2. ORIGEM DA FILOSOFIA
A filosofia nasceu na Grécia
antiga, no início do século VI
a.C. Tales de Mileto é
reconhecido como o primeiro
filósofo, apesar disso, foi
outro filósofo, Pitágoras, que
cunhou o termo "filosofia",
uma junção das palavras
"philos" (amor) e "sophia"
(conhecimento), que significa
"amor ao conhecimento".
Desde então, a filosofia é a
atividade que se dedica a compreender, identificar e comunicar a
realidade através de conceitos lógico-racionais. Ela surgiu do abandono
gradativo das explicações dadas pela mitologia (desmitificação) e a
busca por um conhecimento seguro.
3. CONHECIMENTO E SABEDORIA
O conhecimento é o estado de conhecer algo através da compreensão, de
estudos comparativos e de conceitos, ou seja, implica
uma construção por meio do raciocínio lógico, intuição,
insight e experiência. Assim, através da associação de
várias informações acede-se a uma maior compreensão
da realidade. No conhecimento há mesmo um movimento de expansão e
ampliação do entendimento. Esse é o caso do conhecimento científico.
Os factos mudam, a informação muda e consequentemente o
conhecimento nunca é absoluto - ele é sempre relativo ao contexto e ao
momento que se vive.
A sabedoria não tem prazo de validade. A sabedoria consiste em saber o
que fazer com qualquer conhecimento. Como utilizá-lo de forma moderada,
prudente e profícua. A sabedoria consiste em manter a serenidade face ao
inesperado. Consiste em ter flexibilidade e compreender a relatividade
absoluta do momento presente.
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4. CONHECIMENTO FILOSÓFICO
O conhecimento filosófico é um
conhecimento fundamentado na
lógica e na construção ou definição
de conceitos. É um conhecimento
metódico que tem como objetivo
encontrar explicações válidas para
os diversos problemas propostos.
O conhecimento originado pela
filosofia é um modo de interpretação
da realidade que diferencia-se de outras formas de conhecer.
Deste modo, podemos também perceber o que é o conhecimento
filosófico a partir de sua distinção das demais formas de saber.
O conhecimento filosófico é o saber baseado no questionamento sobre
toda a realidade. Esse questionamento é chamado de atitude filosófica.
A atitude filosófica trata com estranhamento (admiração) o que há de
mais comum e trivial no cotidiano. Tudo é compreendido como novo,
como algo a ser descoberto, como algo a ser conhecido.
5. CONHECIMENTO MÍTICO
O conhecimento que se baseia nos
mitos tem como característica principal
ser fabuloso. É um conhecimento que
advém de uma tradição oral, das
narrativas míticas. Na Grécia antiga, a
transmissão desses conhecimentos
era tarefa dos poetas-rapsodos.
Essas narrativas remontam histórias
sobre o início dos tempos. Dão conta
de explicar de maneira fantasiosa, a
origem do mundo e de tudo o que é relevante para a vida daquele grupo de
indivíduos.
Criam-se laços e desenvolvem a ideia de pertencimento a uma comunidade
por partilharem um passado comum. Os mitos atuam como uma memória
partilhada, repleta de imagens de fácil associação e compreensão.
Baseadas na crença, as narrativas míticas reforçam, de forma ilógica e
contraditória, imagens e constroem uma consciência coletiva. A consciência
mítica está baseada na crença de que são representações fiéis da realidade.
6. MITO DA CAVERNA
Um exemplo de conhecimento
mítico é a “Alegoria da Caverna”
de Platão.
Para Platão, a caverna
simbolizava o mundo onde todos
os seres humanos vivem. As
sombras projetadas em seu
interior representam a falsidade
dos sentidos, enquanto as
correntes significam os
preconceitos e a opinião que aprisionam os seres humanos à ignorância e
ao senso comum.
Platão descreve a importância do senso crítico e da razão para que os
indivíduos possam se “libertar das correntes” e buscar o conhecimento
verdadeiro, representado pelo mundo exterior à caverna.
O prisioneiro que se liberta das correntes e volta para ajudar seus iguais
significa o papel do filósofo, aquele que tem como objetivo de libertar o
máximo de pessoas da ignorância
7. A ARTE E A FILOSOFIA
A arte é um tema fundamental na
filosofia, abordado por diversos
filósofos ao longo da história. Ela
suscita questões profundas
sobre a natureza da beleza, da
criatividade, da expressão e do
significado humano. Aqui estão
alguns aspectos importantes
sobre a arte na filosofia:
Estética: A estética é o ramo da filosofia que estuda a natureza da beleza
e do julgamento estético. Os filósofos estéticos exploram questões como:
O que torna algo belo? Como julgamos a beleza? Qual é o papel da arte
na experiência estética?
Definição de Arte: Filósofos ao longo da história tentaram definir o que
constitui a arte. Essas definições variam desde o enfoque na expressão
criativa até a ênfase na habilidade técnica, passando pela importância da
intenção do artista e pela relação da arte com a sociedade e a cultura.
8. A ARTE E A FILOSOFIA
Significado e Interpretação: A
interpretação das obras de arte também é
um tema central na filosofia da arte. Como
interpretamos uma pintura, uma música ou
uma peça de teatro? Qual é o papel da
intenção do artista na interpretação de uma
obra de arte? Essas questões levantam
debates sobre a subjetividade da
interpretação e a autoridade do artista
versus a autonomia do espectador.
Relação entre Arte e Realidade: Filósofos discutem sobre a relação entre a arte e a
realidade. Alguns argumentam que a arte imita a natureza, enquanto outros afirmam
que a arte cria mundos próprios ou revela aspectos da realidade que de outra forma
passariam despercebidos.
Ética e Política da Arte: Questões éticas e políticas também estão presentes na
filosofia da arte. Isso inclui debates sobre censura, liberdade de expressão,
responsabilidade social do artista e o papel da arte na transformação social.
Papel da Arte na Vida Humana: Além disso, os filósofos discutem o papel da arte na
vida humana. Ela é vista como um meio de comunicação, de reflexão, de catarse
emocional e até mesmo como uma forma de alcançar a transcendência ou o
entendimento mais profundo da existência humana.
9. RACIONALISMO
O Racionalismo é uma corrente
filosófica que traz como
argumento a noção de que a
razão é a única forma que o ser
humano tem de alcançar o
verdadeiro conhecimento por
completo.
O filósofo, físico e matemático
René Descartes foi um dos
principais difusores dos
pensamentos ligados a essa
teoria. Ele defende que é preciso duvidar de todo conhecimento adquirido
para conseguir alcançar a razão absoluta.
No Racionalismo acredita-se que a razão é o centro do conhecimento.
Os filósofos que representam essa corrente argumentam que a mente do
ser humano é responsável pela percepção e organização das
informações já existentes.
10. A LÓGICA NA FILOSOFIA
A lógica é uma área da
filosofia que visa estudar a
estrutura formal dos
enunciados (proposições) e
suas regras. Em suma, a
lógica serve para se pensar
corretamente, sendo assim,
uma ferramenta do correto
pensar.
Lógica tem origem na palavra
grega logos, que significa
razão, argumentação ou fala.
A ideia de falar e argumentar pressupõe que o que está sendo dito
possua um sentido para aquele que ouve.
Esse sentido fundamenta-se na estrutura lógica, quando algo "tem
lógica" quer dizer que faz sentido, é uma argumentação racional.
11. Foi o filósofo grego Aristóteles
(384 a.C.-322 a.C.) que criou o
estudo da lógica, ele a chamava
de analítica.
Para ele, qualquer conhecimento
que pretenda ser um
conhecimento verdadeiro e
universal deveria respeitar alguns
princípios, os princípios lógicos.
A lógica (ou analítica) passou a ser
compreendida como um
instrumento do correto pensar e a
definição de elementos lógicos que
fundamentam o conhecimento
verdadeiro.
BONS ESTUDOS!