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EDUCAÇÃO EM SAÚDE
1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
www.anvisa.gov.br
1
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
Educação em Saúde - Anvisa/Ufarm nº 2, de 4 de abril de 2002
A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma polineuropatia aguda, de gravidade variável, que
pode até levar ao óbito. As estatísticas da América do Norte mostram que ela ocorre em uma
taxa de 1 caso por milhão de habitantes por mês, ou aproximadamente, 3.500 casos a cada
ano nos EUA e Canadá . Os padrões de incidência são semelhantes no mundo inteiro.
Na grande maioria dos casos ela é precedida por uma infecção em cerca de uma a três
semanas, ainda que esta possa não ter se manifestado clinicamente tendo ocorrido apenas a
elevação de títulos séricos.
No caso de infecção viral, os agentes mais implicados são Herpes Vírus (Citomegalovírus e
vírus Epstein-Barr). A gastroenterite por Campylobacter jejuni também pode preceder à
síndrome. Menos de 5% dos casos ocorre entre 1 a 4 semanas após um procedimento
cirúrgico.
A SGB pode estar associada ao linfoma, e ao lúpus eritematoso sistêmico. Ainda não é
possível identificar os mecanismos imunológicos envolvidos. Além desses fatores, a SGB pode
também estar associada ao uso de alguns medicamentos tais como gangliosídeos cerebrais e
estavudina.
Nos anos de 1976 a 1977 ocorreu um surto de cerca de 500 casos nos EUA durante o
programa nacional de vacinação da gripe suína, mas o motivo pelo qual a vacina desencadeou
a SGB nunca foi descoberto.
As manifestações clínicas da SGB podem se apresentar num período de horas a dias, e
incluem paralisia motora ascendente com arreflexia, associada ou não a um distúrbio sensorial,
e elevação acelular das proteínas totais do líquor no final da primeira semana.
São identificados vários subtipos de SGB, alguns com padrão inflamatório evidente e outros
cuja histopatologia do axônio revela pouca inflamação. A maioria dos pacientes necessitam de
hospitalização e cerca de 30% necessitam de assistência ventilatória em algum momento
durante a doença. A taxa de mortalidade chega a 4%. Apesar disso, a grande maioria dos
pacientes apresenta recuperação completa ou quase completa.
O tratamento em geral é de suporte, porém a administração de imunoglubulina endovenosa em
altas doses pode ser eficaz. A plasmaférese também pode ser instituída nas primeiras
semanas da doença.
Fonte: Harrison : Medicina Interna - 14ª Edição
Mc Graw Hill Rio de Janeiro

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