado na área da saúde,
como exemplo de aplicação utilizado em hospital.
4.2. Einstein Mobile
Um dos hospitais mais modernos da América Latina, situado na cidade de São Paulo
conhecido como Albert Einstein, utiliza uma aplicação médica para iPhone. O aplicativo
inclui acesso às informações de pacientes (resultados de exames, passagens, prescrição de
medicamento, contato), cadastros médicos (CRM, especialidades), comunicação entre
médicos e pacientes, e consulta às agendas cirúrgicas e também consulta integrada ao CID
(Classificação Internacional de Doenças), (EINSTEIN-MOBILE, 2012).
O aplicativo encontra-se disponível na relação de aplicativos do iPhone disponíveis
para baixar, identificado com o nome Einstein-Mobile, é relevante lembrar que somente
médicos possuem acesso às informações médicas no aplicativo. Na Figura 5, é apresentada a
tela do aplicativo.
Figura 5 - Tela Aplicativo Einstein-Mobile (EINSTEN-MOBILE, 2012).
Após ter estudado a funcionalidade das aplicações citadas, pode-se notar que
nenhuma delas trata o problema dos ACS que é a definição do escopo deste trabalho, baseado
nestas informações é que está proposto a seguir uma solução a ser utilizada.
30
5. UMA FERRAMENTA PARA O AUXÍLIO NO PROGRAMA SAÚDE
DA FAMÍLIA
A seção a seguir apresenta o levantamento de requisitos necessários para que seja
possível integrar um dispositivo móvel na rotina do agente comunitário e solucionar os
problemas encontrados atualmente.
5.1. Levantamento de Requisitos
Através de entrevista informal com o coordenador de agentes comunitários da cidade
de Santa Rosa, que teve como objetivo principal entender a rotina atual dos agentes e
processos envolvidos foi possível identificar vários problemas. Para que se possa
compreender, o processo atual ocorre da seguinte forma.
Em cada posto de saúde há um grupo de agentes comunitários, todos os agentes
possuem uma relação de tarefas, ou seja, é responsável por cadastrar todas as famílias
pertencentes à sua microrregião que é previamente estabelecida e dentro desta microrregião o
agente é responsável também por estar preenchendo as fichas de acompanhamentos de
doenças.
Os problemas encontrados referem-se à parte de preenchimento manual destes
formulários, uma vez que após os dados terem sidos coletados em campo, estes dados
precisam ser inseridos posteriormente no sistema. Além deste retrabalho foi possível
identificar que muitos dos dados coletados nos formulários são redundantes e precisam ser
preenchidos a cada visita, quando seria possível dispor destes dados de forma automática e
somente proceder à atualização destes.
Atualmente não existe nenhuma determinação e controle das visitas dos agentes, o
processo ocorre conforme a organização de cada agente e não há uma padronização, pois cada
agente molda sua própria rotina, não há uma forma de comprovar que o agente esteve
realmente realizando as visitas. Cabe a ele estipular quem irá visitar e quando, e muitas vezes
a inúmera quantidade de famílias pertencentes à sua microrregião propicia que sejam
cometidos erros de frequência de visita a determinadas famílias. Outro fator observado é que
o agente vai acumulando ao longo do mês todas as fichas de acompanhamento e de cadastro,
31
ou seja, todos estes documentos ficam de posse do agente e não há segurança que estes dados
possam acabar sendo perdidos ou extraviados. Apenas uma vês por mês o agente vai até o
posto de saúde e ele próprio procede com a inserção dos dados no sistema do posto de saúde.
Outro problema detectado ocorre quando há a substituição de um agente, pois para o
novo agente fica difícil localizar onde estão as famílias que ele precisa estar realizando o
acompanhamento, pois pode não ter sido ele que tenha feito o cadastro.
A partir destes problemas detectados é que propõem-se a criação de uma aplicação
móvel que tem por objetivo geral o registro de informações de saúde realizado por agentes
comunitários. Visando esse objetivo geral, o aplicativo tem por objetivos específicos os itens
a seguir:
- Permitir o cadastro/consulta das famílias;
- Permitir o acompanhamento das famílias;
- Localizar automaticamente as famílias a partir do local atual do agente;
- Substituir o formulário de papel por aplicação;
- Possibilitar a descarga das informações coletadas para interoperabilidade das
informações coletadas;
Visando alcançar estes objetivos é necessário fazer o tratamento de todas estas
informações a serem levantadas pelos agentes para que possam ser armazenadas, desta forma,
na seção seguinte está descrito a modelagem dos dados.
5.2. Modelagem de Dados
Para que os resultados atingidos tivessem uma qualidade superior, antes de começar
a parte de programação deste aplicativo foi necessário estudar a parte de modelagem dos
dados dos formulários, pois isto impacta diretamente na lógica da programação.
A seguir foi montado um esquema para o banco procurando abstrair as informações
dos formulários e traduzi-las no diagrama entidade-relacionamento que consta na Figura 6.
32
Figura 6 - Diagrama Entidade-Relacionamento
Dentro da aplicação foram criadas as seguintes tabelas a partir do diagrama entidade-
relacionamento:
- agente_comunitario: nesta tabela são armazenados os dados cadastrais dos agentes
comunitários, necessários para o preenchimento dos cabeçalhos das fichas de
acompanhamento;
- cadastro_familia: nesta tabela são armazenados os dados cadastrais da família para
que seja possível realizar a atualização cadastral que consta nos formulários de
acompanhamento;
- doenca_condicao: nesta tabela são armazenados os dados cadastrais das doenças aos
quais os agentes são responsáveis de fazer acompanhamento;
- endereco: nesta tabela são armazenados os dados cadastrais contendo o id do agente
comunitário, a microárea e dados de endereço de todas famílias cadastradas;
- FichaBGES: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de
acompanhamento de gestantes;
- FichaBHA: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de
acompanhamento de hipertensos;
- FichaBDIA: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de
acompanhamento de diabéticos;
33
- FichaBTB: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de
acompanhamento de tuberculose;
- FichaBHAN: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de
acompanhamento de hanseníase;
- FichaC: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de
acompanhamento da criança;
- FichaD: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de registro de
atividades, procedimentos e notificações;
Para uma maior compreensão sobre o diagrama segue as ações que ocorrem. A tabela
Família está relacionada com a tabela Acompanhamento que possui como evento as visitas
diárias realizadas pelo agente. Uma família pode ter vários históricos de endereço, vários
moradores e diversos tipos de acompanhamento, é a partir dela que serão levantados os
históricos do grupo familiar e por sua vez o acompanhamento é realizado pelo agente
comunitário.
Todo e qualquer acompanhamento possui um registro, que se referem aos tipos de
acompanhamentos realizados dentro daquele grupo familiar, neste registro está contido todas
as ocorrências com relação aos grupos familiares onde ocorreram e desta forma cada tipo de
registro conterá as informações já levantadas.
A tabela Endereço possui os dados de endereço das famílias, que contém como
evento o registro de todos os endereços de cada família. A tabela endereço ainda relaciona-se
com outras tabelas que são necessárias para levantar informações adicionais de cada grupo
familiar que também passam a ser dados da família para entender a realidade de cada grupo e
direcionar as ações para solução de possíveis problemas. São levantados dados sobre a
destinação do lixo, tipo de casa, tratamento de água, tipo de abastecimento de água e destinos
de fezes e urina.
Através do reconhecimento dos relacionamentos e funcionalidades necessárias para
desenvolver o aplicativo, a seguir segue a arquitetura utilizada para fazê-lo.
5.3. Arquitetura de Software
Procurando atender as especificações de cada tabela foi levado em consideração o
manual do SIAB, nele são descritos quais as informações que são coletadas pelos agentes
comunitários em cada tipo de acompanhamento, desta forma todos os campos das tabelas
tiveram seus tipos de dados formatados para receber tal informação através da tela do
aplicativo.
34
Após ter estudado os requisitos do sistema é que se pode implementar o banco de
dados do aplicativo. Utilizando-se a ferramenta SQlite Expert Personal 3.4.21.2243, foi
criado as tabelas que são manipuladas através de comandos SQL dentro da própria aplicação.
Para que isto fosse possível, foi necessário importar o banco de dados com as tabelas
criadas com a ferramenta SQlite para dentro da aplicação através da funcionalidade do File
Explorer, desta forma a aplicação consegue manipular as tabelas dentro da própria aplicação.
Para que a aplicação possa manipular os dados foi necessário criar uma classe
Data.java, esta é responsável por fazer a conexão com o banco de dados e manipular todo e
qualquer dado das tabelas criadas.
Dentro do sistema operacional Android ocorre o controle do ciclo de vida das telas
ou como é chamado activity. Desta forma, o próprio sistema controla os diferentes estados da
execução das telas entre execução, parada ou pausada (LECHETA, 2010).
Na aplicação todas as telas criadas são subclasses da classe Principal. A classe
responsável por controlar o ciclo de vida de todas as telas chama-se Ciclo de Vida, desta
forma há um maior controle sobre as telas que estão sendo executadas e a correção de
qualquer problema que possa ocorrer em tempo de execução.
A partir da tela Principal, o usuário pode escolher uma das seguintes opções,
Cadastro, Acompanhamento e Mapa. A classe Cadastro.java é responsável por apresentar o
resultado da consulta ao banco de dados quando a aplicação é iniciada através da opção Mapa
retornando as informações da imagem da família que fora selecionada no mapa ou através da
seleção da família que pode ocorrer diretamente na tela Cadastro.
A classe Acompanhamento.java é responsável por apresentar ao usuário os diversos
tipos de acompanhamentos disponíveis e também por chamar as subclasses com os tipos de
formulários a serem selecionados no momento da visita.
A classe Mapa.java apresenta na tela do dispositivo móvel a atual localização do
usuário com as famílias disponíveis para atendimento próximos a sua localização e possibilita
que o usuário navegue pelo mapa e consiga selecionar a família a qual será prestado o
acompanhamento através de um duplo clique na tela sobre a família desejada.
A clase Data.java é responsável por executar todos os comandos SQL no banco de
dados, executando todos os comandos de inserção, deleção ou atualização das informações
feitas pelo usuário, a Figura 7 apresenta um trecho do código responsável por fazer a conexão
com o banco de dados.
35
Figura 7 - Conexão Banco de Dados
A Figura 8 apresenta o Diagrama de Classes da aplicação.
Figura 8 - Diagrama de Classes
36
Uma visão geral do aplicativo pode ser visualizado na Figura 9, em resumo o
software é formada por uma aplicação móvel que permite acessar as funcionalidades de
cadastro de famílias e acompanhamento, por um banco de dados onde estão modelados as
informações e pela conexão com a internet que permite acessar os recursos de internet para
visualizar as informações no mapa.
Figura 9 - Visão Geral
Para exibir o mapa na tela do aplicativo foi necessário utilizar a classe
com.google.android.maps.MapView através da importação do pacote
com.google.android.maps como pode ser visualizado no trecho de código da Figura 10.
Figura 10 – Definição de Mapas
37
5.3.1. Comunicação
Por se tratar de uma aplicação móvel, faz-se necessário que o aplicativo esteja em
contínua comunicação com o servidor da unidade básica de saúde ao qual o agente
comunitário esteja atrelado. Desta forma é possível manter os dados atualizados em tempo
real. O objetivo de tal comunicação é poder criar a interoperabilidade das informações
coletadas, permitindo que estas possam estar em constante atualização.
Pensemos no seguinte cenário: Ao procurar um hospital dentro do próprio município
ou qualquer estado, seria possível levantar os dados do paciente através da consulta a um
banco de dados que acumulasse as informações de todos os agentes comunitários a nível
federal. Desta forma, indiferente do lugar que se estivesse, no momento de fazer o
atendimento, seria possível levantar os dados históricos do paciente antes de realizar a
consulta e através do acesso a estas informações ganhar-se tempo e precisão no atendimento.
Para isto, a aplicação permite que futuramente sejam feitas descargas com as
informações já coletadas pelos agentes comunitários que são recebidas na unidade básica de
saúde, desta forma não seria necessário o retrabalho de digitar as informações posteriormente
no SIAB dentro da unidade básica de saúde que hoje é um processo que precisa ser feito.
38
6. CENÁRIO DE USO E TESTES
Utilizando um cenário de uso fictício, abaixo serão apresentados alguns passos e
telas do aplicativo para que se tenha um esboço das funcionalidades do aplicativo através de
descrições objetivas. Também será apresentado o resultado de alguns testes da aplicação.
6.1. Cenário de Uso
O cenário de uso apresentado a seguir tem como objetivo retratar a realidade do
cotidiano de um agente comunitário executando as suas tarefas rotineiras dentro do seu
ambiente de trabalho, levando-se em consideração o seu deslocamento, geoposição e deveres
a cumprir durante o seu dia de expediente.
Para o correto funcionamento do aplicativo, parte-se da premissa que o agente
comunitário já esteja na rua, que possua uma conexão à internet via pacote de dados de
operadora celular, que esteja de posse de um dispositivo móvel com a aplicação instalada e
que já tenha recebido treinamento sobre a aplicação.
A partir da Tela Inicial o agente comunitário terá três opções de seleção, uma para a
Tela de Cadastro, outra opção para a Tela de Acompanhamentos e por último a Tela Mapa.
Ambas serão acessadas através de botão onde a opção escolhida pelo usuário é que definirá a
ação a ser executada pelo aplicativo para dar início à sequência de utilização.
A Figura 11 exibe na prática como será a tela que irá nortear o trabalho do agente
comunitário no dia-a-dia, permitindo que execute sua rotina com maior facilidade, de forma
prática e de fácil memorização. Desta forma o agente não precisará mais possuir uma imensa
quantidade de formulários, pois todo o serviço poderá ser realizado com a simples utilização
do aplicativo.
39
Figura 11 - Tela Inicial Aplicação
Quando o usuário clica sobre a opção Cadastro é exibido à tela da Figura 12, nela o
agente comunitário poderá selecionar uma das famílias que consta da sua base de visitas ou
ainda poderá executar o cadastro de uma nova família e após salvar as atualizações
executadas.
Figura 12 - Tela de Cadastro
40
Após o usuário acionar a opção salvar, o aplicativo através do reconhecimento do
clique do botão que ocorre com o método setOnClickListener, captura todas as informações
que foram digitadas nos campos e chama a classe responsável por fazer a conexão com o
banco de dados e posteriormente insere as informações no banco. A Figura 13 mostra um
trecho de código onde está implementado o método salvar.
Figura 13 - Trecho de Código Salvar
Depois de ter salvado as informações, estas serão inseridas na respectiva tabela do
banco de dados, neste caso a tabela de cadastros, na Figura 14 temos um exemplo de dados
que foram inseridos através da tela cadastro do banco de dados.
Figura 14 - Banco de Dados
Para realizar os acompanhamentos, o usuário poderá executar a tela de
Acompanhamentos exibidos na tela inicial, nela será apresentada os tipos de
acompanhamentos que poderão ser realizados, ficando a cargo de o agente estar selecionando
a opção correspondente, a tela é apresentada na Figura 15.
41
Figura 15 - Tela de Acompanhamentos
A partir desta tela, para que se tenha um exemplo, fora selecionado aleatoriamente
pelo agente comunitário o acompanhamento de hipertensos através do botão Ficha B-HA,
lembrando que o botão FICHA B-GES refere-se ao acompanhamento de gestantes, o botão
FICHA B-DIA refere-se ao acompanhamento de diabéticos, o botão FICHA B-TB refere-se
ao acompanhamento de tuberculose e o botão FICHA B-HAN refere-se ao acompanhamento
de hanseníase, cada botão segue o padrão das fichas tal qual é apresentando no treinamento do
SIAB. Na figura 16, segue exemplo do acompanhamento de hipertensos.
Na tela de hipertensos está implementado o método Spinner que é responsável por
fazer uma consulta ao banco de dados e exibir dentro do choice-box todas as famílias que
estão cadastradas e após a seleção, os dados são carregados automaticamente, para que o
agente comunitário faça a atualização dos dados, ou apenas os mantenha salvo.
42
Figura 16 - Acompanhamento de Hipertensos
Partindo-se da tela principal, também é possível estar selecionando a opção Mapa,
que através do clique sobre o botão Mapa irá carregar na tela a partir da localização
centralizada do agente em relação a posição atual, quais são as famílias que estão cadastradas
ao seu redor.
Esta tela possibilita ainda que o agente comunitário possa interagir com o mapa,
clicando sobre uma das famílias cadastradas, representado aqui pela imagem da Saúde da
Família. Desta forma, se o agente não se recordar do nome de uma família ao qual ele tenha
que realizar o atendimento ou se ele quiser realizar o atendimento levando-se em consideração
à sua localização atual, basta ele acessar a opção Mapa. Desta forma, enquanto ele estiver se
deslocando pelo seu roteiro, as famílias vão sendo exibidas no mapa para que ele possa estar
sempre atualizado. Após ter clicado sobre uma das famílias, a tela de Acompanhamentos é
carregada e o agente pode estar executando-o conforme a opção selecionada no mapa.
43
Figura 17 - Mapa com as famílias cadastradas
No decorrer do dia a rotina do usuário com relação à aplicação será orientada da
forma apresentada anteriormente, basicamente ele terá que estar selecionando a opção
desejada para que o aplicativo o auxilie na rotina de coleta de informações.
Através do cenário de uso apresentado conclui-se que o aplicativo atende às
intenções propostas neste trabalho, permitindo que o usuário consiga realizar as visitas dentro
da sua microrregião, realizando tarefas de cadastro e acompanhamento que na verdade são
suas obrigações. Pode-se observar ainda que existem outras melhorias que poderiam estar
sendo implementadas e outras criadas, porém estas alterações precisam ser primeiramente
inclusas dentro do Programa de Agentes Comunitários para posterior implementação, um dos
pontos que pode influenciar o desempenho do aplicativo é a demora de carregamento do mapa
que depende de conexão com a internet e que na realidade tanto local como a nível nacional
44
deixam a desejar, mas que no formato atual não impediram que o aplicativo funcionasse com
êxito.
6.2. Realização de Testes
Na parte de realização de testes, estes foram executados com objetivo de verificar o
desempenho em relação ao tempo de carregar o aplicativo ao iniciar, o tempo de carregar o
mapa, fazer as consultas no banco de dados e o tempo de transição entre as telas. Todos estes
testes foram executados levando-se em consideração as regras de negócio e condições de
carga normal sobre o trabalho executado. A Tabela 1 mostra os resultados obtidos nos testes.
Tabela 1 - Teste de Desempenho
Função
Tempo de resposta em
(ms)
Inicialização da aplicação 784
Carregamento do Mapa 824
Consulta ao Banco de Dado 932
Tempo de Transição Telas 302
Através dos resultados obtidos, é possível notar que o tempo para as respostas dos
eventos é pouco significativo. É importante ressaltar que o tempo de carregamento do mapa
foi testado numa conexão 3G, com velocidade 1Mb/s. As variações que ocorrem neste tempo
é fortemente influenciada pelo tipo de conexão existente, uma vez que o mapa precisa ser
carregado da internet pois trata-se de uma API da Google disponível para programação com o
Android SDK.
Quanto aos quesitos de usabilidade estudados, foram questionados de forma
informal, alguns pontos, com pessoas relacionadas a área, variando numa escala entre 0 a 5,
conforme a Tabela 2.
Com relação aos resultados alcançados à Satisfação em relação ao uso do sistema e
lembrança de uso de comandos obteve-se 100% da pontuação, em relação às expectativas que
o sistema propôs fazer, sequência de telas, tempo para aprender o sistema e número de passos
atingiu-se 94% dos pontos. Os quesitos de quantidade de informação nas telas, aprendizado
para usar o sistema, leiaute de telas, organização da informação atingiu-se 88% dos pontos.
Quanto ao tratamento da falha ocorrida trata-se do não carregamento do mapa em virtude da
45
velocidade de conexão com a internet. Os dados dos questionamentos são apresentados na
Tabela 2.
Tabela 2 - Resultado dos Testes de Usabilidade
Questões 1º
Avaliador
2º
Avaliador
3º
Avaliador
Resultado
Satisfação em relação ao uso do sistema 5,0 5,0 5,0 5,0
Em relação a sua expectativa ao que o
sistema propôs fazer
5,0 4,0 5,0 4,7
Os leiautes das telas foram úteis 5,0 3,0 4,0 4,0
Quantidade de informação mostrada na
tela
4,0 5,0 4,0 4,3
Organização da informação 4,0 4,0 4,0 4,0
Sequência de telas 5,0 4,0 5,0 4,7
Aprendizado para operar o sistema 5,0 4,0 4,0 4,3
Tempo para aprender a usar o sistema 4,0 5,0 5,0 4,7
Lembrança de uso de comandos 5,0 5,0 5,0 5,0
Número de passos para executar uma
tarefa
4,0 5,0 5,0 4,7
Falhas de sistema que ocorreram 0,0 1,0 0,0 0,3
46
7. CONCLUSÕES
O trabalho executado pelos Agentes Comunitários de Saúde é de suma
importância para o perfeito andamento do Programa de Agentes Comunitários. É fato que a
rotina atual de coleta de informações possibilita que vários erros sejam cometidos bem como
se percebe todo o retrabalho e perda de tempo para a consolidação dos dados levantados.
Desta forma, percebe-se a carência da utilização de tecnologias para ajudar o processo da
coleta de informação e apresentar dados em tempo real.
O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma aplicação móvel para a coleta
destas informações, que possa ser executado num dispositivo móvel que esteja rodando o
sistema operacional Android, através da utilização dos conceitos de computação móvel e
computação pervasiva. Desta forma é possível otimizar o processo e obter melhores
resultados de eficiência e eficácia na rotina diária de um Agente Comunitário, e tornando os
dados disponíveis para a interoperabilidade da informação.
Para o desenvolvimento da aplicação foram utilizados a versão Java – Eclipse em
conjunto com o SDK Android 2.2 com. Para a modelagem das informações médicas seguiu-se
o padrão OPENEHR, e para o armazenamento dos dados foi utilizado a ferramenta SQLite.
Como conclusão, pode-se verificar que os objetivos traçados no projeto foram
atingidos e os resultados são satisfatórios. Como sugestões para trabalhos futuros, ficam a
implementação do servidor na unidade básica de saúde e a interligação destas informações
ocorrendo de forma automática entre todos os servidores das unidades básicas de saúde do
município, estado e federação. O tratamento das questões de segurança e o aperfeiçoamento
da sincronização dos dados com a unidade básica de saúde.
47
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  • 1. UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - UNIJUÍ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS RAFAEL BOUFLEUR UMA APLICAÇÃO MÓVEL DE REGISTRO DE INFORMAÇÕES DE SAÚDE REALIZADO POR AGENTES COMUNITÁRIOS Santa Rosa, RS - Brasil 2012
  • 2. RAFAEL BOUFLEUR UMA APLICAÇÃO MÓVEL DE REGISTRO DE INFORMAÇÕES DE SAÚDE REALIZADO POR AGENTES COMUNITÁRIOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso da Computação, do departamento de Ciências Exatas e Engenharias, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciência da Computação. Orientador: Me. Professor Vinícius Maran Santa Rosa – RS 2012
  • 3. Dedicatória Em primeiro lugar à minha mãe Anita pelo apoio, incentivo e ajuda para a conquista deste sonho. Em segundo lugar em memória de meu tio Cláudio Telfeut que sempre acreditou e me apoiou nesta jornada. Em terceiro e não menos importante lugar à Eliane que compartilha os meus sonhos e que pacientemente tem me ajudado a superar os desafios ajudando-me para a obtenção deste conquista. Dedico à Deus, por ter tido saúde e capacidade de realizar este trabalho e que espero de alguma forma poder contribuir com a sociedade.
  • 4. AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar à minha mãe que sempre fez o possível e impossível para me auxiliar na obtenção desta conquista, pelas vezes em que passamos dificuldades e pelas muitas vezes que abriu mão de suas prioridades para me auxiliar. Mãe sem você teria sido impossível! Agradeço de coração todos os professores da instituição que foram à fonte do conhecimento e o ponto norte para a realização desta caminhada. Agradeço ao meu orientador, Professor Vinícius Maran, que teve a paciência para me auxiliar no desafio de realizar este trabalho. Obrigado pela orientação e esforço dedicado, pelas horas que me auxiliou, pela disponibilidade e cobranças que foram de fundamental importância.
  • 5. RESUMO O processo de coleta de informações realizado pelos Agentes Comunitários da Saúde (ACS) é fundamental para o funcionamento do Programa de Agentes Comunitários da Saúde (PACS), executado pelo Governo Federal. O Departamento de Atenção Básica (DAB), estrutura vinculada á Secretaria de Atenção Básica, do Ministério da Saúde, tem a missão institucional de operacionalizar essa política no âmbito da gestão federal do Sistema Único de Saúde (SUS). Através de entrevista informal realizado com o coordenador de agentes comunitários da cidade de Santa Rosa, foi possível identificar pontos à melhorar neste processo, como o tratamento das informações coletadas principalmente a redundância, o controle sobre as visitas realizadas através de visibilidade diária e registro que comprove à visita, a coleta manual de informações, a etapa de inserção dos dados coletados no sistema com a necessidade de possuir os dados inseridos no sistema de forma automática para evitar retrabalho. Através da identificação destas necessidades, foi possível propor a criação de uma aplicação móvel que auxilie neste processo de registro das informações. Este trabalho propõe a criação de uma aplicação móvel para auxiliar os ACS na realização de suas tarefas diárias através do uso de tecnologias provenientes das áreas de computação pervasiva e computação móvel. Foi possível observar através dos resultados alcançados neste trabalho à otimização do processo de coleta de informações nas visitas realizadas pelos agentes comunitários, bem como, uma aplicação móvel que atenda às necessidades de coleta de informações e que esteja inserido no ambiente dos envolvidos no processo. Palavras-chave: Computação Pervasiva, Computação Móvel, Aplicativos para a Saúde, Agentes Comunitários Saúde, Aplicação Móvel.
  • 6. ABSTRACT The process of gathering information held by Community Health Agents (CHA) is fundamental to the functioning of the Community Agents Program (PACS), run by the Federal Government. The Department of Primary Care (DAB), the structure will be linked Secretary of Primary Care, Ministry of Health, has the institutional mission to operationalize this policy within the federal management of the Unified Health System (SUS). Through informal interview conducted with the coordinator of community of the city of Santa Rosa, was identified points to improve this process, as the treatment of information collected primarily redundancy, control over the visits through visibility and daily log attesting the visit, the manual collection of information, the step of inserting the data collected in the system with the need to have data entered into the system automatically to avoid rework. By identifying these needs, it was possible to propose the creation of a mobile application that assists in the process of recording information. This paper proposes the creation of a mobile application to assist ACS in performing their daily tasks through the use of technologies from the areas of pervasive computing and mobile computing. It was observed by the results achieved in this work to optimize the process of collecting information on visits by community workers, as well as a mobile application that meets the needs of data collection and is inserted in the environment of those involved in the process. Keywords: Pervasive Computing, Mobile Computing, Applications for Health, Community Health Agents, Mobile Application.
  • 7. LISTA DE SIGLAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ACS - Agente Comunitário de Saúde ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar API - Application Programming Interface CCR - Continuity Care of Record CDMA - Code Division Multiplexing Access CID - Classificação Internacional de Doenças COPISS - Comitê de Padronização de Informações na Saúde Suplementar CRM - Conselho Regional de Medicina DAB - Departamento de Atenção Básica DATASUS - Departamento de Informática SUS/MS EHR - Electronic Health Record GPRS - General Packet Radio Service GPS – Global Position System GSM - Global System for Mobile Communications HTML - Hypertext Markup Language IBM - International Business Machines IDE – Integrated Development Environment ISO/TR - International Organization for Standardization/Technical Report J2EE - Java 2 Enterprise Edition JBEANS - Java Beans JRE - Java Runtime Environment JSP - Java Server Pages MS - Ministério da Saúde OHA - Open Handset Alliance PACS - Programa de Agentes Comunitários de Saúde PEP - Prontuário Eletrônico do Paciente
  • 8. PRC - Comitê de Padronização do Registro Clínico RES - Registro Eletrônico em Saúde SDK - Software Development Kit SGIU - Sistemas Gerenciadores de Interfaces de Usuário SIAB - Sistema de Informação de Atenção Básica SUS - Sistema Único de Saúde TIC - Tecnologia de Informação e Comunicação TIS - Tecnologia de Informação na Saúde TISS - Troca de Informação em Saúde Suplementar UBS - Unidade Básica Saúde
  • 9. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - PLATAFORMA ANDROID (ANDROID, 2012)...............................................................17 FIGURA 2 - FICHA CADASTRO (SIAB, 2012). ............................................................................25 FIGURA 3 - FICHA ACOMPANHAMENTO B-GES (SIAB, 2012). .................................................26 FIGURA 4 – TELA APLICATIVO CLINIC WEB (MARTHA, 2008). ...............................................28 FIGURA 5 - TELA APLICATIVO EINSTEIN-MOBILE (EINSTEN-MOBILE, 2012). .......................29 FIGURA 6 - DIAGRAMA ENTIDADE-RELACIONAMENTO .............................................................32 FIGURA 7 - CONEXÃO BANCO DE DADOS ..................................................................................35 FIGURA 8 - DIAGRAMA DE CLASSES ..........................................................................................35 FIGURA 9 - VISÃO GERAL ..........................................................................................................36 FIGURA 10 – DEFINIÇÃO DE MAPAS ..........................................................................................36 FIGURA 11 - TELA INICIAL APLICAÇÃO .....................................................................................39 FIGURA 12 - TELA DE CADASTRO ..............................................................................................39 FIGURA 13 - TRECHO DE CÓDIGO SALVAR ................................................................................40 FIGURA 14 - BANCO DE DADOS .................................................................................................40 FIGURA 15 - TELA DE ACOMPANHAMENTOS..............................................................................41 FIGURA 16 - ACOMPANHAMENTO DE HIPERTENSOS ..................................................................42 FIGURA 17 - MAPA COM AS FAMÍLIAS CADASTRADAS................................................................43
  • 10. LISTA DE TABELAS TABELA 1 - TESTE DE DESEMPENHO..........................................................................................44 TABELA 2 - RESULTADO DOS TESTES DE USABILIDADE.............................................................45
  • 11. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................12 1.1. Problemas e Objetivos................................................................................................12 1.2. Organização do Texto ................................................................................................13 2. COMPUTAÇÃO MÓVEL E PERVASIVA ....................................................................14 2.1. Computação Móvel ....................................................................................................14 2.2. Linguagem de Programação Java...............................................................................16 2.3. Plataforma Android ....................................................................................................17 2.3.1. APIs....................................................................................................................18 2.4. Computação Pervasiva ...............................................................................................19 3. COMPUTAÇÃO APLICADA NA ÁREA DA SAÚDE..................................................21 3.1. Sistemas de Saúde ......................................................................................................21 3.2. Padrões para a Representação de Informações de Saúde ...........................................23 3.2.1. OpenEHR ...........................................................................................................23 3.2.3. Padrão SIAB.......................................................................................................24 3.3. Aplicação da Representação de Informações de Saúde .............................................27 3.3.1. Prontuário Eletrônico do Paciente......................................................................27 4. TRABALHOS RELACIONADOS ...................................................................................28 4.1. Clinic Web..................................................................................................................28 4.2. Einstein Mobile ..........................................................................................................29 5. UMA FERRAMENTA PARA O AUXÍLIO NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA 30 5.1. Levantamento de Requisitos ......................................................................................30 5.2. Modelagem de Dados.................................................................................................31 5.3. Arquitetura de Software .............................................................................................33 5.3.1. Comunicação......................................................................................................37 6. CENÁRIO DE USO E TESTES........................................................................................38 6.1. Cenário de Uso ...........................................................................................................38 6.2. Realização de Testes ..................................................................................................44 7. CONCLUSÕES...................................................................................................................46 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................47
  • 12. 12 1. INTRODUÇÃO O programa Saúde da Família é uma das estratégias para o modelo assistencial com a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde (UBS). Cabe a estas equipes a realização do acompanhamento de uma quantidade definida de famílias em uma área geográfica definida, onde são responsáveis por atuar através de ações, na promoção da saúde. Esta equipe é composta por agentes comunitários, além de médicos, enfermeiros e auxiliares. O Ministério da Saúde (MS) é responsável por conduzir as ações direcionadas ao melhoramento da atenção básica no país através das equipes de atenção básica de saúde, seguindo princípios fundamentais de atenção básica (SANTOS, 2011). Neste cenário de prestação de serviços, as aplicações de telemedicina surgem como um grande aliado na busca de soluções técnica e economicamente viáveis para aperfeiçoarem o trabalho desenvolvido pelos agentes de saúde. Portanto a opção pela utilização da telemedicina pode ser entendida como um fator importante para melhorar consideravelmente este tipo de atendimento à população (LUNA, 2008). 1.1. Problemas e Objetivos Atualmente, as ferramentas e métodos disponíveis para realizar o trabalho dos ACS possuem problemas em relação aos processos utilizados e em relação às informações coletadas por estes agentes. Soma-se ainda, o cansaço físico que é agregado pela realização da coleta de informações a pé e o preenchimento de formulários e registros manuais de visita, que pôde ser observado em entrevistas realizadas com agentes comunitários. Estes relatórios são entregues nos postos de saúde aos quais o ACS está vinculado e posteriormente, entregues na secretaria de saúde municipal. A partir daí, todo o registro no sistema deve ser refeito, pois há a necessidade que alguém esteja fazendo a inserção dos dados contidos no formulário no sistema do posto de saúde. Além do retrabalho da digitação, a partir do momento que se faz alguma alteração ou atualização das informações, todo o trabalho precisa ser refeito, impactando diretamente na produtividade.
  • 13. 13 Estes processos geram: (i) a necessidade da realização de trabalho redundante, através do relançamento manual de informações, podendo gerar inconsistências entre os dados registrados pelos agentes comunitários de saúde e os dados recadastrados nos postos de saúde, e (ii) a incompatibilidade dos dados em relação a padrões para a representação eletrônica de informações do prontuário de saúde dos pacientes, utilizados em larga escala nos hospitais. Por isso, faz-se necessária a construção de uma aplicação móvel, que utilizando tecnologias provenientes da computação pervasiva e móvel, auxilie os agentes comunitários de saúde na realização de suas tarefas diárias tanto em municípios com alto grau de urbanização e também periferias urbanas quanto em localidades rurais. 1.2. Organização do Texto O texto está organizado da seguinte forma. No Capítulo 2 é apresentado um estudo sobre as áreas de computação móvel e computação pervasiva. No Capítulo 3 é apresentado um estudo sobre aplicação de tecnologias pervasivas em aplicação na área da saúde, sistemas de saúde e sobre padrões utilizados para a representação de informações de saúde e CCR. No Capítulo 4 é realizada uma comparação entre os trabalhos relacionados e a proposta deste trabalho. No Capítulo 5, é descrita a proposta para a Modelagem de Dados, Arquitetura de Software, Interfaces, Armazenamento de Banco de Dados, Sincronização e Comunicação. No Capítulo 6, descrevemos os testes realizados nos protótipos desenvolvidos e realizamos um cenário de uso, por fim, no Capítulo 8 apresentamos as considerações finais deste trabalho.
  • 14. 14 2. COMPUTAÇÃO MÓVEL E PERVASIVA Neste capítulo é apresentada a revisão bibliográfica das áreas da computação envolvidas na execução deste projeto. Os resultados obtidos através da integração das recentes tecnologias existentes da Computação Móvel em consonância com os conceitos computacionais de pervasividade têm apresentado ganhos consideráveis no auxílio e busca constante pela evolução de serviços bem como propicia o surgimento de outros novos. Para que seja mais fácil compreender os trabalhos resultantes dos avanços tecnológicos decorrentes da utilização da computação móvel, é necessário que tenhamos por base alguns conceitos fundamentais, que irão orientar e nortear este estudo. Desta forma, veremos a seguir alguns conceitos de fundamental importância para que tal objetivo seja atingido. 2.1. Computação Móvel Partindo-se do contexto atual, fazendo-se a análise da crescente evolução nos indicadores de acessos móveis na última década, é que percebemos surgir cada vez mais à oportunidade de desenvolvimento de serviços e recursos para estes dispositivos. Soma-se a estes dados a evolução tecnológica que estes dispositivos portáteis vêm agregando, tornando possível acessar informações onde quer que se esteja desde que haja meio para conexão à internet sem fio, pois ela é necessária e permite essa funcionalidade, somado a isso temos as questões de processamento e mobilidade que estes dispositivos incorporaram. Essa integração de dispositivos móveis à rede permite que ocorra a comunicação entre eles e qualquer outro equipamento que esteja conectado à rede e isto é que definimos como computação móvel um novo paradigma decorrente de avanços tecnológicos nos dispositivos portáteis (ROCHA, 2007). Esta crescente evolução da quantidade de dispositivos móveis torna a computação móvel mais presente a cada dia na vida das pessoas desta forma os aplicativos móveis passam a ter maior relevância e, portanto utilizados para diversas finalidades, aplicações empresariais,
  • 15. 15 pessoais, entretenimento, medicina e até mesmo com a utilização de serviços que utilizam localização. Dentro da área da saúde podemos citar diversas aplicações que servem para proceder com o monitoramento da saúde em um nível primário, pois se trata de soluções importantes que ajudam a diminuir os atendimentos hospitalares, evitando-se um colapso na rede hospitalar através da utilização de computação móvel (BARROS, 2011). A elevada taxa de crescimento da faixa de população com necessidades de cuidados médicos em ambulatório e assistência domiciliária potencia a necessidade de multiplicação de espaços inteligentes com capacidade para monitorização e assistência remota à população (FERRAZ, 2010). Algumas características que temos que ressalvar dos dispositivos móveis é questões de autonomia, comunicação, processamento e interface limitada, isto se deve pelo fato do atendimento da mobilidade destes equipamentos e que, portanto possuem certa restrição. Possíveis soluções para aumentar a autonomia dos dispositivos devem vir integradas na própria arquitetura utilizada, como hardware, software por exemplo. As infraestruturas para a computação móvel também possuem grande importância e tem um papel fundamental na funcionalidade destes equipamentos, dentre as utilizadas atualmente podemos citar: redes infraestruturadas que possuem estrutura fixa, redes Ad hocs com a utilização de sensores e redes tipo Mesh que unem as redes infraestruturadas e elementos ad hoc. No entanto, ao mesmo tempo em que as novas tecnologias eliminam fronteiras e fortalece a chamada “comunidade global”, elas também aumentam a distância que separa regiões mais pobres e menos favorecidas – sem acesso ao conhecimento e às facilidades proporcionadas pelo uso das modernas tecnologias – daquelas onde os avanços científicos e tecnológicos estão cada vez mais presentes. (PESSOA, 2006). A computação móvel trouxe maior comodidade, pois permite maior liberdade na obtenção e manipulação de informações a qualquer instante em função da necessidade da mobilidade que temos no dia-a-dia e com a propagação de infraestruturas disponíveis permitindo que sejam criadas formas novas de se trabalhar. Para compreender um pouco mais sobre a computação móvel, devem-se citar as principais tecnologias que estes dispositivos utilizam para se conectar a rede, dentre eles CDMA (Code Division Multiplexing Access), GSM (Global System for Mobile communications), 3G, GPRS (General Packet Radio Service), cada qual possui uma série de especificações e finalidades permitindo acesso mais rápido e possibilitando maior largura de banda para troca de informações (MATEUS, 1998).
  • 16. 16 Portanto a partir do conhecimento dos vários tipos de redes disponíveis é que os desenvolvedores de aplicações móveis devem ter o cuidado para estabelecer a aplicabilidade dos programas que são desenvolvidos para os dispositivos, uma vez que é preciso ter o aporte de rede para que muitos deles possam funcionar de forma adequada e satisfatória, pois a comunicação sem fio normalmente possui um custo maior com largura de banda e confiabilidade menor. No Brasil, aos poucos, começa-se a despertar para a infinidade de benefícios que a computação móvel tem trazido, e com o passar do tempo diversas aplicações estão surgindo e cada vez mais sendo utilizadas trazendo benefícios à sociedade nas mais diversas áreas (ROGÉRI, 2004). A Computação Móvel tornou-se popular a partir da grande disponibilidade de dispositivos portáteis, sendo esta a peça fundamental para a popularização dos sistemas para computação móvel, desta forma, é possível expandir a capacidade e utilização dos serviços independentes para o usuário (AUGUSTIN, 2004). As linguagens de programação têm sido um dos principais fatores que contribuíram para o aumento das funcionalidades dos dispositivos portáteis por permitem que aplicativos sejam criados para manipular o hardware, disponibilizando assim uma maior capacidade de utilização de novos recursos. 2.2. Linguagem de Programação Java Java é uma linguagem orientada a objetos, e possui uma vasta biblioteca que possibilita serem criados programas portáteis que não levam em consideração os sistemas operacionais nativos dos dispositivos. Desta forma é possível o desenvolvimento de programas e a posterior execução nos mais diversos tipos de dispositivos e com as mais diversas finalidades (GOODRICH, 2007). Por se tratar de uma linguagem de programação open source o Java tornou-se mundialmente conhecido, hoje são mais de nove milhões de desenvolvedores de software utilizando esta linguagem, características como eficiência, versatilidade, portabilidade e segurança a transformaram numa das tecnologias mais presentes em dispositivos, cerca de 4,5 bilhões em todo o mundo. O fato de ter a possibilidade de se criar um software em uma determinada plataforma e executá-la em qualquer outra se torna o principal atrativo para os desenvolvedores (Java, 2012). Desta forma, um dentre vários benefícios do Java é a possibilidade de estar desenvolvendo aplicativos para dispositivos que contenham a plataforma Android.
  • 17. 17 2.3. Plataforma Android A Google lançou em 2005 a plataforma Android desenvolvida em Linux, para ser utilizado pelos usuários, pois além de vir embarcado nos dispositivos gerenciando diversas funcionalidades de hardware e software ainda permite que o próprio usuário seja capaz de estar desenvolvendo software utilizando múltiplas funcionalidades, conforme suas reais necessidades ou para resolver problemas que passam a existir, com a ajuda de um ambiente de desenvolvimento completo (LECHETA, 2010). A plataforma Android, como pode ser vista na Figura 1, está presente nos dispositivos fabricados pelas maiores empresas de tecnologia existentes na atualidade, pois é uma plataforma completa contendo Sistema Operacional, Middleware, aplicações, um kit de desenvolvimento de software (SDK) e interface de programação de aplicativos (API), que auxiliam no desenvolvimento de software utilizando a linguagem JAVA (SCHEMBERGER, 2009). Figura 1 - Plataforma Android (Android, 2012). A plataforma Android é dividida em quatro camadas: Kernel GNU Linux, bibliotecas, framework para aplicações e as próprias aplicações completando-se pela porção runtime, necessária para que ocorra a execução dos aplicativos no dispositivo móvel. Na camada de arquitetura, Kernel Linux, é que ocorre o gerenciamento dos processos, threads, arquivos,
  • 18. 18 pastas, memória, drivers. A base para o desenvolvimento do Android é Java, desta forma está contido em seu sistema operacional a máquina virtual Dalvik que está otimizada para interpretar códigos nos dispositivos móveis, ao compilar o bytecod (.class) este é convertido para o formato da máquina virtual Dalvik chamado .dex (Dalvik Executable), que representa a aplicação Android depois de ser compilada. Após ter sido compilada a aplicação Android gera um arquivo único com a extensão .apk (Android Package File) que refere-se a aplicação que deverá ser instalada (SCHEMBERGER, 2009) . Um dos passos fundamentais para o desenvolvimento de novos projetos no Android é a configuração do ambiente de desenvolvimento, pois se faz necessário escolhermos a versão mínima de Android, uma vez que cada versão corresponde a uma API Level que corresponde a todas funcionalidades e features implementadas, ou seja, a cada nova versão do SDK Platform Android é lançado uma versão nova do SDK de APIs do Google que dá acesso aos serviços do Google. 2.3.1. APIs A Application Programming Interface (API) ou Interfaces de Programação dos Aplicativos como é mais conhecida, trata-se do conjunto das classes disponíveis a serem utilizadas durante o processo de desenvolvimento de software, é nela que estão contidas toda e quaisquer funções disponíveis que podem ser chamadas e de que forma funcionam. Em relação à disponibilidade das APIs da Google em aplicativos que utilizem serviços de mapas, por exemplo, podemos citar algumas que servem para utilizar os recursos de visibilidade de cidades, ruas, imagens no mapa. A maioria delas está localizada no pacote com.google.android.maps e no mínimo duas são necessárias para disponibilizar as ferramentas de mapeamento, sendo elas MapActivity e MapView. A MapActivity é responsável por gerenciar o ciclo de vida das atividades e serviços que funcionam por trás da MapView que exibe o mapa. Além destas APIs há a MapController que é responsável por fornecer os recursos de zoom e a MyLocationOverlay e também Overlay utilizadas para desenhar objetos e informações do usuário no mapa (LECHETA, 2010). O núcleo Android APIs está disponível em todos os telefones Android e para que seja possível a utilização destas APIs os dispositivos móveis devem possuir recursos que permitem a utilização, podemos citar ainda os serviços baseados na localização que permitem o software obter a localização do telefone através do GPS (Global Position System), as APIs de mídia para reproduzir arquivos de mídia, a API para gráficos 3D ou ainda as APIs para que seja possível acessar baixo nível de hardware (LECHETA, 2010).
  • 19. 19 Embora se tenha o conhecimento da variedade de funções, a API não deve ser confundida com o conceito de biblioteca, pois ela determina através da utilização de interface apenas os recursos disponíveis que podem ser chamados como se comportam e funcionam, portanto é de extrema importância possuir o conhecimento prévio das diversas API disponíveis para obter-se melhor resultado. Através da utilização da API que permite acessar os serviços de localização com a utilização de mapas da Google é possível que o aplicativo trabalhe de forma automática em qualquer local que esteja através da utilização de conexão à internet e aos serviços da Google e que possa ser utilizado para implementar novos paradigmas de programação que sirvam para resolver problemas antigos ou novos nas mais diversas áreas. 2.4. Computação Pervasiva A Computação Pervasiva é um paradigma computacional que trabalha com a ideia de estar disponível em qualquer lugar, representado por qualquer dispositivo independente de mobilidade, permitindo que estes façam as conexões necessárias para atender as requisições do usuário. O objetivo primário da Computação Pervasiva é fornecer aos usuários um acesso uniforme e imediato a informações e, transparentemente, suportar a execução de suas tarefas. A sua essência é um ambiente saturado com capacidade de computação e de comunicação integradas com as atividades do usuário (AUGUSTIN, 2004). O termo Computação Ubíqua e Computação Pervasiva é facilmente confundido em função de serem semelhantes ou até mesmo considerados sinônimos. Enquanto na Computação Ubíqua temos uma alta relação entre número de CPUs e usuários, na Computação Pervasiva não ocorre à preocupação com as aplicações ou a forma como deveria ocorrer esta interação entre usuário e computador, busca-se na verdade tornar presente a disponibilidade de poder computacional ao usuário em qualquer parte que ele esteja (VASSÃO, 2008). O surgimento do termo Computação Pervasiva ficou associada à IBM quando esta publicou a edição Pervasive Computing no IBM System Journal (PERVASIVE, 1999), onde nesta edição foram narrados os principais aspectos da Computação Pervasiva. Segundo YAMIN (2004), este cenário é composto pela junção de mobilidade física de usuários e software, permitindo ao usuário acessar um determinado ambiente computacional indiferente de tempo e localização.
  • 20. 20 Entende-se por ambiente pervasivo o espaço físico em que a computação esteja aplicada e funcionando de maneira invisível ou onipresente a perceptividade de usuários, interagindo com estes. Este ambiente é composto por vários atores tais como, usuários, dispositivos, redes e aplicações (RIES, 2007).
  • 21. 21 3. COMPUTAÇÃO APLICADA NA ÁREA DA SAÚDE A área da saúde possui uma vasta variedade de áreas, e assim torna-se um grande campo de aplicação do desenvolvimento de softwares que permitem ajudar a resolver velhos e novos problemas, portanto é possível aliar tecnologia com demandas necessárias na prestação de serviços aos usuários do sistema de saúde. 3.1. Sistemas de Saúde Com a efetiva evolução tecnológica aplicada na área da saúde, bons resultados têm- se atingido com o aumento na propagação de informações através da computação. Dentre os principais responsáveis por essa conquista está à computação ubíqua/pervasiva que torna possível a cada dia o surgimento de novos dispositivos computacionais que auxiliam nos cuidados da saúde (GOULART, 2006). Devido à importância das áreas com as quais a Saúde está relacionada é possível aplicar a computação pervasiva, pois se faz necessário à inclusão das informações do meio ao banco de dados dos sistemas informatizados de forma automática, estas informações obedecem a um padrão de registro eletrônico (MACHADO, 2010). Conforme determina o padrão ABNT ISO/TR 20514, os registros eletrônicos devem seguir um padrão de arquivamento, que serve de modelo para armazenar e registrar as informações que competem à saúde. Este padrão serve para padronizar a coleta das informações para que possam ser arquivadas e posteriormente acessadas (NEIRA, 2011). Conforme (LOUREIRO, 2009) a Computação Pervasiva/Ubíqua na Saúde está sendo considerada a próxima etapa da Web-based Healthcare Computing que oferece vantagens competitivas aos provedores de serviços de Saúde, com isso obtém-se melhores resultados na execução do serviço. A área de Cuidados Clínicos (Healthcare) (CPH, 2007), é uma das principais áreas de atuação da Computação Pervasiva e muitas pesquisas estão sendo desenvolvidas tanto pela indústria quanto pela academia. Pesquisas nesta área objetivam o desenvolvimento de sistemas para ambientes hospitalares e também a extensão dos cuidados médicos aos pacientes em seus próprios lares (KOMNIOS; STAMOU, 2006) (SILVA, 2009).
  • 22. 22 Segundo (MORAES, 2009) o objetivo da Pervasive Healthcare, é disponibilizar um modelo distribuído para gerenciar a saúde com a utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), tornando o cuidado da saúde disponível em qualquer lugar, momento e para qualquer pessoa ou sistema. Ressalta-se também que em conjunto aos avanços tecnológicos na área da computação, a internet vem possibilitando um maior compartilhamento da informação, desta forma surgiu a e-health que passou a ser uma área emergente integrando saúde, informação e serviços através das tecnologias relacionadas e a internet (GOULART, 2006). O uso de tecnologias para a assistência domiciliar tem sido um aliado para preencher a lacuna da demanda atual dos serviços de saúde num cenário em que o sistema de saúde tem tido aumento nas requisições deste novo tipo de atendimento. É fato que a assistência domiciliar tornou-se reconhecida pela diminuição no número de internações através da utilização de tecnologias que passam a monitorar o paciente em seu domicílio com a utilização de sensores (CARVALHO, 2011). Dentro da área de tecnologia da informação há um segmento denominado Tecnologia da Informação na Saúde (TIS), que se propõe em atender as solicitações que fazem parte da gestão de informações da área de saúde. Este setor trabalha com três grupos que se classifica quanto à sua aplicação, destacando-se a interoperabilidade de informações, colaboração entre equipes a distância e processamento de alto desempenho (RIES, 2008). O volume de informações que estes sistemas têm gerado somado à quantidade de pessoas/usuários que possuem acesso a elas, também cria uma preocupação em relação à segurança dos dados. Num âmbito geral o paciente é dono dos dados que compõem o seu prontuário médico, podendo ser acessado somente pelos profissionais que o estejam tratando ou em casos excepcionais serem acessados em atendimentos de urgência, para tanto há a necessidade dos sistemas serem dotados de arquitetura para gerenciar os privilégios de acesso à informação nos sistemas da área da saúde (CUSTÓDIO, 2010). São as seguintes áreas de atuação da Informática em Saúde: “Sistemas de Informação em Saúde, Prontuário Eletrônico do Paciente, Telemedicina, Sistemas de Apoio à Decisão, Processamento de sinais biológicos, Processamento de Imagens Médicas, Internet em Saúde, Padronização da Informação em Saúde” (ROSÁRIO, 2010). A importância que a computação assumiu em relação a sua aplicação na área da Saúde é imensurável, visto que seria difícil imaginarmos nos dias atuais o seu não envolvimento com esta área. É evidente que a saúde não teria atingido os patamares atuais em avanços tecnológicos sem o auxílio desta área das ciências exatas, o que cabe é ressaltar que a
  • 23. 23 computação tem sido a principal aliada, interagindo seja de forma presente ou onipresente, atuando como um dos principais propulsores para a melhoria contínua da saúde (SILVA, 2007). 3.2. Padrões para a Representação de Informações de Saúde As possíveis formas de representação das informações de saúde têm sido alvo de estudos, que em virtude de sua importância, buscam o melhor método para representar as informações. Em virtude disto, torna-se necessário conhecer os tipos e suas características o que impactará na decisão e influenciará a busca de se obter melhores resultados. Para que se possa construir um sistema de registro eletrônico em saúde (RES), se faz necessário incorporar os conhecimentos clínicos no desenvolvimento de tais aplicações, e isto tem sido um dos maiores desafios. Desta forma a ABNT ISO/TR 20514:2005, define que o registro eletrônico das informações em saúde deve obrigatoriamente seguir um modelo de referência (NEIRA, 2008). A inexistência de padrões e pré-requisitos que compõem a troca de dados entre as diversas instituições que prestam algum tipo de serviço relacionado à saúde, foi o fomento para que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) toma-se a atitude de normatizar a interoperabilidade eletrônica dos dados através do padrão TISS (Troca de Informação em Saúde Suplementar) (MENDES, 2009). No Brasil, para que fosse possível padronizar a transmissão e armazenamento das informações médicas criaram-se comissões formadas pelas instituições que possuem vínculo com a saúde surgindo assim o Comitê de Padronização do Registro Clínico (PRC) e Comitê de Padronização de Informações na Saúde Suplementar (COPISS), onde se definem padrões para o uso da telemedicina a nível nacional (GONÇALVES, 2010). 3.2.1. OpenEHR A Fundação OpenEHR (OpenEHR), a partir da utilização e união de diversos arquétipos propôs a criação de sistemas onde seja possível realizar a integração destes, adotando um padrão de representação que possibilite a troca de informações, desta forma podendo-se integrar diversos sistemas compartilhando informações em saúde em larga escala (NARDON, 2008). Conceitualmente o Registro Eletrônico de Saúde (RES), proposto pelo modelo OpenEHR, está baseado na modelagem de dois níveis: primeiramente o modelo de referência que possui conotação genérica no domínio da saúde que tendo uma relação de classes pré-
  • 24. 24 definidas moldam a estrutura do registro. No segundo nível encontram-se os conceitos específicos organizados na formatação de arquétipos mais templates (DIAS, 2010). Basicamente têm-se a ocorrência de um modelo dual dividido em modelo de referência e um modelo de arquétipo. O modelo de referência se compõe de classes representando uma estrutura padrão de registros eletrônicos que permitem um maior controle de acesso às informações. Já o modelo de arquétipos é mais rígido fazendo que os dados possuam restrição quanto ao conteúdo representado e as possíveis modificações permitidas no modelo de referência (FREIRE, 2008). A vantagem de poder separar o modelo OpenEHR em dois níveis é ter a liberdade de poder utilizar o modelo de arquétipos para uso exclusivo de especialistas permitindo que os desenvolvedores estejam focados exclusivamente no modelo de referência. Dessa forma o padrão OpenEHR conceitua que arquétipos devam expressar formalmente os níveis de conhecimento através de declarações que não permitam determinadas estruturas de informações (SANTOS, 2010). Em síntese, a modelagem distingue uma estrutura de referência utilizada para compor o modelo padrão para coleta e armazenamento de informações de ordem genérica contendo as propriedades comuns do registro de informações de saúde em contraposição de um modelo especializado em conhecimento específico que satisfaça um conjunto determinístico de dados clínicos (SANTOS, 2010). O modelo de referência OpenEHR descreve o conteúdo clínico a partir de uma ontologia de conceitos em saúde. Trata-se de um sofisticado modelo orientado a objetos que incorpora tipagem forte com tipos de dados muito robustos para representar a informação em saúde, como duração, período e datas parciais, medidas e dado qualitativos (NEIRA, 2008). 3.2.3. Padrão SIAB O padrão atual de coleta e processamento de informações segue as premissas constantes do Manual do Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB), pertencente ao Departamento de Atenção Básica que rege todo este processo. O modelo de Atenção Básica, constante do Programa de Agentes Comunitários (PACS), trata da união de ferramentas e tecnologias disponíveis utilizadas para assistir à saúde da população. Para entendermos como ocorre a estratégia de todo este trabalho se faz necessário o entendimento de alguns conceitos. Área corresponde ao conjunto geográfico de Microáreas que são atendidas por uma equipe PACS (1 supervisor com uma equipe de 30 agentes comunitários). Microárea é o local de atuação do agente comunitário, sendo esta um espaço
  • 25. 25 geográfico onde resida a escala de no mínimo 400 e no máximo 750 pessoas e o conjunto das Áreas contíguas formam o Segmento Territorial (SIAB, 2012). Atualmente os municípios que possuem o programa de agentes comunitários em vigor já possuem todos os segmentos territoriais definidos com suas respectivas abrangências e cada equipe do PACS tem um número sequencial de três números já definido. Todas as informações coletadas pelos agentes são posteriormente consolidadas no sistema chamado SIAB, que se trata de um sistema exclusivo desenvolvido pelo DATASUS a pedido da Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde. Todas as informações recolhidas nas fichas de cadastramento e também de acompanhamento são agregadas e processadas no sistema para que posteriormente se possam analisar os resultados consolidados. Os instrumentos atuais de coletas de dados são compostos pela ficha de cadastramento de família – Ficha-A, acompanhamento de gestantes – Ficha B- GES, acompanhamento de hipertensos – Ficha B-HA, acompanhamento de diabéticos – Ficha B-DIA, acompanhamento de pacientes com tuberculose – Ficha B-TB, acompanhamento de pacientes com hanseníase – Ficha B-HAN, acompanhamento de crianças – Ficha C (cartão da criança) e registro de atividades, procedimentos e notificações – Ficha D (SIAB, 2012). Nesta rotina são utilizados alguns instrumentos para a consolidação das informações tais como relatórios de consolidado anual das famílias cadastradas e relatórios de situação de saúde e acompanhamento das famílias. A Figura 2 é a ficha de cadastro utilizada atualmente pelos agentes comunitários. Figura 2 - Ficha Cadastro (SIAB, 2012).
  • 26. 26 As informações são coletadas na Ficha-A – Figura 2 - quando ocorre a primeira visita às famílias da comunidade, sendo este preenchimento único e unitário por família. Nela são coletadas as seguintes informações: dados de identificação da família, cadastro de todos os membros e informações que posteriormente permitem à equipe de saúde conhecer as reais condições de vida que servirão para ajudar a planejar as possíveis intervenções futuras naquela família/localidade. Também é utilizada quando é necessário atualizar quando ocorrem alterações. As Fichas de Acompanhamento são utilizadas no acompanhamento domiciliar naqueles grupos que possuem uma prioridade maior para monitoramento. Uma vez por mês, na visita mensal os dados desta ficha devem ser atualizados, para tanto, o agente comunitário fica de posse das fichas de acompanhamento. É importante ressaltar que todas as fichas de acompanhamento possuem os campos de cabeçalho iguais, e são utilizados para identificar a microárea onde está ocorrendo o acompanhamento. O processo de cadastro e acompanhamento realizado pelo agente comunitário ocorre dentro do mês todos os meses. Este possui a relação das famílias e os espaços geográficos que são de sua responsabilidade. É nelas que ele fará as visitas, ficando a cargo do próprio agente gerenciar quem ele irá visitar, bem como os dias e horários, desde que ele as realize dentro do mês e as apresente ao seu supervisor. A Figura 3 trata-se da atual ficha de acompanhamento de gestantes. Figura 3 - Ficha Acompanhamento B-GES (SIAB, 2012).
  • 27. 27 De posse do material coletado e levantado durante o mês, o agente comunitário tem por tarefa ainda digitá-las no SIAB, isto pode ocorrer ou ao longo do mês ou como e quando for necessário. Esta fase ocorre na unidade básica de saúde da área ao qual ele pertence e posteriormente o seu supervisor analisa e debate com ele os dados levantados sempre na busca da retroalimentação do sistema. 3.3. Aplicação da Representação de Informações de Saúde Com o surgimento dos padrões de representação das informações de saúde se fez necessário regulamentar no Brasil a aplicação da representação de informações de saúde, desta forma torna-se possível à interoperabilidade das informações. 3.3.1. Prontuário Eletrônico do Paciente As diversas demandas requeridas pela saúde como qualidade, eficiência e segurança na tomada de decisão partem da correta consulta aos registros eletrônicos dos pacientes que com o passar do tempo tem servido de referência. Desde o surgimento dos primeiros registros médicos provenientes dos pioneiros sistemas eletrônicos para armazenamento de informações hospitalares a informática médica ajudou a evoluir as práticas médicas (REIS, 2011). O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), ou como também é conhecido Eletronic Health Record (EHR), neste âmbito tornou-se rapidamente relevante no compartilhamento de registros de dados clínicos devido a portabilidade dos dados, utilizado no compartilhamento das informações pois permite que através da pesquisa clínica seja possível aprimorar os cuidados aos pacientes bem como gerar novos conhecimentos. No Brasil a extrema importância adquirida pelo EHR tem servido como um imenso repositório de informações que são armazenadas eletronicamente contendo o histórico formado ao longo da vida do indivíduo. Os benefícios provenientes do levantamento destas informações a partir da disponibilidade dos dados é um dos diversos fatores que auxiliam na melhoria do cuidado da saúde (REIS, 2011).
  • 28. 28 4. TRABALHOS RELACIONADOS Neste capítulo serão apresentados dois exemplos de aplicativos que estão relacionados ao tema de utilização de dispositivos móveis na área da saúde. Estes aplicativos possuem a função de estar auxiliando o acesso às informações através da substituição do prontuário em papel por um meio eletrônico. 4.1. Clinic Web O Clinic Web é um projeto que unifica as tecnologias disponíveis de prontuário eletrônico com dispositivos móveis. Através da disponibilização de um Prontuário Eletrônico do Paciente na Web, que permite consultar as agendas através da utilização de um celular bem como as informações inseridas numa prancheta eletrônica resultantes da transcrição destes dados que antes eram inseridos em prontuários de papel. O sistema foi desenvolvido para um ambiente WEB em J2EE (Java 2 Enterprise Edition) projetado em três camadas, na apresentação: JSP (Java Server Pages), HTML e Javascript, na camada de negócios: JBeans (Java Beans) e na camada de dados MySQL. Na figura 4, é apresentada a tela do aplicativo. Figura 4 – Tela Aplicativo Clinic Web (MARTHA, 2008).
  • 29. 29 Na próxima seção será apresentado o segundo aplicativo utilizado na área da saúde, como exemplo de aplicação utilizado em hospital. 4.2. Einstein Mobile Um dos hospitais mais modernos da América Latina, situado na cidade de São Paulo conhecido como Albert Einstein, utiliza uma aplicação médica para iPhone. O aplicativo inclui acesso às informações de pacientes (resultados de exames, passagens, prescrição de medicamento, contato), cadastros médicos (CRM, especialidades), comunicação entre médicos e pacientes, e consulta às agendas cirúrgicas e também consulta integrada ao CID (Classificação Internacional de Doenças), (EINSTEIN-MOBILE, 2012). O aplicativo encontra-se disponível na relação de aplicativos do iPhone disponíveis para baixar, identificado com o nome Einstein-Mobile, é relevante lembrar que somente médicos possuem acesso às informações médicas no aplicativo. Na Figura 5, é apresentada a tela do aplicativo. Figura 5 - Tela Aplicativo Einstein-Mobile (EINSTEN-MOBILE, 2012). Após ter estudado a funcionalidade das aplicações citadas, pode-se notar que nenhuma delas trata o problema dos ACS que é a definição do escopo deste trabalho, baseado nestas informações é que está proposto a seguir uma solução a ser utilizada.
  • 30. 30 5. UMA FERRAMENTA PARA O AUXÍLIO NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA A seção a seguir apresenta o levantamento de requisitos necessários para que seja possível integrar um dispositivo móvel na rotina do agente comunitário e solucionar os problemas encontrados atualmente. 5.1. Levantamento de Requisitos Através de entrevista informal com o coordenador de agentes comunitários da cidade de Santa Rosa, que teve como objetivo principal entender a rotina atual dos agentes e processos envolvidos foi possível identificar vários problemas. Para que se possa compreender, o processo atual ocorre da seguinte forma. Em cada posto de saúde há um grupo de agentes comunitários, todos os agentes possuem uma relação de tarefas, ou seja, é responsável por cadastrar todas as famílias pertencentes à sua microrregião que é previamente estabelecida e dentro desta microrregião o agente é responsável também por estar preenchendo as fichas de acompanhamentos de doenças. Os problemas encontrados referem-se à parte de preenchimento manual destes formulários, uma vez que após os dados terem sidos coletados em campo, estes dados precisam ser inseridos posteriormente no sistema. Além deste retrabalho foi possível identificar que muitos dos dados coletados nos formulários são redundantes e precisam ser preenchidos a cada visita, quando seria possível dispor destes dados de forma automática e somente proceder à atualização destes. Atualmente não existe nenhuma determinação e controle das visitas dos agentes, o processo ocorre conforme a organização de cada agente e não há uma padronização, pois cada agente molda sua própria rotina, não há uma forma de comprovar que o agente esteve realmente realizando as visitas. Cabe a ele estipular quem irá visitar e quando, e muitas vezes a inúmera quantidade de famílias pertencentes à sua microrregião propicia que sejam cometidos erros de frequência de visita a determinadas famílias. Outro fator observado é que o agente vai acumulando ao longo do mês todas as fichas de acompanhamento e de cadastro,
  • 31. 31 ou seja, todos estes documentos ficam de posse do agente e não há segurança que estes dados possam acabar sendo perdidos ou extraviados. Apenas uma vês por mês o agente vai até o posto de saúde e ele próprio procede com a inserção dos dados no sistema do posto de saúde. Outro problema detectado ocorre quando há a substituição de um agente, pois para o novo agente fica difícil localizar onde estão as famílias que ele precisa estar realizando o acompanhamento, pois pode não ter sido ele que tenha feito o cadastro. A partir destes problemas detectados é que propõem-se a criação de uma aplicação móvel que tem por objetivo geral o registro de informações de saúde realizado por agentes comunitários. Visando esse objetivo geral, o aplicativo tem por objetivos específicos os itens a seguir: - Permitir o cadastro/consulta das famílias; - Permitir o acompanhamento das famílias; - Localizar automaticamente as famílias a partir do local atual do agente; - Substituir o formulário de papel por aplicação; - Possibilitar a descarga das informações coletadas para interoperabilidade das informações coletadas; Visando alcançar estes objetivos é necessário fazer o tratamento de todas estas informações a serem levantadas pelos agentes para que possam ser armazenadas, desta forma, na seção seguinte está descrito a modelagem dos dados. 5.2. Modelagem de Dados Para que os resultados atingidos tivessem uma qualidade superior, antes de começar a parte de programação deste aplicativo foi necessário estudar a parte de modelagem dos dados dos formulários, pois isto impacta diretamente na lógica da programação. A seguir foi montado um esquema para o banco procurando abstrair as informações dos formulários e traduzi-las no diagrama entidade-relacionamento que consta na Figura 6.
  • 32. 32 Figura 6 - Diagrama Entidade-Relacionamento Dentro da aplicação foram criadas as seguintes tabelas a partir do diagrama entidade- relacionamento: - agente_comunitario: nesta tabela são armazenados os dados cadastrais dos agentes comunitários, necessários para o preenchimento dos cabeçalhos das fichas de acompanhamento; - cadastro_familia: nesta tabela são armazenados os dados cadastrais da família para que seja possível realizar a atualização cadastral que consta nos formulários de acompanhamento; - doenca_condicao: nesta tabela são armazenados os dados cadastrais das doenças aos quais os agentes são responsáveis de fazer acompanhamento; - endereco: nesta tabela são armazenados os dados cadastrais contendo o id do agente comunitário, a microárea e dados de endereço de todas famílias cadastradas; - FichaBGES: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de acompanhamento de gestantes; - FichaBHA: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de acompanhamento de hipertensos; - FichaBDIA: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de acompanhamento de diabéticos;
  • 33. 33 - FichaBTB: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de acompanhamento de tuberculose; - FichaBHAN: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de acompanhamento de hanseníase; - FichaC: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de acompanhamento da criança; - FichaD: nesta tabela são armazenados os dados coletados da ficha de registro de atividades, procedimentos e notificações; Para uma maior compreensão sobre o diagrama segue as ações que ocorrem. A tabela Família está relacionada com a tabela Acompanhamento que possui como evento as visitas diárias realizadas pelo agente. Uma família pode ter vários históricos de endereço, vários moradores e diversos tipos de acompanhamento, é a partir dela que serão levantados os históricos do grupo familiar e por sua vez o acompanhamento é realizado pelo agente comunitário. Todo e qualquer acompanhamento possui um registro, que se referem aos tipos de acompanhamentos realizados dentro daquele grupo familiar, neste registro está contido todas as ocorrências com relação aos grupos familiares onde ocorreram e desta forma cada tipo de registro conterá as informações já levantadas. A tabela Endereço possui os dados de endereço das famílias, que contém como evento o registro de todos os endereços de cada família. A tabela endereço ainda relaciona-se com outras tabelas que são necessárias para levantar informações adicionais de cada grupo familiar que também passam a ser dados da família para entender a realidade de cada grupo e direcionar as ações para solução de possíveis problemas. São levantados dados sobre a destinação do lixo, tipo de casa, tratamento de água, tipo de abastecimento de água e destinos de fezes e urina. Através do reconhecimento dos relacionamentos e funcionalidades necessárias para desenvolver o aplicativo, a seguir segue a arquitetura utilizada para fazê-lo. 5.3. Arquitetura de Software Procurando atender as especificações de cada tabela foi levado em consideração o manual do SIAB, nele são descritos quais as informações que são coletadas pelos agentes comunitários em cada tipo de acompanhamento, desta forma todos os campos das tabelas tiveram seus tipos de dados formatados para receber tal informação através da tela do aplicativo.
  • 34. 34 Após ter estudado os requisitos do sistema é que se pode implementar o banco de dados do aplicativo. Utilizando-se a ferramenta SQlite Expert Personal 3.4.21.2243, foi criado as tabelas que são manipuladas através de comandos SQL dentro da própria aplicação. Para que isto fosse possível, foi necessário importar o banco de dados com as tabelas criadas com a ferramenta SQlite para dentro da aplicação através da funcionalidade do File Explorer, desta forma a aplicação consegue manipular as tabelas dentro da própria aplicação. Para que a aplicação possa manipular os dados foi necessário criar uma classe Data.java, esta é responsável por fazer a conexão com o banco de dados e manipular todo e qualquer dado das tabelas criadas. Dentro do sistema operacional Android ocorre o controle do ciclo de vida das telas ou como é chamado activity. Desta forma, o próprio sistema controla os diferentes estados da execução das telas entre execução, parada ou pausada (LECHETA, 2010). Na aplicação todas as telas criadas são subclasses da classe Principal. A classe responsável por controlar o ciclo de vida de todas as telas chama-se Ciclo de Vida, desta forma há um maior controle sobre as telas que estão sendo executadas e a correção de qualquer problema que possa ocorrer em tempo de execução. A partir da tela Principal, o usuário pode escolher uma das seguintes opções, Cadastro, Acompanhamento e Mapa. A classe Cadastro.java é responsável por apresentar o resultado da consulta ao banco de dados quando a aplicação é iniciada através da opção Mapa retornando as informações da imagem da família que fora selecionada no mapa ou através da seleção da família que pode ocorrer diretamente na tela Cadastro. A classe Acompanhamento.java é responsável por apresentar ao usuário os diversos tipos de acompanhamentos disponíveis e também por chamar as subclasses com os tipos de formulários a serem selecionados no momento da visita. A classe Mapa.java apresenta na tela do dispositivo móvel a atual localização do usuário com as famílias disponíveis para atendimento próximos a sua localização e possibilita que o usuário navegue pelo mapa e consiga selecionar a família a qual será prestado o acompanhamento através de um duplo clique na tela sobre a família desejada. A clase Data.java é responsável por executar todos os comandos SQL no banco de dados, executando todos os comandos de inserção, deleção ou atualização das informações feitas pelo usuário, a Figura 7 apresenta um trecho do código responsável por fazer a conexão com o banco de dados.
  • 35. 35 Figura 7 - Conexão Banco de Dados A Figura 8 apresenta o Diagrama de Classes da aplicação. Figura 8 - Diagrama de Classes
  • 36. 36 Uma visão geral do aplicativo pode ser visualizado na Figura 9, em resumo o software é formada por uma aplicação móvel que permite acessar as funcionalidades de cadastro de famílias e acompanhamento, por um banco de dados onde estão modelados as informações e pela conexão com a internet que permite acessar os recursos de internet para visualizar as informações no mapa. Figura 9 - Visão Geral Para exibir o mapa na tela do aplicativo foi necessário utilizar a classe com.google.android.maps.MapView através da importação do pacote com.google.android.maps como pode ser visualizado no trecho de código da Figura 10. Figura 10 – Definição de Mapas
  • 37. 37 5.3.1. Comunicação Por se tratar de uma aplicação móvel, faz-se necessário que o aplicativo esteja em contínua comunicação com o servidor da unidade básica de saúde ao qual o agente comunitário esteja atrelado. Desta forma é possível manter os dados atualizados em tempo real. O objetivo de tal comunicação é poder criar a interoperabilidade das informações coletadas, permitindo que estas possam estar em constante atualização. Pensemos no seguinte cenário: Ao procurar um hospital dentro do próprio município ou qualquer estado, seria possível levantar os dados do paciente através da consulta a um banco de dados que acumulasse as informações de todos os agentes comunitários a nível federal. Desta forma, indiferente do lugar que se estivesse, no momento de fazer o atendimento, seria possível levantar os dados históricos do paciente antes de realizar a consulta e através do acesso a estas informações ganhar-se tempo e precisão no atendimento. Para isto, a aplicação permite que futuramente sejam feitas descargas com as informações já coletadas pelos agentes comunitários que são recebidas na unidade básica de saúde, desta forma não seria necessário o retrabalho de digitar as informações posteriormente no SIAB dentro da unidade básica de saúde que hoje é um processo que precisa ser feito.
  • 38. 38 6. CENÁRIO DE USO E TESTES Utilizando um cenário de uso fictício, abaixo serão apresentados alguns passos e telas do aplicativo para que se tenha um esboço das funcionalidades do aplicativo através de descrições objetivas. Também será apresentado o resultado de alguns testes da aplicação. 6.1. Cenário de Uso O cenário de uso apresentado a seguir tem como objetivo retratar a realidade do cotidiano de um agente comunitário executando as suas tarefas rotineiras dentro do seu ambiente de trabalho, levando-se em consideração o seu deslocamento, geoposição e deveres a cumprir durante o seu dia de expediente. Para o correto funcionamento do aplicativo, parte-se da premissa que o agente comunitário já esteja na rua, que possua uma conexão à internet via pacote de dados de operadora celular, que esteja de posse de um dispositivo móvel com a aplicação instalada e que já tenha recebido treinamento sobre a aplicação. A partir da Tela Inicial o agente comunitário terá três opções de seleção, uma para a Tela de Cadastro, outra opção para a Tela de Acompanhamentos e por último a Tela Mapa. Ambas serão acessadas através de botão onde a opção escolhida pelo usuário é que definirá a ação a ser executada pelo aplicativo para dar início à sequência de utilização. A Figura 11 exibe na prática como será a tela que irá nortear o trabalho do agente comunitário no dia-a-dia, permitindo que execute sua rotina com maior facilidade, de forma prática e de fácil memorização. Desta forma o agente não precisará mais possuir uma imensa quantidade de formulários, pois todo o serviço poderá ser realizado com a simples utilização do aplicativo.
  • 39. 39 Figura 11 - Tela Inicial Aplicação Quando o usuário clica sobre a opção Cadastro é exibido à tela da Figura 12, nela o agente comunitário poderá selecionar uma das famílias que consta da sua base de visitas ou ainda poderá executar o cadastro de uma nova família e após salvar as atualizações executadas. Figura 12 - Tela de Cadastro
  • 40. 40 Após o usuário acionar a opção salvar, o aplicativo através do reconhecimento do clique do botão que ocorre com o método setOnClickListener, captura todas as informações que foram digitadas nos campos e chama a classe responsável por fazer a conexão com o banco de dados e posteriormente insere as informações no banco. A Figura 13 mostra um trecho de código onde está implementado o método salvar. Figura 13 - Trecho de Código Salvar Depois de ter salvado as informações, estas serão inseridas na respectiva tabela do banco de dados, neste caso a tabela de cadastros, na Figura 14 temos um exemplo de dados que foram inseridos através da tela cadastro do banco de dados. Figura 14 - Banco de Dados Para realizar os acompanhamentos, o usuário poderá executar a tela de Acompanhamentos exibidos na tela inicial, nela será apresentada os tipos de acompanhamentos que poderão ser realizados, ficando a cargo de o agente estar selecionando a opção correspondente, a tela é apresentada na Figura 15.
  • 41. 41 Figura 15 - Tela de Acompanhamentos A partir desta tela, para que se tenha um exemplo, fora selecionado aleatoriamente pelo agente comunitário o acompanhamento de hipertensos através do botão Ficha B-HA, lembrando que o botão FICHA B-GES refere-se ao acompanhamento de gestantes, o botão FICHA B-DIA refere-se ao acompanhamento de diabéticos, o botão FICHA B-TB refere-se ao acompanhamento de tuberculose e o botão FICHA B-HAN refere-se ao acompanhamento de hanseníase, cada botão segue o padrão das fichas tal qual é apresentando no treinamento do SIAB. Na figura 16, segue exemplo do acompanhamento de hipertensos. Na tela de hipertensos está implementado o método Spinner que é responsável por fazer uma consulta ao banco de dados e exibir dentro do choice-box todas as famílias que estão cadastradas e após a seleção, os dados são carregados automaticamente, para que o agente comunitário faça a atualização dos dados, ou apenas os mantenha salvo.
  • 42. 42 Figura 16 - Acompanhamento de Hipertensos Partindo-se da tela principal, também é possível estar selecionando a opção Mapa, que através do clique sobre o botão Mapa irá carregar na tela a partir da localização centralizada do agente em relação a posição atual, quais são as famílias que estão cadastradas ao seu redor. Esta tela possibilita ainda que o agente comunitário possa interagir com o mapa, clicando sobre uma das famílias cadastradas, representado aqui pela imagem da Saúde da Família. Desta forma, se o agente não se recordar do nome de uma família ao qual ele tenha que realizar o atendimento ou se ele quiser realizar o atendimento levando-se em consideração à sua localização atual, basta ele acessar a opção Mapa. Desta forma, enquanto ele estiver se deslocando pelo seu roteiro, as famílias vão sendo exibidas no mapa para que ele possa estar sempre atualizado. Após ter clicado sobre uma das famílias, a tela de Acompanhamentos é carregada e o agente pode estar executando-o conforme a opção selecionada no mapa.
  • 43. 43 Figura 17 - Mapa com as famílias cadastradas No decorrer do dia a rotina do usuário com relação à aplicação será orientada da forma apresentada anteriormente, basicamente ele terá que estar selecionando a opção desejada para que o aplicativo o auxilie na rotina de coleta de informações. Através do cenário de uso apresentado conclui-se que o aplicativo atende às intenções propostas neste trabalho, permitindo que o usuário consiga realizar as visitas dentro da sua microrregião, realizando tarefas de cadastro e acompanhamento que na verdade são suas obrigações. Pode-se observar ainda que existem outras melhorias que poderiam estar sendo implementadas e outras criadas, porém estas alterações precisam ser primeiramente inclusas dentro do Programa de Agentes Comunitários para posterior implementação, um dos pontos que pode influenciar o desempenho do aplicativo é a demora de carregamento do mapa que depende de conexão com a internet e que na realidade tanto local como a nível nacional
  • 44. 44 deixam a desejar, mas que no formato atual não impediram que o aplicativo funcionasse com êxito. 6.2. Realização de Testes Na parte de realização de testes, estes foram executados com objetivo de verificar o desempenho em relação ao tempo de carregar o aplicativo ao iniciar, o tempo de carregar o mapa, fazer as consultas no banco de dados e o tempo de transição entre as telas. Todos estes testes foram executados levando-se em consideração as regras de negócio e condições de carga normal sobre o trabalho executado. A Tabela 1 mostra os resultados obtidos nos testes. Tabela 1 - Teste de Desempenho Função Tempo de resposta em (ms) Inicialização da aplicação 784 Carregamento do Mapa 824 Consulta ao Banco de Dado 932 Tempo de Transição Telas 302 Através dos resultados obtidos, é possível notar que o tempo para as respostas dos eventos é pouco significativo. É importante ressaltar que o tempo de carregamento do mapa foi testado numa conexão 3G, com velocidade 1Mb/s. As variações que ocorrem neste tempo é fortemente influenciada pelo tipo de conexão existente, uma vez que o mapa precisa ser carregado da internet pois trata-se de uma API da Google disponível para programação com o Android SDK. Quanto aos quesitos de usabilidade estudados, foram questionados de forma informal, alguns pontos, com pessoas relacionadas a área, variando numa escala entre 0 a 5, conforme a Tabela 2. Com relação aos resultados alcançados à Satisfação em relação ao uso do sistema e lembrança de uso de comandos obteve-se 100% da pontuação, em relação às expectativas que o sistema propôs fazer, sequência de telas, tempo para aprender o sistema e número de passos atingiu-se 94% dos pontos. Os quesitos de quantidade de informação nas telas, aprendizado para usar o sistema, leiaute de telas, organização da informação atingiu-se 88% dos pontos. Quanto ao tratamento da falha ocorrida trata-se do não carregamento do mapa em virtude da
  • 45. 45 velocidade de conexão com a internet. Os dados dos questionamentos são apresentados na Tabela 2. Tabela 2 - Resultado dos Testes de Usabilidade Questões 1º Avaliador 2º Avaliador 3º Avaliador Resultado Satisfação em relação ao uso do sistema 5,0 5,0 5,0 5,0 Em relação a sua expectativa ao que o sistema propôs fazer 5,0 4,0 5,0 4,7 Os leiautes das telas foram úteis 5,0 3,0 4,0 4,0 Quantidade de informação mostrada na tela 4,0 5,0 4,0 4,3 Organização da informação 4,0 4,0 4,0 4,0 Sequência de telas 5,0 4,0 5,0 4,7 Aprendizado para operar o sistema 5,0 4,0 4,0 4,3 Tempo para aprender a usar o sistema 4,0 5,0 5,0 4,7 Lembrança de uso de comandos 5,0 5,0 5,0 5,0 Número de passos para executar uma tarefa 4,0 5,0 5,0 4,7 Falhas de sistema que ocorreram 0,0 1,0 0,0 0,3
  • 46. 46 7. CONCLUSÕES O trabalho executado pelos Agentes Comunitários de Saúde é de suma importância para o perfeito andamento do Programa de Agentes Comunitários. É fato que a rotina atual de coleta de informações possibilita que vários erros sejam cometidos bem como se percebe todo o retrabalho e perda de tempo para a consolidação dos dados levantados. Desta forma, percebe-se a carência da utilização de tecnologias para ajudar o processo da coleta de informação e apresentar dados em tempo real. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma aplicação móvel para a coleta destas informações, que possa ser executado num dispositivo móvel que esteja rodando o sistema operacional Android, através da utilização dos conceitos de computação móvel e computação pervasiva. Desta forma é possível otimizar o processo e obter melhores resultados de eficiência e eficácia na rotina diária de um Agente Comunitário, e tornando os dados disponíveis para a interoperabilidade da informação. Para o desenvolvimento da aplicação foram utilizados a versão Java – Eclipse em conjunto com o SDK Android 2.2 com. Para a modelagem das informações médicas seguiu-se o padrão OPENEHR, e para o armazenamento dos dados foi utilizado a ferramenta SQLite. Como conclusão, pode-se verificar que os objetivos traçados no projeto foram atingidos e os resultados são satisfatórios. Como sugestões para trabalhos futuros, ficam a implementação do servidor na unidade básica de saúde e a interligação destas informações ocorrendo de forma automática entre todos os servidores das unidades básicas de saúde do município, estado e federação. O tratamento das questões de segurança e o aperfeiçoamento da sincronização dos dados com a unidade básica de saúde.
  • 47. 47 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Anatel, Disponível em: <http://www.anatel.gov.br> Acesso em: 12 mai. 2012. Android. Disponível em: <http://www.android.com> Acesso em: 01 out 2012. AUGUSTIN, Iara. Abstrações para uma Linguagem de Programação Visando Aplicações Móveis em um Ambiente de Pervasive Computing. 2004. 194 f. Tese (Doutorado em Ciência da Computação), Programa de Pós Graduação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2004. BARNES, David J; KÖLLING, Michael. Programação Orientada a Objetos com Java. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2004. BARROS, Victor F. A. et al. Aplicativo Móvel para Automação e Monitoração do Sistema de Atenção Primária a Saúde. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/cadernosdeinformatica/article/view/v6n1p241-244>. Acesso em: 22 mai. 2012. BRASIL, Ministério da Saúde. Cadernos de atenção básica – Programa da Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. BROGDEN, Bill; MINNICK, Chris. Desenvolvento E-Commerce com Java, XML e JSP. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2002. CARVALHO, Sergio Teixeira de; COPETTI, Alessandro; FILHO, Orlando Gomes Loques. Sistema de computação ubíqua na assistência domiciliar à saúde. JOURNAL OF HEALTH INFORMATICS, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 51-7, abr./jun. 2011. Disponível em: <http://www.jhi-sbis.saude.ws/ojs-jhi/index.php?journal=jhi- sbis&page=issue&op=view&path%5B%5D=16>. Acesso em: 26 out. 2011. CPH. Center for Pervasive Healthcare. 2007. Disponível em <http://www.cfph.dk>. Acesso em: 29 mar. 2012 CUSTÓDIO, Igor Vitório. H-PMI: UMA ARQUITETURA DE GERENCIAMENTO DE PRIVILÉGIOS PARA SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DA ÁREA DE SAÚDE. 2010. 139f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação), Programa de Pós Graduação em Ciência da Computação, Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, 2010. DEITEL, Harvey M.; DEITEL, Paul. J. Java: como programar. 6.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. DIAS, Rigoleta Dutra Mediano; FREIRE, Sergio Miranda. Arquétipos para Representar as Informações Demográficas em Saúde. In: Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, 2010, Porto de Galinhas. Anais Porto de Galinhas: CBIS, 2010.
  • 48. 48 FERRAZ, David et al. Monitorização Vital e Ambiental para Grupos de Pacientes recorrendo a Redes de Sensores. Disponível em: <http://isus.ufp.pt/wp- content/uploads/ferraz2010_cisti.pdf>. Acesso em: 11 out. 2011. EINSTEIN-MOBILE, Disponível em: < http://medicalsuite.einstein.br/einstein-mobile.asp> Acesso em: 07 nov. 2012. FREIRE, Sergio Miranda et al; Utilizando o Modelo Dual para a Representação e Persistência de Contexto em Aplicações Ubíquas de Telemonitoramento. In: Workshop de Informática Médica, 2008, Belém. Anais Pará: WIM, 2008. Fundação OpenEHR. Disponível em: <http://www.openehr.org>. Acesso em: 02 jul. 2012. GOODRICH, Michael T.; TAMASSIA, Roberto. Estrutura de Dados e Algoritmos em Java. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. GONÇALVES, Luciano Witt. Prontuário Eletrônico do Paciente Adotando Padrões para a Telemedicina no Brasil. 2010. Monografia, Instituto de Informática, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. GOULART, Leandro J. et al. Saúde e Tecnologia da Informação: Convergência e Mobilidade. In: Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, 2006, Bauru. Anais Bauru: CBSIS, 2006. HORSTMANN, Cay. Big Java. Porto Alegre: Bookman, 2004. Java, Disponível em: <http://java.com/pt_BR/about/> Acesso em: 20 jun. 2012. JUNIOR, Moacir Alves de Campos. Arquitetura de computação em grade aplicada à saúde: Um estudo de caso em bioinformática para oncologia. 2008. 145f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica), Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2008. KOMNINOS, A.; STAMOU, S. HealthPal: Na Intelligent Personal Medical Assistant for Supporting the Self-Monitoring of Healthcare in the Ageing Society. In: Proceedings of UbiHealth 2006: The 4th International Workshop on Ubiquitous Computing for Pervasive Healthcare Applications. UbiHealth 2006,2006. LECHETA, Ricardo R. Google Android: Aprenda a criar aplicações para dispositivos móveis com o Android SDK. 2.ed. São Paulo: Novatec Editora, 2010. LOUREIRO, Antonio Alfredo Ferreira et al. Computação Ubíqua Ciente de Contexto: Desafios e Tendências. In: Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos, 27, 2009, Recife. Anais. Recife: SBRC, 2009. LUNA, Alexandre José Henrique de Oliveira. ABORDAGEM DA ENGENHARIA DE REQUISITOS EM PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA TELESSAÚDE/TELEMEDICINA. 2008. 79 f. Monografia (Mestrado em Ciência da Computação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008. MACHADO, Alencar; LIBRELOTTO, Giovani Rubert; AUGUSTIN, Iara. Ferramenta para Definição de Contexto pelo Usuário-Final na Programação de Tarefas Clínicas em um
  • 49. 49 Sistema de Saúde Pervasivo. In: II Simpósio Brasileiro de Computação Ubíqua e Pervasiva, 2010. Minas Gerais. Anais Minas Gerais: SBCUP, 2010. MARTHA, Amilton Souza et al. Clinic Web: PEP e interação com dispositivos móveis. Disponível em: < http://www.sbis.org.br/cbis/arquivos/749.pdf>. Acesso em: 07 nov. 2012. MATEUS, Geraldo Robson et al. Introdução à Computação Móvel. Disponível em: <http://homepages.dcc.ufmg.br/~loureiro/cm/docs/cm_livro_1e.pdf>. Acesso em: 12 mai. 2012. MENDES, Simone Fabiano et al. Uma análise da implantação do padrão de troca de informação em saúde suplementar no Brasil. JOURNAL OF HEALTH INFORMATICS, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 61-7, out./dez. 2009. Disponível em: < http://www.jhi- sbis.saude.ws/ojs-jhi/index.php?journal=jhi- sbis&page=article&op=view&path%5B%5D=86&path%5B%5D=97>. Acesso em: 02 jul. 2012. MORAES, João Luís Cardos de; SOUZA, Wanderley Lopes de; Prado, Antonio Francisco do. Ambiente de Computação Ubíqua para o Cuidado de Saúde Pervasivo (ACUCSP), 2009. Disponível em: <http://www.lbd.dcc.ufmg.br/colecoes/semish/2009/006.pdf>. Acessado em: 22 out. 2011. MS. Disponível em: <http://www.conasems.org.br/site/index.php/area-de- arquivos/finish/69/329/> Acesso em: 12 jul. 2012. NARDON, Fabiane Bizinella et al. Construção de Aplicações em Saúde Baseadas em Arquétipos. In: Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, 2008, Campos de Jordão. Anais Campos de Jordão: CBSIS, 2008. NETO, Augusto J. Venâncio et al. Aplicativo Móvel para Automação e Monitoração do Sistema de Atenção Primária a Saúde. 2011. Disponível em: < http://seer.ufrgs.br/cadernosdeinformatica/article/view/v6n1p241-244>. Acessado em: 27 out. 2011. NEIRA, Ricardo Alfredo Quintano; NARDON, Fabiane Bizinella; JR, Lincoln de Assis Moura; LEÃO, Beatriz de Faria. Como Incorporar conhecimento aos sistemas de registro eletrônico em saúde? In: Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, 2011. Disponível em: <http://www.sbis.org.br/cbis11/arquivos/913.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2012. NIELSEN, Jacob; LORANGER, Hoa. Usabilidade na Web Projetando Websites com qualidade. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2007. Open Handset Alliance – OHA. Disponível em: <http://www.openhandsetalliance.com/oha_members.html> Acesso em: 07 jun 2012. PERVASIVE Computing. IBM System Journal, New York, v. 38, n. 4, 1999. Disponível em < http://www.research.ibm.com/journal/sj38-4.html>. Acesso em: 23 jun. 2012.
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