A Primeira República Portuguesa (1910-1926) introduziu várias reformas sociais, educacionais e políticas. Estas incluíram novos direitos trabalhistas e de igualdade, expansão da educação, separação de poderes e proteção dos direitos da família. No entanto, a Primeira Guerra Mundial teve um forte impacto negativo na economia portuguesa, levando a uma crise.
2. Foi o sistema político vigente em Portugal, após a queda da Monarquia
Portuguesa, na qual o governo implementou várias medidas, desde a nível social,
a nível educacional, a nível político, cultural e económico, tais como:
A nível social:
• Direito à greve
• Proteção na doença e na velhice
• Horário de trabalho semanal de 48h
• Igualdade de direitos entre conjugues
• Igualdade entre filhos legítimos e ilegítimos
3. A nível Educacional
• Criação de jardins escolas
• Estabelecimento da escolaridade obrigatória entre os 6 e os 10 anos
• Aumento do número de escolas primárias
• Reforma do ensino
técnico
• Criação das universidades de Lisboa e do Porto
• Reorganização da universidade de Coimbra
4. A nível político
A constituição de 1911 estabeleceu a separação dos poderes:
• Legislativo cabia ao Parlamento ou Congresso
• Judicial competia aos Tribunais.
• Executivo pertencia ao Presidente da República
A nível cultural
• Fundaram-se bibliotecas e museus
• Organizaram-se exposições, conferências gratuitas e concertos musicais
A nível Económico
• Foi feito um esforço de restrição das despesas públicas para tentar equilibrar o défice
do Estado
• Recuperação económica do pais.
5. Portugal em 1914 entrou na 2ª fase da 1ª Guerra Mundial e como se
tinha recentemente tornado numa república, o seu exército não se
encontrava bem constituído.
As tropas portuguesas estavam:
-mal equipadas,
-mal preparadas
-pouco motivadas
Com toda esta situação a população fez sentir a sua insatisfação e o
seu desespero com uma intensidade impar ao longo dos anos do
conflito. O elevado grau de dependência externa, o esforço
financeiro associado às despesas de guerra, os montantes atingidos
pelo endividamento interno e externo, foram as causas que
arrastaram o País para um contexto de crise económica e
financeira, cujas consequências perduraram para além do fim do
conflito.
6. A I Guerra Mundial teve um impacto globalmente negativo no percurso económico
português.
-agravou uma crise económica endémica
Interrompeu o equilíbrio orçamental conseguido por Afonso Costa e pelos Democráticos
em 1913, inibindo quaisquer possibilidades de progresso económico, a médio e longo
prazo.
Queda de grande parte das suas produções.
Dificuldades de acesso a determinados fatores de produção (sementes, adubos).
Retraimento da exportação de alguns produtos base da economia agrícola,
nomeadamente o vinho do Porto.
O tabelamento de preços e a obrigatoriedade do manifesto das produções, acabaram
por ter também reflexos negativos, gerando o descontentamento nos meios agrários.
7. Os direitos trabalhistas serviam para equilibrar as posições de trabalho.Havia
uma grande divisão entre:
-os que tinham meios económicos de manter uma família
-os que tinham apenas força de trabalho para sustento próprio
As condições de vida de um operário no século XIX eram degradantes, estavam
expostos à fome e aos diversos tipos de doenças.
Mulheres e crianças trabalhavam em regimes parecidos ao do homem e ganhavam
menos, o que deixava a produção mais barata e aumentava os lucros. Levando,
consequentemente, a aumentar o desemprego entre homens adultos.
A classe operária não gozava de nenhum amparo jurídico, os governos
organizavam-se para interromper o que poderia ser o crescimento de novos ideais
revolucionários.
8. • Os direitos para as mulheres eram inexistentes.
• Era juridicamente incapaz.
• Em 1907, foi fundado o Grupo Português dos Estudos
Feministas e é em torno deste núcleo que se vai fundar a
Liga Republicana das Mulheres Portuguesas.
• A 27 de novembro de 1910, entregaram uma petição ao
governo em que reclamavam a revisão imediata do
Código Civil, a lei do divórcio e o direito ao voto.
• Durante os seus anos de atividade, a LRMP manteve
sempre uma forte campanha pela instrução da mulher
embora apenas podiam votar as que tivessem cursos
secundários ou superiores, enquanto para os homens
continuava a bastar saber ler e escrever.
9. Com a formação da primeira república foram aprovadas leias sobre a
família e o casamento. Essas leias consistiam em:
-todos têm o direito de constituir família e de dissolver o casamento em
condições de plena igualdade;
-a lei regula os requisitos e os efeitos do casamento e da sua dissolução,
por morte ou divórcio, independentemente da forma de celebração;
10. -os filhos nascidos fora do casamento não podem, por esse motivo, ser
objeto de qualquer discriminação e a lei ou as repartições oficiais não
podem usar designações discriminatórias relativas à filiação;
-os pais têm o direito e o dever de educação e manutenção dos filhos;
-os filhos não podem ser separados dos pais, salvo quando estes não
cumpram os seus deveres fundamentais para com eles e sempre
mediante decisão judicial.
11. Logo após a I guerra mundial as pessoas depararam-se com mais trabalho devido
ao impacto que o país sofreu, as mulheres tiveram tendência de ficar em casa a
cuidar dos filhos e a trabalhar ao mesmo tempo.
Nessa altura os casamentos eram antecipados (era um casamento muito juvenil) e
como costume criavam uma família numerosa.