SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
Baixar para ler offline
EDITORIAL

Depois de muita pressão do movimento lojista, o governo parece disposto a
fixar regras para a indústria de cartões de crédito. O movimento lojista
de forma alguma se opõe à indústria de cartões de crédito, contudo apoia
o governo em todas as medidas que imponham limites ao que seja fora do
razoável nas relações com os lojistas e consumidores brasileiros.

Para que todos nós, lojistas e consumidores, possamos entender melhor
como funciona a indústria de cartões de crédito, nós do movimento lojista
preparamos esta cartilha com perguntas e respostas. Dentre várias in-
formações importantes, você ficará sabendo o que o movimento lojista
tem feito a favor da sua empresa e de seu cliente - seu maior patri-
mônio - para diminuir a cobrança de taxas abusivas e a falta de autor-
regulamentação.

Neste documento, você lojista, poderá comparar quanto se paga às admi-
nistradoras de cartões em outros países e saber por que os nossos custos
são tão altos. Para o consumidor, preparamos, com exemplos práticos,
quanto ele pagará se parcelar o débito, e ainda, se os juros aplicados
são abusivos ou não.

É possível ainda sabermos que o comerciante gasta 4,5% dos seus custos
com o sistema simplificado de pagamento de impostos das micro e pequenas
empresas, o Supersimples, e, no entanto, paga o absurdo de 10% com o custo
total dos cartões.

Só com a conscientização de todas as taxas e custos que pagamos e de como
a indústria de cartões não tem regulamentação, poderemos exigir a pro-
teção dos nossos direitos e vencer esta árdua batalha. Estamos buscando
uma solução rápida e negociada para todas estas questões e que seria
ideal: as administradoras de cartões de crédito, o comércio e os consumi-
dores juntos, propondo uma melhora para a situação atual.

Já vencemos a primeira batalha desta luta. A partir de 1º de julho de
2010, acontecerá a unificação das máquinas de cartões de crédito, que
impactará positivamente na redução de seus custos e também na sua força
de negociação. Esta pode ser considerada a Lei Áurea do comércio, pois a
partir de agora, você, lojista, deixará de ser escravo da indústria dos
cartões de crédito e terá liberdade e força para negociar com a empresa
que lhe propiciar as melhores condições.



               Roque Pellizaro           Roberto Alfeu
             Presidente da CNDL    Presidente do SPC Brasil
ÍNDICE



REALIDADE DOS CARTÕES DE
CRÉDITO BRASILEIROS ....................   02
NOSSA BANDEIRA .........................   12
NOSSAS CONQUISTAS ......................   15
PRÓXIMOS PASSOS ........................   20
FAÇA DESTA A SUA BANDEIRA TAMBÉM .......   22
1
REALIDADE DOS CARTÕES
DE CRÉDITO BRASILEIROS


A) QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DO
CARTÃO DE CRÉDITO?
O cartão de crédito é um instrumento de pagamen-
to de varejo que possibilita ao portador adquirir
bens e serviços nos estabelecimentos credenciados
mediante um determinado limite de crédito.


B) COmO ELE É OBTIDO?
Geralmente, é adquirido por intermédio de um ban-
co em parceria com administradoras, podendo ser
também emitido diretamente por uma administrado-
ra.


C) COmO É A SUA OpERAçÃO?
Suas operações são autorizadas, compensadas e
liquidadas por meio de redes privadas mantidas
por organizações de cartões ou por instituições
financeiras a elas associadas. Elas
podem ser on-line ou off-line.


D) O QUE SIgnIfICA
CADA UmA DESSAS
OpERAçÕES?
O processamento das
transações on-line ocorre por


                     2
meio de terminais POS e é simultâneo para todas
as partes envolvidas (titular, emissor, creden-
ciado e credenciadora). As operações off-line re-
querem contato telefônico do credenciado junto à
central de atendimento da credenciadora para ob-
ter a autorização de venda do bem ou serviço.


E) QUEm SÃO OS AgEnTES EnvOLvIDOS
nA InDúSTRIA DOS CARTÕES DE CRÉDI-
TO?
Existem cinco agentes, que são:
Titular: é uma pessoa física ou jurídica que uti-
liza o cartão de pagamento para fazer compras.
Emissor: é um banco ou uma instituição financeira
não-bancária que fornece o cartão e cobra o paga-
mento do cliente.
Credenciado: é uma empresa ou um autônomo
que aceita o cartão para pagamento de bens e
serviços.
Adquirente: também chamado de credenciadora de
estabelecimentos, é quem fornece a base operacio-
nal (o terminal de ponto de venda) para o creden-
ciado. Também faz a manutenção dos terminais de
captura, a transmissão dos dados das transações
eletrônicas e deposita os fundos em sua conta
corrente.
Bandeira: é quem licencia sua marca para o emis-
sor e para o adquirente e coordena o sistema
de aprovação/compensação/liquidação. Entre as
     grandes bandeiras nacionais, as redes aber-
      tas são utilizadas pela Visa, Mastercard e
      Diners Club.




                        3
f) COmO É O mERCADO DE
CARTÕES DE CRÉDITO nO
BRASIL?
Os cartões de crédito e de dé-
bito vêm se consolidando como as
principais formas de pagamento
pelos brasileiros. A estimativa
da Abecs (Associação Brasileira
das Empresas de Cartões de Crédi-
to e Serviços) é que 153.375 milhões
de cartões passem a circular em 2010,
um aumento de 13% em relação a 2009. O número
de transações com o dinheiro de plástico tam-
bém deve aumentar - 16% - o que representa quase
três bilhões e o faturamento deve apresentar o
maior crescimento, 21% em relação ao ano passado,
fechando 2010 em R$309.303 bilhões.


g) QUAL É A REpRESEnTATIvIDADE DAS
BAnDEIRAS QUE ATUAm nO BRASIL?
As duas bandeiras mais utilizadas, Visa e Master-
card, representam 91% do mercado de cartões ati-
vos. A bandeira Cielo (ex-Visa) é a mais utiliza-
da por 80,6% dos estabelecimentos e a Redecard
(do cartão Mastercard) está em segundo lugar,
utilizada por 71% dos estabelecimentos.


h) QUAIS OS BEnEfÍCIOS DO CARTÃO
DE CRÉDITO pARA O LOjISTA?
Segurança no recebimento e a dispensa da análise
de fichas cadastrais para concessão do crédito.


I) E pARA O COnSUmIDOR?
Facilidade, rapidez e segurança na compra.



                     4
j) QUAIS SÃO AS pRInCIpAIS DIfI-
CULDADES DO LOjISTA QUE OpTA pOR
OpERAR COm CARTÕES DE CRÉDITO?
Uma das principais dificuldades são os custos e-
levados das taxas cobradas pelas administradoras.


k) E OS gASTOS?
Os principais gastos para quem deseja oferecer
esta forma de pagamento ao consumidor são as taxas
de administração, também chamada de taxa de des-
conto, aluguel das máquinas e a taxa de antecipa-
ção.


L) O QUE ELAS REpRESEnTAm
pARA OS LOjISTAS?
Essas taxas comprometem a ren-
tabilidade das operações, pois se
considerarmos que os preços co-
brados pelos lojistas devem ser os
mesmos no pagamento com dinheiro,
cheque ou cartão, há uma perda
considerável na margem de lucro,
uma vez que as taxas de adminis-
tração são em média de 4%. No res-
tante do mundo, esta taxa gira em
torno de 2%.


m) E AS máQUInAS QUE OS
LOjISTAS UTILIzAm pARA
pASSAR O CARTÃO DO COnSU-
mIDOR? ELá É pAgA?
O aluguel de terminais eletrônicos,
os chamados POS, sigla de Point of
Sale, ou ponto-de-venda, hoje em torno


                        5
de R$ 110,00 cada, é outro custo elevado para os
lojistas, principalmente para os micro e pequenos
empresários.


n) Em QUAnTO TEmpO O LOjISTA RE-
CEBE DAS ADmInISTRADORAS O vA-
LOR vEnDIDO pOR mEIO DO CARTÃO DE
CRÉDITO?
No Brasil, o lojista recebe 33 dias após a venda.
Este prazo é extremamente longo para o pequeno
varejista, exigindo mais recursos para seu capi-
tal de giro. Para se ter uma ideia, nos Estados
Unidos, o lojista recebe o valor da venda após 2
dias e na Argentina, em 7 dias.


O) pOR QUE OS CUSTOS DOS CARTÕES
DE CRÉDITO SÃO TÃO ALTOS nO BRA-
SIL?
As empresas brasileiras pagam caro para ofere-
cerem esta forma de pagamento a seus consumidores
porque a indústria dos cartões de crédito não é
regulamentada pelo Banco Central, ou seja, não
sofre nenhuma espécie de fiscalização sobre suas
decisões. Desta forma, o lucro das administrado-
                                ras, que é gi-
                                gantesco, cresce
                                 a cada dia, gra-
                                 ças às altas
                                  tarifas cobradas
                                  do lojista, que
                                  não tem outra
                                 opção a não ser
                               submeter-se a elas.




                     6
p) mAS ESTA COnTA, AfInAL, QUEm
pAgA?
Quem paga por tudo isso é o consumidor, já que o
lojista tem que repassar o custo da manutenção do
cartão de crédito para os produtos. Com os produ-
tos mais caros, o consumidor compra menos, impac-
tando no desenvolvimento econômico do país.


Q) nÃO ExISTE UmA COnCORRênCIA En-
TRE AS OpERADORAS?
Existe atualmente um duopólio controlado pelas
credenciadoras Cielo (ex-Visanet) e Redecard, que
são detentoras de 91% do mercado de cartões do
país. Essa falta de concorrência no mercado não
permite que o lojista possa negociar melhores
condições nos contratos com as operadoras, fican-
do refém das condições estabelecidas pelas duas
credenciadoras.


R) OS CUSTOS DO CARTÃO DE CRÉDITO
TAmBÉm SÃO ALTOS pARA O COnSUmI-
DOR?
Sim, o consumidor também tem que arcar com a co-
modidade do dinheiro de plástico. Além da anui-
dade do cartão, estabelecida por cada emissor,
caso ele não administre bem seus gastos e pague o
valor mínimo da fatura em determinado mês, estará
contraindo uma dívida com os juros mais abusivos
do mercado e, certamente, os mais caros do pla-
neta.




                        7
Confira no exemplo a seguir as elevadas taxas de
juros mensais e anuais para quem entra no rotati-
vo ou atrasa o pagamento do cartão de crédito:




                     8
S) COmO fUnCIOnA ESTE SISTEmA nA
pRáTICA?
Suponha que uma pessoa compre uma geladeira,
por exemplo, à vista no cartão, no valor de
R$1.000,00. Mas, se por algum motivo resolver
pagar a taxa mínima exigida pela administra-
dora e quitar a dívida após um ano, terá que
desembolsar R$ 3.383,00. Acompanhe o cálculo
abaixo das taxas e juros que incidem sobre a
dívida:


valor da dívida: R$ 1.000,00
prazo: 12 meses
Taxas incidentes:
      •	Taxa de refinanciamento: 10,69%
      •	IOF diário: 0,0082%
      •	IOF adicional: 0,38%
      •	Multa moratória mensal: 2%
      •	Juros de mora mensal: 1%


Total da dívida: R$ 3.383,00, ou seja,
R$ 2.383,00 só de juros, o que corresponde a
238,3% de taxas. Ou seja, o valor gasto com os
juros do rotativo seria suficiente para a compra
de mais duas geladeiras.
              Se essa pessoa, ao invés de comprar
              a geladeira no cartão de crédito,
              tivesse feito um empréstimo pessoal
              em um banco, pagaria ao comple-
              tar um ano R$ 1.765,30, ou seja,
              R$ 1.617,70 a menos do que o valor
              pago no cartão. Incidiria sobre o
              empréstimo 4,85% de taxas.



                         9
T) Em OUTROS pAÍSES, ESSES gASTOS
SÃO OS mESmOS?
Não, o Brasil possui as piores condições para
trabalhar com cartões de crédito. Veja o compara-
tivo abaixo do Brasil com outros países:



                TAxAS ADmInISTRATIvAS
   (% SOBRE O vALOR DA TRAnSAçÃO) Em váRIOS pAÍSES
                                   Taxa administrativa
             país
                                     (por transação)
           Austrália                      4,5%
         Nova Zelândia                    4,5%
           Cingapura                      4,5%
           Hong Kong                      4,5%
            Malásia                       5,0%
            Brasil                        5,5%
Índia, China, Sri Lanka, Taiwan,
                                          6,0%
         Coréia do Sul
             Japão                        6,5%
           Tailândia                      7,5%


pRAzO pARA REpASSE pELAS ADmInISTRADORAS AOS LOjISTAS
                país                       prazo
           Estados Unidos                  2 dias
               Europa                      2 dias
              Argentina                    7 dias
               Brasil                     33 dias


                Fonte: Taxas ANEFAC




                          10
U) COmO É CAL-
CULADA A TAxA DE
ADmInISTRAçÃO/DES-
COnTO pARA CARTÃO
DE CRÉDITO?
A taxa de administração,
também conhecida como
taxa de desconto, é a
tarifa que o estabeleci-
mento paga ao credencia-
dor. Ela varia de acordo
com o segmento do merca-
do, sendo inversamente proporcional
ao porte do estabelecimento. Isto significa que
a fatia da receita das micro e pequenas empre-
sas destinada ao pagamento da taxa de desconto é
maior que a das grandes empresas. A taxa de des-
conto também aumenta com a quantidade parcelada.
Atualmente, a taxa de desconto média é de 3,4%.


v) OS CARTÕES DE CRÉDITO SÃO mAIS
OnEROSOS pARA O LOjISTA DO QUE O
ChEQUE? pOR QUê?
O cartão de crédito é a forma de pagamento mais
cara para o lojista, pois as taxas cobradas pelas
administradoras dos cartões variam de 3% a 8%.
Quanto ao cheque, o custo que o lojista tem é em
relação à inadimplência causada por essa forma de
pagamento. Mas se bem administrada, com a con-
sulta ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC),
não passa de 1%. Ou seja, bem abaixo dos custos
com cartões. Operar com cartões de crédito chega
a ser ainda mais oneroso que os tributos pagos
no Supersimples. Enquanto as administradoras de
cartões de crédito “sugam”, em média, 5% da re-
ceita de um micro e pequeno empresário, se ele é
optante do Supersimples, pagará em torno de 4%.



                     11
2
        nOSSA BAnDEIRA


A) pOR QUE O mOvImEnTO LOjISTA RE-
SOLvEU LEvAnTAR ESSA BAnDEIRA?


O movimento lojista tem como missão servir, re-
presentar e fortalecer o comércio, contribuin-
do para o desenvolvimento da comunidade. Desta
forma, o movimento elegeu a busca da regulamenta-
ção da indústria dos cartões de crédito como uma
de suas principais bandeiras, por entender que o
tema afeta negativamente tanto a vida dos lojis-
tas como também a dos consumidores.


B) mAS pOR QUE O mOvImEnTO LOjISTA
DEfEnDE A REgULAmEnTAçÃO DESTA In-
DúSTRIA?
Sem regulamentação, o dinheiro de plástico pesa
no bolso do lojista, que tem que arcar com al-
tas taxas de administração, desconto e aluguel
das máquinas. O lojista é obrigado a repas-
sar esse custo para os produtos.
Como sequência, o poder de com-
pra do consumidor é reduzido e
tem forte impacto na economia do
país. E ainda, os juros do cartão
de crédito são os mais abusivos do
mercado, levando os consumidores,
que não conseguem quitar integral-
mente a fatura, a contrair dívidas
praticamente impagáveis.


                        12
C) COmO O mOvImEnTO LOjISTA TEm A-
TUADO pARA mUDAR ESTA REALIDADE?


O movimento lojista, formado pelas CDL’s de todo o
país, FCDL’s, junto com a CNDL (Confederação Na-
cional das Câmaras de Dirigentes Lojistas), com
sede em Brasília, acompanham de perto, no Congres-
so Nacional, pressionando os deputados e senadores
em relação às deliberações sobre o tema. Só assim
teremos a abertura de mercado.


D) AS EnTIDADES DE CLASSE EnvOLvI-
DAS nESTA LUTA COnTAm COm ALgUm
ApOIO?
O grupo conta com o apoio da Frente Parlamentar
Mista do Comércio Varejista, formada por 184 depu-
tados e sete senadores, importante aliada contra
a falta de regulamentação do setor de cartões de
crédito.


E) EU pOSSO pARTICIpAR DESTA
“LUTA”?
Sim. Na verdade você já participa indiretamente
por meio da sua CDL, que somada às CDL’s e FCDL
do seu estado e, representadas nacionalmente pela
CNDL, vêm lutando constantemente para conquistar
esse benefício a lojistas e consumidores de todo
o país. O movimento lojista só tem conseguido
vitórias porque conta com a força de seus associa-
dos. Ele é a voz de centenas de milhares de em-
presas brasileiras, por isso é tão importante sua
empresa ser associada a uma CDL. Afinal, quando
milhares de empresas se juntam, são capazes de mu-
dar a realidade de toda a classe.




                      13
A vitória contra a indústria dos cartões é um ex-
emplo claro da luta encampada pela CNDL em sua
defesa, da sua empresa e de seus interesses. Não
deixe de participar e somar sua voz juntamente
com a CDL local na luta em defesa do varejo. As-
socie-se a uma CDL!




                     14
3
    nOSSAS COnQUISTAS


UnIfICAçÃO DAS máQUInAS DE CARTÕES
DE CRÉDITO
Depois de muita pressão do movimento lojista e da
CNDL, o governo aprovou a unificação das máquinas
de cartões de crédito, primeira grande mudança em
relação ao tema. A unificação das máquinas passa
a valer a partir de 1º de julho de 2010.
Antes da unificação, cada bandeira tinha sua
própria credenciadora, com contratos e condições
distintas. O lojista só poderia aceitar paga-
mentos feitos com o cartão Visa e Mastercard,
por exemplo, se tivesse um contrato feito com
cada credenciadora - Visanet e a Redecard - com
condições distintas cada um.


A) COmO A
UnIfICAçÃO
DAS máQUInAS
DE CARTÕES DE
CRÉDITO vAI Im-
pACTAR nA vIDA
DO LOjISTA?
Com a unificação, as
credenciadoras poderão
trabalhar com mais
de uma bandeira. E o
lojista firmará con-
trato com apenas uma


                         15
credenciado-
ra. Mas poderá
aceitar diversos
cartões, redu-
zindo os custos
e taxas atual-
mente pagos. Esta
é a Lei Áurea do
varejo, que vai
deixar de ser es-
cravo da negociação com as credenciadoras.


B) QUAIS SÃO OS BEnEfÍCIOS pARA O
LOjISTA?
A medida traz inúmeros benefícios, já que aumen-
tará o poder de negociação do lojista, que poderá
optar pelas melhores condições: menor valor de
aluguel da máquina, menores taxa de administra-
ção/desconto e melhores prazos de recebimento.
Também haverá redução da burocracia, pois será
necessário celebrar apenas um contrato com a cre-
denciadora.


C) DE QUAnTO SERá A ECOnOmIA ImE-
DIATA pARA O LOjISTA?
No que diz respeito a unificação, as empre-
sas passarão a pagar pela locação de apenas uma
máquina, mas poderão receber diversos cartões de
pagamento. Ou seja, se antes, o lojista pagava em
média R$ 110 de aluguel por cada máquina e ti-
nha duas máquinas, só a despesa com este tipo de
serviço era de R$ 220. Agora, ele pagará apenas o
aluguel de uma máquina.


D) QUE OUTRO TIpO DE ECOnOmIA ELE



                     16
AInDA pODE
                               TER?
                                O grande ganho
                                para o lojista é
                                o início da con-
                                corrência entre
                                as credencia-
                                doras, que lhe
                                propiciará grande
poder de negociação. Atualmente, já existem va-
lores de taxas de administração diferentes en-
tre as credenciadoras e o lojista pode optar pelo
menor para operar com todas as bandeiras, mas
esses valores poderão ser reduzidos ainda mais,
dependendo da negociação que o lojista fizer com
cada uma. Essas reduções representam maior lucra-
tividade nos negócios do lojista.


E) E pARA O COnSUmIDOR? DE QUAnTO
SERá A ECOnOmIA?
O lojista repassará esta queda do custo para o
produto. O consumidor poderá comprar os produtos
com redução de preços, o que significa que so-
brará dinheiro no bolso.


f) ESSA mUDAnçA TRARá ALgUm ImpAC-
TO nA ECOnOmIA?
Com certeza. Inicialmente, somente a unificação
dos terminais de operação com cartão de crédi-
to deve representar uma economia anual de R$ 1,2
bilhão para o país. Para Minas Gerais, a econo-
mia é de R$ 120 milhões e para Belo Horizonte,
de R$ 19,2 milhões. Posteriormente, com o início
da concorrência entre as administradoras, outros
custos tendem a ser reduzidos, impactando positi-
vamente para o lojista e seus clientes.


                        17
g) OnDE TODA ESTA ECOnOmIA pODERá
SER ApLICADA?
Com menores custos, os lojistas poderão contratar
mais funcionários, realizar novos investimentos
e reduzir os preços das mercadorias. Todos sairão
ganhando: lojistas, consumidores e a economia.


h) QUE ATITUDES O LOjISTA DEvE
TOmAR AO fEChAR nOvO COnTRATO COm
A CREDEnCIADORA?
Para a CNDL, este não é o momento do empresário
se fidelizar com nenhuma credenciadora. Ele deve
ser cauteloso, negociar com as credenciadoras as
melhores condições de tarifação e fechar o con-
trato com a que for mais favorável ao seu negó-
cio. Por isso, a CNDL está orientando as empresas
varejistas a negociarem sim, fidelizarem não!


   I) O QUE DEvE SER nEgOCIADO?
    O que deverá ser negociado não é somente o
     aluguel dos equipamentos, mas também as
      taxas cobradas, os prazos de pagamento e
        as modalidades de antecipação. Todos es-
           tes itens devem sofrer reduções.


                          j) ExISTE AL-
                         gUmA CLáUSULA
                         nO COnTRATO QUE
                        mERECE ATEnçÃO
                        REDOBRADA?
                        Sim. Como em todos os
                        contratos, de qualquer
                          espécie, é preciso
                               ler todas as


                     18
cláusulas. No caso que estamos tratando, é preciso
ficar atento: faça um contrato por tempo indetermi-
nado, sem fidelização e que possa ser rescindido a
qualquer momento e sem aplicação de multa.


k) pOR QUê?
Porque a partir da unificação das máquinas, o mer-
cado de cartões sofrerá inúmeras mudanças e maior
competitividade. Com isso, a tendência é que as
taxas reduzam gradativamente. Sendo assim, é impor-
tante que o lojista tenha a liberdade de mudar de
contrato quando lhe for mais favorável.


L) ExISTEm OUTRAS ORIEnTAçÕES?
A CNDL orienta também, que os lojistas não forneçam
qualquer informação para “representantes” das cre-
denciadoras, sem verificar se realmente estes “re-
presentantes” são os verdadeiros representantes das
empresas.
Também devem ficar atentos às “facilidades” apre-
sentadas ao lojista pelas credenciadoras, como por
exemplo, adesão automática à unificação com a uti-
lização de outra bandeira na mesma máquina da cre-
denciadora, já utilizada pelo lojista; às tarifas
cobradas e a exigência de fidelização propostas pe-
las credenciadoras que estão no mercado.




                        19
4
           pRÓxImOS pASSOS


   A) O QUE O mOvImEnTO LOjISTA
   REIvInDICARá AgORA?
   A conquista da unificação das máquinas foi apenas
   a ponta do iceberg da luta do movimento lojis-
   ta em relação ao tema. Reivindicaremos agora a
   redução das taxas administrativas e de antecipa-
   ção e também a redução dos prazos de pagamento
   aos lojistas, que é um dos mais longos do mundo.
   Em paralelo, continuaremos lutando pela regula-
   mentação do setor. Mas quem deve regulamentar a
   indústria dos cartões de crédito é o Banco Cen-
   tral, sendo o agente regulatório para coibir dis-
   torções no mercado.




     Unificação das
           máquinas
   Redução das taxas
administrativas e de
         antecipação
  Redução dos prazos
de pagamento para os
            lojistas




                           20
B) E QUAL A pREvISÃO SOBRE A REgU-
LAmEnTAçÃO DE TODA A InDúSTRIA DOS
CARTÕES DE CRÉDITO?
A última notícia é que o governo pretende en-
caminhar em breve ao Congresso Nacional uma
proposta legislativa (Projeto de Lei ou Medi-
da Provisória) que autorize o Conselho Monetário
Nacional a regular toda a indústria dos cartões,
impondo regras sobre a organização do mercado
como um todo, incluindo eventualmente normas con-
correnciais e de transparência.


C) ExISTEm OUTRAS REIvInDICAçÕES?
Sim. A CNDL defende a possibilidade de o lojis-
ta poder cobrar preços diferenciados nas compras
pagas com dinheiro ou cheque do que seria co-
brado se fosse pago com cartão de crédito, como
já acontece hoje no Distrito Federal. Isso trará
maior transparência ao sistema, possibilitando o
consumidor saber o quanto está pagando em cada
forma de pagamento.


D) O QUE ESTA REIvInDICAçÃO TRARIA
DE gAnhO pARA O LOjISTA E COnSUmI-
DOR?
O lojista embute todos os seus custos para a com-
posição do preço final da mercadoria. Se o lojis-
ta pudesse estabelecer preços diferenciados para
pagamento com cheque/dinheiro e com cartão, o
consumidor seria o grande beneficiado. Ele com-
praria produtos com desconto, já que o pagamento
efetuado com cartões de crédito e débito gera um
custo bem mais alto para o lojista do que o paga-
mento efetuado com cheque/dinheiro.




                     21
5
     fAçA DESTA A SUA
      BAnDEIRA TAmBÉm


Você também pode contribuir para que o governo
regulamente as operações com os cartões de crédi-
to. Com a união, seremos mais fortes e teremos
mais voz ativa para mudar essa realidade. Pres-
sione os deputados e senadores, cobre de quem
você elegeu para representá-lo.


A) COmO pARTICIpAR?
Você pode enviar um email para o seu deputado na
Câmara cobrando maior agilidade nos trâmites so-
bre os cartões de crédito no Congresso. Basta en-
trar no site WWW2.camara.gov.br, clicar em “Par-
ticipe” no menu superior e escolher a opção “Fale
com o deputado”. Preencha seus dados e mande sua
mensagem.
O Senado também possui um canal direto com
os cidadãos brasileiros. Basta entrar no site
www.senado.gov.br e escolher o nome do senador
na coluna da direita, para obter informações so-
bre ele, como as comissões em que ele faz parte,
proposições e pronunciamentos e também seus con-
tatos no Senado, telefone e email.
Você também pode conscientizar seus clientes so-
bre o custo dos cartões e o quanto ele impacta no
preço final dos produtos.




                        22
B) O mOvImEnTO
LOjISTA pOSSUI
OUTRAS BAnDEIRAS,
ALÉm DOS CARTÕES
DE CRÉDITO?
Sim, temos atuado em ou-
tras frentes em prol do
comércio:
Cadastro positivo: es-
tamos acompanhando de
perto a aprovação do pro-
jeto que trará inúmeros
benefícios para as empre-
sas e também para os consumidores.
Reforma tributária: lutamos para propiciar a
redução dos tributos e uma arrecadação mais
democrática.
Simples nacional: estamos exercendo pressão no
Congresso para que seja aprovada medida que eleva
o teto das faixas do Simples Nacional.


C) COmO pOSSO ACOmpAnhAR A
EvOLUçÃO DESSES pROjETOS?
Você pode ficar por dentro de todas as ações do
movimento lojista em prol de nossas bandeiras pe-
los sites:


www.cndl.org.br
www.spcbrasil.org.br




                       23
AnOTAçÕES




   24

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A falsa tese do mensalao
A falsa tese do mensalaoA falsa tese do mensalao
A falsa tese do mensalaomegacidadania
 
Regulamentação Cambial - Reunião Técnica do Bacen (BCB) com Entidades de Classe
Regulamentação Cambial - Reunião Técnica do Bacen (BCB) com Entidades de ClasseRegulamentação Cambial - Reunião Técnica do Bacen (BCB) com Entidades de Classe
Regulamentação Cambial - Reunião Técnica do Bacen (BCB) com Entidades de ClasseGerson Rolim
 
Cartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentos
Cartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentosCartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentos
Cartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentosAlain Winandy
 
A falsa tese do mensalao (3)
A falsa tese do mensalao (3)A falsa tese do mensalao (3)
A falsa tese do mensalao (3)megacidadania
 
1740 habilidades no atendimento apostila amostra
1740 habilidades no atendimento   apostila amostra1740 habilidades no atendimento   apostila amostra
1740 habilidades no atendimento apostila amostraTurma Quimica
 
Cartão pré pago, vantagens para o estado
Cartão pré pago, vantagens para o estadoCartão pré pago, vantagens para o estado
Cartão pré pago, vantagens para o estadoRui Proença
 
Regulamentação Fintechs de Crédito
Regulamentação Fintechs de CréditoRegulamentação Fintechs de Crédito
Regulamentação Fintechs de CréditoMarketingcma
 
Como limpar o nome no spc[1]
Como limpar o nome no spc[1]Como limpar o nome no spc[1]
Como limpar o nome no spc[1]Rose Souza
 
Contratos bancários e Regimes Saneadores das Instituições Financeiras
Contratos bancários e Regimes Saneadores das Instituições FinanceirasContratos bancários e Regimes Saneadores das Instituições Financeiras
Contratos bancários e Regimes Saneadores das Instituições FinanceirasRonaldslides
 
Cartões de crédito que ...
Cartões de crédito que ...Cartões de crédito que ...
Cartões de crédito que ...pr_afsalbergaria
 
Justiça trabalhista: Cartão de crédito e chargeback
Justiça trabalhista: Cartão de crédito e chargebackJustiça trabalhista: Cartão de crédito e chargeback
Justiça trabalhista: Cartão de crédito e chargebackAna Amelia Menna Barreto
 
A falsa tese do mensalão 5
A falsa tese do mensalão 5A falsa tese do mensalão 5
A falsa tese do mensalão 5megacidadania
 

Mais procurados (17)

A falsa tese do mensalao
A falsa tese do mensalaoA falsa tese do mensalao
A falsa tese do mensalao
 
Regulamentação Cambial - Reunião Técnica do Bacen (BCB) com Entidades de Classe
Regulamentação Cambial - Reunião Técnica do Bacen (BCB) com Entidades de ClasseRegulamentação Cambial - Reunião Técnica do Bacen (BCB) com Entidades de Classe
Regulamentação Cambial - Reunião Técnica do Bacen (BCB) com Entidades de Classe
 
Cartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentos
Cartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentosCartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentos
Cartões e diferenciação de preços: argumentos e contra-argumentos
 
Como ficam as redes de pos - Co-Link
Como ficam as redes de pos -  Co-LinkComo ficam as redes de pos -  Co-Link
Como ficam as redes de pos - Co-Link
 
Consumidor
ConsumidorConsumidor
Consumidor
 
A falsa tese do mensalao (3)
A falsa tese do mensalao (3)A falsa tese do mensalao (3)
A falsa tese do mensalao (3)
 
1740 habilidades no atendimento apostila amostra
1740 habilidades no atendimento   apostila amostra1740 habilidades no atendimento   apostila amostra
1740 habilidades no atendimento apostila amostra
 
Cartão pré pago, vantagens para o estado
Cartão pré pago, vantagens para o estadoCartão pré pago, vantagens para o estado
Cartão pré pago, vantagens para o estado
 
Revista Abecs
Revista AbecsRevista Abecs
Revista Abecs
 
Regulamentação Fintechs de Crédito
Regulamentação Fintechs de CréditoRegulamentação Fintechs de Crédito
Regulamentação Fintechs de Crédito
 
Como limpar o nome no spc[1]
Como limpar o nome no spc[1]Como limpar o nome no spc[1]
Como limpar o nome no spc[1]
 
Cartao e-igual-a-dinheiro
Cartao e-igual-a-dinheiroCartao e-igual-a-dinheiro
Cartao e-igual-a-dinheiro
 
Contratos bancários e Regimes Saneadores das Instituições Financeiras
Contratos bancários e Regimes Saneadores das Instituições FinanceirasContratos bancários e Regimes Saneadores das Instituições Financeiras
Contratos bancários e Regimes Saneadores das Instituições Financeiras
 
Cartões de crédito que ...
Cartões de crédito que ...Cartões de crédito que ...
Cartões de crédito que ...
 
Justiça trabalhista: Cartão de crédito e chargeback
Justiça trabalhista: Cartão de crédito e chargebackJustiça trabalhista: Cartão de crédito e chargeback
Justiça trabalhista: Cartão de crédito e chargeback
 
A falsa tese do mensalão 5
A falsa tese do mensalão 5A falsa tese do mensalão 5
A falsa tese do mensalão 5
 
Manual boas-praticas-em-seguros cnseg
Manual boas-praticas-em-seguros cnsegManual boas-praticas-em-seguros cnseg
Manual boas-praticas-em-seguros cnseg
 

Semelhante a Regulamentação dos cartões de crédito é necessária

Cartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de crédito
Cartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de créditoCartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de crédito
Cartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de créditoO Economista .
 
Criptoreal whitepaper-completo
Criptoreal whitepaper-completoCriptoreal whitepaper-completo
Criptoreal whitepaper-completoSandroKrunn1
 
Apresentação ABECS reunião ABRACORP 29 set10
Apresentação ABECS reunião ABRACORP 29 set10Apresentação ABECS reunião ABRACORP 29 set10
Apresentação ABECS reunião ABRACORP 29 set10ABRACORP
 
ApresentaçãO Correspondente Externa 260607
ApresentaçãO Correspondente Externa 260607ApresentaçãO Correspondente Externa 260607
ApresentaçãO Correspondente Externa 260607guestaad4a0
 
O sistema de pagamentos brasileiro. Um guia prático
O sistema de pagamentos brasileiro. Um guia práticoO sistema de pagamentos brasileiro. Um guia prático
O sistema de pagamentos brasileiro. Um guia práticomoreirageo1
 
[The Future of E-Commerce] Por que é importante investir em inovações finance...
[The Future of E-Commerce] Por que é importante investir em inovações finance...[The Future of E-Commerce] Por que é importante investir em inovações finance...
[The Future of E-Commerce] Por que é importante investir em inovações finance...E-Commerce Brasil
 
Carolina gladyer rabelo a experiência internacional do cadastro positivo
Carolina gladyer rabelo   a experiência internacional do cadastro positivoCarolina gladyer rabelo   a experiência internacional do cadastro positivo
Carolina gladyer rabelo a experiência internacional do cadastro positivoCarolina Gladyer Rabelo
 
Apresentacao CDI Lan
Apresentacao CDI LanApresentacao CDI Lan
Apresentacao CDI LanWJ Negócios
 
Apresentaomanualprogramamaxtracardverso2 id 7262894-phpapp02
Apresentaomanualprogramamaxtracardverso2 id 7262894-phpapp02Apresentaomanualprogramamaxtracardverso2 id 7262894-phpapp02
Apresentaomanualprogramamaxtracardverso2 id 7262894-phpapp02Luciano da Silva Avila
 
MaxtraCard - Cartão de crédito Pré-pago ganhos com consumo indicados
MaxtraCard - Cartão de crédito Pré-pago ganhos com consumo indicadosMaxtraCard - Cartão de crédito Pré-pago ganhos com consumo indicados
MaxtraCard - Cartão de crédito Pré-pago ganhos com consumo indicadosPatrick Bonometti
 
Apesentação MAxtracard
Apesentação MAxtracardApesentação MAxtracard
Apesentação MAxtracardJefferson Lain
 
Apresentaomanualprogramamaxtracard 130305222000-phpapp02
Apresentaomanualprogramamaxtracard 130305222000-phpapp02Apresentaomanualprogramamaxtracard 130305222000-phpapp02
Apresentaomanualprogramamaxtracard 130305222000-phpapp02Marcelo Revoredo
 
Cartilha ecommerce proteste nov2013
Cartilha ecommerce  proteste nov2013Cartilha ecommerce  proteste nov2013
Cartilha ecommerce proteste nov2013igoregomes
 
Sebra - Acesso a Crédito
Sebra - Acesso a CréditoSebra - Acesso a Crédito
Sebra - Acesso a CréditoLuany Lima
 
Mega Bonus Unibanco167
Mega Bonus Unibanco167Mega Bonus Unibanco167
Mega Bonus Unibanco167luizcruz
 

Semelhante a Regulamentação dos cartões de crédito é necessária (20)

Cartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de crédito
Cartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de créditoCartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de crédito
Cartilha com orientações sobre as novas regras do cartão de crédito
 
Cartilha
CartilhaCartilha
Cartilha
 
Criptoreal whitepaper-completo
Criptoreal whitepaper-completoCriptoreal whitepaper-completo
Criptoreal whitepaper-completo
 
Apresentação ABECS reunião ABRACORP 29 set10
Apresentação ABECS reunião ABRACORP 29 set10Apresentação ABECS reunião ABRACORP 29 set10
Apresentação ABECS reunião ABRACORP 29 set10
 
ApresentaçãO Correspondente Externa 260607
ApresentaçãO Correspondente Externa 260607ApresentaçãO Correspondente Externa 260607
ApresentaçãO Correspondente Externa 260607
 
Usecash investidores
Usecash investidoresUsecash investidores
Usecash investidores
 
O sistema de pagamentos brasileiro. Um guia prático
O sistema de pagamentos brasileiro. Um guia práticoO sistema de pagamentos brasileiro. Um guia prático
O sistema de pagamentos brasileiro. Um guia prático
 
[The Future of E-Commerce] Por que é importante investir em inovações finance...
[The Future of E-Commerce] Por que é importante investir em inovações finance...[The Future of E-Commerce] Por que é importante investir em inovações finance...
[The Future of E-Commerce] Por que é importante investir em inovações finance...
 
Carolina gladyer rabelo a experiência internacional do cadastro positivo
Carolina gladyer rabelo   a experiência internacional do cadastro positivoCarolina gladyer rabelo   a experiência internacional do cadastro positivo
Carolina gladyer rabelo a experiência internacional do cadastro positivo
 
Apresentacao CDI Lan
Apresentacao CDI LanApresentacao CDI Lan
Apresentacao CDI Lan
 
Usecash aceleratech
Usecash aceleratechUsecash aceleratech
Usecash aceleratech
 
Apresentaomanualprogramamaxtracardverso2 id 7262894-phpapp02
Apresentaomanualprogramamaxtracardverso2 id 7262894-phpapp02Apresentaomanualprogramamaxtracardverso2 id 7262894-phpapp02
Apresentaomanualprogramamaxtracardverso2 id 7262894-phpapp02
 
MaxtraCard - Cartão de crédito Pré-pago ganhos com consumo indicados
MaxtraCard - Cartão de crédito Pré-pago ganhos com consumo indicadosMaxtraCard - Cartão de crédito Pré-pago ganhos com consumo indicados
MaxtraCard - Cartão de crédito Pré-pago ganhos com consumo indicados
 
Megabônus Unibanco - 117.000.259.2006
Megabônus Unibanco - 117.000.259.2006Megabônus Unibanco - 117.000.259.2006
Megabônus Unibanco - 117.000.259.2006
 
Apesentação MAxtracard
Apesentação MAxtracardApesentação MAxtracard
Apesentação MAxtracard
 
Apresentaomanualprogramamaxtracard 130305222000-phpapp02
Apresentaomanualprogramamaxtracard 130305222000-phpapp02Apresentaomanualprogramamaxtracard 130305222000-phpapp02
Apresentaomanualprogramamaxtracard 130305222000-phpapp02
 
Cartilha ecommerce proteste nov2013
Cartilha ecommerce  proteste nov2013Cartilha ecommerce  proteste nov2013
Cartilha ecommerce proteste nov2013
 
Sebra - Acesso a Crédito
Sebra - Acesso a CréditoSebra - Acesso a Crédito
Sebra - Acesso a Crédito
 
Mega Bonus Unibanco167
Mega Bonus Unibanco167Mega Bonus Unibanco167
Mega Bonus Unibanco167
 
Gestor de Veiculos Topcard
Gestor de Veiculos TopcardGestor de Veiculos Topcard
Gestor de Veiculos Topcard
 

Mais de SPC Brasil

SPC Brasil lança novo tipo de adesão ao Cadastro Positivo
SPC Brasil lança novo tipo de adesão ao Cadastro PositivoSPC Brasil lança novo tipo de adesão ao Cadastro Positivo
SPC Brasil lança novo tipo de adesão ao Cadastro PositivoSPC Brasil
 
Seis em cada dez brasileiros não sabem quanto devem
Seis em cada dez brasileiros não sabem quanto devemSeis em cada dez brasileiros não sabem quanto devem
Seis em cada dez brasileiros não sabem quanto devemSPC Brasil
 
Número de empresas inadimplentes no Nordeste aumenta 17% em fevereiro
Número de empresas inadimplentes no Nordeste aumenta 17% em fevereiroNúmero de empresas inadimplentes no Nordeste aumenta 17% em fevereiro
Número de empresas inadimplentes no Nordeste aumenta 17% em fevereiroSPC Brasil
 
Cadastro Positivo pode ajudar consumidores a conseguirem mais crédito
Cadastro Positivo pode ajudar consumidores a conseguirem mais créditoCadastro Positivo pode ajudar consumidores a conseguirem mais crédito
Cadastro Positivo pode ajudar consumidores a conseguirem mais créditoSPC Brasil
 
Nordeste termina 2015 com o maior crescimento do número de inadimplentes
Nordeste termina 2015 com o maior crescimento do número de inadimplentesNordeste termina 2015 com o maior crescimento do número de inadimplentes
Nordeste termina 2015 com o maior crescimento do número de inadimplentesSPC Brasil
 
36% dos consumidores fazem compras para aliviar o estresse
36% dos consumidores fazem compras para aliviar  o estresse36% dos consumidores fazem compras para aliviar  o estresse
36% dos consumidores fazem compras para aliviar o estresseSPC Brasil
 
40% dos micro e pequenos empresários estão pessimistas com o futuro da economia
40% dos micro e pequenos empresários estão pessimistas com o futuro da economia40% dos micro e pequenos empresários estão pessimistas com o futuro da economia
40% dos micro e pequenos empresários estão pessimistas com o futuro da economiaSPC Brasil
 
Com crise econômica, micro e pequeno empresário revela baixo interesse por to...
Com crise econômica, micro e pequeno empresário revela baixo interesse por to...Com crise econômica, micro e pequeno empresário revela baixo interesse por to...
Com crise econômica, micro e pequeno empresário revela baixo interesse por to...SPC Brasil
 
Quatro em cada dez micro e pequenos empresários estão fazendo promoções de Natal
Quatro em cada dez micro e pequenos empresários estão fazendo promoções de NatalQuatro em cada dez micro e pequenos empresários estão fazendo promoções de Natal
Quatro em cada dez micro e pequenos empresários estão fazendo promoções de NatalSPC Brasil
 
19,6 milhões de consumidores devem ir às compras de última hora neste Natal
19,6 milhões de consumidores devem ir às compras de última hora neste Natal19,6 milhões de consumidores devem ir às compras de última hora neste Natal
19,6 milhões de consumidores devem ir às compras de última hora neste NatalSPC Brasil
 
41% dos brasileiros que compram por impulso estão inadimplentes
41% dos brasileiros que compram por impulso estão inadimplentes41% dos brasileiros que compram por impulso estão inadimplentes
41% dos brasileiros que compram por impulso estão inadimplentesSPC Brasil
 
Para economizar, 31% dos brasileiros costumam participar de amigo secreto
Para economizar, 31% dos brasileiros costumam participar de amigo secretoPara economizar, 31% dos brasileiros costumam participar de amigo secreto
Para economizar, 31% dos brasileiros costumam participar de amigo secretoSPC Brasil
 
17% dos brasileiros ficaram com o nome sujo por causa das compras parceladas ...
17% dos brasileiros ficaram com o nome sujo por causa das compras parceladas ...17% dos brasileiros ficaram com o nome sujo por causa das compras parceladas ...
17% dos brasileiros ficaram com o nome sujo por causa das compras parceladas ...SPC Brasil
 
Vontade dos filhos influencia cinco em cada dez pais na hora de comprar prese...
Vontade dos filhos influencia cinco em cada dez pais na hora de comprar prese...Vontade dos filhos influencia cinco em cada dez pais na hora de comprar prese...
Vontade dos filhos influencia cinco em cada dez pais na hora de comprar prese...SPC Brasil
 
44% dos consumidores vão pesquisar se descontos da Black Friday são reais
44% dos consumidores vão pesquisar se descontos da Black Friday são reais44% dos consumidores vão pesquisar se descontos da Black Friday são reais
44% dos consumidores vão pesquisar se descontos da Black Friday são reaisSPC Brasil
 
Quatro em cada dez brasileiros pretendem usar parte do 13º salário para a com...
Quatro em cada dez brasileiros pretendem usar parte do 13º salário para a com...Quatro em cada dez brasileiros pretendem usar parte do 13º salário para a com...
Quatro em cada dez brasileiros pretendem usar parte do 13º salário para a com...SPC Brasil
 
47% dos inadimplentes desconhecem o valor de seus rendimentos mensais
47% dos inadimplentes desconhecem o valor de seus rendimentos mensais47% dos inadimplentes desconhecem o valor de seus rendimentos mensais
47% dos inadimplentes desconhecem o valor de seus rendimentos mensaisSPC Brasil
 
93% dos brasileiros pretendem presentear neste Natal, mas gasto médio por pre...
93% dos brasileiros pretendem presentear neste Natal, mas gasto médio por pre...93% dos brasileiros pretendem presentear neste Natal, mas gasto médio por pre...
93% dos brasileiros pretendem presentear neste Natal, mas gasto médio por pre...SPC Brasil
 
25% dos internautas que vivem fora do padrão de vida gastam mais do que podem...
25% dos internautas que vivem fora do padrão de vida gastam mais do que podem...25% dos internautas que vivem fora do padrão de vida gastam mais do que podem...
25% dos internautas que vivem fora do padrão de vida gastam mais do que podem...SPC Brasil
 
42% das mães passam menos de dez horas por semana com os filhos
42% das mães passam menos de dez horas por semana com os filhos42% das mães passam menos de dez horas por semana com os filhos
42% das mães passam menos de dez horas por semana com os filhosSPC Brasil
 

Mais de SPC Brasil (20)

SPC Brasil lança novo tipo de adesão ao Cadastro Positivo
SPC Brasil lança novo tipo de adesão ao Cadastro PositivoSPC Brasil lança novo tipo de adesão ao Cadastro Positivo
SPC Brasil lança novo tipo de adesão ao Cadastro Positivo
 
Seis em cada dez brasileiros não sabem quanto devem
Seis em cada dez brasileiros não sabem quanto devemSeis em cada dez brasileiros não sabem quanto devem
Seis em cada dez brasileiros não sabem quanto devem
 
Número de empresas inadimplentes no Nordeste aumenta 17% em fevereiro
Número de empresas inadimplentes no Nordeste aumenta 17% em fevereiroNúmero de empresas inadimplentes no Nordeste aumenta 17% em fevereiro
Número de empresas inadimplentes no Nordeste aumenta 17% em fevereiro
 
Cadastro Positivo pode ajudar consumidores a conseguirem mais crédito
Cadastro Positivo pode ajudar consumidores a conseguirem mais créditoCadastro Positivo pode ajudar consumidores a conseguirem mais crédito
Cadastro Positivo pode ajudar consumidores a conseguirem mais crédito
 
Nordeste termina 2015 com o maior crescimento do número de inadimplentes
Nordeste termina 2015 com o maior crescimento do número de inadimplentesNordeste termina 2015 com o maior crescimento do número de inadimplentes
Nordeste termina 2015 com o maior crescimento do número de inadimplentes
 
36% dos consumidores fazem compras para aliviar o estresse
36% dos consumidores fazem compras para aliviar  o estresse36% dos consumidores fazem compras para aliviar  o estresse
36% dos consumidores fazem compras para aliviar o estresse
 
40% dos micro e pequenos empresários estão pessimistas com o futuro da economia
40% dos micro e pequenos empresários estão pessimistas com o futuro da economia40% dos micro e pequenos empresários estão pessimistas com o futuro da economia
40% dos micro e pequenos empresários estão pessimistas com o futuro da economia
 
Com crise econômica, micro e pequeno empresário revela baixo interesse por to...
Com crise econômica, micro e pequeno empresário revela baixo interesse por to...Com crise econômica, micro e pequeno empresário revela baixo interesse por to...
Com crise econômica, micro e pequeno empresário revela baixo interesse por to...
 
Quatro em cada dez micro e pequenos empresários estão fazendo promoções de Natal
Quatro em cada dez micro e pequenos empresários estão fazendo promoções de NatalQuatro em cada dez micro e pequenos empresários estão fazendo promoções de Natal
Quatro em cada dez micro e pequenos empresários estão fazendo promoções de Natal
 
19,6 milhões de consumidores devem ir às compras de última hora neste Natal
19,6 milhões de consumidores devem ir às compras de última hora neste Natal19,6 milhões de consumidores devem ir às compras de última hora neste Natal
19,6 milhões de consumidores devem ir às compras de última hora neste Natal
 
41% dos brasileiros que compram por impulso estão inadimplentes
41% dos brasileiros que compram por impulso estão inadimplentes41% dos brasileiros que compram por impulso estão inadimplentes
41% dos brasileiros que compram por impulso estão inadimplentes
 
Para economizar, 31% dos brasileiros costumam participar de amigo secreto
Para economizar, 31% dos brasileiros costumam participar de amigo secretoPara economizar, 31% dos brasileiros costumam participar de amigo secreto
Para economizar, 31% dos brasileiros costumam participar de amigo secreto
 
17% dos brasileiros ficaram com o nome sujo por causa das compras parceladas ...
17% dos brasileiros ficaram com o nome sujo por causa das compras parceladas ...17% dos brasileiros ficaram com o nome sujo por causa das compras parceladas ...
17% dos brasileiros ficaram com o nome sujo por causa das compras parceladas ...
 
Vontade dos filhos influencia cinco em cada dez pais na hora de comprar prese...
Vontade dos filhos influencia cinco em cada dez pais na hora de comprar prese...Vontade dos filhos influencia cinco em cada dez pais na hora de comprar prese...
Vontade dos filhos influencia cinco em cada dez pais na hora de comprar prese...
 
44% dos consumidores vão pesquisar se descontos da Black Friday são reais
44% dos consumidores vão pesquisar se descontos da Black Friday são reais44% dos consumidores vão pesquisar se descontos da Black Friday são reais
44% dos consumidores vão pesquisar se descontos da Black Friday são reais
 
Quatro em cada dez brasileiros pretendem usar parte do 13º salário para a com...
Quatro em cada dez brasileiros pretendem usar parte do 13º salário para a com...Quatro em cada dez brasileiros pretendem usar parte do 13º salário para a com...
Quatro em cada dez brasileiros pretendem usar parte do 13º salário para a com...
 
47% dos inadimplentes desconhecem o valor de seus rendimentos mensais
47% dos inadimplentes desconhecem o valor de seus rendimentos mensais47% dos inadimplentes desconhecem o valor de seus rendimentos mensais
47% dos inadimplentes desconhecem o valor de seus rendimentos mensais
 
93% dos brasileiros pretendem presentear neste Natal, mas gasto médio por pre...
93% dos brasileiros pretendem presentear neste Natal, mas gasto médio por pre...93% dos brasileiros pretendem presentear neste Natal, mas gasto médio por pre...
93% dos brasileiros pretendem presentear neste Natal, mas gasto médio por pre...
 
25% dos internautas que vivem fora do padrão de vida gastam mais do que podem...
25% dos internautas que vivem fora do padrão de vida gastam mais do que podem...25% dos internautas que vivem fora do padrão de vida gastam mais do que podem...
25% dos internautas que vivem fora do padrão de vida gastam mais do que podem...
 
42% das mães passam menos de dez horas por semana com os filhos
42% das mães passam menos de dez horas por semana com os filhos42% das mães passam menos de dez horas por semana com os filhos
42% das mães passam menos de dez horas por semana com os filhos
 

Regulamentação dos cartões de crédito é necessária

  • 1. EDITORIAL Depois de muita pressão do movimento lojista, o governo parece disposto a fixar regras para a indústria de cartões de crédito. O movimento lojista de forma alguma se opõe à indústria de cartões de crédito, contudo apoia o governo em todas as medidas que imponham limites ao que seja fora do razoável nas relações com os lojistas e consumidores brasileiros. Para que todos nós, lojistas e consumidores, possamos entender melhor como funciona a indústria de cartões de crédito, nós do movimento lojista preparamos esta cartilha com perguntas e respostas. Dentre várias in- formações importantes, você ficará sabendo o que o movimento lojista tem feito a favor da sua empresa e de seu cliente - seu maior patri- mônio - para diminuir a cobrança de taxas abusivas e a falta de autor- regulamentação. Neste documento, você lojista, poderá comparar quanto se paga às admi- nistradoras de cartões em outros países e saber por que os nossos custos são tão altos. Para o consumidor, preparamos, com exemplos práticos, quanto ele pagará se parcelar o débito, e ainda, se os juros aplicados são abusivos ou não. É possível ainda sabermos que o comerciante gasta 4,5% dos seus custos com o sistema simplificado de pagamento de impostos das micro e pequenas empresas, o Supersimples, e, no entanto, paga o absurdo de 10% com o custo total dos cartões. Só com a conscientização de todas as taxas e custos que pagamos e de como a indústria de cartões não tem regulamentação, poderemos exigir a pro- teção dos nossos direitos e vencer esta árdua batalha. Estamos buscando uma solução rápida e negociada para todas estas questões e que seria ideal: as administradoras de cartões de crédito, o comércio e os consumi- dores juntos, propondo uma melhora para a situação atual. Já vencemos a primeira batalha desta luta. A partir de 1º de julho de 2010, acontecerá a unificação das máquinas de cartões de crédito, que impactará positivamente na redução de seus custos e também na sua força de negociação. Esta pode ser considerada a Lei Áurea do comércio, pois a partir de agora, você, lojista, deixará de ser escravo da indústria dos cartões de crédito e terá liberdade e força para negociar com a empresa que lhe propiciar as melhores condições. Roque Pellizaro Roberto Alfeu Presidente da CNDL Presidente do SPC Brasil
  • 2. ÍNDICE REALIDADE DOS CARTÕES DE CRÉDITO BRASILEIROS .................... 02 NOSSA BANDEIRA ......................... 12 NOSSAS CONQUISTAS ...................... 15 PRÓXIMOS PASSOS ........................ 20 FAÇA DESTA A SUA BANDEIRA TAMBÉM ....... 22
  • 3. 1 REALIDADE DOS CARTÕES DE CRÉDITO BRASILEIROS A) QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DO CARTÃO DE CRÉDITO? O cartão de crédito é um instrumento de pagamen- to de varejo que possibilita ao portador adquirir bens e serviços nos estabelecimentos credenciados mediante um determinado limite de crédito. B) COmO ELE É OBTIDO? Geralmente, é adquirido por intermédio de um ban- co em parceria com administradoras, podendo ser também emitido diretamente por uma administrado- ra. C) COmO É A SUA OpERAçÃO? Suas operações são autorizadas, compensadas e liquidadas por meio de redes privadas mantidas por organizações de cartões ou por instituições financeiras a elas associadas. Elas podem ser on-line ou off-line. D) O QUE SIgnIfICA CADA UmA DESSAS OpERAçÕES? O processamento das transações on-line ocorre por 2
  • 4. meio de terminais POS e é simultâneo para todas as partes envolvidas (titular, emissor, creden- ciado e credenciadora). As operações off-line re- querem contato telefônico do credenciado junto à central de atendimento da credenciadora para ob- ter a autorização de venda do bem ou serviço. E) QUEm SÃO OS AgEnTES EnvOLvIDOS nA InDúSTRIA DOS CARTÕES DE CRÉDI- TO? Existem cinco agentes, que são: Titular: é uma pessoa física ou jurídica que uti- liza o cartão de pagamento para fazer compras. Emissor: é um banco ou uma instituição financeira não-bancária que fornece o cartão e cobra o paga- mento do cliente. Credenciado: é uma empresa ou um autônomo que aceita o cartão para pagamento de bens e serviços. Adquirente: também chamado de credenciadora de estabelecimentos, é quem fornece a base operacio- nal (o terminal de ponto de venda) para o creden- ciado. Também faz a manutenção dos terminais de captura, a transmissão dos dados das transações eletrônicas e deposita os fundos em sua conta corrente. Bandeira: é quem licencia sua marca para o emis- sor e para o adquirente e coordena o sistema de aprovação/compensação/liquidação. Entre as grandes bandeiras nacionais, as redes aber- tas são utilizadas pela Visa, Mastercard e Diners Club. 3
  • 5. f) COmO É O mERCADO DE CARTÕES DE CRÉDITO nO BRASIL? Os cartões de crédito e de dé- bito vêm se consolidando como as principais formas de pagamento pelos brasileiros. A estimativa da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédi- to e Serviços) é que 153.375 milhões de cartões passem a circular em 2010, um aumento de 13% em relação a 2009. O número de transações com o dinheiro de plástico tam- bém deve aumentar - 16% - o que representa quase três bilhões e o faturamento deve apresentar o maior crescimento, 21% em relação ao ano passado, fechando 2010 em R$309.303 bilhões. g) QUAL É A REpRESEnTATIvIDADE DAS BAnDEIRAS QUE ATUAm nO BRASIL? As duas bandeiras mais utilizadas, Visa e Master- card, representam 91% do mercado de cartões ati- vos. A bandeira Cielo (ex-Visa) é a mais utiliza- da por 80,6% dos estabelecimentos e a Redecard (do cartão Mastercard) está em segundo lugar, utilizada por 71% dos estabelecimentos. h) QUAIS OS BEnEfÍCIOS DO CARTÃO DE CRÉDITO pARA O LOjISTA? Segurança no recebimento e a dispensa da análise de fichas cadastrais para concessão do crédito. I) E pARA O COnSUmIDOR? Facilidade, rapidez e segurança na compra. 4
  • 6. j) QUAIS SÃO AS pRInCIpAIS DIfI- CULDADES DO LOjISTA QUE OpTA pOR OpERAR COm CARTÕES DE CRÉDITO? Uma das principais dificuldades são os custos e- levados das taxas cobradas pelas administradoras. k) E OS gASTOS? Os principais gastos para quem deseja oferecer esta forma de pagamento ao consumidor são as taxas de administração, também chamada de taxa de des- conto, aluguel das máquinas e a taxa de antecipa- ção. L) O QUE ELAS REpRESEnTAm pARA OS LOjISTAS? Essas taxas comprometem a ren- tabilidade das operações, pois se considerarmos que os preços co- brados pelos lojistas devem ser os mesmos no pagamento com dinheiro, cheque ou cartão, há uma perda considerável na margem de lucro, uma vez que as taxas de adminis- tração são em média de 4%. No res- tante do mundo, esta taxa gira em torno de 2%. m) E AS máQUInAS QUE OS LOjISTAS UTILIzAm pARA pASSAR O CARTÃO DO COnSU- mIDOR? ELá É pAgA? O aluguel de terminais eletrônicos, os chamados POS, sigla de Point of Sale, ou ponto-de-venda, hoje em torno 5
  • 7. de R$ 110,00 cada, é outro custo elevado para os lojistas, principalmente para os micro e pequenos empresários. n) Em QUAnTO TEmpO O LOjISTA RE- CEBE DAS ADmInISTRADORAS O vA- LOR vEnDIDO pOR mEIO DO CARTÃO DE CRÉDITO? No Brasil, o lojista recebe 33 dias após a venda. Este prazo é extremamente longo para o pequeno varejista, exigindo mais recursos para seu capi- tal de giro. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, o lojista recebe o valor da venda após 2 dias e na Argentina, em 7 dias. O) pOR QUE OS CUSTOS DOS CARTÕES DE CRÉDITO SÃO TÃO ALTOS nO BRA- SIL? As empresas brasileiras pagam caro para ofere- cerem esta forma de pagamento a seus consumidores porque a indústria dos cartões de crédito não é regulamentada pelo Banco Central, ou seja, não sofre nenhuma espécie de fiscalização sobre suas decisões. Desta forma, o lucro das administrado- ras, que é gi- gantesco, cresce a cada dia, gra- ças às altas tarifas cobradas do lojista, que não tem outra opção a não ser submeter-se a elas. 6
  • 8. p) mAS ESTA COnTA, AfInAL, QUEm pAgA? Quem paga por tudo isso é o consumidor, já que o lojista tem que repassar o custo da manutenção do cartão de crédito para os produtos. Com os produ- tos mais caros, o consumidor compra menos, impac- tando no desenvolvimento econômico do país. Q) nÃO ExISTE UmA COnCORRênCIA En- TRE AS OpERADORAS? Existe atualmente um duopólio controlado pelas credenciadoras Cielo (ex-Visanet) e Redecard, que são detentoras de 91% do mercado de cartões do país. Essa falta de concorrência no mercado não permite que o lojista possa negociar melhores condições nos contratos com as operadoras, fican- do refém das condições estabelecidas pelas duas credenciadoras. R) OS CUSTOS DO CARTÃO DE CRÉDITO TAmBÉm SÃO ALTOS pARA O COnSUmI- DOR? Sim, o consumidor também tem que arcar com a co- modidade do dinheiro de plástico. Além da anui- dade do cartão, estabelecida por cada emissor, caso ele não administre bem seus gastos e pague o valor mínimo da fatura em determinado mês, estará contraindo uma dívida com os juros mais abusivos do mercado e, certamente, os mais caros do pla- neta. 7
  • 9. Confira no exemplo a seguir as elevadas taxas de juros mensais e anuais para quem entra no rotati- vo ou atrasa o pagamento do cartão de crédito: 8
  • 10. S) COmO fUnCIOnA ESTE SISTEmA nA pRáTICA? Suponha que uma pessoa compre uma geladeira, por exemplo, à vista no cartão, no valor de R$1.000,00. Mas, se por algum motivo resolver pagar a taxa mínima exigida pela administra- dora e quitar a dívida após um ano, terá que desembolsar R$ 3.383,00. Acompanhe o cálculo abaixo das taxas e juros que incidem sobre a dívida: valor da dívida: R$ 1.000,00 prazo: 12 meses Taxas incidentes: • Taxa de refinanciamento: 10,69% • IOF diário: 0,0082% • IOF adicional: 0,38% • Multa moratória mensal: 2% • Juros de mora mensal: 1% Total da dívida: R$ 3.383,00, ou seja, R$ 2.383,00 só de juros, o que corresponde a 238,3% de taxas. Ou seja, o valor gasto com os juros do rotativo seria suficiente para a compra de mais duas geladeiras. Se essa pessoa, ao invés de comprar a geladeira no cartão de crédito, tivesse feito um empréstimo pessoal em um banco, pagaria ao comple- tar um ano R$ 1.765,30, ou seja, R$ 1.617,70 a menos do que o valor pago no cartão. Incidiria sobre o empréstimo 4,85% de taxas. 9
  • 11. T) Em OUTROS pAÍSES, ESSES gASTOS SÃO OS mESmOS? Não, o Brasil possui as piores condições para trabalhar com cartões de crédito. Veja o compara- tivo abaixo do Brasil com outros países: TAxAS ADmInISTRATIvAS (% SOBRE O vALOR DA TRAnSAçÃO) Em váRIOS pAÍSES Taxa administrativa país (por transação) Austrália 4,5% Nova Zelândia 4,5% Cingapura 4,5% Hong Kong 4,5% Malásia 5,0% Brasil 5,5% Índia, China, Sri Lanka, Taiwan, 6,0% Coréia do Sul Japão 6,5% Tailândia 7,5% pRAzO pARA REpASSE pELAS ADmInISTRADORAS AOS LOjISTAS país prazo Estados Unidos 2 dias Europa 2 dias Argentina 7 dias Brasil 33 dias Fonte: Taxas ANEFAC 10
  • 12. U) COmO É CAL- CULADA A TAxA DE ADmInISTRAçÃO/DES- COnTO pARA CARTÃO DE CRÉDITO? A taxa de administração, também conhecida como taxa de desconto, é a tarifa que o estabeleci- mento paga ao credencia- dor. Ela varia de acordo com o segmento do merca- do, sendo inversamente proporcional ao porte do estabelecimento. Isto significa que a fatia da receita das micro e pequenas empre- sas destinada ao pagamento da taxa de desconto é maior que a das grandes empresas. A taxa de des- conto também aumenta com a quantidade parcelada. Atualmente, a taxa de desconto média é de 3,4%. v) OS CARTÕES DE CRÉDITO SÃO mAIS OnEROSOS pARA O LOjISTA DO QUE O ChEQUE? pOR QUê? O cartão de crédito é a forma de pagamento mais cara para o lojista, pois as taxas cobradas pelas administradoras dos cartões variam de 3% a 8%. Quanto ao cheque, o custo que o lojista tem é em relação à inadimplência causada por essa forma de pagamento. Mas se bem administrada, com a con- sulta ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), não passa de 1%. Ou seja, bem abaixo dos custos com cartões. Operar com cartões de crédito chega a ser ainda mais oneroso que os tributos pagos no Supersimples. Enquanto as administradoras de cartões de crédito “sugam”, em média, 5% da re- ceita de um micro e pequeno empresário, se ele é optante do Supersimples, pagará em torno de 4%. 11
  • 13. 2 nOSSA BAnDEIRA A) pOR QUE O mOvImEnTO LOjISTA RE- SOLvEU LEvAnTAR ESSA BAnDEIRA? O movimento lojista tem como missão servir, re- presentar e fortalecer o comércio, contribuin- do para o desenvolvimento da comunidade. Desta forma, o movimento elegeu a busca da regulamenta- ção da indústria dos cartões de crédito como uma de suas principais bandeiras, por entender que o tema afeta negativamente tanto a vida dos lojis- tas como também a dos consumidores. B) mAS pOR QUE O mOvImEnTO LOjISTA DEfEnDE A REgULAmEnTAçÃO DESTA In- DúSTRIA? Sem regulamentação, o dinheiro de plástico pesa no bolso do lojista, que tem que arcar com al- tas taxas de administração, desconto e aluguel das máquinas. O lojista é obrigado a repas- sar esse custo para os produtos. Como sequência, o poder de com- pra do consumidor é reduzido e tem forte impacto na economia do país. E ainda, os juros do cartão de crédito são os mais abusivos do mercado, levando os consumidores, que não conseguem quitar integral- mente a fatura, a contrair dívidas praticamente impagáveis. 12
  • 14. C) COmO O mOvImEnTO LOjISTA TEm A- TUADO pARA mUDAR ESTA REALIDADE? O movimento lojista, formado pelas CDL’s de todo o país, FCDL’s, junto com a CNDL (Confederação Na- cional das Câmaras de Dirigentes Lojistas), com sede em Brasília, acompanham de perto, no Congres- so Nacional, pressionando os deputados e senadores em relação às deliberações sobre o tema. Só assim teremos a abertura de mercado. D) AS EnTIDADES DE CLASSE EnvOLvI- DAS nESTA LUTA COnTAm COm ALgUm ApOIO? O grupo conta com o apoio da Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista, formada por 184 depu- tados e sete senadores, importante aliada contra a falta de regulamentação do setor de cartões de crédito. E) EU pOSSO pARTICIpAR DESTA “LUTA”? Sim. Na verdade você já participa indiretamente por meio da sua CDL, que somada às CDL’s e FCDL do seu estado e, representadas nacionalmente pela CNDL, vêm lutando constantemente para conquistar esse benefício a lojistas e consumidores de todo o país. O movimento lojista só tem conseguido vitórias porque conta com a força de seus associa- dos. Ele é a voz de centenas de milhares de em- presas brasileiras, por isso é tão importante sua empresa ser associada a uma CDL. Afinal, quando milhares de empresas se juntam, são capazes de mu- dar a realidade de toda a classe. 13
  • 15. A vitória contra a indústria dos cartões é um ex- emplo claro da luta encampada pela CNDL em sua defesa, da sua empresa e de seus interesses. Não deixe de participar e somar sua voz juntamente com a CDL local na luta em defesa do varejo. As- socie-se a uma CDL! 14
  • 16. 3 nOSSAS COnQUISTAS UnIfICAçÃO DAS máQUInAS DE CARTÕES DE CRÉDITO Depois de muita pressão do movimento lojista e da CNDL, o governo aprovou a unificação das máquinas de cartões de crédito, primeira grande mudança em relação ao tema. A unificação das máquinas passa a valer a partir de 1º de julho de 2010. Antes da unificação, cada bandeira tinha sua própria credenciadora, com contratos e condições distintas. O lojista só poderia aceitar paga- mentos feitos com o cartão Visa e Mastercard, por exemplo, se tivesse um contrato feito com cada credenciadora - Visanet e a Redecard - com condições distintas cada um. A) COmO A UnIfICAçÃO DAS máQUInAS DE CARTÕES DE CRÉDITO vAI Im- pACTAR nA vIDA DO LOjISTA? Com a unificação, as credenciadoras poderão trabalhar com mais de uma bandeira. E o lojista firmará con- trato com apenas uma 15
  • 17. credenciado- ra. Mas poderá aceitar diversos cartões, redu- zindo os custos e taxas atual- mente pagos. Esta é a Lei Áurea do varejo, que vai deixar de ser es- cravo da negociação com as credenciadoras. B) QUAIS SÃO OS BEnEfÍCIOS pARA O LOjISTA? A medida traz inúmeros benefícios, já que aumen- tará o poder de negociação do lojista, que poderá optar pelas melhores condições: menor valor de aluguel da máquina, menores taxa de administra- ção/desconto e melhores prazos de recebimento. Também haverá redução da burocracia, pois será necessário celebrar apenas um contrato com a cre- denciadora. C) DE QUAnTO SERá A ECOnOmIA ImE- DIATA pARA O LOjISTA? No que diz respeito a unificação, as empre- sas passarão a pagar pela locação de apenas uma máquina, mas poderão receber diversos cartões de pagamento. Ou seja, se antes, o lojista pagava em média R$ 110 de aluguel por cada máquina e ti- nha duas máquinas, só a despesa com este tipo de serviço era de R$ 220. Agora, ele pagará apenas o aluguel de uma máquina. D) QUE OUTRO TIpO DE ECOnOmIA ELE 16
  • 18. AInDA pODE TER? O grande ganho para o lojista é o início da con- corrência entre as credencia- doras, que lhe propiciará grande poder de negociação. Atualmente, já existem va- lores de taxas de administração diferentes en- tre as credenciadoras e o lojista pode optar pelo menor para operar com todas as bandeiras, mas esses valores poderão ser reduzidos ainda mais, dependendo da negociação que o lojista fizer com cada uma. Essas reduções representam maior lucra- tividade nos negócios do lojista. E) E pARA O COnSUmIDOR? DE QUAnTO SERá A ECOnOmIA? O lojista repassará esta queda do custo para o produto. O consumidor poderá comprar os produtos com redução de preços, o que significa que so- brará dinheiro no bolso. f) ESSA mUDAnçA TRARá ALgUm ImpAC- TO nA ECOnOmIA? Com certeza. Inicialmente, somente a unificação dos terminais de operação com cartão de crédi- to deve representar uma economia anual de R$ 1,2 bilhão para o país. Para Minas Gerais, a econo- mia é de R$ 120 milhões e para Belo Horizonte, de R$ 19,2 milhões. Posteriormente, com o início da concorrência entre as administradoras, outros custos tendem a ser reduzidos, impactando positi- vamente para o lojista e seus clientes. 17
  • 19. g) OnDE TODA ESTA ECOnOmIA pODERá SER ApLICADA? Com menores custos, os lojistas poderão contratar mais funcionários, realizar novos investimentos e reduzir os preços das mercadorias. Todos sairão ganhando: lojistas, consumidores e a economia. h) QUE ATITUDES O LOjISTA DEvE TOmAR AO fEChAR nOvO COnTRATO COm A CREDEnCIADORA? Para a CNDL, este não é o momento do empresário se fidelizar com nenhuma credenciadora. Ele deve ser cauteloso, negociar com as credenciadoras as melhores condições de tarifação e fechar o con- trato com a que for mais favorável ao seu negó- cio. Por isso, a CNDL está orientando as empresas varejistas a negociarem sim, fidelizarem não! I) O QUE DEvE SER nEgOCIADO? O que deverá ser negociado não é somente o aluguel dos equipamentos, mas também as taxas cobradas, os prazos de pagamento e as modalidades de antecipação. Todos es- tes itens devem sofrer reduções. j) ExISTE AL- gUmA CLáUSULA nO COnTRATO QUE mERECE ATEnçÃO REDOBRADA? Sim. Como em todos os contratos, de qualquer espécie, é preciso ler todas as 18
  • 20. cláusulas. No caso que estamos tratando, é preciso ficar atento: faça um contrato por tempo indetermi- nado, sem fidelização e que possa ser rescindido a qualquer momento e sem aplicação de multa. k) pOR QUê? Porque a partir da unificação das máquinas, o mer- cado de cartões sofrerá inúmeras mudanças e maior competitividade. Com isso, a tendência é que as taxas reduzam gradativamente. Sendo assim, é impor- tante que o lojista tenha a liberdade de mudar de contrato quando lhe for mais favorável. L) ExISTEm OUTRAS ORIEnTAçÕES? A CNDL orienta também, que os lojistas não forneçam qualquer informação para “representantes” das cre- denciadoras, sem verificar se realmente estes “re- presentantes” são os verdadeiros representantes das empresas. Também devem ficar atentos às “facilidades” apre- sentadas ao lojista pelas credenciadoras, como por exemplo, adesão automática à unificação com a uti- lização de outra bandeira na mesma máquina da cre- denciadora, já utilizada pelo lojista; às tarifas cobradas e a exigência de fidelização propostas pe- las credenciadoras que estão no mercado. 19
  • 21. 4 pRÓxImOS pASSOS A) O QUE O mOvImEnTO LOjISTA REIvInDICARá AgORA? A conquista da unificação das máquinas foi apenas a ponta do iceberg da luta do movimento lojis- ta em relação ao tema. Reivindicaremos agora a redução das taxas administrativas e de antecipa- ção e também a redução dos prazos de pagamento aos lojistas, que é um dos mais longos do mundo. Em paralelo, continuaremos lutando pela regula- mentação do setor. Mas quem deve regulamentar a indústria dos cartões de crédito é o Banco Cen- tral, sendo o agente regulatório para coibir dis- torções no mercado. Unificação das máquinas Redução das taxas administrativas e de antecipação Redução dos prazos de pagamento para os lojistas 20
  • 22. B) E QUAL A pREvISÃO SOBRE A REgU- LAmEnTAçÃO DE TODA A InDúSTRIA DOS CARTÕES DE CRÉDITO? A última notícia é que o governo pretende en- caminhar em breve ao Congresso Nacional uma proposta legislativa (Projeto de Lei ou Medi- da Provisória) que autorize o Conselho Monetário Nacional a regular toda a indústria dos cartões, impondo regras sobre a organização do mercado como um todo, incluindo eventualmente normas con- correnciais e de transparência. C) ExISTEm OUTRAS REIvInDICAçÕES? Sim. A CNDL defende a possibilidade de o lojis- ta poder cobrar preços diferenciados nas compras pagas com dinheiro ou cheque do que seria co- brado se fosse pago com cartão de crédito, como já acontece hoje no Distrito Federal. Isso trará maior transparência ao sistema, possibilitando o consumidor saber o quanto está pagando em cada forma de pagamento. D) O QUE ESTA REIvInDICAçÃO TRARIA DE gAnhO pARA O LOjISTA E COnSUmI- DOR? O lojista embute todos os seus custos para a com- posição do preço final da mercadoria. Se o lojis- ta pudesse estabelecer preços diferenciados para pagamento com cheque/dinheiro e com cartão, o consumidor seria o grande beneficiado. Ele com- praria produtos com desconto, já que o pagamento efetuado com cartões de crédito e débito gera um custo bem mais alto para o lojista do que o paga- mento efetuado com cheque/dinheiro. 21
  • 23. 5 fAçA DESTA A SUA BAnDEIRA TAmBÉm Você também pode contribuir para que o governo regulamente as operações com os cartões de crédi- to. Com a união, seremos mais fortes e teremos mais voz ativa para mudar essa realidade. Pres- sione os deputados e senadores, cobre de quem você elegeu para representá-lo. A) COmO pARTICIpAR? Você pode enviar um email para o seu deputado na Câmara cobrando maior agilidade nos trâmites so- bre os cartões de crédito no Congresso. Basta en- trar no site WWW2.camara.gov.br, clicar em “Par- ticipe” no menu superior e escolher a opção “Fale com o deputado”. Preencha seus dados e mande sua mensagem. O Senado também possui um canal direto com os cidadãos brasileiros. Basta entrar no site www.senado.gov.br e escolher o nome do senador na coluna da direita, para obter informações so- bre ele, como as comissões em que ele faz parte, proposições e pronunciamentos e também seus con- tatos no Senado, telefone e email. Você também pode conscientizar seus clientes so- bre o custo dos cartões e o quanto ele impacta no preço final dos produtos. 22
  • 24. B) O mOvImEnTO LOjISTA pOSSUI OUTRAS BAnDEIRAS, ALÉm DOS CARTÕES DE CRÉDITO? Sim, temos atuado em ou- tras frentes em prol do comércio: Cadastro positivo: es- tamos acompanhando de perto a aprovação do pro- jeto que trará inúmeros benefícios para as empre- sas e também para os consumidores. Reforma tributária: lutamos para propiciar a redução dos tributos e uma arrecadação mais democrática. Simples nacional: estamos exercendo pressão no Congresso para que seja aprovada medida que eleva o teto das faixas do Simples Nacional. C) COmO pOSSO ACOmpAnhAR A EvOLUçÃO DESSES pROjETOS? Você pode ficar por dentro de todas as ações do movimento lojista em prol de nossas bandeiras pe- los sites: www.cndl.org.br www.spcbrasil.org.br 23