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RESUMÃO DE POLÍTICA INTERNACIONAL
 ERA VARGAS (1930/45) – americanismo pragmático:
 Contexto de abandono do big stick e de surgimento
da política da boa vizinhança (por temor de que a
América Latina se alinhasse a outras ideologias);
 Barganha – equidistância pragmática entre Alemanha
e EUA:
 1935 – Acordo comercial com a Alemanha / 1936
– Acordo comercial com EUA;
 1939 – viagem do chanceler brasileiro Oswaldo
Aranha para os EUA; 1940 – discurso de Vargas
no encouraçado Minas Gerais elogiando o
totalitarismo europeu;
 Desenvolvimentismo com auxílio da PEB;
 Reaparelhamento das Forças Armadas;
 Prestígio – BR como membro fundador da ONU;
 GOVERNO DUTRA (1946/1951) – americanismo
ideológico;
 Contexto de Guerra Fria;
 1947 – Rompimento de relações com a URSS e com
os países do Leste Europeu;
 Adesão ao TIAR/Pacto do Rio (Tratado
Interamericano de Assistência Recíproca) –
importante instrumento dos EUA para expandir sua
influência na América Latina;
 1948 – BR apoia a criação da OEA (Organização dos
Estados Americanos) na Conferência de Bogotá;
 1949 – BR vota contra a entrada da República
Popular da Coreia na ONU, após a Revolução
Maoísta – Reconhece a República Chinesa (Taiwan),
de Xian Kai Shek, com a verdadeira China;
 Postura demandante do BR com relação a economia
e comércio:
 1948 – Na criação da OEA, BR demanda “Plano
Marshall” para a América Latina;
 1950 – O chanceler Raul Fernandes entrega o
Memorando da Frustração;
 SEGUNDO GOVERNO VARGAS (1951/1954) –
continuação da PEB de Dutra;
 1951 – Acordo de Cooperação Nuclear BR-EUA –
BR fornece exclusivamente urânio em troca de
tecnologia nuclear americana;
 CNPQ – fomento à tecnologia nuclear;
 1952 – Acordo Militar BR-EUA – pode parecer bom
para o BR, mas nacionalistas consideram perda de
autonomia;
 1953 – Medidas nacionalistas:
 Criação da Petrobras;
 Protecionismo;
 Leis de limitação da remessa de lucros das
empresas estrangeiras para o país de origem;
 1955 – Conferência de Bandung – BR presente,
mas inconsistente, por abster-se quanto ao
colonialismo português;
 GOVERNO JK (1956/1961) – mote
desenvolvimentista;
 Integração nacional com rodovias;
 Construção de Brasília;
 Atrai investimentos estrangeiros;
 Ótima relação, inicialmente, mas sem retorno;
 1958 – Operação Pan-Americana (OPA) – BR muda a
estratégia, mostrando-se globalista pela primeira vez
– Afirma que é preciso investir no BR, porque
subdesenvolvimento geraria instabilidade, o que
significa pender para o comunismo, inclusive; é
recebida com frieza, a não ser pela criação do BID
(Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do
Comitê dos 21 (responsável por analisar os
principais pontos de estrangulamento das economias
latinas e proporcionar maior cooperação econômica);
 1959 – BR envia missão comercial ao Leste Europeu;
 JK recebe Fidel em Brasília;
 Rompimento com o FMI;
 GOVERNO QUADROS (1961) – Política externa
independente com Afonso Arinos – autonomia,
diversificação de parcerias e desenvolvimentismo:
 Insere África nas parcerias brasileiras:
 Criação de divisão de África no Itamaraty;
 Viagem de Afonso Arinos ao continente;
 Souza Dantas, como primeiro embaixador negro
em Acra;
 Abertura de embaixadas na África;
Apesar dos esforços, o africanismo esbarrou:
 No BR não condenando o colonialismo
português;
 Na postura leniente do BR quanto ao apartheid;
 BR se queima com África e com Portugal...;
 Insere o Leste Europeu no campo das relações:
 Restabelece relações diplomáticas com os
países da região;
 Missão João Dantas – visa a aprofundar o
diálogo diplomático;
 Cuba:
 Visita e condecoração de Che;
 Condecoração de Gagárin;
 BR critica a invasão à Baía dos Porcos por
Kennedy (ingerência indevida);
 Argentina – Frondizi e Quadros assinam o Convênio
de Amizade e Consulta, no encontro de Uruguaiana;
 China – Visita de Jango à RPC e estabelecimento de
relações comerciais com a República Popular da
China (não é reconhecimento tácito; é comércio),
ainda que de maneira tímida;
 GOVERNO JANGO (1961/1964) – PEI é
aprofundada;
 URSS – BR restabelece relações diplomáticas;
 Leste Europeu – COLESTE – diversificação de
parcerias;
 Cuba:
 BR abstém-se sobre a retirada de Cuba da OEA,
com o argumento de que a alegação dos EUA
não tinha fundamento jurídico;
 BR apoia quarentena sobre a ilha (bloqueio) e
solução pacífica de controvérsias para a crise
dos mísseis;
 Discurso do 3D – Desenvolvimento,
desarmamento e descolonização de Araújo
Castro é um marco na PEB;
 Estados Unidos – desencontros no plano bilateral,
devido:
 Ao encampamento de empresas americanas
sem as devidas indenizações;
 À tentativa de limitar a remessa de lucros para o
exterior;
 Operação Brother Sam – Envio de uma força-
tarefa americana para o BR em apoio aos
golpistas;
 GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964/67) – Passo
fora da cadência, segundo Amado Cervo;
Chanceleres Vasco Leitão da Cunha e Juracy
Magalhães; afastamento da China, por exemplo;
 Retomada do americanismo;
 1964 – BR rompe relações diplomáticas com Cuba;
 1965 – Participação de tropas brasileiras na
intervenção na República Dominicana contra Juan
Bosch; BR passa a ser visto como agente do sub-
imperialismo e na contramão do princípio autonomista
do BR;
 Interrompe diálogo comercial com a RPC e com
Cuba;
 Não rompe com URSS ou Leste Europeu;
 Baixo engajamento em fóruns terceiro-mundistas –
segurança seria mais importante do que
desenvolvimento;
 BR atua em consonância com os EUA em fóruns
multilaterais;
 Diversificação de parcerias não é prioridade;
 Relações complicadas no âmbito regional por
oposição dos vizinhos ao regime ditatorial do BR;
 GOVERNO COSTA E SILVA (1967/69) – Diplomacia
da prosperidade – rivalidade emergente entre EUA e
BR (devido a disputas comerciais, rejeição ao TNP,
defesa do desenvolvimentismo terceiro-mundista e
nacionalismo econômico);
 Retorno da economia com viés nacionalista (Delfim
Neto e Hélio Beltrão);
 Retomada parcial dos princípios da PEI (autonomia,
diversificação de parcerias e desenvolvimentismo);
 II UNCTAD (United Nations Conference for
Trade and Development) – BR no G-77 como
líder;
 BR rejeita TNP (Tratado de Não-Proliferação),
por considera-lo assimétrico (rígido com os
países não possuidores de armas nucleares e
brando com os possuidores) e por criticar o
congelamento de poder mundial que ele
encetaria; ainda argumenta que já assinara
Tlatelolco, comprometendo a América Latina
com o desarmamento; aproximação com a Índia,
por isso;
 CECLA (Comissão Especial de Coordenação
Latino-Americana) – BR tenta apagar sua
imagem de agente do subimperialismo;
 Tratado da Bacia do rio da Prata – BR, AR,
UR, PA e BO;
 Diversificação de parcerias – África e Ásia;
 GOVERNO MÉDICI (1969/74) – Diplomacia do
Interesse Nacional de Mário Gibson Barboza –
Projeto BR potência:
 América Latina em destaque:
 Tratado de Itaipu (1973) – Produz energia e
otimiza relações;
 Crise das hidrelétricas – AR alega que BR violou
o acordo de consulta prévia dos países afetados
pelo represamento do rio e prejudicaria seu
projeto hidrelétrico à jusante;
 África – Visita histórica de Gibson Barboza a 9 países
do Golfo da Guiné, num momento de avanço das
ideais brasileiras sobre descolonização;
 Ásia:
 1970 – Acordo entre BR-Índia para fins
pacíficos da tecnologia nuclear é firmado, mas
acaba sendo denunciado 4 anos depois, quando
a Índia faz explosões nucleares; relação esfria;
 1971 – BR vota contra o reconhecimento da
RPC, por considerar o Maoísmo um fator de
instabilidade para o país; foi voto vencido;
 1972 – Missão comercial de Horácio Coimbra
– “não é política; é comércio”;
 Oriente Médio – busca de ampliação das relações
após o choque do petróleo;
 Preferência pelo bilateralismo em detrimento do
multilateralismo no diálogo com o Terceiro Mundo é
justificado pelo contexto de Brasil potência;
 Relações satisfatórias com os EUA – há
convergências e divergências:
 Apoio do BR aos golpes no Chile, na Bolívia e no
Uruguai é coerente com sua política doméstica
de repressão comunista;
 EUA protestam sobre extensão do mar territorial
do BR para 200 milhas;
 BR segue negando aderir ao TNP;
 1968/1988 – BR fora do sistema rotativo do
CSNU, devido à negação do TNP;
 GOVERNO GEISEL (1974/1979) – Pragmatismo
Responsável e Ecumênico de Azeredo da Silveira
(não vale tudo em nome do desenvolvimento nacional
+ orientação universalista da diplomacia do BR em
detrimento das diferenças com relação aos
parceiros);
 América Latina:
 Argentina – fim da cordialidade oficial – BR
pujante dá as costas à AR em crise, devido a sua
adoção do neoliberalismo e da sua instabilidade
política;
 Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) –
Busca relações com a América setentrional (BR,
BO, PE, EQ, CO, VE, GU, SU); caráter
soberanista dos países amazônicos sobre a
gestão de seus recursos naturais; primeiro
tratado plurilateral sem a AR;
 África:
 BR reconhece as independências das antigas
colônias portuguesas na África;
 BR foi o primeiro a reconhecer a independência
de Angola, mesmo com a orientação marxista do
governo do MPLA, o que denota autonomia com
relação ao contexto de Guerra Fria;
 BR vota a favor de resolução da AGNU que
tipifica sionismo e apartheid como formas de
racismo;
 Ásia:
 Reconhece a RPC e rompe com Taiwan, mas
mantém relações comerciais – dois sistemas,
uma só China; mas só restabelece relações
diplomáticas em 1979;
 Japão – Visita e Geisel e investimentos
japoneses no país (PRODECER I e Projeto
Carajás – soja no cerrado e minério de ferro,
respectivamente);
 Aprofunda relação com os países árabes –
importa petróleo; vende armas; apoia o voto
antissionista na ONU (contra o racismo); OLP
instala-se em Brasília;
 Estados Unidos: para Mônica Hirst, foi o fim do
alinhamento;
 Doutrina Nixon – Política externa low budget e
contexto de flexibilização do padrão dólar-ouro;
 Desencontros sobre Direitos Humanos –
Governo Carter critica regime militar, a que o BR
responde com o rompimento do Acordo Militar de
1952;
 1975 - Acordo nuclear BR-AL leva ao
afastamento dos EUA;
 Reconhecimento do MPLA marxista também leva
à críticas dos EUA;
 Apoio ao voto antissionista também gera críticas;
 Elevado grau de pragmatismo na PEB:
 Condena o apartheid, num contexto em que o
mundo acirra o debate contra o regime;
 BR candidata-se à Comissão de Direitos
Humanos estrategicamente, para evitar que
fosse alvo de relatórios denunciando violação
de direitos humanos no país, em pleno regime
militar repressivo;
 GOVERNO FIGUEIREDO (1979/1985) –
Universalismo:
 Internamente:
 Anistia;
 Reforma partidária;
 Greves no ABC Paulista;
 Atentado no Riocentro;
 Diretas Já!;
 Externamente – Manutenção do processo de abertura
política e do Pragmatismo Ecumênico e Responsável
pelo chanceler Saraiva Guerreiro:
 Ênfase no multilateralismo, no diálogo e na não
intervenção;
 Distanciamento consciente com relação aos EUA;
 Reagan não privilegia políticas voltadas para os
países emergentes;
 Mantêm-se divergências quanto a direitos
humanos;
 BR não apoia sanções contra a URSS em
decorrência da invasão do Afeganistão, em
1979;
 Itamaraty critica intervencionismo dos EUA;
 Neoliberalismo é considerado pelo BR como
uma nova forma de colonialismo;
 Primeira visita presidencial à China – Figueiredo
vai atraído pelos altos índices de crescimento
chineses, mas não há resultados concretos de
aproximação;
 “Faixa de convergência” entre BR e CH
começa a se formar – Apesar de diferentes,
ambos querem inserção internacional livre,
defendem estabilidade interna como requisito
para desenvolvimento e são contra a
ingerência externa em assuntos domésticos;
 Reaproximação com a AR:
 Visita de Figueiredo;
 Acordos de cooperação nas áreas de
economia, comércio, militar e de energia;
 Acordo Tripartite põe fim à crise das
hidrelétricas;
 BR apoia o pleito da AR sobre as Malvinas;
 África – cautela no apoio aos novos países:
 Aumento no nível de comércio;
 Aumento no número de embaixadas de 12 para
21;
 Primeira viagem presidencial para o continente;
 Apoio do BR ao MPLA na luta contra os grupos
revolucionários (UNITA + grupos da África do
Sul);
 GOVERNO SARNEY (1985/1990) – Diplomacia para
resultados, de Olavo Setúbal:
 Lógica de renovação de credenciais – cria
compromissos para afastar estigma do período
militar;
 Posição mais cooperativa do BR quanto a regimes
internacionais;
 BR assina acordos de direitos humanos, meio
ambiente, não proliferação e volta ao CSNU;
 BR adota restrições constitucionais sobre os
seguintes temas: direitos humanos e finalidade
pacífica da tecnologia nuclear;
 África:
 Afastamento com relação à África do Sul reforça a
renovação de credenciais com o resto do
continente;
 1986 - ZOPACAS (Zona de Paz e Cooperação do
Atlântico) – contraponto à OTAS (paralelo da
OTAS, proposta pelos EUA, no Atlântico Sul);
 1981 – Cúpula dos Países de Língua Portuguesa
– Criação do Instituto Internacional de Língua
Portuguesa;
 Ásia:
 Viagem de Sarney à China – Negocia o CBERS
(CH-BR Earth Resources Satellites), que rompe
com a tendência de outrora de compartilhar
tecnologia somente com uma grande potência;
 URSS:
 Viagem inédita de Sarney a Moscou;
 Acordos em áreas diversas em visita do chanceler
de Gorbachev;
 Oriente Médio – grande importância no setor de
serviços (empreiteiras);
 Europa – Diálogo melhora, a partir da
redemocratização;
 Retoma relações com Cuba e defesa de sua
reinserção na OEA;
 Construção de ótimas relações com AR:
 Declaração de Iguaçu – relações econômicas e
comerciais;
 1986 – Ata de Integração BR+AR entre Sarney e
Alfonsín – primeiro sinal de integração e
cooperação que desembocaria no Mercosul;
 Tentativa de articular os países latino-americanos
sobre as negociações da dívida externa (em vão);
 Estados Unidos – manutenção das tensões com os
EUA e encapsulamento de crises (problemas
pontuais não afetam o todo da relação bilateral);
 1986 – Grupo do Rio (base da CELAC; Grupo de
contadora + grupo de apoio) – Critica o
intervencionismo da era Reagan e defende a
redemocratização;
 Abertura neoliberal de Reagan – Esperava-se
que o BR também abrisse sua economia;
 Moratória da dívida externa;
 Critica a invasão dos EUA ao Panamá –
Ingerência externa indevida e violação do
princípio de autonomia;
 Rodada do GATT do Uruguai – desencontro
sobre novos temas;
 BR investigado pela Seção 301 do American
Trade Act por não ser considerado um free trader
(devido à lei de informática, à questão das
patentes farmacêuticas);
 Ênfase nas relações com o Oriente Médio;
 REFLEXÃO:
 DITADURA MILITAR – PERÍODO DE AUTONOMIA
PELA DISTÂNCIA - BR distancia-se de fóruns
multilaterais sobre direitos humanos, meio ambiente,
armas nucleares e comércio:
 Só adere aos pactos de direitos humanos em
1992;
 Sobre meio ambiente, BR tinha visão
soberanista;
 Sobre não-proliferação, criticava assimetria e
congelamento de poder mundial;
 Sobre comércio, BR tinha postura protecionista,
defendendo comércio desigual para Estados
desiguais;
 NOVA REPÚBLICA – AUTONOMIA PELA
PARTICIPAÇÃO:
 BR ratifica a Carta Internacional de Direitos
Humanos;
 Sedia e Eco-92 e mostrou visão cooperativa ao
assinar sobre regime internacional de florestas;
 Novo acordo de cooperação nuclear com a Índia
é firmado e denunciado dois anos depois, pela
Índia ter feito testes – Buscou-se não esfriar o
todo da relação;
 Adere ao TNP em 1998 e retira de Tlatelolco a
reserva sobre uso defensivo de armas nucleares,
ganhando credibilidade;
 Abre a economia, estimulando a competitividade
da indústria nacional; inicia a integração
econômica do MERCOSUL; foca no
neoliberalismo e em parceiros tradicionais
(Japão, EUA e Europa);
 Parceria estratégica BR-China, estabelecendo
vantagens, a partir do reconhecimento de que
um é indispensável para a política externa do
outro;
 Parceria estratégica com a Rússia e firmada por
FHC;
 2001 – China entra na OMC – “regras de não-
mercado” dão aos demais Estados capacidade
de se defender do socialismo de mercado,
equiparando os preços chineses à média
internacional;
 GOVERNO LULA (2003/2011):
 Desenvolvimento – Enquanto este era tido como
projeto nacional de 1930 a 1990, a partir de Lula, o
desenvolvimento passa a ser considerado fruto do
aumento de credibilidade e de competitividade;
 África:
 Marginal com FHC e fundamental para Lula;
 BR transfere uma sede da EMBRAPA para
aumentar a produção de alimentos, de algodão,
de etanol, etc...;
 Transfere sede a Fiocruz para Moçambique, para
auxiliar no combate à AIDS;
 Arranjos de geometria variável – Articulação
entre BR e pequenos grupos de países
periféricos para concertação política:
 IBAS (ÍN, BR e ÁS) – Proposições sobre
desenvolvimento;
 BRICS (BR, RU, ÍN, CH e ÁS) – Sobre
reformas no sistema financeiro;
 BASIC (BR, ÁS, ÍN e CH) – Sobre questões
ambientais;
 G-20 financeiro – reforma no FMI;
 G-20 comercial – Abertura dos mercados
agrícolas dos países centrais e defesa de
comércio desigual para Estados desiguais;
 G-4 (BR, Alemanha, Índia e Japão) – Sobre
ampliação do CSNU;
 Excelentes relações com EUA, apesar de pontos
de atrito, e com a Europa (BR é parceiro
estratégico da UE);
 Foco em integração regional – reforma do
MERCOSUL e criação da UNASUL (BO, BR,
CH, CO, EQ, GU, PA, PE, SU, UR, VE, ARG);
 GOVERNO DILMA (2011/2016) E TEMER
(2016/2018) – Não há política externa forte devido à
instabilidade interna;
 Relação harmoniosa entre BR e EUA é abalada pelo
escândalo dos grampos;
 2011 - Conceito de Responsabilidade ao Proteger –
Uma reformulação do conceito de Responsabilidade
de Proteger – Quando um Estado não garante a
segurança de seus cidadãos, a questão deve ser
resolvida pela comunidade internacional, porém deve
haver atenção aos impactos negativos de uma
intervenção, para evitar o que ocorreu na Líbia; nem
sempre a solução deve ser a partir de sanções; há
alternativas;
***
RELAÇÕES BILATERAIS BR-ARG
Segundo Candeas:
1. 1811/1898 – Período de instabilidade estrutural
com predomínio de rivalidade;
2. 1898/1961 – Período de instabilidade conjuntural
com busca de cooperação;
3. 1962/1979 – Instabilidade conjuntural com
predomínio de rivalidade;
4. 1979/1991 – Construção da estabilidade estrutural
pela cooperação;
5. 1991/Hoje – Construção da estabilidade estrutural
pela integração;
 PERÍODO DE INSTABILIDADE ESTRUTURAL COM
PREDOMÍNIO DE RIVALIDADE:
 1811/1816 – Intervenções portuguesas na região;
 1822 – BR independente;
 1825/28 – Guerra de Cisplatina – Vitória militar da
ARG, que não ganha nada, pois ING financia a
criação do Uruguai, como Estado-tampão entre BR a
ARG;
 Construção da noção de Grande Argentina, devido
às alegadas perdas territoriais;
 1826 – ARG independente;
 1826/1827 – Bernardino Rivadávia representa os
UNITARISTAS(Estado centralizado em Buenos Aires,
sem autonomia provincial) em oposição aos
FEDERALISTAS (províncias autônomas);
 1829/1851 – Juan Manuel Rosas assume como
governador de BsAs, representando os federalistas;
 Guerra civil no Uruguai – Blancos (apoio de Rosas
a Oribe) x Colorados (apoio do BR);
 1851/51 – BR faz guerra contra Oribe e Rosas (BR
x ARG+URU);
 1854/1860 – O federalista Urquiza assume:
 1854 – Primeiro acordo comercial entre BR e
ARG;
 Guerra civil: Bartolomeu Mitre (unitarista) x
Urquiza (federalista) – BsAs vence forças
argentinas;
 1862/1868 – Bartolomeu Mitre:
 Tríplice Aliança (BR,PA,UR) x Paraguai – Sob
argumento de defesa da integridade territorial
paraguaia; certa cordialidade nas relações
bilaterais;
 Domingo Sarmiento – Altos investimentos em
educação, pois não havia escravidão e o movimento
republicano já fora vitorioso;
 Salto de desenvolvimento argentino inicia
rivalidade cultural, pois vê BR como inferior;
 Generación de los Ochenta – refinamento cultural;
 Economia da ARG é maior que a do BR e da ESP;
 Consolidação das fronteiras;
 INSTABILIDADE CONJUNTURALCOM BUSCA DE
COOPERAÇÃO:
 Consolidação das fronteiras – Questão de Palmas é
arbitrada por Cleveland e Rio Branco;
 1899 – Visita do General Roca ao BR e Campos
Salles retribui no ano seguinte – Apesar da
cordialidade, ARG não é prioridade;
 Boa relação entre BR e EUA era mal vista por
ARG, que priorizava relações com ING;
 Guerra da Farinha – BR prioriza compra de trigo
americano em detrimento do argentino;
 Dreadnoughts – EUA encomendam 3
encouraçados para o BR, e ARG considera
ameaça;
 Conferência Pan-americana (1906) – BR e ARG
disputam para sediar o evento; como BR ganha,
ARG não comparece;
 Tensão entre Rio Branco e Zeballos – Telegrama
no. 9;
 Anos 30 – Diversificação temática nas relações
bilaterais – “década infame” na ARG=crise
econômica, apesar do esplendor cultural;
 Acordos de turismo, finanças, mediação BR/ARG
na Guerra do Chaco (PARxBO);
 Segunda Guerra Mundial – ARGs só sai da
neutralidade em 1944, devido a forte sentimento
antiamericano;
 1946/1955 – Juan Domingo Perón – Política externa
de não-alinhamento – Terceiro Mundismo avant à
lettre;
 1947 – ARG ingressa no TIAR;
 Recusa-se a entrar no FMI;
 Não rompe com URSS;
 Propõe Pacto ABC (ARG+BR+CHI) – Articulação
para solução de controvérsias; Não vai pra frente;
 1955 – Golpe militar depõe Perón, até que se
restabelecesse a ordem;
 1955/58 – General Aramburu – governo-tampão;
 1958/1962 – Arturo Frondizi assume – Comunhão
com o BR:
 Cooperação industrial – Convênio de
planejamento industrial conjunto entre BR e ARG,
para não haver desnível na região;
 Jânio mantém bom relacionamento – Encontro de
Uruguaiana promove maior intimidade entre os
dois países;
 Frondizi propõe volta do Peronismo e sofre golpe
militar em 1962; quem assume são civis
marionetes;
 INSTABILIDADE CONJUNTURAL COM
PREDOMÍNIO DE RIVALIDADE:
 1962/63 – Guido;
 1963/66 – Illia;
 Afastamento entre BR e ARG, devido à desconfiança
desta com relação ao governo Jango, à postura pró-
EUA do BR e busca de autonomia com a PEI;
 1966/1973 – Mais um golpe – Ongania, Levingston e
Lanusse;
 Ongania – Castello Branco argentino;
 Alinhamento total aos EUA;
 Desconfiança mútua entre os governos militares
de BR e ARG;
 Afastamento se mantém;
 Levingston e Lanusse – Mais globalista (como Geisel
e Figueiredo) – Lanusse propõe abertura=volta dpo
Peronismo;
 1973 – Hector Campora é eleito – “Hector no
governo; Perón no poder”;
 1973/1976 – Domingo Perón retorna, mas falece em
1974, e quem assume é sua esposa Isabelita Perón;
 1974/1974 – Isabelita Perón – governo instável;
 Repressão;
 Anticomunismo (Aliança Anticomunista Argentina);
 Economia deteriorou-se;
 Crise das Hidrelétricas;
 Choque do petróleo;
 1976/1980 – Rafael Videla derruba Isabelita:
 Fechamento das fronteiras;
 CONSTRUÇÃO DA ESTABILIDADE ESTRUTURAL
PELA COOPERAÇÃO:
 Acordo Tripartite – Videla, Figueiredo e Stroessner
assinam, para que os projetos hidrelétricos
coexistam;
 Início do fim das tensões;
 1980 – Acordo nuclear entre BR e ARG;
 BR não apoia Guerra das Malvinas, mas defende
posse argentina sobre as ilhas;
 183/1989 – Raul Alfonsín assume:
 1985 – Declaração do Iguaçu – Retoma espírito de
Uruguaiana, por reunir esforços para inserção
internacional conjunta;
 1986 – PICE (Programa de Integração e
Cooperação Econômica) – Integração econômica
entra em pauta; setor por setor;
 1988 – Tratado de Cooperação, Integração e
Desenvolvimento – Prevê integração completa
dentro de 10 anos;
 1989/1999 – Carlos Menem – Ampla comunhão de
objetivos entre ele e Collor;
 1991 - Surge o MERCOSUL – BR, PAR, UR, ARG;
 Realismo periférico – Política externa da ARG
prioriza BR e EUA – ARG reconhece não ser
potência e alia-se a quem possa elevá-la a tal
posto;
 Desencontros:
 Concessões da ARG à ALCA só podem ser
feitas, enquanto não prejudicarem os
MERCOSUL;
 Plano Cavallo – A tentativa de dolarização do
peso por via constitucional sofreu oposição do
BR;
 Maxidesvalorização do Real – Balança
comercial fica superavitária para o BR, o que
gera protecionismo da ARG;
 BR recorre ao MERCOSUL e à OMC, ganha, e
ARG inicia protecionismos rotativos em cada
setor até 2004, quando BR intercede, pois
enxerga a importância de ter um parceiro forte;
 2003/2007 – Néstor Kirchner:
 Reforma no MERCSUL – Dimensão social
aumenta integração (placas de carro
padronizadas, carteira de identidade idem);
 Volta intensificação do comércio e da integração
regional;
 Apoio mútuo em foros multilaterais – Exceto com
relação ao número de assentos do CSNU, pois
ARG considera que se formaria uma casta;
 Projeto de hidrelétrica binacional Garambi-
Panambi, biodiesel, etanol e COBEN (Comissão
Binacional de Tecnologia Nuclear);
 ABACC (Agência Brasileira-Argentina de
Contabilidade e Controle) – controla os projetos
nucleares de ambos;
 Sabia-Mar – Satélite Argentino-Brasileiro de
Informações Atmosféricas e Marítimas;
 HOJE – Macri e Temer com postura pró-mercado,
expansão do comércio e reforma do MERCOSUL.
RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-EUA
 É uma relação assimétrica;
 Norteia paradigma na PEB;
 Monica Hirst divide em 5 A’s:
 ALIANÇA – Dos anos iniciais da República até 1940;
 ALINHAMENTO – Durante grande parte da Guerra
Fria;
 AUTONOMIA – De Geisel aos anos 90;
 AJUSTAEMENTO – Pós-Guerra Fria;
 AFIRMAÇÃO – Anos 2000;
 FASE DE ALIANÇA:
 Antecedentes – Durante o Segundo Reinado, BR
tinha postura autonomista com relação tanto a EUA
quanto a ING:
 Questão Christie;
 Questão Trousdale;
 Questão Webb;
 1889 – Conferência Panamericana de Washington
– Iniciada durante o Segundo Reinado e finalizada na
República, refletiu a transição da autonomia à
convergência com relação aos EUA;
 1891 – Acordo Comercial Blaine-Mendonça –
Simboliza adensamento da relação, mas extensão da
vantagem do açúcar do BR ao antilhano anula os
benefícios;
 1893 – Revolta da Armada – Grover Cleveland envia
esquadra em apoio a Floriano Peixoto;
 1895 – Presidente Grover decide em favor do BR na
Questão de Palmas;
 Barão do Rio Branco refina o americanismo brasileiro:
 Segundo Bradford Burns – aliança não-escrita –
Há aproximação, mas não tratados;
 Americanismo pragmático – Aliança não-
formalizada e que atenda ao interesse nacional;
 Monroísmo de Rio Branco reflete seu pragmatismo
– Evita investidas europeias, no contexto de
neocolonialismo;
 Amizade com EUA intimida, eleva prestígio do BR
e fortalece posição sub-regional;
 Avanço no comércio bilateral – EUA como maior
parceiro;
 Sucessores têm dificuldade em dar continuidade
ao pragmatismo de Rio Branco, muitas vezes
sucumbindo às vontades de Washington;
 Era Vargas – Segundo Gerson de Moura, há
“equidistância pragmática” ao BR oscilar entre ALE e
EUA;
 FASE DO ALINHAMENTO:
 Governo Dutra – Segundo Gerson de Moura, há
alinhamento sem recompensa (americanismo
ideológico);
 BR não tem poder de barganha, pois todos os
esforços dos EUA estão no sentido de conter o
avanço do comunismo na Europa;
 Memoranda da Frustração de Raul Fernandes;
 SEGUNDO GOVERNO VARGAS – Tentativa
frustrada de retomada do poder de barganha:
 Venda de minérios estratégicos; areias
monazíticas;
 1952 – Acordo Militar foi acusado de perda de
provocar perda de soberania;
 BR apoia intervenção de EUA na Guatemala
contra o governo de Jacobo Arbenz;
 GOVERNO CAFÉ FILHO – Introdução de novidades
liberais;
 GOVERNO JK:
 Arrenda Fernando de Noronha em nome da guerra
nas estrelas;
 Novos desencontros – disputas comerciais;
rompimento com o FMI; descaso com a OPA e
seu discurso que aliava desenvolvimento a
segurança;
 FASE DA AUTONOMIA – PEI; ensaio autonomista;
 GOVERNO GEISEL – Contexto de détente;
 Memorando de entendimento;
 BR toma caminho próprio sobre descolonização –
Primeiro país a reconhecer a independência e o
governo marxista de Angola, a despeito das
diferenças políticas entre os dois governos;
 BR apoia sionismo como racismo;
 EUA fazem críticas sobre direitos humanos no BR,
que considera isso chantagem e rompe o acordo
nuclear de 1952 – Hirst ressalta como sinal de
autonomia;
 GOVERNO FIGUEIREDO – Retomada do período
crítico da Guerra Fria e internamente:
 BR não segue EUA no boicote ás Olimpíadas de
Moscou, no embargo à URSS (pois BR e URSS
tiveram recorde comercial) e na invasão de
Granada;
 GOVERNO SARNEY – Lógica de autonomia
continua;
 Encapsulamento de crises – Atritos pontuais não
abalam o todo da relação;
 BR sob investigação da Seção 301 do American
Trade Act – Free trade for free traders;
 Lei de informática;
 Patentes de remédios;
 Moratória da dívida externa;
 BR condena ação militar dos EUA no Panamã
contra Noriega, acusado pelos EUA de facilitar
tráfico de drogas;
 AJUSTAMENTO:
 É errado falar em alinhamento, pois aproximação é
por interesse nacional;
 FHC critica Plano Colômbia, diz não à ALCA, quebra
patentes e estimula lógica Sul-Sul;
 Autonomia pela participação – busca de autonomia;
 AFIRMAÇÃO:
 GOVERNO LULA:
 Relação madura, apesar das diferenças;
 BR e EUA enxergam-se como interlocutores
necessários;
 Cenário internacional favorável;
 “Diálogo estratégico” – Condoleeza cria cerca de
30 grupos de trabalho sobre temas diversos;
 Desencontros sobre a Declaração de Teerã;
 GOVERNOS DILMA/TEMER:
 Ausência de estratégia quanto a inserção
internacional;
 Escândalo de espionagem de 2013 estremece a
relação, com o cancelamento de Dilma da viagem
oficial aos EUA;
 Resolução com ALE coloca segurança digital
como direito humano;
RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-CHINA
 1811 – Império importa mão-de-obra chinesa;
 Segunda Guerra – Estreitam relações, devido à
oposição ao Eixo;
 1949 – Revolução Chinesa/Maoísta – Duas Chinas:
1) República da China (Taiwan – Xian Kai-Sheck); 2)
República Popular da China (Mao Zedong);
 1961 – Visita de Jango à RPC – Contexto da PEI;
 1962 – BR assina acordo comercial com RPC, mas
não traz benefícios;
 1964 – Golpe militar no BR rompe aproximação;
 1971 – Médici autoriza visita de empresários à RPC;
 ONU reconhece RPC, mas BR votou contra;
 1974 – Geisel reconhece oficialmente a RPC –
Contexto de Pragmatismo Responsável e Ecumênico;
 Crise econômica nos EUA – Flexibiliza-se padrão
dólar-ouro e aposta-se em política externa low budget
(Doutrina Nixon); EUA aproximam-se de RPC, para
evitar sua relação com a URSS;
 Deng Xiaoping e as mudanças na economia chinesa:
 Socialismo de mercado – Centralização política
convive com descentralização econômica;
 Quatro modernizações – Agricultura (produção de
alimentos) + Indústria (mão-de-obra barata) +
Tecnologia + Defesa = China na rota do
crescimento;
 Teoria dos 3 Mundos é aplicada à política externa
chinesa:
 1º Mundo – EUA e URSS (superpotências em
corrida armamentista);
 2º Mundo – Europa como um todo, Japão e
Canadá;
 3º Mundo – Países capitalistas ou socialistas
que vivem à margem do 1º Mundo (China, BR,
Índ);
 1984 – Atraído pelos altos índices de crescimento,
Figueiredo faz viagem inédita à China;
 “Faixa de convergência” – Apesar das diferenças,
Figueiredo fala de aspectos comuns: inserção
internacional livre; desenvolvimento; estabilidade
interna e defesa a não-intervenção em assuntos
domésticos;
 1988 – Resultados da aproximação começam a
aparecer:
 China-Brazil Earth Resources Satellite (CBERS) –
Parceria para lançar satélites binacionais para
rastreamento da crosta terrestre em busca de
recursos inexplorados, controle de desmatamento,
observação de correntes marítimas e questões
meteorológicas;
 1992 – Parceria estratégica entre BR e CHI –
Reconhecimento de que uma é indispensável para a
política externa da outra;
 COMÉRCIO – CHI é a maior parceira do BR desde
2009;
 Anos 90 – Comércio baixo com troca de produtos
manufaturados de baixo valor agregado e minério
de ferro e soja, sendo o BR superavitário;
 Anos 2000 – CHI na OMC com regra especial –
Regras de não-mercado – Dá aos demais Estados
a possibilidade de se protegerem da CHI,
ignorando o preço de produção (que sempre tende
a ser muito baixo no país) e comparando o preço
de venda com a média do preço internacional do
produto, forçando o aumento do valor chinês;
 CHI aumenta preço do produto, agrega valor a ele,
diversificando sua produção e intensificando sua
capacidade produtiva;
 Estados desejam a permanência da regra de não-
mercado;
 MULTILATERALISMO:
 G7 => para discutir comércio;
 BRICS dá vulto às demandas;
 BASIC sobre meio ambiente;
 CHI é vaga sobre BR no CSNU, devido à
aproximação deste da Japão;
RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-ÍNDIA
 1948 – Reconhecimento diplomático das relações
entre BR e ÍN demora um pouco – Lógica de
distância – Ambos estão em contextos diferentes;
 Dois países protecionistas;
 Não há complementaridade econômica;
 1968 – Visita de Indira Gandhi ao BR:
 TNP – Ambos contestam caráter assimétrico do
tratado e unem-se para não assiná-lo;
 II UNCTAD – ÍN pede apoio do BR sobre mudanças
na estrutura comercial;
 1970 – Acordo para usos pacíficos da tecnologia
nuclear entre BR e ÍN – Quatros anos depois, ÍN faz
explosões, alegando ter fins pacíficos, mas BR
denuncia o tratado e relações que já eram frágeis
diluem-se;
 Anos 80 – Aproximação devido à busca indiana por
fontes alternativas de energia, no contexto pós-crise
do petróleo;
 Anos 90 – Características comuns a ambas
economias:
 Abertura econômica;
 Estado-mínimo;
 Controle da inflação;
 A partir da década de 70, Índia promove mudanças
na estrutura econômica que levam a alguma
complementaridade com o BR: medicamentos;
informática; serviços; tecnologia espacial; refino de
petróleo;
 1996 – FHC visita Índia:
 Acordo de cooperação nuclear entre BR e ÍN – Dois
anos depois, Índia faz novos testes, e Brasil denuncia
mais este tratado, mas evita que a relação esfrie;
 2003 – GOVERNO LULA – Maior importância de
China, Índia, Rússia:
 Arranjos de geometria variável – grupos menores e
mais focados: IBAS, BRICS, BASIC, G20 e G4;
 Reforço da multipolaridade e do multilateralismo;
RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-ÁFRICA DO SUL
 1918 – BR abre Consulado na Cidade do Cabo para
cuidar de questões comerciais;
 1952 – BR abre legação em Pretória;
 1961/64 – PEI amplia relações com novos parceiros –
Discurso dos 3 D’s (descolonização, desarmamento e
desenvolvimento);
 Anos 60/70 – Dificuldade de aproximação entre BR e
ÁFS – BR acusado boas relações com ÁFS racista;
BR abstém-se quanto a Portugal;
 1975 – BR reconhece independência de Angola e
vota a favor de resolução da ONU que tipifica
apartheid e sionismo como racismo;
 1985 – CSNU estabelece sanções contra a ÁFS, e
BR impõe embargo esportivo e cultural;
 Governo Lula dá posição de destaque à relação, mas
ainda é necessária maior densidade;
RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-ÁFRICA
CONTINENTAL
 1955 – Conferência de Bandung – BR presente com
Bezerra de Menezes e José Honório Rodrigues;
consolidação do conceito de Terceiro Mundo;
Desenvolvimentismo; Descolonização;
 BR inconsistente, por apoiar descolonização, mas
abster-se com relação a Portugal;
 PEI (1961/64):
 BR abre embaixada nos novos Estados africanos
surgidos após a descolonização;
 Viagem inédita do chanceler Afonso Arinos ao
continente;
 Criação da divisão de África no MRE;
 Nomeação do primeiro diplomata negro para Acra;
 GOVERNO COSTA E SILVA – Avanço restrito ao
âmbito multilateral – II UNCTAD;
 GOVERNO MÉDICI – Adensamento de relações;
 Mário Gibson Barboza visita 9 países africanos;
 Ênfase no bilateralismo e em questões comerciais;
 GOVERNO GEISEL – Itallo Zappa, Ovídio de Mello e
Silveirinha;
 BR é o primeiro país a reconhecer a independência
de Angola, a despeito do marxismo declarado pelo
MPLA de Agostinho Neto;
 GOVERNO FIGUEIREDO:
 Afastamento com relação à África do Sul era devido:
 Presença de combatentes sul-africanos no UNITA,
partido opositor ao MPLA (ingerência externa
indevida);
 Absurda resistência da África do Sul em admitir
independência da Namíbia (princípio da
autodeterminação dos povos);
 GOVERNO SARNEY:
 Sarney discursa na ONU sobre apartheid e direitos
humanos;
 1986 – ZOPACAS – Zona de Paz e Cooperação do
Atlântico Sul – Em resposta à OTAS, imposta pelos
EUA;
 1989 – I Cúpula de Países de Língua Portuguesa;
 ANOS 90 – Afastamento do BR com relação ao
continente, porém há momentos importantes:
 Tropas brasileiras em operações de paz em
Moçambique e Angola;
 1996 – CPLP – esforço político e cultural de
aproximação;
 Raras viagens presidenciais;
 ANOS 2000:
 Crescente concertação política – ASA/AFRAS –
América do Sul + África;
 Cooperação para desenvolvimento – EMBRAPA;
perdão de dívida;
 Outras formas de cooperação – militar, tecnológica e
estratégica;
***
RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-RÚSSIA
 1828 – Estabelecimento de relações diplomáticas;
 1892 – Reconhecimento russo da República foi tardio,
devido às contradições com relação ao modelo
czarista;
 1917 – BRA rompe com RUS, após a queda de
Kerenski;
 1945 – Vargas reconhece URSS e estabelece plenas
relações diplomáticas;
 1947 – Dutra rompe com URSS, apesar da crítica dos
EUA;
 Contexto interno de perseguição ao comunismo -
Cassação dos mandatos do PCB e da própria
legenda é criticada pela URSS, esfriando a relação;
 GOVERNO

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Resumão de política internacional

  • 1. RESUMÃO DE POLÍTICA INTERNACIONAL  ERA VARGAS (1930/45) – americanismo pragmático:  Contexto de abandono do big stick e de surgimento da política da boa vizinhança (por temor de que a América Latina se alinhasse a outras ideologias);  Barganha – equidistância pragmática entre Alemanha e EUA:  1935 – Acordo comercial com a Alemanha / 1936 – Acordo comercial com EUA;  1939 – viagem do chanceler brasileiro Oswaldo Aranha para os EUA; 1940 – discurso de Vargas no encouraçado Minas Gerais elogiando o totalitarismo europeu;  Desenvolvimentismo com auxílio da PEB;  Reaparelhamento das Forças Armadas;  Prestígio – BR como membro fundador da ONU;  GOVERNO DUTRA (1946/1951) – americanismo ideológico;  Contexto de Guerra Fria;  1947 – Rompimento de relações com a URSS e com os países do Leste Europeu;  Adesão ao TIAR/Pacto do Rio (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca) – importante instrumento dos EUA para expandir sua influência na América Latina;  1948 – BR apoia a criação da OEA (Organização dos Estados Americanos) na Conferência de Bogotá;  1949 – BR vota contra a entrada da República Popular da Coreia na ONU, após a Revolução Maoísta – Reconhece a República Chinesa (Taiwan), de Xian Kai Shek, com a verdadeira China;  Postura demandante do BR com relação a economia e comércio:  1948 – Na criação da OEA, BR demanda “Plano Marshall” para a América Latina;  1950 – O chanceler Raul Fernandes entrega o Memorando da Frustração;  SEGUNDO GOVERNO VARGAS (1951/1954) – continuação da PEB de Dutra;  1951 – Acordo de Cooperação Nuclear BR-EUA – BR fornece exclusivamente urânio em troca de tecnologia nuclear americana;  CNPQ – fomento à tecnologia nuclear;  1952 – Acordo Militar BR-EUA – pode parecer bom para o BR, mas nacionalistas consideram perda de autonomia;  1953 – Medidas nacionalistas:  Criação da Petrobras;  Protecionismo;  Leis de limitação da remessa de lucros das empresas estrangeiras para o país de origem;  1955 – Conferência de Bandung – BR presente, mas inconsistente, por abster-se quanto ao colonialismo português;  GOVERNO JK (1956/1961) – mote desenvolvimentista;  Integração nacional com rodovias;  Construção de Brasília;  Atrai investimentos estrangeiros;  Ótima relação, inicialmente, mas sem retorno;  1958 – Operação Pan-Americana (OPA) – BR muda a estratégia, mostrando-se globalista pela primeira vez – Afirma que é preciso investir no BR, porque subdesenvolvimento geraria instabilidade, o que significa pender para o comunismo, inclusive; é recebida com frieza, a não ser pela criação do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do Comitê dos 21 (responsável por analisar os principais pontos de estrangulamento das economias latinas e proporcionar maior cooperação econômica);  1959 – BR envia missão comercial ao Leste Europeu;  JK recebe Fidel em Brasília;  Rompimento com o FMI;  GOVERNO QUADROS (1961) – Política externa independente com Afonso Arinos – autonomia, diversificação de parcerias e desenvolvimentismo:  Insere África nas parcerias brasileiras:  Criação de divisão de África no Itamaraty;  Viagem de Afonso Arinos ao continente;  Souza Dantas, como primeiro embaixador negro em Acra;  Abertura de embaixadas na África; Apesar dos esforços, o africanismo esbarrou:  No BR não condenando o colonialismo português;  Na postura leniente do BR quanto ao apartheid;  BR se queima com África e com Portugal...;  Insere o Leste Europeu no campo das relações:  Restabelece relações diplomáticas com os países da região;  Missão João Dantas – visa a aprofundar o diálogo diplomático;  Cuba:  Visita e condecoração de Che;  Condecoração de Gagárin;  BR critica a invasão à Baía dos Porcos por Kennedy (ingerência indevida);  Argentina – Frondizi e Quadros assinam o Convênio de Amizade e Consulta, no encontro de Uruguaiana;  China – Visita de Jango à RPC e estabelecimento de relações comerciais com a República Popular da China (não é reconhecimento tácito; é comércio), ainda que de maneira tímida;  GOVERNO JANGO (1961/1964) – PEI é aprofundada;  URSS – BR restabelece relações diplomáticas;  Leste Europeu – COLESTE – diversificação de parcerias;  Cuba:
  • 2.  BR abstém-se sobre a retirada de Cuba da OEA, com o argumento de que a alegação dos EUA não tinha fundamento jurídico;  BR apoia quarentena sobre a ilha (bloqueio) e solução pacífica de controvérsias para a crise dos mísseis;  Discurso do 3D – Desenvolvimento, desarmamento e descolonização de Araújo Castro é um marco na PEB;  Estados Unidos – desencontros no plano bilateral, devido:  Ao encampamento de empresas americanas sem as devidas indenizações;  À tentativa de limitar a remessa de lucros para o exterior;  Operação Brother Sam – Envio de uma força- tarefa americana para o BR em apoio aos golpistas;  GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964/67) – Passo fora da cadência, segundo Amado Cervo; Chanceleres Vasco Leitão da Cunha e Juracy Magalhães; afastamento da China, por exemplo;  Retomada do americanismo;  1964 – BR rompe relações diplomáticas com Cuba;  1965 – Participação de tropas brasileiras na intervenção na República Dominicana contra Juan Bosch; BR passa a ser visto como agente do sub- imperialismo e na contramão do princípio autonomista do BR;  Interrompe diálogo comercial com a RPC e com Cuba;  Não rompe com URSS ou Leste Europeu;  Baixo engajamento em fóruns terceiro-mundistas – segurança seria mais importante do que desenvolvimento;  BR atua em consonância com os EUA em fóruns multilaterais;  Diversificação de parcerias não é prioridade;  Relações complicadas no âmbito regional por oposição dos vizinhos ao regime ditatorial do BR;  GOVERNO COSTA E SILVA (1967/69) – Diplomacia da prosperidade – rivalidade emergente entre EUA e BR (devido a disputas comerciais, rejeição ao TNP, defesa do desenvolvimentismo terceiro-mundista e nacionalismo econômico);  Retorno da economia com viés nacionalista (Delfim Neto e Hélio Beltrão);  Retomada parcial dos princípios da PEI (autonomia, diversificação de parcerias e desenvolvimentismo);  II UNCTAD (United Nations Conference for Trade and Development) – BR no G-77 como líder;  BR rejeita TNP (Tratado de Não-Proliferação), por considera-lo assimétrico (rígido com os países não possuidores de armas nucleares e brando com os possuidores) e por criticar o congelamento de poder mundial que ele encetaria; ainda argumenta que já assinara Tlatelolco, comprometendo a América Latina com o desarmamento; aproximação com a Índia, por isso;  CECLA (Comissão Especial de Coordenação Latino-Americana) – BR tenta apagar sua imagem de agente do subimperialismo;  Tratado da Bacia do rio da Prata – BR, AR, UR, PA e BO;  Diversificação de parcerias – África e Ásia;  GOVERNO MÉDICI (1969/74) – Diplomacia do Interesse Nacional de Mário Gibson Barboza – Projeto BR potência:  América Latina em destaque:  Tratado de Itaipu (1973) – Produz energia e otimiza relações;  Crise das hidrelétricas – AR alega que BR violou o acordo de consulta prévia dos países afetados pelo represamento do rio e prejudicaria seu projeto hidrelétrico à jusante;  África – Visita histórica de Gibson Barboza a 9 países do Golfo da Guiné, num momento de avanço das ideais brasileiras sobre descolonização;  Ásia:  1970 – Acordo entre BR-Índia para fins pacíficos da tecnologia nuclear é firmado, mas acaba sendo denunciado 4 anos depois, quando a Índia faz explosões nucleares; relação esfria;  1971 – BR vota contra o reconhecimento da RPC, por considerar o Maoísmo um fator de instabilidade para o país; foi voto vencido;  1972 – Missão comercial de Horácio Coimbra – “não é política; é comércio”;  Oriente Médio – busca de ampliação das relações após o choque do petróleo;  Preferência pelo bilateralismo em detrimento do multilateralismo no diálogo com o Terceiro Mundo é justificado pelo contexto de Brasil potência;  Relações satisfatórias com os EUA – há convergências e divergências:  Apoio do BR aos golpes no Chile, na Bolívia e no Uruguai é coerente com sua política doméstica de repressão comunista;  EUA protestam sobre extensão do mar territorial do BR para 200 milhas;  BR segue negando aderir ao TNP;  1968/1988 – BR fora do sistema rotativo do CSNU, devido à negação do TNP;  GOVERNO GEISEL (1974/1979) – Pragmatismo Responsável e Ecumênico de Azeredo da Silveira (não vale tudo em nome do desenvolvimento nacional + orientação universalista da diplomacia do BR em detrimento das diferenças com relação aos parceiros);  América Latina:  Argentina – fim da cordialidade oficial – BR pujante dá as costas à AR em crise, devido a sua
  • 3. adoção do neoliberalismo e da sua instabilidade política;  Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) – Busca relações com a América setentrional (BR, BO, PE, EQ, CO, VE, GU, SU); caráter soberanista dos países amazônicos sobre a gestão de seus recursos naturais; primeiro tratado plurilateral sem a AR;  África:  BR reconhece as independências das antigas colônias portuguesas na África;  BR foi o primeiro a reconhecer a independência de Angola, mesmo com a orientação marxista do governo do MPLA, o que denota autonomia com relação ao contexto de Guerra Fria;  BR vota a favor de resolução da AGNU que tipifica sionismo e apartheid como formas de racismo;  Ásia:  Reconhece a RPC e rompe com Taiwan, mas mantém relações comerciais – dois sistemas, uma só China; mas só restabelece relações diplomáticas em 1979;  Japão – Visita e Geisel e investimentos japoneses no país (PRODECER I e Projeto Carajás – soja no cerrado e minério de ferro, respectivamente);  Aprofunda relação com os países árabes – importa petróleo; vende armas; apoia o voto antissionista na ONU (contra o racismo); OLP instala-se em Brasília;  Estados Unidos: para Mônica Hirst, foi o fim do alinhamento;  Doutrina Nixon – Política externa low budget e contexto de flexibilização do padrão dólar-ouro;  Desencontros sobre Direitos Humanos – Governo Carter critica regime militar, a que o BR responde com o rompimento do Acordo Militar de 1952;  1975 - Acordo nuclear BR-AL leva ao afastamento dos EUA;  Reconhecimento do MPLA marxista também leva à críticas dos EUA;  Apoio ao voto antissionista também gera críticas;  Elevado grau de pragmatismo na PEB:  Condena o apartheid, num contexto em que o mundo acirra o debate contra o regime;  BR candidata-se à Comissão de Direitos Humanos estrategicamente, para evitar que fosse alvo de relatórios denunciando violação de direitos humanos no país, em pleno regime militar repressivo;  GOVERNO FIGUEIREDO (1979/1985) – Universalismo:  Internamente:  Anistia;  Reforma partidária;  Greves no ABC Paulista;  Atentado no Riocentro;  Diretas Já!;  Externamente – Manutenção do processo de abertura política e do Pragmatismo Ecumênico e Responsável pelo chanceler Saraiva Guerreiro:  Ênfase no multilateralismo, no diálogo e na não intervenção;  Distanciamento consciente com relação aos EUA;  Reagan não privilegia políticas voltadas para os países emergentes;  Mantêm-se divergências quanto a direitos humanos;  BR não apoia sanções contra a URSS em decorrência da invasão do Afeganistão, em 1979;  Itamaraty critica intervencionismo dos EUA;  Neoliberalismo é considerado pelo BR como uma nova forma de colonialismo;  Primeira visita presidencial à China – Figueiredo vai atraído pelos altos índices de crescimento chineses, mas não há resultados concretos de aproximação;  “Faixa de convergência” entre BR e CH começa a se formar – Apesar de diferentes, ambos querem inserção internacional livre, defendem estabilidade interna como requisito para desenvolvimento e são contra a ingerência externa em assuntos domésticos;  Reaproximação com a AR:  Visita de Figueiredo;  Acordos de cooperação nas áreas de economia, comércio, militar e de energia;  Acordo Tripartite põe fim à crise das hidrelétricas;  BR apoia o pleito da AR sobre as Malvinas;  África – cautela no apoio aos novos países:  Aumento no nível de comércio;  Aumento no número de embaixadas de 12 para 21;  Primeira viagem presidencial para o continente;  Apoio do BR ao MPLA na luta contra os grupos revolucionários (UNITA + grupos da África do Sul);  GOVERNO SARNEY (1985/1990) – Diplomacia para resultados, de Olavo Setúbal:  Lógica de renovação de credenciais – cria compromissos para afastar estigma do período militar;  Posição mais cooperativa do BR quanto a regimes internacionais;  BR assina acordos de direitos humanos, meio ambiente, não proliferação e volta ao CSNU;  BR adota restrições constitucionais sobre os seguintes temas: direitos humanos e finalidade pacífica da tecnologia nuclear;  África:
  • 4.  Afastamento com relação à África do Sul reforça a renovação de credenciais com o resto do continente;  1986 - ZOPACAS (Zona de Paz e Cooperação do Atlântico) – contraponto à OTAS (paralelo da OTAS, proposta pelos EUA, no Atlântico Sul);  1981 – Cúpula dos Países de Língua Portuguesa – Criação do Instituto Internacional de Língua Portuguesa;  Ásia:  Viagem de Sarney à China – Negocia o CBERS (CH-BR Earth Resources Satellites), que rompe com a tendência de outrora de compartilhar tecnologia somente com uma grande potência;  URSS:  Viagem inédita de Sarney a Moscou;  Acordos em áreas diversas em visita do chanceler de Gorbachev;  Oriente Médio – grande importância no setor de serviços (empreiteiras);  Europa – Diálogo melhora, a partir da redemocratização;  Retoma relações com Cuba e defesa de sua reinserção na OEA;  Construção de ótimas relações com AR:  Declaração de Iguaçu – relações econômicas e comerciais;  1986 – Ata de Integração BR+AR entre Sarney e Alfonsín – primeiro sinal de integração e cooperação que desembocaria no Mercosul;  Tentativa de articular os países latino-americanos sobre as negociações da dívida externa (em vão);  Estados Unidos – manutenção das tensões com os EUA e encapsulamento de crises (problemas pontuais não afetam o todo da relação bilateral);  1986 – Grupo do Rio (base da CELAC; Grupo de contadora + grupo de apoio) – Critica o intervencionismo da era Reagan e defende a redemocratização;  Abertura neoliberal de Reagan – Esperava-se que o BR também abrisse sua economia;  Moratória da dívida externa;  Critica a invasão dos EUA ao Panamá – Ingerência externa indevida e violação do princípio de autonomia;  Rodada do GATT do Uruguai – desencontro sobre novos temas;  BR investigado pela Seção 301 do American Trade Act por não ser considerado um free trader (devido à lei de informática, à questão das patentes farmacêuticas);  Ênfase nas relações com o Oriente Médio;  REFLEXÃO:  DITADURA MILITAR – PERÍODO DE AUTONOMIA PELA DISTÂNCIA - BR distancia-se de fóruns multilaterais sobre direitos humanos, meio ambiente, armas nucleares e comércio:  Só adere aos pactos de direitos humanos em 1992;  Sobre meio ambiente, BR tinha visão soberanista;  Sobre não-proliferação, criticava assimetria e congelamento de poder mundial;  Sobre comércio, BR tinha postura protecionista, defendendo comércio desigual para Estados desiguais;  NOVA REPÚBLICA – AUTONOMIA PELA PARTICIPAÇÃO:  BR ratifica a Carta Internacional de Direitos Humanos;  Sedia e Eco-92 e mostrou visão cooperativa ao assinar sobre regime internacional de florestas;  Novo acordo de cooperação nuclear com a Índia é firmado e denunciado dois anos depois, pela Índia ter feito testes – Buscou-se não esfriar o todo da relação;  Adere ao TNP em 1998 e retira de Tlatelolco a reserva sobre uso defensivo de armas nucleares, ganhando credibilidade;  Abre a economia, estimulando a competitividade da indústria nacional; inicia a integração econômica do MERCOSUL; foca no neoliberalismo e em parceiros tradicionais (Japão, EUA e Europa);  Parceria estratégica BR-China, estabelecendo vantagens, a partir do reconhecimento de que um é indispensável para a política externa do outro;  Parceria estratégica com a Rússia e firmada por FHC;  2001 – China entra na OMC – “regras de não- mercado” dão aos demais Estados capacidade de se defender do socialismo de mercado, equiparando os preços chineses à média internacional;  GOVERNO LULA (2003/2011):  Desenvolvimento – Enquanto este era tido como projeto nacional de 1930 a 1990, a partir de Lula, o desenvolvimento passa a ser considerado fruto do aumento de credibilidade e de competitividade;  África:  Marginal com FHC e fundamental para Lula;  BR transfere uma sede da EMBRAPA para aumentar a produção de alimentos, de algodão, de etanol, etc...;  Transfere sede a Fiocruz para Moçambique, para auxiliar no combate à AIDS;  Arranjos de geometria variável – Articulação entre BR e pequenos grupos de países periféricos para concertação política:  IBAS (ÍN, BR e ÁS) – Proposições sobre desenvolvimento;  BRICS (BR, RU, ÍN, CH e ÁS) – Sobre reformas no sistema financeiro;
  • 5.  BASIC (BR, ÁS, ÍN e CH) – Sobre questões ambientais;  G-20 financeiro – reforma no FMI;  G-20 comercial – Abertura dos mercados agrícolas dos países centrais e defesa de comércio desigual para Estados desiguais;  G-4 (BR, Alemanha, Índia e Japão) – Sobre ampliação do CSNU;  Excelentes relações com EUA, apesar de pontos de atrito, e com a Europa (BR é parceiro estratégico da UE);  Foco em integração regional – reforma do MERCOSUL e criação da UNASUL (BO, BR, CH, CO, EQ, GU, PA, PE, SU, UR, VE, ARG);  GOVERNO DILMA (2011/2016) E TEMER (2016/2018) – Não há política externa forte devido à instabilidade interna;  Relação harmoniosa entre BR e EUA é abalada pelo escândalo dos grampos;  2011 - Conceito de Responsabilidade ao Proteger – Uma reformulação do conceito de Responsabilidade de Proteger – Quando um Estado não garante a segurança de seus cidadãos, a questão deve ser resolvida pela comunidade internacional, porém deve haver atenção aos impactos negativos de uma intervenção, para evitar o que ocorreu na Líbia; nem sempre a solução deve ser a partir de sanções; há alternativas; *** RELAÇÕES BILATERAIS BR-ARG Segundo Candeas: 1. 1811/1898 – Período de instabilidade estrutural com predomínio de rivalidade; 2. 1898/1961 – Período de instabilidade conjuntural com busca de cooperação; 3. 1962/1979 – Instabilidade conjuntural com predomínio de rivalidade; 4. 1979/1991 – Construção da estabilidade estrutural pela cooperação; 5. 1991/Hoje – Construção da estabilidade estrutural pela integração;  PERÍODO DE INSTABILIDADE ESTRUTURAL COM PREDOMÍNIO DE RIVALIDADE:  1811/1816 – Intervenções portuguesas na região;  1822 – BR independente;  1825/28 – Guerra de Cisplatina – Vitória militar da ARG, que não ganha nada, pois ING financia a criação do Uruguai, como Estado-tampão entre BR a ARG;  Construção da noção de Grande Argentina, devido às alegadas perdas territoriais;  1826 – ARG independente;  1826/1827 – Bernardino Rivadávia representa os UNITARISTAS(Estado centralizado em Buenos Aires, sem autonomia provincial) em oposição aos FEDERALISTAS (províncias autônomas);  1829/1851 – Juan Manuel Rosas assume como governador de BsAs, representando os federalistas;  Guerra civil no Uruguai – Blancos (apoio de Rosas a Oribe) x Colorados (apoio do BR);  1851/51 – BR faz guerra contra Oribe e Rosas (BR x ARG+URU);  1854/1860 – O federalista Urquiza assume:  1854 – Primeiro acordo comercial entre BR e ARG;  Guerra civil: Bartolomeu Mitre (unitarista) x Urquiza (federalista) – BsAs vence forças argentinas;  1862/1868 – Bartolomeu Mitre:  Tríplice Aliança (BR,PA,UR) x Paraguai – Sob argumento de defesa da integridade territorial paraguaia; certa cordialidade nas relações bilaterais;  Domingo Sarmiento – Altos investimentos em educação, pois não havia escravidão e o movimento republicano já fora vitorioso;  Salto de desenvolvimento argentino inicia rivalidade cultural, pois vê BR como inferior;  Generación de los Ochenta – refinamento cultural;  Economia da ARG é maior que a do BR e da ESP;  Consolidação das fronteiras;  INSTABILIDADE CONJUNTURALCOM BUSCA DE COOPERAÇÃO:  Consolidação das fronteiras – Questão de Palmas é arbitrada por Cleveland e Rio Branco;  1899 – Visita do General Roca ao BR e Campos Salles retribui no ano seguinte – Apesar da cordialidade, ARG não é prioridade;  Boa relação entre BR e EUA era mal vista por ARG, que priorizava relações com ING;  Guerra da Farinha – BR prioriza compra de trigo americano em detrimento do argentino;  Dreadnoughts – EUA encomendam 3 encouraçados para o BR, e ARG considera ameaça;  Conferência Pan-americana (1906) – BR e ARG disputam para sediar o evento; como BR ganha, ARG não comparece;  Tensão entre Rio Branco e Zeballos – Telegrama no. 9;  Anos 30 – Diversificação temática nas relações bilaterais – “década infame” na ARG=crise econômica, apesar do esplendor cultural;  Acordos de turismo, finanças, mediação BR/ARG na Guerra do Chaco (PARxBO);  Segunda Guerra Mundial – ARGs só sai da neutralidade em 1944, devido a forte sentimento antiamericano;  1946/1955 – Juan Domingo Perón – Política externa de não-alinhamento – Terceiro Mundismo avant à lettre;
  • 6.  1947 – ARG ingressa no TIAR;  Recusa-se a entrar no FMI;  Não rompe com URSS;  Propõe Pacto ABC (ARG+BR+CHI) – Articulação para solução de controvérsias; Não vai pra frente;  1955 – Golpe militar depõe Perón, até que se restabelecesse a ordem;  1955/58 – General Aramburu – governo-tampão;  1958/1962 – Arturo Frondizi assume – Comunhão com o BR:  Cooperação industrial – Convênio de planejamento industrial conjunto entre BR e ARG, para não haver desnível na região;  Jânio mantém bom relacionamento – Encontro de Uruguaiana promove maior intimidade entre os dois países;  Frondizi propõe volta do Peronismo e sofre golpe militar em 1962; quem assume são civis marionetes;  INSTABILIDADE CONJUNTURAL COM PREDOMÍNIO DE RIVALIDADE:  1962/63 – Guido;  1963/66 – Illia;  Afastamento entre BR e ARG, devido à desconfiança desta com relação ao governo Jango, à postura pró- EUA do BR e busca de autonomia com a PEI;  1966/1973 – Mais um golpe – Ongania, Levingston e Lanusse;  Ongania – Castello Branco argentino;  Alinhamento total aos EUA;  Desconfiança mútua entre os governos militares de BR e ARG;  Afastamento se mantém;  Levingston e Lanusse – Mais globalista (como Geisel e Figueiredo) – Lanusse propõe abertura=volta dpo Peronismo;  1973 – Hector Campora é eleito – “Hector no governo; Perón no poder”;  1973/1976 – Domingo Perón retorna, mas falece em 1974, e quem assume é sua esposa Isabelita Perón;  1974/1974 – Isabelita Perón – governo instável;  Repressão;  Anticomunismo (Aliança Anticomunista Argentina);  Economia deteriorou-se;  Crise das Hidrelétricas;  Choque do petróleo;  1976/1980 – Rafael Videla derruba Isabelita:  Fechamento das fronteiras;  CONSTRUÇÃO DA ESTABILIDADE ESTRUTURAL PELA COOPERAÇÃO:  Acordo Tripartite – Videla, Figueiredo e Stroessner assinam, para que os projetos hidrelétricos coexistam;  Início do fim das tensões;  1980 – Acordo nuclear entre BR e ARG;  BR não apoia Guerra das Malvinas, mas defende posse argentina sobre as ilhas;  183/1989 – Raul Alfonsín assume:  1985 – Declaração do Iguaçu – Retoma espírito de Uruguaiana, por reunir esforços para inserção internacional conjunta;  1986 – PICE (Programa de Integração e Cooperação Econômica) – Integração econômica entra em pauta; setor por setor;  1988 – Tratado de Cooperação, Integração e Desenvolvimento – Prevê integração completa dentro de 10 anos;  1989/1999 – Carlos Menem – Ampla comunhão de objetivos entre ele e Collor;  1991 - Surge o MERCOSUL – BR, PAR, UR, ARG;  Realismo periférico – Política externa da ARG prioriza BR e EUA – ARG reconhece não ser potência e alia-se a quem possa elevá-la a tal posto;  Desencontros:  Concessões da ARG à ALCA só podem ser feitas, enquanto não prejudicarem os MERCOSUL;  Plano Cavallo – A tentativa de dolarização do peso por via constitucional sofreu oposição do BR;  Maxidesvalorização do Real – Balança comercial fica superavitária para o BR, o que gera protecionismo da ARG;  BR recorre ao MERCOSUL e à OMC, ganha, e ARG inicia protecionismos rotativos em cada setor até 2004, quando BR intercede, pois enxerga a importância de ter um parceiro forte;  2003/2007 – Néstor Kirchner:  Reforma no MERCSUL – Dimensão social aumenta integração (placas de carro padronizadas, carteira de identidade idem);  Volta intensificação do comércio e da integração regional;  Apoio mútuo em foros multilaterais – Exceto com relação ao número de assentos do CSNU, pois ARG considera que se formaria uma casta;  Projeto de hidrelétrica binacional Garambi- Panambi, biodiesel, etanol e COBEN (Comissão Binacional de Tecnologia Nuclear);  ABACC (Agência Brasileira-Argentina de Contabilidade e Controle) – controla os projetos nucleares de ambos;  Sabia-Mar – Satélite Argentino-Brasileiro de Informações Atmosféricas e Marítimas;  HOJE – Macri e Temer com postura pró-mercado, expansão do comércio e reforma do MERCOSUL. RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-EUA  É uma relação assimétrica;  Norteia paradigma na PEB;  Monica Hirst divide em 5 A’s:  ALIANÇA – Dos anos iniciais da República até 1940;
  • 7.  ALINHAMENTO – Durante grande parte da Guerra Fria;  AUTONOMIA – De Geisel aos anos 90;  AJUSTAEMENTO – Pós-Guerra Fria;  AFIRMAÇÃO – Anos 2000;  FASE DE ALIANÇA:  Antecedentes – Durante o Segundo Reinado, BR tinha postura autonomista com relação tanto a EUA quanto a ING:  Questão Christie;  Questão Trousdale;  Questão Webb;  1889 – Conferência Panamericana de Washington – Iniciada durante o Segundo Reinado e finalizada na República, refletiu a transição da autonomia à convergência com relação aos EUA;  1891 – Acordo Comercial Blaine-Mendonça – Simboliza adensamento da relação, mas extensão da vantagem do açúcar do BR ao antilhano anula os benefícios;  1893 – Revolta da Armada – Grover Cleveland envia esquadra em apoio a Floriano Peixoto;  1895 – Presidente Grover decide em favor do BR na Questão de Palmas;  Barão do Rio Branco refina o americanismo brasileiro:  Segundo Bradford Burns – aliança não-escrita – Há aproximação, mas não tratados;  Americanismo pragmático – Aliança não- formalizada e que atenda ao interesse nacional;  Monroísmo de Rio Branco reflete seu pragmatismo – Evita investidas europeias, no contexto de neocolonialismo;  Amizade com EUA intimida, eleva prestígio do BR e fortalece posição sub-regional;  Avanço no comércio bilateral – EUA como maior parceiro;  Sucessores têm dificuldade em dar continuidade ao pragmatismo de Rio Branco, muitas vezes sucumbindo às vontades de Washington;  Era Vargas – Segundo Gerson de Moura, há “equidistância pragmática” ao BR oscilar entre ALE e EUA;  FASE DO ALINHAMENTO:  Governo Dutra – Segundo Gerson de Moura, há alinhamento sem recompensa (americanismo ideológico);  BR não tem poder de barganha, pois todos os esforços dos EUA estão no sentido de conter o avanço do comunismo na Europa;  Memoranda da Frustração de Raul Fernandes;  SEGUNDO GOVERNO VARGAS – Tentativa frustrada de retomada do poder de barganha:  Venda de minérios estratégicos; areias monazíticas;  1952 – Acordo Militar foi acusado de perda de provocar perda de soberania;  BR apoia intervenção de EUA na Guatemala contra o governo de Jacobo Arbenz;  GOVERNO CAFÉ FILHO – Introdução de novidades liberais;  GOVERNO JK:  Arrenda Fernando de Noronha em nome da guerra nas estrelas;  Novos desencontros – disputas comerciais; rompimento com o FMI; descaso com a OPA e seu discurso que aliava desenvolvimento a segurança;  FASE DA AUTONOMIA – PEI; ensaio autonomista;  GOVERNO GEISEL – Contexto de détente;  Memorando de entendimento;  BR toma caminho próprio sobre descolonização – Primeiro país a reconhecer a independência e o governo marxista de Angola, a despeito das diferenças políticas entre os dois governos;  BR apoia sionismo como racismo;  EUA fazem críticas sobre direitos humanos no BR, que considera isso chantagem e rompe o acordo nuclear de 1952 – Hirst ressalta como sinal de autonomia;  GOVERNO FIGUEIREDO – Retomada do período crítico da Guerra Fria e internamente:  BR não segue EUA no boicote ás Olimpíadas de Moscou, no embargo à URSS (pois BR e URSS tiveram recorde comercial) e na invasão de Granada;  GOVERNO SARNEY – Lógica de autonomia continua;  Encapsulamento de crises – Atritos pontuais não abalam o todo da relação;  BR sob investigação da Seção 301 do American Trade Act – Free trade for free traders;  Lei de informática;  Patentes de remédios;  Moratória da dívida externa;  BR condena ação militar dos EUA no Panamã contra Noriega, acusado pelos EUA de facilitar tráfico de drogas;  AJUSTAMENTO:  É errado falar em alinhamento, pois aproximação é por interesse nacional;  FHC critica Plano Colômbia, diz não à ALCA, quebra patentes e estimula lógica Sul-Sul;  Autonomia pela participação – busca de autonomia;  AFIRMAÇÃO:  GOVERNO LULA:  Relação madura, apesar das diferenças;  BR e EUA enxergam-se como interlocutores necessários;  Cenário internacional favorável;  “Diálogo estratégico” – Condoleeza cria cerca de 30 grupos de trabalho sobre temas diversos;  Desencontros sobre a Declaração de Teerã;  GOVERNOS DILMA/TEMER:
  • 8.  Ausência de estratégia quanto a inserção internacional;  Escândalo de espionagem de 2013 estremece a relação, com o cancelamento de Dilma da viagem oficial aos EUA;  Resolução com ALE coloca segurança digital como direito humano; RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-CHINA  1811 – Império importa mão-de-obra chinesa;  Segunda Guerra – Estreitam relações, devido à oposição ao Eixo;  1949 – Revolução Chinesa/Maoísta – Duas Chinas: 1) República da China (Taiwan – Xian Kai-Sheck); 2) República Popular da China (Mao Zedong);  1961 – Visita de Jango à RPC – Contexto da PEI;  1962 – BR assina acordo comercial com RPC, mas não traz benefícios;  1964 – Golpe militar no BR rompe aproximação;  1971 – Médici autoriza visita de empresários à RPC;  ONU reconhece RPC, mas BR votou contra;  1974 – Geisel reconhece oficialmente a RPC – Contexto de Pragmatismo Responsável e Ecumênico;  Crise econômica nos EUA – Flexibiliza-se padrão dólar-ouro e aposta-se em política externa low budget (Doutrina Nixon); EUA aproximam-se de RPC, para evitar sua relação com a URSS;  Deng Xiaoping e as mudanças na economia chinesa:  Socialismo de mercado – Centralização política convive com descentralização econômica;  Quatro modernizações – Agricultura (produção de alimentos) + Indústria (mão-de-obra barata) + Tecnologia + Defesa = China na rota do crescimento;  Teoria dos 3 Mundos é aplicada à política externa chinesa:  1º Mundo – EUA e URSS (superpotências em corrida armamentista);  2º Mundo – Europa como um todo, Japão e Canadá;  3º Mundo – Países capitalistas ou socialistas que vivem à margem do 1º Mundo (China, BR, Índ);  1984 – Atraído pelos altos índices de crescimento, Figueiredo faz viagem inédita à China;  “Faixa de convergência” – Apesar das diferenças, Figueiredo fala de aspectos comuns: inserção internacional livre; desenvolvimento; estabilidade interna e defesa a não-intervenção em assuntos domésticos;  1988 – Resultados da aproximação começam a aparecer:  China-Brazil Earth Resources Satellite (CBERS) – Parceria para lançar satélites binacionais para rastreamento da crosta terrestre em busca de recursos inexplorados, controle de desmatamento, observação de correntes marítimas e questões meteorológicas;  1992 – Parceria estratégica entre BR e CHI – Reconhecimento de que uma é indispensável para a política externa da outra;  COMÉRCIO – CHI é a maior parceira do BR desde 2009;  Anos 90 – Comércio baixo com troca de produtos manufaturados de baixo valor agregado e minério de ferro e soja, sendo o BR superavitário;  Anos 2000 – CHI na OMC com regra especial – Regras de não-mercado – Dá aos demais Estados a possibilidade de se protegerem da CHI, ignorando o preço de produção (que sempre tende a ser muito baixo no país) e comparando o preço de venda com a média do preço internacional do produto, forçando o aumento do valor chinês;  CHI aumenta preço do produto, agrega valor a ele, diversificando sua produção e intensificando sua capacidade produtiva;  Estados desejam a permanência da regra de não- mercado;  MULTILATERALISMO:  G7 => para discutir comércio;  BRICS dá vulto às demandas;  BASIC sobre meio ambiente;  CHI é vaga sobre BR no CSNU, devido à aproximação deste da Japão; RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-ÍNDIA  1948 – Reconhecimento diplomático das relações entre BR e ÍN demora um pouco – Lógica de distância – Ambos estão em contextos diferentes;  Dois países protecionistas;  Não há complementaridade econômica;  1968 – Visita de Indira Gandhi ao BR:  TNP – Ambos contestam caráter assimétrico do tratado e unem-se para não assiná-lo;  II UNCTAD – ÍN pede apoio do BR sobre mudanças na estrutura comercial;  1970 – Acordo para usos pacíficos da tecnologia nuclear entre BR e ÍN – Quatros anos depois, ÍN faz explosões, alegando ter fins pacíficos, mas BR denuncia o tratado e relações que já eram frágeis diluem-se;  Anos 80 – Aproximação devido à busca indiana por fontes alternativas de energia, no contexto pós-crise do petróleo;  Anos 90 – Características comuns a ambas economias:  Abertura econômica;  Estado-mínimo;  Controle da inflação;  A partir da década de 70, Índia promove mudanças na estrutura econômica que levam a alguma complementaridade com o BR: medicamentos; informática; serviços; tecnologia espacial; refino de petróleo;  1996 – FHC visita Índia:
  • 9.  Acordo de cooperação nuclear entre BR e ÍN – Dois anos depois, Índia faz novos testes, e Brasil denuncia mais este tratado, mas evita que a relação esfrie;  2003 – GOVERNO LULA – Maior importância de China, Índia, Rússia:  Arranjos de geometria variável – grupos menores e mais focados: IBAS, BRICS, BASIC, G20 e G4;  Reforço da multipolaridade e do multilateralismo; RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-ÁFRICA DO SUL  1918 – BR abre Consulado na Cidade do Cabo para cuidar de questões comerciais;  1952 – BR abre legação em Pretória;  1961/64 – PEI amplia relações com novos parceiros – Discurso dos 3 D’s (descolonização, desarmamento e desenvolvimento);  Anos 60/70 – Dificuldade de aproximação entre BR e ÁFS – BR acusado boas relações com ÁFS racista; BR abstém-se quanto a Portugal;  1975 – BR reconhece independência de Angola e vota a favor de resolução da ONU que tipifica apartheid e sionismo como racismo;  1985 – CSNU estabelece sanções contra a ÁFS, e BR impõe embargo esportivo e cultural;  Governo Lula dá posição de destaque à relação, mas ainda é necessária maior densidade; RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-ÁFRICA CONTINENTAL  1955 – Conferência de Bandung – BR presente com Bezerra de Menezes e José Honório Rodrigues; consolidação do conceito de Terceiro Mundo; Desenvolvimentismo; Descolonização;  BR inconsistente, por apoiar descolonização, mas abster-se com relação a Portugal;  PEI (1961/64):  BR abre embaixada nos novos Estados africanos surgidos após a descolonização;  Viagem inédita do chanceler Afonso Arinos ao continente;  Criação da divisão de África no MRE;  Nomeação do primeiro diplomata negro para Acra;  GOVERNO COSTA E SILVA – Avanço restrito ao âmbito multilateral – II UNCTAD;  GOVERNO MÉDICI – Adensamento de relações;  Mário Gibson Barboza visita 9 países africanos;  Ênfase no bilateralismo e em questões comerciais;  GOVERNO GEISEL – Itallo Zappa, Ovídio de Mello e Silveirinha;  BR é o primeiro país a reconhecer a independência de Angola, a despeito do marxismo declarado pelo MPLA de Agostinho Neto;  GOVERNO FIGUEIREDO:  Afastamento com relação à África do Sul era devido:  Presença de combatentes sul-africanos no UNITA, partido opositor ao MPLA (ingerência externa indevida);  Absurda resistência da África do Sul em admitir independência da Namíbia (princípio da autodeterminação dos povos);  GOVERNO SARNEY:  Sarney discursa na ONU sobre apartheid e direitos humanos;  1986 – ZOPACAS – Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul – Em resposta à OTAS, imposta pelos EUA;  1989 – I Cúpula de Países de Língua Portuguesa;  ANOS 90 – Afastamento do BR com relação ao continente, porém há momentos importantes:  Tropas brasileiras em operações de paz em Moçambique e Angola;  1996 – CPLP – esforço político e cultural de aproximação;  Raras viagens presidenciais;  ANOS 2000:  Crescente concertação política – ASA/AFRAS – América do Sul + África;  Cooperação para desenvolvimento – EMBRAPA; perdão de dívida;  Outras formas de cooperação – militar, tecnológica e estratégica; *** RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-RÚSSIA  1828 – Estabelecimento de relações diplomáticas;  1892 – Reconhecimento russo da República foi tardio, devido às contradições com relação ao modelo czarista;  1917 – BRA rompe com RUS, após a queda de Kerenski;  1945 – Vargas reconhece URSS e estabelece plenas relações diplomáticas;  1947 – Dutra rompe com URSS, apesar da crítica dos EUA;  Contexto interno de perseguição ao comunismo - Cassação dos mandatos do PCB e da própria legenda é criticada pela URSS, esfriando a relação;  GOVERNO