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Roteiro 1: Conversa inicial
Objetivo: Refletir sobre as diversas formas de violência.

Materiais: matérias de jornais e revistas que trazem dados e relatos de mortes de
jovens, Bíblia, etiquetas adesivas, canetinhas e cópias do poema “Latino-
americanos” do Pe. Marcionei Miguel da Silva que está no final do roteiro.

Acolhida: A coordenação do encontro dá boas vindas ao grupo e motiva as/os
jovens a se acolherem por meio de um abraço. O grupo pode cantar alguma música
enquanto acontece a acolhida.

Olhando para a realidade
a) O coordenador fala do tema do encontro e convida os jovens a olharem as
matérias de jornais colocados no centro do círculo.
b) Algumas das pessoas da coordenação colocam etiquetas adesivas na testa dos
jovens, sem que estes vejam o que está escrito. Em cada etiqueta há um nome de
um personagem da sociedade que freqüentemente é violentado. Enquanto toca a
música “Problema social” do Seu Jorge e Ana Carolina, os jovens terão de se
movimentar pelo espaço e, por meio de falas, tratar os personagens como eles são
tratados pela sociedade, com o cuidado de não revelar os nomes.

Sugestões de personagens: negro, pobre, índio, favelado, jovem, pichador, mulher,
prostituta, homossexual, idoso, etc.

c) Após o término da música, o coordenador pede às pessoas para tirar as etiquetas
e verem seus personagens. Em seguida forma-se um grande círculo para
conversarem sobre as seguintes perguntas:
     Como foram tratados? Quais os sentimentos que esta dinâmica provocou?
     Na sua opinião, porque acha que estas pessoas são tratadas destas
       maneiras?
     Uma das formas que a violência assume é o preconceito por meio de
       piadinhas, ameaças. No modo como cada um foi tratado, a violência
       aconteceu?

Luz da Palavra de Deus e Envio: acolher a Palavra com algum canto conhecido do
grupo. Uma jovem faz a leitura de Marcos 1, 40-45 e a coordenação motiva
partilhas e reflexões:
       - Motivados pela atitude de Jesus que acolhe um/a excluído/a da sociedade
       daquela época, o que esta leitura nos faz pensar sobre a violência?
       - Qual o nosso compromisso diante de tanta violência?

O coordenador fecha a reflexão convidando-os a pensar durante a semana como a
violência se manifesta nas escolas. Em seguida, cada jovem lê um verso do poema
do Marcionei Miguel da Silva.

“Latino-americanos”
Nunca é tarde pra dizer quanto é lindo amar de novo
Acreditar no dom da vida, no abraço, na partilha
Rompemos o cordel, quebramos as regras
O que importa é a marcha, pouco importa como cantam.

Teu canto é a tua vida, tua voz o nosso hino, teu rosto nossa bandeira
Teu sorriso nossa esperança, teu olhar nossa alegria, tua fala nossa comunhão
Teu querer nosso desafio, tua luta nossa teimosia e teus versos nossa poesia
Tua pergunta a nossa pesquisa, tua resposta a nossa pergunta e o nosso orgulho

Assim se faz a vida: com perguntas, respostas, poemas, marchas e canções
Assim se vence a dor: com coragem, ousadia, fé e determinação
Assim se faz a marcha: em grupo, em sintonia, num só canto de emoção
Assim se faz os sonhos: olhando pra frente, agarrado à história e firmes na decisão.




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  • 1. Roteiro 1: Conversa inicial Objetivo: Refletir sobre as diversas formas de violência. Materiais: matérias de jornais e revistas que trazem dados e relatos de mortes de jovens, Bíblia, etiquetas adesivas, canetinhas e cópias do poema “Latino- americanos” do Pe. Marcionei Miguel da Silva que está no final do roteiro. Acolhida: A coordenação do encontro dá boas vindas ao grupo e motiva as/os jovens a se acolherem por meio de um abraço. O grupo pode cantar alguma música enquanto acontece a acolhida. Olhando para a realidade a) O coordenador fala do tema do encontro e convida os jovens a olharem as matérias de jornais colocados no centro do círculo. b) Algumas das pessoas da coordenação colocam etiquetas adesivas na testa dos jovens, sem que estes vejam o que está escrito. Em cada etiqueta há um nome de um personagem da sociedade que freqüentemente é violentado. Enquanto toca a música “Problema social” do Seu Jorge e Ana Carolina, os jovens terão de se movimentar pelo espaço e, por meio de falas, tratar os personagens como eles são tratados pela sociedade, com o cuidado de não revelar os nomes. Sugestões de personagens: negro, pobre, índio, favelado, jovem, pichador, mulher, prostituta, homossexual, idoso, etc. c) Após o término da música, o coordenador pede às pessoas para tirar as etiquetas e verem seus personagens. Em seguida forma-se um grande círculo para conversarem sobre as seguintes perguntas:  Como foram tratados? Quais os sentimentos que esta dinâmica provocou?  Na sua opinião, porque acha que estas pessoas são tratadas destas maneiras?  Uma das formas que a violência assume é o preconceito por meio de piadinhas, ameaças. No modo como cada um foi tratado, a violência aconteceu? Luz da Palavra de Deus e Envio: acolher a Palavra com algum canto conhecido do grupo. Uma jovem faz a leitura de Marcos 1, 40-45 e a coordenação motiva partilhas e reflexões: - Motivados pela atitude de Jesus que acolhe um/a excluído/a da sociedade daquela época, o que esta leitura nos faz pensar sobre a violência? - Qual o nosso compromisso diante de tanta violência? O coordenador fecha a reflexão convidando-os a pensar durante a semana como a violência se manifesta nas escolas. Em seguida, cada jovem lê um verso do poema do Marcionei Miguel da Silva. “Latino-americanos”
  • 2. Nunca é tarde pra dizer quanto é lindo amar de novo Acreditar no dom da vida, no abraço, na partilha Rompemos o cordel, quebramos as regras O que importa é a marcha, pouco importa como cantam. Teu canto é a tua vida, tua voz o nosso hino, teu rosto nossa bandeira Teu sorriso nossa esperança, teu olhar nossa alegria, tua fala nossa comunhão Teu querer nosso desafio, tua luta nossa teimosia e teus versos nossa poesia Tua pergunta a nossa pesquisa, tua resposta a nossa pergunta e o nosso orgulho Assim se faz a vida: com perguntas, respostas, poemas, marchas e canções Assim se vence a dor: com coragem, ousadia, fé e determinação Assim se faz a marcha: em grupo, em sintonia, num só canto de emoção Assim se faz os sonhos: olhando pra frente, agarrado à história e firmes na decisão. COMITÊ ESTADUAL DO RS juventudecontraviolencia@gmail.com www.juventudecontraviolencia.blogspot.com