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Cronologia do
25 de Abril de 1974
_____________________________________________________________________________
A cronologia que será apresentada a seguir aborda os eventos que culminaram na
Revolução dos Cravos, ocorrida em 25 de Abril de 1974, em Portugal. Esse movimento,
liderado por um grupo de capitães do exército, que se transformou no Movimento das
Forças Armadas, marcou o fim de 48 anos de regime ditatorial, iniciado por António
Salazar.
19 de Abril de 1973
_______________________________________________________
Inicialmente decidimos abordar o dia 19 de Abril de 1973. Este ficou marcado pela
reunião entre membros da Ação Socialista Portuguesa na Alemanha, provenientes de
Portugal e de diferentes partes do mundo. Reuniram-se para aprovar a transformação
da Ação Socialista Portuguesa no Partido Socialista. A decisão não foi unânime entre
os 27 delegados presentes. Após a votação, todos os congressistas aplaudiram a
deliberação, discutiram e aprovaram diferentes documentos preparatórios, incluindo
uma brochura.
9 de Setembro de 1973
_______________________________________________________
De seguida, a 9 de setembro de 1973, mais de cem oficiais militares encontraram-se
secretamente em Évora, no Monte do Sobral, em Alcáçovas. Sob a aparência de uma
confraternização, organizada pelos jovens capitães Diniz de Almeida, Vasco Lourenço,
Rosário Simões, Carlos Camilo e Bicho Beatriz, estava prestes a acontecer a formação
do Movimento. Nas próximas horas, esse encontro resultaria na fundação de um
movimento que, após oito meses de intensa atividade conspiratória, eclodiria em 25 de
abril de 1974, marcando o fim de 48 anos de regime ditatorial, exercendo uma função
vital na forja da democracia em Portugal, atuando sob os títulos de Movimento dos
Capitães, Movimento dos Oficiais das Forças Armadas (MOFA) e, por último,
Movimento das Forças Armadas (MFA).
24 de Setembro de 1973
_______________________________________________________
A 24 de setembro de 1973, a Guiné-Bissau conquistou a sua independência do
domínio colonial português. No dia anterior, 23 de setembro de 1973, a primeira
Assembleia Nacional Popular foi realizada em Boé, resultando na proclamação
unilateral da independência um dia depois. Esse marco histórico foi o resultado da luta
armada liderada por Amílcar Cabral, cujo assassinato, em janeiro do mesmo ano na
Guiné-Conacri, não impediu o avanço da busca pela liberdade. A Guiné-Bissau foi
pioneira entre as ex-colónias portuguesas ao se declarar como um estado autónomo.
No entanto, Portugal só reconheceu a independência a 10 de setembro de 1974,
alguns meses após a Revolução dos Cravos em 25 de abril.
22 de Fevereiro de 1974
_______________________________________________________
No dia 22 de fevereiro de 1974, ocorreu a publicação do livro intitulado "Portugal e o
Futuro", de autoria do general António de Spínola. No referido livro, o ex-governador da
Guiné-Bissau defendia uma abordagem política para resolver o conflito no Ultramar, em
contraste com a estratégia militar então em vigor. As ideias contidas no livro foram
controversas, pois representavam uma ameaça ao regime vigente devido à sua
natureza divergente em relação à abordagem militar adotada.
14 de Março de 1974
_______________________________________________________
A 14 de março de 1974, os generais António de Spínola e Costa Gomes, que
lideravam o Estado-Maior-General das Forças Armadas, foram destituídos pelo governo
devido à não comparência a uma convocatória feita pelas lideranças militares.
16 de Março de 1974
_______________________________________________________
Na manhã de 16 de março de 1974, aproximadamente duzentos soldados liderados
pelo major Armando Ramos partiram do Regimento de Infantaria 5, localizado nas
Caldas da Rainha, em direção a Lisboa. A missão deles consistia em destituir o governo
de Marcello Caetano, contando com a expectativa de obter a cooperação de outras
unidades militares, tais como as de Lamego, Mafra e Vendas Novas. A marcha
continuou até às imediações da capital, onde receberam a informação de que nenhuma
das unidades mencionadas havia iniciado qualquer deslocação. Diante dessa situação,
a decisão foi tomada. Abortar o golpe e retornar ao quartel. Somente após chegarem
às Caldas é que foram cercados por forças leais ao regime, provenientes de Leiria e
Santarém. Por volta das 5 da tarde, após várias horas de negociações, os rebeldes
renderam-se. Os participantes foram detidos.
24 de Março de 1974
_______________________________________________________
A 24 de março de 1974, a comissão coordenadora realizou a sua última reunião e
optou pela medida definitiva de iniciar o processo de deposição do regime. Este
processo concretizou-se um mês depois, precisamente na noite de 24 de abril de 1974.
24 de Abril de 1974
_______________________________________________________
A 24 de abril de 1974, às 22 horas, é estabelecido o Posto de Comando do
Movimento das Forças Armadas (MFA) no Regimento de Engenharia 1 da Pontinha.
Oficiais encarregados das operações revolucionárias reúnem-se. Às 22h55, a canção
"E depois do Adeus", de Paulo de Carvalho, é transmitida pelas Emissoras Associadas
de Lisboa. Esta era a primeira senha da Revolução, como sinal a informar os militares
que as operações estavam prestes a começar.
25 de Abril de 1974
_______________________________________________________
A data escolhida para o movimento foi o dia 25 de abril de 1974. Nas primeiras
horas da manhã, membros do Movimento das Forças Armadas (MFA) ocuparam os
estúdios do Rádio Clube Português. Através das ondas de rádio, eles comunicaram à
população o desejo de restaurar a democracia no país, com eleições e liberdades
abrangentes para a sociedade. Além disso, transmitiram músicas que eram
desaprovadas pela ditadura, incluindo "Grândola, Vila Morena" de José Afonso.
Simultaneamente, uma coluna
militar, liderada pelo capitão
Salgueiro Maia e composta por
tanques, partiu da Escola
Prática de Cavalaria em
Santarém em direção a Lisboa.
Ao chegar à capital, assumiu
posições estratégicas nos
arredores dos ministérios e
posteriormente cercou o
quartel da GNR do Carmo.
Neste quartel, estava abrigado
Marcello Caetano, o sucessor de Salazar no comando da ditadura. No final da tarde,
Marcello Caetano entregou-se, cedendo o controle ao general Spínola. Apesar de não
fazer parte do Movimento das Forças Armadas, Spínola discordava das políticas
coloniais do governo vigente. A população também participou ativamente, unindo-se ao
Movimento das Forças Armadas, exibindo cravos vermelhos nas lapelas e nos canos
das armas. Com a rendição do sucessor de Salazar, encerrou-se um período ditatorial
de 48 anos. Uma nova história estava prestes a começar, marcada pela vitória e pelo
início de uma era diferente.
O dia 25 de abril de 1974 detalhadamente, hora a hora:
00:20 - É transmitida a canção "Grândola, Vila Morena", de José Afonso, no programa
Limite, da Rádio Renascença. Foi a senha eleita pelos militares do Movimento das
Forças Armadas para afirmar que as operações militares já estavam em marcha e são
irreversíveis.
00:30 - Deram início às operações para ocupar os locais estratégicos considerados
essenciais no plano de Otelo Saraiva de Carvalho.
03:45 - Primeiro comunicado realizado pelo Movimento das Forças Armadas difundido
pelo Rádio Clube Português.
05:45 - Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, comandadas pelo capitão
Salgueiro Maia, pararam no Terreiro do Paço, em Lisboa.
09:00 - Fragata "Gago Coutinho" deixa precipitadamente as manobras da NATO em
que participava. Marcello Caetano ordena que bombardeasse o Terreiro do Paço.
Porém o telefonema havia sido intercetado por Otelo que logo contatou o comandante
Contreiras.
10:25 - Fuzileiros cercam a sede da PIDE/DGS, na Rua António Maria Cardoso.
11:45 - O Movimento das Forças Armadas anuncia ao país, através de um comunicado
no Rádio Clube Português, que domina a situação de Norte a Sul. Informa que todos os
estabelecimentos deveriam fechar portas.
12:00 - As forças da Escola Prática de Cavalaria presentes no Terreiro do Paço
subdividem-se e dirigem-se para o quartel de GNR do Largo do Carmo.
12:30 - As tropas de Salgueiro Maia vedam o Largo do Carmo, obtendo ordens para
abrir fogo sobre o Quartel da GNR, a fim de obter a rendição de Marcello Caetano.
Além do presidente do Conselho, no quartel estão mais dois ministros do seu Governo
(Cesar Baptista- Ministro do interior e Rui Patrício- Ministro dos negócios estrangeiros).
É dado um ultimato para se renderem até as 17 horas. Vivem-se momentos de tensão
no Largo, onde centenas de pessoas acompanham os acontecimentos.
14:00 - Agentes da PIDE disparam sobre estudantes que se manifestam na Rua
António Cardoso, fazendo mortos e feridos. A Cruz Vermelha instala um ponto de
primeiros socorros no Cais de Sodré.
15:30 - As forças de Maia acabam por disparar contra a fachada do quartel para forçar
a rendição de Marcello Caetano.
17:54 - A RTP transmite um comunicado do Movimento das Forças Armadas que
proclama ao País a causa de libertar de um regime que oprimiu durante vários anos.
18:00 - Francisco Sousa Tavares, que era um político defensor da liberdade, dirige-se á
multidão a convite do Movimento das Forças Armadas, chamando os populares para se
comportarem civicamente e anuncia a libertação do "jugo fascista". Forma-se um clima
agradável com abraços e cravos vermelhos entre os populares e militares. Spínola
recebe o poder ao lado do major da cavalaria Dias Lima.
18:30 - A chaimite "Bula" entra no quartel e retira Marcello Caetano e mais dois
ministros, Rui Patrício e Moreira Baptista. Estes são transportados para o Posto de
Comando do Movimento das Forças Armadas, no Quartel da Pontinha.
18:50 - Os tanques abandonam o Largo do Carmo e formam uma coluna militar para os
detidos.
20:05 - É lida, através dos emissores do Rádio Clube Português, a Proclamação do
Movimento das Forças Armadas.
26 de Abril de 1974
_______________________________________________________
No dia seguinte, a 26 de abril de 1974 a PIDE/DGS rende-se e a Junta de Salvação
Nacional faz uma declaração pela RTP. Spínola é nomeado Presidente da República e
os prisioneiros políticos são libertados.
27 de Abril de 1974
_______________________________________________________
Por último, a 27 de abril de 1974, a junta de Salvação Nacional nomeia Chefes de
Estados-Maiores dos três ramos das Forças Armadas, reunindo movimentos como o
Movimento Democrático Português e as Sedes de Convergência Monárquica.
Referências
26 de Abril de 1974. (26 de Abril de 2023). Obtido de museudoaljube.pt:
https://www.museudoaljube.pt/2023/04/26/26-de-abril-de-1974/
A CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA (1974-1976). (2019). Obtido de app.parlamento.pt:
https://app.parlamento.pt/comunicar/V1/202104/72/artigos/art2.html
Andringa, D. (1999). 16 Março 1974 – O princípio do fim. Obtido de ensina.rtp.pt:
https://ensina.rtp.pt/artigo/16-marco-1974-o-principio-do-fim/
Arranja, Á. (24 de Abril de 2021). A libertação dos presos políticos na revolução de Abril. Obtido de
www.esquerda.net: https://www.esquerda.net/artigo/libertacao-dos-presos-politicos-na-
revolucao-de-abril/74011
Balsinha, F. (25 de Abril de 2017). 26 de abril de 1974. Obtido de arquivos.rtp.pt:
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/26-de-abril-de-1974/
Barbosa, M. d. (s.d.). Revolução dos Cravos. Obtido de historiadomundo.com.br:
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/revolucao-dos-cravos.htm
CAPITÃES EM MOVIMENTO. (s.d.). Obtido de 50anos25abril.pt:
https://www.50anos25abril.pt/capitaes-em-movimento
'Capitão de Abril' reeditado nos 70 anos de Salgueiro Maia. (30 de Junho de 2014). Obtido de
cmjornal.pt: https://www.cmjornal.pt/cultura/detalhe/capitao-de-abril-reeditado-nos-70-
anos-de-salgueiro-maia
Carvalho, P. d. (1974). E Depois do Adeus. Obtido de Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=jthlDhHpblo
Cipriano, C. (18 de Março de 2018). O jornalista espanhol que em Março de 1974 quase anuncia o
25 de Abril. Obtido de publico.pt: https://www.publico.pt/2018/03/18/politica/noticia/o-
jornalista-espanhol-que-em-marco-de-1974-quase-anuncia-o-25-de-abril-1806744
dw.com. (20 de Setembro de 2023). 50 anos de independência da Guiné-Bissau. Obtido de
dw.com: https://www.dw.com/pt-002/50-anos-de-independ%C3%AAncia-da-
guin%C3%A9-bissau/a-66879549
Farinha, L. (22 de Fevereiro de 2021). "Portugal e o Futuro". Obtido de Esquerda.net:
https://www.esquerda.net/artigo/portugal-e-o-futuro/72927
Guerra de Independência da Guiné-Bissau. (18 de Fevereiro de 2024). Obtido de Wikipédia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Independ%C3%AAncia_da_Guin%C3%A9-Bissau
Hemeroteca Municipal de Lisboa. (Janeiro de 2020). Obtido de Hemeroteca Municipal de Lisboa:
https://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/
Knoow.net, E. (4 de Agosto de 2018). 1974 – Efemérides / Acontecimentos Históricos em Portugal.
Obtido de knoow.net: https://knoow.net/historia/cronologia/1974-efemerides-
acontecimentos-historicos-portugal/
Levantamento das Caldas. (16 de Setembro de 2023). Obtido de Wikipédia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Levantamento_das_Caldas
LSIMAS17. (23 de Fevereiro de 2016). O MONÁRQUICO INCONFORMADO. Obtido de
luiscabedoesimas.com: https://luiscabedoesimas.com/2016/02/23/22-de-fevereiro-de-
1974/
Lusa, A. (24 de Abril de 2023). Cronologia do 25 de Abril: Os anos da Revolução dos Cravos. Obtido
de sulinformacao.pt: https://www.sulinformacao.pt/2023/04/cronologia-do-25-de-abril-
os-anos-da-revolucao-dos-cravos/
Martins, L. A. (14 de Abril de 2016). CONTA-ME COMO FOI O 25 DE ABRIL. Obtido de visao.pt:
https://visao.pt/visaojunior/historia-visaojunior/2016-04-14-conta-me-como-foi-o-25-de-
abril/
Museu da Presidência da República. (s.d.). António de Spínola. Obtido de Museu da Presidência
da República: https://www.museu.presidencia.pt/pt/conhecer/presidentes-da-republica-
biografias/presidentes-da-democracia/antonio-de-spinola/
O Congresso. (s.d.). Obtido de Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril:
https://www.50anos25abril.pt/iniciativas/iii-congresso-oposicao-democratica
O que aconteceu no dia 25 de Abril de 1974? (2021). Obtido de ensina.rtp.pt:
https://ensina.rtp.pt/artigo/o-que-aconteceu-no-dia-25-de-abril-de-1974/
Partido Socialista. (2024). História da Fundação do PS. Obtido de Ps.pt: https://ps.pt/historia-da-
fundacao-do-ps/
Pinto, P. S. (2018). Levantamento militar nas Caldas da Rainha. Obtido de ensina.rtp.pt :
https://ensina.rtp.pt/artigo/levantamento-militar-nas-caldas-da-rainha/
PORTUGAL E O FUTURO (há quarenta anos…). (22 de Fevereiro de 2014). Obtido de
largodoscorreios: https://largodoscorreios.wordpress.com/2014/02/22/portugal-e-o-
futuro-ha-quarenta-anos/
Revolução dos Cravos: história e tradições do 25 de abril. (2024). Obtido de interflora.pt:
https://www.interflora.pt/blog/revolucao-dos-cravos-historia-e-tradicoes-do-25-de-abril/
RFI-Radio France Internacionale. (24 de Setembro de 2023). Os 50 anos da independência da
Guiné-Bissau, na voz dos guineenses. Obtido de zap.aeiou.pt: https://zap.aeiou.pt/ha-50-
anos-guine-bissau-libertava-se-do-imperio-colonial-portugues-558951
Silva, A. D. (30 de Novembro de 2015). Guiné-Bissau: a independência. Obtido de malomil:
https://malomil.blogspot.com/2015/11/guine-bissau-independencia.html
Socialista, A. (17 de Abril de 2015). PS: desde 1973, ao encontro com a História. Obtido de PS.PT:
https://ps.pt/ps-desde-1973-ao-encontro-com-a-historia/

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Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974

  • 1. Cronologia do 25 de Abril de 1974 _____________________________________________________________________________ A cronologia que será apresentada a seguir aborda os eventos que culminaram na Revolução dos Cravos, ocorrida em 25 de Abril de 1974, em Portugal. Esse movimento, liderado por um grupo de capitães do exército, que se transformou no Movimento das Forças Armadas, marcou o fim de 48 anos de regime ditatorial, iniciado por António Salazar. 19 de Abril de 1973 _______________________________________________________ Inicialmente decidimos abordar o dia 19 de Abril de 1973. Este ficou marcado pela reunião entre membros da Ação Socialista Portuguesa na Alemanha, provenientes de Portugal e de diferentes partes do mundo. Reuniram-se para aprovar a transformação da Ação Socialista Portuguesa no Partido Socialista. A decisão não foi unânime entre os 27 delegados presentes. Após a votação, todos os congressistas aplaudiram a deliberação, discutiram e aprovaram diferentes documentos preparatórios, incluindo uma brochura. 9 de Setembro de 1973 _______________________________________________________ De seguida, a 9 de setembro de 1973, mais de cem oficiais militares encontraram-se secretamente em Évora, no Monte do Sobral, em Alcáçovas. Sob a aparência de uma confraternização, organizada pelos jovens capitães Diniz de Almeida, Vasco Lourenço, Rosário Simões, Carlos Camilo e Bicho Beatriz, estava prestes a acontecer a formação do Movimento. Nas próximas horas, esse encontro resultaria na fundação de um movimento que, após oito meses de intensa atividade conspiratória, eclodiria em 25 de abril de 1974, marcando o fim de 48 anos de regime ditatorial, exercendo uma função
  • 2. vital na forja da democracia em Portugal, atuando sob os títulos de Movimento dos Capitães, Movimento dos Oficiais das Forças Armadas (MOFA) e, por último, Movimento das Forças Armadas (MFA). 24 de Setembro de 1973 _______________________________________________________ A 24 de setembro de 1973, a Guiné-Bissau conquistou a sua independência do domínio colonial português. No dia anterior, 23 de setembro de 1973, a primeira Assembleia Nacional Popular foi realizada em Boé, resultando na proclamação unilateral da independência um dia depois. Esse marco histórico foi o resultado da luta armada liderada por Amílcar Cabral, cujo assassinato, em janeiro do mesmo ano na Guiné-Conacri, não impediu o avanço da busca pela liberdade. A Guiné-Bissau foi pioneira entre as ex-colónias portuguesas ao se declarar como um estado autónomo. No entanto, Portugal só reconheceu a independência a 10 de setembro de 1974, alguns meses após a Revolução dos Cravos em 25 de abril. 22 de Fevereiro de 1974 _______________________________________________________ No dia 22 de fevereiro de 1974, ocorreu a publicação do livro intitulado "Portugal e o Futuro", de autoria do general António de Spínola. No referido livro, o ex-governador da Guiné-Bissau defendia uma abordagem política para resolver o conflito no Ultramar, em contraste com a estratégia militar então em vigor. As ideias contidas no livro foram controversas, pois representavam uma ameaça ao regime vigente devido à sua natureza divergente em relação à abordagem militar adotada. 14 de Março de 1974 _______________________________________________________ A 14 de março de 1974, os generais António de Spínola e Costa Gomes, que lideravam o Estado-Maior-General das Forças Armadas, foram destituídos pelo governo devido à não comparência a uma convocatória feita pelas lideranças militares. 16 de Março de 1974 _______________________________________________________ Na manhã de 16 de março de 1974, aproximadamente duzentos soldados liderados pelo major Armando Ramos partiram do Regimento de Infantaria 5, localizado nas Caldas da Rainha, em direção a Lisboa. A missão deles consistia em destituir o governo de Marcello Caetano, contando com a expectativa de obter a cooperação de outras unidades militares, tais como as de Lamego, Mafra e Vendas Novas. A marcha continuou até às imediações da capital, onde receberam a informação de que nenhuma
  • 3. das unidades mencionadas havia iniciado qualquer deslocação. Diante dessa situação, a decisão foi tomada. Abortar o golpe e retornar ao quartel. Somente após chegarem às Caldas é que foram cercados por forças leais ao regime, provenientes de Leiria e Santarém. Por volta das 5 da tarde, após várias horas de negociações, os rebeldes renderam-se. Os participantes foram detidos. 24 de Março de 1974 _______________________________________________________ A 24 de março de 1974, a comissão coordenadora realizou a sua última reunião e optou pela medida definitiva de iniciar o processo de deposição do regime. Este processo concretizou-se um mês depois, precisamente na noite de 24 de abril de 1974. 24 de Abril de 1974 _______________________________________________________ A 24 de abril de 1974, às 22 horas, é estabelecido o Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas (MFA) no Regimento de Engenharia 1 da Pontinha. Oficiais encarregados das operações revolucionárias reúnem-se. Às 22h55, a canção "E depois do Adeus", de Paulo de Carvalho, é transmitida pelas Emissoras Associadas de Lisboa. Esta era a primeira senha da Revolução, como sinal a informar os militares que as operações estavam prestes a começar. 25 de Abril de 1974 _______________________________________________________ A data escolhida para o movimento foi o dia 25 de abril de 1974. Nas primeiras horas da manhã, membros do Movimento das Forças Armadas (MFA) ocuparam os estúdios do Rádio Clube Português. Através das ondas de rádio, eles comunicaram à população o desejo de restaurar a democracia no país, com eleições e liberdades abrangentes para a sociedade. Além disso, transmitiram músicas que eram desaprovadas pela ditadura, incluindo "Grândola, Vila Morena" de José Afonso.
  • 4. Simultaneamente, uma coluna militar, liderada pelo capitão Salgueiro Maia e composta por tanques, partiu da Escola Prática de Cavalaria em Santarém em direção a Lisboa. Ao chegar à capital, assumiu posições estratégicas nos arredores dos ministérios e posteriormente cercou o quartel da GNR do Carmo. Neste quartel, estava abrigado Marcello Caetano, o sucessor de Salazar no comando da ditadura. No final da tarde, Marcello Caetano entregou-se, cedendo o controle ao general Spínola. Apesar de não fazer parte do Movimento das Forças Armadas, Spínola discordava das políticas coloniais do governo vigente. A população também participou ativamente, unindo-se ao Movimento das Forças Armadas, exibindo cravos vermelhos nas lapelas e nos canos das armas. Com a rendição do sucessor de Salazar, encerrou-se um período ditatorial de 48 anos. Uma nova história estava prestes a começar, marcada pela vitória e pelo início de uma era diferente.
  • 5. O dia 25 de abril de 1974 detalhadamente, hora a hora: 00:20 - É transmitida a canção "Grândola, Vila Morena", de José Afonso, no programa Limite, da Rádio Renascença. Foi a senha eleita pelos militares do Movimento das Forças Armadas para afirmar que as operações militares já estavam em marcha e são irreversíveis. 00:30 - Deram início às operações para ocupar os locais estratégicos considerados essenciais no plano de Otelo Saraiva de Carvalho. 03:45 - Primeiro comunicado realizado pelo Movimento das Forças Armadas difundido pelo Rádio Clube Português. 05:45 - Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, comandadas pelo capitão Salgueiro Maia, pararam no Terreiro do Paço, em Lisboa. 09:00 - Fragata "Gago Coutinho" deixa precipitadamente as manobras da NATO em que participava. Marcello Caetano ordena que bombardeasse o Terreiro do Paço. Porém o telefonema havia sido intercetado por Otelo que logo contatou o comandante Contreiras. 10:25 - Fuzileiros cercam a sede da PIDE/DGS, na Rua António Maria Cardoso. 11:45 - O Movimento das Forças Armadas anuncia ao país, através de um comunicado no Rádio Clube Português, que domina a situação de Norte a Sul. Informa que todos os estabelecimentos deveriam fechar portas. 12:00 - As forças da Escola Prática de Cavalaria presentes no Terreiro do Paço subdividem-se e dirigem-se para o quartel de GNR do Largo do Carmo. 12:30 - As tropas de Salgueiro Maia vedam o Largo do Carmo, obtendo ordens para abrir fogo sobre o Quartel da GNR, a fim de obter a rendição de Marcello Caetano. Além do presidente do Conselho, no quartel estão mais dois ministros do seu Governo (Cesar Baptista- Ministro do interior e Rui Patrício- Ministro dos negócios estrangeiros). É dado um ultimato para se renderem até as 17 horas. Vivem-se momentos de tensão no Largo, onde centenas de pessoas acompanham os acontecimentos. 14:00 - Agentes da PIDE disparam sobre estudantes que se manifestam na Rua António Cardoso, fazendo mortos e feridos. A Cruz Vermelha instala um ponto de primeiros socorros no Cais de Sodré. 15:30 - As forças de Maia acabam por disparar contra a fachada do quartel para forçar a rendição de Marcello Caetano. 17:54 - A RTP transmite um comunicado do Movimento das Forças Armadas que proclama ao País a causa de libertar de um regime que oprimiu durante vários anos. 18:00 - Francisco Sousa Tavares, que era um político defensor da liberdade, dirige-se á multidão a convite do Movimento das Forças Armadas, chamando os populares para se comportarem civicamente e anuncia a libertação do "jugo fascista". Forma-se um clima agradável com abraços e cravos vermelhos entre os populares e militares. Spínola recebe o poder ao lado do major da cavalaria Dias Lima. 18:30 - A chaimite "Bula" entra no quartel e retira Marcello Caetano e mais dois ministros, Rui Patrício e Moreira Baptista. Estes são transportados para o Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas, no Quartel da Pontinha. 18:50 - Os tanques abandonam o Largo do Carmo e formam uma coluna militar para os detidos. 20:05 - É lida, através dos emissores do Rádio Clube Português, a Proclamação do Movimento das Forças Armadas.
  • 6. 26 de Abril de 1974 _______________________________________________________ No dia seguinte, a 26 de abril de 1974 a PIDE/DGS rende-se e a Junta de Salvação Nacional faz uma declaração pela RTP. Spínola é nomeado Presidente da República e os prisioneiros políticos são libertados. 27 de Abril de 1974 _______________________________________________________ Por último, a 27 de abril de 1974, a junta de Salvação Nacional nomeia Chefes de Estados-Maiores dos três ramos das Forças Armadas, reunindo movimentos como o Movimento Democrático Português e as Sedes de Convergência Monárquica.
  • 7. Referências 26 de Abril de 1974. (26 de Abril de 2023). Obtido de museudoaljube.pt: https://www.museudoaljube.pt/2023/04/26/26-de-abril-de-1974/ A CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA (1974-1976). (2019). Obtido de app.parlamento.pt: https://app.parlamento.pt/comunicar/V1/202104/72/artigos/art2.html Andringa, D. (1999). 16 Março 1974 – O princípio do fim. Obtido de ensina.rtp.pt: https://ensina.rtp.pt/artigo/16-marco-1974-o-principio-do-fim/ Arranja, Á. (24 de Abril de 2021). A libertação dos presos políticos na revolução de Abril. Obtido de www.esquerda.net: https://www.esquerda.net/artigo/libertacao-dos-presos-politicos-na- revolucao-de-abril/74011 Balsinha, F. (25 de Abril de 2017). 26 de abril de 1974. Obtido de arquivos.rtp.pt: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/26-de-abril-de-1974/ Barbosa, M. d. (s.d.). Revolução dos Cravos. Obtido de historiadomundo.com.br: https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/revolucao-dos-cravos.htm CAPITÃES EM MOVIMENTO. (s.d.). Obtido de 50anos25abril.pt: https://www.50anos25abril.pt/capitaes-em-movimento 'Capitão de Abril' reeditado nos 70 anos de Salgueiro Maia. (30 de Junho de 2014). Obtido de cmjornal.pt: https://www.cmjornal.pt/cultura/detalhe/capitao-de-abril-reeditado-nos-70- anos-de-salgueiro-maia Carvalho, P. d. (1974). E Depois do Adeus. Obtido de Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=jthlDhHpblo Cipriano, C. (18 de Março de 2018). O jornalista espanhol que em Março de 1974 quase anuncia o 25 de Abril. Obtido de publico.pt: https://www.publico.pt/2018/03/18/politica/noticia/o- jornalista-espanhol-que-em-marco-de-1974-quase-anuncia-o-25-de-abril-1806744 dw.com. (20 de Setembro de 2023). 50 anos de independência da Guiné-Bissau. Obtido de dw.com: https://www.dw.com/pt-002/50-anos-de-independ%C3%AAncia-da- guin%C3%A9-bissau/a-66879549 Farinha, L. (22 de Fevereiro de 2021). "Portugal e o Futuro". Obtido de Esquerda.net: https://www.esquerda.net/artigo/portugal-e-o-futuro/72927 Guerra de Independência da Guiné-Bissau. (18 de Fevereiro de 2024). Obtido de Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Independ%C3%AAncia_da_Guin%C3%A9-Bissau Hemeroteca Municipal de Lisboa. (Janeiro de 2020). Obtido de Hemeroteca Municipal de Lisboa: https://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/ Knoow.net, E. (4 de Agosto de 2018). 1974 – Efemérides / Acontecimentos Históricos em Portugal. Obtido de knoow.net: https://knoow.net/historia/cronologia/1974-efemerides- acontecimentos-historicos-portugal/ Levantamento das Caldas. (16 de Setembro de 2023). Obtido de Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Levantamento_das_Caldas
  • 8. LSIMAS17. (23 de Fevereiro de 2016). O MONÁRQUICO INCONFORMADO. Obtido de luiscabedoesimas.com: https://luiscabedoesimas.com/2016/02/23/22-de-fevereiro-de- 1974/ Lusa, A. (24 de Abril de 2023). Cronologia do 25 de Abril: Os anos da Revolução dos Cravos. Obtido de sulinformacao.pt: https://www.sulinformacao.pt/2023/04/cronologia-do-25-de-abril- os-anos-da-revolucao-dos-cravos/ Martins, L. A. (14 de Abril de 2016). CONTA-ME COMO FOI O 25 DE ABRIL. Obtido de visao.pt: https://visao.pt/visaojunior/historia-visaojunior/2016-04-14-conta-me-como-foi-o-25-de- abril/ Museu da Presidência da República. (s.d.). António de Spínola. Obtido de Museu da Presidência da República: https://www.museu.presidencia.pt/pt/conhecer/presidentes-da-republica- biografias/presidentes-da-democracia/antonio-de-spinola/ O Congresso. (s.d.). Obtido de Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril: https://www.50anos25abril.pt/iniciativas/iii-congresso-oposicao-democratica O que aconteceu no dia 25 de Abril de 1974? (2021). Obtido de ensina.rtp.pt: https://ensina.rtp.pt/artigo/o-que-aconteceu-no-dia-25-de-abril-de-1974/ Partido Socialista. (2024). História da Fundação do PS. Obtido de Ps.pt: https://ps.pt/historia-da- fundacao-do-ps/ Pinto, P. S. (2018). Levantamento militar nas Caldas da Rainha. Obtido de ensina.rtp.pt : https://ensina.rtp.pt/artigo/levantamento-militar-nas-caldas-da-rainha/ PORTUGAL E O FUTURO (há quarenta anos…). (22 de Fevereiro de 2014). Obtido de largodoscorreios: https://largodoscorreios.wordpress.com/2014/02/22/portugal-e-o- futuro-ha-quarenta-anos/ Revolução dos Cravos: história e tradições do 25 de abril. (2024). Obtido de interflora.pt: https://www.interflora.pt/blog/revolucao-dos-cravos-historia-e-tradicoes-do-25-de-abril/ RFI-Radio France Internacionale. (24 de Setembro de 2023). Os 50 anos da independência da Guiné-Bissau, na voz dos guineenses. Obtido de zap.aeiou.pt: https://zap.aeiou.pt/ha-50- anos-guine-bissau-libertava-se-do-imperio-colonial-portugues-558951 Silva, A. D. (30 de Novembro de 2015). Guiné-Bissau: a independência. Obtido de malomil: https://malomil.blogspot.com/2015/11/guine-bissau-independencia.html Socialista, A. (17 de Abril de 2015). PS: desde 1973, ao encontro com a História. Obtido de PS.PT: https://ps.pt/ps-desde-1973-ao-encontro-com-a-historia/