VAREJO – Rede Aliansce usa WiFi para estimular consumo em shoppings
SEGURANÇA – Cisco incorpora CloudLock e amplia portfólio de proteção às corporações
MERCADO – Setor de Óleo & Gás pode usar novas tecnologias para aumentar eficiência
Proteja seus clientes - Gerenciamento dos Serviços de Segurança
A influência da Transformação Digital no setor de Óleo e Gás
1. magazine> 2016 | edição 20 | Brasil
Empresas se reconstroem a partir da conectividade de sensores,
que geram grandes volumes de dados e informações estratégicas
A 4a
revolução dos negócios
VAREJO – Rede Aliansce usa WiFi para
estimular consumo em shoppings
SEGURANÇA – Cisco incorpora
CloudLock e amplia portfólio de
proteção às corporações
MERCADO – Setor de
Óleo & Gás pode usar
novas tecnologias para
aumentar eficiência
ARTIGO – “Essa tal
transformação digital...”,
por Gil Giardelli
CISCO LIVE#20_Capa+Orelha_v2.indd 2 12/12/2016 16:22:01
3. Cisco Live Magazine | 3
editorial
2017chegou com a perspectiva de retomada de crescimento do Brasil.
É o momento de pensar nas conquistas, aprendizados do ano
passado, e mirar nas grandes oportunidades adiante. A Cisco tem como missão
transformar a forma como as pessoas se conectam, trabalham, aprendem e se
divertem, e acreditamos que nunca houve um momento tão adequado para a
tecnologia ajudar a resolver alguns dos grandes desafios que o mundo enfrenta.
Agora é a hora de inovar com segurança, reinventar modelos de negócio, otimizar
processos, humanizar as cidades e proteger o meio ambiente.
Olhando para o nosso mercado, estes desafios estão sendo resolvidos pelos
nossos parceiros no Brasil. Alguns exemplos interessantes podem ser conferidos
nos estudos de caso que publicamos no nosso site cisco.com.br e que também
trazemos nesta edição. Destaco o caso da Administradora de Shopping Centers
Alliansce e as transformações proporcionadas pela tecnologia Cisco Meraki.
Uma solução Wi-Fi que, além de promover a fidelização de clientes, oferece
às empresas e aos lojistas ferramentas de análise na nuvem sobre o uso da
rede, que capturam a geolocalização dos usuários e seu deslocamento dentro
do shopping. Com estes dados, agora é possível planejar investimentos em
infraestrutura para melhorar a experiência do cliente e também a valorização dos
espaços de maior circulação.
Nossa matéria de capa fala sobre a “Economia Criativa e Colaborativa”, que
deu origem ao Vale do Silício, com todos os impactos em mercado de trabalho,
educação, hardware e software, e convida à reflexão sobre os desafios e as
oportunidades para o nosso mercado. Quais os novos modelos de negócio
disruptivos, a exemplo de startups revolucionárias como o “Uber”, estão sendo
desenvolvidos neste momento em incubadoras, nas universidades e nas
empresas? Quais os impactos nas cadeias de valor? Sua empresa está pronta
para a transformação digital? Você está pronto? Esta matéria e o artigo do
“ativista digital” e Professor da ESPM, Gil Giardelli, vão inspirar você a pensar
sobre estes temas.
E para começar o ano de 2017, trazemos nesta edição um novo projeto gráfico
da nossa Cisco Live Magazine, com novas cores e diagramação mais leve para
facilitar a sua leitura. Espero que goste.
Um excelente 2017!
CURTAS
4Notícias
•Tráfego de dados na nuvem
triplicará em cinco anos
•Cisco apresenta nova abordagem
de Endpoint Security
•Empresas encontram mais
rentabilidade na computação em nuvem
MERCADO
6Colaboração
Conceito da Cisco simplifica uso
da colaboração
9Óleo e Gás
A influência da Transformação
Digital no setor
SEGURANÇA
12Midsecurity Report
Ransomware: o malware mais
rentável da história
14Segurança na nuvem
Cisco adquire CloudLock,
especializada em CASB
CAPA
18Economia Digital
Modelo de negócios uberizado coloca em
cheque padrão tradicional. O que fazer?
VOZ DO CLIENTE
24Operadora
Altarede atualiza infra de rede
com MPLS da Cisco
28Rede Wireless
Shoppings usam Wi-Fi para levar
clientes dentro das lojas
32Call Center
Call Manager traz alta disponibilidade
para Mondial
34Disaster Recovery
Novo data center de mineradora utiliza
arquitetura de referência
38Data Center
Prestadora de serviços
automatiza centro de dados
VOZ DO PARCEIRO
40Tendências
Dimension Data estipula cinco tecnologias
que estarão na pauta estratégica de 2017
41Comstor
Oferece suporte a equipamentos
de rede exclusivos para PME
ARTIGO
42Gil Giardelli
Essa tal transformação digital...
Eduardo Campos de Oliveira,
Diretor de Marketing da Cisco do Brasil
CISCO LIVE MAGAZINE É UMA PUBLICAÇÃO DA CISCO DO BRASIL
Conselho Editorial
Adriana Bueno,
Carlos Eduardo Alves,
Daniela Dias,
Eduardo Campos de Oliveira,
Fabricio Mazzari, Fernanda Arajie,
Isabela Polito, Isabella Micali,
Jackeline Carvalho,
Julia Funchal Tigevisk,
Karen Kuba, Monica Lau David,
Paula Silveira Temple,
Renata Barros, Renata Marcicano,
Susana Byun, Taiane Alves e
Vanessa Correa
sumário
Agora é a Hora
Administração e Logística
Maria Estela de Melo Luiz
Assessoria de Imprensa
Golin
Foto de Capa
Banco de Imagens
Diretor de Arte
Ricardo Alves de Souza
Assistente de Arte
Josy Angélica
Tiragem
6000 exemplares
Estagiária de Marketing Cisco
Gabriela Gouvea
PRODUÇÃO
Comunicação Interativa Editora
Jornalista Responsável e
Diretora de Redação
Jackeline Carvalho - MTB 12456
Edição
Jackeline Carvalho
Reportagem
João Monteiro
Revisão
Comunicação Interativa
03_EDIT+SUMARIO_v3.indd 3 08/12/2016 19:46:36
4. 4 | Cisco Live Magazine
curtas
De acordo com o estudo Cisco Global Cloud Index
(2015-2020), divulgado em novembro, o tráfego de compu-
tação em nuvem deve crescer 3,7 vezes até 2020. O número
atual, de 3,9 zetabytes (ZB), vai alcançar 14,1 ZB ao final do
período. O relatório ainda aponta que a nuvem será respon-
sável por 92% do processamento de data centers e 8% por
infraestruturas tradicionais. Esse rápido crescimento, segundo
o estudo, é atribuído ao aumento de migração para arquitetu-
ras de nuvem, principalmente por conta da agilidade e efici-
ência em se expandir. A Internet das Coisas (IoT) e o Big Data
também vão impulsionar o mercado, com a primeira gerando
600 ZB por ano até 2020.
A explosão dos dados
A Cisco apresentou uma nova abordagem sim-
plificada para endpoint security, baseada no Cisco
AMP for Endpoints. A aplicação combina recursos
de proteção com ferramentas de visibilidade e
detecção, capazes de monitorar as atividades dos
arquivos para identificar comportamentos malicio-
sos. Com essas informações, os usuários podem
responder a ataques com apenas alguns cliques.
Com a abordagem baseada na nuvem, o AMP
for Endpoints coloca a inteligência nas mãos das
organizações, dando-lhes uma vantagem contra
os invasores.
Cisco apresenta nova abordagem
de Endpoint Security
Rentabilidade x Nuvem
Pesquisa divulgada pela Cisco, e realizada com mais de
6,1 mil empresas globais, apontou que a maioria das orga-
nizações em estágios mais avançados de adoção de com-
putação em nuvem veem um benefício anual por aplicativo
de US$ 3 milhões em receitas adicionais e US$ 1 milhão em
redução de gastos. O aumento de receita ocorre em grande
parte o resultado de vendas de novos produtos e serviços,
ganho de novos clientes mais rapidamente, ou pela habilida-
de acelerada de vender para novos mercados. Apesar disso,
o estudo aponta que apenas 3% das empresas têm planos
otimizados de computação em nuvem, enquanto 69% não
têm estratégias madura para a plataforma.
04_CURTAS_v2.indd 4 08/12/2016 19:49:49
6. 6 | Cisco Live Magazine
mercado
A retomada do setor de
Óleo Gás e a influência
das novas tecnologias
Com uma agenda regulatória bem
encaminhada, a Rio Oil Gas 2016 teve
como tema “Caminhos para uma indústria
de Petróleo Competitiva”; Cisco e parceiros
apresentaram tecnologias e processos digitais
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7. Cisco Live Magazine | 7
“Nossa expectativa
é de um crescimento
de 30% em 2017,
quando os projetos
começarem a ser
novamente criados”
dade da Petrobras de operar e
participar de todos os projetos do
pré-sal é boa para a empresa,
por liberá-la de uma obrigação;
é boa para a indústria, por per-
mitir maior investimento; e é boa
para o Brasil, que pode decidir de
forma soberana o melhor ritmo
de desenvolvimento do pré-sal e
se beneficiar dos investimentos”,
declarou Camargo.
Pedro Parente, presiden-
te da Petrobras, destacou o
Novo Planejamento Estratégico
2017/2021, com metas ambicio-
sas de redução de custos e um
programa de desinvestimentos
que antecipa em dois anos a
redução da alavancagem da
empresa para 2,5 vezes a gera-
ção de caixa.
Outra iniciativa é um novo e
ambicioso programa de parcerias.
Durante a Rio Oil Gas, foi anun-
ciada a primeira parceria estra-
tégica com a Total, que também
tem interesse nos ativos de gás,
parte do programa de desinvesti-
mento do governo.
Congresso e Exposição
Além da exposição e do Con-
gresso, a Rio Oil Gas contou
com outros 10 eventos paralelos,
incluindo três arenas dentro da
área de exposição: Tecnologia,
Conhecimento e Sustentabilidade.
Participando da arena Tecnologia,
a licença para investir e crescer”,
disse Jorge Camargo, presidente
do Instituto Brasileiro de Petróleo,
Gás e Biocombustíveis (IBP), na
abertura do evento.
Classe mundial
Ele destacou que o potencial
petrolífero do Brasil é de classe
mundial: 40% de todo o petró-
leo convencional descoberto no
planeta, na última década, foi em
terras brasileiras, principalmente
nas ásreas do pré-sal, que sur-
preende a cada dia.
“A aprovação do Projeto de
Lei que elimina a obrigatorie-
Italo Calvano,
diretor para o setor de
óleo e gás da Cisco
O
governo alinhou o discurso
e as ações na agenda do
setor de óleo e gás. Com
isso, a expectativa é de
que os investimentos retor-
nem já a partir de 2017, o que foi
consenso entre os participantes
da 18ª edição da Rio Oil Gas,
evento bienal que aconteceu em
outubro, no Rio de Janeiro.
A Rio Oil Gas 2016 teve
como tema “Caminhos para uma
indústria de Petróleo Competi-
tiva”. Uma competitividade que
deverá vir da flexibilização das
regras do conteúdo local; da
abertura do mercado de refino
e distribuição de combustíveis,
com acesso à infraestrutura e
liberdade de preços; extensão do
Repetro; um novo plano para o
setor de gás; e revisão do Plano
de Exploração e Produção com
rodadas de leilões anuais, uma
antiga demanda do setor. Essas
medidas foram detalhadas a jor-
nalistas por Márcio Felix, secre-
tário de petróleo e gás natural do
Ministério das Minas e Energia.
“Competitividade é a palavra
que move a indústria, sobretu-
do neste cenário de colapso de
preços e do consenso de que
continuarão baixos por um bom
tempo. Precisamos rever concei-
tos e cortar na carne para, neste
novo cenário, recuperar a renta-
bilidade da indústria e, com ela,
06-08_MERCADO_[OilGas]_v3.indd 7 08/12/2016 19:54:39
8. 8 | Cisco Live Magazine
mercado
a Cisco apresentou sua estraté-
gia para o setor de óleo e gás na
palestra “Cisco Digital Transfor-
mation: Transformação de negó-
cios com a Internet das Coisas”,
apresentada por Severiano Leão
Macedo Junior, diretor de vendas
IoT da Cisco.
Para a fabricante, o setor de
óleo e gás representa 30% das
receitas do setor público, algo
que deve crescer a partir do pró-
ximo ano, segundo Italo Calvano,
diretor para o setor de óleo e
gás. “Com a abertura do merca-
do, outras operadoras virão para
o Brasil”, projeta Calvano, ao con-
tar que internamente a Cisco re-
úne todas as empresas do setor
em uma vertical com 240 orga-
nizações. Segundo ele, a Petro-
bras vai continuar com a super
importância de sempre, mas a
Cisco também voltará atenção a
outras empresas, como Statoil,
Chevron, Petrogral.
“Nossa expectativa é de um
crescimento de 30% em 2017,
quando os projetos começa-
rem a ser novamente criados, e
que, em 2018, a curva acelere
para um crescimento de 60%”,
antecipou. “Em 2016, devemos
registrar expansão de 10% em
função de projetos relacionados
ao pré-sal”, emendou.
Alianças
Calvano destacou ainda o mode-
lo de parcerias que a Cisco está
criando para o setor de óleo e
gás em conjunto com empresas
como Honeywell, Rockwell, GE
e Schneider. Esta última levou
para o evento a Smart Connected
Pipelines, solução desenvolvida e
testada em conjunto com a Cisco
para auxiliar a gestão dos dutos
de petróleo e gás.
“A Schneider tem expertise em
sistemas de pipelines e a Cisco
em sistemas de comunicação e
segurança. Quando a Schneider
detecta uma oportunidade, con-
vida a Cisco como parceira e o
mesmo ocorre quando a situação
se inverte”, informou Aislan Oguro,
diretor de soluções globais de
óleo e gás da Schneider.
A Honeywell levou soluções
de automação industrial, instru-
mentação e equipamentos para
combustão, além de sensores e
escaneamento magnético. A GE
apresentou sua estratégia para
Empresa Digital Industrial e equi-
pamentos subsee. A Dow e a
Rhodia mostraram insumos quí-
micos para melhoria da produti-
vidade da exploração e produção
de óleo e gás.
Severiano Macedo, da
Cisco, afirmou que o processo de
transformação digital passa pela
inovação, que também está em
processo de mudança acelerada
de velocidade e intensidade, com
custos decrescentes. Isso traz a
necessidade de transformação do
negócio. Não de automação e sim
de integração de processos e da
cadeia de valor”, descreveu.
Sustentação
Na visão da Cisco, os conceitos
de transformação digital e IoT –
comunicação entre máquinas com
protocolo Ethernet e informações
servindo a vários negócios – tem
cinco pilares: conectividade, data
analytics, fog computing, platafor-
ma de desenvolvimento e geren-
ciamento de aplicações.
A Cisco tem soluções para todas
essas etapas, incluindo plataforma
de desenvolvimento com APIs
abertas e solução de gerencia-
mento de aplicações em câmeras,
PCLs, robôs, sistemas de auto-
mação. Além de solução Security
Operation, um sistema de segu-
rança para manutenção preditiva.
Os cinco pilares da transformação digital:
1 - Conectividade
2 - Data Analytics
3 - Fog Computing
4 - Plataforma de Desenvolvimento
5 - Gerenciamento de Aplicações
06-08_MERCADO_[OilGas]_v3.indd 8 08/12/2016 19:54:40
9. Cisco Live Magazine | 9
Comunicação sem barreiras e gargalos
Next Generation
Meetings integra
diferentes soluções
colaborativas
para otimizar a
comunicação dentro
e fora das empresas
O
mercado global de co-
municações unificadas ou
ferramentas de colabora-
ção irá movimentar US$ 96
bilhões em 2023, segundo
pesquisa recente feita pela Global
Market Insights. O levantamento
indica que o setor será puxado
pelas soluções hospedadas em
cloud computing, segmento que
deve saltar dos US$ 14 bilhões
de receita em 2015 para US$
49 bilhões até 2023. No Brasil, a
crise econômica deve intensificar
ainda mais a busca por estas fer-
ramentas devido à necessidade
de redução de custos e aumento
de produtividade.
Sistemas de mensagem, vídeo
e áudio conferência, telefo-
nia, e de trabalho colaborativo,
são algumas ferramentas que
compõem as soluções. Chris-
tian Bustamante, especialista
em produtos de Colaboração da
Cisco, informa que as empre-
sas adotam estas ferramentas
principalmente pela necessidade
que utiliza a nossa solução de co-
laboração internamente e também
para atender aos seus clientes.
Eles iniciam um atendimento via
canal digital e abrem uma ses-
são colaborativa com vídeo para
atendimento em tempo real”, cita
Bustamante.
Ainda nessa linha, a Cisco
oferece o Spark para conectar
equipes de trabalho de diferentes
empresas, através de salas vir-
tuais disponíveis dentro e fora da
organização. A solução é diferen-
te de outras do mercado devido
à segurança embarcada e e por
estar em conformidade a regula-
mentação de vários setores.
A gestão da TI também é fa-
cilitada, já que o Spark pode ter
acesso a outros sistems corpora-
tivos, como o Active Directory, ou
de recursos humanos, facilitando
a habilitação ou o desligamento
de usuários, e também a integra-
ção com sistemas de gestão do
relacionamento com clientes (CRM)
e aplicativos de calendário.
de redução de custos, maior
produtividade ou mesmo para
inovar e se diferenciarem dos
concorrentes.
Mas ele alerta que, para atingir
o objetivo de melhorar a rotina
dos profissionais dentro e fora
das corporações, os sistemas de
colaboração precisam ser sim-
ples, intuitivos e atrativos aos
usuários. A Cisco integrou as
soluções de colaboração sob o
“guarda-chuva” Next Generation
Meetings, uma proposta cujo
objetivo central é justamente
simplificar o uso da tecnologia
para os usuários.
“Integramos as ferramentas
colaborativas, como o WebEx,
a plataforma Spark e os equi-
pamentos de vídeo e audiocon-
ferência”, explica Bustamante.
Ele defende que o conceito seja
implementado em toda a ca-
deia produtiva da qual participa a
organização, conectando também
fornecedores e clientes. “Temos
um cliente do setor de Finanças
09_MERCADO_[Colaboracao]v3.indd 9 08/12/2016 20:07:49
12. 12 | Cisco Live Magazine
segurança
Como se
defender do
ransomware
Midyear
Cybersecurity Report
aponta que
empresas demoram
muito tempo para
detectar invasões
A blindagem dos negócios
Pesquisadores do grupo Talos, da Cisco, indicam como as
organizações podem aumentar a segurança de forma simples:
Monitorar a rede, implantando patches e fazendo
atualizações no tempo adequado.
Integrar defesas e utilizar uma abordagem de arquitetura para a
segurança, ao invés de privilegiar implantação de produtos de nicho.
Medir o tempo para detecção, insistir no tempo mais rápido
disponível para descobrir ameaças, e então, minimizar seu impacto
Fazer com que as métricas sejam parte das políticas de
segurança organizacional daqui para frente.
Proteger usuários em todos os lugares em que estejam e onde
quer que eles trabalhem, não apenas os sistemas com os quais
eles interagem quando estão na rede corporativa.
Fazer backup de dados críticos e rotineiramente testar a sua eficácia,
enquanto confirma se os backups não são suscetíveis a ataques.
A
Cisco divulgou o relatório
Midyear Cybersecuri-
ty Report 2016 (MCR),
apontando que o ran-
somware se tornou o
malware mais rentável da histó-
ria. E alertou: as empresas não
estão preparadas para ataques
mais sofisticados desse tipo de
ameaça. Para piorar, a expec-
tativa é que os malwares se
tornem ainda mais destrutivos,
se espalhando automaticamen-
te, bloqueando redes inteiras
e fazendo as empresas, não
apenas os dados, de reféns.
De acordo com o estudo,
novas variedades modulares de
ransomware serão capazes de
alterar táticas rapidamente. Por
exemplo, futuros ataques po-
derão evitar a detecção apenas
limitando o uso de CPU e
abstendo-se de ações de
comando e controle.
Os pontos fracos explorados
por esse tipo de ataque são
a infraestrutura frágil, limpeza
insatisfatória das redes e taxas
lentas de detecção, em média de
200 dias para identificar novas
ameaças.
Para Paulo Breitenvieser Filho,
diretor da área de segurança da
informação da Cisco, a visibilida-
de de rede é uma arma para evi-
tar o ransomware. “As empresas
também devem melhorar suas
atividades, aplicando patches e
aposentando infraestruturas anti-
gas, carentes de recursos avan-
çados de segurança”, lembra.
12_SEGURANCA_[MidSecurity]_v3.indd 12 08/12/2016 20:16:06
14. 14 | Cisco Live Magazine
segurança
Vigilância
de ponta
a ponta
Cisco incorpora
CloudLock e amplia
portfólio de proteção
dos negócios
A
Cisco adquiriu a Cloudlo-
ck, empresa especializada
em cloud access security
broker (CASB), e expan-
diu sua capacidade de
proteção aos negócios. A ferra-
menta CASB monitora o acesso
a documentos e aplicações na
nuvem e está sendo integrada
ao portfólio de produtos Cisco.
Marcelo Bezerra, gerente de
engenharia de segurança da
Cisco, explica que a transfor-
mação digital das empresas tem
aumentado o uso e armazena-
mento de informações confi-
denciais na nuvem e também a
demanda por prevenção contra
ataques e vazamentos de da-
dos. “Essa questão influenciou a
Cisco a ampliar seu portfólio de
segurança para a nuvem, co-
brindo tanto o armazenamento
de arquivos quanto a hospeda-
gem de aplicações e a infraes-
trutura”, diz.
“A computação
em nuvem tem
papel fundamental
no processo de
transformação digital
das empresas,
o que aumenta
a necessidade
de prevenção
contra ataques e
vazamentos
de dados.”
Marcelo Bezerra,
gerente de engenharia de
segurança da Cisco
CASB, visto que essa é uma
solução relativamente nova,
mas a compahia já estava es-
tabelecida no mercado. “Ape-
sar de pequena, eles contam
conta com mais de 700 clien-
tes. Não era uma iniciante no
mercado”, afirma.
O executivo também desta-
ca que a aquisição sobrepõe
a Cisco frente à concorrência
porque a fabricante passa a ser
a única a possuir soluções de
segurança para todas as
portas de acesso aos dados
dos clientes”.
A distribuição da solução
Cloudlock já está sendo fei-
ta pelos parceiros da Cisco.“A
vantagem dessa solução é a
fácil implementação, já que ela
trabalha a partir de APIs implan-
tadas em diferentes programas
e serviços de nuvem, sem a ne-
cessidade de instalar hardwares
no cliente”, finaliza Bezerra.
O tamanho da CloudLock
também foi relevante para a
Cisco. Bezerra informa que não
há grandes fornecedores de
14_SEGURANCA_[CloudLock]_v3.indd 14 08/12/2016 20:17:16
18. 18 | Cisco Live Magazine
capa
Na economia digital, impulsionada e refletida por modelos que se
tornaram famosos, como o Uber, empresas de diferentes segmentos
e, principalmente, de tamanhos reduzidos, podem colocar negócios
tradicionais em risco. O que fazer? Embarque na era da criatividade,
integração, comunicação, co-criação e colaboração.
D
esde a revolução industrial, a sociedade global vem assistindo a
pequenas alterações nos processos produtivos. Mas nada com-
parado à mudança que se configura atualmente, quando a revo-
lução se dá pela integração dos ecossistemas empresariais e nas
relações com o mercado (clientes e parceiros). Isso mesmo: os
consumidores começam a protagonizar uma revolução nos negócios, a
começar pelos setores financeiro, varejista e de serviços, pela proximi-
dade e volume de clientes.
Na era digital, os mercados se encontram tão desafiados quanto as
próprias empresas que os disputam. Assim como aconteceu com a
Concorrência
às cegas
18-21_MATCAPA_v3.indd 18 08/12/2016 20:25:18
19. Cisco Live Magazine | 19
Financial
Services4
Telecommunications
5
Hospitality
Travel7
CPG
Manufacturing8
Healthcare
9
Utilities
10
Oil Gas
11
Pharmaceuticals
12
Education
6
Retail
3
Media
Entertainment2
Technology
1
cada viagem e ajudar o poder
público a otimizar o sistema. Os
fabricantes de veículos também
poderiam se beneficiar de infor-
mações importantes ao proces-
so de pesquisa e inovação.
Conectando sensores, obje-
tos, equipamentos e veículos,
os diversos sistemas e pessoas
passam a atuar de forma in-
tegrada e todos compartilham
informações que vão benefi-
ciar negócios e, principalmen-
te, impactar positivamente na
qualidade de vida dos cidadãos.
Como o modelo Waze, aplica-
tivo de geoposionamento que,
controlar a lotação dos veículos,
minimizando o consumo
de combustível, desgaste de
freios e pneus. E ganha também
o meio ambiente pela redução
de poluentes.
Mas não apenas isso. Num
modelo de consolidação e troca
de informações, o poder públi-
co também passaria a receber
dados importantes ao desen-
volvimento de novas políticas
de atendimento à população e
manutenção das vias públicas.
E o usuário, através de seus
aplicativos, poderia avaliar sua
experiência de transporte a
indústria da fotografia (Kodak,
Nikon, IPhone), da música
(Napster, ITunes, Pandora,
Spotify, Apple Music) de Taxis
(Uber, Cabify, WillGo) e de men-
sagens (SMS, WhatsApp), to-
dos os setores se encontram
no meio de um Vortex Digital,
que de um momento a outro
pode afetar severamente
empresas e mercados.
Segundo pesquisa do
Global Center for Digital
Business Transformation,
as disrupções digitais
irão afetar a liderança de 4
entre cada 10 incumbents
por setor, nos próximos 5
anos (veja imagem ao lado).
Isso porque smartphones
e sensores conectados
e instalados em objetos,
roupas e equipamentos, para
citar alguns itens, geram
informações que, quando
analisadas, inspiram o desen-
volvimento de novos modelos de
negócios, produtos, processos
produtivos, e até de empresas.
Vejamos o exemplo de uma frota
de ônibus coletivos urbanos co-
nectados à internet. A tecnologia
embarcada nos veículos e pontos
de ônibus geram informações
relevantes que, quando ampla-
mente disponibilizadas, resultam
valores para todos os integrantes
do ecossistema. Neste modelo
ganha o usuário, porque através
de aplicativos podem saber o
momento exato que irá passar o
ônibus menos lotado e se des-
locar para o ponto minutos antes
de embarcar. Ganha a empresa
proprietária dos coletivos, que
pode monitorar a demanda e
Disrupção
Digital
18-21_MATCAPA_v3.indd 19 08/12/2016 20:25:18
20. 20 | Cisco Live Magazine
capa
ao coletar e processar os dados
dos smartphones de todos os
seus usuários, gera informação
de valor aos motoristas.
Outro exemplo: “Todos os
bueiros da Praça Mauá, no centro
do Rio de Janeiro, receberam
sensores de nível que enviam
informação para o poder público
programar a limpeza. Com dados
on-line de volume de lixo acu-
mulado nos bueiros, o serviço
de limpeza pode ser otimizado,
reduzindo custos e minimizando
o impacto de enchentes”, cita
Laércio Albuquerque, presidente
da Cisco do Brasil.
O novo consumidor
Albuquerque defende que “a
tecnologia transformou o con-
sumidor em digital e ele está
transformando completamente
todos os modelos de negócio em
todas as indústrias”. Isso porque
estão ascendendo na pirâmide de
consumo, direção dos negócios e
na formação de novas empresas,
os jovens que nasceram entre os
anos 1980 e 2000, uma popu-
lação de mais de 51 milhões de
pessoas, e seus sucessores, os
millenia, que em pouco tempo
estarão ditando regras de consu-
mo e de negócios.
“Em uma análise histórica mais
ampliada, vivemos a Revolução
Industrial, quando as máquinas
a vapor passaram a assumir as
atividades braçais e de tração
animal. Depois vivemos o Lean
Manufacturing, que promoveu um
salto de produtividade. Tivemos
a Era da Automação, quando
transferimos alguns processos
para máquinas e robôs, gerando
qualidade, eficiência e redução
de custos. Agora estamos viven-
do uma 4a
Revolução Industrial, a
chamada Revolução Digital, que
traz a integração das redes de
automação (TA) e corporativas
(TI), possibilitando a integração
de toda a cadeia de valor, incluído
na ponta o consumidor com mui-
ta informação e elevado poder de
decisão”, lista Severiano Macedo,
especialista em soluções IoT (in-
ternet das coisas) Cisco do Brasil.
Falando em Brasil...
Na aldeia digital, o mercado
brasileiro ainda representa um
grande paradoxo na relação com
meios digitais. Em uma análise
recente, a consultoria McKinsey
Company pontuou que a nossa
população é campeã mundial em
horas gastas por dia na internet.
A rede é a terceira mais impor-
tante fonte de informações para
consumidores – nos EUA, é ape-
nas a sétima. Mas, ainda assim,
o comércio eletrônico brasileiro
representa apenas 3,6% do va-
rejo, menos da metade da média
mundial, de 7,8%, e bem distante
dos 14% da China. Contradições
podem custar US$ 205 bilhões
em oportunidades perdidas até
2025, segundo a consultoria.
Os ganhos viriam na forma de
melhoria nas dinâmicas do mer-
“Na Transformação
Digital predomina
a integração das
cadeias de valor ou
ecossistemas”
Severiano Macedo,
da Cisco do Brasil
FASES DA ECONOMIA
Revolução
Industrial
Introdução
das máquinas
a vapor
Lean
Manufacturing
Filosofia que elimina
desperdícios e opera
somente na demanda
do momento
Automação
Transferência de
processos para
máquinas e robôs
Revolução Digital
Integração de
processos
automatizados
18-21_MATCAPA_v3.indd 20 08/12/2016 20:25:19
21. Cisco Live Magazine | 21
cado de trabalho, na eficiência no
uso de ativos e na produtividade
em geral, e isso sem considerar
os benefícios do aumento à rotina
dos consumidores. Segundo a
McKinsey, a melhoria na eficiência
do mercado de trabalho poderia
contribuir com a adição de
US$ 70 bilhões até 2025.
No segmento industrial, o
avanço da Transformação Digital
também permitirá uma melhora
do processo produtivo através da
integração do físico e do digital,
e também de toda a cadeia de
valor. Além disso, pode trazer
redução de custos operacionais,
otimizando custos de manuten-
ção das máquinas e aumentando
a vida útil destes equipamentos.
Rosemary Arakaki, gerente de
desenvolvimento de novos negó-
cios da Cisco do Brasil, confirma
que no mercado internacional
cerca de 40% dos clientes da
Cisco têm iniciativas de chão de
fábrica conectado.
“A transformação digital na
manufatura é uma jornada que
permite a empresa otimizar os
processos, ganhando mais agili-
dade e flexibilidade, e assim, criar
novos modelos de negócios. É
certo que as empresas que não
investirem na transformação di-
gital, não conseguirão sobreviver
neste mercado competitivo.”
Uma digitalização em massa
acrescentaria à economia brasi-
leira, segundo a McKinsey,
US$ 25 bilhões ao PIB nos próxi-
mos 10 anos. O ganho potencial
com pesquisa e desenvolvimen-
to, melhorias nas operações e
cadeias de suprimento das em-
presas e na gestão de recursos
do país poderia atingir US$ 110
bilhões, o equivalente a uma alta
de 4,5% no PIB.
No Brasil, a lentidão na adesão
aos processos digitais deve ser
superada pelo setor de manu-
fatura logo que este processo
se consolidar no mercado inter-
nacional e for incorporado por
multinacionais estabelecidas no
país, acredita Rosemary.
No varejo, no entanto, a trans-
formação digital dá sinais de
incorporação mais rápida. Pri-
meiro, porque este é um dos
setores mais afetados pela crise
econômica e, portanto, precisa
se reinventar para atrair novos
clientes; depois devido à urgente
necessidade de custos e aumen-
to de eficiência.
“Aliado a uma eficiente ges-
tão de riscos, uma melhora na
produtividade dos colaboradores,
reforço na eficiência operacional,
e uma inteligência na coleta e
análise de dados, a experiência
do consumidor pode ser um im-
portante primeiro passo na chave
do sucesso da próxima fase do
varejo”, defende João Paulo Melo.
João Paulo Melo, gerente geral
da divisão de esportes, entreteni-
mento e consumo da Cisco para
a América Latina, acredita que
que um dos fatores de sucesso
será identificar uma forma de
engajamento dos consumidores
com as marcas, a partir de boas
experiências de compra.
Adicional à Experiência do Clien-
te, outros fatores importantes
à Transformação Digital para
o Varejo são gestão de riscos;
produtividade dos colaboradores;
eficiência operacional; coleta e
análise de dados.
“Alguns estudos apontam que
em 2013 66% dos consumido-
res trocaram de marca porque
tiveram uma má experiência
com o fornecedor. Este número,
no entanto, deve chegar a 89%
agora em 2016”, diz João Paulo
Melo, ao afirmar que as empre-
sas vão competir primariamente
pela experiência do usuário.
O estudo da McKinsey mos-
tra que o PIB digital brasileiro
representa 1,7% do total, menos
da metade da média global e
quase quatro vezes menos que
o do Reino Unido, onde 6,7% do
PIB tem origem em atividades
digitais. E destaca que, apesar
do tempo gasto online por bra-
sileiros, de sua intensa participa-
ção em redes sociais e de sua
facilidade com novas ferramentas
digitais, esse potencial não é
capturado. A falta de infraestru-
tura e a concentração da ativi-
dade econômica em setores em
que a digitalização é baixa são os
principais fatores que alimentam
o paradoxo digital do país.
“O diferencial
será identificar
uma forma de
engajamento dos
consumidores
com as marcas”
João Paulo Melo, gerente
geral da divisão de esportes,
entretenimento e consumo da
Cisco para a América Latina
18-21_MATCAPA_v3.indd 21 08/12/2016 20:25:19
24. 24 | Cisco Live Magazine
voz do cliente
Altarede adota
MPLS como
infraestrutura básica
de crescimento
A
operadora Altarede, que
possui mais de 5 mil quilô-
metros de backbone óptico
na região Sudeste, cortan-
do os estados do Rio de
Janeiro, Minas Gerais, São Paulo
e Espírito Santo, atualizou, em
2015, sua infraestrutura de rede,
transferida parcialmente (60%)
para uma arquitetura pautada pe-
los padrões Carrier Ethernet, mais
atuais e estruturados sobre equi-
pamentos Cisco Ethernet e MPLS
(Multiprotocol Label Switching).
Para isso, a empresa investiu
10% do orçamento anual de TI
em um projeto executado pela
Cisco e pela integradora Gifará
Serviços Avançados.
Mauricio Iezzi, CEO da Altarede,
informa que a companhia deman-
dava uma infraestrutura capaz de
suportar o próprio crescimento,
algo que o ambiente anterior
havia deixado de corresponder.
“Temos uma rede óptica de 5
mil km que precisava ser profun-
damente explorada, o que não
estava ocorrendo com os equipa-
mentos anteriores”, afirma.
O MPLS é um mecanismo em
redes de telecomunicações de
alto desempenho que direciona
dados de um nó da rede para o
próximo nó baseado em rótu-
los de menor caminho, em vez
de endereços de rede longos,
evitando consultas complexas em
uma tabela de roteamento. Como
foi concebido para permitir um
serviço unificado de transporte de
dados para aplicações baseadas
em comutação de pacotes ou
comutação de circuitos, ele pode
ser usado para transportar vários
tipos de tráfego, como pacotes IP,
ATM, SONET ou mesmo
frames Ethernet.
Leonardo Furtado, CEO da
Gifará, lembra que a maior parte
da rede da Altarede já estava no
padrão Ethernet. “O que fizemos
de diferente foi adotar o Carrier
Ethernet 2.0, em alinhamento
com o portfólio da Cisco, além de
instalar o padrão MPLS no acesso
e em outras plataformas”.
Em busca da qualidade
Atualmente, 90% das operadoras
do Rio de Janeiro passam pela
rede da Atarede, o que a obriga
a manter elevados índices de
confiabilidade.
“A intenção, com o novo pro-
jeto foi colocar a companhia no
Atualização da
rede foi necessária
para a operadora
liquidar dificuldade
de expansão
e lançar novos
produtos
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26. 26 | Cisco Live Magazine
voz do cliente
padrão de operadora de primeiro
nível”, afirma o CEO. Entre as prin-
cipais dificuldades enfrentadas
pela empresa estava a escalabi-
lidade. As tecnologias até então
suportadas pela infraestrutura da
Altarede impediam a expansão,
pois exigiam alterações signifi-
cativas nas plantas originais para
atender a qualquer nova demanda.
A operadora também empre-
endia esforços para manter a
rede em operação contínua sem
causar impactos para os clientes.
O que a obrigava a ampliar os
esforços de manutenção e mano-
bras de ativação dos serviços.
Essas duas demandas tinham
impacto direto nos resultados da
empresa porque pesavam no ín-
dice de confiabilidade da empre-
sa, admite Iezzi. A Altarede ainda
enfrentava alguns incidentes que
dependiam de investimentos para
a redução do risco operacional.
Riscos em queda
Após cotarem preços e projetos
de diferentes fabricantes, o que
levou cerca de seis meses, a em-
presa acabou escolhendo aquela
que considerou a melhor pro-
posta: o projeto Cisco. Pesou na
decisão principalmente a exper-
tise da fabricante no setor de te-
lecomunicações, a sua reputação
como líder em diversas verticais
tecnológicas, além da qualidade
de manufatura e inovação dos
equipamentos, afirma o CEO
da Altarede.
Após a decisão, mais seis me-
ses foram dedicados à integração
da nova rede, tarefa encabeçada
pela Gifará, e mais um mês para a
ativação da nova infraestrutura.
“Com a renovação, a empre-
sa mantém a conexão à internet
como produto predominante, mas
rodando sobre extensões nos
melhores padrões encontrados
em uma operadora de grande
porte”, afirma Furtado.
Segundo ele, a nova infraes-
trutura não só diminuiu os riscos
operacionais da Altarede, como
aumentou a resiliência e a dis-
ponibilidade de rede, conforme
destaca Wilson Messias, diretor
comercial da operadora.
Une-se a isso, o fato de que
a atualização também permitiu à
empresa atender melhor as ope-
radoras, data centers e corpora-
ções que já atendia, e também
alcançar novos mercados, como
multinacionais e redes varejistas.
Wilson Messias, da Altarede,
destaca o lançamento de novos
produtos e serviços – com novas
fontes de receita, como um dos
principais benefícios do projeto.
“Já vínhamos batalhando para
homologar uma rede SDH (Hie-
rarquia Digital Síncrona), que só
foi possível com a nova infraes-
trutura”, diz.
Furtado, da Gifará, explica que o
projeto foi pensado para pos-
sibilitar a inovação. “A intenção
da Altarede era clara: alcançar o
alto padrão para, a partir disso,
lançar novos produtos e linhas de
negócios”, afirma. “Agora estamos
iniciando as tratativas para con-
cluir os 40% restantes de atuali-
zação da rede”, encerra.
Maurício Iezzi,
CEO da Altarede.
“90% das
operadoras do Rio
de Janeiro utilizam
nossa rede, o que
nos obriga a ter
altos índices de
confiabilidade”
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28. 28 | Cisco Live Magazine
voz do cliente
Sejam bem-vindos
C
om 29 centros comerciais
no Brasil, sendo 19 pró-
prios, a Aliansce Shopping
Centers – administradora de
centros comerciais - en-
frenta o desafio não apenas de
lotar os corredores dos shoppin-
gs, mas principalmente garantir as
compras e, consequentemente,
a receita dos lojistas. Para isso,
apostou na inovação baseada na
tecnologia, adotando como alicer-
ce as redes WiFi que conectam,
gratuitamente, os consumidores à
internet e viabilizam a comunica-
ção entre lojistas e clientes.
Instaladas em todos os
shoppings da rede, totalizando
uma cobertura de 920 mil m²
de área bruta locável (ABL) para
abrigar mais de 5 mil lojas, as
redes WiFi contam com um dife-
rencial: a captura de dados dos
consumidores a fim de engajá-los
e fidelizá-los.
“Fornecer um espaço limpo e
seguro aos lojistas já não é mais
o suficiente. Hoje eles procuram
meios de atrair o cliente para
dentro da loja, e o WiFi é a base
para atingir este objetivo”, constata
Fabio Moraes, superintendente da
Aliansce Shopping Center.
A instalação das redes sem
fio nos 19 centros próprios é o
primeiro passo da estratégia de
inovação do Grupo. Segundo
Moraes, o WiFi já se tornou um
Nos shopping
centers da rede
Aliansce, WiFi
convida clientes
a entrar nas lojas,
captura dados
dos consumidores
e direciona
promoções
utilizando recursos
de geolocalização
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29. Cisco Live Magazine | 29
VLMONTEIRO
serviço básico no relacionamen-
to dos varejistas com os seus
clientes, e algo insuficiente para
convencê-los a entrar e comprar
nas lojas. Por isso, a opção da
Aliansce foi buscar tecnologias
que conseguissem mapear o
comportamento dos consumido-
res durante a sua permanência
dentro do shopping - desde a
chegada e, consequentemente,
conexão à rede até a saída.
Após uma pesquisa de mer-
cado, a companhia encontrou
no Cisco Meraki – plataforma em
nuvem líder no gerenciamento de
redes WiFi - as características de
que precisava para implementar
o projeto, em especial o baixo
investimento e o rápido rollout
(implementação).
Implementada pela Tecnoset –
parceira Cisco – em um projeto
que deve ser concluído agora
em dezembro 2016, a solução
apresenta boa escalabilidade,
disponibilidade na nuvem e fácil
implementação, características
que prevaleceram na escolha feita
pela Aliansce. “O Cisco Meraki
é uma solução plug and play, de
fácil instalação, que conta com
dashboards amigáveis”, lembra
Andrea Cubos, gerente comercial
da Tecnoset.
O projeto também previu a
captura dos dados relativos à
localização do cliente no shop-
ping, possibilidade de comunica-
ção direta com os consumidores,
geração de receita através de
publicidade digital e permissão
para o lojista gerenciar promo-
ções digitais.
Mapeamento
A geolocalização do cliente seria
essencial primeiro para o shop-
ping mapear as áreas mais mo-
vimentadas (quentes), tanto para
sugerir estratégias aos lojistas
quanto para orientar investimen-
tos em infraestrutura. “Todo esse
analytics roda na nuvem do Cisco
Meraki e pode ser acessado via
internet por qualquer dispositivo”,
diz Andrea Cubos.
O primeiro shopping a receber
a tecnologia já reúne histórico de
dois anos, com dados como o
número de vezes que o cliente
visita mensalmente uma deter-
minada área do shopping, permi-
tindo avaliar se ele é ou não um
cliente fiel. “É possível mandar
pushes para o cliente e saber a
razão do desinteresse”, explica
Moraes, da Aliansce.
Um aplicativo móvel com-
plementa a solução e serve de
interface para o consumidor.
O app acessa as informações
capturadas pelo Cisco Meraki e
monitora os passos do consumi-
dor enquanto ele estiver
conectado à rede.
Moraes define: “o app liga o
“Os lojistas
procuram meios de
atrair o cliente para
dentro da loja e o
WiFi é a base para
atingir este objetivo”
Fabio Moraes,
superintendente
na Aliansce
Shopping Center
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30. 30 | Cisco Live Magazine
voz do cliente
usuário/cliente diretamente com o
shopping e o lojista, permitindo o
envio de ofertas dirigidas ao
perfil do cliente.
O executivo também lembra que
o shopping há muito deixou de ser
um centro de compras para se
tornar um local de entretenimento,
com cinema, restaurantes e muitas
vezes teatros e casas de show.
Há, inclusive, quem vá sem a in-
tenção comprar. “Os novos recur-
sos visam reverter esta tendência
e permitir que os lojistas atraiam o
consumidor”, reforça.
Para Ana Paula Niemeyer, ge-
rente de marketing da Aliansce,
as plataformas móveis podem
aumentar a interatividade e me-
lhorar a experiência dos clientes
realiza iniciativas que estimulam
o consumidor a utilizar o app do
shopping. Uma delas é o paga-
mento do estacionamento pelo
aplicativo; outra permite que o
cliente fotografe os cupons fiscais
e os enviem digitalmente para
concorrer a prêmios.
Segundo Moraes, a receita
gerada pelo aplicativo e pelo
WiFi ainda são marginais, mas
a expectativa é que, em pouco
tempo, se torne a terceira ou
segunda renda dos shoppin-
gs, perdendo apenas para o
aluguel de lojas. “O sucesso
do projeto também depende
do lojista, que deve nos ajudar
a engajar o cliente no uso do
aplicativo”, encerra.
Imagem aérea de
um dos centros comerciais da
rede Aliansce no Rio de Janeiro
PEDROACCIOLY
nos shoppings. “É importante
estarmos sempre atentos às
necessidades de nossos clientes
e investindo em soluções que
possam contribuir para facilitar o
dia a dia deles”, explica.
Imaturidade tecnológica
O engajamento dos lojistas ao
aplicativo, porém, ainda é baixo,
segundo Moraes, devido a uma
certa “imaturidade tecnológica”.
“Exceto as grandes redes, as de-
mais não estão amplamente co-
nectadas. Atuamos quase como
consultores junto aos pequenos e
médios lojistas, explicando formas
que vão além da liquidação para
atrair clientes”, diz o executivo.
Por isso, a própria Aliansce
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32. 32 | Cisco Live Magazine
voz do cliente
A
falta de um ambiente re-
dundante, escalável e com
alta disponibilidade levou a
Mondial Assistance, empre-
sa do grupo Allianz, a ado-
tar uma solução de automação e
gerenciamento do atendimento
ao cliente. A plataforma integrada,
que tem o Cisco Call Manager
como âncora, promoveu uma total
reformulação das redes instaladas
entre os sites de contact center
da companhia, instalados em São
Bernardo do Campo, na
Grande São Paulo.
Conforme destaca Marcello
Rodriguez, gerente de infra-
estrutura de TI e Telecom da
Mondial Assistance, o foco do
projeto, finalizado em 2015,
foi prover atualização, escala-
bilidade e alta disponibilidade
para a companhia. A escolha
pela marca Cisco, diz ele, foi
orientada pela parceria global
entre as duas empresas. “Tam-
bém fizemos uma pesquisa de
mercado, mas precisávamos de
um fornecedor com uma grande
rede de atendimento e suporte,
algo alcançado com a
Cisco”, aponta.
A instalação do Cisco Call
Manager viabilizou a comunicação
por Voz sobre IP (VoIP), operacio-
“Antes do projeto, o máximo que
conseguíamos era usar a tecno-
logia TDM, insuficiente para lidar
com novas tecnologias e as exi-
gências dos clientes que temos
conquistado”, relata Marcello Ro-
driguez. “A Cisco abriu um leque
de conectividade para a Mondial
Assistance”, reforça.
O desafio da implantação
Antes de sair conquistando
novos clientes, a companhia
contou com a experiência da
ATelecom- integradora parceira
da Cisco - para realizar a imple-
mentação do projeto. Rodriguez
explica que o principal desafio foi
instalar as novas soluções sem
parar a produção, algo como
trocar os pneus com o carro em
movimento.
Para isso, houve uma divisão
do serviço entre duas integrado-
ras, com a ATelecom assumindo
a integração da rede, com os
switches Cisco 4500, sobre a
qual o sistema de telefonia foi
implementado, e a outra integra-
dora cuidando da parte de voz
(as unidades de resposta audível
– URAS – e a instalação do call
manager e gravadores).
“Todo o trabalho foi realiza-
do durante às madrugadas nos
Companhia reformulou rede e agora conta
com novos canais para atender clientes
Mondial Assistance instala
call manager e aumenta
disponibilidade de contact center
“A Cisco abriu um
leque de conexões
tecnológicas (de voz)
contemporâneas
para a Mondial
Assistance”
Marcello Rodriguez,
gerente de infraestrutura
de TI e Telecom da
Mondial Assistance
nalizada pela central de telefonia
SIP Trunk, compatível com o
ambiente já adotado por um dos
clientes da Mondial Assistance.
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33. Cisco Live Magazine | 33
DIVULGAÇÃO/MONDIALASSISTANCE
meses de setembro a dezembro
de 2015. Tínhamos uma janela de
no máximo quatro horas por noite
para fazer o serviço, pois era o
tempo que podíamos arcar com
os custos de uma indisponibilida-
de”, revela o executivo.
O gerente de infraestrutura de
TI e Telecom da Mondial
Assistance também conta que
a Cisco acompanhou todos os
passos da implantação, atuando
prontamente nos momentos mais
complexos, como a instalação da
URA. “A relação entre as inte-
gradoras, a Cisco e nós foi de
corresponsabilidade e parceria
total. Eu via a Cisco na atuação
das integradoras”, afirma.
pamentos de videoconferência
em três salas. A infraestrutura,
segundo Rodriguez, potencializou
o relacionamento com as demais
empresas do grupo em outras ci-
dades, além de viabilizar reuniões
com o vice-presidente e com o
CEO da Mondial Assistance, que
costumam viajar com frequência.
O próximo passo, segundo
Marcello, será aprimorar o Cisco
Jabber para a realização de video-
conferências via notebooks e dis-
positivos móveis. O Jabber unifica
todas as comunicações, permitin-
do a integração das mensagens
instantâneas de voz e vídeo, as
conferências e também o com-
partilhamento de documentos.
A disponibilidade da central de
atendimento ao consumidor, foco
principal do projeto da Mondial
Assistance, foi conquistada a par-
tir do dueto rede de alto desem-
penho e o Cisco Call Manager.
Marcello Rodriguez explica que
os contact centers da Mondial
Assistance, separados por quatro
quilômetros, são conectados por
links de fibra óptica, e diz que
quando um deles cai, o Cisco Call
Manager direciona as chamadas
para o outro.
Videoconferência
A Mondial Assistance também
aproveitou a nova infraestrutura
de rede para implementar equi-
32-33_VOZ DO CLIENTE_[Mondial]_v3.indd 33 08/12/2016 21:19:18
34. 34 | Cisco Live Magazine
voz do cliente
P
aradas de sistema geram
muita dor de cabeça para
usuários e equipe de TI de
empresas, mas com certe-
za o risco que provocam à
produtividade do negócio é bem
maior. Especialmente se estiver-
mos falando de um negócio que
busca aprimorar seus processos
em busca de uma maior perfor-
mance operacional.
Por isso, a Kinross, minerado-
ra de ouro responsável por 22%
da produção brasileira do metal,
decidiu investir na construção de
um novo data center e em uma
estratégia de Disaster Recovery
(DR). A medida objetivava entregar
uma infraestrutura que garantisse
a operação de todos os sistemas
da mineradora sem falhas, asse-
gurando a alta produtividade da
mina Morro do Ouro, em Paracatu
(MG), capaz de gerar 16 toneladas
do minério por ano.
“Hoje a companhia não funciona
sem a TI”, afirma Alisson Cândido
Silva, especialista de TI da Kinross
para América do Sul. Segun-
do ele, há diversos sistemas e
equipamentos interconectados.
“Qualquer falha de dados e cone-
xões significa prejuízo”, comenta.
A companhia possuía um data
center próprio no país, que já
não era suficiente, consideran-
do o crescimento da Kinross ao
longo da última década. Então,
em 2013, a mineradora procu-
rou no mercado tecnologias que
pudessem garantir sua opera-
ção, encontrando no projeto da
integradora ForceOne a solução
Flexpod, desenvolvida pela Cisco
em parceria com a Netapp.
Silva comenta que o Flexpod
foi escolhido devido a integra-
ção dele com diversas soluções
de virtualização, provendo um
Mineradora adotou solução Flexpod em projeto de Disaster
Recovery e assegura disponibilidade dos sistemas de mina de ouro
Kinross constrói Data
Center com arquitetura de
referência Cisco e NetApp
“O Flexpod é uma
arquitetura flexível.
Ela dá a capacidade
de armazenamento e
processamento que
o cliente deseja”
Erik Fonseca, diretor
comercial da ForceOne
34-35_VOZ DO CLIENTE_[Kinross]_v3.indd 34 08/12/2016 21:26:21
35. Cisco Live Magazine | 35
ambiente convergente e admi-
nistração mais centralizada. “A
matriz da empresa, que fica no
Canadá, também utiliza Cisco e
recomendou a tecnologia”, lembra
o especialista.
A implementação do data cen-
ter foi separada em três partes
e demorou três anos para ser
encerrada. Conforme explica
Silva, foi preciso a segmentação
para poder investir em todo o
projeto. “A crise mundial do setor
de mineração pressionou para um
“O projeto elevou
o ambiente de TI
da Kinross a um
novo patamar
de integridade e
disponibilidade
de seus dados e
sistemas”
Alisson Silva, especialista
de TI da Kinross
tempo maior de finalização”, diz.
Por isso, o ano de 2013 foi
destinado à construção do local
do data center, realizada pela
Kinross e outros parceiros, com
toda a parte de alvenaria, siste-
mas de climatização (ar condicio-
nado) e de geração de energia
em casos de emergência.
Já no ano seguinte, houve a
atualização do primeiro data cen-
ter, com a implantação de suítes
Cisco Nexus e storage NetApp
FAS, além do upgrade dos servi-
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36. 36 | Cisco Live Magazine
voz do cliente
Solução se adapta ao negócio do cliente
Erik Fonseca, da ForceOne, diz que o projeto da Kinross foi desafiador,
principalmente porque a migração de data center não poderia atrapalhar
a produtividade da empresa. De acordo com ele, esse processo foi
facilitado devido a facilidade de integração do Flexpod com os parceiros.
“A solução já vem desenhada conforme o modelo de negócio de cada
cliente e só precisou passar por uma adaptação, o que garantiu a
agilidade e segurança na hora da implantação”, diz.
A integradora também foi a responsável por instruir a equipe de TI da
Kinross a utilizar o novo ambiente. Hoje, a ForceOne presta o serviço
de suporte para a Kinross e faz testes de DR com frequência, a fim de
garantir a eficácia da solução quando necessário.
dores de outro fornecedor que lá
estavam, para que este site fosse
capaz de se comunicar com o
novo data center e servir como
um backup.
Somente em 2015 foi feita a
implantação das soluções de
tecnologia no novo data center
construído. Esta etapa do pro-
jeto contou com implantação
de storage Netapp FAS, outro
conjunto de suítes Cisco Nexus e
um ambiente de servidores Cisco
UCS com quatro lâminas. Nesta
fase, também foram implantados
links redundantes entre os dois
data centers.
De acordo com Erik Fonseca,
diretor comercial da ForceOne,
toda essa arquitetura é chamada
de Flexpod. “Ele é uma arquite-
tura de referência, mais flexível,
e dá a capacidade de armaze-
namento e processamento que o
cliente deseja”, afirma.
Desenvolvida pela Cisco e
Netapp, o Flexpod também
trabalha com outros parceiros de
virtualização e a Kinross optou
por utilizar a solução da VMware
SRM para orquestração do pro-
cesso de DR.
“Os sistemas de TI tornaram-se
indispensáveis para suportar as
operações de mina e manuten-
ção. Buscamos construir data
centers redundantes para opera-
cionalizar e automatizar um Disas-
ter Recovery com RTO (tempo de
recuperação do sistema) de duas
horas e POR (Point of Recorvey)
de cinco minutos para todos os
nossos sistemas”, informa
Eduardo Magalhães, diretor de TI
da Kinross na América do Sul.
Além disso, ainda é possível
elencar os sistemas que têm
prioridade para voltar o mais
rápido possível. Silva, da Kinross,
diz que alguns deles voltam em
apenas minutos, enquanto o
sistema de mina, que é uns dos
principais softwares utilizados no
processo produtivo da empresa,
leva 18 minutos para reiniciar no
data center backup. “É um núme-
ro aceitável”, afirma.
“Fortalecer a segurança dos
dados e, ao mesmo tempo, man-
ter a performance e a simplici-
dade de gerenciamento obtendo
uma governança consistente e
confiável. Esse foi o nosso foco e
a realidade atingida”, afirma Lucas
Piau, gerente de Projetos de
TI da Kinross.
34-35_VOZ DO CLIENTE_[Kinross]_v3.indd 36 08/12/2016 21:26:24
38. 38 | Cisco Live Magazine
voz do cliente
OLHARDECRIAÇÃO/LÚCIAHARAGUCHI
A
CSU ITS, empresa espe-
cializada na terceirização
de infraestrutura de TI e de
sistemas de atendimento
ao cliente, entre outras
transações, montou o
4o
data center, em Barueri (SP),
com um investimento de R$ 14
milhões, diluído em 2,5 anos. O
novo empreendimento tem como
diferencial a automação da gestão
do ambiente, feita por software, o
que reduziu a demanda por mão
de obra e o custo operacional.
Com montagem iniciada em
2014 e finalizada em julho deste
ano, o data center recebeu infra-
estrutura de rede da Cisco para
disponibilizar uma oferta otimiza-
da de computação em nuvem e
que nos levaram a investir na
plataforma”, aponta.
Por outro lado, os switches
Cisco Nexus 9000 também via-
bilizam a integração de redes de-
finidas por software (SDN), para
automatizar tarefas e simplificar a
gestão do ambiente, permitindo
aumentar ainda mais a disponi-
bilidade da infraestrutura, além
de um melhor monitoramento do
ambiente e integração de outras
tecnologias.
A “perseguição” do always on
pela companhia é explicada pela
grande quantidade de clientes de
missão crítica, como empresas
de contact center e de meios de
pagamento, este último um setor
com um data center exclusivo.
Switches Nexus 9000 permitiram a migração para uma rede definida
por software e a orquestração do ambiente
CSU ITS automatiza
data center com SDN e
corta custo operacional
mais econômica aos clientes.
Conforme explica Adenilson
Francisco, diretor executivo e
comercial da CSU ITS, a empre-
sa fugiu da tecnologia tradicio-
nal. “Nossa solução usa ele-
mentos virtuais para se destacar
e ter um custo operacional mais
baixo, e repassar a economia
aos nossos clientes”.
Para obter este nível de or-
questração, Francisco comenta
que eram necessárias funciona-
lidades específicas, contempla-
das pelos switches Cisco Nexus
9000. “A disponibilidade e a
escalabilidade da solução, que
permitem aumentar a capacidade
do ambiente sem interromper a
operação, foram os diferenciais
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“Nossa plataforma
de computação
em nuvem já
está preparada
inclusive para
ambientes de maior
processamento
e carga”
Adenilson Francisco,
diretor executivo e
comercial da CSU ITS
“Essas áreas demandam disponi-
bilidade, alta tecnologia e mão de
obra especializada”, afirma Fran-
cisco. “Por isso a necessidade de
ofertar uma nuvem com alto nível
de redundância.”
Essa capacidade, segundo ele,
é obtida através dos outros três
data centers da companhia, que
contam com tecnologia tradi-
cional, e links de rede de 10 a
40 GB, velocidade até 40 vezes
maior do que ofereciam antes das
soluções de rede da Cisco.
Integrador diferenciado
A etapa final da implantação do
novo data center - a instalação
da infraestrutura de rede – teve
que ser executada pela integra-
dora Service IT, parceira da Cisco,
isso porque o projeto demandava
maior especialidade e havia um
difícil desafio: a data de entrega.
Com a implantação concluída
em julho, Francisco diz que a
nuvem da CSU ITS já está sendo
utilizada por empresas de varejo,
comércio eletrônico, manufatura
e serviços. A expectativa é que
a infraestrutura atual suporte a
expansão dos negócios da
CSU ITS por um período de
três a cinco anos.
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40. 40 | Cisco Live Magazine
voz do parceiro
1
Analytics: as informações contidas nos metadados representam grande valor para as
empresas, já que trazem insights importantes sobre o comportamento do cliente e o
direcionamento de tomada de decisão. O porte e análise desses metadados deverão ser
um ponto de discussão entre corporações e provedores de nuvem.
2
Segurança: a evolução dos hackers levará à inovação contínua no setor de
cibersegurança, que deverá passar de reativa para uma visão mais preditiva.
3
Holografia: o uso de tecnologias como realidade aumentada e virtual, até mesmo
hologramas, deverá passar do mercado de consumidores finais e invadir o setor corporativo
(B2B). A expectativa é que, nos próximos dois a três anos, essas
tecnologias gerem uma transformação no espaço de trabalho.
4
IoT/Big Data: a necessidade de análise dos dispositivos de Internet das Coisas
em tempo real exige um investimento mais saudável nos projetos de big data.
Dessa forma, a promessa de retorno da tecnologia pode ser cumprida.
5
Container: containers começarão a se popularizar no próximo ano, movimento
influenciado pela crescente adoção da TI híbrida, que utiliza a nuvem e a virtualização.
Dimension Data divulga as tecnologias que vão
dominar os projetos no próximo ano. Confira:
Cinco tendências de TI para 2017
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41. A
partir de dezembro, a
Comstor passa a prestar
suporte aos equipamentos
de rede da Cisco voltados
ao mercado de pequenas e
médias empresas (PME). A linha,
conhecida como Cisco SMB, terá
suporte em português 24 horas
por dia, durante os sete dias da
semana, em todo o Brasil.
Atendimento em português, que cobre o território nacional, será 24/7
Comstor oferece suporte
a equipamentos de rede
exclusivos para PME
A contratação do serviço é anu-
al, no valor de 10% do preço do
equipamento. Segundo a empre-
sa, este é um preço mais baixo do
que o cobrado normalmente para
suporte a equipamentos de rede.
Leonardo Victorino, diretor de
serviços da Westcon-Comstor no
Brasil, explica que esse serviço
responde a uma necessidade das
revendas de equipamentos Cisco,
que teriam dificuldade em dar
conta do atendimento na escala
necessária ao mercado de PME.
No primeiro trimestre do ano que
vem, o serviço de suporte irá se
estender aos equipamentos Cisco
de colaboração – voz e vídeo – uti-
lizados pelas pequenas e médias
empresas, anuncia o diretor.
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42. artigo
42 | Cisco Live Magazine
O
historiador Eric Hobsbawm em seu
livro “A era das revoluções” regis-
trou: “as palavras são testemunhas
que muitas vezes falam mais alto
que os documentos.” E a maioria
das palavras que utilizamos hoje foram
criadas ou ganharam força entre a Revo-
lução Francesa e a Revolução Industrial.
Termos como: indústria, fábrica, classe
média trabalhadora, sindicato, capitalismo,
socialismo, liberal, aristocracia, conserva-
dor, políticos, ferrovia, nacionalidade, crise,
proletariado, cientista, engenheiro, sociolo-
gia, jornalismo, ideologia e greve.
São palavras que coroaram o mundo
entre esses dois momentos de ebulição
da história - as grandes revoluções. Mas
daqui para frente elas serão atualizadas,
porque encontrarão significado em um
novo momento da sociedade global. Vive-
mos uma nova revolução, considerada a
4a
Revolução Industrial, A Era dos Makers,
a Economia Conectada.
Na revolução da Transformação Digital
termos como inteligência artificial, carros
autônomos, energias verdes, DNA perfeito,
robôs, internet das coisas, inteligência co-
letiva, machine to machine (M2M), startups
unicórnio, sharing economy, exploração
espacial, drones, impressora 4D, trans-
-humanismo, mobile first, pós-capitalismo,
e outras tantas tendências exponenciais
dão um novo sentido à humanidade.
Muda tudo. Saltamos do físico para o digital
e preditivo e criamos o fisital; vivemos a tran-
sição do tangível para o intangível; a migração
do operador para o transformador digital;
da liderança do chefe para o co-criador; a
transformação dos clientes e consumidores
em advogados de marca; a gestão do século
XXI de conexões para o cognitivo; as métricas
do big data para mathematic thinking.
É a explosão da inovação, e muitos
economistas já dizem que vivemos uma
revolução de proporções gigantescas e
profundas, algo nunca antes enfrentado
pela sociedade global.
No último Fórum Econômico Mundial
discutiu-se a quarta revolução industrial e
suas complexidades, velocidade e con-
vergência. O Fundador do Fórum, o suíço
Klaus Schwab, disse: “Nesses 46 anos
(desde que começaram os encontros de
Davos), não me lembro de ter enfrentado
tantos problemas ao mesmo tempo.”
Estamos prontos? Sempre que me
fazem esta pergunta, respondo que não.
Mas estou radiante por viver nos anos mais
transformadores da humanidade, prova-
velmente desde o acender da primeira
lâmpada. E você está pronto? Bem-vindo a
Era da Transformação digital.
*Gil Giardelli
RENATOGALISTEU
Essa tal
transformação digital...
Nas barricadas da Revolução Francesa
o mantra era “Numa época de inovação,
tudo o que não é novo é pernicioso.”
*Gil Giardelli é professor
e difusor de atividades
e conceitos
ligados à inovação
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