1. Na Índia, em 26 de fevereiro, é comemorado o SHIV-RATRI ou “a noite de Shiva”. Na tradição
hindu Shiva é destrói para reconstruir. É um transformador, um renovador.
Shiva ou Deva é o deus supremo. Nele reside a alegria e a benevolência.
A figura traz um tridente que elimina a ignorância. Suas três pontas simbolizam a inércia, o
movimento e o equilíbrio.
No pescoço traz uma serpente que adorna também a cintura representando a imortalidade. A
serpente na Ioga e a Kundalini, a energia de fogo, a base da coluna que ativa os centros de
energia, os chakras.
No alto da cabeça de Shiva, o jarro d’água descreve o rio Ganges que desce através dos
cabelos.
O emblema fálico de Shiva é representado pelo Lingam ou Linga, membro da criação e força
vital a energia masculina no universo e na Índia o Linga ou pênis é reverenciado pelo povo. A
base do Lingam representa Yoni, a vagina, explicitando que a criação se faz com a junção dos
dois orgãos.
Shiva está associado ao fogo, o elemento que transforma e nada que passar pelo fogo
permanecerá como antes.
Nandi, é a alegria, é o touro branco, está ligado às forças telúricas, à virilidade, a força física e
o controle da violência.
Na mão esquerda, Shiva segura o Damaru, o tambor em forma de uma ampulheta, onde marca
o ritmo cósmico, o senhor implacável, o tempo!
Na outra mão Shiva carrega uma chama, a transformação e eliminação de tudo que é ilusório.
Nas outras duas mãos, a direita Shiva faz gestos específicos, abençoando quem para ele olhar
e a esquerda a tromba de um elefante, que destrói os obstáculos.
A primeira aparição de Shiva ou Pashupati foi como o “senhor dos animais”, e ocorreu no
período neolítico, 4000 a.C.. A coroa de Shiva em forma de cornos de búfalo mostra a
proximidade de Shiva com os animais. Pashupati já nesta ocasião estava na posição de
meditação. Os quatro animais ao seu redor são o tigre, o elefante, o rinoceronte e o búfalo e
representam nossas emoções e instintos como o orgulho, a força, o ódio e a sexualidade.