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ANDRADE, Ricardo Nuñez – Bolsista IC no LPM – UFRGS
(abril/2010 – fevereiro/2011)
Trabalho relativo a Mestrado Acadêmico de:
GONÇALVES, Lucas Rubbo – Mestrando no LPM – UFRGS
Prof. Orientador: João Felipe Coimbra Leite Costa
OBJETIVOS
Utilizando recursos e ferramentas de integração de dados
georreferenciados, a vulnerabilidade natural à contaminação do
sistema de aquíferos foi mapeada utilizando a metodologia
GOD (FOSTER & HIRATA, 1988). Cada letra da sigla representa
um parâmetro hidrogeológico, sendo este trabalho focado na
letra D – Depth to Water (profundidade do aquífero). A
metodologia assume que o contaminante no solo entrará no
aquífero a partir da superfície. Para cada intervalo de valores da
profundidade é atribuído um peso, como mostra a figura abaixo:
O trabalho tem por objetivo mostrar uma possível aplicação
da geoestatística no mapeamento dos diferentes graus de
vulnerabilidade à contaminação dos sistemas de aquíferos
da bacia hidrográfica do Rio Mãe Luzia, em Santa Catarina.
METODOLOGIA
A maior importância do nível freático é relativa à seguinte
consideração: quanto mais profundo for o aquífero, maior será a
quantidade de material pela qual o contaminante terá que
passar até atingir as águas subterrâneas. Além disso, há
influência na oportunidade de oxidação de contaminantes pelo
oxigênio atmosférico. Portanto, a profundidade é um parâmetro
que influencia fortemente na vulnerabilidade natural do
aquífero. As figuras abaixo são algumas das diversas estimativas
feitas com o auxílio do software Surfer 8.
DESENVOLVIMENTO
Os pontos amostrais escolhidos foram poços cadastrados na
base de dados SIAGAS, do Serviço Geológico do Brasil, que
fornece diversas informações sobre as águas subterrâneas. Dos
145 poços, apenas 61 possuem informação sobre o nível estático,
necessário para o cálculo da profundidade. Para cada ponto, o
nível estático e a localização, em coordenadas UTM, foram
inseridos em uma planilha. O software Surfer 8 foi utilizado
para a interpolação dos dados e construção do mapa de
profundidade com as curvas de nível.
Inverso do Quadrado da Distância
Krigagem
Mínima Curvatura
CONCLUSÃO
O trabalho mostra que a geoestatística é uma valiosa
ferramenta, com um vasto campo de aplicações, e sua
importância vem crescendo também na área de recursos
hídricos e meio ambiente. Prova disso é que consegue-se
realizar uma estimativa razoável de uma área extensa a partir
de alguns pontos amostrais, enquanto seria impossível de
outra forma monitorar o nível freático da área em sua
totalidade. Ainda, quanto melhor a espacialização da
avaliação de risco de contaminação, melhor pode-se
implementar políticas de proteção e gestão ambiental dos
recursos hídricos subterrâneos. Sendo assim, se necessário, a
estimativa pode ser melhorada de diversas formas, sendo
exemplos o uso de mais pontos amostrais, o uso de pontos
amostrais com um espaçamento mais homogêneo, a tentativa
de interpolação pelo método da krigagem, utilizando-se de
conhecimentos mais aprofundados de variografia, dentre
outros.
Após o teste com diversos métodos de interpolação, optou-se
pelo método da mínima curvatura, pois, apesar de não ser um
interpolador exato, suaviza o resultado, ponderando valores
muito discrepantes que possam existir em alguns pontos. A
maioria dos pontos, assim como a maioria da área estimada,
obteve peso entre 0,8 e 1. Considerando que o índice varia de 0 a
1, a vulnerabilidade do aquífero é consideravelmente alta para a
variável profundidade. Ainda, há que se considerar que há
escassez de pontos no lado oeste da bacia, aumentando a
incerteza da estimativa naquela região. Mapa de
Profundidade do
Aquífero
Análise de VulnerabilidadeBacia do Rio Mãe Luzia (SC)
XXIII SIC – Salão de Iniciação Científica - 2011
UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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  • 1. ANDRADE, Ricardo Nuñez – Bolsista IC no LPM – UFRGS (abril/2010 – fevereiro/2011) Trabalho relativo a Mestrado Acadêmico de: GONÇALVES, Lucas Rubbo – Mestrando no LPM – UFRGS Prof. Orientador: João Felipe Coimbra Leite Costa OBJETIVOS Utilizando recursos e ferramentas de integração de dados georreferenciados, a vulnerabilidade natural à contaminação do sistema de aquíferos foi mapeada utilizando a metodologia GOD (FOSTER & HIRATA, 1988). Cada letra da sigla representa um parâmetro hidrogeológico, sendo este trabalho focado na letra D – Depth to Water (profundidade do aquífero). A metodologia assume que o contaminante no solo entrará no aquífero a partir da superfície. Para cada intervalo de valores da profundidade é atribuído um peso, como mostra a figura abaixo: O trabalho tem por objetivo mostrar uma possível aplicação da geoestatística no mapeamento dos diferentes graus de vulnerabilidade à contaminação dos sistemas de aquíferos da bacia hidrográfica do Rio Mãe Luzia, em Santa Catarina. METODOLOGIA A maior importância do nível freático é relativa à seguinte consideração: quanto mais profundo for o aquífero, maior será a quantidade de material pela qual o contaminante terá que passar até atingir as águas subterrâneas. Além disso, há influência na oportunidade de oxidação de contaminantes pelo oxigênio atmosférico. Portanto, a profundidade é um parâmetro que influencia fortemente na vulnerabilidade natural do aquífero. As figuras abaixo são algumas das diversas estimativas feitas com o auxílio do software Surfer 8. DESENVOLVIMENTO Os pontos amostrais escolhidos foram poços cadastrados na base de dados SIAGAS, do Serviço Geológico do Brasil, que fornece diversas informações sobre as águas subterrâneas. Dos 145 poços, apenas 61 possuem informação sobre o nível estático, necessário para o cálculo da profundidade. Para cada ponto, o nível estático e a localização, em coordenadas UTM, foram inseridos em uma planilha. O software Surfer 8 foi utilizado para a interpolação dos dados e construção do mapa de profundidade com as curvas de nível. Inverso do Quadrado da Distância Krigagem Mínima Curvatura CONCLUSÃO O trabalho mostra que a geoestatística é uma valiosa ferramenta, com um vasto campo de aplicações, e sua importância vem crescendo também na área de recursos hídricos e meio ambiente. Prova disso é que consegue-se realizar uma estimativa razoável de uma área extensa a partir de alguns pontos amostrais, enquanto seria impossível de outra forma monitorar o nível freático da área em sua totalidade. Ainda, quanto melhor a espacialização da avaliação de risco de contaminação, melhor pode-se implementar políticas de proteção e gestão ambiental dos recursos hídricos subterrâneos. Sendo assim, se necessário, a estimativa pode ser melhorada de diversas formas, sendo exemplos o uso de mais pontos amostrais, o uso de pontos amostrais com um espaçamento mais homogêneo, a tentativa de interpolação pelo método da krigagem, utilizando-se de conhecimentos mais aprofundados de variografia, dentre outros. Após o teste com diversos métodos de interpolação, optou-se pelo método da mínima curvatura, pois, apesar de não ser um interpolador exato, suaviza o resultado, ponderando valores muito discrepantes que possam existir em alguns pontos. A maioria dos pontos, assim como a maioria da área estimada, obteve peso entre 0,8 e 1. Considerando que o índice varia de 0 a 1, a vulnerabilidade do aquífero é consideravelmente alta para a variável profundidade. Ainda, há que se considerar que há escassez de pontos no lado oeste da bacia, aumentando a incerteza da estimativa naquela região. Mapa de Profundidade do Aquífero Análise de VulnerabilidadeBacia do Rio Mãe Luzia (SC) XXIII SIC – Salão de Iniciação Científica - 2011 UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul