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C O M O A P R E E N D E M O S O M U N D O
Q U E N O S C E R C A
G R U P O 2
A LINGUAGEM
•"A linguagem é aquilo através do que se
generaliza a experiência da prática sócio-
histórica da humanidade" (Leontiev, op. cit., p.
172).
• Pelo que tudo indica, a linguagem se desenvolveu historicamente quando os
seres humanos tiveram que cooperar para a sua sobrevivência.
• Até o momento nos referimos apenas à linguagem, à ação de falar, porém
não podemos esquecer que ela não é o único código de comunicação, a
ponto de Skinner definir o comportamento verbal como sendo "todo aquele
comportamento reforçado através da mediação de outras pessoas", e assim
incluindo, além do falar, o escrever, os sinais, gestos, código Morse, e até os
rituais.
• Esta definição é muito importante para ressalvar o caráter instrumental da
linguagem, que se, de início, tinha que ser objetiva (coisa = significado), hoje
adquiriu uma autonomia tal que permitiu mais uma divisão de trabalho: a
manual versus a intelectual.
• Mas acontece que nós não somos apenas pensadores-falantes; somos,
antes de mais nada, fazedores de coisas.
• Hoje, os estudos sobre o desenvolvimento intelectual mostram como a
aquisição da linguagem (ou comportamento verbal, conforme definido
acima) é condição essencial para o chamado desenvolvimento intelectual.
• De fato, é impossível separarmos agir — pensar — falar, e sempre que isto
é feito, seja teoricamente, seja em termos de valores, ocorre uma alienação
da realidade; agir sem pensar é ser um autômato; falar sem pensar é ser
como um papagaio; falar sem agir…"de boas intenções o inferno está
cheio".
• É através delas que descrevemos, explicamos e acreditamos na nossa
realidade e o fazemos de acordo com o nosso grupo social.
• Como já vimos, a linguagem existe como produto social, e é através das
relações com os outros que elaboramos nossas representações do que é
o mundo.
• São representações onde a experiência, a vivência são impossíveis, ou
são apenas fragmentos, fazendo com que a mediação social de pessoas,
consideradas autoridades, desempenhem uma função essencial
• Na análise da linguagem, mencionamos o fato observado na nossa
sociedade, da distinção entre aquele que "fala" e aquele que "faz", entre
o intelectual e o braçal.
Para desenvolver uma consciência de nós mesmos, devemos
pensar e questionar a realidade e significados, desenvolvendo
assim ações diferenciadas de nosso grupo social e da nossa
classe., cabendo a nós, sermos agentes da nossa própria
história. Concluindo, é importante ressaltar a diferença
fundamental que existe entre fazer e falar. Só o primeiro
produz objetos e a nossa própria vida; o falar é instrumento
que pode não produzir nada, dando a impressão de que algo
está sendo produzido.

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  • 2. A LINGUAGEM •"A linguagem é aquilo através do que se generaliza a experiência da prática sócio- histórica da humanidade" (Leontiev, op. cit., p. 172).
  • 3. • Pelo que tudo indica, a linguagem se desenvolveu historicamente quando os seres humanos tiveram que cooperar para a sua sobrevivência. • Até o momento nos referimos apenas à linguagem, à ação de falar, porém não podemos esquecer que ela não é o único código de comunicação, a ponto de Skinner definir o comportamento verbal como sendo "todo aquele comportamento reforçado através da mediação de outras pessoas", e assim incluindo, além do falar, o escrever, os sinais, gestos, código Morse, e até os rituais. • Esta definição é muito importante para ressalvar o caráter instrumental da linguagem, que se, de início, tinha que ser objetiva (coisa = significado), hoje adquiriu uma autonomia tal que permitiu mais uma divisão de trabalho: a manual versus a intelectual.
  • 4. • Mas acontece que nós não somos apenas pensadores-falantes; somos, antes de mais nada, fazedores de coisas. • Hoje, os estudos sobre o desenvolvimento intelectual mostram como a aquisição da linguagem (ou comportamento verbal, conforme definido acima) é condição essencial para o chamado desenvolvimento intelectual. • De fato, é impossível separarmos agir — pensar — falar, e sempre que isto é feito, seja teoricamente, seja em termos de valores, ocorre uma alienação da realidade; agir sem pensar é ser um autômato; falar sem pensar é ser como um papagaio; falar sem agir…"de boas intenções o inferno está cheio".
  • 5. • É através delas que descrevemos, explicamos e acreditamos na nossa realidade e o fazemos de acordo com o nosso grupo social. • Como já vimos, a linguagem existe como produto social, e é através das relações com os outros que elaboramos nossas representações do que é o mundo. • São representações onde a experiência, a vivência são impossíveis, ou são apenas fragmentos, fazendo com que a mediação social de pessoas, consideradas autoridades, desempenhem uma função essencial • Na análise da linguagem, mencionamos o fato observado na nossa sociedade, da distinção entre aquele que "fala" e aquele que "faz", entre o intelectual e o braçal.
  • 6. Para desenvolver uma consciência de nós mesmos, devemos pensar e questionar a realidade e significados, desenvolvendo assim ações diferenciadas de nosso grupo social e da nossa classe., cabendo a nós, sermos agentes da nossa própria história. Concluindo, é importante ressaltar a diferença fundamental que existe entre fazer e falar. Só o primeiro produz objetos e a nossa própria vida; o falar é instrumento que pode não produzir nada, dando a impressão de que algo está sendo produzido.