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Feições Ilustradas
Maíra Suertegaray Rossato
Eri Tonietti Bellanca
Alexsandra Fachinello
Luciane Aparecida Cândido
Cláudia Russo da Silva
Dirce Maria Antunes Suertegaray
• Escarpa
• Guyot
• Margem Continental
• Oceano: margem
continental
• Margem continental
• Plataforma Continental
• Talude Continental
• Sopé Continental
• Ilha Oceânica
• Atol
• Banco
• Canal Submarino
• Cânion
• Leque Aluvial/Cone
• Terraço
• Dinâmica interna e
externe: processos de
formação do relevo
continental
• Dinâmica Interna
• Dobra
• Falha
• Fratura/Fissura/Diáclas
e/Junta/Fenda
• Vulcanismo
• Dinâmica Externa
• Intemperismo
• Infiltração
• Lixiviação
• Escoamento
Subsuperficial
• Escoamento Superficial
• Escoamento Laminar
• Escoamento Difuso
• Escoamento
Concentrado
• Torrente
• Erosão Diferencial
• Erosão Paralela
• Erosão
Regressiva/Remontante
• Escorregamento
• Rastejamento
• Fluxo de terra ou lama
• Solifluxão
• Deslizamento
• Queda de bloco
• Desmoronamento
• Avalancha
• Arenização
• Corrasão/Abrasão
Eólica
• Deflação
• Ablação
• Abrasão Marinha
• Assoreamento
• Colmatagem
• Solapamento
• Continente: cadeia e
montanhas, escudos e
bacias sedimentares
• Continente
• Cadeia de Montanhas
• Escudo
• Bacia Sedimentar
• Relevo Dobrado
• Domo
• Relevo Dobrado
Apalachiano
• Relevo Dobrado
Jurassiano
• Relevo falhado/Relevo
de Tectônica Quebrável
• Escarpa
• Escarpa de Falha
• Escarpa de Linha de
Falha
• Relevo Escalonado
• Gabren/Fossa Tectônica
• Horst/Muralha/Pilar
tectônico
• Relevo Vulcânico
• Vulcão
• Relevo de Cuestas
• Hogback
• Cuesta
• Front
• Reverso
• Relevo
Tabular/Tabuliforme
• Chapada
• Mesa
• Continente: modelos
em depressão,
planaltos, planície,
serra e montanha
• Depressão
• Colina
• Monte
• Morro
• Morro
Testemunho/Relevo
Testemunho
• Planalto
• Cânion/Depressão
Longitudinal
• Esporão
• Festão
• Perceé/Boqueirão
• Vale
• Vale em V
• Veredas
• Planície
• Planície Aluvial/de
Inundação/Várzea
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• Pediplanície/Pediplano
• Peneplanície/Peneplan
o
• Monadnock
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• Montanha
• Pico
• Penhasco
• Continente: relevos
glacial, desertico,
cárstico, costeiro e
fluviolacustre
• Relevo Glacial
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• Circo
Glacial/Anfiteatro
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• Vale Suspenso
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Morena
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• Reg
• Depressão de
Deflação
• Duma
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• Inselberg
• Pavimento Detrítico
• Oued/Canal de
correntes efêmeras
• Cogumelo
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• Cone Cársico/Mogote
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• Poljé/Polié
• Uvala
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• Estalactite
• Estalagmite
• Coluna/Pilar
• Relevo Costeiro
• Prisma Praial
• Enseada
• Falésia
• Fiorde
• Golfo
• Praia
• Restinga
• Laguna
• Gruta de
Abrasão/Gruta
Marinha
• Istmo
• Cabo
• Panínsula
• Ria/Vale Afogado
• Pontal
• Baía
• Litoral/Costa
• Linha Costeira/Orla
• Antipraia
• Pós-praia
• Berma
• Relevo Fluviolacustre
• Padrão de Drenangem
Anelar/Anular
• Padrão de Drenagem
Dentrítica
• Padrão de Drenagem em
Traeliça
• Padrão de Drenagem
Irregular/Desarranjada/
Desordenada
• Padrão de Drenagem
Paralela
• Padrão de Drenagem
Radial
• Padrão de Drenagem
Retangular
• Tipo de Drenagem
Arréica/Difusa/Desértica
• Tipo de Drenagem
Endorréica/Fechada
• Tipo de Drenagem
Exorréica/Aberta
• Tipo de Drenagem
Criptorréica/Cárstica
• Rio
• Meandro
• Delta
• Estuário
• Terraço
• Lago
• Lagoa
• Calha/Canal Fluvial/Leito
Menor
• Banco
• Vertentes: formas e
microformas
• Vertente
• Barlavento
• Sotavento
• Interflúvio/Divisor de
Águas
• Talvegue
• Jusante/Sopé
• Montante
• Elúvio/Eluvião
• Alúvio/Aluvião
• Colúvio/Coluvião
• Forma Tecnogênica
• Aterro
• Areal
• Cicatriz de
Escorregamento
• Cone de Detrito/Cone de
Dejecção
• Depósito de tálus/
Glacis/ Talude
• Leque aluvial/ Cone
aluvial
• Duto
• Ravina
• Voçoroca
• Demoiselle/ Chaminé
Encastelada/ Pirâmide
de fada/ Pirâmide de
terra
• Microrrelevo
Testemunho
• Ripple Mark
• Sulco
• Marmita
• Greta de Contração
• Estria
Escarpa (Scarp)
Escarpas são vertentes com
acentuadas inclinações
características, também, de
topografia oceânica. Podem ser
tectônicas, de origem endógena,
ou de erosão devido ao
modelamento de agentes erosivos.
6
Guyot (Tablemount)
Os guyots são montes ou montanhas
submarinas que há uma determinada época
atingiram o nível do mar e sofreram erosão,
evidenciada pelo seu característico topo plano. Os
resquícios de corais também servem como
indicativo de que estes montes estiveram acima do
nível dos oceanos.
Desta forma diz-se que os guyots são feições
originadas da parte mais rugosa do flanco da
cordilheira mesoceânica e/ou pela atividade de hot
spots, que proporcionaram chegar acima da
superfície das águas oceânicas. Essas feições foram
erodidas, recuando suas dimensões e aplainando
sua porção mais superficial.
7
Oceano:
Margem continental
8
Margem Continental (Continental Margin)
As margens continentais constituem as bordas laterais dos continentes ou dos oceanos.
Estas margens marcam o limite entre a crosta continental e a oceânica, representando cerca de
10% das superfícies do globo. Aproximadamente 60% dos sedimentos da planeta estão
concentrados nas margens continentais.
As margens, produtos da sedimentação da
borda dos continentes, podem ser ativas ou
passivas. As margens ativas ou convergentes são
caracterizadas por profundas fossas oceânicas, além
da plataforma continental. Nessas margens a
sedimentação é consumida na subducção. Há um
maior grau de sismicidade, intensa atividade
vulcânica e maior capacidade de drenagem.
As margens passivas
ou divergentes estão
compartimentadas em
plataforma, talude e
sopé continentais. Nelas
ocorrem grandes massas
de sedimentos, em
função de processos
erosivos no continente.
9
Plataforma Continental
(Continental Shelf)
A plataforma continental é um
prolongamento do continente, com
configuração relativamente plana que
inclina-se desde a linha da praia até a
quebra da plataforma. Representa a
parte superior da margem
continental, tendo uma profundidade
média de 130m. A extensão de
plataforma depende da taxa de
sedimentação de cada região.
10
Talude Continental
(Continental Slope)
O talude continental é uma pendente
relativamente íngreme formado de sedimentos
continentais remodelados pela decomposição
sucessiva de sedimentação. O talude desce da
quebra da plataforma até o sopé continental,
iniciando, geralmente, a uma profundidade de 100 a
200m indo aos 1.500 a 3.500m. O talude continental
pode conter uma série de escarpamentos, dando
origens a cânion, ou pode ser ele mesmo o lado
continental da uma fossa profunda, como ocorre
nas margens continentais ativas.
11
Sopé Continental
(Continental Rise)
O sopé continental é
uma cunha de
sedimentos que, a partir
do talude continental, vai
mergulhando
suavemente até se
confundir com o piso
abissal das bacias
oceânicas, sendo de
difícil identificação em
alguns lugares.
O talude, que
possui uma largura
aproximada de 1000m,
abriga sedimentos
derivados,
principalmente, das
argilas e siltes
provenientes de
plataforma continental
e carreados por
correntes de fundo ou
por deslizamentos de
talude.
12
Ilha (Island)
As Ilhas são massas de terras relativamente pequenas, se comparadas às dos
continentes, que encontram-se emersas, circundadas de água doce ou salgada. As ilhas
podem ser classificadas como continentais (ou costeiras) e oceânicas (ou isoladas).
As ilhas oceânicas podem ser de origem vulcânica ou biológica. As vulcânicas advêm
de extrusões vulcânicas dos hot spots ou podem ser afloramentos de picos ou topos da
cordilheira mesoceânica. As ilhas relacionadas aos hot spots normalmente dispõem-se
junto às fossas oceânicas nas margens ativas, formando os chamados arcos de ilhas.
Quando estas ilhas localizam-se em zonas tropicais, onde a água é mais aquecida e as
temperaturas são mais altas, ocorre a colonização destas massas de terra por organismos
biológicos marinhos, dando origem às ilhas coralinas. Essas ilhas, posteriormente,
originam os atóis, em decorrência da erosão marinha.
13
As ilhas continentais mantêm uma estreita relação com a
geologia do continente, considerando que apresentam os mesmos
aspectos estruturais e constituição litológica do continente.
Localizam-se sobre a plataforma continental.
14
Atol (Atoll)
Atol é o recife coralino circular que se origina a
partir de ilhas oceânicas, mais comumente de
vulcões, com um contorno circular e uma cratera. Este
embasamento litológico, por estar localizado em
zonas intertropicais, configurando-se como ambiente
bastante propício para o desenvolvimento de
organismos vivos (águas quentes e claras,
temperaturas altas e pouca profundidade), é tomado
de corais . Com a erosão, a cratera é invadida pelas
águas formando uma laguna central, deixando visível
a estrutura coralina na sua forma de círculo ou
semicírculo.
15
Banco (Bank)
Os bancos são elevações
relativamente extensas de topo plano,
formadas de sedimentos inconsolidados.
Essas formas estão localizadas próximas
ao litoral, geralmente na plataforma
continental, sob águas não muito
profundas, podendo eventualmente,
quando a maré está baixa, ficar
descobertos. Esses bancos, no entanto,
não oferecem grandes riscos as
navegações.
16
Canal Submarino (Deep-Sea Channel)
Estes canais são originados pelas correntes de
densidade, principalmente, no cânions
submarinos, apresentando extensões que varias
de 2-5Km. Na busca pelo melhor gradiente para
chegar ao fundo oceânico, os sedimentos “cava”
estas canais. Esses serpenteiam o fundo oceânico
buscando em melhor gradiente para avançar. Os
canais avançam, em função da diferença de
densidade que existe entre os sedimentos e as
águas oceânicas.
17
Cânion (Canyon)
Cânions submarinos são vales e depressões alongadas
encontradas no talude continental e fundo oceânico.
Os cânions oceânicos são mais largos, mais profundos,
mais extensos e com o fundo mais suave que os continentes.
Existe uma semelhança muito grande na forma dos cânions
submarinos e continentais, visto que tem a mesma origem,
ou seja, se formaram quando mar estava baixo. Grande parte
é originada por atividades de geleiras quando o mar recua a
as geleiras avançam adentro o oceano.
A entrada contínua de material sedimentar de grandes
rios também contribui para o surgimento dos cânions
oceânicos. Estes sedimentos descem por diferença de
densidade e “lixam” a plataforma continental, originando os
cânions . Desta forma, a drenagem continental faz-se de
extrema importância, pois os deslizamentos que ocorrerão
no talude continental, em função do
grande aporte de sedimentos fluviais
contribuem para a manutenção da
erosão e constante chegada de
material sedimentar às planícies
abissais.
18
Leque Aluvial/ Cone (Alluvial Fan)
Os leques oceânicos são depósitos de
materiais detríticos que se formam a partir
dos canais submarinos originados,
principalmente, em cânions oceânicos. Esses
canais depositam sedimentos que, a
aproximadamente 3.000m de profundidade,
constroem os leques. Os sedimentos
oriundos da erosão do cânion que
movimentam-se pelas correntes de turbidez
(correntes de densidade) nos canais,
depositam-se formando estas feições em
forma de cone.
19
Terraço (Terrace)
Terraços constituem superfícies planas horizontais ou moderadamente
inclinadas, limitadas por duas rupturas de declives, formadas de depósitos
sedimentares posteriormente erodidas por processos fluviais, marinho ou
lacustres.
20
Dinâmica interna e externa: processos de formação do
relevo continental
21
Dinâmica Interna (Endogenetic Processes)
Denomina-se dinâmica interna o conjunto de
processos associados ao movimento e à transformação da
crosta terrestre, atualmente explicado pela teoria da
tectônica de placas.
22
Dobra (Fold)
Dobras são flexões produzidas no material
rochoso plástico, em virtude de forças tectônicas.
As dobras podem ser subdivididas em anticlinais
ou sinclinais.
As dobras anticlinais são dobras convexas, nas
quais as camadas se inclinam de maneira
divergente a partir de um eixo.
As dobras sinclinais são dobras côncavas, nas
quais as camadas se inclinam de modo
convergente formando uma depressão.
23
Falha (Fault)
Falhas são fraturas que existem na crosta terrestre que apresentam um
deslocamento relativo, perceptível nos dois lados e na extensão do plano de fratura.
Falhamentos podem ser evidenciados em diferentes escalas, desde as micro falhas às
falhas regionais, sendo sempre identificados por material fragmentado em zonas de
falha. Podem ser identificados três tipos básicos de falhas: normais, inversas e
horizontais.
A falha normal ou de gravidade é formada por forças tracionais, onde o bloco
superior, ou seja, a capa desce em relação ao bloco inferior, a lapa.
24
A falha de empurrão ou inversa é originada por
forças compressoras, fazendo com que a capa suba
em relação à lapa.
A falha horizontal ou transcorrente é oriunda de
forças cortantes, caracterizada por um
deslocamento horizontal.
25
Fratura/ Fissura/ Diáclase/ Junta/ Fenda (Fracture/ Joint)
Fraturas são aberturas ou fendas que surgem na superfície terrestre, em
função de forças endógenas, apresentando diferentes direções. Da mesma
formas que as falhas, as fraturas também são percebidas em diversas
escalas, podendo ser microscópicas ou macroscópicas. São feições
importantes na evolução das paisagens, visto que são pontos de fácil
intemperização e erosão.
26
Vulcanismo (Vulcanian Eruption)
Vulcanismo constitui um processo decorrente da dinâmica interna que
promove o extravasamento do magma à superfície com conseqüente
consolidação desta quando em contato com a atmosfera. O processo de
vulcanismo pode ocorrer através de fissuras ou fendas por erupção central.
Os derrames de magma por fissura originam amplas áreas elevadas, os
derrames por conduto central dão origem aos cones vulcânicos em suas
diferentes formas.
27
Dinâmica Externa (Exogenetic Processes)
Denomina-se dinâmica externa o
conjunto de processos que promovem a
esculturação da superfície da Terra. Estes
processos estão associados à variabilidade e
à complexa interação da atmosfera, litosfera,
hidrosfesra, biosfera e tecnosfera.
28
Intemperismo ( Wheathering Process)
Intemperismo é um conjunto de processos advindos da exposição continuada da rocha à
ação de agentes atmosféricos e biológicos que promovem a desintegração mecânica e a
decomposição química desta. Os fenômenos que atuam nos processos intempéricos, separada
ou intimamente, podem ser físicos, químicos, biológicos ou físico-químicos e são eles que vão
fazer a diferença do processo de intemperismo em vários tipos: intemperismo físico,
intemperismo químico e intemperismo biológico.
O intemperismo físico é o processo de fraturamnto das rochas, sem alteração de sua
composição química. È responsável pela transformação de rochas maciças em pequenas
partículas e/ou sua preparação para a ação de intemperismo químico. Os processos físicos mais
conhecidos de desintegração da rocha são: devido à variação da temperatura, à cristalização de
sais e ao congelamento da água.
29
O intemperismo químico acarreta a
transformação as propriedades químicas dos
minerais que compõem a rocha, ocasionando
sua decomposição. Esse processo é
desencadeado a partir das reações dos minerais
com soluções aquosas, sendo facilitado pela
atuação prévia do intemperismo físico. As
principais reações são a ionização,
decomposição por ácido carbônico, hidrólise e
oxidação.
O intemperismo biológico ocorre a partir da
atuação de plantas e animais que desenvolvem
um papel importante na decomposição das
rochas. A raízes separam e removem
fragmentos nas cavidades e fraturas das
rochas. Os animais também são importantes
neste processo, considerando que segregam
gás carbônico, nitratos e ácidos orgânicos em
seu metabolismo. Estes são incorporados às
soluções que percolam o solo e acabam
atingindo as rochas.
30
Infiltração (Infiltration)
Infiltração constitui a capacidade de penetração
da água no solo, através de processo de percolação
que se caracteriza pelo movimento lento de descida
da água gota a gota. Pode ser mais ou menos
intenso de acordo com a permeabilidade do solo,
presença de cobertura vegetal e de vida animal.
31
Lixiviação (Leaching)
Lixiviação contitui o processo
pedogenético de remoção de
material solúvel por lavagem vertical
do solo (água percolante)
32
Escoamento Superficial (Interflow)
É o escoamento que ocorre abaixo da
superfície terrestre, no solo ou entre
diferentes estratos rochosos. Divide-se
em escoamento hipodérmico e profundo.
O escoamento hipodérimo ocorre em
fluxo que permeiam os horizontes do
solo. Estes podem, por vezes, ser
concentrados em túneis ou dutos, e
assim promover efeitos erosivos
significativos, como o colapso da
superfície situada acima, resultando na
formação de voçorocas, por exemplo.
O escoamento profundo (lençol
freático) é o fluxo de água, ou entre
camadas rochosas. Esse fluxo é
conhecido como fluxo de água
subterrânea. Esses fluxos, por vezes,
podem permanecer confinados entre as
rochas; neste caso, são denominados de
lençol freático ou aqüíferos.
33
Escoamento Superficial (Overlnd Flow)
É o escoamento que ocorre nas encostas durante
um evento chuvoso, quando a capacidade de
armazenamento de água escoa regularmente sobre a
superfície, dividindo-se em escoamento difuso e
laminar, ou pode ser linear, concentrando-se em
canais.
34
Escoamento Laminar (Sheet Flood)
O escoamento laminar ocorre onde não há canalização das água, ocorrendo como
uma lâmina, onde as águas deslocam-se de forma dispersa sobre uma superfície sem
cobertura vegetal.
35
Escoamento Difuso (Rill Wash)
O escoamento difuso é o escoamento das águas através de
minúsculos anastomosados e sem hierarquia em terrenos com
cobertura vegetal.
36
Escoamento Concentrado (Stream Flow)
O escoamento concentrado ocorre quando as águas se
concentram possuindo maior competência erosiva e fixando leito,
deixando marcas na superfície topográfica formando ravinas e
voçorocas.
37
Torrente (Torrent)
Torrente é um curso d’água de curta extensão e elevada declividade, produzido por
elevada precipitação, que provocam acumulação de água em áreas rebaixadas de altas
vertentes, chamadas bacias de captação. Constitui escoamento periódico e, muitas vezes, de
grande violência, originando canais de escoamento superficiais por onde são carregados
sedimentos que, depositados na base, formam os cones de dejecção.
38
Escoamento Diferencial (Differential Erosion)
Erosão diferencial consiste no processo de
desgaste seletivo ou diferencial dos agentes
erosivos sobre a superfície do relevo. Isto é
possível em virtude das distintas resistências
que as rochas podem apresentar, além de
fatores tectônicos que podem deixá-las mais
suscetíveis aos processos erosivos.
39
Erosão Paralela (Parallel Retreat)
É um processo de evolução e regressão das vertentes paralelamente a si
mesmas. Promove, com o decorrer do tempo, um desgaste lateral das
vertentes que regridem conservando as altitudes.
40
Erosão Regressiva/ Remontante
(Back Wheathering)
Trabalho de escavação do
canal realizado a partir de
processos de escoamento
superficial concentrado (rios,
ravinas, e voçorocas). Esse
processo é feito a partir da foz
em direção às cabeceiras dos
cursos d’água, ou seja, se realiza
da jusante em direção a
montante.
41
Escorregamento (Slide)
Este movimento é rápido, pode ocorrer em minutos, prolongando-se a algumas
horas. Configura-se em descidas de solo ou massas de rochas decompostas,
geralmente por efeito da gravidade em estruturas inclinadas. Esse processo divide-se
em rotacional e translacional, de acordo com a forma do plano de ruptura e o tipo de
material em movimento.
42
O escorregamento rotacional ocorre quando o
material escorrega pela encosta sem sofrer alteração
significativa em sua estrutura. Para isso, no entanto é
necessário que exista, em subsuperfície, fraturas em
forma de cunha, que funciona como um plano de
cisalhamento por onde esta massa desliza. Neste
processo, parte de uma encosta, normalmente
constituída por material inconsolidado ou material
intemperizado, desloca-se, fazendo descer seu topo
e projetar sua base para fora da encosta.
A superfície de ruptura apresenta
forma côncava e a superfície superior
de um bloco é, normalmente,
inclinada para trás, uma vez que a
massa inteira sofre rotação, à medida
que a parte inferior move-se para
baixo. Este tipo de movimento pode
ser resultado de uma percolação
profunda e lenta.
O escorregamento translacional
é, normalmente, comprido e raso,
onde a superfície de ruptura é
plantar. Esses movimentos, na sua
maioria, ocorrem em épocas de
intensas precipitações.
43
Rastejamento (Creep/Soil Creep)
Rastejamento constitui o mais lento movimento de solo ou
rocha, movimentado centímetros por ano. A causas para esse
acontecimento são: pisoteio do gado, crescimento de raízes,
escavamento de buracos pelos animais, auxiliado pela presença da
água na sua forma sólida ou líquida. O processo de rastejamento
decorre do movimento das partículas do solo provocadas pela
retração ou expansão , devido à maior ou menor umidade. Está
dinâmica faz com que a partícula, quando em expansão (solo
ressecado), eleve-se em direção perpendicular à superfície,
enquanto, em contração (solo úmido), desloque-se para baixo no
sentido vertical (ou vertical contrário). Isto normalmente ocasiona
uma movimentação das partículas para jusante. Troncos e postes
inclinados em encostas constituem indicativos deste processo.
44
45
Fluxo de terra ou lama (Mudflow)
Os fluxos de terra ou de lama são semelhantes a solifluxão, porém mais rápidos,
podendo atingir áreas maiores. Esse processo ocorre comumente quando há camadas
argilosas soterradas por areia. A camada argilosa, quando saturada de água, rompe o
equilíbrio morfogenético e a massa liquefaz-se espontaneamente, É um processo
comum em áreas periglaciais, áreas afetadas por abalos sísmicos e regiões tropicais de
elevada precipitação.
46
Sulifixão (Solifluction)
Solifluxão é um movimento coletivo do regolito quando
este encontra-se saturado de água. São frequentes em solos
saturados, em regiões periglaciais, ou solo saturado sobre
uma camada rochosa impermeável em regiões úmidas.
Ocorre quando a camada impermeável de regolito impede a
penetração da água, provando a concentração e saturando a
camada sobrejacente. Rompe-se, então, o limite de fluidez e
flui uma parte do regolito da vertente. A camada
impermeável pode ser de argila, ou o embasamento
rochoso e principalmente o solo congelado das regiões frias.
Este processo tem uma velocidade de decímetros ou
centímetros por dia.
47
Deslizamento (Debris Flow)
Os deliszamentos ocorrem em poucos
minutos, em vertentes de alta declividade e
morros isolados de baixadas litorâneas. Esse
processo envolve o deslocamento de massa
sobre embasamento saturado de água. Nível
de deslizamento pode ser dado por uma
rocha sã ou por horizontes de regolito
possuidor de grandes quantidades de
elementos finos (siltes ou argilas). Os fatores
contribuintes para este processo são:
prolonagada estação chuvosa, vertentes de
acentudada declividade, ausência de
vegetação e vibrações no terreno.
48
Queda de blocos (Rockfall)
Processo instantâneo, onde há queda de fragmentos de rocha de grande porte (ex.
matacões) pela agressão gravitacional. O desprendimento dos blocos em áreas
rochosas pode ocorrer por processos de alívio de pressão ou esfoliação esferoidal. É
evidente em vertentes sem ocorrência de solo, rocha exposta, ou em vertentes com
presença de matacões.
49
Desmoronamento (Topple/ Earth Fall)
Constitui um processo instantâneo
que ocorre em vertentes íngremes,
margens fluviais e em muitos cortes
de ferrovias e rodovias. O
desmoronamento caracteriza-se pela
queda de um bloco de terra devido a
um vazio criado na parte inferior da
vertente pelo solapamento desta.
50
Avalancha (Snow Avalanche/ Debris Avalanche)
Avalancha é o fluxo de regolito mais rápido e o que envolve o maior volume de
materiais, deslocando-se por dezenas de quilômetros em poucos minutos. Tendo sua
ocorrência em vertentes íngremes, geralmente inicia com a queda livre de gelo ou
neve, com presença de massa rochosa em alguns casos, pulverizados no impacto que
ocorre a grande velocidade devido à fluidez adquirida pela pressão do ar aquecido e
da água retida dentro da massa.
51
Arenização (Sandization)
Arenização corresponde ao processo de formação dos areais,
ou seja, é o retrabalhamento por processos hídricos e eólicos de
depósitos areníticos, pouco consolidados ou arenosos não-
consolidados, o que acarreta dificuldade na fixação de vegetação,
em função da intensa mobilidade dos sedimentos.
52
Corrasão/ Abrasão Eólica
(Corrasion/ Wind Abrasion)
Corrasão ou abrasão
eólica constitui o
desgaste mecânico das
rochas pelo impacto das
partículas de areia e pó
arrastadas pelo vento.
53
Deflação (Deflation)
Deflação constitui um processo onde há o transporte de partículas de
poeira e areia (material fino) pelo vento, permanecendo sobre a
superfície as partículas mais grosseiras. Este processo é também
entendido como varredura de superfície sem cobertura vegetal.
54
Ablação (Ablation)
Ablação é o fenômeno
de degelo da parte
superficial das geleiras ou
superfícies cobertas por
gelo, devido à radiação
solar (insolação). O
processo de ablação
promove a redução do
pacote de gelo por
evaporação e fusão.
55
Abrasão Marinha (Marine Abrasion)
Abrasão marinha é o processo pelo qual as superfícies
terrestres, quando em contato com o mar, são erodidas
pelos materiais em trânsito nas ondas e correntes
marinhas.
56
Assoreamento (Alluviation/ Silting-up)
Assoreamento consiste no processo de acumulação de
material detrítico , oriundo de processos erosivos, quando o
curso d’água não tem condições de transportar a carga
sedimentar. Esse processo é responsável pela formação de
depósitos de barra, tanto no canal como nas margens dos
arroios.
57
Colmatagem (Filling of a Lake)
Colmatagem é o processo de acumulação de sedimentos ou de
preenchimento de áreas, realizados por agentes naturais ou pela ação
antrópica. Nos arroios, esse processo pode ocasionar a diminuição de sua área,
interrupção deste, ou até a sua extinção.
58
Solapamento (Undercutting)
O processo de solapamento consiste na remoção de material
da base de uma vertente, escarpa ou margem fluvial,
promovendo desequilíbrio e a queda do material sobrejacente.
59
Continente:
Cadeia de montanhas, escudo e
bacias sedimentares
60
Continente
(Continent)
61
Os continentes constituem grandes extensões de terras emersas que correspondem a 29%
da crosta terrestre. Seus limites são dados por mares e oceanos.
A evolução da Terra, marcada por mudanças climáticas, movimentos tectônicos e
vulcanismos, é evidenciada na morfologia das feições dispostas na superfície do planeta. Essas
estão espacializadas de maneira bastante variada nas distintas paisagens do globo, conforme os
fatores endógenos (tectonismo e vulcanismo) e exógenos (clima, vegetação, ação humana,...) a
que estão submetidos. Mas a despeito da atuação entrópica e das alterações dela decorrentes,
há formas fundamentais do relevo que se mantêm com uma relativa permanência na superfície
terrestre; formas como as cadeias de montanhas, os planaltos e as planícies.
Embora tendo variado muito no decorrer da história do Terra, a configuração dos
continentes mantém-se aproximadamente estável desde o fim do terciário e início do
quaternário, com exceção de algumas zonas costeiras que sofrem alterações, em função de
transgressões e regressões marinhas. Para explicar a origem e o desenvolvimento da
configuração dos continentes em várias épocas geológicas existem duas teorias significativas;
primeiramente a teoria da deriva continental, hoje já ultrapassada, e a teoria da tectônica de
placas.
A porção emersa do Planeta Terra está dividida em cinco grandes continentes: África,
América, Europa e Oceania, cada uma cada um com suas particularidades culturais e de
paisagem. Atualmente a Antártica já está sendo considerada dentro da divisão continental,
constituindo-se no sexto continente, o continente austral.
No entanto, essas massas continentais têm uma distribuição geográfica desigual nos
hemisférios do globo. No hemisfério norte as terras emersas correspondem a 40,4% da área,
enquanto no hemisfério sul, o “hemisfério das águas”, o continente equivale 14,4% da área
deste. 62
Cadeia de montanhas (Mountain Chain)
Uma cadeia de montanhas configura uma sucessão de montanhas que,
ligadas entre si, formam um conjunto alongado que define o alinhamento
montanhoso. Essas podem apresentar a mesma composição litológica, o
mesmo processo de origem, com estruturas comuns.
Normalmente compreendem uma faixa estreita e longa, próxima a uma
margem continental ativa (zona de colisão de placas), onde são encontrados
muitos ou até a totalidade dos processos formadores de montanhas, que são
caracterizados por dobramentos e falhamentos. Um exemplo bastante
ilustrativo é a cadeia dos Andes.
63
Escudo (Shield)
Escudos constituem as porções mais antigas das plataformas dos
continentes. São os primeiros núcleos rochosos, normalmente formados de
rochas graníticas e metamórficas, que afloram durante a formação da crosta.
Essas plataformas rochosas, quando expostas, lembram a forma de um
polígono irregular a um escudo, daí sua nomenclatura. Durante a evolução das
paisagens do planeta, os escudos serviram de importunas fontes de detritos
para áreas mais rebaixadas, como mares rasos ou depressões interiores e
marginais de continente.
64
Bacia Sedimentar (Sedimentary Basin)
Bacias sedimentares são áreas deprimidas
preenchidas por material detrítico carreado de áreas
circunjacentes. Nestas depressões os estratos,
normalmente, são concordantes e mergulham da
periferia ao centro da bacia, onde os detritos depositam-
se por superposição. As bacias sedimentares podem ser
classificadas em intracratônicas ou pericratônicas.
A bacia sedimentar intracratônica é uma depressão
da superfície do cráton ou plataforma, localizada nas suas
áreas mais centrais.
A bacia sedimentar prericratônica é uma depressão
da superfície do cráton ou plataforma, localizada nas suas
áreas mais periféricas.
65
Relevo Dobrado (Folded Relief)
Entende-se por relevo dobrado a
topografia do superfície da Terra que,
devido à dinâmica interna da crosta,
apresenta feições em forma de dobra
decorrentes da maior plasticidade da
rocha.
66
Domo (Dome)
Domo constitui uma elevação do solo, em formato de
abóbada mais ou menos isolada, resultante do
arqueamento convexo de camadas sedimentares
basicamente horizontais. Essas zonas circulares ou ovais que
podem atingir de 100 a 300km de diâmetro, apresentam,
normalmente, capeamento sedimentar fortemente
dissecado. Não há, na sua gênese, nenhum movimento de
dobramento impulsionado por forças endógenas,
constituindo-se apenas por deformações locais nos estratos.
Tais deformações, no entanto, geram domos de várias
origens: domos por intrusão lacolítica, por eczema de sal e
por compactação.
67
Relevo Dobrado Apalachiano (Zagros Mountains)
É um relevo estrutural esculpido em antigas formações dobradas, exumadas pela
denudação. Esse relevo caracteriza-se por um alinhamento paralelo de cristas e vales.
As cristas formadas nos estratos mais resistentes e os vales formados nos menos
resistentes. Diferencia-se do relevo dobrado jurássico por apresentar cristas
aplainadas. Caracteriza-se por ser um relevo bifásico ou polifásico, constituindo-se por
dobramento, soerguimento, aplainamento e novo soerguimento.
68
Relevo Dobrado (Jura Mountains)
É o tipo mais simples de relevo dobrado. É uma sucessão paralela de dobras,
preservadas dos processos erosivos intensos. As formas de relevo se conservam bem
semelhantes à estrutura, evidenciando cristas anticlinais e vales sinclinais.
Caracteriza-se por ser monofásico, isto é, com dobramentos, soerguido e instalação
da drenagem.
69
Relevo Falhado/Relevo de Tectônica Quebrável (Fault-block Mountains)
Relevos falhados constituem formas originadas a partir de fraturamentos e falhamentos em
estruturas rígidas que, conforme a amplitude e a idade deste falhamento, tem sua configuração
influenciada em maior ou menos grau pela tectônica.Essa morfologia sofre influência da atuação
erosiva que atenua as desníveis altimétricos da estrutura primitiva, além da eventual reativação
tectônica ao longo das antigas linhas de fratura. As principais formas originadas são as
montanhas em blocos, escarpas de falha e escarpas de linha de falha.
70
Escarpa (Scarp)
Escarpas são vertentes com
significativa declividade em bordas de
planaltos, serras, relevos,
testemunhos, etc. Sua morfologia
assemelha-se a de um paredão
abrupto que separa trechos de
topografia suave existentes acima e
abaixo de áreas escarpadas.
71
Escarpa de Falha (Fault Scarp)
Escarpas de falha são abruptos paredões que têm sua gênese no recente deslocamento
vertical de blocos falhados. Nesta feição a inclinação que constitui o bloco ascendente,
coincide com o espelho de falhamento. No entanto, o desnível que marca o movimento dos
blocos e as feições provocadas pelo deslocamento, são atenuados pela erosão que tende a
aplainá-la.
72
Escarpa de Linha de Falha (Fault-line Scarp)
Escarpas de linha de falha originam-se pelo recuo da escarpa de falha em função da
atividade erosiva. Esta nova escarpa é formada não pelo movimentos original de falhamento,
mas pela intemperização da litologia constituinte do espelho de falha. Desta forma, estas
vertentes têm suas feições já bastantes suavizadas e dissecadas.
73
Relevo Escalonado (Steeply Relief)
Relevo escalonado constitui um relevo falhado que, em função da movimentação de
rebaixamento e soerguimento dos blocos, adquire forma em degraus. Dentre estas formas,
destacam-se o Graben e Horst.
74
Graben/Fossa Tectônica (Graben)
Graben é um região depressiva alongada
originada por uma série de falhamentos
paralelos entre si que produzem um sistema
de blocos escalonados com um bloco central
deprimido.
75
Horst/Muralha/Pilar Tectônico (Horst)
Horst é uma proeminência que se
deve a elevação da superfície, em
função da existência de um sistema de
falhas escalonadas e paralelas entre si,
onde o bloco central adquire altimetria
diferenciada dos blocos em seu
entorno.
76
Relevo Vulcânico (Volcanic Landform)
Relevos vulcânicos são relevos sem relação de estrutura com a superfície que recobrem,
visto que têm origem em erupções centrais ou de fissura. São relevos que se formam em fases
intercaladas por períodos de erosão. As formas oriundas tem relação estreita com o tipo de
erupção vulcânica ocorrida, podendo ser escudos vulcânicos; trapp; estrato-vulcões ou cones
compostos; cone de piroclástica ou de cinzas e crateras.
77
Vulcão (Volcano)
Vulcão é o aparelho por onde ocorre o extravasamento do material magmático, podendo
assumir a forma de cone ou até de fissura. Essas feições são muito susceptíveis à ação dos
agentes morfoesculturais e sua presença, de forma geral, indica processos magmáticos recentes,
se considerar-se a escala de tempo geológico.
78
Relevo de Cuestas (Cuesta Landform)
Relevos de cuestas configuram áreas de planaltos sedimentares ou basálicos
monoclinais. Os relevos de cuestas tem forma de mesas inclinadas, com marcada
assimetria, em função da disposição das camadas geológicas.
79
Hogback (hogback)
Hogback é uma elevação morfologicamente simétrica, originada por erosão e
constituída estruturalmente por camadas de rochas sedimentares monoclinais fortemente
inclinadas, com mergulho superior a 30 graus.
80
Cuesta (Cuesta)
Cuesta é um relevo assimétrico que ocorre em bacias sedimentares quando a inclinação das
camadas é monoclinal, ou seja, com mergulho em único sentido. Desenvolve-se em rochas
estratificadas de diferentes resistências e caracteriza-se pela associação de duas vertentes
denominadas reverso e front.
81
Front (Front)
Front consiste na vertente de maior inclinação em um relevo de cuesta. É constituído pela
cornija e pelo tálus.
A cornija caracteriza-se por um abrupto saliente constituído de uma camada de rocha dura e
exposta. Esta é a camada de rocha mais resistente e protege as camadas inferiores dos efeitos
erosivos.
O tálus configura um depósito gravitacional de sopé de escarpa com forma geral côncava e
declividades inferiores à cornija
82
Reverso (back Slope)
O reverso constitui a vertente de menor
inclinação em um relevo de cuesta. É uma
superfície suavemente inclinada no sentido
oposto ao front. A inclinação pode ser igual
ou inferior ao mergulho das camadas.
83
Relevo Tabular/Tabuliforme (Tabular Landform)
Relevo tabular corresponde a áreas de relevo com feições semelhantes a mesas, que
correspondem ao tipo mais simples de influência estrutural sobre as feições do relevo. Nestas
formas, as camadas dispõem-se horizontal e suborizontalmente, apresentando-se de maneira
alternada, no que se refere à resistência da litologia ao desgaste dos processos erosivos.
84
Chapada (Tableland)
Chapada constitui a designação
dada a um planalto sedimentar com
camadas horizontais ou suborizontais
estratificadas, topos aplainadaos, com
topografia acima de 600 metros.
85
Mesa (Tableland)
Mesa ou relevo em forma de mesa, constitui um relevo em que as
camadas sedimentares dispõem-se horizontalmente ou suborizontalmente,
apresentando topo plano e escarpas acentuadas nas diferentes direções.
86
Continente:
modelados em depressões, planalto,
planície, serra e montanha
87
Depressão (Depression)
A depressão constitui uma superfície aplainada por longos processos erosivos
onde predominam formas planas ou levemente onduladas. As depressões são
rebaixadas e localizam-se entre superfícies mais elevadas (planaltos).
88
Colina (Hill)
Colina é uma pequena elevação da
superfície, em geral côncavo-convexa,
com altitude que não excede os 50
metros. É encontrada em depressões e
topos de planaltos; a colina é uma
forma de relevo bastante suavizada em
virtude de processos erosivos.
89
Monte (Hill)
Monte é uma designação usada para grandes elevações do terreno que
aparecem de forma isolada, sem considerar a sua origem.
90
Morro (Hill)
Morro constitui uma feição de
relevo pouco elevada com altitude
aproximada de 100 a 200 metros. Suas
formas são bastante variadas,
podendo apresentar topos planos ou
convexos.
91
Morro Testemunho/ Relevo Testemunho
(Residual Hill)
Morro testemunho é uma feição do
relevo situada adiante de uma escarpa,
mantida pela camada rochosa mais
resistente. Recebi esta denominação por
ser testemunho da antiga posição da
escarpa antes do recuo do front desta.
Morros testemunhos são observáveis na
frente de escarpas de planaltos ou
cuestas.
92
Planalto (Plateau)
Planaltos são constituídos por superfícies topográficas irregulares. Sua origem
associa-se à processos erosivos que, prolongando-se por longo tempo, ressaltam
relevos residuais. Estes podem apresentar configuração variada, ou seja, formarem-se
por um conjunto de morros, colinas, serras e chapadas.
93
Cânion/ Depressões Longitudinal (Canyon)
Cânions continentais são vales
encaixados que apresentam paredes altas e
verticais e fundo estreito. A ação erosiva nas
encostas propicia a formação de patamares
ou degraus.
94
Esporão (Peak/Spit)
Esporão constitui um ressalto numa
vertente, que interrompe a continuidade
do declive. É, também, a nomenclatura
usada para pontais secundários que se
formam na porção interna nas lagunas,
em virtude das ondas oriundas das mais
diferentes direções que ali se chocam.
95
Festão
Festões constituem saliências
decorrentes de processos erosivos,
localizadas nas bordasndos planaltos
sedimentares ou basálicos.
96
Perceé/ Boqueirão (Water Gap)
Perceé constitui a abertura feita
por um rio conseqüente (rio que
acompanha a inclinação do terreno e
coincide com o mergulho das camadas
de um relevo de cuesta, originando um
curso retilíneo e paralelo) ao atravessar
uma frente de cuesta. No nordeste
brasileiro, essas feições são conhecidas
como boqueirões e caracterizam-se
por aberturas ou gargantas estreitas.
97
Vale (Valley)
Vale constitui uma depressão alongada,
de fundo descendente, sulcada pelas águas
correntes. Os vales são formados pelo
talvegue e duas vertentes com declividades
convergentes. A sua forma e seu traçado
relacionam-se diretamente com a litologia
em que se desenvolve, com o clima e com
agentes erosivos que nele atuam. Quando à
forma do fundo, tem-se duas morfologias
básicas: vales em forma de V e vales em
forma de U.
98
Vale em V (V Shaped Valley)
Os vales em forma de V são
produtos do entalhamento fluvial,
por vezes acompanhando linhas de
fratura, em vertentes íngremes.
99
Veredas
O termo vereda é utilizado no Brasil Central para designar uma área brejosa ocupada por
buritizais e outras formações vegetais arbustivo-herbáceas. As veredas ocorrem em áreas de
solos tipos hidromórficos, mal drenados, geralmente ácidos. Segundo Lima ET AL. (1998), as
veredas estão associadas às nascentes dos cursos d’água em anfiteatros suaves, recobertas por
vegetação de gramíneas, com drenagem difusa e lençol freático aflorante, circundada pela por
vegetação de cerrado, com a corrência de buritis alinhados de acordo com o eixo de drenagem.
Genericamente, as veredas podem ser classificadas em três grupos: veredas de encosta
(ocorrem sob bordas das chapadas), veredas – várzea (planície de inundação) e veredas de
superfície aplainadas (topos de chapadas). Estas fazem parte da cultura do povo que vive no
cerrado, as veredas desempenham importante papel no abastecimento e manutenção dos
canais fluviais na região onde estão inseridas.
100
Planície (Plain)
As planícies são superfícies bastante planas formadas por sedimentos oriundos de atividade
eólica, marinha, fluvial, lacustre e glacial. É comumente encontrada nas partes mais rebaixadas
das bacias hidrográficas ou nas regiões litorâneas. O tipo de sedimento , isto é, a origem dele é
responsável pela diferenciação na classificação fluvial, lacustre, litorânea e de ablação ou glacial.
101
Planície Aluvial/de Inundação/Várzea
(Floodplain)
Planície de inundação é a área de
sedimentação fluvial representada por
uma porção de terra predominantemente
plano localizada às margens de um rio.
Constitui área sujeita a inundações
periódicas.
102
139- Planície Glacial (Glacial Plain)
Planície glacial constitui uma área de deposição de sedimentos transportados
por água de degelo, ou seja, resulta da acumulação durante a fusão de geleiras e
retração da frente glacial.
103
Pediplanície/Pediplano (Pediplain)
A pediplanície caracteriza-se por uma superfície inclinada formada pela
coalescência de pedimentos. Essas superfícies constituem superfícies de erosão
modeladas em climas áridos e semi-áridos. Representa o último estágio de
desenvolvimento do relevo em ambientes desérticos e semidesérticos, segundo
teóricos da geomorfologia climática.
104
Peneplanície/Peneplano (Peneplain)
O peneplanície é uma superfície plana ou levemente ondulada que representa o
último estágio de evolução do relevo, segundo William Morris Davis (1899). Sua
origem está associada a um processo de rebaixamento do relevo, onde a erosão fluvial
atua preponderantemente, rebaixando as formas altimétricas até atingir seu total
arrasamento.
105
Monadnock (Monadnock)
Conceito utilizado por William Morris
Davis (1899), para designar elevações
residuais ou remanescentes em
peneplanícies. Sua origem está associada
à maior resistência da rocha e de sua
posição na junção interfluvial que a
protege da erosão fluvial.
106
Serra (Sierra)
Serra é uma nomenclatura usada em geomorfologia um tanto quando ampla e
imprecisa, para designar superfícies acidentadas com fortes desníveis, como escarpas de
planaltos com altimetria de 50 a 100 metros, escarpas de blocos falhados, escarpas de
erosão, inselbergues, entre outros.
107
Espigão (Ridge)
Espigões são elevações ou dorsos de superfícies elevadas (serras).
Apresentam geralmente em suas porções laterais escarpamentos, devido à
acentuada declividade.
108
Mar de Morro
Mares de morros são regiões onde dominam as colinas dissecadas de forma côncavo-
convexa (forma de meias-laranjas). É um relevo típico de rochas cristalinas sob sistemas
morfogenéticos tropicais úmidos, a exemplo das feições características do reverso das regiões
serranas do sudeste do Brasil (serra do Mar e da Mantiqueira).
109
Montanha (Mountain)
Montanhas constituem
grandes elevações da
superfície, onde as altitudes
excedem os 300 metros,
portanto formas de relevo
com grande amplitude.
Normalmente são originadas
por forças tectônicas que
produzem dobras e falhas,
responsáveis por feições
complexas.
110
Pico (Peak)
Denomina-se pico o ponto culminante
de uma grande elevação (montanha). Esse
apresenta-se com uma feição ponteaguda,
que se mantém em evidência topográfica,
por ser constituído de rocha de maior
resistência aos processos erosivos. A erosão
diferencial atuando sobre áreas
montanhosas, tende a deixar em destaque
pontos mais elevados, os picos.
111
Penhasco (Cliff)
Penhasco constitui uma feição de escarpa caracterizada pela presença de rocha exposta
e elevadas declividades.
112
113
Continente:
relevos glacial, desértico, cársico,
costeiro e fluviolacustre
114
Relevo Glacial (Glacial Landform)
Conjunto de formas que tem sua origem associada a climas frios. Nesses a topografia é
resultante das grandes acumulações de gelo que, devido a espessura e a variação de
temperatura, comportam-se como material plástico, promovendo erosão, transporte e
deposição que, pela dinâmica do gelo, originam formas particulares de relevo.
115
Geleira (Glacier)
Geleiras são massas de gelo formadas em regiões onde a precipitação de neve é maior
que o seu degelo. As geleiras movimentam-se lentamente, apresentando em seu
deslocamento um forte poder abrasivo que deixa marcas características na superfície, como as
estrias e os vales em forma de U, além de feições bastante abruptas e angulares. Por outro
lado, estas massas de gelo, também deixam em seu caminho depósitos como as morainas.
116
Circo Glacial/Anfiteatro (Cirque Glacier)
Circo Glacial constitui uma feição de relevo característica de áreas com presença de geleiras.
São as cabeceiras de geleiras e apresentam forma de bacias semicirculares ou em forma de
anfiteatro. Estas constituem inicialmente a zona de acumulação do gelo.
117
Vale em U (U Shaped Vaelley)
Os vales em forma de U são característicos glaciais, onde a presença das geleiras e seu
respectivo fluxo escava e amplia constantemente sua bacia, modelando, em forma de U, as
antigas depressões de acumulação de neve.
118
Vale Suspenso (Hanging Trough/Hanging Valley)
Vales suspensos são vales escavados por rios ou geleiras que têm seu nível de base acima do
nível de base do rio ou geleira principal.
119
Horn (Horn)
Denomina-se Horn, picos elevados em forma piramidal localizados ao longo de cristas
serrilhadas, por sua vez, denominadas de arestas, resultantes da dinâmica do gelo em áreas
elevadas a exemplo dos Andes.
120
Moraina/Moréia/Morena (Moraine)
Moraine é o acúmulo de
sedimentos rochosos arrastados por
uma geleira e depositados ao longo da
sua trajetória. As morainas podem ser
classificadas em frontais (front da
geleira), laterais (às margens da geleira)
e centrais (no centro da antiga geleira).
121
Drumlim (Drumlim)
Drumlim consiste numa colina oval ou elíptica, constituída de material semelhante aos
depósitos de moraina (till) orientada no sentido do movimento do gelo. Estas feições ocorrem
isoladas ou em agrupamento, podendo atingir comprimentos de até alguns quilômetros e
algumas dezenas de altura.
122
Esker (Esker)
Constitui uma feição glacial que se
configura em forma de crista sinuosa, com
lados íngremes e composta por sedimentos
estratificados irregularmente. Sua está
associada a antigos canais aquáticos
envolvidos por gelo e situados abaixo ou no
interior do gelo em fusão. Essas formas
podem atingir grandes distâncias,
serpenteando em uma planície glacial.
123
Kame (Kame)
Denomina-se kame uma colina
aproximadamente cônica ou de topo
plano característica de ambiente glacial.
Estas são constituídas geralmente de
areia e cascalho. Sua formação está
associada a pontos de intersecção de
correntes de gelo em estado de fusão.
124
Relevo Desértico (Dry Landform)
Por relevo desértico entende-se o conjunto deformas que caracterizam as paisagens dos
climas áridos e semi-áridos. Nesses as feições são originárias de uma exposição das rochas ao
contraste de temperatura, a torrencialidade das chuvas e a atuação expressiva dos ventos.
125
Erg (Erg)
Erg constitui uma expressão empregada para indicar, em ambientes áridos, uma vasta
área coberta de areia, cuja superfície é modelada pelos ventos. Caracteriza-se por ser uma
área com grande extensão de dunas ativas, a exemplo de áreas do deserto do Saara na África.
126
Reg (Reg)
Reg expressa uma área em ambiente desértico cuja
superfície é recoberta por cascalhos e seixos. Os regs são
também reconhecidos como desertos pedregosos.
127
Depressão de Deflação (Deflation Hollow/Blowout Hollow)
Depressão de deflação é uma feição produzida pela deflação, ou seja, processo
onde há o transporte de partículas de poeira e areia (material fino) pelo vento,
originando uma depressão que pode atingir de poucos metros até vários
quilômetros. No fundo desta depressão, depositam-se materiais grosseiros como
seixos e cascalhos que constituirão o pavimento detrítico.
128
Duna (Dune)
Duna é acumulação de areia originada pelo
vento, geralmente onde existe areia solta sem
cobertura vegetal cerrada, o que ocorre
normalmente nas praias ou nos desertos. As
dunas podem atingir alturas elevadas e sua
formação inicia quando o vento encontra algum
tipo de obstáculo. Em relação aos seus ângulos
pode-se salientar que é pequeno a barlavento e
grande a sotavento.
As dunas podem ser divididas em tipos
principais, como barcana, longitudinal, parabólica
e transversal.
As dunas barcanas têm suas pontas voltadas
para a direção do vento (unidirecional), indicando
o sentido do movimento. Este tipo de duna ocorre
em áreas com grande quantidade de areia.
As dunas longitudinais são alinhadas
paralelamente à direção do vento, têm poucos
metros de altura, contudo possuem vários
quilômetros de extensão.
As dunas parabólicas apresentam sentido
oposto das barcanas; as suas pontas estão
apontando para o sentido contrário do vento.
Estas dunas se formam em locais com menor
quantidade de areia. As dunas transversais
são alinhadas na forma de ondas separadas
entre si por corredores. Suas cristas tendem a
formar um ângulo reto com a direção do
vento. Ocorrem em regiões onde existe areia
em abundância, recobrindo a superfície por
completo.
129
Pedimento (Pediment)
Pedimento constitui uma
superfície inclinada localizada na base
de uma escarpa. Esta inclinação, de 1 a
4%, pode ser ligeiramente côncava,
decorrente de um processo de erosão
lateral em ambiente desértico. A
escarpa constituída de rochas
aflorantes é desgastada por um
processo de erosão mecânica em
rochas duras e por ravinamentos em
rochas tenras e impermeáveis.
130
Inselberg (Inselberg)
Inselberg é o termo utilizado para caracterizar relevos residuais que, podendo ser
sedimentares, salientam-se em uma planície (pediplano) em paisagem árida ou semi-árida. São
originados de um intenso processo erosivo típico de ambientes áridos: a erosão paralela.
131
Pavimento Detrítico (Desert Pavement)
Pavimento detrítico constitui um depósito de materiais grosseiros como seixos e cascalhos
que são segregados pelo processo de deflação produzido pelo vento. Esse promove o transporte
de partículas de poeira e areia (material fino), deixando para atrás o material mais pesado e
grosseiro.
132
Oued/Canal de correntes efêmeras
(Ephemeral Stream Channel)
Oueds são cursos d'água
intermitentes que ocorrem em
regiões desérticas. Como o próprio
nome sugere, estes cursos d'água
temporários surgem nas épocas de
maior intensidade de chuvas. São, em
geral, rasos e de fundo plano.
133
Cogumelo (Hoodoo)
Cogumelos são formas de relevos típicas de ambientes áridos e semi-áridos que se
formam pela ação do vento. Esse, através do processo de corrosão, promove erosão
diferencial, produzindo feições que se assemelham a cogumelos.
134
Relevo Cársico (Karst Landform)
O relevo cársico compreende formas originadas pela dissolução de sais em áreas de rochas
carbonáticas. Sua principal característica é uma drenagem predominantemente no sentido
vertical e subterrânea, sem a presença de drenagem superficial. Esse tipo de relevo tem pleno
desenvolvimento se na área houver uma significativa camada de rochas solúveis com presença
de fissuras e fraturas que permitam a ação da água, além de uma quantidade moderada de
precipitação para que se faça a dissolução. A amplitude topográfica é relevante, para que haja
uma livre circulação das águas subterrâneas, esculpindo as feições cársicas.
135
Cone Cársico/Mogote (Magote)
Cones cársicos constituem os pontões
cônicos que caracterizam o relevo cársico
em ambientes úmidos. São formas de
relevo residual, presentes em planícies,
com altitude que pode variar em dezenas
metros e volume que oscila amplamente.
136
Dolina (Doline)
Dolinas são feições cársicas de
tamanho variado (1 a mais de
1.000 metros de largura e poucos
centímetros a mais de 10 metros
de profundidade), caracterizadas
por depressões circulares ou
elípticas, com contornos sinuosos.
As dolinas podem ser classificadas
em forma de balde, funil ou bacia.
No primeiro caso, sua borda é
marcada por declividades
acentuadas (escarpas), onde
notam-se afloramentos rochosos.
A dolina tipo funil apresenta um
dos flancos recoberto por
sedimentos; quando assoreadas,
estas passam a ser consideradas
dolinas em formato de bacia.
137
Lapies/ Lapiaz (Karren)
Lapies constituem sulcos superficiais nas rochascalcárias que podem aparecer
recobertos por solo ou a céu aberto. Essas fendas apresentam tamanho ( a amplitude entre
as depressões e as cristas das fendas variam de alguns milímetros a mais de dez metros) e
direção variáveis; suas paredes laterais são bastante agudas em função do intenso
recortamento pela água.
138
Poljé/Polié (Polje)
Poljé consiste numa designação para planícies cársicas, onde a atuação
contínua da água sobre a rocha calcária promove a formação de uma
plataforma pelo processo abrasivo de dissolução. São feições de fundo
plano que são cortadas por um fluxo d'água que pode ser abrigado em
algum ponto por um sumidouro.
139
Uvala (Uvala)
Uvalas são feições de relevo cársico caracterizadas pela coalescência de
duas ou mais dolinas. As uvalas, portanto, são depressões em forma de flor,
com fundo irregular e que podem apresentar vários sumidouros.
140
Caverna (Cave)
Cavernas são feições de relevo próprias de áreas
calcárias que lembram leitos de rios subterrâneos
vazios, já que a água penetra nestas rochas por meio
de fraturas e falhas, dissolvendo-as durante seu
movimento de percolação. As cavernas podem se
estender vertical ou horizontalmente, tendo suas
formas controladas basicamente por diáclases, falhas
e planos de estratificação.
141
Estalactite (Stalactite)
Estalactites são feições de
acumulação química pendentes no
teto de cavernas calcárias, devido ao
gotejar contínuo da água do teto
interno da caverna que, ao reagir
com a rocha, propicia a precipitação
do carbonato de cálcio.
142
Estalagmite (Stalagmite)
Estalagmites são formas de
deposição química assentadas no
assoalho de cavernas calcárias,
devido ao contínuo gotejar da água
do teto interno da caverna que, ao
reagir com a rocha, propicia a
precipitação do carbonato de cálcio.
143
Coluna/Pilar (Column)
As colunas são formas de deposição
química encontradas em cavernas
calcárias, quando ocorre a união de
estalactites e estalagmites.
144
Relevo Costeiro (Coastal Landform)
São agrupadas com esta denominação o conjunto de formas que caracterizam a
configuração dos continentes na sua interface com o oceano, bem como feições
resultantes do trabalho constante do mar na reconstrução das formas costeiras.
145
Prisma Praial (Shore)
Prisma praial é entendido como um depósito de sedimentos acumulados desde a zona
submarina até a feição emersa mais elevada de uma praia. São feições modeladas por agentes
morfoesculturais como as ondas, marés e ventos. Pode ser dividido em prisma praial emerso,
onde são abrangidas as áreas emersas deste depósito sedimentar e, prisma praial submerso,
que corresponde às áreas onde a ação das ondas impõem aos sedimentos um movimento de
vaivém constante.
146
Enseada (Cave)
Enseada configura uma reentrância litorânea aberta em direção ao mar limitada por dois
promontórios.
147
Falésia (Marine Cliff/Sea Cliff)
Falésia é uma escarpa costeira abrupta não coberta por vegetação que se localiza na linha
de contato entre a terra e o mar. É originada devido ao trabalho erosivo do mar. Esse, através da
dinâmica das ondas, promove na base da falésia um processo de solapamento, produzindo
geralmente grutas de abrasão.
148
Fiorde (Fiord)
Os fiordes são estreitos corredores
em forma de U, de grande
profundidade (podem alcançar de 400
a 600 metros) que se localizam num
litoral alto. Essas feições foram
construídas pela erosão glacial e,
posteriormente, invadidas pelo mar.
Hoje, encontram-se parcialmente
submersos.
149
Golfo (Gulf)
Golfo constitui uma reentrância do litoral de grande extensão, sendo suas águas balizadas
por pontas e cabos. O termo golfo é normalmente utilizado para reentrâncias amplas, portanto,
tem forma de maior extensão que uma baía por exemplo.
150
Praia (Beach)
Praias são depósitos, geralmente, lineares de
sedimentos acumulados por agentes de transporte
marinho ao longo do litoral. Normalmente o
sedimento predominante das praias são as areias, o
que não significa que não haja praias formadas de
cascalhos, seixos e outros sedimentos finos além das
areias. A largura dessa feição tem relação direta com
as marés que são responsáveis pelo seu constante
movimento e retrabalhamento.
151
Restinga (Baymouth Bar/ Barrier Beach)
Restinga consiste num depósito de areia emerso,
baixo, de forma linear, que fecha ou tende a fechar
uma reentrância mais ou menos extensa da costa.
As restingas são faixas arenosas depositadas
paralelamente à praia que se alongam tendo como
ponto de apoio cabos e saliências no litoral.
152
Laguna (Lagoon)
Lagunas constituem corpos d'água separados do mar por uma barreira (restinga). São assim
chamadas por manterem um canal de conexão com o mar; recebem, simultaneamente, águas
doces e sedimentos dos rios e água salgada do mar, quando das ingressões de marés.
153
Gruta de Abrasão/Gruta Marinha (Sea Cave)
Gruta de abrasão são cavidades originadas pela atuação do mar e das ondas, isto é,
abrasão marinha nas rochas litorâneas. A cavidade vai sendo formada a partir da erosão
de setores mais fragilizados ou menos resistentes da rocha, pelo constante trabalho das
ondas.
154
Istmo (Isthmus)
Istmo constitui uma faixa de terra estreita e longa que une duas
porções de terras emersas. Sua formação tem origem em um processo de
rebaixamento da superfície ou por uma invasão do mar.
155
Cabo (Cape)
Cabo constitui uma feição que se salienta na costa com regular altitude, que
avança rumo ao mar. Seu aparecimento está ligado à erosão diferencial que salienta as
rochas mais resistentes, através da fragmentação das mais tenras.
156
Península (Peninsula)
Península é uma faixa de terra mais ou menos alongada, que possui um lado ligado
ao continente e os demais cercados por água. O material das terras emersas que
formam a península pode ser idêntico ao continente, sendo assim, integrante do
mesmo, ou ainda pode ser constituído de fragmentos de outra origem que se uniram
após a formação do continente.
157
Ria/Vale Afogado (Ria)
Ria consiste numa
costa oriunda da
submersão de uma área
com presença de vales
modelados pela erosão
fluvial. Esta forma
litorânea é marcada por
vales largos com foz em
forma de trombeta.
158
Pontal (Sandspit/Baymouth Bar)
Pontal é um depósito litorâneo emerso, composto de areia e seixos, de pouca altura.
Os pontais apresentam-se dispostos de várias formas em relação à costa: paralelos,
oblíquos ou perpendiculares, podendo prolongar-se, algumas vezes, sob a água na forma
de bancos.
159
Baía (Bay)
Baía constitui uma reentrância da costa pela qual o mar avança ao interior do
continente, em proporções menores que um golfo. A entrada da baía é estreita
alargando-se para o interior.
160
Litoral/ Costa (Shore)
Litoral caracteriza-se por ser uma faixa de terra emersa, banhada pelo mar, que tem
seu limite inferior no nível das marés mais baixas e o superior no nível das marés
altas. Constitui o conjunto de formas que caracterizam a paisagem que sofre
influência marinha. As costas podem ser classificadas em tipo Atlântico, mais
acidentadas com saliências e reentrâncias, ou tipo Pacífico, mais homogêneas em
termos de formas.
161
Linha Costeira/Orla (Shoreline)
Linha costeira é a linha de contato entre a terra e a água de um oceano ou
lago, podendo variar com os movimentos das marés entre os limites da zona
intertidal.
162
Antipraia (Shoreface)
Antipraia configura a parcela submersa do prisma praial sendo, geralmente,
limitada por uma rampa de leve declividade que marca o encontro entre o
prisma praial e a plataforma interna. Essa feição é resultado de processos da
dinâmica hídrica que alteram o equilíbrio e a evolução do prisma praial em sua
totalidade.
163
Pós-praia (Backshore)
o pós-praia é a zona que se estende acima do
nível normal da maré alta, inundando-se com as
marés altas excepcionais ou pelas grandes ondas
durante as tempestades.
164
Berma (Berm/Shoal)
Bermas são feições costeiras que
têm origem na migração de um banco
submarino, normalmente localizado na
zona de arrebentação, em direção à
praia, em função das variações das
características hidrodinâmicas.
165
Relevo Fluviolacustre (Fluvial Landfoms)
Formas fluviolacustres constituem o conjunto de feições decorrentes da dinâmica das
águas. Apresentam-se como um conjunto de formas derivadas de processos fluviais e de
feições características de corpos lacustres.
166
Padrão de Drenagem Anelar/Anular
(Annular Drainage Pattern)
A drenagem anelar constitui,
geralmente uma drenagem radial evoluída
em relevos concêntricos ou em abóbada.
167
Padrão de Drenagem Dendrítica
(Dendritic Drainage Pattem)
A drenagem dendrítica é a drenagem com
desenvolvimento na forma de galhos de uma
árvore, onde os rios confluem em ângulos
agudos, constituindo várias ramificações. Esse
tipo de drenagem é o mais comum da superfície
terrestre e ocorre em vários tipos de rocha, mas é
marcante em áreas com estruturas sedimentares
horizontais e regiões de rochas cristalinas.
168
Padrão de Drenagem em Treliça
(Trellis Drainage Pattern)
A drenagem em treliça, que é um tipo de
drenagem retangular, ocorre quando os rios
encaixam-se nas feições estruturais em áreas de
relevos apalacheanos e de cuestas.
169
Padrão de Drenagem Irregular/Desarranjada/Desordenada
(Deranged Drainage Pattern)
A drenagem irregular caracteriza-se por um padrão
bastante complexo, sem a definição de um padrão
específico. Esse tipo de drenagem é bem marcado nas
planícies glaciais onde o degelo gera um padrão que mescla
padrões de drenagem pré-glaciais e pós-glaciais.
170
Padrão de Drenagem Paralela
(ParaIlel Drainage Pattern)
A drenagem paralela é caracterizada pela configuração
paralela ou subparalela de rios pouco ramificados e com
espaçamento regular entre si. Esse padrão é evidenciado
em planícies costeiras, recentemente soerguidas, ou em
planaltos sedimentares muitos porosos. O padrão de
drenagem paralela pode expandir-se, transformando-se
em drenagem dendrítica.
171
Padrão de Drenagem Radial
(Radial Drainage Pattern)
A drenagem radial caracteriza-se
pela confluência ou divergência de
cursos d'água em/de uma área
central. Divide-se em radial
centrífuga e radial centrípeta.
A drenagem radial centrifuga
ocorre quando todos os rios que a
compõem nascem próximos a um
ponto comum mais elevado,
irradiando-se para várias direções e
tomando uma distância cada vez
maior.
A drenagem radial centrípeta
ocorre quando os cursos fluviais
confluem para um único rio, em uma
área mais baixa ou deprimida, tendo
suas nascentes em diversas direções.
172
Padrão de Drenagem Retangular
(Rectangular Drainage Pattern)
A drenagem retangular é caracterizada por uma drenagem
que se adapta a condições estruturais e tectônicas,
encaixando-se em falhas e fraturas da superfície. Essas
características estruturais propiciam uma rede de cursos em
moldes geométricos que convergem em ângulos quase retos.
173
Tipo de Drenagem Arréica/Difusa/Desértica (Arheic Drainage)
A drenagem do tipo arréica expressa uma drenagem sem
estruturação em bacia hidrográfica, como nas áreas desérticas. Os
escassos cursos d'água não têm competência para organizar-se na forma
de redes, infiltrando-se rapidamente nos solos arenosos.
174
Tipo de Drenagem Endorréica/Fechada
(Endorheic Drainage)
A drenagem do tipo endorréica configura
a drenagem formada por rios periódicos
que se dirigem para o interior do
continente desaguando em uma
depressão fechada, como os lagos ou
dissipando-se nas áreas arenosas ou
cársticas.
175
Tipo de Drenagem Exorréica/Aberta
(Exorheic Drainage)
A drenagem do tipo exorréica ocorre
quando os cursos d'água de uma bacia
organizam-se em forma de rede e dirigem-
se, de modo contínuo, até o mar.
176
Tipo de Drenagem Criptorréica/Cárstica
(Allogenic Water)
A drenagem do tipo criptorréica constitui a drenagem que
percorre bacias subterrâneas, como nas áreas cársticas.
177
Rio (River)
Rio é um curso d'água canalizado que se forma da concentração de águas
num vale, cujo declive contínuo permite uma hierarquização da rede de
drenagem. Esse curso d'água é limitado lateralmente pelas margens e
vertentes que são responsáveis pela morfologia do vale. O rio funciona como
um canal de escoamento da água pluvial, da água oriunda da fusão da neve
em geleiras e escoamento de subsuperfície, além dos detritos carreados por
estas no processo de erosão das vertentes. O rio é dividido em curso superior,
médio e inferior.
O curso superior ou nascente corresponde à cabeceira do rio, onde as
águas têm alto poder erosivo e entalham a vertente de forma
acentuadamente vertical, em virtude das grandes declividades.
O curso médio predomina o transporte de sedimentos e uma significativa
esculturação das vertentes, tornando-as mais suavizadas.
O curso inferior ou foz corresponde a desembocadura das águas, que pode
ocorrer no mar ou em lagos, caracterizando-se pelo processo de
aluvionamento, ou seja, depósito de sedimentos trazidos pelo rio. Este
processo pode gerar feições características como os deltas e os estuários.
178
179
Meandro (Meander)
Meandro constitui um tipo de canal fluvial bastante significativo, pois é um canal em que o rio
realiza curvas sinuosas, largas, harmoniosas e semelhantes entre si, por efeito de um intenso trabalho
de erosão na margem côncava (banco de solapamento), onde a velocidade do curso d'água é maior e
de deposição na margem convexa (point bar), onde a velocidade das correntes diminui. Cabe lembrar
que os point bars são formados no mesmo lado da margem onde os sedimentos foram retirados,
porém na secção curva a jusante. Os meandros podem ser divagantes ou encaixados.
Os meandros divagantes são amplas sinuosidades formadas em planícies de inundação. Suas
curvas independem do traçado do seu vale, pelo fato dos mesmos desenvolverem-se em abertas e
livres áreas planas, onde podem deslocar-se lateralmente, ocupando, por vezes, toda a extensão da
planície.
Os meandros encaixados são definidos quando um rio e seu vale descrevem um trajeto
meândrico. Sua origem é explicada pela forte escavação do vale, em virtude de soerguimento ou
abaixamento do nível de base, fazendo com que o vale assuma a mesma feição do rio.
180
Delta (Delta)
Delta é uma forma deposicional sedimentar ou depósito aluvial, que se
apresenta em forma de leque (ou lembrando a letra grega delta) na foz de alguns
rios quando desembocam em corpos maiores como lagos e mares. Ele se forma
sempre que o meio receptor for incapaz de remover totalmente a carga sedimentar
trazida pelo rio. Os deltas podem ser continentais, quando se formam em lagos, ou
marítimos, quando o rio deságua no oceano ou mares. Exemplos de deltas são: o
delta do rio Jacuí no Rio Grande do Sul (continental) e o delta do Mississipi nos
Estados Unidos (marinho).
Conforme o predomínio de processos fluviais ou marinhos os deltas podem ser,
respectivamente, construtivos ou destrutivos. Onde há maior trabalho fluvial,
existem os deltas construtivos, como o do Mississipi, pois ocorre um avanço da
sedimentação fluvial em frente à planície costeira. Esses deltas assumem uma
forma alongada semelhante a "pés-de-galinha", ou uma forma mais arredondada
expandindo-se lateralmente, chamando-se deltas lobados. Quando destrutivos, há
um predomínio da ação marinha, no entanto sua forma será diferenciada se houver
domínio de ondas, como o delta do São Francisco (Sergipe e Alagoas) ou de marés,
como o delta do Amazonas.
181
Delta (Delta)
182
Estuário (Estuary)
Estuário é um tipo de desembocadura de
rio no mar, caracterizada por uma abertura
larga, relativamente profunda. Ambiente com
pouca acumulação de sedimentos, devido à
ação das correntes de maré e das correntes
litorâneas.
183
Terraço (Terrace)
Terraços são antigas planícies de inundação que foram abandonadas. Assim, pode-
se dizer que são compostos de material detrítico aluvial, cujas estruturas
sedimentares refletem os mecanismos e os processos deposicionais associados aos
processos de erosão do leito fluvial.
184
Lago (Lake)
Lagos são depressões com
presença ou acumulação de água.
Essas depressões podem estar
associadas a processos tectônicos,
vulcânicos, residuais, erosivos ou à
constituição de barragens.
Os lagos possuem rios afluentes
que os alimentam e rios emissários
que não os permitem transbordar,
promovendo sua vazão.
185
Lagoa (Lagoon/Small Lake)
Lagoa é uma denominação a lagos de pouca profundidade e pequena extensão. As formas
são diversas, geralmente, tendem a circularidade e podem ser de água doce ou salgada.
Algumas lagoas são temporárias e sua existência depende do regime das precipitações.
186
Calha/Canal Fluvial/Leito Menor
(River Channel)
Calha constitui um sulco por onde correm as águas fluviais durante todo ano, onde a
freqüência destas impede o crescimento da vegetação. A calha tem margens bem definidas
e sua morfologia depende do relacionamento de fatores como a descarga líquida, carga
sedimentar, litologia, tectonismo, declividade, velocidade do curso d'água e rugosidade do
leito.
187
Banco (Bank)
Banco constitui um depósito de material detrítico (areias ou cascalhos)
relativamente espesso. São encontrados nos fundos de leitos fluviais ou nas
áreas costeiras, sob a forma de bancos de areia encontrados na plataforma
continental.
188
Vertente:
formas e microformas
189
Vertente (Mountain Slope/Hill Slope)
Vertente é uma forma tridimensional limitada a montante (parte superior) pelo
interflúvio e a jusante (parte inferior) pelo talvegue, modelada por processos
morfológicos do passado e do presente.
190
Barlavento (Windward)
Barlavento é o setor da vertente
orientado para o vento predominante.
191
Sotavento (Leeward)
Sotavento é o lado oposto da vertente
ao de onde sopra o vento (barlavento).
192
Interflúvio/Divisor de Águas
(Drainage Divide/lnterfluve)
lnterflúvio é uma faixa de relevo que
separa duas bacias hidrográficas. É,
portanto, a linha que une pontos de
maior altitude topográfica entre duas
redes de drenagem.
193
Talvegue (Thalweg)
Talvegue é uma linha que une os pontos
de maior profundidade do fundo do vale,
coincidindo com a linha de maior
profundidade do canal fluvial. É a
intersecção de dois planos de vertente com
convergência de declive.
194
Jusante/Sopé (Base)
Jusante é a nomenclatura usada para
designar uma área que se localiza em
uma posição mais baixa que uma
posição referencial, levando-se em
consideração o percurso da corrente
fluvial. Feições de jusante estão mais
próximas da foz de um rio.
195
Montante (Amount)
Montante é o oposto da
jusante, ou seja, denomina uma
área situada mais acima de um
ponto referencial, levando-se em
consideração o percurso da
corrente fluvial. Feições de
montante estão mais próximas das
cabeceiras fluviais.
196
Elúvio/Eluvião (Eluvium)
Elúvio configura um depósito de sedimentos oriundos da desintegração da
rocha matriz, sem haver o transporte deste material detrítico; o sedimento
intemperizado permanece no seu local de origem.
197
Alúvio/ Aluvião (Alluvium)
Alúvio constitui um depósito de material detrítico que foi transportado e
depositado pelos rios. São detritos originados da erosão fluvial que acabam sendo
depositados ao longo dos cursos fluviais sob a forma de barras, tanto nos centros, como
nas margens dos corpos d' água, ou por transbordamento da água do canal, indo
constituir os sedimentos das planícies aluviais.
198
Colúvio/ Coluvião (Colluvium)
Colúvio é um depósito de
sedimentos transportados pela
ação gravitacional, comumente
localizados na base das
encostas. O material coluvial
constitui depósito de base de
vertente e tem composição
granulométrica heterogênea.
199
Forma Tecnogênica (Tecnogenic Form)
As formas ou depósitos tecnogênicos constituem depósitos resultantes da atividade
humana, abrangendo depósitos construídos (aterros) e depósitos induzidos, como os
sedimentos que depositam-se em virtude da erosão decorrente do uso do solo. Esses depósitos,
originários do conjunto de processos por meio dos quais os homens atuam na produção
econômica, são a representação da transformação da superfície da Terra numa nova face
denominada antropostoma. Esta face é caracterizada por Passerini (1984) como um "tapete,
devido à associação de artefatos humanos e construções desenvolvidas como uma camada
sobre a superfície terrestre."
200
Aterro (Waste Disposal)
Aterros são depósitos formados de qualquer tipo de material removido
pelo homem. Os aterros são, normalmente, construídos em leitos de estradas e
lugares baixos para estabelecer uma linha de declive uniforme. Mais
recentemente estes depósitos e formas vêm sendo denominados
tecnogênicos.
201
Areal
Os areais constituem depósitos areníticos recentes, pouco consolidados ou arenosos não-
consolidados, com cobertura vegetal escassa ou inexistente e em constante retrabalhamento
por agentes climáticos. A gênese dessas manchas arenosas está relacionada à fragilidade da
paisagem em sua totalidade, devido à susceptibilidade das unidades litológicas ao processo de
arenização (formação de areais devido à intensificação do escoamento superficial concentrado
que gera ravinamento e voçorocamento, além da coalescência na base dessas feições de leques
deposicionais de areia). Os areais têm origem natural e a ação antrópica pode intensificar o
processo. São feições características do sudoeste do Rio Grande do Sul.
202
Cicatriz de Escorregamento (Scar af Earthflow)
Cicatriz de escorregamento é a feição que fica evidente no terreno quando ocorrem
movimentos de escorregamento, diferenciando-se pela forma no plano de ruptura. As
cicatrizes podem ser de movimento rotacional ou translacional. A cicatriz rotacional curva e
côncava, normalmente se apresenta sobre a forma de escarpas de topo, língua de material
acumulado no sopé da encosta, fendas transversais no material mobilizado, etc. A cicatriz do
movimento translacional, se apresenta de forma planar, comprida e larga, acompanhada de
descontinuidades e/ou hidrológicas existentes no interior do material.
203
Cone de Detrito/ Cone de Dejecção
(Debris fan)
Cone de dejecção constitui-se de
um depósito em forma de leque
inclinado que se localiza na base da
vertente. O cone de dejecção resulta
da constituição de torrentes, canais
concentrados de atuação periódica
(somente em épocas de aumento
das precipitações), porém de grande
poder energético. Desta forma, os
sedimentos que o compõem são
bastante grosseiros.
204
Depósito de tálus/Glacis/Talude
(Tatus Cone)
Depósito de tálus
corresponde a um depósito
formado pelos sedimentos que se
acumulam na base de uma
vertente. Esses sedimentos
podem ser transportados por
ação gravitacional,
predominantemente, ou pelas
águas de escoamento superficial.
Esse depósito configura uma
superfície inclinada na base de
uma vertente.
205
Leque aluvial/Cone aluvial
(Alluvial fan/Alluvial Cone)
Leque aluvial é uma feição de acúmulo de sedimentos, moderadamente inclinada,
depositados na base de uma vertente. São sedimentos menos grosseiros que são transportados
por correntes que emergem de vales estreitos localizados em vertentes. A forma de leque deste
depósito se deve à mudança da velocidade do fluxo d'água, em virtude da alteração da
declividade ao longo da encosta. Leques aluviais se formam em espaços onde o suprimento de
sedimentos é relativamente grande, onde a declividade do relevo propicia seu desenvolvimento
e a acumulação de sedimentos. Mesmo sendo, freqüentemente, usados como sinônimos, o
cone aluvial diferencia-se do leque pelo fato de incorporar sedimentos um pouco mais
grosseiros, no entanto mais finos que os de um cone de detritos.
206
Duto (Pipe)
Dutos são canais abertos em subsuperfície, com diâmetros que variam de poucos
centímetros a vários metros. O fluxo d'água por esses dutos transporta grandes quantidades de
material em subsuperfície. À medida que esse material vai sendo removido, o canal aumenta,
podendo resultar no colapso do solo situado acima. Esses constituem forma/processo
significativo na evolução de uma voçoroca.
207
Ravina (Badland/Ravine)
As ravinas constituem um tipo de feição
de escoamento concentrado, e se formam
quando o fluxo d' água aumenta na encosta
por ocasião de grandes episódios chuvosos,
tornando-se turbulento. O aumento do
gradiente hidráulico pode ocorrer devido à
intensificação das chuvas, a uma maior
declividade da encosta ou saturação do solo.
208
Voçoroca (Gully)
As voçorocas podem ser originadas pelo aprofundamento e alargamento de ravinas, ou por
erosão causada pelo escoamento subsuperficial, o qual dá origem a dutos (pipes). São
relativamente permanentes nas encostas. Têm paredes laterais íngremes, em geral fundo chato,
ocorrendo fluxo de água no seu interior durante os períodos chuvosos. Ao aprofundarem seus
canais, as voçorocas atingem o lençol freático. Constituem um processo de erosão acelerada e
de instabilidade nas paisagens.
209
Demoiselle/Chaminé Encastelada/Pirâmide de
fada/Pirâmide de Terra
(Earth-pillar)
Estas microfeições peculiares constituem
formas de relevo formadas em função da erosão
diferencial realizada pelo escoamento superficial
que coloca em evidência pequenas torres de terra
protegidas por blocos ou pequenas placas de
rochas mais resistentes.
210
Microrrelevo Testemunho
Microrelevos testemunhos são formas de
esculturação existentes no interior de formas
maiores presentes em vertentes, são
testemunhos do antigo nível altimétrico do
terreno por vezes mantido, em função de uma
camada de sedimentos ou cobertura vegetal
mais resistentes aos processos erosivos. São
feições que permitem constatar o quanto o
terreno foi rebaixado, por meio da comparação
entre a base do microrrelevo e do seu topo.
211
Ripple Mark (Ripple Mark)
Os ripples marks constituem
ondulações que aparecem em
superfícies sedimentares,
originadas pelas ondas, pelas
águas correntes, ou ventos.
212
Sulco (Rill)
Sulcos são fissuras ou pequenos canais na superfície do
solo, formadas a partir das águas de escoamento
superficial.
213
Marmita (Scour Pit)
Marmita é uma cavidade escavada numa rocha no leito
dos rios pela ação das águas turbilhonares, ou seja, por
"redemoinhos" que arrastam seixos e areias em
movimentos circulares.
214
Greta de Contração
(Stone Polygon/ Stone Ring/Stone Net)
Gretas de contração são pequenas fendas produzidas pela desidratação do solo.
São fenômenos característicos de áreas argilosas, onde o processo de desidratação
desagrega o solo dando origem a uma superfície de feições poligonais.
215
Estria (Stria)
Estrias são marcas deixadas pelas geleiras nas feições rochosas, devido ao atrito
provocado pelos sedimentos transportados pelo gelo, quando em movimento.
216
217

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Feições geográficas ilustradas

  • 1. Feições Ilustradas Maíra Suertegaray Rossato Eri Tonietti Bellanca Alexsandra Fachinello Luciane Aparecida Cândido Cláudia Russo da Silva Dirce Maria Antunes Suertegaray
  • 2. • Escarpa • Guyot • Margem Continental • Oceano: margem continental • Margem continental • Plataforma Continental • Talude Continental • Sopé Continental • Ilha Oceânica • Atol • Banco • Canal Submarino • Cânion • Leque Aluvial/Cone • Terraço • Dinâmica interna e externe: processos de formação do relevo continental • Dinâmica Interna • Dobra • Falha • Fratura/Fissura/Diáclas e/Junta/Fenda • Vulcanismo • Dinâmica Externa • Intemperismo • Infiltração • Lixiviação • Escoamento Subsuperficial • Escoamento Superficial • Escoamento Laminar • Escoamento Difuso • Escoamento Concentrado • Torrente • Erosão Diferencial • Erosão Paralela • Erosão Regressiva/Remontante • Escorregamento • Rastejamento • Fluxo de terra ou lama • Solifluxão • Deslizamento • Queda de bloco • Desmoronamento • Avalancha • Arenização • Corrasão/Abrasão Eólica • Deflação • Ablação • Abrasão Marinha • Assoreamento • Colmatagem • Solapamento • Continente: cadeia e montanhas, escudos e bacias sedimentares
  • 3. • Continente • Cadeia de Montanhas • Escudo • Bacia Sedimentar • Relevo Dobrado • Domo • Relevo Dobrado Apalachiano • Relevo Dobrado Jurassiano • Relevo falhado/Relevo de Tectônica Quebrável • Escarpa • Escarpa de Falha • Escarpa de Linha de Falha • Relevo Escalonado • Gabren/Fossa Tectônica • Horst/Muralha/Pilar tectônico • Relevo Vulcânico • Vulcão • Relevo de Cuestas • Hogback • Cuesta • Front • Reverso • Relevo Tabular/Tabuliforme • Chapada • Mesa • Continente: modelos em depressão, planaltos, planície, serra e montanha • Depressão • Colina • Monte • Morro • Morro Testemunho/Relevo Testemunho • Planalto • Cânion/Depressão Longitudinal • Esporão • Festão • Perceé/Boqueirão • Vale • Vale em V • Veredas • Planície • Planície Aluvial/de Inundação/Várzea • Planície Glacial • Pediplanície/Pediplano • Peneplanície/Peneplan o • Monadnock • Serra • Espigão • Mar de Morro • Montanha • Pico • Penhasco
  • 4. • Continente: relevos glacial, desertico, cárstico, costeiro e fluviolacustre • Relevo Glacial • Geleira • Circo Glacial/Anfiteatro • Vale em U • Vale Suspenso • Horn • Moraina/Moréia/ Morena • Drumlim • Esker • Kame • Relevo Desértico • Erg • Reg • Depressão de Deflação • Duma • Pedimento • Inselberg • Pavimento Detrítico • Oued/Canal de correntes efêmeras • Cogumelo • Relevo Cársico • Cone Cársico/Mogote • Dolina • Lapies/Lapiaz • Poljé/Polié • Uvala • Caverna • Estalactite • Estalagmite • Coluna/Pilar • Relevo Costeiro • Prisma Praial • Enseada • Falésia • Fiorde • Golfo • Praia • Restinga • Laguna • Gruta de Abrasão/Gruta Marinha • Istmo • Cabo • Panínsula • Ria/Vale Afogado • Pontal • Baía • Litoral/Costa • Linha Costeira/Orla • Antipraia • Pós-praia
  • 5. • Berma • Relevo Fluviolacustre • Padrão de Drenangem Anelar/Anular • Padrão de Drenagem Dentrítica • Padrão de Drenagem em Traeliça • Padrão de Drenagem Irregular/Desarranjada/ Desordenada • Padrão de Drenagem Paralela • Padrão de Drenagem Radial • Padrão de Drenagem Retangular • Tipo de Drenagem Arréica/Difusa/Desértica • Tipo de Drenagem Endorréica/Fechada • Tipo de Drenagem Exorréica/Aberta • Tipo de Drenagem Criptorréica/Cárstica • Rio • Meandro • Delta • Estuário • Terraço • Lago • Lagoa • Calha/Canal Fluvial/Leito Menor • Banco • Vertentes: formas e microformas • Vertente • Barlavento • Sotavento • Interflúvio/Divisor de Águas • Talvegue • Jusante/Sopé • Montante • Elúvio/Eluvião • Alúvio/Aluvião • Colúvio/Coluvião • Forma Tecnogênica • Aterro • Areal • Cicatriz de Escorregamento • Cone de Detrito/Cone de Dejecção • Depósito de tálus/ Glacis/ Talude • Leque aluvial/ Cone aluvial • Duto • Ravina • Voçoroca • Demoiselle/ Chaminé Encastelada/ Pirâmide de fada/ Pirâmide de terra • Microrrelevo Testemunho • Ripple Mark • Sulco • Marmita • Greta de Contração • Estria
  • 6. Escarpa (Scarp) Escarpas são vertentes com acentuadas inclinações características, também, de topografia oceânica. Podem ser tectônicas, de origem endógena, ou de erosão devido ao modelamento de agentes erosivos. 6
  • 7. Guyot (Tablemount) Os guyots são montes ou montanhas submarinas que há uma determinada época atingiram o nível do mar e sofreram erosão, evidenciada pelo seu característico topo plano. Os resquícios de corais também servem como indicativo de que estes montes estiveram acima do nível dos oceanos. Desta forma diz-se que os guyots são feições originadas da parte mais rugosa do flanco da cordilheira mesoceânica e/ou pela atividade de hot spots, que proporcionaram chegar acima da superfície das águas oceânicas. Essas feições foram erodidas, recuando suas dimensões e aplainando sua porção mais superficial. 7
  • 9. Margem Continental (Continental Margin) As margens continentais constituem as bordas laterais dos continentes ou dos oceanos. Estas margens marcam o limite entre a crosta continental e a oceânica, representando cerca de 10% das superfícies do globo. Aproximadamente 60% dos sedimentos da planeta estão concentrados nas margens continentais. As margens, produtos da sedimentação da borda dos continentes, podem ser ativas ou passivas. As margens ativas ou convergentes são caracterizadas por profundas fossas oceânicas, além da plataforma continental. Nessas margens a sedimentação é consumida na subducção. Há um maior grau de sismicidade, intensa atividade vulcânica e maior capacidade de drenagem. As margens passivas ou divergentes estão compartimentadas em plataforma, talude e sopé continentais. Nelas ocorrem grandes massas de sedimentos, em função de processos erosivos no continente. 9
  • 10. Plataforma Continental (Continental Shelf) A plataforma continental é um prolongamento do continente, com configuração relativamente plana que inclina-se desde a linha da praia até a quebra da plataforma. Representa a parte superior da margem continental, tendo uma profundidade média de 130m. A extensão de plataforma depende da taxa de sedimentação de cada região. 10
  • 11. Talude Continental (Continental Slope) O talude continental é uma pendente relativamente íngreme formado de sedimentos continentais remodelados pela decomposição sucessiva de sedimentação. O talude desce da quebra da plataforma até o sopé continental, iniciando, geralmente, a uma profundidade de 100 a 200m indo aos 1.500 a 3.500m. O talude continental pode conter uma série de escarpamentos, dando origens a cânion, ou pode ser ele mesmo o lado continental da uma fossa profunda, como ocorre nas margens continentais ativas. 11
  • 12. Sopé Continental (Continental Rise) O sopé continental é uma cunha de sedimentos que, a partir do talude continental, vai mergulhando suavemente até se confundir com o piso abissal das bacias oceânicas, sendo de difícil identificação em alguns lugares. O talude, que possui uma largura aproximada de 1000m, abriga sedimentos derivados, principalmente, das argilas e siltes provenientes de plataforma continental e carreados por correntes de fundo ou por deslizamentos de talude. 12
  • 13. Ilha (Island) As Ilhas são massas de terras relativamente pequenas, se comparadas às dos continentes, que encontram-se emersas, circundadas de água doce ou salgada. As ilhas podem ser classificadas como continentais (ou costeiras) e oceânicas (ou isoladas). As ilhas oceânicas podem ser de origem vulcânica ou biológica. As vulcânicas advêm de extrusões vulcânicas dos hot spots ou podem ser afloramentos de picos ou topos da cordilheira mesoceânica. As ilhas relacionadas aos hot spots normalmente dispõem-se junto às fossas oceânicas nas margens ativas, formando os chamados arcos de ilhas. Quando estas ilhas localizam-se em zonas tropicais, onde a água é mais aquecida e as temperaturas são mais altas, ocorre a colonização destas massas de terra por organismos biológicos marinhos, dando origem às ilhas coralinas. Essas ilhas, posteriormente, originam os atóis, em decorrência da erosão marinha. 13
  • 14. As ilhas continentais mantêm uma estreita relação com a geologia do continente, considerando que apresentam os mesmos aspectos estruturais e constituição litológica do continente. Localizam-se sobre a plataforma continental. 14
  • 15. Atol (Atoll) Atol é o recife coralino circular que se origina a partir de ilhas oceânicas, mais comumente de vulcões, com um contorno circular e uma cratera. Este embasamento litológico, por estar localizado em zonas intertropicais, configurando-se como ambiente bastante propício para o desenvolvimento de organismos vivos (águas quentes e claras, temperaturas altas e pouca profundidade), é tomado de corais . Com a erosão, a cratera é invadida pelas águas formando uma laguna central, deixando visível a estrutura coralina na sua forma de círculo ou semicírculo. 15
  • 16. Banco (Bank) Os bancos são elevações relativamente extensas de topo plano, formadas de sedimentos inconsolidados. Essas formas estão localizadas próximas ao litoral, geralmente na plataforma continental, sob águas não muito profundas, podendo eventualmente, quando a maré está baixa, ficar descobertos. Esses bancos, no entanto, não oferecem grandes riscos as navegações. 16
  • 17. Canal Submarino (Deep-Sea Channel) Estes canais são originados pelas correntes de densidade, principalmente, no cânions submarinos, apresentando extensões que varias de 2-5Km. Na busca pelo melhor gradiente para chegar ao fundo oceânico, os sedimentos “cava” estas canais. Esses serpenteiam o fundo oceânico buscando em melhor gradiente para avançar. Os canais avançam, em função da diferença de densidade que existe entre os sedimentos e as águas oceânicas. 17
  • 18. Cânion (Canyon) Cânions submarinos são vales e depressões alongadas encontradas no talude continental e fundo oceânico. Os cânions oceânicos são mais largos, mais profundos, mais extensos e com o fundo mais suave que os continentes. Existe uma semelhança muito grande na forma dos cânions submarinos e continentais, visto que tem a mesma origem, ou seja, se formaram quando mar estava baixo. Grande parte é originada por atividades de geleiras quando o mar recua a as geleiras avançam adentro o oceano. A entrada contínua de material sedimentar de grandes rios também contribui para o surgimento dos cânions oceânicos. Estes sedimentos descem por diferença de densidade e “lixam” a plataforma continental, originando os cânions . Desta forma, a drenagem continental faz-se de extrema importância, pois os deslizamentos que ocorrerão no talude continental, em função do grande aporte de sedimentos fluviais contribuem para a manutenção da erosão e constante chegada de material sedimentar às planícies abissais. 18
  • 19. Leque Aluvial/ Cone (Alluvial Fan) Os leques oceânicos são depósitos de materiais detríticos que se formam a partir dos canais submarinos originados, principalmente, em cânions oceânicos. Esses canais depositam sedimentos que, a aproximadamente 3.000m de profundidade, constroem os leques. Os sedimentos oriundos da erosão do cânion que movimentam-se pelas correntes de turbidez (correntes de densidade) nos canais, depositam-se formando estas feições em forma de cone. 19
  • 20. Terraço (Terrace) Terraços constituem superfícies planas horizontais ou moderadamente inclinadas, limitadas por duas rupturas de declives, formadas de depósitos sedimentares posteriormente erodidas por processos fluviais, marinho ou lacustres. 20
  • 21. Dinâmica interna e externa: processos de formação do relevo continental 21
  • 22. Dinâmica Interna (Endogenetic Processes) Denomina-se dinâmica interna o conjunto de processos associados ao movimento e à transformação da crosta terrestre, atualmente explicado pela teoria da tectônica de placas. 22
  • 23. Dobra (Fold) Dobras são flexões produzidas no material rochoso plástico, em virtude de forças tectônicas. As dobras podem ser subdivididas em anticlinais ou sinclinais. As dobras anticlinais são dobras convexas, nas quais as camadas se inclinam de maneira divergente a partir de um eixo. As dobras sinclinais são dobras côncavas, nas quais as camadas se inclinam de modo convergente formando uma depressão. 23
  • 24. Falha (Fault) Falhas são fraturas que existem na crosta terrestre que apresentam um deslocamento relativo, perceptível nos dois lados e na extensão do plano de fratura. Falhamentos podem ser evidenciados em diferentes escalas, desde as micro falhas às falhas regionais, sendo sempre identificados por material fragmentado em zonas de falha. Podem ser identificados três tipos básicos de falhas: normais, inversas e horizontais. A falha normal ou de gravidade é formada por forças tracionais, onde o bloco superior, ou seja, a capa desce em relação ao bloco inferior, a lapa. 24
  • 25. A falha de empurrão ou inversa é originada por forças compressoras, fazendo com que a capa suba em relação à lapa. A falha horizontal ou transcorrente é oriunda de forças cortantes, caracterizada por um deslocamento horizontal. 25
  • 26. Fratura/ Fissura/ Diáclase/ Junta/ Fenda (Fracture/ Joint) Fraturas são aberturas ou fendas que surgem na superfície terrestre, em função de forças endógenas, apresentando diferentes direções. Da mesma formas que as falhas, as fraturas também são percebidas em diversas escalas, podendo ser microscópicas ou macroscópicas. São feições importantes na evolução das paisagens, visto que são pontos de fácil intemperização e erosão. 26
  • 27. Vulcanismo (Vulcanian Eruption) Vulcanismo constitui um processo decorrente da dinâmica interna que promove o extravasamento do magma à superfície com conseqüente consolidação desta quando em contato com a atmosfera. O processo de vulcanismo pode ocorrer através de fissuras ou fendas por erupção central. Os derrames de magma por fissura originam amplas áreas elevadas, os derrames por conduto central dão origem aos cones vulcânicos em suas diferentes formas. 27
  • 28. Dinâmica Externa (Exogenetic Processes) Denomina-se dinâmica externa o conjunto de processos que promovem a esculturação da superfície da Terra. Estes processos estão associados à variabilidade e à complexa interação da atmosfera, litosfera, hidrosfesra, biosfera e tecnosfera. 28
  • 29. Intemperismo ( Wheathering Process) Intemperismo é um conjunto de processos advindos da exposição continuada da rocha à ação de agentes atmosféricos e biológicos que promovem a desintegração mecânica e a decomposição química desta. Os fenômenos que atuam nos processos intempéricos, separada ou intimamente, podem ser físicos, químicos, biológicos ou físico-químicos e são eles que vão fazer a diferença do processo de intemperismo em vários tipos: intemperismo físico, intemperismo químico e intemperismo biológico. O intemperismo físico é o processo de fraturamnto das rochas, sem alteração de sua composição química. È responsável pela transformação de rochas maciças em pequenas partículas e/ou sua preparação para a ação de intemperismo químico. Os processos físicos mais conhecidos de desintegração da rocha são: devido à variação da temperatura, à cristalização de sais e ao congelamento da água. 29
  • 30. O intemperismo químico acarreta a transformação as propriedades químicas dos minerais que compõem a rocha, ocasionando sua decomposição. Esse processo é desencadeado a partir das reações dos minerais com soluções aquosas, sendo facilitado pela atuação prévia do intemperismo físico. As principais reações são a ionização, decomposição por ácido carbônico, hidrólise e oxidação. O intemperismo biológico ocorre a partir da atuação de plantas e animais que desenvolvem um papel importante na decomposição das rochas. A raízes separam e removem fragmentos nas cavidades e fraturas das rochas. Os animais também são importantes neste processo, considerando que segregam gás carbônico, nitratos e ácidos orgânicos em seu metabolismo. Estes são incorporados às soluções que percolam o solo e acabam atingindo as rochas. 30
  • 31. Infiltração (Infiltration) Infiltração constitui a capacidade de penetração da água no solo, através de processo de percolação que se caracteriza pelo movimento lento de descida da água gota a gota. Pode ser mais ou menos intenso de acordo com a permeabilidade do solo, presença de cobertura vegetal e de vida animal. 31
  • 32. Lixiviação (Leaching) Lixiviação contitui o processo pedogenético de remoção de material solúvel por lavagem vertical do solo (água percolante) 32
  • 33. Escoamento Superficial (Interflow) É o escoamento que ocorre abaixo da superfície terrestre, no solo ou entre diferentes estratos rochosos. Divide-se em escoamento hipodérmico e profundo. O escoamento hipodérimo ocorre em fluxo que permeiam os horizontes do solo. Estes podem, por vezes, ser concentrados em túneis ou dutos, e assim promover efeitos erosivos significativos, como o colapso da superfície situada acima, resultando na formação de voçorocas, por exemplo. O escoamento profundo (lençol freático) é o fluxo de água, ou entre camadas rochosas. Esse fluxo é conhecido como fluxo de água subterrânea. Esses fluxos, por vezes, podem permanecer confinados entre as rochas; neste caso, são denominados de lençol freático ou aqüíferos. 33
  • 34. Escoamento Superficial (Overlnd Flow) É o escoamento que ocorre nas encostas durante um evento chuvoso, quando a capacidade de armazenamento de água escoa regularmente sobre a superfície, dividindo-se em escoamento difuso e laminar, ou pode ser linear, concentrando-se em canais. 34
  • 35. Escoamento Laminar (Sheet Flood) O escoamento laminar ocorre onde não há canalização das água, ocorrendo como uma lâmina, onde as águas deslocam-se de forma dispersa sobre uma superfície sem cobertura vegetal. 35
  • 36. Escoamento Difuso (Rill Wash) O escoamento difuso é o escoamento das águas através de minúsculos anastomosados e sem hierarquia em terrenos com cobertura vegetal. 36
  • 37. Escoamento Concentrado (Stream Flow) O escoamento concentrado ocorre quando as águas se concentram possuindo maior competência erosiva e fixando leito, deixando marcas na superfície topográfica formando ravinas e voçorocas. 37
  • 38. Torrente (Torrent) Torrente é um curso d’água de curta extensão e elevada declividade, produzido por elevada precipitação, que provocam acumulação de água em áreas rebaixadas de altas vertentes, chamadas bacias de captação. Constitui escoamento periódico e, muitas vezes, de grande violência, originando canais de escoamento superficiais por onde são carregados sedimentos que, depositados na base, formam os cones de dejecção. 38
  • 39. Escoamento Diferencial (Differential Erosion) Erosão diferencial consiste no processo de desgaste seletivo ou diferencial dos agentes erosivos sobre a superfície do relevo. Isto é possível em virtude das distintas resistências que as rochas podem apresentar, além de fatores tectônicos que podem deixá-las mais suscetíveis aos processos erosivos. 39
  • 40. Erosão Paralela (Parallel Retreat) É um processo de evolução e regressão das vertentes paralelamente a si mesmas. Promove, com o decorrer do tempo, um desgaste lateral das vertentes que regridem conservando as altitudes. 40
  • 41. Erosão Regressiva/ Remontante (Back Wheathering) Trabalho de escavação do canal realizado a partir de processos de escoamento superficial concentrado (rios, ravinas, e voçorocas). Esse processo é feito a partir da foz em direção às cabeceiras dos cursos d’água, ou seja, se realiza da jusante em direção a montante. 41
  • 42. Escorregamento (Slide) Este movimento é rápido, pode ocorrer em minutos, prolongando-se a algumas horas. Configura-se em descidas de solo ou massas de rochas decompostas, geralmente por efeito da gravidade em estruturas inclinadas. Esse processo divide-se em rotacional e translacional, de acordo com a forma do plano de ruptura e o tipo de material em movimento. 42
  • 43. O escorregamento rotacional ocorre quando o material escorrega pela encosta sem sofrer alteração significativa em sua estrutura. Para isso, no entanto é necessário que exista, em subsuperfície, fraturas em forma de cunha, que funciona como um plano de cisalhamento por onde esta massa desliza. Neste processo, parte de uma encosta, normalmente constituída por material inconsolidado ou material intemperizado, desloca-se, fazendo descer seu topo e projetar sua base para fora da encosta. A superfície de ruptura apresenta forma côncava e a superfície superior de um bloco é, normalmente, inclinada para trás, uma vez que a massa inteira sofre rotação, à medida que a parte inferior move-se para baixo. Este tipo de movimento pode ser resultado de uma percolação profunda e lenta. O escorregamento translacional é, normalmente, comprido e raso, onde a superfície de ruptura é plantar. Esses movimentos, na sua maioria, ocorrem em épocas de intensas precipitações. 43
  • 44. Rastejamento (Creep/Soil Creep) Rastejamento constitui o mais lento movimento de solo ou rocha, movimentado centímetros por ano. A causas para esse acontecimento são: pisoteio do gado, crescimento de raízes, escavamento de buracos pelos animais, auxiliado pela presença da água na sua forma sólida ou líquida. O processo de rastejamento decorre do movimento das partículas do solo provocadas pela retração ou expansão , devido à maior ou menor umidade. Está dinâmica faz com que a partícula, quando em expansão (solo ressecado), eleve-se em direção perpendicular à superfície, enquanto, em contração (solo úmido), desloque-se para baixo no sentido vertical (ou vertical contrário). Isto normalmente ocasiona uma movimentação das partículas para jusante. Troncos e postes inclinados em encostas constituem indicativos deste processo. 44
  • 45. 45
  • 46. Fluxo de terra ou lama (Mudflow) Os fluxos de terra ou de lama são semelhantes a solifluxão, porém mais rápidos, podendo atingir áreas maiores. Esse processo ocorre comumente quando há camadas argilosas soterradas por areia. A camada argilosa, quando saturada de água, rompe o equilíbrio morfogenético e a massa liquefaz-se espontaneamente, É um processo comum em áreas periglaciais, áreas afetadas por abalos sísmicos e regiões tropicais de elevada precipitação. 46
  • 47. Sulifixão (Solifluction) Solifluxão é um movimento coletivo do regolito quando este encontra-se saturado de água. São frequentes em solos saturados, em regiões periglaciais, ou solo saturado sobre uma camada rochosa impermeável em regiões úmidas. Ocorre quando a camada impermeável de regolito impede a penetração da água, provando a concentração e saturando a camada sobrejacente. Rompe-se, então, o limite de fluidez e flui uma parte do regolito da vertente. A camada impermeável pode ser de argila, ou o embasamento rochoso e principalmente o solo congelado das regiões frias. Este processo tem uma velocidade de decímetros ou centímetros por dia. 47
  • 48. Deslizamento (Debris Flow) Os deliszamentos ocorrem em poucos minutos, em vertentes de alta declividade e morros isolados de baixadas litorâneas. Esse processo envolve o deslocamento de massa sobre embasamento saturado de água. Nível de deslizamento pode ser dado por uma rocha sã ou por horizontes de regolito possuidor de grandes quantidades de elementos finos (siltes ou argilas). Os fatores contribuintes para este processo são: prolonagada estação chuvosa, vertentes de acentudada declividade, ausência de vegetação e vibrações no terreno. 48
  • 49. Queda de blocos (Rockfall) Processo instantâneo, onde há queda de fragmentos de rocha de grande porte (ex. matacões) pela agressão gravitacional. O desprendimento dos blocos em áreas rochosas pode ocorrer por processos de alívio de pressão ou esfoliação esferoidal. É evidente em vertentes sem ocorrência de solo, rocha exposta, ou em vertentes com presença de matacões. 49
  • 50. Desmoronamento (Topple/ Earth Fall) Constitui um processo instantâneo que ocorre em vertentes íngremes, margens fluviais e em muitos cortes de ferrovias e rodovias. O desmoronamento caracteriza-se pela queda de um bloco de terra devido a um vazio criado na parte inferior da vertente pelo solapamento desta. 50
  • 51. Avalancha (Snow Avalanche/ Debris Avalanche) Avalancha é o fluxo de regolito mais rápido e o que envolve o maior volume de materiais, deslocando-se por dezenas de quilômetros em poucos minutos. Tendo sua ocorrência em vertentes íngremes, geralmente inicia com a queda livre de gelo ou neve, com presença de massa rochosa em alguns casos, pulverizados no impacto que ocorre a grande velocidade devido à fluidez adquirida pela pressão do ar aquecido e da água retida dentro da massa. 51
  • 52. Arenização (Sandization) Arenização corresponde ao processo de formação dos areais, ou seja, é o retrabalhamento por processos hídricos e eólicos de depósitos areníticos, pouco consolidados ou arenosos não- consolidados, o que acarreta dificuldade na fixação de vegetação, em função da intensa mobilidade dos sedimentos. 52
  • 53. Corrasão/ Abrasão Eólica (Corrasion/ Wind Abrasion) Corrasão ou abrasão eólica constitui o desgaste mecânico das rochas pelo impacto das partículas de areia e pó arrastadas pelo vento. 53
  • 54. Deflação (Deflation) Deflação constitui um processo onde há o transporte de partículas de poeira e areia (material fino) pelo vento, permanecendo sobre a superfície as partículas mais grosseiras. Este processo é também entendido como varredura de superfície sem cobertura vegetal. 54
  • 55. Ablação (Ablation) Ablação é o fenômeno de degelo da parte superficial das geleiras ou superfícies cobertas por gelo, devido à radiação solar (insolação). O processo de ablação promove a redução do pacote de gelo por evaporação e fusão. 55
  • 56. Abrasão Marinha (Marine Abrasion) Abrasão marinha é o processo pelo qual as superfícies terrestres, quando em contato com o mar, são erodidas pelos materiais em trânsito nas ondas e correntes marinhas. 56
  • 57. Assoreamento (Alluviation/ Silting-up) Assoreamento consiste no processo de acumulação de material detrítico , oriundo de processos erosivos, quando o curso d’água não tem condições de transportar a carga sedimentar. Esse processo é responsável pela formação de depósitos de barra, tanto no canal como nas margens dos arroios. 57
  • 58. Colmatagem (Filling of a Lake) Colmatagem é o processo de acumulação de sedimentos ou de preenchimento de áreas, realizados por agentes naturais ou pela ação antrópica. Nos arroios, esse processo pode ocasionar a diminuição de sua área, interrupção deste, ou até a sua extinção. 58
  • 59. Solapamento (Undercutting) O processo de solapamento consiste na remoção de material da base de uma vertente, escarpa ou margem fluvial, promovendo desequilíbrio e a queda do material sobrejacente. 59
  • 60. Continente: Cadeia de montanhas, escudo e bacias sedimentares 60
  • 62. Os continentes constituem grandes extensões de terras emersas que correspondem a 29% da crosta terrestre. Seus limites são dados por mares e oceanos. A evolução da Terra, marcada por mudanças climáticas, movimentos tectônicos e vulcanismos, é evidenciada na morfologia das feições dispostas na superfície do planeta. Essas estão espacializadas de maneira bastante variada nas distintas paisagens do globo, conforme os fatores endógenos (tectonismo e vulcanismo) e exógenos (clima, vegetação, ação humana,...) a que estão submetidos. Mas a despeito da atuação entrópica e das alterações dela decorrentes, há formas fundamentais do relevo que se mantêm com uma relativa permanência na superfície terrestre; formas como as cadeias de montanhas, os planaltos e as planícies. Embora tendo variado muito no decorrer da história do Terra, a configuração dos continentes mantém-se aproximadamente estável desde o fim do terciário e início do quaternário, com exceção de algumas zonas costeiras que sofrem alterações, em função de transgressões e regressões marinhas. Para explicar a origem e o desenvolvimento da configuração dos continentes em várias épocas geológicas existem duas teorias significativas; primeiramente a teoria da deriva continental, hoje já ultrapassada, e a teoria da tectônica de placas. A porção emersa do Planeta Terra está dividida em cinco grandes continentes: África, América, Europa e Oceania, cada uma cada um com suas particularidades culturais e de paisagem. Atualmente a Antártica já está sendo considerada dentro da divisão continental, constituindo-se no sexto continente, o continente austral. No entanto, essas massas continentais têm uma distribuição geográfica desigual nos hemisférios do globo. No hemisfério norte as terras emersas correspondem a 40,4% da área, enquanto no hemisfério sul, o “hemisfério das águas”, o continente equivale 14,4% da área deste. 62
  • 63. Cadeia de montanhas (Mountain Chain) Uma cadeia de montanhas configura uma sucessão de montanhas que, ligadas entre si, formam um conjunto alongado que define o alinhamento montanhoso. Essas podem apresentar a mesma composição litológica, o mesmo processo de origem, com estruturas comuns. Normalmente compreendem uma faixa estreita e longa, próxima a uma margem continental ativa (zona de colisão de placas), onde são encontrados muitos ou até a totalidade dos processos formadores de montanhas, que são caracterizados por dobramentos e falhamentos. Um exemplo bastante ilustrativo é a cadeia dos Andes. 63
  • 64. Escudo (Shield) Escudos constituem as porções mais antigas das plataformas dos continentes. São os primeiros núcleos rochosos, normalmente formados de rochas graníticas e metamórficas, que afloram durante a formação da crosta. Essas plataformas rochosas, quando expostas, lembram a forma de um polígono irregular a um escudo, daí sua nomenclatura. Durante a evolução das paisagens do planeta, os escudos serviram de importunas fontes de detritos para áreas mais rebaixadas, como mares rasos ou depressões interiores e marginais de continente. 64
  • 65. Bacia Sedimentar (Sedimentary Basin) Bacias sedimentares são áreas deprimidas preenchidas por material detrítico carreado de áreas circunjacentes. Nestas depressões os estratos, normalmente, são concordantes e mergulham da periferia ao centro da bacia, onde os detritos depositam- se por superposição. As bacias sedimentares podem ser classificadas em intracratônicas ou pericratônicas. A bacia sedimentar intracratônica é uma depressão da superfície do cráton ou plataforma, localizada nas suas áreas mais centrais. A bacia sedimentar prericratônica é uma depressão da superfície do cráton ou plataforma, localizada nas suas áreas mais periféricas. 65
  • 66. Relevo Dobrado (Folded Relief) Entende-se por relevo dobrado a topografia do superfície da Terra que, devido à dinâmica interna da crosta, apresenta feições em forma de dobra decorrentes da maior plasticidade da rocha. 66
  • 67. Domo (Dome) Domo constitui uma elevação do solo, em formato de abóbada mais ou menos isolada, resultante do arqueamento convexo de camadas sedimentares basicamente horizontais. Essas zonas circulares ou ovais que podem atingir de 100 a 300km de diâmetro, apresentam, normalmente, capeamento sedimentar fortemente dissecado. Não há, na sua gênese, nenhum movimento de dobramento impulsionado por forças endógenas, constituindo-se apenas por deformações locais nos estratos. Tais deformações, no entanto, geram domos de várias origens: domos por intrusão lacolítica, por eczema de sal e por compactação. 67
  • 68. Relevo Dobrado Apalachiano (Zagros Mountains) É um relevo estrutural esculpido em antigas formações dobradas, exumadas pela denudação. Esse relevo caracteriza-se por um alinhamento paralelo de cristas e vales. As cristas formadas nos estratos mais resistentes e os vales formados nos menos resistentes. Diferencia-se do relevo dobrado jurássico por apresentar cristas aplainadas. Caracteriza-se por ser um relevo bifásico ou polifásico, constituindo-se por dobramento, soerguimento, aplainamento e novo soerguimento. 68
  • 69. Relevo Dobrado (Jura Mountains) É o tipo mais simples de relevo dobrado. É uma sucessão paralela de dobras, preservadas dos processos erosivos intensos. As formas de relevo se conservam bem semelhantes à estrutura, evidenciando cristas anticlinais e vales sinclinais. Caracteriza-se por ser monofásico, isto é, com dobramentos, soerguido e instalação da drenagem. 69
  • 70. Relevo Falhado/Relevo de Tectônica Quebrável (Fault-block Mountains) Relevos falhados constituem formas originadas a partir de fraturamentos e falhamentos em estruturas rígidas que, conforme a amplitude e a idade deste falhamento, tem sua configuração influenciada em maior ou menos grau pela tectônica.Essa morfologia sofre influência da atuação erosiva que atenua as desníveis altimétricos da estrutura primitiva, além da eventual reativação tectônica ao longo das antigas linhas de fratura. As principais formas originadas são as montanhas em blocos, escarpas de falha e escarpas de linha de falha. 70
  • 71. Escarpa (Scarp) Escarpas são vertentes com significativa declividade em bordas de planaltos, serras, relevos, testemunhos, etc. Sua morfologia assemelha-se a de um paredão abrupto que separa trechos de topografia suave existentes acima e abaixo de áreas escarpadas. 71
  • 72. Escarpa de Falha (Fault Scarp) Escarpas de falha são abruptos paredões que têm sua gênese no recente deslocamento vertical de blocos falhados. Nesta feição a inclinação que constitui o bloco ascendente, coincide com o espelho de falhamento. No entanto, o desnível que marca o movimento dos blocos e as feições provocadas pelo deslocamento, são atenuados pela erosão que tende a aplainá-la. 72
  • 73. Escarpa de Linha de Falha (Fault-line Scarp) Escarpas de linha de falha originam-se pelo recuo da escarpa de falha em função da atividade erosiva. Esta nova escarpa é formada não pelo movimentos original de falhamento, mas pela intemperização da litologia constituinte do espelho de falha. Desta forma, estas vertentes têm suas feições já bastantes suavizadas e dissecadas. 73
  • 74. Relevo Escalonado (Steeply Relief) Relevo escalonado constitui um relevo falhado que, em função da movimentação de rebaixamento e soerguimento dos blocos, adquire forma em degraus. Dentre estas formas, destacam-se o Graben e Horst. 74
  • 75. Graben/Fossa Tectônica (Graben) Graben é um região depressiva alongada originada por uma série de falhamentos paralelos entre si que produzem um sistema de blocos escalonados com um bloco central deprimido. 75
  • 76. Horst/Muralha/Pilar Tectônico (Horst) Horst é uma proeminência que se deve a elevação da superfície, em função da existência de um sistema de falhas escalonadas e paralelas entre si, onde o bloco central adquire altimetria diferenciada dos blocos em seu entorno. 76
  • 77. Relevo Vulcânico (Volcanic Landform) Relevos vulcânicos são relevos sem relação de estrutura com a superfície que recobrem, visto que têm origem em erupções centrais ou de fissura. São relevos que se formam em fases intercaladas por períodos de erosão. As formas oriundas tem relação estreita com o tipo de erupção vulcânica ocorrida, podendo ser escudos vulcânicos; trapp; estrato-vulcões ou cones compostos; cone de piroclástica ou de cinzas e crateras. 77
  • 78. Vulcão (Volcano) Vulcão é o aparelho por onde ocorre o extravasamento do material magmático, podendo assumir a forma de cone ou até de fissura. Essas feições são muito susceptíveis à ação dos agentes morfoesculturais e sua presença, de forma geral, indica processos magmáticos recentes, se considerar-se a escala de tempo geológico. 78
  • 79. Relevo de Cuestas (Cuesta Landform) Relevos de cuestas configuram áreas de planaltos sedimentares ou basálicos monoclinais. Os relevos de cuestas tem forma de mesas inclinadas, com marcada assimetria, em função da disposição das camadas geológicas. 79
  • 80. Hogback (hogback) Hogback é uma elevação morfologicamente simétrica, originada por erosão e constituída estruturalmente por camadas de rochas sedimentares monoclinais fortemente inclinadas, com mergulho superior a 30 graus. 80
  • 81. Cuesta (Cuesta) Cuesta é um relevo assimétrico que ocorre em bacias sedimentares quando a inclinação das camadas é monoclinal, ou seja, com mergulho em único sentido. Desenvolve-se em rochas estratificadas de diferentes resistências e caracteriza-se pela associação de duas vertentes denominadas reverso e front. 81
  • 82. Front (Front) Front consiste na vertente de maior inclinação em um relevo de cuesta. É constituído pela cornija e pelo tálus. A cornija caracteriza-se por um abrupto saliente constituído de uma camada de rocha dura e exposta. Esta é a camada de rocha mais resistente e protege as camadas inferiores dos efeitos erosivos. O tálus configura um depósito gravitacional de sopé de escarpa com forma geral côncava e declividades inferiores à cornija 82
  • 83. Reverso (back Slope) O reverso constitui a vertente de menor inclinação em um relevo de cuesta. É uma superfície suavemente inclinada no sentido oposto ao front. A inclinação pode ser igual ou inferior ao mergulho das camadas. 83
  • 84. Relevo Tabular/Tabuliforme (Tabular Landform) Relevo tabular corresponde a áreas de relevo com feições semelhantes a mesas, que correspondem ao tipo mais simples de influência estrutural sobre as feições do relevo. Nestas formas, as camadas dispõem-se horizontal e suborizontalmente, apresentando-se de maneira alternada, no que se refere à resistência da litologia ao desgaste dos processos erosivos. 84
  • 85. Chapada (Tableland) Chapada constitui a designação dada a um planalto sedimentar com camadas horizontais ou suborizontais estratificadas, topos aplainadaos, com topografia acima de 600 metros. 85
  • 86. Mesa (Tableland) Mesa ou relevo em forma de mesa, constitui um relevo em que as camadas sedimentares dispõem-se horizontalmente ou suborizontalmente, apresentando topo plano e escarpas acentuadas nas diferentes direções. 86
  • 87. Continente: modelados em depressões, planalto, planície, serra e montanha 87
  • 88. Depressão (Depression) A depressão constitui uma superfície aplainada por longos processos erosivos onde predominam formas planas ou levemente onduladas. As depressões são rebaixadas e localizam-se entre superfícies mais elevadas (planaltos). 88
  • 89. Colina (Hill) Colina é uma pequena elevação da superfície, em geral côncavo-convexa, com altitude que não excede os 50 metros. É encontrada em depressões e topos de planaltos; a colina é uma forma de relevo bastante suavizada em virtude de processos erosivos. 89
  • 90. Monte (Hill) Monte é uma designação usada para grandes elevações do terreno que aparecem de forma isolada, sem considerar a sua origem. 90
  • 91. Morro (Hill) Morro constitui uma feição de relevo pouco elevada com altitude aproximada de 100 a 200 metros. Suas formas são bastante variadas, podendo apresentar topos planos ou convexos. 91
  • 92. Morro Testemunho/ Relevo Testemunho (Residual Hill) Morro testemunho é uma feição do relevo situada adiante de uma escarpa, mantida pela camada rochosa mais resistente. Recebi esta denominação por ser testemunho da antiga posição da escarpa antes do recuo do front desta. Morros testemunhos são observáveis na frente de escarpas de planaltos ou cuestas. 92
  • 93. Planalto (Plateau) Planaltos são constituídos por superfícies topográficas irregulares. Sua origem associa-se à processos erosivos que, prolongando-se por longo tempo, ressaltam relevos residuais. Estes podem apresentar configuração variada, ou seja, formarem-se por um conjunto de morros, colinas, serras e chapadas. 93
  • 94. Cânion/ Depressões Longitudinal (Canyon) Cânions continentais são vales encaixados que apresentam paredes altas e verticais e fundo estreito. A ação erosiva nas encostas propicia a formação de patamares ou degraus. 94
  • 95. Esporão (Peak/Spit) Esporão constitui um ressalto numa vertente, que interrompe a continuidade do declive. É, também, a nomenclatura usada para pontais secundários que se formam na porção interna nas lagunas, em virtude das ondas oriundas das mais diferentes direções que ali se chocam. 95
  • 96. Festão Festões constituem saliências decorrentes de processos erosivos, localizadas nas bordasndos planaltos sedimentares ou basálicos. 96
  • 97. Perceé/ Boqueirão (Water Gap) Perceé constitui a abertura feita por um rio conseqüente (rio que acompanha a inclinação do terreno e coincide com o mergulho das camadas de um relevo de cuesta, originando um curso retilíneo e paralelo) ao atravessar uma frente de cuesta. No nordeste brasileiro, essas feições são conhecidas como boqueirões e caracterizam-se por aberturas ou gargantas estreitas. 97
  • 98. Vale (Valley) Vale constitui uma depressão alongada, de fundo descendente, sulcada pelas águas correntes. Os vales são formados pelo talvegue e duas vertentes com declividades convergentes. A sua forma e seu traçado relacionam-se diretamente com a litologia em que se desenvolve, com o clima e com agentes erosivos que nele atuam. Quando à forma do fundo, tem-se duas morfologias básicas: vales em forma de V e vales em forma de U. 98
  • 99. Vale em V (V Shaped Valley) Os vales em forma de V são produtos do entalhamento fluvial, por vezes acompanhando linhas de fratura, em vertentes íngremes. 99
  • 100. Veredas O termo vereda é utilizado no Brasil Central para designar uma área brejosa ocupada por buritizais e outras formações vegetais arbustivo-herbáceas. As veredas ocorrem em áreas de solos tipos hidromórficos, mal drenados, geralmente ácidos. Segundo Lima ET AL. (1998), as veredas estão associadas às nascentes dos cursos d’água em anfiteatros suaves, recobertas por vegetação de gramíneas, com drenagem difusa e lençol freático aflorante, circundada pela por vegetação de cerrado, com a corrência de buritis alinhados de acordo com o eixo de drenagem. Genericamente, as veredas podem ser classificadas em três grupos: veredas de encosta (ocorrem sob bordas das chapadas), veredas – várzea (planície de inundação) e veredas de superfície aplainadas (topos de chapadas). Estas fazem parte da cultura do povo que vive no cerrado, as veredas desempenham importante papel no abastecimento e manutenção dos canais fluviais na região onde estão inseridas. 100
  • 101. Planície (Plain) As planícies são superfícies bastante planas formadas por sedimentos oriundos de atividade eólica, marinha, fluvial, lacustre e glacial. É comumente encontrada nas partes mais rebaixadas das bacias hidrográficas ou nas regiões litorâneas. O tipo de sedimento , isto é, a origem dele é responsável pela diferenciação na classificação fluvial, lacustre, litorânea e de ablação ou glacial. 101
  • 102. Planície Aluvial/de Inundação/Várzea (Floodplain) Planície de inundação é a área de sedimentação fluvial representada por uma porção de terra predominantemente plano localizada às margens de um rio. Constitui área sujeita a inundações periódicas. 102
  • 103. 139- Planície Glacial (Glacial Plain) Planície glacial constitui uma área de deposição de sedimentos transportados por água de degelo, ou seja, resulta da acumulação durante a fusão de geleiras e retração da frente glacial. 103
  • 104. Pediplanície/Pediplano (Pediplain) A pediplanície caracteriza-se por uma superfície inclinada formada pela coalescência de pedimentos. Essas superfícies constituem superfícies de erosão modeladas em climas áridos e semi-áridos. Representa o último estágio de desenvolvimento do relevo em ambientes desérticos e semidesérticos, segundo teóricos da geomorfologia climática. 104
  • 105. Peneplanície/Peneplano (Peneplain) O peneplanície é uma superfície plana ou levemente ondulada que representa o último estágio de evolução do relevo, segundo William Morris Davis (1899). Sua origem está associada a um processo de rebaixamento do relevo, onde a erosão fluvial atua preponderantemente, rebaixando as formas altimétricas até atingir seu total arrasamento. 105
  • 106. Monadnock (Monadnock) Conceito utilizado por William Morris Davis (1899), para designar elevações residuais ou remanescentes em peneplanícies. Sua origem está associada à maior resistência da rocha e de sua posição na junção interfluvial que a protege da erosão fluvial. 106
  • 107. Serra (Sierra) Serra é uma nomenclatura usada em geomorfologia um tanto quando ampla e imprecisa, para designar superfícies acidentadas com fortes desníveis, como escarpas de planaltos com altimetria de 50 a 100 metros, escarpas de blocos falhados, escarpas de erosão, inselbergues, entre outros. 107
  • 108. Espigão (Ridge) Espigões são elevações ou dorsos de superfícies elevadas (serras). Apresentam geralmente em suas porções laterais escarpamentos, devido à acentuada declividade. 108
  • 109. Mar de Morro Mares de morros são regiões onde dominam as colinas dissecadas de forma côncavo- convexa (forma de meias-laranjas). É um relevo típico de rochas cristalinas sob sistemas morfogenéticos tropicais úmidos, a exemplo das feições características do reverso das regiões serranas do sudeste do Brasil (serra do Mar e da Mantiqueira). 109
  • 110. Montanha (Mountain) Montanhas constituem grandes elevações da superfície, onde as altitudes excedem os 300 metros, portanto formas de relevo com grande amplitude. Normalmente são originadas por forças tectônicas que produzem dobras e falhas, responsáveis por feições complexas. 110
  • 111. Pico (Peak) Denomina-se pico o ponto culminante de uma grande elevação (montanha). Esse apresenta-se com uma feição ponteaguda, que se mantém em evidência topográfica, por ser constituído de rocha de maior resistência aos processos erosivos. A erosão diferencial atuando sobre áreas montanhosas, tende a deixar em destaque pontos mais elevados, os picos. 111
  • 112. Penhasco (Cliff) Penhasco constitui uma feição de escarpa caracterizada pela presença de rocha exposta e elevadas declividades. 112
  • 113. 113
  • 114. Continente: relevos glacial, desértico, cársico, costeiro e fluviolacustre 114
  • 115. Relevo Glacial (Glacial Landform) Conjunto de formas que tem sua origem associada a climas frios. Nesses a topografia é resultante das grandes acumulações de gelo que, devido a espessura e a variação de temperatura, comportam-se como material plástico, promovendo erosão, transporte e deposição que, pela dinâmica do gelo, originam formas particulares de relevo. 115
  • 116. Geleira (Glacier) Geleiras são massas de gelo formadas em regiões onde a precipitação de neve é maior que o seu degelo. As geleiras movimentam-se lentamente, apresentando em seu deslocamento um forte poder abrasivo que deixa marcas características na superfície, como as estrias e os vales em forma de U, além de feições bastante abruptas e angulares. Por outro lado, estas massas de gelo, também deixam em seu caminho depósitos como as morainas. 116
  • 117. Circo Glacial/Anfiteatro (Cirque Glacier) Circo Glacial constitui uma feição de relevo característica de áreas com presença de geleiras. São as cabeceiras de geleiras e apresentam forma de bacias semicirculares ou em forma de anfiteatro. Estas constituem inicialmente a zona de acumulação do gelo. 117
  • 118. Vale em U (U Shaped Vaelley) Os vales em forma de U são característicos glaciais, onde a presença das geleiras e seu respectivo fluxo escava e amplia constantemente sua bacia, modelando, em forma de U, as antigas depressões de acumulação de neve. 118
  • 119. Vale Suspenso (Hanging Trough/Hanging Valley) Vales suspensos são vales escavados por rios ou geleiras que têm seu nível de base acima do nível de base do rio ou geleira principal. 119
  • 120. Horn (Horn) Denomina-se Horn, picos elevados em forma piramidal localizados ao longo de cristas serrilhadas, por sua vez, denominadas de arestas, resultantes da dinâmica do gelo em áreas elevadas a exemplo dos Andes. 120
  • 121. Moraina/Moréia/Morena (Moraine) Moraine é o acúmulo de sedimentos rochosos arrastados por uma geleira e depositados ao longo da sua trajetória. As morainas podem ser classificadas em frontais (front da geleira), laterais (às margens da geleira) e centrais (no centro da antiga geleira). 121
  • 122. Drumlim (Drumlim) Drumlim consiste numa colina oval ou elíptica, constituída de material semelhante aos depósitos de moraina (till) orientada no sentido do movimento do gelo. Estas feições ocorrem isoladas ou em agrupamento, podendo atingir comprimentos de até alguns quilômetros e algumas dezenas de altura. 122
  • 123. Esker (Esker) Constitui uma feição glacial que se configura em forma de crista sinuosa, com lados íngremes e composta por sedimentos estratificados irregularmente. Sua está associada a antigos canais aquáticos envolvidos por gelo e situados abaixo ou no interior do gelo em fusão. Essas formas podem atingir grandes distâncias, serpenteando em uma planície glacial. 123
  • 124. Kame (Kame) Denomina-se kame uma colina aproximadamente cônica ou de topo plano característica de ambiente glacial. Estas são constituídas geralmente de areia e cascalho. Sua formação está associada a pontos de intersecção de correntes de gelo em estado de fusão. 124
  • 125. Relevo Desértico (Dry Landform) Por relevo desértico entende-se o conjunto deformas que caracterizam as paisagens dos climas áridos e semi-áridos. Nesses as feições são originárias de uma exposição das rochas ao contraste de temperatura, a torrencialidade das chuvas e a atuação expressiva dos ventos. 125
  • 126. Erg (Erg) Erg constitui uma expressão empregada para indicar, em ambientes áridos, uma vasta área coberta de areia, cuja superfície é modelada pelos ventos. Caracteriza-se por ser uma área com grande extensão de dunas ativas, a exemplo de áreas do deserto do Saara na África. 126
  • 127. Reg (Reg) Reg expressa uma área em ambiente desértico cuja superfície é recoberta por cascalhos e seixos. Os regs são também reconhecidos como desertos pedregosos. 127
  • 128. Depressão de Deflação (Deflation Hollow/Blowout Hollow) Depressão de deflação é uma feição produzida pela deflação, ou seja, processo onde há o transporte de partículas de poeira e areia (material fino) pelo vento, originando uma depressão que pode atingir de poucos metros até vários quilômetros. No fundo desta depressão, depositam-se materiais grosseiros como seixos e cascalhos que constituirão o pavimento detrítico. 128
  • 129. Duna (Dune) Duna é acumulação de areia originada pelo vento, geralmente onde existe areia solta sem cobertura vegetal cerrada, o que ocorre normalmente nas praias ou nos desertos. As dunas podem atingir alturas elevadas e sua formação inicia quando o vento encontra algum tipo de obstáculo. Em relação aos seus ângulos pode-se salientar que é pequeno a barlavento e grande a sotavento. As dunas podem ser divididas em tipos principais, como barcana, longitudinal, parabólica e transversal. As dunas barcanas têm suas pontas voltadas para a direção do vento (unidirecional), indicando o sentido do movimento. Este tipo de duna ocorre em áreas com grande quantidade de areia. As dunas longitudinais são alinhadas paralelamente à direção do vento, têm poucos metros de altura, contudo possuem vários quilômetros de extensão. As dunas parabólicas apresentam sentido oposto das barcanas; as suas pontas estão apontando para o sentido contrário do vento. Estas dunas se formam em locais com menor quantidade de areia. As dunas transversais são alinhadas na forma de ondas separadas entre si por corredores. Suas cristas tendem a formar um ângulo reto com a direção do vento. Ocorrem em regiões onde existe areia em abundância, recobrindo a superfície por completo. 129
  • 130. Pedimento (Pediment) Pedimento constitui uma superfície inclinada localizada na base de uma escarpa. Esta inclinação, de 1 a 4%, pode ser ligeiramente côncava, decorrente de um processo de erosão lateral em ambiente desértico. A escarpa constituída de rochas aflorantes é desgastada por um processo de erosão mecânica em rochas duras e por ravinamentos em rochas tenras e impermeáveis. 130
  • 131. Inselberg (Inselberg) Inselberg é o termo utilizado para caracterizar relevos residuais que, podendo ser sedimentares, salientam-se em uma planície (pediplano) em paisagem árida ou semi-árida. São originados de um intenso processo erosivo típico de ambientes áridos: a erosão paralela. 131
  • 132. Pavimento Detrítico (Desert Pavement) Pavimento detrítico constitui um depósito de materiais grosseiros como seixos e cascalhos que são segregados pelo processo de deflação produzido pelo vento. Esse promove o transporte de partículas de poeira e areia (material fino), deixando para atrás o material mais pesado e grosseiro. 132
  • 133. Oued/Canal de correntes efêmeras (Ephemeral Stream Channel) Oueds são cursos d'água intermitentes que ocorrem em regiões desérticas. Como o próprio nome sugere, estes cursos d'água temporários surgem nas épocas de maior intensidade de chuvas. São, em geral, rasos e de fundo plano. 133
  • 134. Cogumelo (Hoodoo) Cogumelos são formas de relevos típicas de ambientes áridos e semi-áridos que se formam pela ação do vento. Esse, através do processo de corrosão, promove erosão diferencial, produzindo feições que se assemelham a cogumelos. 134
  • 135. Relevo Cársico (Karst Landform) O relevo cársico compreende formas originadas pela dissolução de sais em áreas de rochas carbonáticas. Sua principal característica é uma drenagem predominantemente no sentido vertical e subterrânea, sem a presença de drenagem superficial. Esse tipo de relevo tem pleno desenvolvimento se na área houver uma significativa camada de rochas solúveis com presença de fissuras e fraturas que permitam a ação da água, além de uma quantidade moderada de precipitação para que se faça a dissolução. A amplitude topográfica é relevante, para que haja uma livre circulação das águas subterrâneas, esculpindo as feições cársicas. 135
  • 136. Cone Cársico/Mogote (Magote) Cones cársicos constituem os pontões cônicos que caracterizam o relevo cársico em ambientes úmidos. São formas de relevo residual, presentes em planícies, com altitude que pode variar em dezenas metros e volume que oscila amplamente. 136
  • 137. Dolina (Doline) Dolinas são feições cársicas de tamanho variado (1 a mais de 1.000 metros de largura e poucos centímetros a mais de 10 metros de profundidade), caracterizadas por depressões circulares ou elípticas, com contornos sinuosos. As dolinas podem ser classificadas em forma de balde, funil ou bacia. No primeiro caso, sua borda é marcada por declividades acentuadas (escarpas), onde notam-se afloramentos rochosos. A dolina tipo funil apresenta um dos flancos recoberto por sedimentos; quando assoreadas, estas passam a ser consideradas dolinas em formato de bacia. 137
  • 138. Lapies/ Lapiaz (Karren) Lapies constituem sulcos superficiais nas rochascalcárias que podem aparecer recobertos por solo ou a céu aberto. Essas fendas apresentam tamanho ( a amplitude entre as depressões e as cristas das fendas variam de alguns milímetros a mais de dez metros) e direção variáveis; suas paredes laterais são bastante agudas em função do intenso recortamento pela água. 138
  • 139. Poljé/Polié (Polje) Poljé consiste numa designação para planícies cársicas, onde a atuação contínua da água sobre a rocha calcária promove a formação de uma plataforma pelo processo abrasivo de dissolução. São feições de fundo plano que são cortadas por um fluxo d'água que pode ser abrigado em algum ponto por um sumidouro. 139
  • 140. Uvala (Uvala) Uvalas são feições de relevo cársico caracterizadas pela coalescência de duas ou mais dolinas. As uvalas, portanto, são depressões em forma de flor, com fundo irregular e que podem apresentar vários sumidouros. 140
  • 141. Caverna (Cave) Cavernas são feições de relevo próprias de áreas calcárias que lembram leitos de rios subterrâneos vazios, já que a água penetra nestas rochas por meio de fraturas e falhas, dissolvendo-as durante seu movimento de percolação. As cavernas podem se estender vertical ou horizontalmente, tendo suas formas controladas basicamente por diáclases, falhas e planos de estratificação. 141
  • 142. Estalactite (Stalactite) Estalactites são feições de acumulação química pendentes no teto de cavernas calcárias, devido ao gotejar contínuo da água do teto interno da caverna que, ao reagir com a rocha, propicia a precipitação do carbonato de cálcio. 142
  • 143. Estalagmite (Stalagmite) Estalagmites são formas de deposição química assentadas no assoalho de cavernas calcárias, devido ao contínuo gotejar da água do teto interno da caverna que, ao reagir com a rocha, propicia a precipitação do carbonato de cálcio. 143
  • 144. Coluna/Pilar (Column) As colunas são formas de deposição química encontradas em cavernas calcárias, quando ocorre a união de estalactites e estalagmites. 144
  • 145. Relevo Costeiro (Coastal Landform) São agrupadas com esta denominação o conjunto de formas que caracterizam a configuração dos continentes na sua interface com o oceano, bem como feições resultantes do trabalho constante do mar na reconstrução das formas costeiras. 145
  • 146. Prisma Praial (Shore) Prisma praial é entendido como um depósito de sedimentos acumulados desde a zona submarina até a feição emersa mais elevada de uma praia. São feições modeladas por agentes morfoesculturais como as ondas, marés e ventos. Pode ser dividido em prisma praial emerso, onde são abrangidas as áreas emersas deste depósito sedimentar e, prisma praial submerso, que corresponde às áreas onde a ação das ondas impõem aos sedimentos um movimento de vaivém constante. 146
  • 147. Enseada (Cave) Enseada configura uma reentrância litorânea aberta em direção ao mar limitada por dois promontórios. 147
  • 148. Falésia (Marine Cliff/Sea Cliff) Falésia é uma escarpa costeira abrupta não coberta por vegetação que se localiza na linha de contato entre a terra e o mar. É originada devido ao trabalho erosivo do mar. Esse, através da dinâmica das ondas, promove na base da falésia um processo de solapamento, produzindo geralmente grutas de abrasão. 148
  • 149. Fiorde (Fiord) Os fiordes são estreitos corredores em forma de U, de grande profundidade (podem alcançar de 400 a 600 metros) que se localizam num litoral alto. Essas feições foram construídas pela erosão glacial e, posteriormente, invadidas pelo mar. Hoje, encontram-se parcialmente submersos. 149
  • 150. Golfo (Gulf) Golfo constitui uma reentrância do litoral de grande extensão, sendo suas águas balizadas por pontas e cabos. O termo golfo é normalmente utilizado para reentrâncias amplas, portanto, tem forma de maior extensão que uma baía por exemplo. 150
  • 151. Praia (Beach) Praias são depósitos, geralmente, lineares de sedimentos acumulados por agentes de transporte marinho ao longo do litoral. Normalmente o sedimento predominante das praias são as areias, o que não significa que não haja praias formadas de cascalhos, seixos e outros sedimentos finos além das areias. A largura dessa feição tem relação direta com as marés que são responsáveis pelo seu constante movimento e retrabalhamento. 151
  • 152. Restinga (Baymouth Bar/ Barrier Beach) Restinga consiste num depósito de areia emerso, baixo, de forma linear, que fecha ou tende a fechar uma reentrância mais ou menos extensa da costa. As restingas são faixas arenosas depositadas paralelamente à praia que se alongam tendo como ponto de apoio cabos e saliências no litoral. 152
  • 153. Laguna (Lagoon) Lagunas constituem corpos d'água separados do mar por uma barreira (restinga). São assim chamadas por manterem um canal de conexão com o mar; recebem, simultaneamente, águas doces e sedimentos dos rios e água salgada do mar, quando das ingressões de marés. 153
  • 154. Gruta de Abrasão/Gruta Marinha (Sea Cave) Gruta de abrasão são cavidades originadas pela atuação do mar e das ondas, isto é, abrasão marinha nas rochas litorâneas. A cavidade vai sendo formada a partir da erosão de setores mais fragilizados ou menos resistentes da rocha, pelo constante trabalho das ondas. 154
  • 155. Istmo (Isthmus) Istmo constitui uma faixa de terra estreita e longa que une duas porções de terras emersas. Sua formação tem origem em um processo de rebaixamento da superfície ou por uma invasão do mar. 155
  • 156. Cabo (Cape) Cabo constitui uma feição que se salienta na costa com regular altitude, que avança rumo ao mar. Seu aparecimento está ligado à erosão diferencial que salienta as rochas mais resistentes, através da fragmentação das mais tenras. 156
  • 157. Península (Peninsula) Península é uma faixa de terra mais ou menos alongada, que possui um lado ligado ao continente e os demais cercados por água. O material das terras emersas que formam a península pode ser idêntico ao continente, sendo assim, integrante do mesmo, ou ainda pode ser constituído de fragmentos de outra origem que se uniram após a formação do continente. 157
  • 158. Ria/Vale Afogado (Ria) Ria consiste numa costa oriunda da submersão de uma área com presença de vales modelados pela erosão fluvial. Esta forma litorânea é marcada por vales largos com foz em forma de trombeta. 158
  • 159. Pontal (Sandspit/Baymouth Bar) Pontal é um depósito litorâneo emerso, composto de areia e seixos, de pouca altura. Os pontais apresentam-se dispostos de várias formas em relação à costa: paralelos, oblíquos ou perpendiculares, podendo prolongar-se, algumas vezes, sob a água na forma de bancos. 159
  • 160. Baía (Bay) Baía constitui uma reentrância da costa pela qual o mar avança ao interior do continente, em proporções menores que um golfo. A entrada da baía é estreita alargando-se para o interior. 160
  • 161. Litoral/ Costa (Shore) Litoral caracteriza-se por ser uma faixa de terra emersa, banhada pelo mar, que tem seu limite inferior no nível das marés mais baixas e o superior no nível das marés altas. Constitui o conjunto de formas que caracterizam a paisagem que sofre influência marinha. As costas podem ser classificadas em tipo Atlântico, mais acidentadas com saliências e reentrâncias, ou tipo Pacífico, mais homogêneas em termos de formas. 161
  • 162. Linha Costeira/Orla (Shoreline) Linha costeira é a linha de contato entre a terra e a água de um oceano ou lago, podendo variar com os movimentos das marés entre os limites da zona intertidal. 162
  • 163. Antipraia (Shoreface) Antipraia configura a parcela submersa do prisma praial sendo, geralmente, limitada por uma rampa de leve declividade que marca o encontro entre o prisma praial e a plataforma interna. Essa feição é resultado de processos da dinâmica hídrica que alteram o equilíbrio e a evolução do prisma praial em sua totalidade. 163
  • 164. Pós-praia (Backshore) o pós-praia é a zona que se estende acima do nível normal da maré alta, inundando-se com as marés altas excepcionais ou pelas grandes ondas durante as tempestades. 164
  • 165. Berma (Berm/Shoal) Bermas são feições costeiras que têm origem na migração de um banco submarino, normalmente localizado na zona de arrebentação, em direção à praia, em função das variações das características hidrodinâmicas. 165
  • 166. Relevo Fluviolacustre (Fluvial Landfoms) Formas fluviolacustres constituem o conjunto de feições decorrentes da dinâmica das águas. Apresentam-se como um conjunto de formas derivadas de processos fluviais e de feições características de corpos lacustres. 166
  • 167. Padrão de Drenagem Anelar/Anular (Annular Drainage Pattern) A drenagem anelar constitui, geralmente uma drenagem radial evoluída em relevos concêntricos ou em abóbada. 167
  • 168. Padrão de Drenagem Dendrítica (Dendritic Drainage Pattem) A drenagem dendrítica é a drenagem com desenvolvimento na forma de galhos de uma árvore, onde os rios confluem em ângulos agudos, constituindo várias ramificações. Esse tipo de drenagem é o mais comum da superfície terrestre e ocorre em vários tipos de rocha, mas é marcante em áreas com estruturas sedimentares horizontais e regiões de rochas cristalinas. 168
  • 169. Padrão de Drenagem em Treliça (Trellis Drainage Pattern) A drenagem em treliça, que é um tipo de drenagem retangular, ocorre quando os rios encaixam-se nas feições estruturais em áreas de relevos apalacheanos e de cuestas. 169
  • 170. Padrão de Drenagem Irregular/Desarranjada/Desordenada (Deranged Drainage Pattern) A drenagem irregular caracteriza-se por um padrão bastante complexo, sem a definição de um padrão específico. Esse tipo de drenagem é bem marcado nas planícies glaciais onde o degelo gera um padrão que mescla padrões de drenagem pré-glaciais e pós-glaciais. 170
  • 171. Padrão de Drenagem Paralela (ParaIlel Drainage Pattern) A drenagem paralela é caracterizada pela configuração paralela ou subparalela de rios pouco ramificados e com espaçamento regular entre si. Esse padrão é evidenciado em planícies costeiras, recentemente soerguidas, ou em planaltos sedimentares muitos porosos. O padrão de drenagem paralela pode expandir-se, transformando-se em drenagem dendrítica. 171
  • 172. Padrão de Drenagem Radial (Radial Drainage Pattern) A drenagem radial caracteriza-se pela confluência ou divergência de cursos d'água em/de uma área central. Divide-se em radial centrífuga e radial centrípeta. A drenagem radial centrifuga ocorre quando todos os rios que a compõem nascem próximos a um ponto comum mais elevado, irradiando-se para várias direções e tomando uma distância cada vez maior. A drenagem radial centrípeta ocorre quando os cursos fluviais confluem para um único rio, em uma área mais baixa ou deprimida, tendo suas nascentes em diversas direções. 172
  • 173. Padrão de Drenagem Retangular (Rectangular Drainage Pattern) A drenagem retangular é caracterizada por uma drenagem que se adapta a condições estruturais e tectônicas, encaixando-se em falhas e fraturas da superfície. Essas características estruturais propiciam uma rede de cursos em moldes geométricos que convergem em ângulos quase retos. 173
  • 174. Tipo de Drenagem Arréica/Difusa/Desértica (Arheic Drainage) A drenagem do tipo arréica expressa uma drenagem sem estruturação em bacia hidrográfica, como nas áreas desérticas. Os escassos cursos d'água não têm competência para organizar-se na forma de redes, infiltrando-se rapidamente nos solos arenosos. 174
  • 175. Tipo de Drenagem Endorréica/Fechada (Endorheic Drainage) A drenagem do tipo endorréica configura a drenagem formada por rios periódicos que se dirigem para o interior do continente desaguando em uma depressão fechada, como os lagos ou dissipando-se nas áreas arenosas ou cársticas. 175
  • 176. Tipo de Drenagem Exorréica/Aberta (Exorheic Drainage) A drenagem do tipo exorréica ocorre quando os cursos d'água de uma bacia organizam-se em forma de rede e dirigem- se, de modo contínuo, até o mar. 176
  • 177. Tipo de Drenagem Criptorréica/Cárstica (Allogenic Water) A drenagem do tipo criptorréica constitui a drenagem que percorre bacias subterrâneas, como nas áreas cársticas. 177
  • 178. Rio (River) Rio é um curso d'água canalizado que se forma da concentração de águas num vale, cujo declive contínuo permite uma hierarquização da rede de drenagem. Esse curso d'água é limitado lateralmente pelas margens e vertentes que são responsáveis pela morfologia do vale. O rio funciona como um canal de escoamento da água pluvial, da água oriunda da fusão da neve em geleiras e escoamento de subsuperfície, além dos detritos carreados por estas no processo de erosão das vertentes. O rio é dividido em curso superior, médio e inferior. O curso superior ou nascente corresponde à cabeceira do rio, onde as águas têm alto poder erosivo e entalham a vertente de forma acentuadamente vertical, em virtude das grandes declividades. O curso médio predomina o transporte de sedimentos e uma significativa esculturação das vertentes, tornando-as mais suavizadas. O curso inferior ou foz corresponde a desembocadura das águas, que pode ocorrer no mar ou em lagos, caracterizando-se pelo processo de aluvionamento, ou seja, depósito de sedimentos trazidos pelo rio. Este processo pode gerar feições características como os deltas e os estuários. 178
  • 179. 179
  • 180. Meandro (Meander) Meandro constitui um tipo de canal fluvial bastante significativo, pois é um canal em que o rio realiza curvas sinuosas, largas, harmoniosas e semelhantes entre si, por efeito de um intenso trabalho de erosão na margem côncava (banco de solapamento), onde a velocidade do curso d'água é maior e de deposição na margem convexa (point bar), onde a velocidade das correntes diminui. Cabe lembrar que os point bars são formados no mesmo lado da margem onde os sedimentos foram retirados, porém na secção curva a jusante. Os meandros podem ser divagantes ou encaixados. Os meandros divagantes são amplas sinuosidades formadas em planícies de inundação. Suas curvas independem do traçado do seu vale, pelo fato dos mesmos desenvolverem-se em abertas e livres áreas planas, onde podem deslocar-se lateralmente, ocupando, por vezes, toda a extensão da planície. Os meandros encaixados são definidos quando um rio e seu vale descrevem um trajeto meândrico. Sua origem é explicada pela forte escavação do vale, em virtude de soerguimento ou abaixamento do nível de base, fazendo com que o vale assuma a mesma feição do rio. 180
  • 181. Delta (Delta) Delta é uma forma deposicional sedimentar ou depósito aluvial, que se apresenta em forma de leque (ou lembrando a letra grega delta) na foz de alguns rios quando desembocam em corpos maiores como lagos e mares. Ele se forma sempre que o meio receptor for incapaz de remover totalmente a carga sedimentar trazida pelo rio. Os deltas podem ser continentais, quando se formam em lagos, ou marítimos, quando o rio deságua no oceano ou mares. Exemplos de deltas são: o delta do rio Jacuí no Rio Grande do Sul (continental) e o delta do Mississipi nos Estados Unidos (marinho). Conforme o predomínio de processos fluviais ou marinhos os deltas podem ser, respectivamente, construtivos ou destrutivos. Onde há maior trabalho fluvial, existem os deltas construtivos, como o do Mississipi, pois ocorre um avanço da sedimentação fluvial em frente à planície costeira. Esses deltas assumem uma forma alongada semelhante a "pés-de-galinha", ou uma forma mais arredondada expandindo-se lateralmente, chamando-se deltas lobados. Quando destrutivos, há um predomínio da ação marinha, no entanto sua forma será diferenciada se houver domínio de ondas, como o delta do São Francisco (Sergipe e Alagoas) ou de marés, como o delta do Amazonas. 181
  • 183. Estuário (Estuary) Estuário é um tipo de desembocadura de rio no mar, caracterizada por uma abertura larga, relativamente profunda. Ambiente com pouca acumulação de sedimentos, devido à ação das correntes de maré e das correntes litorâneas. 183
  • 184. Terraço (Terrace) Terraços são antigas planícies de inundação que foram abandonadas. Assim, pode- se dizer que são compostos de material detrítico aluvial, cujas estruturas sedimentares refletem os mecanismos e os processos deposicionais associados aos processos de erosão do leito fluvial. 184
  • 185. Lago (Lake) Lagos são depressões com presença ou acumulação de água. Essas depressões podem estar associadas a processos tectônicos, vulcânicos, residuais, erosivos ou à constituição de barragens. Os lagos possuem rios afluentes que os alimentam e rios emissários que não os permitem transbordar, promovendo sua vazão. 185
  • 186. Lagoa (Lagoon/Small Lake) Lagoa é uma denominação a lagos de pouca profundidade e pequena extensão. As formas são diversas, geralmente, tendem a circularidade e podem ser de água doce ou salgada. Algumas lagoas são temporárias e sua existência depende do regime das precipitações. 186
  • 187. Calha/Canal Fluvial/Leito Menor (River Channel) Calha constitui um sulco por onde correm as águas fluviais durante todo ano, onde a freqüência destas impede o crescimento da vegetação. A calha tem margens bem definidas e sua morfologia depende do relacionamento de fatores como a descarga líquida, carga sedimentar, litologia, tectonismo, declividade, velocidade do curso d'água e rugosidade do leito. 187
  • 188. Banco (Bank) Banco constitui um depósito de material detrítico (areias ou cascalhos) relativamente espesso. São encontrados nos fundos de leitos fluviais ou nas áreas costeiras, sob a forma de bancos de areia encontrados na plataforma continental. 188
  • 190. Vertente (Mountain Slope/Hill Slope) Vertente é uma forma tridimensional limitada a montante (parte superior) pelo interflúvio e a jusante (parte inferior) pelo talvegue, modelada por processos morfológicos do passado e do presente. 190
  • 191. Barlavento (Windward) Barlavento é o setor da vertente orientado para o vento predominante. 191
  • 192. Sotavento (Leeward) Sotavento é o lado oposto da vertente ao de onde sopra o vento (barlavento). 192
  • 193. Interflúvio/Divisor de Águas (Drainage Divide/lnterfluve) lnterflúvio é uma faixa de relevo que separa duas bacias hidrográficas. É, portanto, a linha que une pontos de maior altitude topográfica entre duas redes de drenagem. 193
  • 194. Talvegue (Thalweg) Talvegue é uma linha que une os pontos de maior profundidade do fundo do vale, coincidindo com a linha de maior profundidade do canal fluvial. É a intersecção de dois planos de vertente com convergência de declive. 194
  • 195. Jusante/Sopé (Base) Jusante é a nomenclatura usada para designar uma área que se localiza em uma posição mais baixa que uma posição referencial, levando-se em consideração o percurso da corrente fluvial. Feições de jusante estão mais próximas da foz de um rio. 195
  • 196. Montante (Amount) Montante é o oposto da jusante, ou seja, denomina uma área situada mais acima de um ponto referencial, levando-se em consideração o percurso da corrente fluvial. Feições de montante estão mais próximas das cabeceiras fluviais. 196
  • 197. Elúvio/Eluvião (Eluvium) Elúvio configura um depósito de sedimentos oriundos da desintegração da rocha matriz, sem haver o transporte deste material detrítico; o sedimento intemperizado permanece no seu local de origem. 197
  • 198. Alúvio/ Aluvião (Alluvium) Alúvio constitui um depósito de material detrítico que foi transportado e depositado pelos rios. São detritos originados da erosão fluvial que acabam sendo depositados ao longo dos cursos fluviais sob a forma de barras, tanto nos centros, como nas margens dos corpos d' água, ou por transbordamento da água do canal, indo constituir os sedimentos das planícies aluviais. 198
  • 199. Colúvio/ Coluvião (Colluvium) Colúvio é um depósito de sedimentos transportados pela ação gravitacional, comumente localizados na base das encostas. O material coluvial constitui depósito de base de vertente e tem composição granulométrica heterogênea. 199
  • 200. Forma Tecnogênica (Tecnogenic Form) As formas ou depósitos tecnogênicos constituem depósitos resultantes da atividade humana, abrangendo depósitos construídos (aterros) e depósitos induzidos, como os sedimentos que depositam-se em virtude da erosão decorrente do uso do solo. Esses depósitos, originários do conjunto de processos por meio dos quais os homens atuam na produção econômica, são a representação da transformação da superfície da Terra numa nova face denominada antropostoma. Esta face é caracterizada por Passerini (1984) como um "tapete, devido à associação de artefatos humanos e construções desenvolvidas como uma camada sobre a superfície terrestre." 200
  • 201. Aterro (Waste Disposal) Aterros são depósitos formados de qualquer tipo de material removido pelo homem. Os aterros são, normalmente, construídos em leitos de estradas e lugares baixos para estabelecer uma linha de declive uniforme. Mais recentemente estes depósitos e formas vêm sendo denominados tecnogênicos. 201
  • 202. Areal Os areais constituem depósitos areníticos recentes, pouco consolidados ou arenosos não- consolidados, com cobertura vegetal escassa ou inexistente e em constante retrabalhamento por agentes climáticos. A gênese dessas manchas arenosas está relacionada à fragilidade da paisagem em sua totalidade, devido à susceptibilidade das unidades litológicas ao processo de arenização (formação de areais devido à intensificação do escoamento superficial concentrado que gera ravinamento e voçorocamento, além da coalescência na base dessas feições de leques deposicionais de areia). Os areais têm origem natural e a ação antrópica pode intensificar o processo. São feições características do sudoeste do Rio Grande do Sul. 202
  • 203. Cicatriz de Escorregamento (Scar af Earthflow) Cicatriz de escorregamento é a feição que fica evidente no terreno quando ocorrem movimentos de escorregamento, diferenciando-se pela forma no plano de ruptura. As cicatrizes podem ser de movimento rotacional ou translacional. A cicatriz rotacional curva e côncava, normalmente se apresenta sobre a forma de escarpas de topo, língua de material acumulado no sopé da encosta, fendas transversais no material mobilizado, etc. A cicatriz do movimento translacional, se apresenta de forma planar, comprida e larga, acompanhada de descontinuidades e/ou hidrológicas existentes no interior do material. 203
  • 204. Cone de Detrito/ Cone de Dejecção (Debris fan) Cone de dejecção constitui-se de um depósito em forma de leque inclinado que se localiza na base da vertente. O cone de dejecção resulta da constituição de torrentes, canais concentrados de atuação periódica (somente em épocas de aumento das precipitações), porém de grande poder energético. Desta forma, os sedimentos que o compõem são bastante grosseiros. 204
  • 205. Depósito de tálus/Glacis/Talude (Tatus Cone) Depósito de tálus corresponde a um depósito formado pelos sedimentos que se acumulam na base de uma vertente. Esses sedimentos podem ser transportados por ação gravitacional, predominantemente, ou pelas águas de escoamento superficial. Esse depósito configura uma superfície inclinada na base de uma vertente. 205
  • 206. Leque aluvial/Cone aluvial (Alluvial fan/Alluvial Cone) Leque aluvial é uma feição de acúmulo de sedimentos, moderadamente inclinada, depositados na base de uma vertente. São sedimentos menos grosseiros que são transportados por correntes que emergem de vales estreitos localizados em vertentes. A forma de leque deste depósito se deve à mudança da velocidade do fluxo d'água, em virtude da alteração da declividade ao longo da encosta. Leques aluviais se formam em espaços onde o suprimento de sedimentos é relativamente grande, onde a declividade do relevo propicia seu desenvolvimento e a acumulação de sedimentos. Mesmo sendo, freqüentemente, usados como sinônimos, o cone aluvial diferencia-se do leque pelo fato de incorporar sedimentos um pouco mais grosseiros, no entanto mais finos que os de um cone de detritos. 206
  • 207. Duto (Pipe) Dutos são canais abertos em subsuperfície, com diâmetros que variam de poucos centímetros a vários metros. O fluxo d'água por esses dutos transporta grandes quantidades de material em subsuperfície. À medida que esse material vai sendo removido, o canal aumenta, podendo resultar no colapso do solo situado acima. Esses constituem forma/processo significativo na evolução de uma voçoroca. 207
  • 208. Ravina (Badland/Ravine) As ravinas constituem um tipo de feição de escoamento concentrado, e se formam quando o fluxo d' água aumenta na encosta por ocasião de grandes episódios chuvosos, tornando-se turbulento. O aumento do gradiente hidráulico pode ocorrer devido à intensificação das chuvas, a uma maior declividade da encosta ou saturação do solo. 208
  • 209. Voçoroca (Gully) As voçorocas podem ser originadas pelo aprofundamento e alargamento de ravinas, ou por erosão causada pelo escoamento subsuperficial, o qual dá origem a dutos (pipes). São relativamente permanentes nas encostas. Têm paredes laterais íngremes, em geral fundo chato, ocorrendo fluxo de água no seu interior durante os períodos chuvosos. Ao aprofundarem seus canais, as voçorocas atingem o lençol freático. Constituem um processo de erosão acelerada e de instabilidade nas paisagens. 209
  • 210. Demoiselle/Chaminé Encastelada/Pirâmide de fada/Pirâmide de Terra (Earth-pillar) Estas microfeições peculiares constituem formas de relevo formadas em função da erosão diferencial realizada pelo escoamento superficial que coloca em evidência pequenas torres de terra protegidas por blocos ou pequenas placas de rochas mais resistentes. 210
  • 211. Microrrelevo Testemunho Microrelevos testemunhos são formas de esculturação existentes no interior de formas maiores presentes em vertentes, são testemunhos do antigo nível altimétrico do terreno por vezes mantido, em função de uma camada de sedimentos ou cobertura vegetal mais resistentes aos processos erosivos. São feições que permitem constatar o quanto o terreno foi rebaixado, por meio da comparação entre a base do microrrelevo e do seu topo. 211
  • 212. Ripple Mark (Ripple Mark) Os ripples marks constituem ondulações que aparecem em superfícies sedimentares, originadas pelas ondas, pelas águas correntes, ou ventos. 212
  • 213. Sulco (Rill) Sulcos são fissuras ou pequenos canais na superfície do solo, formadas a partir das águas de escoamento superficial. 213
  • 214. Marmita (Scour Pit) Marmita é uma cavidade escavada numa rocha no leito dos rios pela ação das águas turbilhonares, ou seja, por "redemoinhos" que arrastam seixos e areias em movimentos circulares. 214
  • 215. Greta de Contração (Stone Polygon/ Stone Ring/Stone Net) Gretas de contração são pequenas fendas produzidas pela desidratação do solo. São fenômenos característicos de áreas argilosas, onde o processo de desidratação desagrega o solo dando origem a uma superfície de feições poligonais. 215
  • 216. Estria (Stria) Estrias são marcas deixadas pelas geleiras nas feições rochosas, devido ao atrito provocado pelos sedimentos transportados pelo gelo, quando em movimento. 216
  • 217. 217