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VECTORIZAÇÃO DE PMOT´S
    ATRAVÉS DE PROCESSOS
        AUTOMÁTICOS E
    SEMIAUTOMÁTICOS COM
  RECURSO A SOFTWARE LIVRE




Marcelo Silva
Orientador: Prof. Alberto Gomes
OBJETIVOS GERAIS




 Explicitar a aprendizagem e as tarefas realizadas durante o
  período de estágio no Serviço de SIG da Câmara Municipal de
  Esposende;

 Desenvolvimento de uma metodologia apoiada em software
  SIG livre, para a vectorização de Planos Municipais de
  Ordenamento do Território (PMOT) elaborados em formato
  raster;
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1. ESTÁGIO

 Aquisição de informação geográfica através da digitalização
  de plantas dos PMOT em suporte papel;
 Aquisição de técnicas de manuseamento e utilização
  otimizada de scanner de grandes dimensões;
 Aquisição de competências na utilização de software SIG
  Geomedia;
 Elaboração de um projeto SIG de espacialização da
  informação;
 Disponibilização dos PMOT no portal webSIG;
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 2. METODOLOGIA
      CONVERSÃO RASTER PARA VETORIAL

   Preparação dos mapas para digitalização;
   Digitalização dos PMOT;
   Seleção de softwares livres a utilizar;
   Pré-processamento das imagens;
   Experimentação dos diversos algoritmos de segmentação;
   Vectorização dos PMOT;
   Pós-processamento da informação vetorizada;
ESCOLHA DO TEMA:

 Existe uma quantidade expressiva de bibliografia sobre a
  conversão de informação raster para vetorial;
 O boom no estudo da temática e no desenvolvimento de
  algoritmos de segmentação deu-se na década de 80 e 90 do
  século XX;
 A conversão de informação raster para vetorial é do interesse de
  diversas áreas do saber
  (medicina, geografia, indústria, segurança, etc)
 No domínio dos SIG, existe alguma metodologia desenvolvida:
   Extração de feições a partir de imagens de satélite (extração da rede
    viária e edificado).
 No campo da conversão de informação gráfica disponível em
  mapas e car tas para o formato vetorial, não foi encontrada uma
  metodologia que abrangesse de uma forma relevante todos os
  aspetos que envolvem este processo.
CRONOGRAMA
ESTÁGIO
ESTÁGIO: ATIVIDADES
ESTÁGIO: LISTA DE PMOT’S
              SELECIONADOS
                     Plano                       Data                             Autor
Esboceto do Anteplano de Urbanização de
                                               1967        Arq. Carlos Carvalho Dias e Arq. Lúcio Miranda
Esposende

Plano de Urbanização da Área Central de
                                               1994        PLANUM
Esposende

Plano de Pormenor da Zona Centro de
                                               1992/1996   Arq. Bernardo Ferrão
Esposende e Lagoa

Plano de Pormenor da Área Nascente do
                                               1993/1998   Arq. Bernardo Ferrão
Aglomerado de Esposende

Plano de Pormenor da Zona Norte de Esposende   1983/1997   Arq. Bernardo Ferrão

Plano de Pormenor de Urbanização da Zona a
                                               1985        TECNOPOR
Nascente da E.N.13

Plano Geral de Urbanização Apúlia              1986        TECNOPOR
Plano de Urbanização de Apúlia                 1995        PLANUM

Plano Geral de Urbanização entre Ofir, Fão e
                                               1984        TECNOPOR
Apúlia

Plano de Pormenor de Urbanização da Zona
                                               1984        TECNOPOR
Situada entre Esposende e Marinhas.
ESTÁGIO: SINÓPSE
METODOLOGIA PARA
VECTORIZAÇÃO DOS
            PMOT
SOFTWARE LIVRE

Software livre é aquele cuja licença de utilização, permite que
os utilizadores executem, copiem, distribuam, alterem e
melhorem o sof tware original.



     Comparação aproximada de custos entre software proprietário e livre:
SOFTWARE UTILIZADO



  Software                        Utilidade                            Funções
Fiji          Pacote de processamento gráfico              Segmentação

GIMP          Processamento de imagens                     Segmentação/recorte de imagens

Mirone        Processamento de imagens georreferenciadas   Morfologia Matemática

Quantum GIS   SIG Desktop                                  Layout final/ Georreferenciação

Grass         SIG Desktop                                  Vectorização; pós-processamento
METODOLOGIA



      Raster   para   Vectorial




Sistema de
                       Modelo de
   Visão
                       Kolesnikov
 Artificial
METODOLOGIA: SVA

 A estrutura de um Sistema de Visão Artificial” (SVA ) é um
  sistema capaz de adquirir, processar e interpretar imagens
  correspondentes a cenas reais.
METODOLOGIA: MODELO DE KOLESNIKOV




     Pré-processamento          Processamento        Pós-processamento
a) Binarização           a) Esqueletização      a) Filtragem
b) Filtragem de ruído    b) Vetorização         b) Análise
c) Segmentação                                  c) Interpretação
ESQUEMA METODOLÓGICO
METODOLOGIA: DIGITALIZAÇÃO

 Equipamento utilizado: Scanner de alimentação de grandes
  dimensões e de grande precisão.

                                  Site da CME: 100
                                      DPI (JPEG)
          Destino
                                 Vectorização: 300
                                    DPI (TIFF)
 Planta de Síntese do Plano de Pormenor de Urbanização da
  Zona Situada entre Esposende e Cepães, (Escala 1/1000):
  exemplar representativo ao nível das características dos
  polígonos, áreas com trama, diversidade das feições, etc.
METODOLOGIA: PRÉ-PROCESSAMENTO

 Recorte da área de estudo:
METODOLOGIA: PRÉ-PROCESSAMENTO


 Eliminação da informação marginal
   Legendas, título, rosa-dos-ventos, margens, notas de rodapé, etc.
 Ajuste do contraste
   Realce da imagem
 Remoção do ruído
   Existe um conjunto de filtros, para este tipo de operação: ajuste do brilho
    (brightness) da imagem, filtros morfológicos, filtro Gaussiano, etc .




  Utilizou-se o filtro Gaussiano seletivo, que permite suavizar as áreas na
  fotografia que se encontram abaixo de um determinado limiar sem afetar as
  feições.
METODOLOGIA: PRÉ-PROCESSAMENTO

                Filtro Gaussiano




     Original               Filtro Seletivo Gaussiano
METODOLOGIA: SEGMENTAÇÃO

 A Segmentação permite subdividir a imagem nas diversas
  partes ou objetos constituintes:
TIPOS DE SEGMENTAÇÃO:


Crescimento de regiões:
•Os algoritmos de crescimento de regiões procedem a uma
 busca por grupos de pixels com uma determinada
 propriedade de similaridade, como pertencentes a uma
 mesma região e por isso são utilizados para a deteção de
 regiões homogéneas.

Contorno:
• É um algoritmo capaz de detetar as bordas dos objetos, a
 partir dos quais, constrói os seus contornos, considerando
 assim como um objeto a região dentro desse contorno.
METODOLOGIA: SEGMENTAÇÃO

  Parâmetros para alcançar uma boa segmentação:

 As regiões de uma imagem a segmentar deverão ser
  uniformes e homogéneas no que diz respeito a determinadas
  características: como a textura ou os tons de cinzento;
 O interior das regiões deverá ser simples e com poucos
  “buracos”;
 As regiões adjacentes deverão ter valores muito diferentes no
  que diz respeito às características que as caracterizam e
  deverão ser também uniformes;
 Os limites de cada segmento deverão ser simples e não
  rugosos e espacialmente precisos;
METODOLOGIA: SEGMENTAÇÃO

 Experimentação de 11 algoritmos de segmentação disponíveis
  nos softwares GIMP e FIJI:



     Seleção de 2 algoritmos com os melhores resultados.




     Original            Adaptive edge       Statistical Region
                           detection              Merging
SEGMENTAÇÃO

                             Statistical
Adaptive Edge
                              Region
  Detection
                              Merging
  Vantagens: Bons            Vantagens: Facilidade
  resultados na deteção      de uso; bons resultados
  de bordas; facilidade de   na criação de regiões de
  uso devido a ser um        interesse e
  método automático;         descriminação de
  pouco sensível ao ruído    feições.



                             Desvantagens:
  Desvantagens: não
                             Dificuldade na deteção
  permite ajustes pelo
                             de linhas mais
  operador.
                             esbatidas.
METODOLOGIA: REFINAMENTO

 Consiste na filtragem dos objetos segmentados através de um
  método designado de morfologia matemática. A morfologia
  permite: realce da imagem, esqueletização, filtragem do
  ruído, etc.




   Imagem Original        Encerramento          Esqueletização
   (Segmentanção)
METODOLOGIA: GEORREFERENCIAÇÃO

 Georreferenciação: Elaborado com a ferramenta
  “georreferenciador” do Quantum GIS, tendo por base os
  ortofotos do concelho de Esposende (2003);
METODOLOGIA: VECTORIZAÇÃO


 Vectorização: elaborado a partir do módulo “ r.to.vect” do
  GRASS, com as opções “s” (suavização) e “ area” ativas;




                                  Adaptive edge
                                    detection
                  Output
               Segmentação         Statistical
                                    Region
                                    Merging
METODOLOGIA: PÓS-PROCESSAMENTO

 Módulo “v.clean” do Grass para resolução de problemas
  “topológicos”:
                                                Feições duplicadas

                           Remoção de “ruído”
                                                Eliminação de áreas
                                                    de pequenas
                                                     dimensões


                                                  Vectorização
                                                manual de feições
       Pós-processamento                        não reconhecidas
                            Recuperação de
                              entidades
                                                 Edição de feições
                                                  incorretamente
                                                   representadas


                           Reconhecimento de       Definição dos
                                objetos              atributos
RESULTADOS
VECTORIZAÇÃO: STATICAL REGION
          MERGING
VECTORIZAÇÃO: ADAPTIVE EDGE
         DETECTION
VECTORIZAÇÃO: NÍVEL DE ALTERAÇÕES

    Verde (original); amarelo (alterado); vermelho (vetorizado manualmente)
RESULTADOS: ÁREA DAS FEIÇÕES POR
         TIPOLOGIA (M 2 E %)
                    Área total vetorizada: 46 617 m 2 ;



 78% da área total vetorizada não sofreu qualquer edição;
 10% da área foi alterada as suas feições em parte;
 12% da área total teve de ser vetorizada novamente;

                                      Área das feições

                                                           78%
            Inalteradas                      36536,11 m2

                                                           10%
            Alteradas                         4739,32 m2

                                                           12%
            Vetorizadas manualmente           5341,94 m2

                                                           100%
            Total                            46617,37 m2
RESULTADOS: PERCENTAGEM DAS
        FEIÇÕES POR TIPOLOGIA
                  199 Feições digitalizadas:

 64% das feições não sofreu qualquer tipo de intervenção;
 21% das feições sofreu alterações ao nível da edição;
 15% das feições tiveram de ser manualmente vetorizadas;

                                       Feições:
                      Inalteradas   Alteradas   Vetorizadas manualmente




                                         15%
                21%


                                                            64%
RESULTADO FINAL
METODOLOGIA: CONCLUSÃO

 Resultados satisfatórios: permite a poupança de tempo e
  trabalho na vectorização;
 Metodologia orientada para documentos a vetorizar
  complexos e extensos;
 Necessidade de experiência e conhecimento do operador
  para:
   Decidir quais etapas necessárias e dispensáveis, tendo em conta as
    características do documento a digitalizar (estado de
    conservação, cor, tipo e forma de representação da informação na
    planta);
   Utilizar e configurar o software para obter os melhores resultados
    possíveis;
 Metodologia complexa do ponto de vista do número de etapas
  a realizar;
FIM

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Vectorização de PMOT's através de processos automatizados

  • 1. VECTORIZAÇÃO DE PMOT´S ATRAVÉS DE PROCESSOS AUTOMÁTICOS E SEMIAUTOMÁTICOS COM RECURSO A SOFTWARE LIVRE Marcelo Silva Orientador: Prof. Alberto Gomes
  • 2. OBJETIVOS GERAIS  Explicitar a aprendizagem e as tarefas realizadas durante o período de estágio no Serviço de SIG da Câmara Municipal de Esposende;  Desenvolvimento de uma metodologia apoiada em software SIG livre, para a vectorização de Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT) elaborados em formato raster;
  • 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1. ESTÁGIO  Aquisição de informação geográfica através da digitalização de plantas dos PMOT em suporte papel;  Aquisição de técnicas de manuseamento e utilização otimizada de scanner de grandes dimensões;  Aquisição de competências na utilização de software SIG Geomedia;  Elaboração de um projeto SIG de espacialização da informação;  Disponibilização dos PMOT no portal webSIG;
  • 4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 2. METODOLOGIA CONVERSÃO RASTER PARA VETORIAL  Preparação dos mapas para digitalização;  Digitalização dos PMOT;  Seleção de softwares livres a utilizar;  Pré-processamento das imagens;  Experimentação dos diversos algoritmos de segmentação;  Vectorização dos PMOT;  Pós-processamento da informação vetorizada;
  • 5. ESCOLHA DO TEMA:  Existe uma quantidade expressiva de bibliografia sobre a conversão de informação raster para vetorial;  O boom no estudo da temática e no desenvolvimento de algoritmos de segmentação deu-se na década de 80 e 90 do século XX;  A conversão de informação raster para vetorial é do interesse de diversas áreas do saber (medicina, geografia, indústria, segurança, etc)  No domínio dos SIG, existe alguma metodologia desenvolvida:  Extração de feições a partir de imagens de satélite (extração da rede viária e edificado).  No campo da conversão de informação gráfica disponível em mapas e car tas para o formato vetorial, não foi encontrada uma metodologia que abrangesse de uma forma relevante todos os aspetos que envolvem este processo.
  • 9. ESTÁGIO: LISTA DE PMOT’S SELECIONADOS Plano Data Autor Esboceto do Anteplano de Urbanização de 1967 Arq. Carlos Carvalho Dias e Arq. Lúcio Miranda Esposende Plano de Urbanização da Área Central de 1994 PLANUM Esposende Plano de Pormenor da Zona Centro de 1992/1996 Arq. Bernardo Ferrão Esposende e Lagoa Plano de Pormenor da Área Nascente do 1993/1998 Arq. Bernardo Ferrão Aglomerado de Esposende Plano de Pormenor da Zona Norte de Esposende 1983/1997 Arq. Bernardo Ferrão Plano de Pormenor de Urbanização da Zona a 1985 TECNOPOR Nascente da E.N.13 Plano Geral de Urbanização Apúlia 1986 TECNOPOR Plano de Urbanização de Apúlia 1995 PLANUM Plano Geral de Urbanização entre Ofir, Fão e 1984 TECNOPOR Apúlia Plano de Pormenor de Urbanização da Zona 1984 TECNOPOR Situada entre Esposende e Marinhas.
  • 12. SOFTWARE LIVRE Software livre é aquele cuja licença de utilização, permite que os utilizadores executem, copiem, distribuam, alterem e melhorem o sof tware original. Comparação aproximada de custos entre software proprietário e livre:
  • 13. SOFTWARE UTILIZADO Software Utilidade Funções Fiji Pacote de processamento gráfico Segmentação GIMP Processamento de imagens Segmentação/recorte de imagens Mirone Processamento de imagens georreferenciadas Morfologia Matemática Quantum GIS SIG Desktop Layout final/ Georreferenciação Grass SIG Desktop Vectorização; pós-processamento
  • 14. METODOLOGIA Raster para Vectorial Sistema de Modelo de Visão Kolesnikov Artificial
  • 15. METODOLOGIA: SVA  A estrutura de um Sistema de Visão Artificial” (SVA ) é um sistema capaz de adquirir, processar e interpretar imagens correspondentes a cenas reais.
  • 16. METODOLOGIA: MODELO DE KOLESNIKOV Pré-processamento Processamento Pós-processamento a) Binarização a) Esqueletização a) Filtragem b) Filtragem de ruído b) Vetorização b) Análise c) Segmentação c) Interpretação
  • 18. METODOLOGIA: DIGITALIZAÇÃO  Equipamento utilizado: Scanner de alimentação de grandes dimensões e de grande precisão. Site da CME: 100 DPI (JPEG) Destino Vectorização: 300 DPI (TIFF)  Planta de Síntese do Plano de Pormenor de Urbanização da Zona Situada entre Esposende e Cepães, (Escala 1/1000): exemplar representativo ao nível das características dos polígonos, áreas com trama, diversidade das feições, etc.
  • 20. METODOLOGIA: PRÉ-PROCESSAMENTO  Eliminação da informação marginal  Legendas, título, rosa-dos-ventos, margens, notas de rodapé, etc.  Ajuste do contraste  Realce da imagem  Remoção do ruído  Existe um conjunto de filtros, para este tipo de operação: ajuste do brilho (brightness) da imagem, filtros morfológicos, filtro Gaussiano, etc . Utilizou-se o filtro Gaussiano seletivo, que permite suavizar as áreas na fotografia que se encontram abaixo de um determinado limiar sem afetar as feições.
  • 21. METODOLOGIA: PRÉ-PROCESSAMENTO Filtro Gaussiano Original Filtro Seletivo Gaussiano
  • 22. METODOLOGIA: SEGMENTAÇÃO  A Segmentação permite subdividir a imagem nas diversas partes ou objetos constituintes:
  • 23. TIPOS DE SEGMENTAÇÃO: Crescimento de regiões: •Os algoritmos de crescimento de regiões procedem a uma busca por grupos de pixels com uma determinada propriedade de similaridade, como pertencentes a uma mesma região e por isso são utilizados para a deteção de regiões homogéneas. Contorno: • É um algoritmo capaz de detetar as bordas dos objetos, a partir dos quais, constrói os seus contornos, considerando assim como um objeto a região dentro desse contorno.
  • 24. METODOLOGIA: SEGMENTAÇÃO Parâmetros para alcançar uma boa segmentação:  As regiões de uma imagem a segmentar deverão ser uniformes e homogéneas no que diz respeito a determinadas características: como a textura ou os tons de cinzento;  O interior das regiões deverá ser simples e com poucos “buracos”;  As regiões adjacentes deverão ter valores muito diferentes no que diz respeito às características que as caracterizam e deverão ser também uniformes;  Os limites de cada segmento deverão ser simples e não rugosos e espacialmente precisos;
  • 25. METODOLOGIA: SEGMENTAÇÃO  Experimentação de 11 algoritmos de segmentação disponíveis nos softwares GIMP e FIJI: Seleção de 2 algoritmos com os melhores resultados. Original Adaptive edge Statistical Region detection Merging
  • 26. SEGMENTAÇÃO Statistical Adaptive Edge Region Detection Merging Vantagens: Bons Vantagens: Facilidade resultados na deteção de uso; bons resultados de bordas; facilidade de na criação de regiões de uso devido a ser um interesse e método automático; descriminação de pouco sensível ao ruído feições. Desvantagens: Desvantagens: não Dificuldade na deteção permite ajustes pelo de linhas mais operador. esbatidas.
  • 27. METODOLOGIA: REFINAMENTO  Consiste na filtragem dos objetos segmentados através de um método designado de morfologia matemática. A morfologia permite: realce da imagem, esqueletização, filtragem do ruído, etc. Imagem Original Encerramento Esqueletização (Segmentanção)
  • 28. METODOLOGIA: GEORREFERENCIAÇÃO  Georreferenciação: Elaborado com a ferramenta “georreferenciador” do Quantum GIS, tendo por base os ortofotos do concelho de Esposende (2003);
  • 29. METODOLOGIA: VECTORIZAÇÃO  Vectorização: elaborado a partir do módulo “ r.to.vect” do GRASS, com as opções “s” (suavização) e “ area” ativas; Adaptive edge detection Output Segmentação Statistical Region Merging
  • 30. METODOLOGIA: PÓS-PROCESSAMENTO  Módulo “v.clean” do Grass para resolução de problemas “topológicos”: Feições duplicadas Remoção de “ruído” Eliminação de áreas de pequenas dimensões Vectorização manual de feições Pós-processamento não reconhecidas Recuperação de entidades Edição de feições incorretamente representadas Reconhecimento de Definição dos objetos atributos
  • 34. VECTORIZAÇÃO: NÍVEL DE ALTERAÇÕES Verde (original); amarelo (alterado); vermelho (vetorizado manualmente)
  • 35. RESULTADOS: ÁREA DAS FEIÇÕES POR TIPOLOGIA (M 2 E %) Área total vetorizada: 46 617 m 2 ;  78% da área total vetorizada não sofreu qualquer edição;  10% da área foi alterada as suas feições em parte;  12% da área total teve de ser vetorizada novamente; Área das feições 78% Inalteradas 36536,11 m2 10% Alteradas 4739,32 m2 12% Vetorizadas manualmente 5341,94 m2 100% Total 46617,37 m2
  • 36. RESULTADOS: PERCENTAGEM DAS FEIÇÕES POR TIPOLOGIA 199 Feições digitalizadas:  64% das feições não sofreu qualquer tipo de intervenção;  21% das feições sofreu alterações ao nível da edição;  15% das feições tiveram de ser manualmente vetorizadas; Feições: Inalteradas Alteradas Vetorizadas manualmente 15% 21% 64%
  • 38. METODOLOGIA: CONCLUSÃO  Resultados satisfatórios: permite a poupança de tempo e trabalho na vectorização;  Metodologia orientada para documentos a vetorizar complexos e extensos;  Necessidade de experiência e conhecimento do operador para:  Decidir quais etapas necessárias e dispensáveis, tendo em conta as características do documento a digitalizar (estado de conservação, cor, tipo e forma de representação da informação na planta);  Utilizar e configurar o software para obter os melhores resultados possíveis;  Metodologia complexa do ponto de vista do número de etapas a realizar;
  • 39. FIM