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DRENAGEM AGRÍCOLA
Com a prática da drenagem podemos diminuir ou
até mesmo evitar as enchentes, que por sinal causam
grandes estragos nas cidades e na zona rural
A drenagem agrícola pode ser definida como sendo
um processo de remoção do excesso de água dos solos
aplicado pela irrigação ou proveniente das chuvas, de
modo que o solo tenha condições de aeração,
estruturação e resistência.
É importante observar que tanto as raízes como a
planta não se desenvolvem na situação em que não
ocorre drenagem.
Tipos de Drenagem
Endorreica: São os rios que deságuam em outro lago
ou rio.
Exorreica: São os rios que deságuam no mar.
Arreica: O rio não possui uma direção certa,
simplesmente desaparece por evaporação ou por
infiltração (existem rios que desaparecem no meio do
deserto).
Drenagem é o ato de escoar as águas de terrenos
encharcados por meio de tubos, túneis, canais, valas e
fossos sendo, possível, recorrer a motores como apoio ao
escoamento.
Os canais podem ser naturais (córregos) ou artificiais (de
concreto simples, concreto armado ou gabião). Os
sistemas de drenagem podem ser urbanos ou rurais e
visam escoar as águas de chuvas e evitar enchentes.
DRENAGEM URBANA
O que é um sistema de drenagem de águas pluviais?
Também conhecido como drenagem urbana, se trata
justamente de um processo de controle e gerenciamento
das águas da chuva. Seu principal objetivo é minimizar
os problemas que esse excesso de água pode causar,
como os deslizamentos de encostas e enchentes. É o
sistema de manejo projetado pelo poder público do
município para coletar águas e escoá-las para galerias de
águas pluviais e esgotos pluviais até um curso hídrico
capaz de recebê-las.
Com um conjunto de estruturas e instalações nas
vias urbanas, esse sistema canaliza e direciona esse
escoamento para canaletas, bueiros, galerias entre outros.
Assim, é possível direcionar para tratamento de água e
reaproveitamento.
Existem quatro pontos principais que devem ser
observados e considerados ao planejar a drenagem:
aspecto social, legal e institucional, aspecto tecnológico
e, por fim, o aspecto ambiental.
Aspecto social: controle das áreas com aglomeração
populacional, para evitar qualquer tipo de acidente;
Aspecto Legal e Institucional: cada prefeitura
possui suas próprias drenagens ou terceirizam o serviço;
Aspecto Tecnológico: ferramentas adequadas e
instalações que sejam eficazes no escoamento;
Tipos de sistemas
Existem ainda duas classificações para a drenagem
de águas pluviais, que são divididas em:
 Microdrenagem: para coleta de águas superficiais
ou subterrâneas através de pequenas e médias
galerias;
 Macrodrenagem: inclui também galerias de grande
porte e outros corpos receptores como rios e canais;
Os principais elementos desse sistema incluem:
Guia ou meio-fio;
Sarjeta;
Galerias de drenagem;
Bueiros ou bocas – de – lobo;
Trincheiras e valas;
Dutos de canalização.
INTRODUÇÃO E GENERALIDADES
Drenagem é o termo empregado na designação das
instalações destinadas a escoar o excesso de água, seja
em rodovias, na zona rural ou na malha urbana, sendo
que a drenagem desta última é o objetivo do nosso
estudo.
A drenagem urbana não se restringe aos aspectos
puramente técnicos impostos pelos limites restritos à
engenharia, pois compreende o conjunto de todas as
medidas a serem tomadas que visem à atenuação dos
riscos e dos prejuízos decorrentes de inundações aos
quais a sociedade está sujeita.
O caminho percorrido pela água da chuva sobre uma
superfície pode ser topograficamente bem definido, ou
não. Após a implantação de uma cidade, o percurso
caótico das enxurradas passa a ser determinado pelo
traçado das ruas e acaba se comportando, tanto
quantitativa como qualitativamente, de maneira bem
diferente de seu comportamento original.
As torrentes originadas pela precipitação direta
sobre as vias públicas desembocam nos bueiros situados
nas sarjetas. Estas torrentes (somadas à água da rede
pública proveniente dos coletores localizados nos pátios
e das calhas situadas nos topos das edificações) são
escoadas pelas tubulações que alimentam os condutos
secundários, a partir do qual atingem o fundo do vale,
onde o escoamento é topograficamente bem definido,
mesmo que não haja um curso d’água perene.
O escoamento no fundo do vale é o que determina o
chamado Sistema de Macro-Drenagem. O sistema
responsável pela captação da água pluvial e sua
condução até o sistema de macro-drenagem é
denominado Sistema de Micro-drenagem, e será o objeto
do nosso estudo.
De uma maneira geral, as águas decorrentes da
chuva (coletadas nas vias públicas por meio de bocas-de-
lobo e descarregadas em condutos subterrâneos) são
lançadas em cursos d’água naturais, no oceano, em lagos
ou, no caso de solos bastante permeáveis, esparramadas
sobre o terreno por onde infiltram no subsolo. Parece
desnecessário dizer que a escolha do destino da água
pluvial deve ser feita segundo critérios éticos e
econômicos, após análise cuidadosa e criteriosa das
opções existentes.
De qualquer maneira, é recomendável que o sistema
de drenagem seja tal que o percurso da água entre sua
origem e seu destino seja o mínimo possível.
CONSEQÜÊNCIAS DA URBANIZAÇÃO NA
DRENAGEM DA BACIA
O comportamento do escoamento superficial direto
sofre alterações substanciais em decorrência do processo
de urbanização de uma bacia, principalmente como
conseqüência da impermeabilização da superfície, o que
produz maiores picos e vazões.
Já na primeira fase de implantação de uma cidade, o
desmatamento pode causar um aumento dos picos e
volumes e, conseqüentemente, da erosão do solo; se o
desenvolvimento urbano posterior ocorrer de forma
desordenada, estes resultados deploráveis podem ser
agravados com o assoreamento em canais e galerias,
diminuindo suas capacidades de condução do excesso de
água. Além de degradar a qualidade da água e possibilitar
a veiculação de moléstias, a deficiência de redes de
esgoto contribui também para aumentar a possibilidade
de ocorrência de inundações. Uma coleta de lixo
ineficiente, somada a um comportamento indisciplinado
dos cidadãos, acaba por entupir bueiros e galerias e
deteriorar ainda mais a qualidade da água.
A estes problemas soma-se a ocupação
indisciplinada das várzeas, que também produz maiores
picos, aumentando os custos gerais de utilidade pública
e causando maiores prejuízos. Os problemas advindos de
um mal planejamento não se restringem ao local de
estudo, uma vez que a introdução de redes de drenagem
ocasiona uma diminuição considerável no tempo de
concentração e maiores picos a jusante. Estes processos
estão inter-relacionados de forma bastante complexa,
resultando em problemas que se referem não somente às
inundações, como também à poluição, ao clima e aos
recursos hídricos de uma maneira geral.
Os problemas que dizem respeito ao controle de
inundações são decorrentes da elevação dos picos das
cheias, ocasionada tanto pela intensificação do volume
do escoamento superficial direto (causado pelo aumento
da densidade das construções, e conseqüente
impermeabilização da superfície), como pela diminuição
dos tempos de concentração e de recessão. Esta
diminuição é também oriunda do acréscimo na
velocidade de escoamento devido à alteração do sistema
de drenagem existente, exigida por este aumento da
densidade de construções. Os problemas de controle de
poluição diretamente relacionados à drenagem urbana
têm sua origem na deterioração da qualidade dos cursos
receptores das águas pluviais.
Além de aumentar o volume do escoamento
superficial direto, a impermeabilização da superfície
também faz com que a recarga subterrânea, já reduzida
pelo aumento do volume das águas servidas
(conseqüência do aumento da densidade populacional),
diminua ainda mais, restringindo as vazões básicas a
níveis que podem chegar a comprometer a qualidade da
água pluvial nestes cursos receptores, não bastasse o fato
de que o aumento do volume das águas servidas já é um
fator de degradação da qualidade das águas pluviais.
Os problemas climáticos são, basicamente,
decorrentes do aumento da densidade das construções.
Embora se constituam em impactos de pequena escala
que se processam de forma lenta, podem, a longo prazo,
alterar significativamente o balanço 3 hídrico que, por
sua vez, podem reduzir as vazões mínimas e,
conseqüentemente, produzir certo impacto sobre a
qualidade das águas pluviais.
Segundo Uehara (1985), as precipitações totais
podem aumentar em até 10% em relação à zona rural.
Segundo a mesma fonte, a umidade relativa do ar pode
sofrer um acréscimo de até 8% e pode chegar a haver um
aumento de 1o C na temperatura do ar, enquanto o
aumento da nebulosidade pode atingir até 100%.
Já os problemas relacionados aos recursos hídricos
são uma conseqüência direta do aumento da demanda de
água, decorrente do aumento da densidade populacional.
Logo se vê que estes problemas são inerentes ao aumento
das densidades populacional e de construções ou, em
outras palavras, ao processo de urbanização em si,
formando um emaranhado complexo de causas e efeitos.
Portanto, tal complexidade não permite que possa
haver soluções eficientes e sustentáveis que não
abranjam todos os processos e suas inter-relações, o que
exige que se atue sobre as causas. Entretanto, os
impactos decorrentes do processo de urbanização em
uma bacia não são apenas de origem hidrológica.
Para um bom funcionamento de um sistema de drenagem
faz necessário um bom planejamento do sistema. Hoje há
a proposição de mudança de paradigma da gestão da
drenagem urbana de um enfoque sanitário-higienista, o
qual vem sendo utilizado a séculos, que visa livrar-se das
águas pluviais o mais rápido possível, para um enfoque
ambiental que busca o reequilíbrio do ciclo hidrológico
para mais perto do natural, que segue os princípios do
controle na fonte. Para isso é necessária uma verdadeira
integração entre todos os chamados setores da água. Para
Tucci (2002) citado por Silveira (2002) está integração
está vinculada o reconhecimento de que as seguintes
inter-relações devem ser efetivamente consideradas no
planejamento urbano:
O abastecimento de água é realizado à partir de
mananciais que podem ser contaminados pelo esgoto
local, pluvial ou por depósitos de resíduos sólidos;
A solução do controle da drenagem urbana depende
da existência de rede de esgoto local e suas
características;
 a limpeza das ruas, a coleta e disposição de resíduos
sólidos interfere na quantidade e na qualidade das
águas dos pluviais.
 o abastecimento de água é realizado à partir de
mananciais que podem ser contaminados pelo
esgoto local, pluvial ou por depósitos de resíduos
sólidos;
 a solução do controle da drenagem urbana depende
da existência de rede de esgoto local e suas
características;
 a limpeza das ruas, a coleta e disposição de resíduos
sólidos interfere na quantidade e na qualidade das
águas dos pluviais.
FUNDAMENTOS DE UM SISTEMA DE
DRENAGEM URBANA
++
Sistemas de drenagem minimizam os impactos das
chuvas no meio ambiente, evitando alagamentos,
enchentes, erosão, deslizamentos e improdutividade
agrícola.
O manejo de águas pluviais é de extrema importância
para diminuir os impactos negativos das chuvas em áreas
urbanas. Por meio de sistemas de drenagem, o excesso
de água no solo é direcionado a locais estratégicos.

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Sistemas de Drenagem.docx

  • 1. DRENAGEM AGRÍCOLA Com a prática da drenagem podemos diminuir ou até mesmo evitar as enchentes, que por sinal causam grandes estragos nas cidades e na zona rural A drenagem agrícola pode ser definida como sendo um processo de remoção do excesso de água dos solos aplicado pela irrigação ou proveniente das chuvas, de modo que o solo tenha condições de aeração, estruturação e resistência. É importante observar que tanto as raízes como a planta não se desenvolvem na situação em que não ocorre drenagem. Tipos de Drenagem Endorreica: São os rios que deságuam em outro lago ou rio. Exorreica: São os rios que deságuam no mar. Arreica: O rio não possui uma direção certa, simplesmente desaparece por evaporação ou por infiltração (existem rios que desaparecem no meio do deserto).
  • 2. Drenagem é o ato de escoar as águas de terrenos encharcados por meio de tubos, túneis, canais, valas e fossos sendo, possível, recorrer a motores como apoio ao escoamento. Os canais podem ser naturais (córregos) ou artificiais (de concreto simples, concreto armado ou gabião). Os sistemas de drenagem podem ser urbanos ou rurais e visam escoar as águas de chuvas e evitar enchentes. DRENAGEM URBANA O que é um sistema de drenagem de águas pluviais? Também conhecido como drenagem urbana, se trata justamente de um processo de controle e gerenciamento das águas da chuva. Seu principal objetivo é minimizar os problemas que esse excesso de água pode causar, como os deslizamentos de encostas e enchentes. É o sistema de manejo projetado pelo poder público do município para coletar águas e escoá-las para galerias de águas pluviais e esgotos pluviais até um curso hídrico capaz de recebê-las. Com um conjunto de estruturas e instalações nas vias urbanas, esse sistema canaliza e direciona esse escoamento para canaletas, bueiros, galerias entre outros. Assim, é possível direcionar para tratamento de água e reaproveitamento.
  • 3. Existem quatro pontos principais que devem ser observados e considerados ao planejar a drenagem: aspecto social, legal e institucional, aspecto tecnológico e, por fim, o aspecto ambiental. Aspecto social: controle das áreas com aglomeração populacional, para evitar qualquer tipo de acidente; Aspecto Legal e Institucional: cada prefeitura possui suas próprias drenagens ou terceirizam o serviço; Aspecto Tecnológico: ferramentas adequadas e instalações que sejam eficazes no escoamento; Tipos de sistemas Existem ainda duas classificações para a drenagem de águas pluviais, que são divididas em:  Microdrenagem: para coleta de águas superficiais ou subterrâneas através de pequenas e médias galerias;  Macrodrenagem: inclui também galerias de grande porte e outros corpos receptores como rios e canais; Os principais elementos desse sistema incluem: Guia ou meio-fio; Sarjeta; Galerias de drenagem;
  • 4. Bueiros ou bocas – de – lobo; Trincheiras e valas; Dutos de canalização. INTRODUÇÃO E GENERALIDADES Drenagem é o termo empregado na designação das instalações destinadas a escoar o excesso de água, seja em rodovias, na zona rural ou na malha urbana, sendo que a drenagem desta última é o objetivo do nosso estudo. A drenagem urbana não se restringe aos aspectos puramente técnicos impostos pelos limites restritos à engenharia, pois compreende o conjunto de todas as medidas a serem tomadas que visem à atenuação dos riscos e dos prejuízos decorrentes de inundações aos quais a sociedade está sujeita. O caminho percorrido pela água da chuva sobre uma superfície pode ser topograficamente bem definido, ou não. Após a implantação de uma cidade, o percurso caótico das enxurradas passa a ser determinado pelo traçado das ruas e acaba se comportando, tanto quantitativa como qualitativamente, de maneira bem diferente de seu comportamento original.
  • 5. As torrentes originadas pela precipitação direta sobre as vias públicas desembocam nos bueiros situados nas sarjetas. Estas torrentes (somadas à água da rede pública proveniente dos coletores localizados nos pátios e das calhas situadas nos topos das edificações) são escoadas pelas tubulações que alimentam os condutos secundários, a partir do qual atingem o fundo do vale, onde o escoamento é topograficamente bem definido, mesmo que não haja um curso d’água perene. O escoamento no fundo do vale é o que determina o chamado Sistema de Macro-Drenagem. O sistema responsável pela captação da água pluvial e sua condução até o sistema de macro-drenagem é denominado Sistema de Micro-drenagem, e será o objeto do nosso estudo. De uma maneira geral, as águas decorrentes da chuva (coletadas nas vias públicas por meio de bocas-de- lobo e descarregadas em condutos subterrâneos) são lançadas em cursos d’água naturais, no oceano, em lagos ou, no caso de solos bastante permeáveis, esparramadas sobre o terreno por onde infiltram no subsolo. Parece desnecessário dizer que a escolha do destino da água pluvial deve ser feita segundo critérios éticos e econômicos, após análise cuidadosa e criteriosa das opções existentes.
  • 6. De qualquer maneira, é recomendável que o sistema de drenagem seja tal que o percurso da água entre sua origem e seu destino seja o mínimo possível. CONSEQÜÊNCIAS DA URBANIZAÇÃO NA DRENAGEM DA BACIA O comportamento do escoamento superficial direto sofre alterações substanciais em decorrência do processo de urbanização de uma bacia, principalmente como conseqüência da impermeabilização da superfície, o que produz maiores picos e vazões. Já na primeira fase de implantação de uma cidade, o desmatamento pode causar um aumento dos picos e volumes e, conseqüentemente, da erosão do solo; se o desenvolvimento urbano posterior ocorrer de forma desordenada, estes resultados deploráveis podem ser agravados com o assoreamento em canais e galerias, diminuindo suas capacidades de condução do excesso de água. Além de degradar a qualidade da água e possibilitar a veiculação de moléstias, a deficiência de redes de esgoto contribui também para aumentar a possibilidade de ocorrência de inundações. Uma coleta de lixo ineficiente, somada a um comportamento indisciplinado dos cidadãos, acaba por entupir bueiros e galerias e deteriorar ainda mais a qualidade da água.
  • 7. A estes problemas soma-se a ocupação indisciplinada das várzeas, que também produz maiores picos, aumentando os custos gerais de utilidade pública e causando maiores prejuízos. Os problemas advindos de um mal planejamento não se restringem ao local de estudo, uma vez que a introdução de redes de drenagem ocasiona uma diminuição considerável no tempo de concentração e maiores picos a jusante. Estes processos estão inter-relacionados de forma bastante complexa, resultando em problemas que se referem não somente às inundações, como também à poluição, ao clima e aos recursos hídricos de uma maneira geral. Os problemas que dizem respeito ao controle de inundações são decorrentes da elevação dos picos das cheias, ocasionada tanto pela intensificação do volume do escoamento superficial direto (causado pelo aumento da densidade das construções, e conseqüente impermeabilização da superfície), como pela diminuição dos tempos de concentração e de recessão. Esta diminuição é também oriunda do acréscimo na velocidade de escoamento devido à alteração do sistema de drenagem existente, exigida por este aumento da densidade de construções. Os problemas de controle de poluição diretamente relacionados à drenagem urbana têm sua origem na deterioração da qualidade dos cursos receptores das águas pluviais.
  • 8. Além de aumentar o volume do escoamento superficial direto, a impermeabilização da superfície também faz com que a recarga subterrânea, já reduzida pelo aumento do volume das águas servidas (conseqüência do aumento da densidade populacional), diminua ainda mais, restringindo as vazões básicas a níveis que podem chegar a comprometer a qualidade da água pluvial nestes cursos receptores, não bastasse o fato de que o aumento do volume das águas servidas já é um fator de degradação da qualidade das águas pluviais. Os problemas climáticos são, basicamente, decorrentes do aumento da densidade das construções. Embora se constituam em impactos de pequena escala que se processam de forma lenta, podem, a longo prazo, alterar significativamente o balanço 3 hídrico que, por sua vez, podem reduzir as vazões mínimas e, conseqüentemente, produzir certo impacto sobre a qualidade das águas pluviais. Segundo Uehara (1985), as precipitações totais podem aumentar em até 10% em relação à zona rural. Segundo a mesma fonte, a umidade relativa do ar pode sofrer um acréscimo de até 8% e pode chegar a haver um aumento de 1o C na temperatura do ar, enquanto o aumento da nebulosidade pode atingir até 100%.
  • 9. Já os problemas relacionados aos recursos hídricos são uma conseqüência direta do aumento da demanda de água, decorrente do aumento da densidade populacional. Logo se vê que estes problemas são inerentes ao aumento das densidades populacional e de construções ou, em outras palavras, ao processo de urbanização em si, formando um emaranhado complexo de causas e efeitos. Portanto, tal complexidade não permite que possa haver soluções eficientes e sustentáveis que não abranjam todos os processos e suas inter-relações, o que exige que se atue sobre as causas. Entretanto, os impactos decorrentes do processo de urbanização em uma bacia não são apenas de origem hidrológica. Para um bom funcionamento de um sistema de drenagem faz necessário um bom planejamento do sistema. Hoje há a proposição de mudança de paradigma da gestão da drenagem urbana de um enfoque sanitário-higienista, o qual vem sendo utilizado a séculos, que visa livrar-se das águas pluviais o mais rápido possível, para um enfoque ambiental que busca o reequilíbrio do ciclo hidrológico para mais perto do natural, que segue os princípios do controle na fonte. Para isso é necessária uma verdadeira integração entre todos os chamados setores da água. Para Tucci (2002) citado por Silveira (2002) está integração está vinculada o reconhecimento de que as seguintes inter-relações devem ser efetivamente consideradas no planejamento urbano:
  • 10. O abastecimento de água é realizado à partir de mananciais que podem ser contaminados pelo esgoto local, pluvial ou por depósitos de resíduos sólidos; A solução do controle da drenagem urbana depende da existência de rede de esgoto local e suas características;  a limpeza das ruas, a coleta e disposição de resíduos sólidos interfere na quantidade e na qualidade das águas dos pluviais.  o abastecimento de água é realizado à partir de mananciais que podem ser contaminados pelo esgoto local, pluvial ou por depósitos de resíduos sólidos;  a solução do controle da drenagem urbana depende da existência de rede de esgoto local e suas características;  a limpeza das ruas, a coleta e disposição de resíduos sólidos interfere na quantidade e na qualidade das águas dos pluviais.
  • 11. FUNDAMENTOS DE UM SISTEMA DE DRENAGEM URBANA ++ Sistemas de drenagem minimizam os impactos das chuvas no meio ambiente, evitando alagamentos, enchentes, erosão, deslizamentos e improdutividade agrícola. O manejo de águas pluviais é de extrema importância para diminuir os impactos negativos das chuvas em áreas urbanas. Por meio de sistemas de drenagem, o excesso de água no solo é direcionado a locais estratégicos.