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1. E STA D O D E M I N A S ● D O M I N G O , 1 4 D E M A R Ç O D E 2 0 1 0 ● P A R A A N U N C I A R N O S M E G A C L A S S I F I C A D O S L I G U E ( 3 1 ) 3 2 2 8 - 2 0 0 0
2 MEGACLASSIFICADOSVEÍCULOS
ROLIMÃ FOTOS: ADAM HUNGER/REUTERS
PRAZER MÓRBIDO balhos de Salvador Dali, Francis Bacon,
Damien Hirst, Edward Hopper, Roy Li-
SALADA As experiências gastronômi-
cas na ilha da rainha vêm desde o
chstentein e Andy Warhol. ano passado. Professores e alunos da
Para J.G. Ballard, o automóvel foi uma Universidade de Warwick, em Co-
metáfora extrema do século 20. O es- CAFÉ É da Inglaterra que também ventry, apresentaram um carro de
critor morreu no ano passado, mas vem outra notícia que gerou certa es- corrida da Fórmula 3 inglesa feito
deixou uma obra que serve de refe- tranheza na última semana. Cientistas com fibras de vegetais. O volante é
rência para pensar a sociedade. Um de do programa Bang goes the theory, do de fibras de cenoura, os revestimen-
seus principais livros, Crash (1973), canal BBC1, mudaram a forma de tos dos retrovisores são de fibra de
também virou filme, dirigido por Da- abastecimento de um Volkswagen feijão, o aerofólio de fibra de batata,
vid Cronenberg, em 1996. Na obra, J.G. Scirocco 1988. No lugar de derivados o banco de batata e as laterais de alfa-
Ballard desenvolve a ideia de persona- de petróleo adotaram o café. ce (fotos ao lado).
gens que cultuam o acidente automo-
bilístico, apreciam provocá-lo e tam- ESTORVO A experiência não chama a CHOCOLATE O protótipo foi apresen-
bém as consequências e, inclusive, en- atenção pela praticidade. Primeiro, o tado na semana passada, em uma
contram prazer sexual neles. motivo da escolha do Scirocco: lem- conferência no Instituto de Tecnolo-
bra o DeLorean da série De volta para gia de Massachussets (MIT). Com um
REVIRAVOLTA Ficou famosa a senten- o futuro. Segundo: o consumo é entre detalhe importante: o combustível é
ça do editor para o escritor, quando 25 e 50 vezes superior do que se fosse biodiesel feito de chocolate. Além de
ele mandou os originais do livro. Dis- com um combustível fóssil. A cada deixar um cheiro delicioso da com-
se a Ballard que precisava de ajuda psi- cinco quilômetros, o motor bebe um bustão, o carro-salada atinge 217km/h
quiátrica e completou: “Não publique quilo de café em grãos (56 expressos a e chega aos 100km/h em 2,5s.
isso”. Porém, o mundo mudou muito cada 1,5 quilômetros).
e o editor estava enganado. Tanto que COLORIDO Na onda da invenção de
Ballard recebe uma homenagem pós- TIRADA A explicação para que o motor moda, a smart (E), que é especialista
tuma na galeria Gagosian, em Lon- se movimente é que o café, assim co- no assunto, promoveu um concurso
dres, que vai até 1º de abril. mo a madeira e o carvão, tem alguma no site (www.styleyoursmart.com) pa-
quantidade de carbono, que é usada ra que os internautas personalizas-
ARTE A maioria dos trabalhos expos- como combustível. Quando colocado sem uma pintura para o fortwo. Fo-
tos na capital inglesa é de imagens de em alta temperatura, quebra-se em hi- ram mais de 50 mil propostas de 100
destruição e não apenas de acidentes drogênio e monóxido de carbono. Mas países diferentes. O vencedor foi Ta-
de carro, como sugere o título do livro a experiência valeu mesmo pelo batis- mir Shefer, de Jaffa, Israel, que recebeu
de Ballard. Entre os artistas estão tra- mo do carro: Car-puccino. Brilhante! 1,5 mil euros pela ideia.
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