O documento discute a América Latina, dividindo-a em aspectos físicos, históricos, culturais e econômicos. A região é marcada pela colonização européia e desempenha um papel periférico no capitalismo global, com disparidades sociais. Problemas como narcotráfico, pobreza e desigualdade contribuem para uma "identidade dos problemas" na América Latina.
Sistema Colonial Mercantilista (Exploração e Povoamento)
Slide america latina
1. SLIDE
1. ZONAS LUMINOSAS E ZONAS OPACAS Professor: Rosemildo Lima
2. CARACTERÍSTICAS POLÍTICO-ECONÔMICAS DAS REGIÕES PERIFÉRICAS AMÉRICA-
LATINA
3. DIVISÃO FÍSICA DA AMÉRICA Levando-se em consideração os aspectos físicos o continente
Americano pode ser dividido em: AMÉRICA DO NORTE AMÉRICA CENTRAL AMÉRICA DO SUL
4. DIVISÃO HISTÓRICO-CULTURAL DA AMÉRICA O SENTIDO DA COLONIZAÇÃO DIVIDIU O
CONTINENTE AMERICA EM DUAS PORÇÕES DISTINTAS: América Anglo-Saxônica e América
Latina AMERICA ANGLO-SAXÔNICA COLÔNIA DE POVOAMENTO (INGLESES) ESTADOS
UNIDOS E CANADÁ PAÍSES DESENVOLVIDOS
5. AMÉRICA LATINA TODOS OS PAÍSES ABAIXO DOS ESTADOS UNIDOS PAÍSES
SUBDESENVOLVIDOS AMÉRICA LATINA COLÔNIAS DE EXPLORAÇÃO (ESPANHÓIS E
PORTUGUESES)
6. AMÉRICA LATINA AMERICA ANGLO-SAXÔNICA
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13. Podemos afirmar que a existência de uma “identidade” latino-americana pode ser atribuída mais às
experiências negativas vivenciadas pelas sociedades relacionadas à pobreza, à opressão, às ditaduras
militares, às desigualdades sociais, etc. Ou seja, se há uma “identidade” que aproxima as nações na América
Latina, esta é uma “identidade dos problemas” e das situações que têm enfrentado ao longo da história.
América Latina é a região geográfica marcada pela colonização de exploração colonial, apresentando um
papel periférico no capitalismo internacional e onde as disparidades sociais e econômicas são elevadas.
ASPECTOS GERAIS DA AMÉRICA LATINA
14. O PAPEL DA AMÉRICA LATINA NO MUNDO O PERÍODO MERCANTIL: – imposição de valores
culturais, políticos, econômicos e de organização espacial pelas metrópoles ibéricas, desestruturando o
espaço pré-existente (ex: Maias, Astecas, Tupis, etc.); – implantação de um modelo de desenvolvimento
primário-exportador controlado a partir de cidades litorâneas ligadas diretamente às metrópoles
colonialistas; – organização do espaço rural baseado no binômio latifúndio (monocultura de exportação)
/minifúndio (produção complementar e subsistência). Essa estrutura agrária garantiu a posse da terra e
restringiu o seu acesso à população nativa.
15. O PERÍODO INDUSTRIAL – processo de independência das colônias influenciado pelos ideais
iluministas; – transferência da esfera de influência ibérica para a esfera de influência da Inglaterra. –
mudanças nas relações de trabalho, com um estímulo maior ao trabalho livre (assalariado), importante para a
constituição de um mercado consumidor; – estímulo à imigração de mão-de-obra estrangeira por alguns
países, como ocorreu no Brasil em meados do século XIX (produção do café, ocupação territorial, “política
de embranquecimento”, etc.); – reforço do modelo agroexportador; – especialização espacial da produção; –
início do processo de industrialização de alguns países (final do séc. XIX) baseado na importação de bens de
capital (máquinas e equipamentos) e na produção de bens de consumo imediato (têxteis, alimentos, bebidas,
etc.).
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17. ECONOMIA MUNDIALIZADA a construção da hegemonia dos EUA sobre a América Latina. o
projeto geopolítico tem seu início em 1823 com a Doutrina Monroe; 1904 com a política do Big Stick (o
“direito” dos EUA de intervir em países da América Latina) e consolida-se com as intervenções diretas e
indiretas no contexto da Guerra Fria. Os EUA consideram a América Latina como uma extensão do seu
território e como um espaço estratégico para garantir a sua segurança interna. Durante as décadas de 1960 e
1970, os EUA procuraram conter os movimentos sociais e suas reivindicações disseminando a ideologia do
anticomunismo, com o total apoio dos governos ditatoriais instalados na região sob a proteção norte-
americana.
2. 18. A expansão da economia dos EUA e o crescimento de sua influência na América Latina Implantação de
filiais de transnacionais organizadas sob a forma de grandes complexos comercial-industrial-financeiro,
aproveitando-se das vantagens locacionais oferecidas pelos Estados latino-americanos; Intensas pressões
para que os países da região realizassem uma maior abertura à entrada de capitais estrangeiros a partir da
década de 1950; Propagação da ideologia desenvolvimentista:
19. A AMÉRICA LATINA E A GLOBALIZAÇÃO É importante destacar os seguintes aspectos dessa
inserção latino-americana na nova ordem mundial: – ao mesmo tempo em que os EUA pedem maior
liberdade comercial e é fechado o acordo do NAFTA, ressurge um movimento político social (nativista)
antiimperialismo no México em 1993: a guerrilha zapatista de Chiapas, resgatando as bandeiras de eqüidade
econômica, soberania política e justiça social da Revolução Mexicana do início do século XX. – a inserção
promovida pelo mercado provoca, dentre outras conseqüências, a dissolução do Estado providência. – a
mudança do papel do Estado através da aplicação das políticas neoliberais a partir dos anos 1980/90. o
discurso do “Estado mínimo” .
20. A AMÉRICA LATINA E A GLOBALIZAÇÃO – o crescimento dos bolsões de pobreza e das “áreas
de exclusão”, parcelas do território onde o Estado não é mais capaz de controlar (ex: Cali, Medellín, favelas
do Rio de Janeiro, etc.). – ampliação da chamada “economia informal”. – A organização de blocos
econômicos regionais, como o Mercosul, é uma resposta a ampliação da competição da América Latina com
outras regiões e blocos de países. É importante destacar que a amplitude supranacional dos blocos
econômicos favorece as economias mais internacionalizadas, pois a orientação política está direcionada para
o mercado externo e não para o mercado interno de cada Estado-Nação.
21. A QUESTÃO DO NARCOTRÁFICO Os países da América Andina, entre os quais, a Colômbia, Peru
e Bolívia, são mundialmente conhecidos pela intensa produção e tráfico de drogas, sobretudo a cocaína.
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23. “ A cocaína é a bomba atômica da América latina” Pode-se perceber que a questão do narcotráfico na
região está associada aos seguintes fatores: As condições de abandono dos pequenos produtores, reduzidos
às piores terras, nos altiplanos andinos e sem o apoio do Estado, são facilmente cooptados pelos
narcotraficantes para a produção de folha de coca (no Peru e Bolívia são 200 mil/ha plantados). A miséria
que assola às grandes cidades, principalmente na Colômbia, onde o narcotráfico criou verdadeiro Estado
paralelo, em cidades como Cali e Medelin, recrutando a população mais pobre para o tráfico de drogas e
para formas as milícias particulares dos cartéis. A corrupção, que foi bastante difundida, na época das
ditaduras militares, pois, sem a democracia, várias pessoas dos altos escalões do Estado se envolveram no
narcotráfico, principalmente na Colômbia, considerado o maior produtor de pasta de cocaína.
24. A participação de movimentos guerrilheiros, que sem o apoio externo, com o esgotamento do bloco
socialista, se associaram aos narcotraficantes, a exemplo do grupo “Sendero luminoso”, no Peru. “O passar
do tempo trouxe uma reavaliação. A cocaína não é inofensiva e a América Latina começou a sofrer com
seus problemas de abuso das drogas em meados dos anos 80. Os países latinos descobriram que o tráfico de
cocaína poderia destruir de forma assustadora boa. A existência de “paraísos fiscais”, ou seja, países com
sistemas bancários abertos para onde flui grande parte dos narcodólares pertencentes aos grandes cartéis.
Esses países dificultam o combate ao crime organizado já que o patrimônio dos traficantes fica protegido das
autoridades. As condições naturais dos países que se sobressaem na produção de narcóticos. A Colômbia,
Peru e Bolívia têm grande parte de seus territórios dentro da chamada Pan-Amazônia, que devido a sua
grandiosidade e dificuldade de acesso, acabou se tornando um dos principais territórios dos traficantes.
25. Conseqüências do narcotráfico : Aumento da instabilidade política devido ao enfraquecimento das
instituições pelo fortalecimento dos grupos narcotraficantes, como ocorreu na Colômbia durante a década de
80. O grande volume de capital que sai dos países sem um controle fiscal põe em xeque a soberania do
Estado na circulação de capitais. A degeneração social e o aumento das despesas do Estado na prevenção, no
combate e no tratamento dos usuários. A subordinação da sociedade aos circuitos ilegais, tanto pela coação
quanto pela “colaboração”.