Coleta de amostras de alimentos nas creches de Santo André
1. DIAGNÓSTICO - COLETA DE AMOSTRAS DE ALIMENTOS NAS CRECHES DO
MUNICíPIO DE SANTO ANDRÉ – SP
Joelma Araujo de Paula Felipe Tagawa; Jacqueline Martins Laranjeira Pinto; Simone de
Cássia Barbosa Genaro; Cássia Cristina Motta dos Santos; Claudia Cecconi Pellegrini; Irany
Rodrigues Maciel; Valquíria Araujo Santos; Vanderli Rodrigues de Limas; Raquel Lima de
Freitas Milhome; Renata dos Santos Luz; CRAISA – Companhia Regional de Abastecimento
Integrado de Santo André – Prefeitura Municipal de Santo André.Contato: (11) 4474-2266
nutricao@craisa.com.br/ joelma@craisa.com.br
INTRODUÇÃO
Segundo dados epidemiológicos, as unidades de alimentação e nutrição são uma
das maiores fontes de surtos de doenças veiculadas por alimentos. Bactérias, fungos, vírus,
parasitas, agentes químicos e substâncias tóxicas de origem animal e vegetal atuam como
agentes etiológicos desses surtos (ANDRADE, N.J et al, 2003).
A presente pesquisa tem como objetivo verificar a realização correta da técnica da
coleta de amostra de alimentos, implantada desde 2006, nas 23 creches do município de
Santo André.
MATERIAL E MÉTODOS
O período avaliado foi de fevereiro a junho de 2009, nas 23 creches onde são
atendidas em torno de 4.000 crianças com idades que variam entre 3 meses a 4 anos do
município de Santo André. Foram realizadas 75 supervisões, sendo observados os
seguintes procedimentos :o preenchimento correto das embalagens de amostra, a
quantidade de alimento recolhido e o descarte nas datas estipuladas conforme legislação
vigente( CVS 06/99).
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi observado que em somente 50% das supervisões, as coletas de amostras
estavam sendo realizadas e que nas 50% restante não estavam. Das supervisões
realizadas nas creches que efetuavam a coleta de amostras, observou-se que 27%
necessitaram de orientações em relação ao procedimento correto (figura 1).
COLETA REALIZADA
27% realizada sem
necessidade de
instrução
realizada com
necessidade de
73% instruções
Figura 1. Das 75 supervisões realizadas, 38 (50%) fizeram coleta, sendo que 28 (73%) não necessitaram de
orientação e 10 (27%) necessitaram de orientação.
Por outro lado, nas supervisões em que as coletas de amostras não foram
realizadas foi apresentado como motivo: o esquecimento do funcionário (43%) falta de
embalagens (37%) e falta de equipamento para armazenar as amostras (20%) (figura 2).
COLETA NÃO REALIZADA
43% 37%
Falta de embalagem
Falta de equipamento
Esquecimento
20%
Figura 2. Das 75 supervisões realizadas, 37 (50%) não fizeram coleta, sendo que 16 (43%) por esquecimento,
14 (37%) falta de embalagem e 7 (20%) falta equipamento.
3. Nos casos em que não ocorreu a coleta de amostras por esquecimento, os
funcionários foram orientados para que estabelecessem uma divisão das atividades em que
um dos membros da equipe seria o responsável pela coleta de amostra naquela semana.
Dessa forma, seria mais fácil manter um controle sobre este procedimento. Já o não
recolhimento de amostras devido a falta de embalagens, durante um curto período, ocorreu
devido a falhas com o fornecedor das embalagens, pois as mesmas estavam vindo abertas.
Solucionado este problema, os funcionários retornaram a prática de coleta de amostras. As
dificuldades em relação à manutenção dos refrigeradores para armazenar devidamente as
amostras foi também uma das dificuldades encontradas pelos funcionários, pois
inviabilizaram, durante um período, a prática da coleta de amostras.
CONCLUSÃO
Concluímos que vem sendo realizada a técnica da coleta de amostras de alimentos
nas creches do município de Santo André, necessitando intensificar as
supervisões/orientações em cada creche para que o procedimento seja realizado de
maneira correta. As dificuldades encontradas foram parcialmente sanadas, atendendo a
legislação vigente e garantindo a segurança higiênico- sanitária dos processos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, N.J; ROSÁLIA,M.M.S; BRABES, K.C.S. Avaliação das condições
microbiológicas em unidades de alimentação e nutrição. Ver. Ciênc.Agrotc.Lavras. V27, n.3,
p. 590-596, maio/jun,2003
FONTES, G; OLIVEIRA, K.K.L; OLIVEIRA, A.K.L; ROCHA, E.M.M. Influência do tratamento
específico na prevalência de enteroparasitose e esquistossomose mansonica em escolas do
município de Barra de Santo Antônio. AL.Rev.Soc.Bras.Med.Trop, 2003.
FURLANETO, L; KATAOKA, A. F.A. Análise microbiológica de lanches comercializados em
carrinhos de ambulante. Lecta, v.22, n.12
NOLLA, A.C; CANTOS, G.A. Relação entre ocorrência de enteroparasitoses em
manipuladores de alimentos e aspectos epidemiológicos em Florianópolis, Santa Catarina,
Brasil, Universidade de Santa Catarina, 2004. Site www.scielo.bvs, acessado em 03/08/2009
4. DIAGNÓSTICO - COLETA DE AMOSTRAS DE ALIMENTOS NAS CRECHES DO
MUNICíPIO DE SANTO ANDRÉ – SP
Joelma Araujo de Paula Felipe Tagawa; Jacqueline Martins Laranjeira Pinto; Simone de
Cássia Barbosa Genaro; Cássia Cristina Motta dos Santos; Claudia Cecconi Pellegrini; Irany
Rodrigues Maciel; Valquíria Araujo Santos; Vanderli Rodrigues de Limas; Raquel Lima de
Freitas Milhome; Renata dos Santos Luz
CRAISA – Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André – Prefeitura
Municipal de Santo André. Contato:nutricao@craisa.com.br
Segundo dados epidemiológicos, as unidades de alimentação e nutrição são uma das
maiores fontes de surtos de doenças veiculadas por alimentos. Bactérias, fungos, vírus,
parasitas, agentes químicos e substâncias tóxicas de origem animal e vegetal atuam como
agentes etiológicos desses surtos. A presente pesquisa tem como objetivo verificar a
realização correta da técnica da coleta de amostra de alimentos, implantada desde 2006,
nas 23 creches do município de Santo André. O período avaliado foi de fevereiro a junho de
2009, nas 23 creches onde são atendidas em torno de 4.000 crianças com idades que
variam entre 3 meses a 4 anos do município de Santo André. Foram realizadas 75
supervisões nas 23 creches municipais, sendo observados os seguintes procedimentos
adotados pelas funcionárias das unidades em relação a coleta e guarda de amostras: o
preenchimento correto das embalagens de amostra, a quantidade de alimento recolhido e o
descarte nas datas estipuladas. Foi observado que em 50% das supervisões, as coletas de
amostras estavam sendo realizadas e que nas 50% restante não estavam. Das supervisões
realizadas nas creches que efetuavam a coleta de amostras, observou-se que 27%
necessitaram de orientações em relação ao procedimento correto. Por outro lado, nas
supervisões em que as coletas de amostras não foram realizadas foi apresentado como
motivo: o esquecimento do funcionário (43%), falta de embalagens (37%) e falta de
equipamento para armazenar as amostras (20%). Nos casos em que não ocorreu a coleta
de amostras por esquecimento, os funcionários foram orientados para que estabelecessem
uma divisão das atividades em que um dos membros da equipe seria o responsável pela
coleta de amostra naquela semana. Dessa forma, seria mais fácil manter um controle sobre
este procedimento. Já o não recolhimento de amostras devido a falta de embalagens,
durante um curto período, ocorreu devido a falhas com o fornecedor das embalagens, pois
as mesmas estavam vindo abertas. Solucionado este problema, os funcionários retornaram
a prática de coleta de amostras. As dificuldades em relação a manutenção dos
refrigeradores para armazenar devidamente as amostras foi também uma das dificuldades
encontradas pelos funcionários pois inviabilizaram, durante um período, a prática da coleta
de amostras. Concluímos que vem sendo realizada a técnica da coleta de amostras de
alimentos nas creches do município de Santo André, necessitando de uma
supervisão/orientação constante em cada creche para que o procedimento seja realizado de
maneira correta. As dificuldades encontradas foram parcialmente sanadas, atendendo a
legislação vigente e garantindo a segurança higiênico- sanitária dos processos.