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Unidade
11 A intervenção do Estado
na economia
[11.2] A intervenção económica e
social do Estado
11.2.1. Funções económicas e
sociais do Estado
Do Estado liberal ao Estado intervencionista
3
Estado liberal Estado intervencionista
Limita-se quase exclusivamente a cumprir e a
fazer cumprir a ordem pública, sem funções
económicas.
Desempenha funções económicas, assumindo
um papel ativo na vida económica e social.
Remete o funcionamento da economia para o
mecanismo de mercado.
Visa assegurar os equilíbrios
macroeconómicos.
Só regulamenta juridicamente a economia
para fazer respeitar a livre concorrência.
 Regulamenta juridicamente a economia
para fazer respeitar a livre concorrência.
 Planeia, define e implementa políticas
económicas.
 Produz bens e serviços.
Razões que justificam a intervenção do Estado na
atividade económica
4
Finalidades da intervenção do Estado na atividade económica
Equidade
(função redistribuição)
Garantir
Estabilidade
(função estabilização)
Eficiência
(função afetação)
Promover Evitar/Reduzir/Corrigir Combater
Justiça social
=
Repartição dos rendimentos
mais justa
 Desequilíbrios no mercado
 Flutuações da atividade
económica
Ineficiências do mercado:
falhas de mercado
Razões que justificam a intervenção do Estado na
atividade económica
Promoção da equidade
5
A repartição do rendimento efetuada pelo mercado nem sempre é justa, gerando
desigualdades económicas e sociais. Orientado por princípios de justiça social...
... o Estado promove a equidade, ou seja, atua no sentido de garantir uma
distribuição do rendimento mais justa através da redistribuição do rendimento.
Razões que justificam a intervenção do Estado na
atividade económica
Promoção da estabilidade
6
 Estabilidade dos preços e do
valor da moeda
 Criação de emprego
 Equilíbrio das contas externas
e das contas públicas
Objetivo:
garantir a
estabilidade
da economia.
A intervenção
do Estado
também pode
ser económica.
Indispensável para o bom funcionamento da economia
Razões que justificam a intervenção do Estado na
atividade económica
Promoção da eficiência
7
Eficiência
Corresponde à capacidade de se produzir algo com o mínimo de recursos
utilizados e ao mais baixo custo (económico, social, ambiental, etc.).
Falhas do mercado
Concorrência imperfeita Externalidades Bens públicos
Razões que justificam a intervenção do Estado na
atividade económica
Promoção da eficiência
8
nem sempre
produzindo de forma
eficiente, por não
terem concorrência
ou ela ser fraca
 poucas empresas que têm muito
poder sobre o preço e as
quantidades oferecidas no
mercado (oligopólios);
 ou algum poder (concorrência
monopolística);
 ou poder total (monopólio)
Na produção de
alguns bens e
serviços, o
mercado é
caracterizado
pela existência
de:
Concorrência imperfeita
Razões que justificam a intervenção do Estado na
atividade económica
Promoção da eficiência
9
 Há necessidades dos cidadãos que não são satisfeitas através dos bens privados.
 A produção de bens para satisfazer essas necessidades não é economicamente
rentável:
 não dá lucro;
 ou o lucro não é suficiente tendo em conta o investimento necessário.
 O interesse coletivo não será satisfeito.
Bens públicos
Razões que justificam a intervenção do Estado na
atividade económica
Promoção da eficiência
10
Características dos bens públicos
Não rivalidade Não exclusividade
O facto de um bem ser
consumido por alguém
não diminui a quantidade
disponível para os
outros.
Não se pode excluir
alguém do acesso aos
benefícios resultantes do
consumo do bem.
Segurança
Defesa
Ensino
Saúde
Razões que justificam a intervenção do Estado na
atividade económica
Promoção da eficiência
11
Externalidades
Correspondem ao efeito (não intencional) da ação,
de consumo ou de produção, de um agente económico
sobre o bem-estar de outros agentes (que não participaram dessa ação),
não estando repercutido no sistema de preços do mercado.
Razões que justificam a intervenção do Estado na
atividade económica
Promoção da eficiência
12
Externalidades
Externalidades positivas Externalidades negativas
Algumas atividades produtivas geram benefícios
para terceiros que não são apropriados pelo
agente que desenvolve essas atividades.
Para promover a eficiência, o Estado tende a
incentivar essas atividades produtivas, por
exemplo, atribuindo-lhes subsídios.
Algumas atividades produtivas geram custos
para terceiros que não são suportados pelo
agente que desenvolve essas atividades.
Para promover a eficiência, o Estado tende a
desincentivar essas atividades produtivas, por
exemplo, atribuindo-lhes impostos.
A intervenção do Estado na economia tem
como funções principais
a promoção da equidade (promovendo
uma repartição do rendimento mais justa),
da eficiência (agindo sobre as falhas de
mercado)
e da estabilidade (corrigindo
desequilíbrios no mercado e flutuações da
atividade económica).
13
[Resumidamente]
O mercado não é eficiente porque existem falhas de
mercado:
 Concorrência imperfeita (no mercado não se
verificam as condições para a formação do preço
de equilíbrio por falta ou insuficiência de
concorrência).
 Externalidades (uma empresa gera custos ou
benefícios que não são, na totalidade,
incorporados (internalizados) no preço de venda
dos bens produzidos).
 Bens públicos (a insuficiência ou a ausência de
oferta pelo mercado impõe a intervenção do
Estado).

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  • 1.
  • 2. Unidade 11 A intervenção do Estado na economia [11.2] A intervenção económica e social do Estado 11.2.1. Funções económicas e sociais do Estado
  • 3. Do Estado liberal ao Estado intervencionista 3 Estado liberal Estado intervencionista Limita-se quase exclusivamente a cumprir e a fazer cumprir a ordem pública, sem funções económicas. Desempenha funções económicas, assumindo um papel ativo na vida económica e social. Remete o funcionamento da economia para o mecanismo de mercado. Visa assegurar os equilíbrios macroeconómicos. Só regulamenta juridicamente a economia para fazer respeitar a livre concorrência.  Regulamenta juridicamente a economia para fazer respeitar a livre concorrência.  Planeia, define e implementa políticas económicas.  Produz bens e serviços.
  • 4. Razões que justificam a intervenção do Estado na atividade económica 4 Finalidades da intervenção do Estado na atividade económica Equidade (função redistribuição) Garantir Estabilidade (função estabilização) Eficiência (função afetação) Promover Evitar/Reduzir/Corrigir Combater Justiça social = Repartição dos rendimentos mais justa  Desequilíbrios no mercado  Flutuações da atividade económica Ineficiências do mercado: falhas de mercado
  • 5. Razões que justificam a intervenção do Estado na atividade económica Promoção da equidade 5 A repartição do rendimento efetuada pelo mercado nem sempre é justa, gerando desigualdades económicas e sociais. Orientado por princípios de justiça social... ... o Estado promove a equidade, ou seja, atua no sentido de garantir uma distribuição do rendimento mais justa através da redistribuição do rendimento.
  • 6. Razões que justificam a intervenção do Estado na atividade económica Promoção da estabilidade 6  Estabilidade dos preços e do valor da moeda  Criação de emprego  Equilíbrio das contas externas e das contas públicas Objetivo: garantir a estabilidade da economia. A intervenção do Estado também pode ser económica. Indispensável para o bom funcionamento da economia
  • 7. Razões que justificam a intervenção do Estado na atividade económica Promoção da eficiência 7 Eficiência Corresponde à capacidade de se produzir algo com o mínimo de recursos utilizados e ao mais baixo custo (económico, social, ambiental, etc.). Falhas do mercado Concorrência imperfeita Externalidades Bens públicos
  • 8. Razões que justificam a intervenção do Estado na atividade económica Promoção da eficiência 8 nem sempre produzindo de forma eficiente, por não terem concorrência ou ela ser fraca  poucas empresas que têm muito poder sobre o preço e as quantidades oferecidas no mercado (oligopólios);  ou algum poder (concorrência monopolística);  ou poder total (monopólio) Na produção de alguns bens e serviços, o mercado é caracterizado pela existência de: Concorrência imperfeita
  • 9. Razões que justificam a intervenção do Estado na atividade económica Promoção da eficiência 9  Há necessidades dos cidadãos que não são satisfeitas através dos bens privados.  A produção de bens para satisfazer essas necessidades não é economicamente rentável:  não dá lucro;  ou o lucro não é suficiente tendo em conta o investimento necessário.  O interesse coletivo não será satisfeito. Bens públicos
  • 10. Razões que justificam a intervenção do Estado na atividade económica Promoção da eficiência 10 Características dos bens públicos Não rivalidade Não exclusividade O facto de um bem ser consumido por alguém não diminui a quantidade disponível para os outros. Não se pode excluir alguém do acesso aos benefícios resultantes do consumo do bem. Segurança Defesa Ensino Saúde
  • 11. Razões que justificam a intervenção do Estado na atividade económica Promoção da eficiência 11 Externalidades Correspondem ao efeito (não intencional) da ação, de consumo ou de produção, de um agente económico sobre o bem-estar de outros agentes (que não participaram dessa ação), não estando repercutido no sistema de preços do mercado.
  • 12. Razões que justificam a intervenção do Estado na atividade económica Promoção da eficiência 12 Externalidades Externalidades positivas Externalidades negativas Algumas atividades produtivas geram benefícios para terceiros que não são apropriados pelo agente que desenvolve essas atividades. Para promover a eficiência, o Estado tende a incentivar essas atividades produtivas, por exemplo, atribuindo-lhes subsídios. Algumas atividades produtivas geram custos para terceiros que não são suportados pelo agente que desenvolve essas atividades. Para promover a eficiência, o Estado tende a desincentivar essas atividades produtivas, por exemplo, atribuindo-lhes impostos.
  • 13. A intervenção do Estado na economia tem como funções principais a promoção da equidade (promovendo uma repartição do rendimento mais justa), da eficiência (agindo sobre as falhas de mercado) e da estabilidade (corrigindo desequilíbrios no mercado e flutuações da atividade económica). 13 [Resumidamente] O mercado não é eficiente porque existem falhas de mercado:  Concorrência imperfeita (no mercado não se verificam as condições para a formação do preço de equilíbrio por falta ou insuficiência de concorrência).  Externalidades (uma empresa gera custos ou benefícios que não são, na totalidade, incorporados (internalizados) no preço de venda dos bens produzidos).  Bens públicos (a insuficiência ou a ausência de oferta pelo mercado impõe a intervenção do Estado).