SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 23
O "GRAVATINHA" * Poeta Popular Setubalense *
 
COLECÇÃO DE 7 LINDAS CANÇÕES AO FADO em diversos sentidos ANTÓNIO AUGUSTO GRAVATINHA SETÚBAL, 1930
SETÚBAL  em  1930
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
 
A LUZ ELECTRICA QUADRA Em Setúbal a luz electrica Foi um mar de desventuras, Após a inauguração, Ficou a cidade às escuras. DÉCIMAS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
 
M Ã E ! QUADRA O lindo nome  de mãe, Revela a luz da bondade, Mãe é deusa dos carinhos, Símbolo de felicidade. DÉCIMAS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
 
A CÂMARA VELHA PARA O BOMFIM FADO CANÇÃO MOTE Pobre campo do Bomfim, Deitaram-te ao abandono, De ti não querem saber. Deixaram-te ficar assim, Pareces um pobre mono, e ninguém te quer valer. GLOSAS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
GLOSAS (continuação) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
 
O BOMFIM PARA A CÂMARA VELHA FADO CANÇÃO  (RESPOSTA) MOTE Podes juntar-te comigo, estamos ambos no rol, No rol da pouca sorte Estamos livres de perigo, A enxugar-mos ao sol, Esperando o vento norte. GLOSAS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
GLOSAS (continuação) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
 
V A I D A D E !!! QUADRA Está tudo desgraçado Cá no nosso Portugal, As mulheres quasi nuas, É uma vaidade geral. DÉCIMAS Nunca vi uma coisa assim, É mesmo um louvar a Deus, Fazerem os pobres plebeus, Fazerem cruzes sem fim. As damas com seu quindin. Inebriam o Zé pasmado Por elas ilucidado Vai no bote, cae na rede. Do amôr fazem parede, Está tudo desgraçado. Deusas da provocação, Cumulos da falsidade, Com a tolice e a vaidade, Nem sabem andar pelo chão. Empoadas até mais não, Até às vezes cheiram mal, Querem tanto que afinal, Arruinam a saúde, É esta a bôa atitude, Cá no nosso Portugal. Elas andam mesmo em braza, A verdade é nua e crua, Quem as vê ahi p´la rua, Não diz o que são em casa. Levam sempre grão na aza, Enchem-se de falcatruas, E então fazem das suas, Tratam pois de se pintarem, Para os homens enganarem, As mulheres quasi nuas. Dizem que é p´ra economia, E p´ra andarem mais fresquinhas E se mostram as perninhas, É p´ra terem simpatia. Quer de noite quer de dia, É poema triunfal, É costume habitual, Assim é que manda a moda. Na baixa e na alta roda, É uma vaidade geral.
 
FRASES SETUBALENSES QUADRA Setúbal tem bôas frases, Algumas eu vou citar, P´ró costume não perder, Não deixo de criticar. DÉCIMAS Continuando a lenga-lenga, “ Comigo ninguém se mete”, Dizem ainda, grande frete, Nesta língua flamenga. Sem um dito nem arenga, Assim se fazem as pazes, “ Cuidado rapaz não cases”, Também se costuma dizer, Para ouvir e aprender, Setúbal tem bôas frases. Frazes de prima o cartel, Que às vezes trazem azares, Eis uma das mais vulgares: “ Ti Maria e Ti Manel”. Palavriado a granel, E linguado a fartar, E uma coisa de pasmar, Palavrinhas com richaço. Aqui em curto espaço, Algumas eu vou citar. Propondo a lei do Selo A todos os fideltras pêcos, É frase dos papos-sêcos: “ Joãosinho vai ao gelo”. Decerto não tem apêlo, Frazes, modas a valer, Já não se ouve dizer: “ O qué couve; antão que há”. “ Diz-se às vezes, ahi pá!...” P´ró costume não perder. E para que tudo acabe, Nesta lida tão perversa, Para pôr termo à conversa, “ Diz-se então: já se sabe”. Para que ninguém se gabe, “ Diz-se logo: põe-te a cavar”, “ Ou ver se tem água o mar”, “ Ou então vae ver se chove”. Não havendo quem me estorve, Não deixo de criticar.
 
O ARROBAS E A MARRECA QUADRA O Arrobas e a Marréca, É um par mui interessante, De Setúbal as mascotes, Fazem um conjunto brilhante. DÉCIMAS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Uma bomba de metralha, É que eles estão a pedir, Faz-me lembrar a sorrir, O Caldinho e a Esgalha. Quando ele com ela ralha, Um p´ró outro dizem motes, Até às vezes dão pinotes, Fazendo grande arraial, É este lindo casal, De Setúbal as mascotes. ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],(*) -  António Augusto de Carvalho, de alcunha “O Diabo”, meu Tio-Avô paterno, que era dono de uma casa de lotarias, em Setúbal.
L.N. 2008 FIM (Música de Fado de Autor desconhecido) [email_address]

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Livro de poemas dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
Livro de poemas  dos alunos do 8º Ano C e D, do BartolomeuLivro de poemas  dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
Livro de poemas dos alunos do 8º Ano C e D, do BartolomeuPaulo Sérgio
 
Apresentação poesia1
Apresentação poesia1Apresentação poesia1
Apresentação poesia1Soleducador1
 
Poemas Ilustrados
Poemas IlustradosPoemas Ilustrados
Poemas Ilustradosvales
 
Antero de quental lucrecias
Antero de quental   lucreciasAntero de quental   lucrecias
Antero de quental lucreciasdireric
 
Primeiro livro de poesia.pdf
Primeiro livro de poesia.pdfPrimeiro livro de poesia.pdf
Primeiro livro de poesia.pdfAna Matias
 
Morte e vida severina resumo
Morte e vida severina   resumoMorte e vida severina   resumo
Morte e vida severina resumoGirlene Santana
 
Recital de poesia
Recital de poesiaRecital de poesia
Recital de poesiaZatiii
 
No ponto de ônibus
No ponto de ônibusNo ponto de ônibus
No ponto de ônibustiagosector
 
Qualquer versar
Qualquer versar Qualquer versar
Qualquer versar Iran Maia
 

Mais procurados (18)

Livro de poemas dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
Livro de poemas  dos alunos do 8º Ano C e D, do BartolomeuLivro de poemas  dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
Livro de poemas dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
 
Apresentação poesia1
Apresentação poesia1Apresentação poesia1
Apresentação poesia1
 
25 a2008 poesia
25 a2008 poesia25 a2008 poesia
25 a2008 poesia
 
Poemas Ilustrados
Poemas IlustradosPoemas Ilustrados
Poemas Ilustrados
 
10 cartas para Fortaleza
10 cartas para Fortaleza10 cartas para Fortaleza
10 cartas para Fortaleza
 
IEL- Caderno de Poemas 7º, 8º e 9º anos
IEL- Caderno de Poemas 7º, 8º e 9º anosIEL- Caderno de Poemas 7º, 8º e 9º anos
IEL- Caderno de Poemas 7º, 8º e 9º anos
 
Letras musicas coral
Letras musicas coralLetras musicas coral
Letras musicas coral
 
Antero de quental lucrecias
Antero de quental   lucreciasAntero de quental   lucrecias
Antero de quental lucrecias
 
Fichas De Poesia
Fichas De PoesiaFichas De Poesia
Fichas De Poesia
 
Primeiro livro de poesia.pdf
Primeiro livro de poesia.pdfPrimeiro livro de poesia.pdf
Primeiro livro de poesia.pdf
 
Morte e vida severina resumo
Morte e vida severina   resumoMorte e vida severina   resumo
Morte e vida severina resumo
 
Poemas de vários autores
Poemas de vários autoresPoemas de vários autores
Poemas de vários autores
 
Recital de poesia
Recital de poesiaRecital de poesia
Recital de poesia
 
No ponto de ônibus
No ponto de ônibusNo ponto de ônibus
No ponto de ônibus
 
Sobre as Asas
Sobre as AsasSobre as Asas
Sobre as Asas
 
Concurso poesia na corda 2013
Concurso poesia na corda 2013Concurso poesia na corda 2013
Concurso poesia na corda 2013
 
Qualquer versar
Qualquer versar Qualquer versar
Qualquer versar
 
Poetas da I República
Poetas da I RepúblicaPoetas da I República
Poetas da I República
 

Semelhante a Canções populares de Gravatinha

Patativa Do Assaré
Patativa Do AssaréPatativa Do Assaré
Patativa Do Assaréklauddia
 
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoCaderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoAELPB
 
Poemas de Manuel Felipe de Sousa
Poemas de Manuel Felipe de SousaPoemas de Manuel Felipe de Sousa
Poemas de Manuel Felipe de SousaJosiane Amaral
 
Poesias mostra cultural
Poesias mostra culturalPoesias mostra cultural
Poesias mostra culturalBarbara Coelho
 
20120803 caderno poemas_ciclo_3
20120803 caderno poemas_ciclo_320120803 caderno poemas_ciclo_3
20120803 caderno poemas_ciclo_3bib2009
 
LETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJ
LETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJLETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJ
LETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJAntonio Cabral Filho
 
Olimpíada categoria poesias (5º e 6º ano)
Olimpíada categoria  poesias (5º e 6º ano)Olimpíada categoria  poesias (5º e 6º ano)
Olimpíada categoria poesias (5º e 6º ano)Maria de Jesus Câmara
 
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoCaderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anogracatremoco45
 
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoCaderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoCris Gonçalves
 

Semelhante a Canções populares de Gravatinha (20)

Patativa Do Assaré
Patativa Do AssaréPatativa Do Assaré
Patativa Do Assaré
 
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoCaderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
 
Desgarrada em 2006
Desgarrada em 2006Desgarrada em 2006
Desgarrada em 2006
 
Poemas de Manuel Felipe de Sousa
Poemas de Manuel Felipe de SousaPoemas de Manuel Felipe de Sousa
Poemas de Manuel Felipe de Sousa
 
Poesias mostra cultural
Poesias mostra culturalPoesias mostra cultural
Poesias mostra cultural
 
20120803 caderno poemas_ciclo_3
20120803 caderno poemas_ciclo_320120803 caderno poemas_ciclo_3
20120803 caderno poemas_ciclo_3
 
LETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJ
LETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJLETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJ
LETRAS TAQUARENSES Nº 61 NOV/DEZ 2014 * ANTONIO CABRAL FILHO - RJ
 
Olimpíada categoria poesias (5º e 6º ano)
Olimpíada categoria  poesias (5º e 6º ano)Olimpíada categoria  poesias (5º e 6º ano)
Olimpíada categoria poesias (5º e 6º ano)
 
Caderno poemas português
Caderno poemas portuguêsCaderno poemas português
Caderno poemas português
 
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoCaderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
 
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_anoCaderno poemas 7_8_e_9_ano
Caderno poemas 7_8_e_9_ano
 
Caderno poemas
Caderno poemasCaderno poemas
Caderno poemas
 
Arcadismo a moreninha
Arcadismo a moreninhaArcadismo a moreninha
Arcadismo a moreninha
 
Sessão leitura poética 2014
Sessão leitura poética 2014Sessão leitura poética 2014
Sessão leitura poética 2014
 
Em algum lugar de mim
Em algum lugar de mimEm algum lugar de mim
Em algum lugar de mim
 
Em algum lugar de mim
Em algum lugar de mimEm algum lugar de mim
Em algum lugar de mim
 
EMBRULHO DE LETRAS
EMBRULHO DE LETRASEMBRULHO DE LETRAS
EMBRULHO DE LETRAS
 
EMBRULHO DE LETRAS
EMBRULHO DE LETRASEMBRULHO DE LETRAS
EMBRULHO DE LETRAS
 
Livro ebook
Livro ebookLivro ebook
Livro ebook
 
EMBRULHO DE LETRAS
EMBRULHO DE LETRASEMBRULHO DE LETRAS
EMBRULHO DE LETRAS
 

Canções populares de Gravatinha

  • 1. O "GRAVATINHA" * Poeta Popular Setubalense *
  • 2.  
  • 3. COLECÇÃO DE 7 LINDAS CANÇÕES AO FADO em diversos sentidos ANTÓNIO AUGUSTO GRAVATINHA SETÚBAL, 1930
  • 4. SETÚBAL em 1930
  • 5.
  • 6.  
  • 7.
  • 8.  
  • 9.
  • 10.  
  • 11.
  • 12.
  • 13.  
  • 14.
  • 15.
  • 16.  
  • 17. V A I D A D E !!! QUADRA Está tudo desgraçado Cá no nosso Portugal, As mulheres quasi nuas, É uma vaidade geral. DÉCIMAS Nunca vi uma coisa assim, É mesmo um louvar a Deus, Fazerem os pobres plebeus, Fazerem cruzes sem fim. As damas com seu quindin. Inebriam o Zé pasmado Por elas ilucidado Vai no bote, cae na rede. Do amôr fazem parede, Está tudo desgraçado. Deusas da provocação, Cumulos da falsidade, Com a tolice e a vaidade, Nem sabem andar pelo chão. Empoadas até mais não, Até às vezes cheiram mal, Querem tanto que afinal, Arruinam a saúde, É esta a bôa atitude, Cá no nosso Portugal. Elas andam mesmo em braza, A verdade é nua e crua, Quem as vê ahi p´la rua, Não diz o que são em casa. Levam sempre grão na aza, Enchem-se de falcatruas, E então fazem das suas, Tratam pois de se pintarem, Para os homens enganarem, As mulheres quasi nuas. Dizem que é p´ra economia, E p´ra andarem mais fresquinhas E se mostram as perninhas, É p´ra terem simpatia. Quer de noite quer de dia, É poema triunfal, É costume habitual, Assim é que manda a moda. Na baixa e na alta roda, É uma vaidade geral.
  • 18.  
  • 19. FRASES SETUBALENSES QUADRA Setúbal tem bôas frases, Algumas eu vou citar, P´ró costume não perder, Não deixo de criticar. DÉCIMAS Continuando a lenga-lenga, “ Comigo ninguém se mete”, Dizem ainda, grande frete, Nesta língua flamenga. Sem um dito nem arenga, Assim se fazem as pazes, “ Cuidado rapaz não cases”, Também se costuma dizer, Para ouvir e aprender, Setúbal tem bôas frases. Frazes de prima o cartel, Que às vezes trazem azares, Eis uma das mais vulgares: “ Ti Maria e Ti Manel”. Palavriado a granel, E linguado a fartar, E uma coisa de pasmar, Palavrinhas com richaço. Aqui em curto espaço, Algumas eu vou citar. Propondo a lei do Selo A todos os fideltras pêcos, É frase dos papos-sêcos: “ Joãosinho vai ao gelo”. Decerto não tem apêlo, Frazes, modas a valer, Já não se ouve dizer: “ O qué couve; antão que há”. “ Diz-se às vezes, ahi pá!...” P´ró costume não perder. E para que tudo acabe, Nesta lida tão perversa, Para pôr termo à conversa, “ Diz-se então: já se sabe”. Para que ninguém se gabe, “ Diz-se logo: põe-te a cavar”, “ Ou ver se tem água o mar”, “ Ou então vae ver se chove”. Não havendo quem me estorve, Não deixo de criticar.
  • 20.  
  • 21.
  • 22.
  • 23. L.N. 2008 FIM (Música de Fado de Autor desconhecido) [email_address]