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UFMT, Campus de Sinop
2021
FARMACODINÂMICA:
Interação Fármaco-receptor
Copyright_SBFTE_2020 1
Apoio:
Universidade Federal de Mato Grosso
(Asclépio):
✓ relacionados:
- Hygieia (deusa da limpeza);
- Panacea (deusa do remédio universal);
✓ Pharmakón: sangue da medusa (curava e matava);
✓ Star of life 
Fonte:
http://www.greekmedicine.net/m
ythology/asclepius.html
Fonte: https://www.ancient.eu/Asclepius/
2
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John Newport Langley
(1852 - 1926 )
Univ. de Cambridge
Paul Ehrlich
(1854 – 1915)
Univ. de Leipzig
Alfred Joseph Clark
(1885 – 1941)
- King’s College e
- University College (Londres).
- University of Edinburgh
(Edimburgo)
The Nobel Prize in
Physiology or Medicine 1908
Teoria moderna de Receptor
Farmacologia: ~150 anos
Contém as ferramentas e métodos para converter
"dados descritivos”1 em "dados preditivos“ que
podem ser usados para prever a atividade de um
fármaco em todos os sistemas orgânicos,
incluindo a terapêutica.
1Dados que caracterizam a atividade de um
fármaco em um sistema específico.
FONTE: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014
“Corpora non
agunt nisi fixata”
3
Copyright_SBFTE_2020
FARMACODINÂMICA
✓ É o estudo da interação da molécula do fármaco com o alvo biológico.
✓ Como os fármacos desencadeiam efeitos no organismo?
 Mecanismos gerais de ação
Fonte: Kenakin, T. A
Pharmacology Primer. 4.
ed. Elsevier, 2014. Fig. 1-8.
4
Copyright_SBFTE_2020
➢ Agonista: é um fármaco que possui afinidade por um receptor particular e causa uma modificação no receptor que
resulta em um efeito observável.
Tendência do fármaco se associar a um
tipo particular de receptor.
A força de atração de um fármaco por um
alvo biológico é definida como afinidade.
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Hipérbole: Relação linear com
dificuldade estatística
Por que uma sigmoide?
FONTE: BRUNTON, L.; HILAL-DANDAN, R. ; KNOLLMAN, B. As
bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e Gilman. 13.
ed. Porto Alegre: AMGH, 2019. Fig. 3-2.
Assíntota máxima
Bottom /
Threshold
Potência (absoluta): concentração (usualmente molar) de um fármaco que é capaz de produzir
um efeito definido. Frequentemente é expressa como EC50 (ou CE50 em Português) ou pEC50
(antigamente expresso como pD2). No gráfico, envolve a posição/deslocamento da Curva
Concentração-Resposta (CCR) ao longo do eixo X (conforme concentração logarítmica do fármaco).
Emáx: resposta máxima que pode ser produzida em um dado sistema.
Concentração
Efetiva à 50%
✓ Forma de “S”
✓ Melhor determinação dos parâmetros
pEC50 e Emáx
Copyright_SBFTE_2020 6
Fonte: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014.
Fig. 1-18.
Qual a pEC50 , a EC50?
-9 -8,5 -8 -7,5 -7 -6,5 -6 -5,5 -5 -4,5 -4 -3,5 -3
10-9 M 3 x 10-9 M 10-8 M 3 x 10-8 M 10-7 M 3 x 10-7 M 10-6 M 3 x 10-6 M 10-5 M 3 x 10-5 M 10-4 M 3 x 10-4 M 10-3 M
1 nM 3 nM 10 nM 30 nM 100 nM 300 nM 1 M 3 M 10 M 30 M 100 M 300 M 1 mM
ou 0,1 M ou 1000 nM ou 1000 M
Qual a pEC25 e a EC25?
Qual o Emax?
 2
Da interpolação, determina-se que concentração de ~10-6 M é
capaz de promover 50% da resposta máxima ao agonista
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FONTE: BRUNTON, L.; HILAL-DANDAN, R. ; KNOLLMAN, B. As bases farmacológicas
da terapêutica de Goodman e Gilman. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2019. Fig. 3-3A.
%
do
efeito
máximo
Fármaco X Fármaco Y
Termo relativo para comparar dois fármacos
Se cada marca na abscissa representa 2 casas logarítmicas, qual a razão
entre as potências?
Qual fármaco é mais potente?
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FONTE: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. Fig. 5-19.
CCRs para os agonistas os muscarínicos oxotremorina e
carbacol em íleo da cobaia
A oxotremorina é três vezes mais
potente do que o carbacol.
Por quê?
0,5 log
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FONTE: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. Fig. 2-13.
➢ Agonista total: liga-se ao receptor e produz
uma resposta máxima (Emáx);
➢ Agonista parcial: liga-se ao receptor e
produz menos que Emáx, (resposta
submáxima);
➢ Antagonista: liga-se ao receptor e não
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➢ Eficácia: apesar do agonismo inverso, em geral é propriedade da
molécula em produzir uma resposta fisiológica.
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➢ Antagonista: é um fármaco que bloqueia a resposta produzida por outro fármaco ou por um ligante
endógeno. São desprovidos de atividade intrínseca* (denotada ).
▪ Agonista total =1
▪ Agonista parcial 0<<1
▪ Antagonista =0
* Parâmetro para determinar a capacidade de um fármaco, uma vez ligado ao receptor, em produzir um efeito. Atividade intrínseca refere-se à
resposta máxima de um agonista em relação a um agonista total (tido como padrão) em um mesmo sistema. Em suma, refere-se ao efeito
máximo possível que pode ser produzido por um fármaco.
✓ Os agonistas totais têm α = 1;
✓ Um agonista parcial que produz uma resposta máxima de 50% de um agonista total tem
uma atividade intrínseca de 0,5.
✓ Fármacos antagonistas têm α = 0.
✓ Então, tanto agonistas quanto os antagonistas podem se ligar a um receptor, entretanto
apenas agonistas ativam o receptor.
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ANTAGONISMOS
Copyright_SBFTE_2020 12
É um fármaco que se liga seletivamente a determinado tipo de receptor sem ativá-lo, porém com a peculiaridade de impedir o
acoplamento do agonista endógeno. É dito “superável” quando reversível.
ANTAGONISMO COMPETITIVO
FONTE: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. Fig. 6-12B e 6-3.
Copyright_SBFTE_2020 13
 Tempo para reequilíbrio entre agonista, antagonista e receptor
 Deslocamento paralelo (proporcional) determinado pela [B] e sua afinidade KB
 Sem diminuição de Emax
Antagonismo competitivo reversível
FONTE: RANG, H.P. et al. Rang & Dale farmacologia.
6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
 A ligação do agonista e do antagonista no receptor é mutuamente exclusiva
Copyright_SBFTE_2020 14
Exemplo de Antagonista competitivo (atropina)
log [C a rb a ch ol] M
T
e
n
s
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(
%
o
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-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2
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3
1 0
3 0
A trop ine (nM ):
Copyright_SBFTE_2020 15
➢ Antagonismo competitivo irreversível: remove o receptor ou o potencial de resposta do sistema. Mesmo quando é
adicionado agonista, não há superação desse antagonismo. Ex.: fenoxibenzamina (POB) que faz uma alquilação em
receptores histaminérgicos, muscarínicos e -adrenérgicos.
FONTE: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. Fig. 6-28.
FONTE: RANG, H.P. et al. Rang & Dale farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
Efeito de tempos crescentes de uma simples
[POB] sobre CCRs à histamina
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Insurmountable
Spare receptors
Reserva de receptores
Fonte: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. Fig. 6-4.
Outros antagonismos...
Copyright_SBFTE_2020 17
➢ Relação Dose-efeito: a relação entre a dose de um fármaco que foi administrado e seu efeito
alcançado varia:
✓ Entre diferentes espécies;
✓ Indivíduos da mesma espécie;
✓ No mesmo indivíduo, porém em momentos diferentes.
➢ Seletividade: depende de sua capacidade para produzir um efeito particular. Ex.: agonistas
fenoterol ou salbutamol  são seletivos para adrenoceptores 2; em doses maiores ativam 1.
➢ Especificidade: ????????
Copyright_SBFTE_2020 18
➢ Índice Terapêutico: a relação da dose que produz toxicidade com a dose que produz o efeito eficaz, ou
clinicamente desejados em uma população.
Quanto > o IT, > a
margem de segurança
DT50
DE50
IT =
FONTE:
http://www.icp.org.nz/icp_t7.
html?htmlCond=1
Copyright_SBFTE_2020 19
ALBERTS, B. et al. Molecular Biology of the Cell, 4th edition. New York: Garland Science; 2002. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK21054/.
BRUNTON, L.; CHABNER, B.A.; KNOLLMANN, B.C. (Org.) As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
BRUNTON, L.; HILAL-DANDAN, R. ; KNOLLMAN, B. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e Gilman. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2019. 1744 p.
GOLAN, David E. (Ed.) et al. Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da farmacologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
KENAKIN, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014.
RANG, H.P. et al. Rang & Dale farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
RANG, H.P. et al. Rang & Dale farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
Sites visitados e citados:
• http://www.icp.org.nz/icp_t7.html?htmlCond=1
• https://www.ancient.eu/Asclepius
• https://www.youtube.com/watch?v=GXECgTLGLtI. Immunology Toronto.
• https://www.guidetopharmacology.org
• https://www.pharmacologyeducation.org/pharmacology
Referências Bibliográficas
Copyright_SBFTE_2020 20
Copyright_SBFTE_2020 21
Sociedade Brasileria de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE)
www.sbfte.org.br
Email: sbfte@sbfte.org.br
Construindo Divulgação e Educação Científica em
Farmacologia e Terapêutica Experimental
SBFTE – Iniciativas Educacionais
(SBFTE – Education Initiatives)
(Building on Scientific Information and Education in
Pharmacology and Experimental Therapeutics)
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Farmacologia: interação fármaco receptor. Conceitos básicos em farmacologia

  • 1. Prof. Dr. André Mueller UFMT, Campus de Sinop 2021 FARMACODINÂMICA: Interação Fármaco-receptor Copyright_SBFTE_2020 1 Apoio: Universidade Federal de Mato Grosso
  • 2. (Asclépio): ✓ relacionados: - Hygieia (deusa da limpeza); - Panacea (deusa do remédio universal); ✓ Pharmakón: sangue da medusa (curava e matava); ✓ Star of life  Fonte: http://www.greekmedicine.net/m ythology/asclepius.html Fonte: https://www.ancient.eu/Asclepius/ 2 Copyright_SBFTE_2020
  • 3. John Newport Langley (1852 - 1926 ) Univ. de Cambridge Paul Ehrlich (1854 – 1915) Univ. de Leipzig Alfred Joseph Clark (1885 – 1941) - King’s College e - University College (Londres). - University of Edinburgh (Edimburgo) The Nobel Prize in Physiology or Medicine 1908 Teoria moderna de Receptor Farmacologia: ~150 anos Contém as ferramentas e métodos para converter "dados descritivos”1 em "dados preditivos“ que podem ser usados para prever a atividade de um fármaco em todos os sistemas orgânicos, incluindo a terapêutica. 1Dados que caracterizam a atividade de um fármaco em um sistema específico. FONTE: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014 “Corpora non agunt nisi fixata” 3 Copyright_SBFTE_2020
  • 4. FARMACODINÂMICA ✓ É o estudo da interação da molécula do fármaco com o alvo biológico. ✓ Como os fármacos desencadeiam efeitos no organismo?  Mecanismos gerais de ação Fonte: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. Fig. 1-8. 4 Copyright_SBFTE_2020
  • 5. ➢ Agonista: é um fármaco que possui afinidade por um receptor particular e causa uma modificação no receptor que resulta em um efeito observável. Tendência do fármaco se associar a um tipo particular de receptor. A força de atração de um fármaco por um alvo biológico é definida como afinidade. Copyright_SBFTE_2020 5
  • 6. Hipérbole: Relação linear com dificuldade estatística Por que uma sigmoide? FONTE: BRUNTON, L.; HILAL-DANDAN, R. ; KNOLLMAN, B. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e Gilman. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2019. Fig. 3-2. Assíntota máxima Bottom / Threshold Potência (absoluta): concentração (usualmente molar) de um fármaco que é capaz de produzir um efeito definido. Frequentemente é expressa como EC50 (ou CE50 em Português) ou pEC50 (antigamente expresso como pD2). No gráfico, envolve a posição/deslocamento da Curva Concentração-Resposta (CCR) ao longo do eixo X (conforme concentração logarítmica do fármaco). Emáx: resposta máxima que pode ser produzida em um dado sistema. Concentração Efetiva à 50% ✓ Forma de “S” ✓ Melhor determinação dos parâmetros pEC50 e Emáx Copyright_SBFTE_2020 6
  • 7. Fonte: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. Fig. 1-18. Qual a pEC50 , a EC50? -9 -8,5 -8 -7,5 -7 -6,5 -6 -5,5 -5 -4,5 -4 -3,5 -3 10-9 M 3 x 10-9 M 10-8 M 3 x 10-8 M 10-7 M 3 x 10-7 M 10-6 M 3 x 10-6 M 10-5 M 3 x 10-5 M 10-4 M 3 x 10-4 M 10-3 M 1 nM 3 nM 10 nM 30 nM 100 nM 300 nM 1 M 3 M 10 M 30 M 100 M 300 M 1 mM ou 0,1 M ou 1000 nM ou 1000 M Qual a pEC25 e a EC25? Qual o Emax?  2 Da interpolação, determina-se que concentração de ~10-6 M é capaz de promover 50% da resposta máxima ao agonista Copyright_SBFTE_2020 7
  • 8. FONTE: BRUNTON, L.; HILAL-DANDAN, R. ; KNOLLMAN, B. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e Gilman. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2019. Fig. 3-3A. % do efeito máximo Fármaco X Fármaco Y Termo relativo para comparar dois fármacos Se cada marca na abscissa representa 2 casas logarítmicas, qual a razão entre as potências? Qual fármaco é mais potente? Copyright_SBFTE_2020 8
  • 9. FONTE: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. Fig. 5-19. CCRs para os agonistas os muscarínicos oxotremorina e carbacol em íleo da cobaia A oxotremorina é três vezes mais potente do que o carbacol. Por quê? 0,5 log Copyright_SBFTE_2020 9
  • 10. FONTE: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. Fig. 2-13. ➢ Agonista total: liga-se ao receptor e produz uma resposta máxima (Emáx); ➢ Agonista parcial: liga-se ao receptor e produz menos que Emáx, (resposta submáxima); ➢ Antagonista: liga-se ao receptor e não produz uma resposta; ➢ Agonista inverso: liga-se ao receptor e reduz a resposta basal. ➢ Eficácia: apesar do agonismo inverso, em geral é propriedade da molécula em produzir uma resposta fisiológica. Copyright_SBFTE_2020 10
  • 11. ➢ Antagonista: é um fármaco que bloqueia a resposta produzida por outro fármaco ou por um ligante endógeno. São desprovidos de atividade intrínseca* (denotada ). ▪ Agonista total =1 ▪ Agonista parcial 0<<1 ▪ Antagonista =0 * Parâmetro para determinar a capacidade de um fármaco, uma vez ligado ao receptor, em produzir um efeito. Atividade intrínseca refere-se à resposta máxima de um agonista em relação a um agonista total (tido como padrão) em um mesmo sistema. Em suma, refere-se ao efeito máximo possível que pode ser produzido por um fármaco. ✓ Os agonistas totais têm α = 1; ✓ Um agonista parcial que produz uma resposta máxima de 50% de um agonista total tem uma atividade intrínseca de 0,5. ✓ Fármacos antagonistas têm α = 0. ✓ Então, tanto agonistas quanto os antagonistas podem se ligar a um receptor, entretanto apenas agonistas ativam o receptor. Copyright_SBFTE_2020 11
  • 13. É um fármaco que se liga seletivamente a determinado tipo de receptor sem ativá-lo, porém com a peculiaridade de impedir o acoplamento do agonista endógeno. É dito “superável” quando reversível. ANTAGONISMO COMPETITIVO FONTE: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. Fig. 6-12B e 6-3. Copyright_SBFTE_2020 13
  • 14.  Tempo para reequilíbrio entre agonista, antagonista e receptor  Deslocamento paralelo (proporcional) determinado pela [B] e sua afinidade KB  Sem diminuição de Emax Antagonismo competitivo reversível FONTE: RANG, H.P. et al. Rang & Dale farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.  A ligação do agonista e do antagonista no receptor é mutuamente exclusiva Copyright_SBFTE_2020 14
  • 15. Exemplo de Antagonista competitivo (atropina) log [C a rb a ch ol] M T e n s io n ( % o f th e firs t c u rv e ) -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 1 2 0 1 4 0 0 3 1 0 3 0 A trop ine (nM ): Copyright_SBFTE_2020 15
  • 16. ➢ Antagonismo competitivo irreversível: remove o receptor ou o potencial de resposta do sistema. Mesmo quando é adicionado agonista, não há superação desse antagonismo. Ex.: fenoxibenzamina (POB) que faz uma alquilação em receptores histaminérgicos, muscarínicos e -adrenérgicos. FONTE: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. Fig. 6-28. FONTE: RANG, H.P. et al. Rang & Dale farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Efeito de tempos crescentes de uma simples [POB] sobre CCRs à histamina Copyright_SBFTE_2020 16
  • 17. Insurmountable Spare receptors Reserva de receptores Fonte: Kenakin, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. Fig. 6-4. Outros antagonismos... Copyright_SBFTE_2020 17
  • 18. ➢ Relação Dose-efeito: a relação entre a dose de um fármaco que foi administrado e seu efeito alcançado varia: ✓ Entre diferentes espécies; ✓ Indivíduos da mesma espécie; ✓ No mesmo indivíduo, porém em momentos diferentes. ➢ Seletividade: depende de sua capacidade para produzir um efeito particular. Ex.: agonistas fenoterol ou salbutamol  são seletivos para adrenoceptores 2; em doses maiores ativam 1. ➢ Especificidade: ???????? Copyright_SBFTE_2020 18
  • 19. ➢ Índice Terapêutico: a relação da dose que produz toxicidade com a dose que produz o efeito eficaz, ou clinicamente desejados em uma população. Quanto > o IT, > a margem de segurança DT50 DE50 IT = FONTE: http://www.icp.org.nz/icp_t7. html?htmlCond=1 Copyright_SBFTE_2020 19
  • 20. ALBERTS, B. et al. Molecular Biology of the Cell, 4th edition. New York: Garland Science; 2002. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK21054/. BRUNTON, L.; CHABNER, B.A.; KNOLLMANN, B.C. (Org.) As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. BRUNTON, L.; HILAL-DANDAN, R. ; KNOLLMAN, B. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e Gilman. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2019. 1744 p. GOLAN, David E. (Ed.) et al. Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da farmacologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. KENAKIN, T. A Pharmacology Primer. 4. ed. Elsevier, 2014. RANG, H.P. et al. Rang & Dale farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. RANG, H.P. et al. Rang & Dale farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Sites visitados e citados: • http://www.icp.org.nz/icp_t7.html?htmlCond=1 • https://www.ancient.eu/Asclepius • https://www.youtube.com/watch?v=GXECgTLGLtI. Immunology Toronto. • https://www.guidetopharmacology.org • https://www.pharmacologyeducation.org/pharmacology Referências Bibliográficas Copyright_SBFTE_2020 20
  • 21. Copyright_SBFTE_2020 21 Sociedade Brasileria de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE) www.sbfte.org.br Email: sbfte@sbfte.org.br Construindo Divulgação e Educação Científica em Farmacologia e Terapêutica Experimental SBFTE – Iniciativas Educacionais (SBFTE – Education Initiatives) (Building on Scientific Information and Education in Pharmacology and Experimental Therapeutics) Informações e contato para envio de materiais: (contact information for material contributions) forumppgsfarmacologia@gmail.com
  • 22. Copyright_SBFTE_2020 22 SBFTE – Iniciativas Educacionais Este material foi disponibilizado pelo autor André Mueller para integrar o portfólio de materiais divulgados na página online e mídias sociais de conteúdos da Iniciativas Educacionais da SBFTE. O conteúdo é da responsabilidade do autor.