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Guia Didático
2
Ana Paula de Souza da Silva Melila
Fábio Lopes Penha
Fernanda da Silva Santos
Igor Leão de Paris
Suellen de Oliveira
Valéria Vianna Santos
Regina Mendes (coordenadora)
Guia Didático da Reserva Ecológica de Guapiaçu
1ª edição
FFP-UERJ
São Gonçalo
2010
3
"Só desperta paixão de aprender,
quem tem paixão de ensinar."
Paulo Freire
4
Autoria
Ana Paula de Souza da Silva Melila
Fábio Lopes Penha
Fernanda da Silva Santos
Suellen de Oliveira
Valéria Vianna Santos
Produção
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Faculdade de Formação de Professores
Fotografia
Ana Paula de Souza da Silva Melila
Fábio Lopes Penha
Fernanda da Silva Santos
Suellen de Oliveira
Site Oficial da Reserva Ecológica de Guapiaçu
Projeto gráfico e edição de arte
Suellen de Oliveira
Revisão de texto
Carlos Vinicius Ferreira Ribeiro dos Santos
5
Agradecimento
A Deus.
A Regina Mendes, professora da disciplina Laboratório de Ensino III da Faculdade de
Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP-UERJ), pela
proposição deste desafio.
A Débora, professora de Ciências da Escola Municipal Almeirinda Ferreira de
Almeida por ter compartilhado a experiência do trabalho de campo realizado com seus
alunos na Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), e por nos ter fornecido os contatos
necessários para realização de nossa visita.
Ao Nicholas John Locke por ter aberto as portas de sua casa para a realização deste
trabalho, bem como pelo seu compromisso socioambiental ao liderar a instituição.
Ao André Luiz, biólogo responsável pela instituição, ao Fábio, aos demais
funcionários e à comunidade local pela receptividade e cooperação.
6
Sumário
1. Guia didático ...................................................................................................................7
2. História da instituição .....................................................................................................9
3. Biodiversidade...............................................................................................................11
5. Coleções ........................................................................................................................14
6. Ações educativas ...........................................................................................................16
7. Conhecendo a instituição ..............................................................................................18
7.1. Preparando a visita ................................................................................................19
7.2. Realizando a visita ...............................................................................................22
7.3. Retornando da visita ............................................................................................29
8. Informações Gerais.......................................................................................................30
7
1. Guia Didático
Guia DidáticoGuia Didático
8
Guia Didático
O que é?
O guia didático é uma ferramenta no processo de ensino ativo que, segundo o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), consiste
no conjunto de ações e estratégias que o sujeito/educando, considerado individual ou
coletivamente, realiza, contando para tal, com a gestão facilitadora e orientadora do
professor, para atingir os objetivos propostos pelo plano e formação.
Educadores de ensino médio e superior, profissionais do campo de educação não
formal, visto seu papel como agentes facilitadores, utilizem-se deste guia para planejar,
estimular e orientar seus alunos para que possam assimilar os fatos e fenômenos
observados na visitação à Reserva Ecológica de Guapiaçu.
Sigam em frente, analisem as atividades educativas propostas e aproveitem!
9
2. História da Instituição
10
3. História da Instituição
A intensa degradação do bioma Mata Atlântica tem ocorrido desde a chegada dos
portugueses, seja para retirada do Pau-Brasil (Caesalpinia echinata), práticas agrícolas e
pecuaristas ou mais recentemente com o processo de urbanização.
Buscando reverter um processo histórico, fazendeiros da bacia do rio Guapiaçu
criaram em 1998 a Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), registrada no Cartório 2º
Ofício, Cachoeiras de Macacu-RJ, no livro A, fls 47 sob o número 717, formada por
sócios, Corpo Diretor e Conselho Fiscal.
Para alcançar o seu objetivo foi preciso expandir as áreas a serem protegidas, para
isso foram realizadas compras de terra ou acordos de gerenciamento adicional. O
financiamento teve origem europeia e norteamericana.
A primeira aquisição foi uma fazenda de 600 hectares em 2001, seguida de outras
aquisições, chegando a cerca de 7.000 hectares atuais (sendo originalmente 4.500
hectares da família Locke), configurando a primeira Reserva Particular do Patrimônio
Natural (RPPN) do município de Cachoeiras de Macacu, sendo permitida a pesquisa
científica, visitação escolar, turística e recreativa.
11
4. Biodiversidade
12
Biodiversidade
Muitas das espécies de anfíbios, aves, mamíferos, répteis e insetos encontrados na
Mata Atlântica estão presentes na Reserva Ecológica de Guapiaçu.
Até o momento, foram encontradas 16 espécies nativas
de anfíbios, algumas delas são consideradas bioindicadores
de qualidade ambiental.
Mais de 410 espécies de aves já foram
documentadas, onde mais de 120 espécies são
endêmicas. A reintrodução do Mutum (Crax
blumenbachii) resultou de um longo trabalho de
conscientização ambiental que refletiu na redução da
caça.
Hoje, a REGUA é um refúgio para populações silvestres do Muriqui (Brachyteles
arachnoides), além de outras espécies de primatas, felinos e demais animais. Assim
como com os mamíferos, todos os grupos de plantas e animais encontrados na REGUA,
projeto aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
(IBAMA).
Proceratophrys boiei
Mutum
Muriqui
13
A recuperação de paisagem por meio da implantação de áreas inundadas possibilitou
a ocupação de novos animais, entre eles, o ameaçado Jacaré de Papo Amarelo, a Lontra,
bem como uma diversidade impressionante de outros mamíferos, anfíbios, invertebrados
aquáticos.
Estas áreas recuperadas vêm servindo de refúgio para o acasalamento de muitas aves
aquáticas.
Na área de reflorestamento, a equipe da REGUA já plantou 58 000 árvores nativas.
14
Coleções
15
5. Coleções
A coleção tem caráter informal e está em estágio inicial. Encontra-se na sala de aula
da reserva e apresenta espécimes não catalogados de invertebrados, como escorpião,
barata e lacraia, entre outros.
16
6. Ações Educativas
17
Ações Educativas
Reconhecendo a atuação do homem como um dos agentes no processo de degradação
do meio ambiente, medidas educativas foram implementadas ao longo do tempo. Uma
delas foi o projeto de conscientização de caçadores locais, onde muitos abandonaram a
caça e alguns desses passaram a exercer a função de guardas-florestais, refletindo assim
em uma redução de 98% da ação dos caçadores no local.
Com o mesmo propósito criou-se um curso de complementação escolar no centro de
visitantes chamado de Jovens Guardas, no qual adolescentes das escolas locais participam
de quatro horas semanais de aulas com o biólogo da instituição. O objetivo principal do
projeto não é a formação de guarda-parques, e sim mostrar o ganho existente na
conservação da natureza.
O programa é baseado em reuniões semanais, com três horas de duração por dez
meses, para cerca de vinte alunos de ambos os sexos. Temas como sustentabilidade,
conhecimento da fauna local, reflorestamento e restauração de áreas degradadas são
enfatizados. Estas ações são combinadas com experiências ao ar livre, como trilhas,
preparação de canteiros de mudas e visitas a outras reservas.
18
7. Conhecendo a Instituição
19
7.1 Preparando a visita
20
Preparando a visita
Os alunos carregam consigo conceitos construídos ao longo da vida, sejam de origem
popular ou científica. Ao propor uma atividade, o professor precisa estar atento às
concepções prévias do tema a ser abordado, uma vez que estas podem estar em desacordo
com as concepções científicas.
Para realizar o trabalho de campo visando à educação ambiental, proposta ao longo
desse guia, é necessário que conceitos como desmatamento, sucessão ecológica primária
e secundária sejam abordados previamente em sala de aula. Em vista disso, para a
atividade encontrada nesse guia, indicamos como público alvo estudantes do ensino
médio.
Sugerimos uma abordagem inicial através de aula expositiva, seguida de análise de
mídias contendo os conceitos citados; posteriormente, debate entre a classe mediada pelo
educador em busca de uma concepção coletiva.
21
É necessário realizar o agendamento prévio através dos contatos mencionados nas
“Informações Gerais” desse guia, bem como providenciar o transporte dos alunos, uma
vez que a REGUA encontra-se em um local distante, com deficiência no transporte
público.
O professor deve orientar os alunos quanto ao uso de roupas leves, tênis para
caminhada, boné, filtro solar, repelente, água, alimentos como frutas e sanduíche natural
(preferencialmente sem maionese).
Ao final do trabalho de campo, após realizar a última atividade proposta, poderá ser
realizado um lanche em conjunto.
22
7.2 Realizando a Visita
23
Realizando a Visita
Ao chegar à reserva, dirija-se ao centro de visitantes, onde encontrará o administrador
do local, bem como o guia que auxiliará no decorrer do trabalho, orientando o caminho a
ser percorrido.
Antes de iniciar a caminhada, é preciso mostrar aos alunos a importância da
conservação do meio ambiente. Isso poderá ser feito através da oficina “O Som”. Os
alunos deverão ser distribuídos em três grupos: o primeiro, com cerca de quatro alunos,
representará os morcegos; o segundo, com cerca de dois alunos que representarão uma
caverna; e o terceiro, formado pelo restante dos alunos que representarão as árvores.
Os alunos deverão estar dispostos da seguinte maneira:
Legenda: Alunos que representarão os morcegos.
Alunos que representarão as árvores.
Alunos que representarão a caverna.
24
Deverá ser estabelecido um som que represente a comunicação entre os morcegos,
outro para a ecolocalização dos destes entre as árvores e um outro para o direcionamento
dos mesmos até a caverna, como assobio, o estalar dos dedos e palmas, respectivamente.
Os alunos que representam os morcegos deverão ter os olhos vendados e através dos
sons previamente estabelecidos deverão se comunicar até chegar à caverna. Após a
atividade, o professor poderá questioná-los quanto à possibilidade de chegarem ao local
desejado sem a presença das árvores.
Em seguida deverá explicar a importância das árvores para a locomoção dos
morcegos, mostrando que para se comunicarem, emitem um som que ecoa nas árvores
descrevendo sua posição. Logo a sua ausência iria interferir negativamente no
comportamento desse animal.
A atividade descreve parte da importância das árvores visando enfatizar o valor da
conservação ambiental.
Ao sair do centro de visitantes, vire à esquerda e siga em frente até poder visualizar
uma cadeia de montanhas desmatada para a pastagem do gado, passando pelo processo de
reflorestamento.
Nesse ponto poderão ser discutidas as principais causas de desmatamento, como
queimadas, exploração da madeira e local para pastagem. Além dos impactos
ocasionados, é possível ressaltar a destruição de habitats como a principal causa da
redução da biodiversidade. Ainda poderá ser abordada a importância do reflorestamento
como parte da sucessão ecológica secundária.
25
Siga em direção à trilha do lago, mostrando as áreas em estágios iniciais da sucessão
secundária, destacando a atuação dos fungos e bactérias na ciclagem da matéria. Isto é
fundamental para o estabelecimento da vegetação pioneira, que pode ser observada
através dos liquens e musgos. Explique também o porquê desses organismos atuarem
como pioneiros.
26
Em seguida, mostre as pteridófitas (samambaias), as gramíneas (capim) e outras
plantas de acordo com a progressiva evolução até chegar à comunidade clímax.
Aproveite para caracterizar a fauna correspondente.
27
Aponte, também, as relações ecológicas observadas ao longo da trilha destacando as
possíveis alterações decorrentes em caso de impacto ambiental.
Retorne ao ponto inicial e direcione os alunos à sala de aula da reserva. Para verificar
a eficácia do trabalho realizado, disponha os alunos em círculo, divididos em cerca de
grupos. Sorteie entre os grupos os seguintes temas: habitat, desmatamento, ciclagem de
nutrientes, comunidade pioneira, dispersão de sementes e polinização, alterações na
cadeia alimentar devido a alterações no meio, comunidade clímax e biodiversidade.
Cada grupo fará um breve comentário a respeito do seu tema, exemplificando com o
que foi observado durante a caminhada. Após todas as apresentações, o educador poderá
fazer uma síntese e conduzir os alunos para o viveiro, onde poderão ver as mudas a serem
utilizadas no processo de reflorestamento, destacando que estas são endêmicas.
28
7.3 Retornando da Visita
29
7.4 Retornando da Visita
Visando a compartilhar o saber adquirido após a reflexão sobre fenômenos
observados, bem como fixá-los, ao retornar da visita, os educandos poderão preparar uma
atividade dinâmica como uma apresentação de peça teatral, exposição, música, entre
outras. Estas deverão ser compartilhadas com o restante da comunidade escolar.
30
8. Informações Gerais
31
Informações Gerais
Localização geográfica:
A Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua) está localizada em Cachoeiras do Macacu a
80 quilômetros nordeste da cidade do Rio de Janeiro, Brasil.
Coordenadas geográficas: latitude 22º50'09" sul e longitude 42º88'13” oeste.
Como chegar?
Partindo do município de São Gonçalo, siga pela BR 101 em direção a Itaboraí e ao
encontrar o acesso a RJ-116, prossiga nela. Ao chegar à Fábrica da Schincariol, contorne
o Posto de Polícia Rodoviária à esquerda e siga pela RJ-122 até encontrar o acesso a
Guapiaçu no bairro Funchal, situado à direita da via, onde há uma placa da Água Mineral
Cascataí. Continue ao longo da estrada por 11km até uma bifurcação e vire à esquerda.
Após 500m, atravesse a ponte e continue até encontrar uma outra bifurcação. Siga à
esquerda até o portão de acesso à REGUA.
Endereço da sede:
Fazenda São José de Guapiaçu, s/nº - 3º distrito de Cachoeiras de Macacu-RJ
Caixa Postal: 98112 CEP: 28680-000.
Horário de funcionamento:
O horário de funcionamento varia de acordo com a atividade agendada. Para isso, é
preciso entrar em contato através do e-mail ou por telefone.
32
Contatos:
Telefones:
(0055) 21 9859 2080
(0055) 21 2745 3998
E-mail:
webmaster@regua.co.uk
aregua@terra.com.br
Website:
www.regua.co.uk
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Reserva ecol+¦gica de guapia+ºu

  • 2. 2 Ana Paula de Souza da Silva Melila Fábio Lopes Penha Fernanda da Silva Santos Igor Leão de Paris Suellen de Oliveira Valéria Vianna Santos Regina Mendes (coordenadora) Guia Didático da Reserva Ecológica de Guapiaçu 1ª edição FFP-UERJ São Gonçalo 2010
  • 3. 3 "Só desperta paixão de aprender, quem tem paixão de ensinar." Paulo Freire
  • 4. 4 Autoria Ana Paula de Souza da Silva Melila Fábio Lopes Penha Fernanda da Silva Santos Suellen de Oliveira Valéria Vianna Santos Produção Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Formação de Professores Fotografia Ana Paula de Souza da Silva Melila Fábio Lopes Penha Fernanda da Silva Santos Suellen de Oliveira Site Oficial da Reserva Ecológica de Guapiaçu Projeto gráfico e edição de arte Suellen de Oliveira Revisão de texto Carlos Vinicius Ferreira Ribeiro dos Santos
  • 5. 5 Agradecimento A Deus. A Regina Mendes, professora da disciplina Laboratório de Ensino III da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP-UERJ), pela proposição deste desafio. A Débora, professora de Ciências da Escola Municipal Almeirinda Ferreira de Almeida por ter compartilhado a experiência do trabalho de campo realizado com seus alunos na Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), e por nos ter fornecido os contatos necessários para realização de nossa visita. Ao Nicholas John Locke por ter aberto as portas de sua casa para a realização deste trabalho, bem como pelo seu compromisso socioambiental ao liderar a instituição. Ao André Luiz, biólogo responsável pela instituição, ao Fábio, aos demais funcionários e à comunidade local pela receptividade e cooperação.
  • 6. 6 Sumário 1. Guia didático ...................................................................................................................7 2. História da instituição .....................................................................................................9 3. Biodiversidade...............................................................................................................11 5. Coleções ........................................................................................................................14 6. Ações educativas ...........................................................................................................16 7. Conhecendo a instituição ..............................................................................................18 7.1. Preparando a visita ................................................................................................19 7.2. Realizando a visita ...............................................................................................22 7.3. Retornando da visita ............................................................................................29 8. Informações Gerais.......................................................................................................30
  • 7. 7 1. Guia Didático Guia DidáticoGuia Didático
  • 8. 8 Guia Didático O que é? O guia didático é uma ferramenta no processo de ensino ativo que, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), consiste no conjunto de ações e estratégias que o sujeito/educando, considerado individual ou coletivamente, realiza, contando para tal, com a gestão facilitadora e orientadora do professor, para atingir os objetivos propostos pelo plano e formação. Educadores de ensino médio e superior, profissionais do campo de educação não formal, visto seu papel como agentes facilitadores, utilizem-se deste guia para planejar, estimular e orientar seus alunos para que possam assimilar os fatos e fenômenos observados na visitação à Reserva Ecológica de Guapiaçu. Sigam em frente, analisem as atividades educativas propostas e aproveitem!
  • 9. 9 2. História da Instituição
  • 10. 10 3. História da Instituição A intensa degradação do bioma Mata Atlântica tem ocorrido desde a chegada dos portugueses, seja para retirada do Pau-Brasil (Caesalpinia echinata), práticas agrícolas e pecuaristas ou mais recentemente com o processo de urbanização. Buscando reverter um processo histórico, fazendeiros da bacia do rio Guapiaçu criaram em 1998 a Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), registrada no Cartório 2º Ofício, Cachoeiras de Macacu-RJ, no livro A, fls 47 sob o número 717, formada por sócios, Corpo Diretor e Conselho Fiscal. Para alcançar o seu objetivo foi preciso expandir as áreas a serem protegidas, para isso foram realizadas compras de terra ou acordos de gerenciamento adicional. O financiamento teve origem europeia e norteamericana. A primeira aquisição foi uma fazenda de 600 hectares em 2001, seguida de outras aquisições, chegando a cerca de 7.000 hectares atuais (sendo originalmente 4.500 hectares da família Locke), configurando a primeira Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do município de Cachoeiras de Macacu, sendo permitida a pesquisa científica, visitação escolar, turística e recreativa.
  • 12. 12 Biodiversidade Muitas das espécies de anfíbios, aves, mamíferos, répteis e insetos encontrados na Mata Atlântica estão presentes na Reserva Ecológica de Guapiaçu. Até o momento, foram encontradas 16 espécies nativas de anfíbios, algumas delas são consideradas bioindicadores de qualidade ambiental. Mais de 410 espécies de aves já foram documentadas, onde mais de 120 espécies são endêmicas. A reintrodução do Mutum (Crax blumenbachii) resultou de um longo trabalho de conscientização ambiental que refletiu na redução da caça. Hoje, a REGUA é um refúgio para populações silvestres do Muriqui (Brachyteles arachnoides), além de outras espécies de primatas, felinos e demais animais. Assim como com os mamíferos, todos os grupos de plantas e animais encontrados na REGUA, projeto aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA). Proceratophrys boiei Mutum Muriqui
  • 13. 13 A recuperação de paisagem por meio da implantação de áreas inundadas possibilitou a ocupação de novos animais, entre eles, o ameaçado Jacaré de Papo Amarelo, a Lontra, bem como uma diversidade impressionante de outros mamíferos, anfíbios, invertebrados aquáticos. Estas áreas recuperadas vêm servindo de refúgio para o acasalamento de muitas aves aquáticas. Na área de reflorestamento, a equipe da REGUA já plantou 58 000 árvores nativas.
  • 15. 15 5. Coleções A coleção tem caráter informal e está em estágio inicial. Encontra-se na sala de aula da reserva e apresenta espécimes não catalogados de invertebrados, como escorpião, barata e lacraia, entre outros.
  • 17. 17 Ações Educativas Reconhecendo a atuação do homem como um dos agentes no processo de degradação do meio ambiente, medidas educativas foram implementadas ao longo do tempo. Uma delas foi o projeto de conscientização de caçadores locais, onde muitos abandonaram a caça e alguns desses passaram a exercer a função de guardas-florestais, refletindo assim em uma redução de 98% da ação dos caçadores no local. Com o mesmo propósito criou-se um curso de complementação escolar no centro de visitantes chamado de Jovens Guardas, no qual adolescentes das escolas locais participam de quatro horas semanais de aulas com o biólogo da instituição. O objetivo principal do projeto não é a formação de guarda-parques, e sim mostrar o ganho existente na conservação da natureza. O programa é baseado em reuniões semanais, com três horas de duração por dez meses, para cerca de vinte alunos de ambos os sexos. Temas como sustentabilidade, conhecimento da fauna local, reflorestamento e restauração de áreas degradadas são enfatizados. Estas ações são combinadas com experiências ao ar livre, como trilhas, preparação de canteiros de mudas e visitas a outras reservas.
  • 18. 18 7. Conhecendo a Instituição
  • 20. 20 Preparando a visita Os alunos carregam consigo conceitos construídos ao longo da vida, sejam de origem popular ou científica. Ao propor uma atividade, o professor precisa estar atento às concepções prévias do tema a ser abordado, uma vez que estas podem estar em desacordo com as concepções científicas. Para realizar o trabalho de campo visando à educação ambiental, proposta ao longo desse guia, é necessário que conceitos como desmatamento, sucessão ecológica primária e secundária sejam abordados previamente em sala de aula. Em vista disso, para a atividade encontrada nesse guia, indicamos como público alvo estudantes do ensino médio. Sugerimos uma abordagem inicial através de aula expositiva, seguida de análise de mídias contendo os conceitos citados; posteriormente, debate entre a classe mediada pelo educador em busca de uma concepção coletiva.
  • 21. 21 É necessário realizar o agendamento prévio através dos contatos mencionados nas “Informações Gerais” desse guia, bem como providenciar o transporte dos alunos, uma vez que a REGUA encontra-se em um local distante, com deficiência no transporte público. O professor deve orientar os alunos quanto ao uso de roupas leves, tênis para caminhada, boné, filtro solar, repelente, água, alimentos como frutas e sanduíche natural (preferencialmente sem maionese). Ao final do trabalho de campo, após realizar a última atividade proposta, poderá ser realizado um lanche em conjunto.
  • 23. 23 Realizando a Visita Ao chegar à reserva, dirija-se ao centro de visitantes, onde encontrará o administrador do local, bem como o guia que auxiliará no decorrer do trabalho, orientando o caminho a ser percorrido. Antes de iniciar a caminhada, é preciso mostrar aos alunos a importância da conservação do meio ambiente. Isso poderá ser feito através da oficina “O Som”. Os alunos deverão ser distribuídos em três grupos: o primeiro, com cerca de quatro alunos, representará os morcegos; o segundo, com cerca de dois alunos que representarão uma caverna; e o terceiro, formado pelo restante dos alunos que representarão as árvores. Os alunos deverão estar dispostos da seguinte maneira: Legenda: Alunos que representarão os morcegos. Alunos que representarão as árvores. Alunos que representarão a caverna.
  • 24. 24 Deverá ser estabelecido um som que represente a comunicação entre os morcegos, outro para a ecolocalização dos destes entre as árvores e um outro para o direcionamento dos mesmos até a caverna, como assobio, o estalar dos dedos e palmas, respectivamente. Os alunos que representam os morcegos deverão ter os olhos vendados e através dos sons previamente estabelecidos deverão se comunicar até chegar à caverna. Após a atividade, o professor poderá questioná-los quanto à possibilidade de chegarem ao local desejado sem a presença das árvores. Em seguida deverá explicar a importância das árvores para a locomoção dos morcegos, mostrando que para se comunicarem, emitem um som que ecoa nas árvores descrevendo sua posição. Logo a sua ausência iria interferir negativamente no comportamento desse animal. A atividade descreve parte da importância das árvores visando enfatizar o valor da conservação ambiental. Ao sair do centro de visitantes, vire à esquerda e siga em frente até poder visualizar uma cadeia de montanhas desmatada para a pastagem do gado, passando pelo processo de reflorestamento. Nesse ponto poderão ser discutidas as principais causas de desmatamento, como queimadas, exploração da madeira e local para pastagem. Além dos impactos ocasionados, é possível ressaltar a destruição de habitats como a principal causa da redução da biodiversidade. Ainda poderá ser abordada a importância do reflorestamento como parte da sucessão ecológica secundária.
  • 25. 25 Siga em direção à trilha do lago, mostrando as áreas em estágios iniciais da sucessão secundária, destacando a atuação dos fungos e bactérias na ciclagem da matéria. Isto é fundamental para o estabelecimento da vegetação pioneira, que pode ser observada através dos liquens e musgos. Explique também o porquê desses organismos atuarem como pioneiros.
  • 26. 26 Em seguida, mostre as pteridófitas (samambaias), as gramíneas (capim) e outras plantas de acordo com a progressiva evolução até chegar à comunidade clímax. Aproveite para caracterizar a fauna correspondente.
  • 27. 27 Aponte, também, as relações ecológicas observadas ao longo da trilha destacando as possíveis alterações decorrentes em caso de impacto ambiental. Retorne ao ponto inicial e direcione os alunos à sala de aula da reserva. Para verificar a eficácia do trabalho realizado, disponha os alunos em círculo, divididos em cerca de grupos. Sorteie entre os grupos os seguintes temas: habitat, desmatamento, ciclagem de nutrientes, comunidade pioneira, dispersão de sementes e polinização, alterações na cadeia alimentar devido a alterações no meio, comunidade clímax e biodiversidade. Cada grupo fará um breve comentário a respeito do seu tema, exemplificando com o que foi observado durante a caminhada. Após todas as apresentações, o educador poderá fazer uma síntese e conduzir os alunos para o viveiro, onde poderão ver as mudas a serem utilizadas no processo de reflorestamento, destacando que estas são endêmicas.
  • 29. 29 7.4 Retornando da Visita Visando a compartilhar o saber adquirido após a reflexão sobre fenômenos observados, bem como fixá-los, ao retornar da visita, os educandos poderão preparar uma atividade dinâmica como uma apresentação de peça teatral, exposição, música, entre outras. Estas deverão ser compartilhadas com o restante da comunidade escolar.
  • 31. 31 Informações Gerais Localização geográfica: A Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua) está localizada em Cachoeiras do Macacu a 80 quilômetros nordeste da cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Coordenadas geográficas: latitude 22º50'09" sul e longitude 42º88'13” oeste. Como chegar? Partindo do município de São Gonçalo, siga pela BR 101 em direção a Itaboraí e ao encontrar o acesso a RJ-116, prossiga nela. Ao chegar à Fábrica da Schincariol, contorne o Posto de Polícia Rodoviária à esquerda e siga pela RJ-122 até encontrar o acesso a Guapiaçu no bairro Funchal, situado à direita da via, onde há uma placa da Água Mineral Cascataí. Continue ao longo da estrada por 11km até uma bifurcação e vire à esquerda. Após 500m, atravesse a ponte e continue até encontrar uma outra bifurcação. Siga à esquerda até o portão de acesso à REGUA. Endereço da sede: Fazenda São José de Guapiaçu, s/nº - 3º distrito de Cachoeiras de Macacu-RJ Caixa Postal: 98112 CEP: 28680-000. Horário de funcionamento: O horário de funcionamento varia de acordo com a atividade agendada. Para isso, é preciso entrar em contato através do e-mail ou por telefone.
  • 32. 32 Contatos: Telefones: (0055) 21 9859 2080 (0055) 21 2745 3998 E-mail: webmaster@regua.co.uk aregua@terra.com.br Website: www.regua.co.uk www.guapiassubirdlodge.co.uk