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Cada mulher que
passa na minha
vida, eu olho.
Escuto. Aprendo.
Dialogo. Amplio. E
olho de novo. Cada
uma me traz uma
nova força, um
movimento, uma
vontade e muitas
certezas.
A série OLHA PRA
VOCÊ espelha essas
mulheres, que
contam pra mim
suas histórias, em
diferentes expressões
e formas.
A CRIATIVIDADE É LATINA
A criação é uma forma feminina. Uma
palavra que tem A abrindo tudo.
Boca, vontade, altivez.
É latina, de creare.
Não se limita. Expande.
Guarda, no útero, uma vontade que vira
física.
Montanha.
A criação é uma forma feminina.
É faminta, vermelha, ondula.
A criatividade se expressa. Ocupa. É
evolutiva.
É rede, tece, sustenta.
Tem ciclos. Tem mares. Cresce.
Galopa.
A criatividade olha.
Renova.
Lua nova.
EDITORIAL OFFICE
OLHA PRA VOCÊ
uma série sobre (se)
olhar duas vezes
R E N A T A A M E R I C A N O
P a s s e i r e c e n t e m e n t e p e l o
m o m e n t o m a i s v i s c e r a l d a m i n h a
v i d a e q u e , c e r t a m e n t e , é a m a i s
b r u t a l d o r p a r a q u a l q u e r m u l h e r .
A p e r d a d e u m a f i l h a , n o v e n t r e ,
n o f i n a l d a g e s t a ç ã o . D e l á p r a
c á , m u i t a c o i s a m u d o u e m m i m e
e n t e n d i o q u e é a m a i s i n t e r n a
f o r ç a d e u m a m u l h e r .
D e p o i s d a p e r d a e u s ó t i n h a d u a s
o p ç õ e s : a f u n d a r o u a s c e n d e r . E ,
p o r a q u i , e s c o l h e m o s i r p r a l u z .
M e c o n e c t a r c o m o q u e t e m o s d e
m a i s s a g r a d o , q u e s ã o t o d a s a s
s u t i l e z a s d o f e m i n i n o .   Vejamaisem:medium.com/@reflete
D A N Y S A B B A G
A m o m e u s f i l h o s , a m o m e u m a r i d o
e v a l o r i z o d e m a i s o q u e e s t a m o s
c o n s t r u i n d o . M a s , o m e u g r a n d e
p r o j e t o , o m e u l e g a d o é o m e u
t r a b a l h o . E s s a f a l a é s u p e r m a l
v i s t a e e u m e s m a d e m o r e i p r a
c o n s e g u i r f a l á - l a e a s s u m i - l a d a
f o r m a q u e e u f a ç o h o j e . S e e u
f o s s e u m h o m e m e a m a s s e m e u
t r a b a l h o e f a l a s s e i s s o , e u s e r i a
u m c a r a f o d a ! U m s u c e s s o ! U m
h o m e m q u e v a i l o n g e ! J á a
m u l h e r é j u l g a d a c o m o u m a
p é s s i m a m ã e , q u e s e a r r e p e n d e r á
n o f u t u r o p e l o q u e e s t á f a z e n d o .
E u d i s c o r d o . E v e j o e s s a m i n h a
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Muita gente repetindo o
que é dito pelos outros, sem
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algum sentido pra si
mesmo, pro entorno, se é
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Você já se questionou
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já se perguntou o que é
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se deparou com
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que fez no dia e na semana
seguinte? Por quê? Já
fechou uma balança do
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dia? Já reparou que horas
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te faz feliz? Sabe em que
fase da lua estamos? E
como você reage a ela
todo mês? Tem desligado o
celular quando deita? O
que você tem feito em
relação ao que observa? E
em relação ao teu silêncio
e à tua fala?
Essas são algumas
perguntas que eu tenho me
feito, pra (começar a)
responder aquela pergunta
lá de cima. Observo. 
E me movimento. Faço
algumas mudanças e elas
não são fáceis. E talvez
seja isso que hoje responda
da melhor maneira ao que
hoje me soma: observar e
movimentar.
O mergulho não é simples e
nem curto(já entendi), mas
é necessário. E não é só
sobre perguntar as coisas
certas. É sobre respondê-
las, escavá-las, tipo tesouro
perdido. Quanto mais
consciência tenho de como
sou, mais fácil e natural é
lidar com tudo. Dentro e
fora. É isso que sinto. É
assim que sou.
Já fechou uma balança
do que compensa no
final do dia?  Sabe em
que fase da lua
estamos? E como você
reage a ela todo mês?
Tem desligado o
celular quando deita?
O que você tem feito
em relação ao que
observa? E em relação
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fala?
REFLETE: o feminino me importa
"Quando um homem
diz para uma
mulher,
categoricamente,
que ele sabe do que
está falando e ela
não, mesmo que isso
seja uma parte
mínima de uma
conversa, perpetua a
feitura deste mundo
e tira dele a sua
luz.” Rebecca Solnit
REFLETE: o feminino me importa
Vejamaisem:medium.com/@reflete
Ainda me faltam argumentos para debater
alguns assuntos relativos ao feminino, que há
pouco penso com real profundidade. Muito
sinto, mas, não raro, me pego sem conseguir
me fazer clara. E, por isso, o REFLETE nasceu,
como um exercício de pensar, espelhar e dar
voz. Compartilhar.
Desde o ano passado, mergulhei em leituras
sobre o assunto. Ainda estou no esquema
aprendiz iniciante turma 1, com consciência
disso, e me mantendo aberta para ouvir tantos
pontos de vista. Mas, conforme essa luz -
chamada consciência - se acende, mais fácil
detectar comportamentos machistas. E mais
necessário mostrar o quanto uma atitude
aparentemente pouco ofensiva pode
desencadear tragédias, já que qualquer
desrespeito a mulher se apoia em uma cultura
que a diminui, objetifica e desdenha.
Foi nessa busca de dados e argumentos mais
profundos que Os homens explicam tudo pra
mim, livro da Rebecca Solnit, entrou no meu
radar, pra logo estar no carrinho de compras e
dois segundos depois no Kindle. 
Com linguagem leve, ele começa de maneira
tragicômica: com ela contando sobre um
homem, que passou uma festa inteira falando
de um livro que "ela deveria ler", sem lhe dar
chance de dizer que, na verdade, ela era a
autora. Depois dessa abertura - bem ilustrativa
do que é tratado nas próximas páginas - , a
autora pontua histórias contextualizadas com
dados importantes. E urgentes.
Em formato de ensaio, o livro correlaciona
história e notícias, numa linha de pensamento e
de tempo que mostra porque mesmo uma
pequena atitude machista é perigosa para as
mulheres. Pelo desrespeito contra elas nascer
do desmerecimento, uma ofensa "sai do mesmo
lugar" que um crime: de uma cultura patriarcal,
que deve ser encarada, reconhecida e vista
como um problema.
Rebecca deixa bem claro, a todo momento, que
embora esteja citando homens como
perpetradores de crimes, não significa que
todos os homens são violentos. Eles também
sofrem violência e muitos pelas mãos de outros
homens. Ela também cita o fato de que, sim,
tem mulheres que cometem violência conjugal.
Mas, lembra que estudos recentes mostram que
esses atos geralmente não resultam em algo
grave, muito menos morte. "Por outro lado, se
acontece de um homem ser assassinado pela
companheira, com frequência o motivo é
legítima defesa". Em meio a todos os fatos
expostos, fica bem claro como a sociedade
patriarcal tem aval, licenças da lei e acesso
livre da rua ao quarto. Sem precisar pedir
licença. E sem precisar ouvir um não.
OS HOMENS
EXPLICAM TUDO
PRA MIM
Rebecca Solnit
transforma em livro
tudo o que realmente
deve ser explicado
REFLETE: o feminino me importa
AS 13 LUAS
Vivi estações bem
marcadas. E se passaram
várias luas para que eu
achasse um centro, até
entender que ele (eu)
sempre muda (o) de lugar.
Tive medo. Tive curiosidade.
Chorei. Me senti só. Dei voz
a gerações. Morri de rir. Tive
insights. Me senti multidão.
E escavei mais. Tive muitas
primeiras vezes, quando me
permiti.
S A I L O R S
C L U B
EST. 1984
"EU SOU MULHER E MEU
ASSUNTO É ESSE"
RITA WAINER
E U S O U M U L H E R E M E U
A S S U N T O É E S S E —
R I T A W A I N E R
Conheci o trabalho da Rita
pela Theodora, marca dela,
que tinha loja online e loja
física em SP. As t-shirts
traziam já essa
combinação que ela faz e
tanto abre mares: desenhos
com pensamentos ou
apenas traços que levavam
a uma reflexão, saindo das
mesmices de vitrines
massificadas.
“ Eu sempre desenhei e
meio sem querer fui parar
no mundo da moda. Eu
gostava, mas não me sentia
à vontade totalmente.
 Uma hora tive que tomar a
decisão de viver do que eu
realmente queria ( tentar) e
deu certo.”, diz ela.
Em 2013, Rita abriu sua loja
online, de maneira
independente, longe
daquele distanciamento
público-artista das galerias
tradicionais, e com preços
possíveis. Pergunto a ela
como tem sido a opção de
escolher ser independente.
“Tem sido ótimo, funciona
muito pra mim, acho que
cada um tem a sua fórmula, 
“Começa em mim. Eu
só sei falar do que eu
vivo, do que eu sou. Eu
sou mulher e meu
assunto é esse.” —
Assim a artista Rita
Wainer me fala sobre
mulheres, que, desde
sempre são sua
inspiração.
REFLETE: o feminino me importa
mas eu acredito que usar a
internet a nosso favor é
fazer parte do nosso
tempo.” O trabalho dela
está sempre atualizado no
Instagram.
Um dos murais do Boulevard
Olímpico é assinado por
Rita. Se você é carioca, já
passou por lá. E, dentre as
suas colabs mais recentes
estão a com o Cantão, para
onde uma coleção pocket
foi desenvolvida .“Foi um
trabalho que eu amei muito
fazer, uma proposta
comercial, mas com uma
pegada diferente,
misturando arte e moda.
Foi demais.” O resultado
foram peças em edição
limitada, como um brinco-
adaga, t-shirts e uma
mochila jeans, além de uma
pintura que tomou conta da
fachada do segundo andar
do Astor, no Arpoador.
A outra, dentro da
literatura, virou capa e
nome do novo livro da Cris
Lisbôa: Tem um coração
que faz barulho de água.
“Não é minha primeira, mas
eu amo o trabalho dela e
foi um prazer estar ali.” , diz
a artista.
Above
Text about the article photo
would fit perfectly here.
REFLETE: o feminino me importa
Publicação independente por Crib Tanaka
medium.com/@reflete
EDITORIAL OFFICE
#1junho 18

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A série OLHA PRA VOCÊ e as histórias de mulheres que contam suas jornadas

  • 1.
  • 2. Cada mulher que passa na minha vida, eu olho. Escuto. Aprendo. Dialogo. Amplio. E olho de novo. Cada uma me traz uma nova força, um movimento, uma vontade e muitas certezas. A série OLHA PRA VOCÊ espelha essas mulheres, que contam pra mim suas histórias, em diferentes expressões e formas.
  • 3. A CRIATIVIDADE É LATINA A criação é uma forma feminina. Uma palavra que tem A abrindo tudo. Boca, vontade, altivez. É latina, de creare. Não se limita. Expande. Guarda, no útero, uma vontade que vira física. Montanha. A criação é uma forma feminina. É faminta, vermelha, ondula. A criatividade se expressa. Ocupa. É evolutiva. É rede, tece, sustenta. Tem ciclos. Tem mares. Cresce. Galopa. A criatividade olha. Renova. Lua nova. EDITORIAL OFFICE
  • 4. OLHA PRA VOCÊ uma série sobre (se) olhar duas vezes R E N A T A A M E R I C A N O P a s s e i r e c e n t e m e n t e p e l o m o m e n t o m a i s v i s c e r a l d a m i n h a v i d a e q u e , c e r t a m e n t e , é a m a i s b r u t a l d o r p a r a q u a l q u e r m u l h e r . A p e r d a d e u m a f i l h a , n o v e n t r e , n o f i n a l d a g e s t a ç ã o . D e l á p r a c á , m u i t a c o i s a m u d o u e m m i m e e n t e n d i o q u e é a m a i s i n t e r n a f o r ç a d e u m a m u l h e r . D e p o i s d a p e r d a e u s ó t i n h a d u a s o p ç õ e s : a f u n d a r o u a s c e n d e r . E , p o r a q u i , e s c o l h e m o s i r p r a l u z . M e c o n e c t a r c o m o q u e t e m o s d e m a i s s a g r a d o , q u e s ã o t o d a s a s s u t i l e z a s d o f e m i n i n o .   Vejamaisem:medium.com/@reflete D A N Y S A B B A G A m o m e u s f i l h o s , a m o m e u m a r i d o e v a l o r i z o d e m a i s o q u e e s t a m o s c o n s t r u i n d o . M a s , o m e u g r a n d e p r o j e t o , o m e u l e g a d o é o m e u t r a b a l h o . E s s a f a l a é s u p e r m a l v i s t a e e u m e s m a d e m o r e i p r a c o n s e g u i r f a l á - l a e a s s u m i - l a d a f o r m a q u e e u f a ç o h o j e . S e e u f o s s e u m h o m e m e a m a s s e m e u t r a b a l h o e f a l a s s e i s s o , e u s e r i a u m c a r a f o d a ! U m s u c e s s o ! U m h o m e m q u e v a i l o n g e ! J á a m u l h e r é j u l g a d a c o m o u m a p é s s i m a m ã e , q u e s e a r r e p e n d e r á n o f u t u r o p e l o q u e e s t á f a z e n d o . E u d i s c o r d o . E v e j o e s s a m i n h a v e r d a d e c o m o u m a t o f e m i n i s t a .
  • 5. TEM HORAS QUE CANSA, MAS TEM TANTA JOIA QUE SE DESCOBRE NA ESCAVAÇÃO, QUE VALE À PENA CADA ÁGUA QUE SAI DA GENTE. REFLETE: o feminino me importa
  • 6. QUE MUJER ERES TU? REFLETE: o feminino me importa Colagem da Eugenia Loli
  • 7. Que mujer eres tu? uma música e reflexão Que mulher você é? Que espírito você é? Sempre que ouço essas duas perguntas, me vejo como num sonho daqueles em que você cai, sabendo onde vai dar, mas, enquanto não pousa, aperta as beiradas da cama, enquanto a velocidade só acelera. A sociedade fala muito sobre o que devemos ser. E pouco sobre o que somos, como natureza e como essência única. As reflexões não são estimuladas. Nem os silêncios. A caixa vem pronta. E, enquanto você tenta se encaixar nela, fica sempre alguma coisa de fora: uma perna, um pé, um ponteiro, um coração. Até que você joga a caixa fora e constrói a sua. Sem paredes ou portas. O que vejo ao meu redor são alguns buscando essa resposta. De verdade. Mas, muitos andando sem rumo, fazendo atrocidades e cometendo barbáries tipo Ensaio sobre a cegueira (basta a gente ler o jornal, abrir o facebook ou entrar na fila do banco).  Muita gente repetindo o que é dito pelos outros, sem parar pra pensar se faz algum sentido pra si mesmo, pro entorno, se é do bem, se acrescenta. Você já se questionou sobre as coisas que têm raiva? De onde elas vêm? E já se perguntou o que é importante pra você, que te acrescenta, te melhora? Já se deparou com movimentos impulsivos—e algumas vezes, destrutivos —que no final só são legais por 5 ou 10 minutos? E o que fez no dia e na semana seguinte? Por quê? Já fechou uma balança do que compensa no final do dia? Já reparou que horas seu corpo melhor responde ao trabalho? Que exercício te faz feliz? Sabe em que fase da lua estamos? E como você reage a ela todo mês? Tem desligado o celular quando deita? O que você tem feito em relação ao que observa? E em relação ao teu silêncio e à tua fala? Essas são algumas perguntas que eu tenho me feito, pra (começar a) responder aquela pergunta lá de cima. Observo.  E me movimento. Faço algumas mudanças e elas não são fáceis. E talvez seja isso que hoje responda da melhor maneira ao que hoje me soma: observar e movimentar. O mergulho não é simples e nem curto(já entendi), mas é necessário. E não é só sobre perguntar as coisas certas. É sobre respondê- las, escavá-las, tipo tesouro perdido. Quanto mais consciência tenho de como sou, mais fácil e natural é lidar com tudo. Dentro e fora. É isso que sinto. É assim que sou. Já fechou uma balança do que compensa no final do dia?  Sabe em que fase da lua estamos? E como você reage a ela todo mês? Tem desligado o celular quando deita? O que você tem feito em relação ao que observa? E em relação ao teu silêncio e à tua fala? REFLETE: o feminino me importa
  • 8. "Quando um homem diz para uma mulher, categoricamente, que ele sabe do que está falando e ela não, mesmo que isso seja uma parte mínima de uma conversa, perpetua a feitura deste mundo e tira dele a sua luz.” Rebecca Solnit REFLETE: o feminino me importa Vejamaisem:medium.com/@reflete
  • 9. Ainda me faltam argumentos para debater alguns assuntos relativos ao feminino, que há pouco penso com real profundidade. Muito sinto, mas, não raro, me pego sem conseguir me fazer clara. E, por isso, o REFLETE nasceu, como um exercício de pensar, espelhar e dar voz. Compartilhar. Desde o ano passado, mergulhei em leituras sobre o assunto. Ainda estou no esquema aprendiz iniciante turma 1, com consciência disso, e me mantendo aberta para ouvir tantos pontos de vista. Mas, conforme essa luz - chamada consciência - se acende, mais fácil detectar comportamentos machistas. E mais necessário mostrar o quanto uma atitude aparentemente pouco ofensiva pode desencadear tragédias, já que qualquer desrespeito a mulher se apoia em uma cultura que a diminui, objetifica e desdenha. Foi nessa busca de dados e argumentos mais profundos que Os homens explicam tudo pra mim, livro da Rebecca Solnit, entrou no meu radar, pra logo estar no carrinho de compras e dois segundos depois no Kindle.  Com linguagem leve, ele começa de maneira tragicômica: com ela contando sobre um homem, que passou uma festa inteira falando de um livro que "ela deveria ler", sem lhe dar chance de dizer que, na verdade, ela era a autora. Depois dessa abertura - bem ilustrativa do que é tratado nas próximas páginas - , a autora pontua histórias contextualizadas com dados importantes. E urgentes. Em formato de ensaio, o livro correlaciona história e notícias, numa linha de pensamento e de tempo que mostra porque mesmo uma pequena atitude machista é perigosa para as mulheres. Pelo desrespeito contra elas nascer do desmerecimento, uma ofensa "sai do mesmo lugar" que um crime: de uma cultura patriarcal, que deve ser encarada, reconhecida e vista como um problema. Rebecca deixa bem claro, a todo momento, que embora esteja citando homens como perpetradores de crimes, não significa que todos os homens são violentos. Eles também sofrem violência e muitos pelas mãos de outros homens. Ela também cita o fato de que, sim, tem mulheres que cometem violência conjugal. Mas, lembra que estudos recentes mostram que esses atos geralmente não resultam em algo grave, muito menos morte. "Por outro lado, se acontece de um homem ser assassinado pela companheira, com frequência o motivo é legítima defesa". Em meio a todos os fatos expostos, fica bem claro como a sociedade patriarcal tem aval, licenças da lei e acesso livre da rua ao quarto. Sem precisar pedir licença. E sem precisar ouvir um não. OS HOMENS EXPLICAM TUDO PRA MIM Rebecca Solnit transforma em livro tudo o que realmente deve ser explicado REFLETE: o feminino me importa
  • 10. AS 13 LUAS Vivi estações bem marcadas. E se passaram várias luas para que eu achasse um centro, até entender que ele (eu) sempre muda (o) de lugar. Tive medo. Tive curiosidade. Chorei. Me senti só. Dei voz a gerações. Morri de rir. Tive insights. Me senti multidão. E escavei mais. Tive muitas primeiras vezes, quando me permiti.
  • 11. S A I L O R S C L U B EST. 1984 "EU SOU MULHER E MEU ASSUNTO É ESSE" RITA WAINER E U S O U M U L H E R E M E U A S S U N T O É E S S E — R I T A W A I N E R
  • 12. Conheci o trabalho da Rita pela Theodora, marca dela, que tinha loja online e loja física em SP. As t-shirts traziam já essa combinação que ela faz e tanto abre mares: desenhos com pensamentos ou apenas traços que levavam a uma reflexão, saindo das mesmices de vitrines massificadas. “ Eu sempre desenhei e meio sem querer fui parar no mundo da moda. Eu gostava, mas não me sentia à vontade totalmente.  Uma hora tive que tomar a decisão de viver do que eu realmente queria ( tentar) e deu certo.”, diz ela. Em 2013, Rita abriu sua loja online, de maneira independente, longe daquele distanciamento público-artista das galerias tradicionais, e com preços possíveis. Pergunto a ela como tem sido a opção de escolher ser independente. “Tem sido ótimo, funciona muito pra mim, acho que cada um tem a sua fórmula,  “Começa em mim. Eu só sei falar do que eu vivo, do que eu sou. Eu sou mulher e meu assunto é esse.” — Assim a artista Rita Wainer me fala sobre mulheres, que, desde sempre são sua inspiração. REFLETE: o feminino me importa
  • 13. mas eu acredito que usar a internet a nosso favor é fazer parte do nosso tempo.” O trabalho dela está sempre atualizado no Instagram. Um dos murais do Boulevard Olímpico é assinado por Rita. Se você é carioca, já passou por lá. E, dentre as suas colabs mais recentes estão a com o Cantão, para onde uma coleção pocket foi desenvolvida .“Foi um trabalho que eu amei muito fazer, uma proposta comercial, mas com uma pegada diferente, misturando arte e moda. Foi demais.” O resultado foram peças em edição limitada, como um brinco- adaga, t-shirts e uma mochila jeans, além de uma pintura que tomou conta da fachada do segundo andar do Astor, no Arpoador. A outra, dentro da literatura, virou capa e nome do novo livro da Cris Lisbôa: Tem um coração que faz barulho de água. “Não é minha primeira, mas eu amo o trabalho dela e foi um prazer estar ali.” , diz a artista. Above Text about the article photo would fit perfectly here. REFLETE: o feminino me importa
  • 14. Publicação independente por Crib Tanaka medium.com/@reflete EDITORIAL OFFICE #1junho 18