A biografia de um 'Moisés' à brasileira: Que Rei sou Eu
1. Que Rei sou Eu?
a biografia de um “Moisés” à brasileira
S alve, salve, óh Majestade! Abram alas para o nosso “imortal” figurão da política
brasileira, no poder há décadas, este nosso “poeta” prova que existe Monarquia no Brasil!
Ele é o manda-chuva de dois estados da Federação (MA & AP), presidente do Senado,
um dos dirigentes do maior partido brasileiro (PMDB) e membro da Academia Brasileira
de Letras! Êta Sarney danado!
Pela terceira vez eleito Presidente do Senado Federal, além de ter herdado de
Tancredo Neves, na década de 80, 5 anos na Presidência da República: o “Capitão-
Donatário” do norte do Brasil mostra a sua força e a sua ambição... Nem terminamos de
pagar as suas passagens aéreas, ele agora nos prega mais uma peça: o safadinho está
recebendo uma “mesada” de mais de R$ 3.000,00 para o pagamento de aluguel
residencial, mas o curioso é que ele possui uma bela casa em Brasília, um palácio
faraônico, além dos apartamentos funcionais à sua disposição!
Quando foi recolhido ainda menino, na periferia do Maranhão, pela família Sarney,
ele nem imaginava que iria se tornar um dia, um dos “Faraós” do “neocoronelismo”
brasileiro! A história de vida desse “Moisés” tupiniquim se confunde com a pauperização
do Maranhão e com os interesses mais fisiológicos das oligarquias rurais que o
projetaram no cenário nacional e que o mantém até hoje, através do patrocínio da
imbecilização em massa lançada sobre as classes subalternas, estúpidas e amorfas do
país, sobretudo no norte e nordeste.
Ele diz que é escritor e conseguiu até comprar um “ticket” – através de dinheiro e
favores políticos – para ingressar na Academia Brasileira de Letras: algo que hoje não é
muito difícil, tendo em vista a qualidade literária de alguns de seus colegas “imortais”.
Contudo, ao invés de libertar seu povo da escravidão, como o fez Moshe 1, no Egito
Antigo, este “Moisés” à brasileira, aprisiona o povo maranhense aos cárceres do
analfabetismo e do pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. Este bandido
de marca maior, ainda atua no Amapá, desde que se tornou inelegível pelo seu estado de
origem! O nosso “poeta-senador” redige livros e acordos políticos: porcarias que
envergonhariam tanto Machado de Assis2 quanto Ulisses Guimarães3!
O Hebreo
1. Moisés, em língua hebraica.
2. Maior escritor de língua portuguesa e fundador da Academia Brasileira de Letras.
3. Político do MDB atuante na redemocratização do país, no período no qual o partido tinha algum conteúdo ideológico
e programático.