7. INFORMAÇÕES IMPORTANTES
- Os pandas vivem nas florestas da regiões montanhosas do sudeste
da China (esta região é seu habitat natural).
- Vivem em cavernas e no oco de árvores.
- Apesar de serem carnívoros, alimentam-se principalmente de folhas e brotos
de bambu. Comem também alguns insetos e ovos como fontes de proteínas.
- Possuem um comportamento dócil, tranquilo e tímido. São raros os casos em
que um urso panda atacou um ser humano.
- São também chamados de: urso felino, urso de faixa e gato ursino.
- Ao contrário de outras espécies de ursos, os pandas não hibernam durante o
inverso.
- Durante a fase da primavera ocorre o acasalamento, sendo que os filhotes,
geralmente dois, nascem na época do inverno.
- As patas do urso panda possuem cinco dedos.
- Os filhotes de urso panda nascem com, aproximadamente, 2 quilos de peso.
- Possuem dentes e mandíbulas muito fortes para poderem triturar os brotos de
bambu.
- Em média um urso panda vive durante 12 anos.
- Esta espécie encontra-se em situação de extinção provocada, principalmente,
pela baixa taxa de natalidade, caça indiscriminada (no passado) e pela
destruição das florestas onde vivem. A reprodução em cativeiro ocorre em
diversos zoológicos e centros de pesquisa animal espalhados pelo mundo.
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9. NOMENCLATURA E TAXONOMIA
O urso panda foi descrito pelo missionário francês Armand David em 1869 como Ursus
melanoleucus. No ano seguinte, Alphonse Milne-Edwards ao examinar o material enviado por
David, notou que os caracteres osteológicos e dentários o distinguia dos ursos e o
aproximava ao panda-vermelho e aos procionídeos, descrevendo então um novo gênero para
a espécie, e recombinando-a para Ailuropoda melanoleuca.
No mesmo ano, Paul Gervais concluiu com base num estudo das estruturas intracranianas
que o panda era relacionado com os ursos, criando um novo gênero, o Pandarctos. Em 1871,
Milne-Edwards acreditando que o gênero Ailuropoda estava pré- ocupado pelo Aeluropoda de
Gray, publicado em 1869, propõe o nome Ailuropus. William e Richard Lydekker em 1891
emendam o novo nome de Milne-Edwards para Aeluropus, resultando em uma considerável
confusão na literatura subsequente.
A classificação do panda-gigante tem sido objeto de grande controvérsia por muitos anos,
principalmente pelas características compartilhadas com o panda-vermelho, como
semelhanças nas estruturas craniais, dentárias, viscerais e da genitália externa, assim como
a presença do osso sesamoide opositor na mão (falso-dedo).Inicialmente tratado como urso,
e posteriormente relacionado com o panda-vermelho e os procionídeos, a espécie sofreu
reposicionamento taxonômico diversas vezes no decorrer dos anos.
10. Em 1885, George Jackson Mivart revisou os carnívoros artóideos posicionado tanto o Ailurus como
o Ailuropoda na família Procyonidae. Flower e Lydekker 1891, dividiram os gêneros, deixando
o Ailurus na Procyonidae e movendo o Ailuropoda para a Ursidae Em 1895, Herluf
Winge relacionou o panda a um gênero extinto, o Agriotherium.
Em 1901, Ray Lankester e Richard Lydekker reafirmam o posicionamento de ambos os gêneros
entre os procionídeos, separando-os na subfamília Ailurinae Reginald Innes Pocock em 1921
revisou a Procyonidae, separando os dois gêneros em famílias
distintas, Ailuridae e Ailuropodidae. William Gregory, em 1936, ao examinar características craniais
e dentárias dos dois pandas e de outros gêneros extintos, retorna os dois gêneros a família
Procyonidae. George Gaylord Simpson em sua classificação dos mamíferos de 1945 mantém o
posicionamento defendido por Mivart e demais autores que colocam os dois gêneros de pandas
entre os procionídeos.
Em 1956, Leone e Wiens analisando proteínas sorológicas concluem que o panda-gigante é um
ursídeo Em 1964, Davis mantém o Ailuropoda entre os ursos, baseado na morfologia geral das
espécies. Numa revisão de 1978, a espécie é posicionada na tribo Ailuropodini pertencente a
subfamília Agriotheriinae Erich Thenius, em 1979, ressuscita a família Ailuropodidae para o gênero
Ailuropodo.
Em 1985, a subfamília Ailuropodinae é arranjada dentro da Ursidae. No mesmo ano, outro autor,
volta a relacionar os dois pandas, indicando que os gêneros podem ser arranjados em famílias
distintas mas muito próximas ou então na mesma família, a Ailuridae. Em 1993, a segunda edição
do Mammals Species of the World posiciona os dois gêneros na subfamília Ailurinae dentro da
Ursidae. Mas em 2005, na terceira edição, desfaz o arranjo, elevando o Ailurus a família Ailuridae,
e voltando o Ailuropoda a família Ursidae, mas sem reconhecer nenhuma subfamília.
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12. SUBESPECIES
Duas subespécies são reconhecidas com base em medidas
craniais distintas, padrões de coloração e genética
populacional
Ailuropoda melanoleuca (David, 1869) - ocorre
em Sichuan e Gansu, e apresenta o típico contraste preto e
branco na coloração.
Ailuropoda melanoleuca qinlingensis Wan, Wu & Fang,
2005 - restrita nas Montanhas Qinling, em Shaanxi, em
elevações de 1 300 – 3 000 metros de altitude; apresenta
uma coloração contrastante entre marrom escuro e marrom
claro; o crânio é menor que na subespécie nominal, e os
molares são maiores.
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14. DISTRIBUIÇÃO GEOGRAFICA E HABITAT
O panda-gigante está confinado ao centro-sul da China. Sua distribuição atual
consiste em seis áreas montanhosas isoladas (Minshan,
Qinling, Qionglai, Liangshan,Daxiangling, e Xiaoxiangling), nas províncias
de Gansu, Shaanxi e Sichuan. O território total que a espécie ocupa é de
aproximadamente 30 000 km² entre 102-108,3°E (longitude) e 28,2-34,1°N
(latitude), entretanto, somente 20% dessa área (5 900 km²) constitui habitat para o
panda.
A espécie originalmente ocorreu em mais regiões ao leste e ao sul da China,
com registros fósseis indicando sua presença até o norte de Mianmar e norte
do Vietnã, ao sul, e até as proximidades de Pequim, ao norte. Até 1850, o panda
era encontrado no leste de Sichuan e nas províncias de Hubei e Hunan. Em 1900,
foi restrito as Montanhas Qinling e outras áreas montanhosas no limite do platô
tibetano. A rápida expansão da agricultura nos principais vales contribuíram para a
fragmentação.
Os pandas habitam as florestas temperadas montanhosas com densos bambuzais,
principalmente do gênero Sinarundinaria, entre altitudes de 1 200 a 4 100 metros
de altitude. A distribuição sobrepõe-se em muito a do urso-negro-asiático (Ursus
thibetanus), entretanto, eles não competem entre si, pois as necessidades
ecológicas das espécies são diferentes.
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16. CARACTERISTICAS
O panda-gigante é um mamífero que come bambu (folhas) de cor preto e branco.
A pelagem é grossa e lanosa para suportar as baixas temperaturas no ambiente
subalpino em que vive.
As manchas oculares, membros, orelhas e uma faixa que atravessa os ombros são
negras; alguma vezes com um tom amarronzado. O restante do corpo é branco,
mas pode se tornar "encardido" com a idade.
A população da região de Qingling apresenta a pelagem em dois tons contrastantes
de marrom.
O crânio e a mandíbula são robustos, a crista sagital é bem desenvolvida, e
os arcos zigomáticos são expandidos lateralmente e dorsoventralmente, assim
como nos demais carnívoros arctóideos.
Difere dos outros ursídeos, por apresentar a fissura orbitáriaconfluente com
o forame redondo, os processos pós-orbitais são reduzidos, e o canal alisfenóide é
ausente. Apresenta o forame intepicondilar, uma características primitiva, somente
compartilhada com o Tremarctos
17. DIETA E HÁBITOS ALIMENTARES
Hua Mei, filhote de panda gigante nascido no zoológico de San Diego em 2000.
Apesar de pertencer à ordem dos Carnívoros e ter um sistema digestivo e genético
de carnívoro, o panda possui hábitos herbívoros, alimentando-se quase que
exclusivamente das folhas de bambus.
O panda gigante consome, em média, de 9 a 14kg de bambu por dia , mas devido
à pouca absorção de nutrientes, característica de seu sistema digestivo ineficiente,
ele precisa passar a maior parte do dia comendo e se exercitando pouco.
Pandas podem se alimentar de 25 diferentes espécies de bambus, mas a
devastação das florestas limitou-os a pouca variedade em lugares mais íngremes,
elevados e isolados da Ásia central. As folhas de bambus são ricas em proteínas e
os brotos também possuem boa quantidade. Apesar de manterem as presas,
garras, capacidade digestiva e força para caçar pequenos mamíferos, aves, peixes
e ovos, pandas raramente o fazem. Sua digestão de celulose depende de sua flora
intestinal, sendo sua genética desfavorável.
Ainda que o bambu seja rico em água (40% de seu peso, chegando a 90% no caso
de brotos), o panda bebe frequentemente água de riachos ou neve derretida.
Em cativeiro sua dieta consiste em bambu, cana-de-açúcar, mingau de arroz,
biscoito especial rico em fibras, cenoura, maçã e batata-doce.
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19. COMPORTAMENTO E ECOLOGIA
Os pandas gigantes são geralmente solitários. Cada adulto tem um território
definido e as fêmeas não são tolerantes com outras fêmeas em seu território.
Pandas se comunicam através de vocalização e marcam território aranhando
árvores e urinando nas suas fronteiras. O panda gigante é capaz de escalar e usar
como refúgio árvores ocas ou fendas de rochas, mas não estabelece tocas
permanentes.
Por esta razão, os pandas não hibernam, o que é semelhante ao hábito de outros
mamíferos subtropicais da região, que preferem se deslocar para regiões e
altitudes com temperaturas mais quentes.
Ao contrário do que se pensa, os pandas não são dóceis, eles podem apresentar
comportamento agressivo, sendo, então, muito perigosos . Pandas utilizam mais
da memória espacial do que da memória visual.
Pandas eram considerados na categoria crepuscular aqueles que são ativos duas
vezes por dia, ao amanhecer e entardecer, no entanto, Zhang Jindong descobriu
que pandas podem pertencer a uma categoria própria
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21. REPRODUÇÃO
O panda Jia Jia, do Ocean Park Hong Kong, o panda cativo mais velho do mundo.
A época de reprodução dá-se na Primavera, quando os machos competem pela
fêmea fértil. A gestação é em média de 135 dias. Normalmente nascem um ou dois
filhotes. Devido à natureza frágil e delicada dos ursinhos, a mãe opta por criar um
único filhote. O filhote rejeitado é abandonado à morte. O desmame dá-se com um
ano de idade, mas o panda já é capaz de ingerir o bambu em pequenas
quantidades desde os seis meses. O intervalo entre as ninhadas é de dois anos ou
mais.
Somente 10% dos pandas em cativeiro conseguem cruzar naturalmente. Apenas
30% das fêmeas engravidam. Mais de 60% dos pandas cativos não demonstram
qualquer desejo sexual. A expectativa de vida de um panda é de 13 anos. Em
2005, Basi, uma ursa panda chinesa, comemorou 25 anos de idade, que se
comparam a 100 anos humanos. No mesmo ano, uma fêmea chamada Meimei
morreu aos 36, equivalentes a 108 anos humanos, no jardim zoológico da cidade
de Guilin.
No dia 28 de julho de 2015 o panda Jia Jia, do Ocean Park Hong Kong, completou
37 anos de idade, sendo reconhecido pelo Guiness World Records como o panda
criado em cativeiro mais velho do mundo.
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23. CONSERVAÇÃO:
A baixa taxa de natalidade, a alta taxa de mortalidade infantil e a destruição de seu
ambiente natural colocam o panda sob ameaça de extinção. A caça não representa
problemas devido às rígidas leis chinesas. Em 1995, um fazendeiro foi sentenciado
a prisão perpétua por ter atirado em um panda. No ano seguinte, dois homens
foram condenados a morte após serem presos portando peles de panda e macaco-
dourado. A partir de 1997 passou-se a punir os infratores com uma pena de 20
anos de prisão.
Armadilhas para cervos-almiscarados e ursos-pretos muitas vezes acabam ferindo
pandas.
O número de pandas selvagens na China está estimado em 1.596.
Em 2000 contavam-se 1.114 exemplares, espalhados por territórios que têm uma
superfície total de 23.000 km² nas províncias de Sichuan, Gansu e Shaanxi.
Estudos em 2006, baseados em exame de DNA coletado em fezes, indicam que
possam haver pelo menos 3.000 animais em liberdade. Existem 183 pandas-
gigantes em cativeiro na China, 100 dos quais, estão em um centro especializado
em Sichuan. Outros 20 espécimes se encontram distribuídos pelos principais
zoológicos do mundo.
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25. Baby boom
O ano de 2005 foi considerado um grande ano para
os projetos em criação da espécie em cativeiro. 25
filhotes nascidos em zoológicos e centros
de reprodução sobreviveram. Em 2004, foram 9 os
filhotes sobreviventes.
Etimologia
Da xiong mao (大熊猫), o nome em chinês para o
panda, significa grande urso-gato. Pode ser
chamado também de huaxiong (urso de
faixa), maoxiong (urso felino) ou xiongmao (gato
ursino). Registros históricos de 3000 anos ("O Livro
de História e o Livro de Canções", a coleção mais
antiga da poesia chinesa), o mencionam sob o
nome de pi e pixiu. A palavra panda significa algo
parecido como comedor de bambu.
26. TRADUÇÃO
Osteologicos: Relativo à osteologia
Procídios: Zoologia Família de mamíferos carnívoros, a que pertence o quati
Intracranianas: Que está ou se passa no interior do crânio
Pandarcto: pedaços, estilhas, cacos
Agrioritherium: 1 Loucura furiosa. 2 Tendência a cometer atos de crueldade
大熊猫: Panda
FORAMES: Buraco, abertura
Intepicondilar: Epicondilo:Apófise:extremidade inferor do úmero
ÚMERO: Osso
Anatomia: Excrescência natural na superfície de um osso
Canal: Curso de água artficial cavado peça homem utolizada seja pra navegação ou transporte seja para
irrigação ou drenamento
Suborbitario: oftalm situado abaxo da órbita do olho
Fissura: rachadura abertura pequena feita longitudinalmente
Dorsovental: que se estende do lado dorsal
Zigomático: relativo ou pertecente ao zigoma.
27. CONCLUSÃO:
Podemos perceber durante o texto, que o urso panda pode ser tanto dócil como agressivo.
Alem disso o urso panda come de 9 a 14 kg de comida por dia, isso inclui carne, eles comem 25
tipos diferentes de bambu.
Podem ter apenas 2 filhos e apenas um vivi, o outro e deixado para morrer.
Quando os filhos nascem a mãe amamenta apenas um, o acasalamento acontece entre março á
maio. Neste período a fêmea só fica receptiva de 1 à 5 dias. Durante os 100 à 160 dias.
O nome urso panda é comum e se aplica a duas espécies: o panda-pequeno, também chamado
panda-vermelho, e o urso-panda-gigante. O panda-menor é de tamanho semelhante ao de um gato
grande. Tem a pelagem castanho-avermelhada, com a parte frontal das orelhas, as faces e o
focinho brancos. A cauda é longa e exibe um desenho de listras vermelhas e amarelas.
Hoje em dia os ursos pandas existem em alguns lugares como : Estados Unidos , Tailândia etc..
Ele chega a pesar 150 kg.
Os pandas são animais normalmente solitários. São mais ativos durante o pôr e o nascer do sol.
Passam o restante do tempo dormindo em bosques de bambu. Seu território é marcado com uma
combinação de odores da glândula retal, urina e marcas com as garras. Evitam conflitos não
usando áreas compartilhadas do território durante o mesmo período.
Como um animal subtropical, o panda não hiberna.
Os filhotes de ursos que ficam longe dos pais na maioria das vezes são pegados para serem
tratado e cuidados nos zoológicos da China. Não existe em nenhum zoológico do Brasil ursos
pandas..