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OPINIÃO
SALVADOR SÁBADO 28/9/2013A2
opiniao@grupoatarde.com.br
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Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900
ESPAÇO DO LEITOR
Médicos estrangeiros
Poder emana do povo, já dizia o brilhante
jurista Sobral Pinto. Assim, a população sábia
e indubitavelmente carente de cuidados mé-
dicos recebeu festivamente e entusiastica-
mente os médicos estrangeiros, entendendo
que grandes benefícios eles trarão aos nossos
patrícios, diferentemente do que preconiza-
ram os médicos elitistas almofadinhas fre-
quentadoresassíduosdosshoppingsedemais
espaços modernos e luxuosos. Os referidos
médicos estrangeiros têm cheiro de povo e
gostamdepovoindependentementedeclasse
social e condição financeira. O médico es-
trangeiro sabe honrar a profissão e cumprir
firmemente e fielmente o seu juramento. Pa-
rabéns ao mentor da feliz importação. MA-
THEUS VERNECK, SALVADOR - BA, MATHEUS-
VERNECK@YAHOO.COM.BR
Eleições na CBF
Em abril de 2014, haverá eleições para a pre-
sidência da CBF. Dois pré-candidatos já de-
clararam que irão concorrer, são eles: Andrés
Sanches e Marco Polo Del Nero. O primeiro é
atual diretor de seleções da CBF e ex-pre-
sidente do Corinthians, disse que tem como
cabo eleitoral o ex-presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva. O segundo é o atual
vice-presidente da CBF e acumula o cargo de
presidente da Federação Paulista de Futebol
(FPF), falou que tem o apoio do presidente da
CBF paulista, José Maria Marin, ligado ao São
Paulo Futebol Clube. Faltando quase oito me-
ses para as eleições, tudo indica que esta será
uma das mais disputadas em toda a história
da CBF. A pergunta que me faço: o que tem de
especial nessa entidade que está sendo tão
cobiçada? Enquanto a política estiver enrai-
zada na CBF, o futebol brasileiro nunca se
igualará ao futebol europeu. WILSON CAMU-
RUGI, SALVADOR-BA
Dia Nacional do Idoso
Em 1º de outubro é comemorado o Dia Na-
cional do Idoso, instituído pela Lei 11.433/06,
que reforça a importância da inclusão social
desta parcela da população, além da garantia
de acesso aos benefícios já conquistados. O
governo e políticos representantes da cida-
dania precisam reconhecer e desenvolver po-
líticas públicas que venham garantir direitos
e garantias, daquelas pessoas que foram os
grandes responsáveis por todo o crescimento
alcançado pelo Brasil. Todos já nascem com
um idoso dentro de si. Por esta razão acon-
selhamos a pessoa jovem e ao trabalhador
para abraçarem e defenderem o direito do
aposentado, visando à futura aposentadoria
digna para todos brasileiros. Parabéns, heróis
idosos, pelo seu dia! ALDERICO SENA, SALVA-
DOR - BA, ALDERICOSENA@HOTMAIL.COM
Alerta
No dia seguinte ao que efetuei o recadas-
tramento do imóvel onde moro, recebi e-mail
“da prefeitura” – logomarca, endereço e ou-
tros detalhes conhecidos da Sefaz – cobran-
do-me R$ 60 por “serviço eletrônico” feito
pela “empresa” Net Eletrônica. Que serviço?
Certamente o de fornecer o protocolo para o
recadastramento. Como desconfiei ser gatu-
nagemeletrônica,estoualertandoatodos,por
meio de A TARDE, e também a prefeitura, pois
não deixará de haver ingênuos e incautos que
acreditemepaguempelo“serviço”. ANTÔNIO
MELLO, BISAMA01@YAHOO.COM.BR
Loira fatal
Segundo Vinicius de Moraes, beleza é fun-
damental, mas às vezes pode ser fatal. Uma
modelo catarinense, loira, bonita e inteligen-
te, foi presa pela Polícia Federal, indiciada por
formaçãodequadrilhaelavagemdedinheiro.
A fraude chega a R$ 50 milhões, provenientes
de fundo de pensão de servidores de pre-
feituras e governos estaduais. Ela usava a sua
beleza e o seu charme para convencer os ges-
tores, empresários e banqueiros a participa-
rem do esquema fraudulento. Só para lem-
brar, a sedução feminina remonta à época de
Adão e Eva. CARLOS DE CARVALHO, CAR-
LOS.CARVALHO829@GMAIL.COM
Punição de juiz
O juiz de Monte Santo (BA), segundo apu-
rações, envolvido em adoções ilegais de crian-
ças, se for realmente punido, terá como pena
uma bela aposentadoria. São privilégios da
democracia brasileira, concedidos por uma
elite minoritária (deputados, juízes, senado-
res, governadores) que, mesmo praticando
delitosejulgados,continuarálesandooerário
público. O Zé do Povão arrasta enxada e corta
de machado sessenta anos e vai para a vala
comum, sem nenhuma aposentadoria. Até
presidiários têm mais mordomias do que tra-
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VALHO@HOTMAIL.COM
Rua Bela Vista do Cabral
Mais uma vez venho a esta coluna para pedir
socorro aos órgãos municipais, a fim de que
mandem verificar o que se passa na rua Bela
Vista do Cabral, em Nazaré. Mão dupla, es-
tacionamentoemambososladose,paracom-
pletar, duas garagens transformadas em la-
va-jatos, os quais tinham placas frontais que,
segundo eu soube, foram retiradas pela pre-
feitura.Masabagunçacontinuouatrapalhan-
dootráfegolocal.Esperoquedestavezoórgão
competente municipal possa tomar uma pro-
vidência mais séria. ROQUE OLIVEIRA, RO-
QUEOLLIVEIRA72@YAHOO.COM
Antonio Risério
Escritor
ariserio@terra.com.br
M
e lembro muito bem de quando
os búzios disseram que Stella de
Oxóssi, Odé Kayodé, seria a mãe
de santo do Axé do Opô Afonjá. Muita
gente, entre os mais velhos, reagiu. Eu até
brincava na época, dizendo que Stella só
tinha do seu lado a juventude do terreiro.
Me lembro também de quando ela nos
levou, há uns bons trinta anos, para fazer
nossos pedidos na fogueira de Xangô Ai-
rá. Andando em volta do fogo, Tutuca,
filha de Iansã, na hora de fazer o seu
pedido, falou palavras de raio: “Iansã
queime a língua de quem fala mal de
minha mãe!”
E muita gente queimou a língua. Com
o tempo, os mais velhos voltaram. Stella
era enfermeira, trabalhava no Estado e o
então governador Roberto Santos (que
dispensou os terreiros da humilhação de
terem registro na polícia), sensível ao
caso, a colocou à dis-
posição dos orixás.
Stella foi se afirman-
do, ganhando majes-
tade, reinando. Hoje,
é a grande mãe de
santo do Brasil. A
grande ialaxé. E seu
discurso de posse, na
Academia Baiana de
Letras, diz bem disso.
O que soa ali, para
lembrar o poema de
Waly Salomão, é a voz
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riosa. Talvez por isso
a mídia tenha passa-
do em silêncio sobre
o assunto. Se fosse um discurso agres-
sivo, raivosamente racialista, esbravejan-
do contra opressões, teria tido todas as
manchetes. Mas não: foi discurso sereno
e verdadeiro, de quem sabe o que fez e
o que é.
O espaço aqui é pequeno para comen-
tar tudo o que Stella disse. Mas quero
falar de, pelo menos, duas coisas. A pri-
meira foi o lúcido posicionamento no
terreno onde vive, onde pisa os pés, sem
fazer concessão a modismos ditados por
instituições norte-americanas. A segun-
da foi um certo vacilo na releitura dos
ocupantes anteriores da cadeira que ago-
ra é dela, nessa entidade algo ridícula
que é a Academia Baiana de Letras, que
deu a Antonio Carlos Magalhães o título
de letrado imortal, em troca do prédio ou
da reforma do prédio de sua sede.
Dixit Stella: “Sou bisneta do povo lu-
sitano e do povo africano. Não sou bran-
ca, não sou negra. Sou marrom. Carrego
em mim todas as cores. Sou brasileira.
Sou baiana”. Daí, me disseram que o pes-
soal do movimento negro ficou irritado
com a declaração. Por que? O que essa
gente queria? Que a ialorixá, com todos
os seus compromissos com a verdade,
mentisse? Fingisse que não existem an-
tepassados brancos em sua história? Mu-
tilasse sua narrativa de vida, amputando
uma parte dos seus ancestrais? Queriam
que Stella fechasse os olhos à sua própria
birracialidade?
Não faz sentido. O sectarismo racia-
lista não tem o menor respeito pelos
fatos (a começar pela dimensão genética,
biológica), mas Stella não é obrigada a
pactuar com o desprezo pela verdade.
Pelo factual. E a beleza maior de sua
declaração está no fato de que, em vez de
mentir para nós mesmos, amputando
patologicamente nossas histórias de vi-
da, devemos assumir, clara e abertamen-
te, todos os nossos antepassados, sejam
negros, índios ou brancos. Não temos de
renegar, de fingir que esquecemos um
antepassado, apenas por conta da cor de
sua pele. Mestiços mais escuros fazendo
de conta de que não
tiveram uma avó
branca, ou mestiços
mais claros fingindo
que não tiveram um
avô preto? Isso é uma
fantasia prejudicial
para a nossa vida so-
cial, cultural e polí-
tica. Mentiras, re-
pressões e autonega-
ções envenenam a
existência de qual-
quer coletividade.
Quanto ao vacilo
na releitura de seus
antecessores na aca-
demia, refiro-me a
Xavier Marques. Acho que Stella não che-
gou ainda a ler o principal livro do ro-
mancista, O Feiticeiro. Isso não é ne-
nhum problema ou demérito (posso co-
brir uma edição inteira desse jornal com
títulos de livros que não li). Nem há tem-
po para ler tudo. Por que digo isso? Por-
que, se tivesse lido O Feiticeiro, uma ia-
lorixá não passaria ao largo do fato de
que aquele romance introduz o mundo
nagô do candomblé na literatura bra-
sileira, falando do despacho de Exu, do
culto da gameleira sagrada, da pedra de
raio de Xangô, de gente mascando obi.
Mas isso é o de menos: o que conta é que
Stella de Oxóssi fez um discurso muito,
muito bonito.
ANTONIO RISÉRIO ESCREVE SÁBADO, QUINZENALMENTE
“Sou bisneta do
povo lusitano e do
povo africano. Não
sou branca, não sou
negra. Sou marrom.
Carrego em mim
todas as cores.
Sou brasileira.
Sou baiana”
O horário da discórdia
No fórum do empresariado baiano com ACM
Neto, realizado ontem na Federação das In-
dústrias da Bahia (Fieb), sobrou para o go-
vernador Jaques Wagner.
A certa altura, discutiu-se a inconveniência,
para o empresariado, da não adoção do ho-
rário de verão na Bahia. José de Freitas Mas-
carenhas, presidente da Fieb, ao historiar o
recuo de Wagner ano passado, disparou:
– O governador voltou a ser populista e
atendeu às centrais sindicais.
Citou também uma pesquisa mostrando
que a grande maioria dos assaltos ocorrem no
fim da tarde, o que, segundo ele, é melhor ter
luz à tarde do que de manhã cedo.
Os empresários concitaram ACM Neto a
dizer a posição dele sobre o assunto.
Neto ficou no muro o quanto pôde. No fim,
cedeu. Também é contra a adoção do horário
de verão na Bahia. Ou melhor, também nisso
está afinado com Wagner.
Nó na Defensoria
Os defensores públicos baianos estão incon-
formados com a morosidade do governo que
até hoje não enviou à Assembleia o projeto de
lei que ajusta a estrutura da Defensoria Pú-
blica à Lei de Organização Judiciária (LOJ).
São quase seis anos de atraso, o que produz
sérios entraves gerenciais. A defensora-geral
Vitória Bandeira diz confiar que o governador
Jaques Wagner desate o nó.
Do jeito que está, o funcionamento do re-
cém-inaugurado Núcleo de Prisão em Fla-
grante e a implantação da Casa de Mulher
podem ficar comprometidos.
Prêmio ao crime
Agora radicado em Livramento de Nossa Se-
nhora, o jornalista Raimundo Marinho, tam-
bém advogado, lançou o livro A vítima e o
princípio da celeridade processual. É um tra-
balhodeconclusãodeumapós-graduaçãoem
ciências criminais, que traz à tona um tema
instigante: o descaso com que a legislação e a
Justiça tratam as vítimas de crimes.
Numa palavra, para o criminoso, tudo. A
família recebe até benefício previdenciário.
Paraavítimaefamília,quesofremostrans-
tornos do crime ou a própria morte, nada.
Até parece que o crime compensa.
Cartão vermelho
Antônio Albino, presidente do PSDC, diz que
oPSLestáforadaFrenteJorgeAleluia,formada
também pelo PRP, PTdoB e PPL. O conjunto
congregadoisminutosemtempodetelevisão
e fez o compromisso de marchar juntos em
2014. Albino acusa Antônio Olívio, o Toninho,
presidentedoPSL,detersealiadonatentativa
de levar o grupo para os braços do governo.
– Toninho tem a CAR e a Sudic. Nos vendeu
ao governo, mas não conseguiu entregar.
O PSL é o novo partido de João Henrique.
Mudança no MPT
Roberto Balazeiro vai assumir o Ministério
Público do Trabalho (MPT) na Bahia dia 1º
oficialmente e dia 10 solenemente prome-
tendo dar nova dinâmica à instituição.
Ideia básica: reforçar a estrutura, especial-
mente no interior, para intensificar a vigi-
lânciasobrequestõescomootrabalhoescravo
(áreaemquejáatuoubastante),asituaçãodos
terceirizados e o trabalho infantil.
O procurador-chefe substituto dele (na prá-
tica, o vice) será Jairo Sento Sé.
. A presidente do TRT baiano, Vânia Chaves,
é a convidada da vez na reunião da diretoria
da Fecomércio-BA, segunda (18h). Fará pa-
lestra sobre os 70 anos da criação da CLT,
abordando também todo o histórico dos di-
reitos trabalhistas no Brasil e no mundo.
COLABOROU: JOÃO PEDRO PITOMBO
POLÍTICA COM VATAPÁ
A coragem
Carioca de nascimento, o padre José Luiz Soa-
res Palmeira, ou padre Palmeira (irmão de
Guilherme Palmeira, ex-governador de Ala-
goas), virou figura de vulto na história de
Conquista. Fundou em 1939 o Ginásio de Con-
quista, o popular Ginásio do Padre, ganhou
prestígio, foi deputado e secretário estadual
da Educação e cassado em 1964.
Pelo ginásio passaram as mais proeminen-
tes figuras do sudeste baiano, entre elas Él-
quisson Soares, ex-deputado federal.
Conta Élquisson que lá um dia a professora
chamou o padre para queixar-se dele:
– Padre, eu vou ter que dar zero a este
menino. Ele é muito mentiroso. Eu pedi aos
alunos que fizessem uma dissertação sobre a
terra em que nasceram e imagine que ele
descreveu uma terra com campos floridos,
lagoas encantadas, um paraíso. E ele nasceu
em Anagé, padre! Onde já se viu Anagé, uma
terra árida daquela, ter campos floridos?!
E o padre:
– Dê 10, professora. Só em ter a coragem de
confessar que é de Anagé, ele já merece.
Levi Vasconcelos
Jornalista
tempopresente@grupoatarde.com.br
TEMPO PRESENTE
Palavras de Stella
de Oxóssi
Editor interino
Valmir Palma
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Opiniões sobre medicina, política e outros assuntos locais

  • 1. OPINIÃO SALVADOR SÁBADO 28/9/2013A2 opiniao@grupoatarde.com.br Participe desta página: e-mail: opiniao@grupoatarde.com.br Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900 ESPAÇO DO LEITOR Médicos estrangeiros Poder emana do povo, já dizia o brilhante jurista Sobral Pinto. Assim, a população sábia e indubitavelmente carente de cuidados mé- dicos recebeu festivamente e entusiastica- mente os médicos estrangeiros, entendendo que grandes benefícios eles trarão aos nossos patrícios, diferentemente do que preconiza- ram os médicos elitistas almofadinhas fre- quentadoresassíduosdosshoppingsedemais espaços modernos e luxuosos. Os referidos médicos estrangeiros têm cheiro de povo e gostamdepovoindependentementedeclasse social e condição financeira. O médico es- trangeiro sabe honrar a profissão e cumprir firmemente e fielmente o seu juramento. Pa- rabéns ao mentor da feliz importação. MA- THEUS VERNECK, SALVADOR - BA, MATHEUS- VERNECK@YAHOO.COM.BR Eleições na CBF Em abril de 2014, haverá eleições para a pre- sidência da CBF. Dois pré-candidatos já de- clararam que irão concorrer, são eles: Andrés Sanches e Marco Polo Del Nero. O primeiro é atual diretor de seleções da CBF e ex-pre- sidente do Corinthians, disse que tem como cabo eleitoral o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O segundo é o atual vice-presidente da CBF e acumula o cargo de presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), falou que tem o apoio do presidente da CBF paulista, José Maria Marin, ligado ao São Paulo Futebol Clube. Faltando quase oito me- ses para as eleições, tudo indica que esta será uma das mais disputadas em toda a história da CBF. A pergunta que me faço: o que tem de especial nessa entidade que está sendo tão cobiçada? Enquanto a política estiver enrai- zada na CBF, o futebol brasileiro nunca se igualará ao futebol europeu. WILSON CAMU- RUGI, SALVADOR-BA Dia Nacional do Idoso Em 1º de outubro é comemorado o Dia Na- cional do Idoso, instituído pela Lei 11.433/06, que reforça a importância da inclusão social desta parcela da população, além da garantia de acesso aos benefícios já conquistados. O governo e políticos representantes da cida- dania precisam reconhecer e desenvolver po- líticas públicas que venham garantir direitos e garantias, daquelas pessoas que foram os grandes responsáveis por todo o crescimento alcançado pelo Brasil. Todos já nascem com um idoso dentro de si. Por esta razão acon- selhamos a pessoa jovem e ao trabalhador para abraçarem e defenderem o direito do aposentado, visando à futura aposentadoria digna para todos brasileiros. Parabéns, heróis idosos, pelo seu dia! ALDERICO SENA, SALVA- DOR - BA, ALDERICOSENA@HOTMAIL.COM Alerta No dia seguinte ao que efetuei o recadas- tramento do imóvel onde moro, recebi e-mail “da prefeitura” – logomarca, endereço e ou- tros detalhes conhecidos da Sefaz – cobran- do-me R$ 60 por “serviço eletrônico” feito pela “empresa” Net Eletrônica. Que serviço? Certamente o de fornecer o protocolo para o recadastramento. Como desconfiei ser gatu- nagemeletrônica,estoualertandoatodos,por meio de A TARDE, e também a prefeitura, pois não deixará de haver ingênuos e incautos que acreditemepaguempelo“serviço”. ANTÔNIO MELLO, BISAMA01@YAHOO.COM.BR Loira fatal Segundo Vinicius de Moraes, beleza é fun- damental, mas às vezes pode ser fatal. Uma modelo catarinense, loira, bonita e inteligen- te, foi presa pela Polícia Federal, indiciada por formaçãodequadrilhaelavagemdedinheiro. A fraude chega a R$ 50 milhões, provenientes de fundo de pensão de servidores de pre- feituras e governos estaduais. Ela usava a sua beleza e o seu charme para convencer os ges- tores, empresários e banqueiros a participa- rem do esquema fraudulento. Só para lem- brar, a sedução feminina remonta à época de Adão e Eva. CARLOS DE CARVALHO, CAR- LOS.CARVALHO829@GMAIL.COM Punição de juiz O juiz de Monte Santo (BA), segundo apu- rações, envolvido em adoções ilegais de crian- ças, se for realmente punido, terá como pena uma bela aposentadoria. São privilégios da democracia brasileira, concedidos por uma elite minoritária (deputados, juízes, senado- res, governadores) que, mesmo praticando delitosejulgados,continuarálesandooerário público. O Zé do Povão arrasta enxada e corta de machado sessenta anos e vai para a vala comum, sem nenhuma aposentadoria. Até presidiários têm mais mordomias do que tra- balhadores. OLINDOCARVALHO,ORLINDOCAR- VALHO@HOTMAIL.COM Rua Bela Vista do Cabral Mais uma vez venho a esta coluna para pedir socorro aos órgãos municipais, a fim de que mandem verificar o que se passa na rua Bela Vista do Cabral, em Nazaré. Mão dupla, es- tacionamentoemambososladose,paracom- pletar, duas garagens transformadas em la- va-jatos, os quais tinham placas frontais que, segundo eu soube, foram retiradas pela pre- feitura.Masabagunçacontinuouatrapalhan- dootráfegolocal.Esperoquedestavezoórgão competente municipal possa tomar uma pro- vidência mais séria. ROQUE OLIVEIRA, RO- QUEOLLIVEIRA72@YAHOO.COM Antonio Risério Escritor ariserio@terra.com.br M e lembro muito bem de quando os búzios disseram que Stella de Oxóssi, Odé Kayodé, seria a mãe de santo do Axé do Opô Afonjá. Muita gente, entre os mais velhos, reagiu. Eu até brincava na época, dizendo que Stella só tinha do seu lado a juventude do terreiro. Me lembro também de quando ela nos levou, há uns bons trinta anos, para fazer nossos pedidos na fogueira de Xangô Ai- rá. Andando em volta do fogo, Tutuca, filha de Iansã, na hora de fazer o seu pedido, falou palavras de raio: “Iansã queime a língua de quem fala mal de minha mãe!” E muita gente queimou a língua. Com o tempo, os mais velhos voltaram. Stella era enfermeira, trabalhava no Estado e o então governador Roberto Santos (que dispensou os terreiros da humilhação de terem registro na polícia), sensível ao caso, a colocou à dis- posição dos orixás. Stella foi se afirman- do, ganhando majes- tade, reinando. Hoje, é a grande mãe de santo do Brasil. A grande ialaxé. E seu discurso de posse, na Academia Baiana de Letras, diz bem disso. O que soa ali, para lembrar o poema de Waly Salomão, é a voz de uma pessoa vito- riosa. Talvez por isso a mídia tenha passa- do em silêncio sobre o assunto. Se fosse um discurso agres- sivo, raivosamente racialista, esbravejan- do contra opressões, teria tido todas as manchetes. Mas não: foi discurso sereno e verdadeiro, de quem sabe o que fez e o que é. O espaço aqui é pequeno para comen- tar tudo o que Stella disse. Mas quero falar de, pelo menos, duas coisas. A pri- meira foi o lúcido posicionamento no terreno onde vive, onde pisa os pés, sem fazer concessão a modismos ditados por instituições norte-americanas. A segun- da foi um certo vacilo na releitura dos ocupantes anteriores da cadeira que ago- ra é dela, nessa entidade algo ridícula que é a Academia Baiana de Letras, que deu a Antonio Carlos Magalhães o título de letrado imortal, em troca do prédio ou da reforma do prédio de sua sede. Dixit Stella: “Sou bisneta do povo lu- sitano e do povo africano. Não sou bran- ca, não sou negra. Sou marrom. Carrego em mim todas as cores. Sou brasileira. Sou baiana”. Daí, me disseram que o pes- soal do movimento negro ficou irritado com a declaração. Por que? O que essa gente queria? Que a ialorixá, com todos os seus compromissos com a verdade, mentisse? Fingisse que não existem an- tepassados brancos em sua história? Mu- tilasse sua narrativa de vida, amputando uma parte dos seus ancestrais? Queriam que Stella fechasse os olhos à sua própria birracialidade? Não faz sentido. O sectarismo racia- lista não tem o menor respeito pelos fatos (a começar pela dimensão genética, biológica), mas Stella não é obrigada a pactuar com o desprezo pela verdade. Pelo factual. E a beleza maior de sua declaração está no fato de que, em vez de mentir para nós mesmos, amputando patologicamente nossas histórias de vi- da, devemos assumir, clara e abertamen- te, todos os nossos antepassados, sejam negros, índios ou brancos. Não temos de renegar, de fingir que esquecemos um antepassado, apenas por conta da cor de sua pele. Mestiços mais escuros fazendo de conta de que não tiveram uma avó branca, ou mestiços mais claros fingindo que não tiveram um avô preto? Isso é uma fantasia prejudicial para a nossa vida so- cial, cultural e polí- tica. Mentiras, re- pressões e autonega- ções envenenam a existência de qual- quer coletividade. Quanto ao vacilo na releitura de seus antecessores na aca- demia, refiro-me a Xavier Marques. Acho que Stella não che- gou ainda a ler o principal livro do ro- mancista, O Feiticeiro. Isso não é ne- nhum problema ou demérito (posso co- brir uma edição inteira desse jornal com títulos de livros que não li). Nem há tem- po para ler tudo. Por que digo isso? Por- que, se tivesse lido O Feiticeiro, uma ia- lorixá não passaria ao largo do fato de que aquele romance introduz o mundo nagô do candomblé na literatura bra- sileira, falando do despacho de Exu, do culto da gameleira sagrada, da pedra de raio de Xangô, de gente mascando obi. Mas isso é o de menos: o que conta é que Stella de Oxóssi fez um discurso muito, muito bonito. ANTONIO RISÉRIO ESCREVE SÁBADO, QUINZENALMENTE “Sou bisneta do povo lusitano e do povo africano. Não sou branca, não sou negra. Sou marrom. Carrego em mim todas as cores. Sou brasileira. Sou baiana” O horário da discórdia No fórum do empresariado baiano com ACM Neto, realizado ontem na Federação das In- dústrias da Bahia (Fieb), sobrou para o go- vernador Jaques Wagner. A certa altura, discutiu-se a inconveniência, para o empresariado, da não adoção do ho- rário de verão na Bahia. José de Freitas Mas- carenhas, presidente da Fieb, ao historiar o recuo de Wagner ano passado, disparou: – O governador voltou a ser populista e atendeu às centrais sindicais. Citou também uma pesquisa mostrando que a grande maioria dos assaltos ocorrem no fim da tarde, o que, segundo ele, é melhor ter luz à tarde do que de manhã cedo. Os empresários concitaram ACM Neto a dizer a posição dele sobre o assunto. Neto ficou no muro o quanto pôde. No fim, cedeu. Também é contra a adoção do horário de verão na Bahia. Ou melhor, também nisso está afinado com Wagner. Nó na Defensoria Os defensores públicos baianos estão incon- formados com a morosidade do governo que até hoje não enviou à Assembleia o projeto de lei que ajusta a estrutura da Defensoria Pú- blica à Lei de Organização Judiciária (LOJ). São quase seis anos de atraso, o que produz sérios entraves gerenciais. A defensora-geral Vitória Bandeira diz confiar que o governador Jaques Wagner desate o nó. Do jeito que está, o funcionamento do re- cém-inaugurado Núcleo de Prisão em Fla- grante e a implantação da Casa de Mulher podem ficar comprometidos. Prêmio ao crime Agora radicado em Livramento de Nossa Se- nhora, o jornalista Raimundo Marinho, tam- bém advogado, lançou o livro A vítima e o princípio da celeridade processual. É um tra- balhodeconclusãodeumapós-graduaçãoem ciências criminais, que traz à tona um tema instigante: o descaso com que a legislação e a Justiça tratam as vítimas de crimes. Numa palavra, para o criminoso, tudo. A família recebe até benefício previdenciário. Paraavítimaefamília,quesofremostrans- tornos do crime ou a própria morte, nada. Até parece que o crime compensa. Cartão vermelho Antônio Albino, presidente do PSDC, diz que oPSLestáforadaFrenteJorgeAleluia,formada também pelo PRP, PTdoB e PPL. O conjunto congregadoisminutosemtempodetelevisão e fez o compromisso de marchar juntos em 2014. Albino acusa Antônio Olívio, o Toninho, presidentedoPSL,detersealiadonatentativa de levar o grupo para os braços do governo. – Toninho tem a CAR e a Sudic. Nos vendeu ao governo, mas não conseguiu entregar. O PSL é o novo partido de João Henrique. Mudança no MPT Roberto Balazeiro vai assumir o Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia dia 1º oficialmente e dia 10 solenemente prome- tendo dar nova dinâmica à instituição. Ideia básica: reforçar a estrutura, especial- mente no interior, para intensificar a vigi- lânciasobrequestõescomootrabalhoescravo (áreaemquejáatuoubastante),asituaçãodos terceirizados e o trabalho infantil. O procurador-chefe substituto dele (na prá- tica, o vice) será Jairo Sento Sé. . A presidente do TRT baiano, Vânia Chaves, é a convidada da vez na reunião da diretoria da Fecomércio-BA, segunda (18h). Fará pa- lestra sobre os 70 anos da criação da CLT, abordando também todo o histórico dos di- reitos trabalhistas no Brasil e no mundo. COLABOROU: JOÃO PEDRO PITOMBO POLÍTICA COM VATAPÁ A coragem Carioca de nascimento, o padre José Luiz Soa- res Palmeira, ou padre Palmeira (irmão de Guilherme Palmeira, ex-governador de Ala- goas), virou figura de vulto na história de Conquista. Fundou em 1939 o Ginásio de Con- quista, o popular Ginásio do Padre, ganhou prestígio, foi deputado e secretário estadual da Educação e cassado em 1964. Pelo ginásio passaram as mais proeminen- tes figuras do sudeste baiano, entre elas Él- quisson Soares, ex-deputado federal. Conta Élquisson que lá um dia a professora chamou o padre para queixar-se dele: – Padre, eu vou ter que dar zero a este menino. Ele é muito mentiroso. Eu pedi aos alunos que fizessem uma dissertação sobre a terra em que nasceram e imagine que ele descreveu uma terra com campos floridos, lagoas encantadas, um paraíso. E ele nasceu em Anagé, padre! Onde já se viu Anagé, uma terra árida daquela, ter campos floridos?! E o padre: – Dê 10, professora. Só em ter a coragem de confessar que é de Anagé, ele já merece. Levi Vasconcelos Jornalista tempopresente@grupoatarde.com.br TEMPO PRESENTE Palavras de Stella de Oxóssi Editor interino Valmir Palma atarde.com.br/cienciaevida http://cineinsite.atarde.com.br DESTAQUES DO PORTAL A TARDE Confira as estreias do final de semana Nova tinta “cicatriza” ao ser arranhada Reprodução Cena do longa baiano Depois da Chuva